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2 de julho de 2024

No IFSC/USP: Alunos de graduação da Texas A&M University (EUA) desenvolvem pesquisas

Ricardo Buendia Rodriguez, José Alfredo Vasquez e Ermina Omar

No âmbito de um protocolo de intercâmbio estabelecido entre a Texas A&M University (EUA) e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), cinco alunos de graduação desta universidade norte-americana chegaram ao nosso Instituto no passado dia 1º de junho para permanecerem três meses entre nós, desenvolvendo trabalhos de pesquisa na área de fotônica no Grupo de Óptica do IFSC/USP.

Tivemos a oportunidade de conversar com três desses jovens estudantes sobre as expectativas em relação às suas permanências no nosso Instituto: Ricardo Buendia Rodriguez (21) desenvolve seus trabalhos sob a supervisão da Drª Natália Inada, enquanto José Alfredo Vasquez (20) e Ermina Omar (20) se encontram sob a supervisão do Prof. Sebastião Pratavieira, e numa primeira abordagem a estes alunos, a opinião deles foi “(…) trabalhar no IFSC/USP é algo bastante atrativo (…)”.

Nascido no México, mas criado nos EUA, Ricardo Rodriguez acompanhou a família quando ela decidiu se estabelecer na cidade mais populosa do estado do Texas – Houston. Apaixonado, desde cedo, pela área de engenharia, essa foi a sua escolha quando ingressou na Texas A&M University, até porque essa universidade, segundo o jovem, era a que detinha o melhor programa não só no estado do Texas, como, também em todo o país. “De repente, despertou-me a atenção os trabalhos que estavam sendo desenvolvidos pelo Prof. Vanderlei Bagnato na Texas A&M University relacionados com terapia fotodinâmica e pensei que talvez fosse uma oportunidade extraordinária para poder visitar o Brasil e trabalhar no IFSC/USP. Foi aí que a área de instrumentação médica surgiu no meu caminho e acho que irei seguir por aí. Mudei o foco!..”, comenta o jovem.

Manifestando sentir uma presença muito forte da pesquisa em todo o Instituto e argumentando que “sente a presença dela no ar” e daquilo que interpreta como “uma devoção muito grande de todos pela ciência em busca do progresso, principalmente na área de medicina, Ricardo Rodriguez salienta, com um sorriso “Aqui, é como se fosse uma grande loja de doces… Impressionante o que encontramos à nossa volta, o que se faz aqui, principalmente na área de fotônica e de terapia fotodinâmica”, salienta.

José Alfredo também é natural do México e a sua história é muito parecida com a de Ricardo. É aluno do 3º ano  em engenharia elétrica na Texas A&M University, tendo sempre desejado estudar no estrangeiro, motivo pelo qual não hesitou em se inscrever neste intercâmbio. “Amo o curso de engenharia elétrica, que é difícil, mas considero que estar aqui, no IFSC/USP, é uma experiência fantástica e é uma oportunidade para eu aumentar meus conhecimentos, que poderão ser importantes para uma futura colocação no mercado de trabalho. Não sei bem ainda qual o caminho que irei seguir, mas a fotônica está certamente no meu horizonte após as experiências que estou tendo nessa área, neste instituto. Acho bem provável que a naotecnologia possa ser o meu futuro. Estou avaliando todas as opções”, sublinha José Alfredo.

O campus da Texas A&M University

Também entusiasmada com sua permanência no IFSC/USP, Ermina Omar, nascida nos EUA, mas com sua família natural da Índia, cursa também engenharia elétrica na Texas A&M University e salienta que agarrou esta oportunidade de intercâmbio porque considera que é uma grande chance para poder estudar no estrangeiro. “Conhecer uma outra cultura e ter uma experiência científica em uma área diferente, foram motivos que me levaram a vir para o IFSC/USP. Tive conhecimento que o ambiente científico e acadêmico neste instituto era propício para um enriquecimento acadêmico, com forte componente internacional, atendendo a que muitos alunos e professores estrangeiros já passaram por aqui e colheram muitas experiências científicas. Aí, eu pensei que deveria fazer o mesmo. Tem sido extraordinário permanecer aqui. Todos são muito simpáticos, comunicativos e sempre prontos para ajudar naquilo que precisamos. Embora o meu curso seja de engenharia elétrica, aqui me interessei especialmente pela área de desenvolvimento de equipamentos médicos. O futuro dirá que caminho é que eu realmente irei seguir”, pontua a jovem. Quanto ao IFSC/USP, Ermina sublinha que no Instituto a pesquisa é mais coletiva, colaborativa. “Não é tão individualista quanto nos EUA. Aqui trocam-se opiniões, partilham-se conceitos e eu estou adorando isso tudo”, conclui a jovem estudante.

O IFSC/USP deseja a todos os jovens intercambistas da Texas A&M University o maior sucesso no desenvolvimento de suas pesquisas e que elas possam contribuir para um futuro promissor de todos eles.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de junho de 2024

No IFSC/USP – CIBFar abre vaga para bolsista de Treinamento Técnico (TT-IV)

O Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), um dos CEPIDs/FAPESP, com sede no Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), tem vaga para bolsista de Treinamento Técnico (TT4), por 12 meses, em um dos projetos desenvolvidos no âmbito do Centro junto ao Laboratório de Epidemiologia e Microbiologia Moleculares (LEMiMo), sob a orientação/supervisão da Profa. Dra. Ilana Camargo.

O projeto intitulado “Avaliação de atividade antibacteriana, citotóxicas e eficácia contra biofilmes bacterianos de compostos prospectados e preparados pelos pesquisadores que atuam junto ao CIBFar” tem como objetivo buscar novos compostos com atividade antibacteriana dentre os diversos compostos fornecidos pelos pesquisadores do CIBFar, realizando a triagem em modo cinético com incubação realizada no equipamento multiusuário (EMU) Omnilog (Biolog). Este equipamento multiusuário foi adquirido pelo CIBFar e instalado no LEMiMo e o bolsista ficará responsável pelo mesmo.

As atividades incluem também a determinação da concentração inibitória mínima e concentração bactericida mínima, realização de teste de erradicação de biofilmes, interferência de quórum-sensing na redução de biofilmes pré-formados com um painel de isolados de Vibrio campbelli mutantes, realizar testes de citotoxicidade como a avaliação de atividade hemolítica e ensaios de time-kill.

Requisitos dos candidatos

*Ser graduado em Ciências Físicas e Biomoleculares, Farmácia, Biomedicina ou áreas afins;

*Ter dois anos de experiência após a graduação ou título de mestrado em área relacionadas à microbiologia ou áreas correlatas, sem vínculo empregatício;

*Ter conhecimento prático para trabalhar em laboratório de nível de biossegurança 2, com microrganismos de classe de risco 2 (OGM ou não);

*Ter conhecimento para usar o software Oringin;

*Ser pró-ativo e ter boa organização;

As atividades serão desenvolvidas junto ao LEMiMo (IFSC-USP), supervisionado pela Profa. Ilana Camargo, em São Carlos (SP).

Atividades a serem realizadas pelo bolsista

*Avaliar a ação antimicrobiana de diferentes compostos que os pesquisadores enviam ao LEMiMo em fluxo contínuo frente a várias bactérias multidroga resistentes do grupo ESKAPE determinando a concentração inibitória mínima, concentração bactericida mínima, capacidade de erradicação de biofilme formado por Staphylococcus epidermidis, aureus e A. baumannii, dentre outras;

*Operar o equipamento multiusuário Omnilog (Biolog), após treinamento, que é usado para padronizar a triagem e verificar a cinética de crescimento bacteriano ou para servir aos usuários deste EMU, tratando os dados e gerando os gráficos em Oringin;

*Verificar a interferência de quorum sensing como mecanismo de erradicação de biofilmes usando um painel de Vibrio mutantes recentemente adquirido pelo LEMiMo;

*Realizar ensaios de time-Kill e despolarização de membranas em bactérias selecionadas;

*Escrever relatórios anuais do MEU Omnilog e laudos com resultados dos testes do CIBFar;

*Aprender e sintetizar peptídeos para testes;

*Auxiliar na organização, preparo de reagentes e limpeza do LEMiMo e em orçamentos no processo de compras.

A jornada de trabalho do bolsista será de 40h semanais, de segunda a sexta-feira, e o mesmo desenvolverá suas atividades no Laboratório de Epidemiologia e Microbiologia Moleculares (LEMiMo) do Instituto de Física de São Carlos-Universidade de São Paulo (IFSC-USP), Campus área II.

A bolsa é de Treinamento Técnico IV – (TT-IV) da FAPESP por 12 meses, com início imediato, no valor de R$ 3.810,40/mês.

Interessados podem enviar currículo, link para CV Lattes, nomes e e-mail para contato de dois pesquisadores como referências e carta de intenção para o e-mail: ilanacamargo@ifsc.usp.br com o assunto “Candidato à bolsa TT-4”.

Serão recebidos os documentos até dia 02 de agosto de 2024, quando se iniciará a seleção para as entrevistas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de junho de 2024

Nova pesquisa no IFSC/USP faz chamada de pacientes – Terapia fotodinâmica no combate à acne (tipos 1 e 2)

(Créditos: Stamford Skin Centre)

Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) – um CEPID da FAPESP alocado no IFSC/USP -, em parceria com o Departamento de Morfologia e Patologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e com o  Núcleo Integrado de Laser em Odontologia (NILO) de Ribeirão Preto (SP), concluíram recentemente uma pesquisa que tem o objetivo de combater a acne – tipos 1 e 2, menos severas – substituindo os tratamentos convencionais pela introdução de terapia fotodinâmica. Esta nova abordagem inclui a utilização de curcumina como elemento fotosensibilizador e a aplicação de laser com luz azul, um método que foi desenvolvido no programa de mestrado em biotecnologia na UFSCar, em colaboração com o IFSC/USP. A pesquisadora Gabriely Simão, primeira autora do estudo que foi publicado na revista “Aesthetic Orofacial Science”, é formada em odontologia pela UNICEP, com orientação do Prof. Clóvis Wesley Oliveira de Souza, docente do Departamento de Morfologia e Patologia da UFSCar, orientador no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e pesquisador colaborador no CEPOF, e da Profª Rosane de Fátima Zanirato Lizarelli (NILO).

A acne

Pesquisadora Gabriely Simão

Muito comum, acne é o nome dado a espinhas e cravos que surgem devido a um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos, sendo muito frequente na fase da adolescência, sem deixar de ser comum também em adultos, principalmente em mulheres. Além do incômodo das lesões, como na adolescência a aparência é um fator importante, o comprometimento estético determinado por alterações da pele pode atingir o lado psicológico e tornar o adolescente – ou o adulto – inseguro, tímido, deprimido, infeliz, com rebaixamento da autoestima e com consequências sérias que podem persistir pelo resto da vida.

Os tratamentos convencionais de combate à acne incluem aplicações de cremes antibióticos na pele, principalmente o Roacutan, ou ainda a ingestão de medicamentos orais que têm a tendência de provocar efeitos colaterais. “A aplicação da terapia fotodinâmica com a utilização de curcumina e de laser luz azul comprovou nos estudos laboratoriais realizados por Gabriely a eficácia no combate à acne tipos 1 e 2, ou seja, no início da doença, e a possibilidade dessa técnica substituir os tratamentos convencionais com maior segurança e bem-estar para os pacientes, além de ser um procedimento menos invasivo e de baixo custo”, relata a pesquisadora.

Esta pesquisa, traduzida em um caso clínico, compreendeu a colaboração de várias dezenas de pessoas com acne (tipos 1 e 2), sendo que os resultados alcançados dão origem agora a uma chamada de pacientes com essa doença para avançar com o novo tratamento. Esta chamada é dedicada apenas a pessoas com idades compreendidas entre os 25 e 35 anos, de ambos os sexos. “Para pacientes mulheres, há algumas restrições para participarem nesta chamada, como, por exemplo, não estarem grávidas, amamentando, fazendo uso de contraceptivos, hormônios, enfim, de medicamentos tópicos e sistêmicos. Quanto à participação de homens, eles também não poderão estar tomando hormônios”, adverte a pesquisadora. Este tratamento irá ocorrer na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) e compreenderá a realização de 16 sessões em cada paciente, ao longo de 60 dias.

Prof. Clóvis Wesley Oliveira de Souza

Para o Prof. Clóvis Wesley Oliveira de Souza “A curcumina é um forte sensibilizador. Então, quando existe uma interação entre a luz azul e a curcumina, na presença do oxigênio, essa interação vai produzir espécies reativas de oxigênio, como oxigênio cingleto e os íons hidróxido, e aí ocorre um efeito nas bactérias, que acabam por morrer. Também existe um procedimento que utiliza a luz azul diretamente no tratamento da acne, sem o fotosensibilizador, porque ele também tem uma alta energia e pode igualmente ativar alguns componentes das células bacterianas e também causar-lhes a morte. Só que nesta pesquisa, o grande efeito foi combinar tudo, ou seja, utilizar a terapia fotodinâmica, atendendo a que a curcumina é um antioxidante, anti-inflamatório de baixo custo, e a luz azul é antibacteriana”, explica o docente.

Focada em introduzir seus conhecimentos em clínicas de estética, atendendo a que esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética, a pesquisadora Gabriely Simão acredita que, se tudo correr bem, em cerca de seis meses este protocolo poderá estar disponível, até porque o equipamento dedicado à emissão de luz azul também já está disponível no mercado.

Além de Gabriely Simão e do Prof. Clóvis Wesley Oliveira de Souza, assinam esta pesquisa a Profª Rosane de Fátima Zanirato Lizarelli e a Drª Fernanda Mansano Carbinatto.

Os interessados em fazer parte desta pesquisa deverão contatar a UTF da SCMSC através do telefone (16) 3509-1351.

Para acessar o artigo científico relativo a esta pesquisa, clique AQUI.

Rui Sintra & Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de junho de 2024

Lançamento do “Portal das Ações Sociais – USP Campus São Carlos”

O Grupo de Estudos de Ações Sociais – USP Campus São Carlos (GEAS-USP SC), vinculado ao IEA-USP | Polo São Carlos, está lançando o Portal das Ações Sociais – USP Campus São Carlos (PAS-USP SC) para acesso as informações de ações de extensão social oferecidas pelo Campus que envolvem as cinco unidades (EESC, IAU, ICMC, IFSC, IQSC), a Prefeitura do Campus, o CDCC–USP e o EduSCar, parceiro educacional. Estas ações são oferecidas nas Áreas 1 e 2 do Campus. Clique aqui para conhecer os membros do GEAS.

O PAS tem como objetivos centralizar e divulgar as informações sobre as ações de extensão social do Campus e criar condições para que exista interação entre as ações visando a otimização de resultados.

As ações terão foco nos estudantes de escolas públicas e comunidades de baixa de renda de São Carlos, especialmente as que vivem no entorno da Área 2 do Campus.

No Portal, as ações de extensão são divididas em três categorias: ações internas (curta ou longa duração para público externo realizadas no Campus USP); ações externas (curta ou longa duração para público externo realizada em local externo ao Campus USP) e humanitárias (curta duração para público externo).

O Portal é um instrumento importante de visibilidade para o público interno que deseja se dedicar a uma das ações de extensão e ao público externo que delas queira se beneficiar. É também muito importante quando se busca por parcerias externas para financiamento das ações.

As ações têm parceiros consolidados: Diretoria Regional de Ensino, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – InSAC e as empresas Tese Prime, Pearson Brasil e ANACOM.

O GEAS-USP SC conquistou recentemente novas parcerias (Prefeitura Municipal de São Carlos, Inova USP-SC, SENAI, Instituto Inova, EduSCar e SEBRAE) para implementar ações de extensão voltadas para o entorno da Área 2. A programação destas ações será em breve divulgada.

“O GEAS-USP SC e o Portal PAS são mais uma demonstração do comprometimento da USP em interagir com as populações do seu entorno”, comenta o Prof. José Marcos Alves (EESC), coordenador do GEAS.

(Por Portal PAS)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de junho de 2024

IFSC/USP e FACSETE (MG) desenvolvem projeto para tratamento de dores em pacientes pós-Chikungunya

É uma parceria que tem crescido ao longo dos últimos cinco anos entre o IFSC/USP e a Faculdade de Sete Lagoas (FACSETE – MG), através de diversos intercâmbios entre alunos e pesquisadores, trabalhos científicos publicados e cursos. No mês de junho do corrente ano esta parceria deu um passo importante ao iniciar um projeto – já submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa para Seres Humanos -, para a realização conjunta de uma intervenção no tratamento de dores em pacientes pós-Chikungunya, atendendo a uma necessidade da cidade de Sete Lagoas. De fato, a grande reclamação que foi observada nessa cidade é em relação a dores articulares severas. Como o IFSC/USP tem realizado ao longo do tempo o tratamento de dores musculares e articulares através de novos protocolos, decidiu-se avançar nesse apoio à cidade de Sete Lagoas, utilizando as tecnologias desenvolvidas no Instituto.

Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior

Por outro lado, está marcada para breve uma visita de alunos da FCASETE, que além de visitarem os laboratórios do IFSC/USP,  acompanharão projetos clínicos desenvolvidos no nosso Instituto, se debruçarão sobre a escrita científica de um artigo de estudo de caso. “Essa parceria tem crescido ao longo do tempo. Temos capítulos de livros publicados em conjunto, bem como artigos publicados internacionalmente, mas é a primeira vez que iremos desenvolver um trabalho científico em conjunto, onde a coleta será feita exatamente na cidade de Sete Lagoas. Todo o processo de metodologia, discussão, vai ser com base nas técnicas e metodologias que desenvolvemos nos últimos anos”, salienta o pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Eduardo Aquino Junior, acrescentando que o trabalho que será desenvolvido com pacientes pós-Chikungunya será bastante interessante e diferente, esperando-se um resultado muito positivo. “Por meio da coordenação do Prof. Vanderlei Bagnato, acho que cada vez mais estamos desenvolvendo algo que vai ao encontro das necessidades de nossa sociedade, e essas parcerias tendem a levar ainda mais o nome do nosso trabalho, do nosso Instituto, para que possamos cada vez mais estabelecer pontos positivos em relação à saúde pública e ajuda aos pacientes”, conclui o pesquisador.

O “Grupo Ciodonto iniciou suas atividades em 1996 com cursos livres. Em 2002 obteve o credenciamento especial para a oferta de cursos de Especialização e posteriormente em 2011, culminou com o credenciamento da Instituição de Ensino Superior – Faculdade de Tecnologia de Sete Lagoas – credenciada pela Portaria MEC 299/2011 de 25/03/2011, tendo como mantenedora a Educacional Martins Andrade Ltda.

Em 2014, através da Portaria MEC 033/2014, de 29/01/14 passou a ser denominada Faculdade Sete Lagoas – FACSETE. Em 2016 foi Recredenciada pela Portaria MEC 278/16, de 19/04/2016, sendo a instituição reconhecida com o conceito 04, em uma parâmetro máximo em 05. Ainda em 2016, recebeu autorização do Ministério da Educação para o Ensino a Distância, através da Portaria MEC 946/2016 – D.O.U. 19/08/2016.

Atualmente a FACSETE é uma instituição privada que busca oferecer ensino de qualidade nas esferas de graduação, extensão, aperfeiçoamento, tecnologia, pós-graduação e sequencial, de tal forma que seus alunos, egressos, entidades e instituições civis ou públicas, empresarias, industriais ou particulares sejam atendidas(os) em suas necessidades dentro dos princípios de qualidade total, com olhares voltados à formação humano-científica, embasada nos conhecimentos proconizados pela Evidência Científica.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de junho de 2024

IFSC/USP inova junto aos alunos do 1º Ano – “Direcionamento Acadêmico” motiva jovens a encararem os desafios de seus cursos

 

Alunos entusiasmados

 

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) tem, em seu histórico, a passagem de inúmeros alunos que se destacaram em seus respectivos cursos e que atualmente estão em diversas posições profissionais de prestígio, muitos deles em situação de liderança. Esse desígnio, que é próprio da Universidade de São Paulo, tem sido também uma constante ao longo dos anos em nosso Instituto, que, ano após ano, vê avançar com sucesso no panorama educacional e científico novos valores detentores do DNA/USP.

“Uma alternativa surgiu espontaneamente através de uma ideia do Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes” (Prof. Luiz Nunes de Oliveira)

E essa trilha de sucesso começa, como é óbvio, nos primeiro e segundo semestres do 1º ano de graduação dos jovens estudantes, sendo que a disciplina “Direcionamento Acadêmico” tem o foco de introduzir esses jovens na sua nova vida acadêmica do ensino superior. Explicar como funciona a Universidade de São Paulo e o próprio Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), quais são os benefícios que os alunos podem usufruir, como está estruturado cada curso, bem como orientar os jovens sobre as atividades acadêmicas dos cursos e mentoria sobre dificuldades encontradas e estratégias de estudo/aprendizado que auxiliem no seu melhor aproveitamento e adaptação: estas são algumas das principais metas dessa disciplina, adicionando a realização periódica de colóquios ministrados por professores no sentido de apresentar aos alunos as principais temáticas de cada área.

Inovação introduzida na disciplina

Com o passar dos anos, chegou-se à conclusão de que havia a necessidade de introduzir um novo formato nos colóquios dedicados aos alunos do 1º ano de graduação. Em primeiro lugar, o formato tradicional apresentava inicialmente uma dificuldade que foi relatada pelos alunos, que era o fato de os tópicos que eram apresentados estarem muito distantes de suas realidades atuais, pelo que muitos jovens se queixavam de “perda de tempo”. Segundo o Prof. Luiz Nunes de Oliveira, decano do IFSC/USP, o antigo formato se tornou mais ou menos inviável e uma alternativa surgiu espontaneamente através de uma ideia do Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes. “Ele teve a percepção de que os estudantes precisavam ter mais contato com a física experimental durante os colóquios. Foi a partir dessa noção que ele construiu, no início deste primeiro semestre de 2024, um novo modelo baseado na ideia de que, durante as apresentações orais dos professores, deveria haver algumas demonstrações experimentais, algo que fosse feito na frente dos estudantes e diretamente ligada à temática que estava em discussão. “Em vez de o professor ir lá na frente e só falar de um determinado tema, ele também mostra como funciona na prática. Foram realizados cinco colóquios com esse formato e, na minha opinião, foi um sucesso, já que os alunos gostaram muito. E, na verdade, tem duas coisas que precisam ser levadas em consideração: em primeiro lugar, os alunos gostam de ver coisas práticas e que dão um sentido mais concreto às explanações. Em segundo lugar, o professor que vai preparar esse seu colóquio – e eu estou falando porque eu fui um deles que integrei este novo modelo – fica obrigado a pensar no formato que se encaixe nesse novo modelo. Isso daí altera completamente as coisas, para melhor”, sublinha o Prof. Luiz Nunes de Oliveira.

A Física em São Carlos: Primeiras décadas

Prof. Roberto Mendonça Faria

A criação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foi efetivada pelas mãos do Prof. Sérgio Mascarenhas, em conjunto com sua esposa, a Profª Yvone Primerano Mascarenhas, tendo ocupado inicialmente um pequeno espaço localizado no edifício histórico construído em 1908 pela “Società Dante Alighieri, situado bem no centro da cidade de São Carlos e onde começou a funcionar a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP). Esse edifício alberga, atualmente, o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP). Com a construção do Campus USP de São Carlos, aí foi construído um prédio que acolheria o Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC/USP), onde se instalaria o Departamento de Física, que iniciou em curto tempo uma forte vertente interdisciplinar, com destaques para as áreas de Física do estado sólido, Física aplicada à medicina, Física aplicada à saúde, etc..

O primeiro colóquio no novo formato (ASSISTA AQUI), realizado dia 22 de março, tratou da “Física em São Carlos: Primeiras décadas”, tendo sido feita uma abordagem histórica pelo orador convidado, Prof. Roberto Mendonça Faria. De fato, em dezembro de 1968, a revista “Realidade”, um conceituado periódico mensal de abrangência nacional, chegava às bancas com uma intrigante matéria sobre os físicos da pacata cidade de São Carlos. O título da reportagem era sugestivo e provocante: “Eles não estão brincando”. Há menos de 15 anos antes, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) havia sido criada, sendo a segunda escola de engenharia da USP e a primeira no interior do Estado. Na EESC foi germinado um grupo de jovens físicos que, com muito talento, interiorizaram a pesquisa científica no Brasil. Em 1968, a equipe de físicos de São Carlos era composta por doze jovens pesquisadores que, na época, revolucionaram o ensino universitário de física, realizaram pesquisas científicas de impacto internacional e atraíram pós-graduandos de todo o Brasil e mesmo do exterior. A pesquisa inovadora, em temas experimentais e teóricos, logo se internacionalizou e os físicos de São Carlos passaram a receber pesquisadores visitantes dos EUA e da Europa. Tornou-se, também, a primeira instituição de Física no Brasil credenciada a dar títulos de mestre e de doutor em Física pela Organização dos Estados Americanos (OEA), e a receber bolsas da renomada instituição americana: a FULBRIGHT. Esta palestra pretendeu relatar um pouco desta notável história, apresentar quem foram os pioneiros protagonistas desta epopeia, e de que forma o título da revista acima citada incentivou o Prof. Roberto Mendonça Faria a ingressar no IFQSC e a seguir sua profícua carreira que ainda hoje segue de vento em popa. Foi uma espécie de “aperitivo” para o que iria acontecer nos colóquios seguintes.

Uma nova forma de aprender

Galileu: Revolução no pensamento científico                   

Colóquio do Prof. Luiz Nunes de Oliveira

Foi no dia 19 de abril, com o colóquio intitulado Galileu: Revolução no pensamento científico (ASSISTA AQUI), apresentado pelo Prof. Luiz Nunes de Oliveira, que o novo formato se iniciou. Neste colóquio, o orador começou por abordar a situação vivida no final do Século XVI, onde as escolas europeias ensinavam a filosofia de Aristóteles, que já tinha quase dois mil anos e englobava vários ramos do conhecimento, e a física em particular.  Em 1589, Galileo Galilei, que passara vários anos estudando a obra do filósofo, foi contratado pela Universidade de Pisa para lecionar matemática. A partir daí, aos poucos, ele se afastou do pensamento aristotélico. Primeiro, questionou uma conclusão importante a que o grego chegara – que os corpos mais pesados cairiam mais rápido que os corpos leves. Depois, questionou as premissas que sustentavam o seu sistema lógico e, em seu lugar, estabeleceu as bases do método científico – a experimentação sistemática que levava uma descrição radicalmente diferente da sustentada por Aristoteles. Nesse sentido, o Prof. Luiz Nunes demonstrou, através dos experimentos “Pêndulo Simples” e “Plano Inclinado”, que as premissas de Galileu estavam corretas. Numa segunda fase, que começou em 1610 e se estendeu até o final de sua vida, Galileo explorou extensivamente o potencial de um instrumento recém-inventado – o telescópio – para desconstruir a cosmologia de Aristóteles. Neste colóquio, o Prof. Luiz Nunes de Oliveira falou principalmente sobre a primeira fase do trabalho galileano, descrevendo os fundamentos do método aristotélico e algumas das conclusões a que ele conduziu. No final do colóquio, houve uma curta exposição sobre a demolição da cosmologia aristotélica

A Física da Neurociência: do potencial de membrana às interfaces cérebro-máquina

Prof. Reynaldo Daniel Pinto

O novo formato adotado para a realização dos colóquios tinha, até então, dado certo, com os alunos a lotarem o Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” no colóquio do dia 03 de maio, intitulado A Física da Neurociência: do potencial de membrana às interfaces cérebro-máquina (ASSISTA AQUI), apresentado pelo Prof. Reynaldo Daniel Pinto. Nessa sua apresentação, o orador começou por sublinhar que devido à sua complexidade, o cérebro é o único órgão do corpo humano que ainda não se sabe bem como funciona. Ele é uma espécie de computador biológico, que evoluiu por seleção natural por centenas de milhões de anos e, entender o seu funcionamento, é uma das últimas fronteiras do conhecimento humano. Desde meados do século 19, ao longo de seu desenvolvimento mais moderno, a neurociência tem se dedicado a entender como um sistema nervoso produz comportamento e esse problema mostrou-se um desafio gigantesco e multidisciplinar. Nesta palestra, O Prof. Reynaldo Daniel Pinto fez um breve histórico do desenvolvimento da neurociência, tendo mostrado que a complexidade do cérebro já se manifesta mesmo em suas menores partes constituintes, os neurônios e suas conexões, as sinapses. O docente discutiu, ainda, as principais ideias da neuroetologia, que procura estudar comportamentos naturais especializados e peculiares em diversos animais para compreender os circuitos nervosos envolvidos, tendo mostrado que a aplicação da Física (básica, biomolecular e computacional) e a sua interação com outras áreas foi – e é – contínua, sendo fundamental na neurociência.

De forma visível, os alunos do IFSC/USP começaram a reagir muito positivamente a este novo modelo de colóquios, não só colocando questões – o que nem sempre tinha acontecido muito nas edições relativas ao anterior formato -, mas interagindo também com os oradores, mesmo após o término de cada colóquio. Ana Carolina da Cruz cursa o Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares e sublinha que o colóquio do Prof. Reynaldo é uma de suas áreas de interesse.

Prof. Glaucius Oliva

“Foi muito bacana esse colóquio, a tal ponto de eu ter vontade de procurar o professor para tirar mais dúvidas. Foi fantástica a apresentação dele”; uma opinião que é partilhada por Felipe Miranda, aluno do curso de Bacharelado em Física. “Um colóquio bem explicativo, que vai ao encontro do meu curso”, sublinha o estudante. Quem também se mostrou agradada com o colóquio do Prof. Reynaldo foi a aluna Kamile Coelho, do curso de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares, que sublinhou que aprendeu bastante e que o tema está diretamente ligado com o seu curso. Lucas Vinicius, aluno do curso do Bacharelado em Física Computacional, confessou que “curtiu demais” todos os colóquios apresentados. “Muito dinamismo, com demonstrações incríveis. Prefiro este modelo pois é muito mais interativo e dá para entender melhor o contexto”. Manuela de Oliveira, aluna do curso de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares confessa que a nanociência é a área que mais lhe interessa. “De todos, o colóquio sobre nanociência foi o que mais me prendeu a atenção, até pela interação que o professor fez conosco. Foi fantástico e me faz antecipar a vontade de seguir essa área para o meu mestrado e doutorado, já que tenho intenção de continuar aqui”, pontua a estudante. Por último, para Samyra Lourdes, aluna do curso de Bacharelado em Física “Foi muito bom e está na direção certa do meu curso”.

 

Os Raios X e o DNA

Os Raios X e o DNA (ASSISTA AQUI) foi o título do colóquio realizado no dia 24 de maio, ministrado pelo Prof. Glaucius Oliva, que começou por chamar a atenção dos alunos que desvendar a forma e entender a função das coisas são os objetivos centrais das ciências em geral, e da física em particular. Para tanto, utilizam-se as diferentes regiões do espectro eletromagnético, que podem fornecer informações em escalas distintas. Em particular, foi com os raios-X que se tornou possível determinar a estrutura de moléculas com detalhe atômico. O orador teve a oportunidade de salientar que ao final da primeira metade do Séc.XX, com a difração de raios-X em monocristais, já era possível elucidar a estrutura de moléculas pequenas, com algumas dezenas de átomos. No entanto, as moléculas que compõem os seres vivos, fundamentalmente as proteínas e os ácidos nucleicos, DNA e RNA, são moléculas compostas por milhares, e em alguns casos, milhões de átomos, em complexas estruturas tridimensionais, que determinam univocamente sua função biológica. Assim, foi no contexto do início dos anos 1950, que os padrões de difração de raios X das moléculas de DNA capturados por Rosalind Franklin foram fundamentais para a descoberta da estrutura em dupla hélice do DNA. A icônica Foto 51 continua sendo uma referência em muitos livros de Biologia, Bioquímica e Biologia Estrutural. Em suma, nessa palestra, o palestrante usou experimentos ópticos simples para explicar esse marco histórico. Ele utilizou redes com periodicidade micrométrica e luz visível para entender o fenômeno da difração e depois reproduzir o padrão de difração observado na Foto 51. Com uma projeção bidimensional e conceitos ópticos simples, o palestrante enfatizou que é possível recriar as observações de Rosalind Franklin que foram essenciais para o trabalho de Watson e Crick em inferir estrutura em dupla hélice do DNA.

Também após este colóquio tivemos a oportunidade de ouvir dois alunos que verteram sua opinião sobre o tema.  Para Pedro Suzuki, aluno do curso de Bacharelado em Física “Foi um colóquio bem formativo – e adoro quando a experimentação acompanha o discurso. Apesar de gostar muito de palestras meramente teóricas, o fato de estarem incluídos experimentos é de fato muito bom”. João Pedro Fernandes, aluno do curso de Física Computacional, afirmou que foi um colóquio excelente, com uma abordagem fantástica dos conceitos da física. “A temática e a sessão de experimentação me fizeram aprender muito”.

Utilização da Plataforma Arduino no Ensino de Física

Colóquio do Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes

O último colóquio deste primeiro semestre, intitulado Utilização da Plataforma Arduino no Ensino de Física (ASSISTA AQUI), ocorreu no dia 07 de junho e foi conduzido pelo Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes, que apresentou algumas aplicações da Plataforma Arduino na execução de experimentos realizados nos cursos de Laboratório de Física I e II.

A plataforma Arduino foi desenvolvida na Itália em 2005 e pode ser facilmente utilizada na automação de experimentos.

Para o aluno Sidney Rodrigues “O Arduino é muito amplo, dá para fazer muita coisa e é muito versátil, principalmente para os experimentos; dá para fazer muita coisa e de forma muito mais prática do que ter que fazer na mão. Quanto aos colóquios que foram apresentados neste semestre, acho que todos foram bem interessantes, todos têm bastante a agregar”. Finalmente, Letícia Takashi, aluna do curso de Bacharelado em Física Computacional, afirmou que achou muito legal todos os colóquios, bem como a integração que houve com os experimentos relativos aos temas. “Fantástico”, sublinhou a aluna

Considerações finais

“É um modelo que tem de ser seguido” (Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes)

Regressando aos comentários do Prof. Luíz Nunes de Oliveira, o docente afirma que esse novo formato dos colóquios foi uma ótima ideia do Prof. Luiz Antônio. “Faz mais de cinquenta anos que dou aula aqui no Instituto e esta foi a inovação no ensino mais notável que eu vi, inclusive com os professores manifestando muita satisfação. A Pró-Reitoria de Graduação promove vários eventos todo ano, onde são apresentadas novas modalidades didáticas, novas maneiras de ensinar. Dado o sucesso alcançado, acho que caberia muito bem o Prof. Luiz Antonio, com o apoio do IFSC/USP, apresentar esta nova metodologia lá”, pontua o docente.

Para idealizar um novo modelo dos colóquios do IFSC/USP, contar com a colaboração de vários professores para promoverem algo bem diferente e que fizesse a diferença junto dos alunos, foi algo extremamente importante, pontua o idealizador do novo projeto, Prof. Luiz Antônio.

“O que é que eu vi nestes cinco colóquios? Vi que os alunos entenderam, participaram, colocaram dúvidas, saíram felizes. É um modelo que tem de ser seguido, pois os temas abordados estão ligados diretamente ao que os alunos estão estudando, ou já estudaram: coisas que eles entendam. Eu acho que este modelo é extremamente importante para motivar os nossos alunos iniciantes, porque quer queiramos, ou não, eles sentem-se meio perdidos no início de suas carreiras no ensino superior. Considero extremamente errado o fato dos cursos de física 1, 2, 3 e 4 teóricos,  não serem ministrados em sincronia com os cursos de laboratório”, pontua o Prof. Luiz Antônio.

Para este docente, o fato de muitos dos seus colegas do IFSC/USP já se terem oferecido para ministrar este novo modelo de colóquios é algo que abre muito o horizonte para o futuro. “Os alunos não precisam ser obrigados a participar – eles QUEREM participar”, comemora o Prof. Luiz Antonio.

Texto: Rui Sintra / Reportagens: Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de junho de 2024

Oportunidade no IFSC/USP – Bolsa de PD em Planejamento de Fármacos

O Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP e situado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), oferece uma (1) oportunidade para pesquisadores de Pós-Doutorado, com Bolsa FAPESP válida por até 12 meses.

O pesquisador irá integrar um grupo multidisciplinar de pesquisadores em colaboração com a Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi), com foco na descoberta e otimização de novas entidades químicas para o tratamento da leishmaniose e doença de Chagas.

O pós-doutorando será responsável pelo planejamento e execução de (i) ensaios fenotípicos in vitro contra Trypanosoma cruzi e Leishmania e (ii) estudos in vitro de farmacocinética e metabolismo (solubilidade, permeabilidade, partição fase lipídica/fase aquosa e estabilidade metabólica).

O prazo de inscrição se encerra em 03 de julho de 2024 ou até a vaga ser preenchida.

Os candidatos devem possuir título de Doutor obtido há no máximo 7 (sete) anos, no país ou no exterior, e experiência na condução de ensaios in vitro de parasitologia e/ou farmacocinética/ADME (absorção, distribuição, metabolismo e excreção) in vitro. Fluência em inglês e capacidade de trabalhar em equipes interdisciplinares são obrigatórios.

Os interessados devem enviar Curriculum Vitae e carta de interesse para o Prof. Adriano D. Andricopulo (aandrico@ifsc.usp.br), Pesquisador Principal.

A vaga está aberta a brasileiros e estrangeiros.

O selecionado receberá Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 9.318,90 mensais e Reserva Técnica equivalente a 10% do valor anual da bolsa para atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.

Para mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de junho de 2024

Câmara Municipal de São Carlos realiza Sessão Solene em comemoração aos 50 anos da fundação da ACIESP

A Câmara Municipal de São Carlos realiza no próximo dia 27 de junho, às 19h00, uma Sessão Solene em celebração aos 50 anos da fundação da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP).

Fundada em 08 de outubro de 1974, na cidade de São Carlos, a ACIESP se consolidou como uma das mais importantes instituições científicas do país, reunindo em seu corpo de acadêmicos cientistas de notável reconhecimento nacional e internacional.

A Sessão Solene terá transmissão ao vivo pelo Canal 20 da NET, Canal 49.3 TV Aberta Digital, Canal 31 da Desktop / C.Lig, Online via Facebook e Canal Youtube, por meio da página oficial da Câmara Municipal de São Carlos.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de junho de 2024

ABC lança livro “Desafios e estratégias na luta contra a desinformação científica”

Com a presença da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, a Academia Brasileira de Ciências (ABC), presidida pela Profª Helena Nader, vai lançar no próximo dia 20 de junho, às 11h30, em sua sede localizada na Rua Anfilófio de Carvalho, 29 – 3º andar – Centro Rio de Janeiro (RJ), o livro intitulado “Desafios e estratégias na luta contra a desinformação científica”.

Este livro é o resultado final das pesquisas desenvolvidas pelo “Grupo de Trabalho (GT) sobre Desinformação Científica”, coordenado pelo Vice-Presidente da ABC para a Regional São Paulo, docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Glaucius Oliva, que contou com as participações, nesse mesmo grupo de trabalho, com o Vice-Presidente da ABC para a Regional Sul, Prof. Ruben Oliven, e a Profª Thaiane Oliveira, membro afiliado da ABC na área de Ciências Sociais, entre outros acadêmicos.

O trabalho desenvolvido pelo citado grupo de trabalho, instituído em 2023, baseou-se na necessidade de detectar os principais focos e caminhos estabelecidos e percorridos pela desinformação científica, começando pelas formas de propagação de teorias de conspiração e a deturpação premeditada de fatos científicos relevantes, que, no conjunto geral, destroem perante a sociedade a credibilidade, a confiança das instituições científicas e de seus atores. As mídias sociais se configuraram como um espaço propício para a disseminação de informações falsas relacionadas à ciência.

O funcionamento, por meio de algoritmos – que favorecem a reprodução de conteúdos enganosos ou de acordo com as crenças do usuário –, é um fator que agrava a situação. Um número pequeno, mas crescente de pseudo-cientistas com grande alcance nessas redes também é fator de preocupação, sublinha o texto divulgado à imprensa sobre o lançamento do livro. Por isso, esta publicação oferece uma visão abrangente e um conjunto de soluções destinadas a enfrentar essa crise. Conforme palavras do Prof. Glaucius Oliva, esta publicação tem o objetivo de “(…) contribuir para o fortalecimento do pensamento crítico, da alfabetização científica e da valorização do conhecimento baseado em evidências, essenciais para o avanço da ciência e a proteção da saúde pública (…).

Acreditar na Ciência

Prof. Glaucius Oliva

O documento da ABC aponta que a desinformação científica é sustentada por um ecossistema lucrativo, que inclui a monetização de conteúdo enganoso e a exploração das crenças e emoções do público para ganho financeiro, primeiramente através de usuários que produzem a desinformação, seguindo-se as próprias plataformas virtuais que lucram com essas produções.

O Prof. Glaucius Oliva espera que este trabalho contribua para o fortalecimento do pensamento crítico, da alfabetização científica e da valorização do conhecimento baseado em evidências, essenciais para o avanço da ciência e a proteção da saúde pública. “Acreditar na ciência é acreditar no futuro, e é com esse espírito que compartilhamos estas reflexões e recomendações com o público em geral”, pontua o pesquisador.

Grupo de Trabalho sobre Desinformação Científica

A desinformação científica é uma das grandes preocupações mundiais, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), sobretudo diante do aumento de casos de doenças até então praticamente erradicadas e do aumento de movimentos anticiência, antivacina e contestação às recomendações de instituições científicas. Estas estão entre as graves consequências que o fenômeno pode causar e têm sido cada vez mais frequentes no debate público.

Segundo a ABC, enfrentar a desinformação científica tem sido um grande desafio, pois implica entender as suas formas de circulação, as estratégias de distribuição da informação em espaços digitais descentralizados e mediados por algoritmos e entender, sobretudo, as motivações que levam os sujeitos a acreditar ou a repassar a desinformação quando vai ao encontro de suas crenças. O enfrentamento do problema, então, requer pesquisas multidisciplinares e uma atuação conjunta de diversos atores da sociedade.

Como uma das principais instituições que têm atuado pela defesa da ciência, é de grande importância e urgência para a ABC estar à frente da condução de diagnósticos e debates em relação a este problema, que tem preocupado diversos organismos nacionais e internacionais. Diante disso, o grupo de trabalho (GT) da ABC sobre a desinformação científica tem como proposta oferecer panoramas para tecer estratégias e propor políticas públicas relacionadas ao enfrentamento da circulação de desinformação científica.

Os interessados em acompanhar de forma remota a cerimônia de lançamento do livro poderão acessar o Canal Youtube da ABC (AQUI)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de junho de 2024

IFSC/USP e Santa Casa/Instituto de Ensino e Pesquisa vão lançar segunda turma do “Curso de Especialização em Laser na Saúde”

Numa parceria entre o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC, por meio do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), será lançada no próximo mês de agosto a segunda turma do “Curso de Especialização em Laser na Saúde”, evento organizado e coordenado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa.

Nos últimos meses, a Santa Casa, por meio do IEP, lançou a primeira turma do “Curso de Especialização em Laser na Saúde”, que está tendo um enorme sucesso, já que a procura foi muito grande e algumas pessoas não conseguiram se inscrever. “O que nós estamos observando é que cada vez mais os profissionais das diversas áreas da saúde, seja a área da medicina, odontologia, fisioterapia, educação física, enfermagem, podologia e terapias, entre outras, têm buscado informações e mais conteúdos relativos à utilização do laser. Nesse sentido, a parceria entre a SCMSC e o IFSC/USP, a que se junta o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), viabiliza que os pesquisadores e parceiros façam parte do corpo docente desse curso, sendo que essa é uma forma de, entre outras, fazer com que esses profissionais se sintam motivados a seguir uma carreira acadêmica. Com o apoio do docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, esta especialização em laser tem sido realmente um diferencial e um novo marco na área de ensino de laser para profissionais”, sublinha o pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior.

Segundo o gerente do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) para a Santa Casa, o ensino sempre foi uma das prioridades, assim como  a evolução da prática profissional na área da saúde. “A parceria com o IFSC/USP eleva ainda mais a qualidade do nosso curso, proporcionando acesso a um corpo docente altamente qualificado e a uma infraestrutura de ponta. Isso não só engrandece o currículo dos participantes, mas também contribui significativamente para o desenvolvimento de novas competências e conhecimentos que são essenciais no cuidado aos pacientes”, destacou.

A primeira turma deste curso, que se iniciou no final do último mês de abril, vai ter a sua formação concluída no final de 2025, e sobre as atividades desenvolvidas, ouvimos as opiniões de alguns dos alunos.

Ariane – Enfermeira (Matinhos/Paraná) – “O curso é sensacional, já que ele consegue abranger praticamente todas as áreas de saúde. É maravilhoso, sem falar do corpo docente que dá um suporte sensacional. Sinto-me muito acolhida”.

Kellen Botelho – Podóloga e Geriatra (São Carlos/São Paulo) – “Com efeito, para melhor me capacitar ingressei neste curso. Foi uma grande oportunidade que tive em adquirir muitos conhecimentos nesta área do laser, o que irá permitir que, efetivamente, possa ajudar ainda mais as pessoas que necessitam. Destaco o corpo docente deste curso, sublinhando o Prof. Dr. Vanderlei Bagnato e o Dr. Antonio Aquino Junior. Todo o grupo de docentes nos dá a força e vontade para um aprendizado extraordinário, facilitando todo o processo deste curso”.

Neurivaldo Viviani Junior (Juca) – Fisioterapeuta (Ribeirão Preto) – “Considero que as aulas deste curso são bastante bem ministradas, com uma forma bem dinâmica de passar todos os conhecimentos, algo que me surpreendeu, pois não é muito comum. O conteúdo do curso vai certamente somar bastante aos meus conhecimentos de fisioterapia”.

Mila Garcia – Cirurgiã Dentista (São Paulo) – “A grade do curso é muito ampla com aplicação de laser em todas as áreas, de forma multidisciplinar, de forma leve, com muito conhecimento não apenas teórico, mas também na parte clínica, para um bom desenvolvimento junto aos nossos pacientes”.

As inscrições para segunda turma já estão abertas através do link (VER AQUI) e mais informações pelo e-mail: iep@santacasasaocarlos.com.br e também WhatsApp (16) 991745-3255.

Rui Sintra & Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de junho de 2024

Estudo-piloto aponta tratamento inovador com laser para tratar distúrbios do sono – Trabalho foi publicado no “Journal of Novel Physiotherapies”

Vanessa Garcia

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Universidade Central Paulista (UNICEP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Texas A&M University (Texas/USA), publicaram recentemente um estudo-piloto que confirma a eficácia da aplicação de fotobiomodulação e ultrassom como tratamento para pacientes com distúrbios do sono. A aplicação, de laser e ultrassom, surgiu há já algum tempo após os pesquisadores terem verificado melhorias substanciais em pacientes com sequelas pós-Covid e em pacientes fibromiálgicos, todos eles sofrendo de distúrbios do sono, tendo sido sujeitos ao mesmo procedimento.

A pesquisadora Vanessa Garcia, mestranda da UNICEP e uma das autoras do estudo, confirma que durante os respectivos processos de reabilitação fisioterápica, os pacientes com sequelas pós-COVID ou com fibromialgia, relataram as inúmeras dificuldades que tinham em adormecer, ou mesmo ausência de sono durante dias consecutivos, algo que motivou a realização deste estudo-piloto. “Para a concretização deste estudo realizamos uma chamada de vinte pacientes já diagnosticados com distúrbios de sono e dividimos os pacientes em dois grupos de 10 pessoas cada. Um grupo foi constituído por pacientes que utilizavam medicamentos para controlar o distúrbio do sono, e o outro grupo constituído por pessoas que apesar de terem o mesmo diagnóstico e sintomas, não utilizavam qualquer tipo de medicação”, salienta a pesquisadora.

O pesquisador do IFSC/USP,  Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, que também assina o estudo, pontua que o objetivo foi também avaliar outros fatores que estão intrinsecamente ligados com os distúrbios do sono, como, por exemplo, ansiedade, depressão, e a própria desordem de sono por meio de um questionário específico. Nesse contexto, constatou-se o fato de que essa intervenção por meio do laser e ultrassom tem dado resultados promissores, independentemente do tipo de projeto, ao nível de uma redução da ansiedade, algo que se confirmou neste estudo, principalmente em pacientes que fazem uso da medicação. “Quando avaliada a questão do distúrbio do sono propriamente dito, observamos que tanto em pacientes que fazem uso de medicamentos, como nos que não fazem uso, os resultados foram extremamente positivos”, comemora o pesquisador. Contudo, segundo ele, o mais importante foi observar que a ação da terapia junto ao medicamento consegue potencializar o seu efeito. “Quando fizermos um estudo maior acredito que iremos avaliar algumas situações, como, por exemplo, se o retorno dos pacientes à normalidade vai ser num tempo menor, e se atendendo à avaliação do médico, haverá a possibilidade de uma redução do medicamento também num tempo menor? Então, são situações que precisam ser ainda estudadas, mas é um caminho bem interessante que estamos tomando”, acrescenta Antonio de Aquino Junior.

Ao aplicar a combinação da terapia por intermédio de laser e ultrassom nas palmas das mãos e nas plantas dos pés de cada paciente, por seis minutos, ao longo de dez sessões, duas vezes por semana, os resultados foram extraordinários. “De fato, como o Dr. Aquino mencionou, o tratamento foi eficaz nos dois grupos, com um destaque especial para o grupo que usa medicamentos controlados, que teve uma melhora mais significativa ainda, o que nos leva a concluir que esse tratamento potencializa também essa ação do medicamento, auxiliando nos quadros de ansiedade e depressão.

Assinam o estudo os pesquisadores: Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP-Texas A&M University-UFSCar); Tiago Zuccolotto Rodrigues (IFSC/USP-UFSCar); Vanessa Garcia (UNICEP-IFSC/USP); Heloisa Giangrossi Machado Vidotti (UNICEP); Antonio Eduardo de Aquino Junior (IFSC/USP-UFSCar).

Para acessar o estudo, clique AQUI.

Rui Sintra / Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de junho de 2024

No periódico “Natural Structural and Molecular Biology” – Estudo brasileiro está entre os mais relevantes

Células tumorais de câncer de próstata. Em vermelho, as mitocôndrias das células. Em verde, os feixes de filamentos da enzima glutaminase. Em ciano o citoplasma da célula, e em azul escuro o DNA nuclear. A coloração amarela se dá pela sobreposição de verde e vermelho, onde estão os filamentos de glutaminase (imagem: CNPEM/divulgação)

Homenagem a trabalho conduzido no CNPEM foi feita em artigo que celebra os 30 anos da revista científica.

Estudo conduzido no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) foi selecionado pelos editores da revista Nature Structural and Molecular Biology (NSBM) como um dos mais importantes já publicados.

Intitulado “Molecular mechanism of glutaminase activation through filamentation and the role of filaments in mitophagy protection” (VER AQUI), o estudo recebeu financiamento da FAPESP por meio de seis projetos (20/06062-1, 17/15340-2, 21/01504-9, 17/11766-5, 14/20673-2 e 19/16351-3). No artigo, os autores descrevem um processo novo de bloqueio de mitofagia, que é a degradação seletiva das mitocôndrias por autofagia.

“Nós descobrimos que uma enzima – que se pensava estar envolvida somente no metabolismo de um aminoácido [glutamina] – de fato é capaz de se organizar como filamentos longos dentro da mitocôndria. Esse tipo de comportamento nunca havia sido descrito para nenhuma proteína dentro da mitocôndria. Nós também mostramos que esses filamentos distorcem as mitocôndrias, alongando-as, e isso impede que elas sejam ‘cortadas’ e recicladas”, explica à Agência FAPESP Sandra Martha Gomes Dias, pesquisadora do CNPEM e uma das autoras do artigo, publicado em 2023.

A pesquisa utilizou uma técnica conhecida como criomicroscopia eletrônica de partículas únicas para conhecer os detalhes moleculares desses filamentos, como se formam e o impacto disso para a função da enzima.

“Utilizamos também uma técnica de fronteira chamada de criotomografia eletrônica de lamelas celulares para provar a existência desses filamentos dentro da mitocôndria. É a primeira estrutura de proteína caracterizada por essa técnica em uma publicação brasileira”, acrescenta a pesquisadora.

No texto comemorativo dos 30 anos da Nature Structural and Molecular Biology, os editores explicam os motivos de escolha de cada artigo: “A editora, além de explicar nossos achados, chama a atenção para um ponto considerado importante para o campo da biologia estrutural do futuro: a busca de mecanismos moleculares, sem perder o contexto celular”, conta Dias.

Segundo Dias, até então, a biologia estrutural se preocupou em descrever proteínas em nível atômico e tem trazido respostas importantes sobre como essas moléculas funcionam e como alterações no seu funcionamento estão atreladas a várias doenças. “A tendência agora é compreender as proteínas nesse alto nível de detalhamento, mas dentro da célula considerando o local onde está [a organela] e as proteínas da vizinhança. Nosso trabalho fez a análise molecular da enzima filamentada, mas se preocupou em analisar ela no contexto celular [na mitocôndria], procurando explicar o impacto daqueles achados, de maneira direta, para o funcionamento da célula”, destaca.

(Um dos autores deste estudo é o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Andre Luiz Berteli Ambrosio).

O artigo comemorativo dos 30 anos da revista pode ser acessado (AQUI).

(In: Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de junho de 2024

Inovação tecnológica em São Carlos: Do esporte ao agronegócio passando pela indústria – Unidade EMBRAPII do IFSC/USP no apoio às empresas da cidade

A presilha “inteligente”

Com os apoios das universidades e institutos sediados em nossa cidade, jovens empreendedores transformam ideias em inovações que despertam já o interesse de grandes empresas nacionais e internacionais

A empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) é uma instituição governamental cujo foco é apoiar as instituições de pesquisa tecnológica, fomentando a inovação na indústria brasileira. Ao auxiliar a modernizar as empresas através de produtos e/ou processos, a ação da EMBRAPII tem como principal meta fazer com que as empresas sejam mais competitivas, trazendo para a sociedade brasileira as soluções para os seus problemas cotidianos.

Criada em julho de 2017, a Unidade EMBRAPII do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), coordenada pelo Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, dedica-se a transformar a ciência que é produzida em tecnologias nas áreas da óptica, robótica, instrumentação e novos fármacos. Com perto de setenta projetos executados e/ou em execução, contemplando um elevado número de empresas – desde as startups até às já consolidadas -, o principal foco da Unidade EMBRAPII do IFSC/USP está relacionado com a saúde humana, animal, vegetal e na defesa do meio ambiente, entre outros projetos não menos importantes, como, por exemplo o esporte. E, neste capítulo, trazemos hoje o exemplo de sucesso da empresa Biotrônica, instalada no NovoLab, em São Carlos, liderada por Haroldo Vieira.

Primeiro projeto dedicado ao CrossFit

Pormenor do equipamento

A startup Biotrônica nasceu com o auxílio da Unidade EMBRAPII do IFSC/USP, em 2023, dando corpo a um projeto destinado ao desenvolvimento de uma tecnologia dedicada a atletas de levantamento de peso olímpico, inserida no CrossFit, na tentativa de  aproveitar as grandes potencialidades existentes nos mercados nacional e internacional. O projeto compreendeu o desenvolvimento de uma presilha destinada a ser colocada nas barras de levantamento de peso e que se traduz, em primeiro lugar, num componente de segurança para que as anilhas de peso não caiam. “As anilhas são os pesos que alimentam a barra de levantamento. Tem anilhas de 5, 10, 15, 20 quilos, e o atleta vai colocando-as de acordo com as repetições que ele quer fazer. Na modalidade do levantamento de peso olímpico, existem dois movimentos, que são o snatch e o clean and jerk. Então, é comum observarmos nas Olimpíadas aqueles atletas gigantes, levantando 200, 250 quilos”, comenta Haroldo Vieira.

Contudo, além dessa questão relativa à segurança, a presilha desenvolvida pela Biotrônica apresenta uma outra função graças a um componente tecnológico desenvolvido pela empresa. A presilha tem a capacidade de coletar inúmeros dados, já que existem vários sensores nesse pequeno equipamento. Tem sensores de aceleração, inclinação, temperatura e vibração que transmitem informações valiosas para o atleta, sendo que o principal sensor é o de aceleração. É através da aceleração que se consegue traçar um algoritmo de inteligência artificial (IA) para classificar o padrão de movimento do atleta. Então, a presilha consegue “entender” o movimento que o atleta está fazendo e ela sabe se o atleta está fazendo um snatch, um clean and jerk,  um agachamento ou um levantamento a partir do solo. Através disso, a presilha conta o número de repetições e faz o planejamento de treino do atleta”, explica Haroldo.

De fato, com essa tecnologia, o atleta não precisa mais ficar entrando em aplicativos, ou pegar num papel para ficar anotando o que está treinando. Essa presilha já vai coletando todas as informações em tempo real e vai fazendo o histórico do treino do atleta, inclusive analisando se ele está tendo uma performance de treino boa, muito boa ou ruim. “Essa presilha analisa a inclinação do movimento, detecta se existem tendências irregulares, às vezes um músculo um pouco mais enfraquecido que está inclinando, por exemplo, já que isso pode ocasionar uma lesão. Analisa o deslocamento da barra. Ela sabe a trajetória em 3D no ar. Isso é um método matemático que a gente tirou da área militar, usado para definir trajetórias de mísseis”, sublinha nosso entrevistado. Junto com os pesquisadores do IFSC/USP, a equipe da Biotrônica demorou nove meses para entender e desenvolver como o método matemático poderia funcionar, sendo que toda a parceria feita com a EMBRAPII viabilizou explorar essa tecnologia sem qualquer receio. A presilha já está no mercado, especialmente dedicada a educadores físicos e atletas de ponta, atletas de elite, algo que provocou outra parceria muito interessante, desta vez com a Movement, que é uma indústria de equipamentos de musculação, a maior da América Latina. Através dessa parceria, a Biotrônica foi convidada a participar na IHRSA Fitness Brasil, que é a maior feira esportiva da América Latina e nela foi proposto o desenvolvimento de um protótipo parecido com a presilha acima explicada, em um tempo muito curto – trinta dias. Esse protótipo é semelhante ao da presilha, mas desta vez com a finalidade de monitorar o movimento de atletas e de alunos durante a prática esportiva de musculação. Tal como o anterior, esse equipamento  monitora números de repetições, amplitudes de movimento, tempo entre repetições, cadência, peso, etc. “É muito similar ao projeto que desenvolvemos para o levantamento de peso olímpico, porém, com algumas adaptações para a musculação”, sublinha Haroldo.

Do esporte para o agronegócio e para a indústria

O sucesso do ciclo de desenvolvimento da Biotrônica acabou por abrir muitas portas e uma delas foi para o agronegócio, mesmo sem a empresa ter uma demanda específica sinalizada para esse fim. Para esse nicho de mercado, a empresa desenvolveu o “Brinco do Gado”, que é um dispositivo muito similar ao do levantamento de peso olímpico, só que em vez de classificar movimentos dos atletas ele classifica o movimento do gado. Através de IA o dispositivo consegue classificar o padrão de movimento do gado, cujo foco é obter informações precisas e em tempo real de quanto tempo ele está se locomovendo, reproduzindo, alimentando e dormindo, entre outros fatores; com base nesses dados, consegue-se saber, por exemplo, quando as espécies que estão sendo analisadas entram no cio. “É um produto muito interessante para o produtor pecuário, como um todo”, enfatiza Haroldo Vieira, que confirma estar já buscando parceiros para esse projeto.

Sensor para a classificação do padrão de ruído em equipamentos industriais

Por outro lado, tendo em consideração uma outra ideia iniciada em finais de 2023, a Biotrônica ingressou no início deste ano num outro projeto junto à Unidade EMBRAPII do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) relativo ao desenvolvimento de um sensor para a classificação do padrão de ruído em equipamentos industriais. Esse sensor de ruído é um grande diferencial em relação aos produtos que existem no mercado. Segundo Haroldo Vieira, a classificação de ruído já é uma prática muito comum na indústria, com os fabricantes a usarem sensores de vibração, que são basicamente acelerômetros, mas que têm uma largura de banda muito baixa, um espectro muito baixo. “Esses acelerômetros são sensores que classificam padrões, muitas vezes no espectro audível. Porém, o técnico que acompanha os equipamentos na fábrica, que está lá na indústria há mais de 10 anos, quando escuta um rolamento chiar ele sabe que em breve irá dar problema. O que nós desenvolvemos foi um sensor que classifica o padrão de ruído com IA no espectro ultrassônico. Por quê? Primeiro, porque o espectro ultrassônico não é detectado, ou seja, não é audível, já que ele tem uma largura de banda mais ampla, uma alta frequência, que é o primeiro ruído (impercetível) que aparece no equipamento. É o indicativo que vai haver problema dentro de algum tempo. Na hora em que começa a aparecer um estresse mecânico, o equipamento começa a apresentar um ruído no espectro ultrassônico e é aí que conseguimos classificar esse padrão de ruído logo no início, sabendo com toda a certeza que esse equipamento vai dar problema, necessitando, por isso, de uma manutenção preditiva muitos meses antes da avaria acontecer”, explica o nosso entrevistado. Contudo, segundo adiante Haroldo, este novo projeto pode ser aplicado em diversas outras frentes, como, por exemplo, na área automobilística, onde a Biotrônica já assinou uma parceria com a Fórmula Inter, com o intuito de classificar os padrões de ruído dos motores dos carros e de outros elementos mecânicos e estruturais.

O pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior salienta que a importância da EMBRAPII é fundamental para estes projetos, tendo em consideração o fato de ela possibilitar o financiamento e a estrutura para que as startups possam iniciar suas atividades e desenvolverem inovações. “Esse tipo de auxílio, de orientação, já que muitas vezes no processo da EMBRAPII existe toda uma logística do SEBRAE envolvida e que demanda estratégia para o desenvolvimento, auxilia muito para que o processo atinja um sucesso. A parceria que existe na Unidade EMBRAPII do IFSC/USP, envolvendo todos os colaboradores, faz com que os processos de inovação, muitas vezes complexos, se tornem tecnicamente viáveis em prazos relativamente curtos. E o que observamos é que em relação à Biotrônica existe uma equipe integrada e é muito importante esse tipo de integração, onde você consegue resolver os problemas que aparecem na demanda das atividades e processos em um tempo muito curto dentro da empresa”, sublinha o pesquisador. De fato, essa equipe, que alberga no seu seio 16 alunos de graduação e de pós-graduação da USP de São Carlos, do Instituto Federal de São Paulo – Campus de São Carlos, e da UFSCar, graças aos contatos estabelecidos com inúmeros professores, atua basicamente em uma sala, promovendo uma comunicação facilitada, sendo que a expertise dos envolvidos se mostra adequada e cada vez mais “afinada”, o que tem resultado em toda essa demanda, todo esse sucesso no desenvolvimento de tecnologias inovadoras na cidade de São Carlos.

Carro da “Fórmula Inter”

Por último, para suprimir as dificuldades e os custos relacionados com as questões mecânicas da prototipagem dos dispositivos eletrônicos desenvolvidos pela Biotrônica, que sempre necessitam da fabricação de invólucros para proteger os circuitos, a empresa assinou em 2023 uma parceria com a chinesa Creality, a maior fabricante de impressoras 3D do mundo. Dessa forma, a Biotrônica consegue agora fabricar os seus invólucros e, através dessa mesma parceria, fazer projetos e fabricar componentes para outras empresas, ao mesmo tempo que revende as mais diversas categorias de impressoras 3D. Antonio Eduardo de Aquino Junior destaca que toda essa viabilidade só é possivel graças a uma gestão visionária do coordenador da Unidade EMBRAPII do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato. “Ele está  sempre presente nas ações que são necessárias, no desenvolvimento dos projetos e nos aconselhamentos e isso faz um diferencial muito grande. Outra questão importante é o grande auxílio que a Fundação de Apoio à Física e Química (FAFQ) presta em relação à gestão de recursos. Pode parecer às vezes trivial, mas fazer a gestão de recursos com toda uma ação para concluir a parte burocrática é fundamental para aliviar a carga que sempre pesa em cima dos ombros dos pesquisadores e das startups”, conclui o pesquisador.

Haroldo Vieira com parte de seus colaboradores em uma das salas da “Biotrônica” no “NovoLab”

Rui Sintra & Adão Geraldo – Jornalistas da Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de junho de 2024

Atualização da produção científica do IFSC/USP em maio de 2024

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  maio  de 2024, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, em frente à biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Carbohydrate Polymers” (AQUI).

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de junho de 2024

FAPESP atualiza normas de Auxílio à Pesquisa Regular e de bolsas

A FAPESP atualizou em 1º de junho os valores e prazos de Auxílio à Pesquisa Regular e de bolsas. “O objetivo é proporcionar uma melhor execução do projeto e permitir um planejamento das atividades no que se refere à gestão do material de custeio, equipamentos, bolsas e serviços de terceiros”, explica Marcio de Castro Silva Filho, diretor científico da FAPESP.

O teto orçamentário do Auxílio à Pesquisa Regular passou de R$ 300 mil para R$ 600 mil, sem considerar os valores de Reserva Técnica e Reserva Técnica Institucional, e o período de duração aumentou de 24 para 36 meses. A partir de agora, é possível solicitar bolsas como item orçamentário (BCO) nas modalidades Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado Direto, Doutorado, Pós-Doutorado, Jornalismo Científico e Ensino Público, além de Treinamento Técnico e Participação em Cursos já permitidas.

“Esse apoio funcionará de forma semelhante aos grants oferecidos por agências de fomento internacionais”, sublinha o diretor científico da Fundação.

A duração das Bolsas de Pós-Doutorado passou de 24 para 36 meses, com possibilidade de prorrogação até 48 meses no caso daquelas vinculadas a Auxílio – Projeto Temático, a Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs), Centros de Pesquisa em Engenharia/Centros de Pesquisa Aplicada (CPEs/CPAs), São Paulo Excellence Chair (SPEC) ou Jovem Pesquisador. “Essa medida atende à demanda da comunidade científica”, afirma Castro Silva.

Também foram aumentados os valores das Bolsas de Doutorado Direto, equiparando-os aos das Bolsas de Doutorado.

As novas normas estabelecem, ainda, que os Relatórios Científicos referentes a Bolsas de Iniciação Científica passam a ser anuais – e não mais semestrais.

Mais informações estão disponíveis AQUI.

(In: Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de junho de 2024

O problema dos três corpos (Parte-2) – Artigo: Prof. Roberto N. Onody

Figura 1 – Visão artística do sistema estelar triplo Gliese 667 (ref. 1). Ele se encontra bem perto da Terra, a cerca de 22 anos-luz de distância, na direção da constelação de Escorpião. Hoje, no sistema Gliese 667, são conhecidos 6 exoplanetas, sendo que 3 deles se encontram em região habitável.exoplanetas, sendo que 3 deles se encontram em região habitável

Este artigo é a segunda parte do meu ensaio sobre o problema dos 3 corpos. A primeira parte você encontra aqui.

No seriado da Netflix “O problema dos três corpos” (baseado no livro de Liu Cixin) os 3 corpos fazem parte do sistema triplo de estrelas Alpha Centauri A, B e C.

As estrelas Alpha Centauri A e B têm, aproximadamente, o mesmo porte e luminosidade que o nosso Sol. Ambas estão a uma distância de 4,34 anos-luz do Sol e percorrem órbitas elípticas (em torno do centro de massa) com período de 79,7 anos.

A estrela Alpha Centauri C, mais conhecida como Proxima Centauri, se encontra a uma distância de 4,24 anos-luz e é a estrela mais próxima do Sol. É uma anã vermelha com apenas 12% da massa do Sol e 1% da sua luminosidade. Muito longe do centro de massa, seu período é enorme, cerca de 550 mil anos!

Proxima Centauri tem 2 exoplanetas conhecidos. Um deles, Proxima Centauri b, está na zona habitável e tem massa praticamente igual à da Terra. Com massa cem mil vezes menor do que Proxima Centauri e um milhão de vezes menor do que Alpha Centauri A e B, esse exoplaneta está entregue aos caprichos gravitacionais das 3 estrelas. No livro de Liu Cixin os alienígenas habitam um planeta denominado Trissolaris.

Figura 2 – Evolução temporal do problema Pitagórico dos 3 corpos. O autor utilizou a regularização de variáveis e o método de Runge-Kutta de 4ª. ordem para a integração numérica. Veja o vídeo (ref. 2)

Com 3 estrelas e 1 planeta habitado, o sistema é, de fato, um problema de 4 corpos restrito. Mas, claro, este não seria um bom título nem para o livro e nem para o seriado.

A desintegração do sistema de 3 corpos

Dependendo das posições e velocidades iniciais dos 3 corpos, é possível que o sistema venha a se desintegrar, isto é, um dos corpos venha a ser ejetado, expulso, afastando-se indefinidamente dos outros dois.

Um dos exemplos mais famosos é o chamado problema dos 3 corpos de Burraw, também conhecido como problema Pitagórico dos 3 corpos. Ele consiste em 3 corpos com massas 3, 4 e 5 (unidades arbitrárias) que se atraem gravitacionalmente. Todos estão inicialmente em repouso e posicionados nos vértices de um triângulo retângulo de lados 3, 4 e 5 (unidades arbitrárias). Problemas como esse, em que os 3 corpos têm velocidades iniciais nulas, são chamados de “queda livre” (free-fall).

No final do século 19, acreditava-se que esse sistema Pitagórico poderia apresentar soluções periódicas. Em 1913, Carl Burraw investigou o sistema e, sem os computadores de hoje, concluiu que não existia solução periódica para o problema.

De um ponto de vista matemático, o problema geral dos 3 corpos consiste em resolver um sistema de 18 equações diferenciais, acopladas e de 1ª. ordem no tempo. Como, no caso geral, não existe solução analítica, temos que recorrer ao computador para uma integração numérica.

Antes, porém, é necessário reescrever as equações em termos de variáveis mais apropriadas, num processo chamado de regularização. A regularização evita a explosão da interação gravitacional quando dois ou três desses corpos colidem.

Sabemos regularizar variáveis para colisões duplas, mas, não para colisões triplas. O teorema de Wintner demonstra que para haver uma colisão tripla é necessário, mas, não suficiente, que o momento angular do sistema seja nulo. Em outras palavras, as colisões triplas só podem acontecer em sistemas com momento angular nulo. E, mesmo nesses casos, elas podem não ocorrer já que as colisões triplas são extremamente improváveis. Para sistemas de 3 corpos em queda livre, foram estudados numericamente alguns casos em que há colisões triplas.

Figura 3 – O observatório espacial Gaia, lançado pela ESA (European Space Agency) em 2013, mapeou 20 estrelas com velocidades suficientes para sair ou entrar na Via Láctea. As setas vermelhas correspondem a estrelas sendo ejetadas da Via Láctea, as setas laranjas a estrelas provavelmente ejetadas por outras galáxias e penetrando a Via Láctea. A imagem é uma superposição artística da Via Láctea (ESA) com as posições e trajetórias reais das estrelas propostos no trabalho de Marchetti et al. (ref. 3)

Na Figura 2, vemos a evolução temporal do problema Pitagórico dos 3 corpos. (a) em t = 0, os corpos de massas 3, 4 e 5 estão em repouso nos vértices de um triângulo retângulo de lados 3, 4 e 5; (b) em t = 447, os 3 corpos executam uma coreografia complicada; (c) em t = 2.669, o corpo de menor massa (m=3) já foi ejetado, afastando-se (em linha reta) do sistema binário (m=4 e m=5) que, juntos, também se afastam, inexoravelmente, do centro de massa do sistema. O sistema de 3 corpos se desintegrou.

Em um trabalho muito interessante, Anosova e Orlov simularam em 3 dimensões um total de 9.500 sistemas de 3 corpos, com massas iguais e diferentes. Em seguida, eles fizeram um levantamento estatístico da probabilidade de desintegração dos 3 corpos como função do tempo e concluíram:

*A desintegração é um processo dominante e acontece em 85% dos casos!

*Em geral, a desintegração acontece logo após uma grande aproximação tripla dos corpos.

*A vida média desses processos disruptivos tem decaimento exponencial, lembrando muito os processos de decaimento radioativo.

*Quanto maior for o momento angular do sistema, maior será a sua vida média até a ruptura.

Usualmente, o corpo ejetado e o sistema binário têm orbitas não coplanares.

Figura 4 – A órbita periódica Butterfly I descoberta por Suvakov e Dimitrasinovic (ref. 4) em 2013. Em cima: os 3 corpos pontuais verde, vermelho e azul executam órbitas periódicas e suas respectivas trajetórias estão indicadas pelos rastos coloridos; Em baixo: as posições e velocidades iniciais no plano (x, y). O elemento do grupo livre é BAbabaBA (detalhes no material suplementar). Crédito: Ricky Reusser (ref. 5)

Geralmente, o corpo com menor massa é ejetado em alta velocidade. Buracos negros e estrelas podem formar sistemas que se desintegram com o tempo. As estrelas ejetadas podem adquirir hipervelocidades. Estima-se que, para um corpo celeste que habite a nossa região no espaço (estamos a cerca de 26 mil anos-luz do centro da Via Láctea), a velocidade de escape da Via Láctea é de aproximadamente 544 km/s.

Em 2005, foi descoberta a primeira estrela sendo ejetada a partir do halo da Via Láctea com velocidade aproximada de 853 km/s em relação ao Sol (Figura 3). A título de comparação, o Sol orbita o buraco negro supermassivo da Via Láctea com velocidade aproximada de 230 km/s.

Em busca das órbitas periódicas

Em 1890, H.Poincaré provou que o problema dos 3 corpos não é exatamente solúvel, isto é, dadas as posições e as velocidades iniciais dos corpos não é possível obtê-las num tempo posterior qualquer e expressá-las em termos de funções algébricas ou transcendentais. Além disso, ele identificou a enorme sensibilidade do sistema perante pequenas perturbações nas trajetórias dos corpos. Junto com o trabalho posterior de A.Liapunov , estavam lançadas as bases para o desenvolvimento da teoria do caos.

O conceito do caos foi popularizado na década de 1960 por K.Lorenz através do famoso ´efeito borboleta´ em que um furacão poderia se formar na América do Norte pelo simples bater das asas de uma borboleta na América do Sul. Foi também Lorenz que chamou a atenção para a importância de desenvolver algoritmos numéricos melhores posto que, em sistemas caóticos, os erros de truncagem se propagam de maneira exponencial!

No problema dos 3 corpos, no meio de uma infinidade de órbitas caóticas, encontram-se também as órbitas periódicas (tão importantes e tão desejadas pelos habitantes de Trissolaris).

Rotulando os 3 corpos por 1, 2 e 3, a descrição completa do movimento num determinado instante de tempo t é dada pelo conjunto de 6 vetores A(t)=[r1(t),r2(t),r3(t),v1(t),v2(t),v3(t)] onde os 3 primeiros são os vetores posição e os 3 últimos os vetores velocidade. O movimento é dito periódico e com período T se os 6 vetores se repetem em t+T.

Figura 5 – Em cima: órbita periódica descoberta pelo grupo de Shangai em 2018. A massa em vermelho vale metade das massas verde e azul; Em baixo: as posições e velocidades iniciais dos 3 corpos. O elemento do grupo livre é BaBAbA (veja material suplementar). Crédito: Ricky Reusser (ref. 5)

Trataremos aqui somente de órbitas periódicas planares, em que os 3 corpos permanecem sempre num mesmo plano. Para que isso aconteça, basta que todos os vetores de velocidades iniciais estejam no mesmo plano que contém os 3 corpos.  Dessa maneira, o plano de movimentação dos 3 corpos é exatamente aquele perpendicular ao vetor momento angular total (que é constante no tempo).

O estudo do caso não planar com órbitas periódicas tridimensionais é muito mais difícil. Até onde eu sei, só se conhece a solução do problema circular restrito dos 3 corpos e a órbita cônica-helicoidal descoberta por Eugene Oks (veja mais adiante). Discutiremos as órbitas periódicas em ordem cronológica de suas descobertas.

As primeiras órbitas periódicas foram encontradas por Euler (em 1767) e por Lagrange (em 1772). Elas são as únicas soluções analíticas (exatas) conhecidas e os resultados valem para quaisquer valores das massas dos 3 corpos.

Na solução de Euler, os 3 corpos evoluem de maneira colinear (veja clipe 1); na solução de Lagrange, os 3 corpos evoluem sempre formando um triângulo equilátero (veja clipe 2).

O que acontece se aplicarmos pequenas perturbações nas órbitas de Euler e de Lagrange? As órbitas de Euler são instáveis e se degeneram. A órbita de Lagrange tem regiões estáveis (quando uma das massas é muito maior do que a dos outros 2 corpos), mas, é predominantemente instável. Instabilidade é exatamente o que acontece depois de longos ensaios em simulações numéricas devido aos inevitáveis erros de arredondamento. Os corpos abandonam suas órbitas periódicas e entram no regime caótico. Para ver isso, assista ao clipe 3 (Euler) e ao vídeo 1 (Lagrange).

Graças à conservação do vetor momento linear total, podemos sempre escolher um referencial inercial que está em repouso e tem origem no centro de massa.

Após as soluções encontradas por Euler e Lagrange foram necessários mais 200 anos até que surgissem novas soluções periódicas. Em meados da década de 1970,  Broucke, Hénon e Hadjidemetriou (BHH) estudaram o caso em que os 3 corpos têm a mesma massa e se movimentam num plano (x, y).

As soluções periódicas de BHH no plano (x, y) têm as posições iniciais [(x1,0),(x2,0),(x3,0)] e velocidades iniciais [(0,v1),(0,v2),(0,v3)] , com x1+x2+x3=0 e v1+v2+v3=0.

Separei algumas das mais interessantes soluções periódicas de Broucke No clipe 4, todos os 3 corpos giram no sentido anti-horário e suas órbitas têm a forma de elos de uma corrente; no clipe 5, um dos corpos executa uma órbita circular no sentido anti-horário enquanto os outros 2 corpos percorrem, no sentido horário, um elegante trevo de 4 folhas; no clipe 6 temos uma solução periódica em que dois dos corpos seguem, de maneira subsequente, a mesma trajetória.

As soluções de Hénon são do tipo periódicas relativas, isto é, periódicas após uma rotação do plano (x, y) em torno do centro de massa. As órbitas periódicas de Broucke e Hénon são linearmente estáveis, o que significa que, perante pequenas perturbações (lineares) elas retornam à trajetória original.

Nossa próxima trajetória é a famosa e inacreditável órbita periódica que tem a forma de um oito (clipe 7). Hoje, ela é conhecida simplesmente como Figura 8. Nas simulações computacionais da Figura 8, os corpos têm posições iniciais [(-1,0),(0,0),(1,0)] e velocidade iniciais [(u, v),(-2u,-2v),(u, v)]. O momento angular total é zero. Como no caso das órbitas de BHH, a Figura 8 também é linearmente estável.

Figura 6 – (a) órbita periódica (descoberta em 2019) para 3 corpos com massas diferentes: 1, 0,8 e 0,4 (verde, azul e vermelho, respectivamente). Observe que em todos os casos os corpos vão e voltam na mesma trajetória; (b) as condições iniciais – os 3 corpos em queda livre. O elemento do grupo livre é aBaBbAbA (veja material suplementar). Crédito: Ricky Reusser (ref. 5)

Três corpos que se movimentam num plano bidimensional e evoluem no tempo, formam uma trança no espaço-tempo (2+1). Em 1993, Moore analisou este sistema de um ponto de vista topológico e encontrou a Figura 8. Em 2000, ela foi redescoberta numericamente por Chenciner e Montgomery.

No início do século 21 a busca por soluções periódicas do problema dos 3 corpos passava por dificuldades. Várias trajetórias consideradas ´novas´ eram, na verdade, redescobertas de órbitas já existentes (como no caso da Figura 8) ou meras transformações via translações e rotações. Era necessário encontrar uma maneira de classificá-las em classes ou famílias. Isso foi feito utilizando topologia e teoria de grupos.

Para não enveredar por um caminho muito complexo e matemático, preparei um material suplementar onde apresento detalhes do procedimento teórico. O leitor pode solicitar o material suplementar a onody@ifsc.usp.br. O suplemento está em pdf e será enviado por e-mail.

Em 2013, Suvakov e Dimitrasinovic da Universidade de Belgrado descobriram 13 novas famílias de soluções periódicas (veja Figura 4). Em 2014, eles publicaram um trabalho intitulado A guide to hunting periodic three-body orbits”, onde eles discutem métodos para resolver as equações de movimento do problema dos 3 corpos planar e também as técnicas e estratégias para buscar órbitas periódicas. Esse grupo de Belgrado mantém uma página com os desenvolvimentos recentes da área.

Em 2017, entra em cena o grupo de Shangai. Eles catalogaram 695 novas famílias de soluções periódicas para sistemas de 3 corpos com massas iguais e momento angular zero. Em 2018, eles encontraram mais 1.349 famílias de órbitas periódicas para um sistema triplo composto por duas massas iguais e uma diferente (Figura 5).

Em seguida, em 2019, eles obtiveram 313 órbitas periódicas para um sistema de 3 corpos em queda livre (em que todos eles têm velocidades iniciais iguais a zero, veja Figura 6). Em 2023, um grupo internacional encontrou mais 24.582 novas órbitas periódicas para esses sistemas triplos com queda livre.

Figura 7 – O planeta tem uma órbita cônica-helicoidal que vai e vem ao longo do eixo que une as estrelas que compõem o sistema binário. As estrelas rotacionam em órbitas elípticas

E, finalmente, em 2021, o grupo de Shangai determinou outras 135.445 órbitas periódicas para sistemas com 3 massas diferentes. Com um número tão grande de órbitas, eles desenvolveram uma técnica de aprendizado de máquina para um modelo de rede neural que faz a busca por soluções periódicas.

Na minha opinião, apesar do grande esforço teórico e computacional realizado na última década, é muito improvável que as centenas de milhares de órbitas periódicas que já foram obtidas encontrem alguma realização no mundo real.

Há que se alterar duas hipóteses que foram assumidas para essas órbitas. Em primeiro lugar, os corpos celestes não são pontuais (e, em geral, nem esféricos) de forma que as forças gravitacionais devem ser calculadas por integração levando em conta a distribuição de densidade de cada corpo. Em segundo lugar, e mais importante, a imposição de uma órbita plana para os 3 corpos é uma demanda exagerada e inverossímil. Sim, porque por 3 pontos passa um único plano, mas, a condição de que os três vetores velocidade estejam, simultaneamente, num mesmo plano deve ser muitíssimo raro na natureza.

Aproveitando o que acabei de escrever acima, deixe-me apresentar uma órbita periódica tridimensional e estável que foi descoberta em 2015. Trata-se de um sistema de 3 corpos em que um planeta interage gravitacionalmente com um binário de estrelas (Figura 7). Ao longo do eixo interstelar, o planeta executa uma órbita cônica-helicoidal que oscila entre as duas estrelas. Veja no artigo de E. Oks o intervalo dos parâmetros gravitacionais no qual o sistema é periódico e estável.

Considerações finais

Indubitavelmente, o problema dos 3 corpos atraiu e continuará atraindo por muito tempo, um grande esforço teórico e computacional de muitos físicos e matemáticos talentosos. Confesso que fiquei surpreso com a beleza e a riqueza do problema dos 3 corpos. Abordar este tema foi um trabalho muito gratificante.

Por último, não posso deixar de mencionar o trabalho bacana do estudante de astrofísica da Universidade de La Laguna (Espanha), Pere Rosseló. Ele preparou um gif (clique aqui) com 20 órbitas periódicas que, pela sua estética e mesmerismo, serve como um cartão de visitas para o problema dos 3 corpos.

Clique abaixo para acessar as referências citadas nas figuras

ref. 1

ref. 2

ref. 3

ref. 4

ref. 5

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de junho de 2024

Alunos do ensino médio já podem se inscrever para a CUCO 2024 da USP

Além de treinar para o vestibular, os mais bem classificados são premiados. Os professores incentivadores também recebem prêmios.

O Programa Vem Saber abriu inscrições para a 8a edição da Competição USP de Conhecimentos e Oportunidades (CUCO), uma atividade que oferece aos alunos do ensino médio das escolas públicas do Estado de São Paulo a possibilidade de ter um primeiro contato com o modelo dos vestibulares para cursos de graduação, além de propiciar uma melhoria no desempenho nas disciplinas que estudam regularmente.

Podem participar gratuitamente da CUCO todos os alunos das 1ª, 2ª e 3ª séries do ensino médio de escolas estaduais, ETECs (escolas técnicas), Institutos Federais e escolas municipais, das diferentes modalidades, (EM) regular, EJA e CEEJA. As inscrições são on-line e devem ser feitas pelo link disponível no site https://vemsaber.ifsc.usp.br/. O prazo vai até 16 de agosto.

A competição, que no ano passado contou com mais de 140 mil inscritos, será realizada em fase única, também de maneira on-line, por meio de uma plataforma exclusiva do Programa Vem Saber. A prova terá 18 questões de múltipla escolha, abrangendo os conteúdos de Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e Língua Portuguesa, de acordo com a série.

Como forma de incentivo, os estudantes que concluírem todas as etapas da CUCO terão acesso a uma live exclusiva sobre orientação para os vestibulares, e ainda vão concorrer a camisetas do Vem Saber. Também receberão um certificado digital de participação emitido pela USP.

Já aqueles que se destacarem com maior número de acertos na prova terão direito a certificados Ouro, Prata, Bronze ou menção honrosa, além de receber acesso a cursos de formação complementar.

A novidade, neste ano, é para os participantes da 3a série do ensino médio matriculados em ETECs. O Centro Paula Souza oferecerá, para o estudante que alcançar o melhor desempenho, uma vaga no programa de intercâmbio cultural 2024, tendo como destino a Inglaterra.

Professores Incentivadores

Os professores que atuam em sala de aula ou em cargos de gestão (coordenação, direção ou outros) podem colaborar voluntariamente com a CUCO (formulário de cadastro no site).  As atividades incluem incentivar o maior número de estudantes a participar da competição, oferecendo suporte e apoio durante o processo de inscrição e  garantindo a realização das provas dentro dos critérios.

A contribuição desses profissionais também  é reconhecida. São atribuídos prêmios aos professores, de acordo com a indicação dos alunos. Neste ano, serão concedidas 91 bolsas integrais para pós-graduação (MBA) na USP/ESALQ. São 16 opções de cursos on-line. Todos os professores também terão acesso a uma orientação técnica on-line exclusiva envolvendo a temática “Profissão docente e saúde mental”.

Sobre o Programa

O Programa Vem Saber, vinculado ao Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo, tem como missão promover a transformação social por meio da educação. Desenvolve atividades para estudantes, professores e gestores de escolas do ensino médio, buscando aproximar a universidade da comunidade escolar.

São parceiros estratégicos do Vem Saber: o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o CDMF (Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais) o PECEGE (Instituto de Pesquisas e Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas) e a FAFQ (Fundação de Apoio à Física e à Química). A CUCO, por sua vez, é uma das ações do programa e conta com parceria da Secretaria de Estado da Educação, do Centro Paula Souza e das 91 Diretorias de Ensino do Estado de São Paulo.

Para mais informações, acesse o site do programa “Vem Saber” (AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de junho de 2024

Destaques da produção científica do IFSC/USP (Bimestre janeiro/fevereiro 2024)

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como mais citados (Highly Cited Papers) no bimestre Jan./Fev. de 2024 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

 

ÁREA:   Biology & Biochemistry

Structural basis of nirmatrelvir and ensitrelvir activity against naturally occurring polymorphisms of the SARS-CoV-2 main protease 

 

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides 

Emergence of complexity in hierarchically organized chiral particles

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

The past and the future of Langmuir and Langmuir-Blodgett films 

Plasmonic biosensing: focus review 

 

ÁREA:   Clinical Medicine

Features of third generation photosensitizers used in anticancer photodynamic therapy: Review

 

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: a comparative approach

 

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

 

ÁREA:   Materials Science

SARS-CoV-2 infects the human kidney and drives fibrosis in kidney organoids

 

ÁREA:   Neuroscience & Behavior

Mechanosensing is critical for axon growth in the developing brain

 

ÁREA:   Pharmacology & Toxicology  

 

ADMET modeling approaches in drug discovery

Approaches to advance drug discovery for neglected tropical diseases

 

ÁREA:   Physics

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Generalized geometric quantum speed limits   

Multiple galactic sources with emission above 56 TeV detected by HAWC

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Observation of the Identical Rigidity Dependence of He, C, and O Cosmic Rays at High Rigidities by the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Revisiting the optical bandgap of semiconductors and the proposal of a unified methodology to its determination

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

 

ÁREA:   Space Science

Multi-messenger observation s of a binary neutron star merger

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de maio de 2024

Alunos da E.E. Sebastião de Oliveira Rocha visitam laboratórios do IFSC/USP – Trocando o descanso pelos estudos

Cerca de vinte alunos do Clube de Ciências da E.E. Sebastião de Oliveira Rocha, em São Carlos, trocaram o habitual descanso de sábado, dia 25 de maio, para uma visita aos laboratórios do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia – GNANO – de nosso Instituto, coordenado pelo Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, com o intuito de compreenderem as pesquisas que aí são feitas.

Recebidos e acompanhados por quatro pesquisadoras do grupo – Angelica Maria Mazuera, Ana Elisa Leite, Thaiane Robeldo e Yara Botassio -, os jovens tiveram a oportunidade de ficar por dentro dos principais trabalhos que são feitos nos laboratórios do GNANO, principalmente no capítulo da criação de nanopartículas que são utilizadas na área da saúde – como no combate a células cancerígenas -, além de sua aplicação na agropecuária. O acompanhamento de simulações laboratoriais e a explicação sobre os equipamentos que compõem os laboratórios constituíram um particular interesse dos jovens alunos.

Esta visita se enquadrou num mini-curso organizado pelo docente do IFSC/USP, Prof. Marcelo Barros, integrado em um projeto temático da FAPESP sobre inovações curriculares no ensino de Ciências da Natureza.

“Esta é uma iniciativa que também está vinculada a um projeto de pesquisa de mestrado do aluno Pedro Leonardo dos Santos Neto, do Programa de Pós-Graduação Multiunidades em Ensino de Ciências e Matemática (PECIM), do qual sou professor orientador, e cujo seu projeto se denomina “Implementação de Sequências Didáticas sobre Física Moderna e Contemporânea no Ensino Médio – Tópicos de Nanociência e Nanotecnologia”, sublinha o docente.

Alunos colocaram inúmeras questões às pesquisadoras

 

Assistindo a experimentos no laboratório

Os alunos foram acompanhados pelo docente da E.E. Sebastião de Oliveira Rocha, Prof. João Pedro Ribeiro, que é bolsista vinculado ao projeto da FAPESP, e também pelo aluno Caio Moreira de Araújo, do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP.

No fim da visita: alunos, pesquisadoras e professoras em salutar convívio

Foi, certamente, um sábado diferente para os jovens alunos da E.E. Sebastião de Oliveira Rocha.

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de maio de 2024

“IFSC-30 Anos” – Docentes, funcionários e colaboradores reunidos em confraternização

Docentes, funcionários e colaboradores reuniram-se no final da tarde do dia 17 de maio em uma confraternização promovida pela Diretoria da Unidade em comemoração do 30º aniversário da criação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Um pequeno coquetel, acompanhado por música ao vivo, animou a confraternização, que contou, ainda, com a exibição de um pequeno vídeo onde foi apresentada uma sequência de imagens históricas relacionadas com a vida do Instituto entre os anos de 1994 e 2012.

O vídeo apresentou momentos importantes do início do IFSC/USP com muitas caras conhecidas – agora 30 anos mais velhas – e outras que, infelizmente, já não se encontram entre nós, mas que marcam, ainda hoje, o seu indelével contributo para a continuada excelência do Instituto.

A pioneira do IFSC/USP, Profª Yvonne Primerano Mascarenhas, marcou a sua sempre agradável e desejável presença, tendo aproveitado o momento para autografar o último livro publicado dedicado à sua vida e obra, da autoria do docente e pesquisador do nosso Instituto, Prof. Antonio Carlos Hernandes “Além das Facetas – Os passos e os feitos de Yvonne Mascarenhas”, lançado no dia 07 de dezembro de 2024 (VER AQUI).

Foram momentos de alegria, de recordação e, claro, de reflexão, pois, acima de tudo, o futuro é já amanhã.

Para acessar o vídeo com as imagens históricas do IFSC/USP, clique AQUI.

 

 

 

 

 

 

Rui Sintra & Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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