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25 de março de 2015

Biossensor flexível para antioxidantes é fabricado por impressão

Objetivando calcular a quantidade de antioxidantes em alimentos e, principalmente, em bebidas – vinho, óleo de oliva, azeite, entre outros -, o pesquisador do Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross”, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Dr. Felippe José Pavinatto*, utilizou técnicas de impressão gráfica como ferramentas para fabricar um biossensor, cuja tinta – à base de material orgânico – possui uma enzima capaz de realizar a quantificação das substâncias, contribuindo no controle de qualidade desses e de outros produtos.

Os antioxidantes são moléculas que previnem o envelhecimento de tecidos através do combate a radicais livres, que são entidades associadas a doenças como Mal de Parkinson, Alzheimer, Diabetes e Câncer, e que atacam outras moléculas para captar seus elétrons, tornando-se estáveis. Sendo essenciais para o funcionamento correto do nosso sistema imunológico, os antioxidantes estão presentes em vários alimentos como vegetais, legumes, cereais integrais, frutas e hortaliças.

Para o desenvolvimento desse sistema, o pesquisador utilizou dois métodos de impressão: jato de tinta e rotogravura**, responsáveis, respectivamente, pela impressão dos eletrodos e da camada ativa desse dispositivo bioeletrônico. De acordo com o pesquisador do IFSC/USP, ao contrário dos métodos mais comumente usados para a fabricação de biossensores, a nova metodologia permite um processo rápido e adaptável de produção em escala industrial. Além disso, o sistema flexível é impresso sobre um plástico, podendo ser incorporado a outros produtos, tais como embalagens e até copos.

Felippe não realizou Pavinatto1_-_350aplicações em produtos, já que seu principal objetivo foi, de fato, fabricar o novo biossensor. O dispositivo funciona como eu gostaria e já está pronto em escala laboratorial, explica Pavinatto, salientando que já está desenvolvendo protótipos para miniaturização do aparelho de medida, em parceria com especialistas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em Minas Gerais.

A etapa de fabricação do aparelho foi realizada em colaboração com pesquisadores da University of California, Berkeley, Estados Unidos, e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Em janeiro de 2015, o artigo referente a esse trabalho foi publicado na Biosensors and Bioelectronics. Para lê-lo, clique AQUI.

*Felippe Pavinatto tem graduação em Ciências Exatas com habilitação em Química pela Universidade de São Paulo, mestrado e doutorado em Ciências e Engenharia de Materiais, também pela USP, e pós-doutorado em Engenharia Elétrica pela University of California, Berkeley, Estados Unidos.

**Técnica comum na impressão de papéis de parede, revistas e embalagens.

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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