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12 de dezembro de 2024

No âmbito da visita da delegação da Bélgica à USP – Universidade de Ghent (UGhent) assina novos convênios de pesquisa com o IFSC/USP

Universidade de Gent

Na visita realizada pela Princesa Astrid – filha do Rei Alberto II da Bélgica – ao Brasil, em novembro último, chefiando uma missão econômica com aproximadamente quatrocentas pessoas, entre autoridades, empresários, acadêmicos e cientistas representando universidades da Bélgica,  a USP foi, certamente, um destaque para os visitantes, atendendo a que temas como ciência, tecnologia e inovação estão sempre presentes em nível internacional, principalmente quando o intuito é estabelecer acordos bilaterais. Nesse sentido, dois novos acordos de cooperação acadêmica foram assinados entre a Universidade de Ghent (UGhent) e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com as participações do reitor da USP, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior, e pelo reitor da UGhent, Prof. Rik Van de Walle, em cerimônia presidida pela princesa. O primeiro acordo visa a colaboração na pesquisa e produção intelectual, bem como o intercâmbio de pesquisadores. Já o segundo acordo celebra a dupla titulação de doutorado entre o IFSC/USP e a UGhent. Ambos os acordos são coordenados pelo Prof. Odemir Bruno (IFSC/USP) e pelo Prof. Jan Baetens (UGhent), reforçando, assim, uma colaboração que já dura há mais de quinze anos entre as duas instituições.

A colaboração entre os grupos do IFSC/USP e da UGhent enfoca os temas de Sistemas Complexos e Inteligência Artificial, com destaque nas aplicações em Engenharia de Biociências. Esta parceria de longa duração já rendeu muitos artigos científicos, projetos acadêmicos e o intercâmbio de vários alunos, inclusive com dupla titulação. Logo após a assinatura dos acordos, o Prof. Jan Baetens, esteve no IFSC/USP onde foi realizado um workshop apresentando as atividades de pesquisas realizadas entre os dois grupos.  Neste momento, o Prof. Odemir Bruno, que é credenciado como orientador na universidade belga, está recebendo um de seus co-orientados de doutorado na IFSC/USP, enquanto que, simultaneamente, um aluno de mestrado do IFSC/USP está realizando suas pesquisas na UGhent.

Dois novos convênios consolidam as relações entre a Universidade de Ghent e o IFSC/USP

Profs. Odemir Bruno (IFSC/USP), Jan Baetens e o reitor da UGhent Prof. Rik Van de Walle

Além de permitir o intercâmbio de doutorandos, o novo convênio assinado, poder ser estendido a alunos de Iniciação Científica e Mestrado, através de intercâmbio, favorecendo uma experiência internacional já no início da carreira científica. “Um dos destaques destes novos convênios, que foi apoiado pelo Diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, estabelece a atribuição de dupla titulação em doutorado, prevendo que estudantes brasileiros e belgas possam viajar e obter seus títulos com permanências mínimas de seis meses”, sublinha o Prof. Odemir Bruno.

Projeto entre a FAPESP e a FWO

Os grupos participam atualmente de um projeto de pesquisa financiado pela FAPESP e FWO – Research Foundation – Flanders (Fundação de Pesquisa da Flandres – Bélgica), visando fortalecer a colaboração científica entre pesquisadores do Estado de São Paulo e a região de Flandres, com financiamentos mútuos para projetos conjuntos de pesquisa. Na missão belga também foi manifestado o interesse de ampliar as colaborações entre as duas agências de pesquisa, fortalecendo ainda mais a interaçãoo científica entre São Paulo e Flandres.

Quanto ao futuro próximo, o Prof. Odemir Bruno confirmou que a visita desta delegação belga ao Brasil e nomeadamente ao Estado de São Paulo provocou reações muito positivas nos visitantes, já que a maioria deles não conhecia nosso país, o Estado de São Paulo e a Universidade de São Paulo. “Há a previsão para que em 2025 a cidade de São Carlos possa receber uma importante conferência científica internacional sobre Inteligência Artificial e sistemas complexos aplicados em biociências, com a participação de inúmeros representantes de universidade belgas, um evento que, certamente, estará aberto à participação de pesquisadores de outras universidades brasileiras”, finaliza o docente.

Visita de delegação da UGhent à USP, chefiada pelo reitor Prof. Rik Van de Walle, podendo se identificar à direita o Prof. Odemir Bruno junto com o Diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, entre outros dirigentes da USP e da universidade belga

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de dezembro de 2024

“Quarta Sináptica” – A evolução da visão

Como os primeiros organismos capazes de detectar luz deram origem aos olhos complexos que conhecemos hoje?
Por que diferentes animais enxergam de maneiras tão variadas, como ver “no escuro”, calor e outras “cores” invisíveis para nós?
O material base da discussão está AQUI

11 de dezembro de 2024

Comemorações dos 30 anos do IFSC/USP fecham com chave de ouro – Inaugurações e Sessão Solene da Congregação com a presença do Reitor da USP

Diretor do IFSC/USP – Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior

As comemorações dos 30 anos da criação do IFSC/USP tiveram o seu epílogo no dia 02 de dezembro do corrente ano, com as inaugurações de novas instalações na Área-2 do campus USP de São Carlos, bem como uma Sessão Solene da Congregação desta Unidade da USP, na Área-1 do mesmo campus, ambas com a presença do Reitor da USP, Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior.

Inaugurações programadas

Logo cedo, pelas 09h00, a diretoria do IFSC/USP, juntamente com diversos professores, funcionários e convidados receberam a visita do Reitor, acompanhando-o numa breve visita ás obras concluídas da revitalização da Área de Convivência do Prédio CFBio/NACA, do descerramento da placa evocativa da criação do novo Centro de Pesquisa e Inovação Especial em Ciências da Descoberta de Medicamentos CEPIX – CEPIMED (antigo CEPID da FAPESP – CIBFar), junto com o coordenador do novo centro, Prof. Dr. Adriano Andricopulo. De igual forma, foi inaugurado o Centro de Crio-microscopia Eletrônica de Biomoléculas (CEMEB), e ainda a re-inauguração de uma escultura da autoria de Antonio de Sant’Anna Galvão Leite, que foi transportada da Área-1 do campus para a Área-2, destacando-se como peça emblemática na renovada Área de Convivência.

Coube ao Diretor do IFSC/USP, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, dar as boas-vindas ao Reitor da USP e agradecer todo o apoio que a Reitoria tem dado às várias demandas apresentadas pelo IFSC/USP ao longo dos últimos anos, agradecimentos esses que foram extensivos aos trabalhos realizados pela Divisão de Espaços Físicos e Prefeitura do Campus, nomeadamente em relação à recuperação do espaço de convivência já citado, bem como a outras obras, entretanto concluídas. Em seu curto improviso, o Diretor do IFSC/USP destacou a importância que se reveste a inauguração de dois novos CEPIX sediados no Instituto e que continuarão o caminho traçado pelos anteriores CEPID’s da FAPESP rumo a um renovado e mais intenso desenvolvimento de pesquisas, inovação e transferência de conhecimento para a sociedade.

Área de Convivência

Em relação ao CEPIMED (que substitui o antigo CEPID CIBFar), o diretor do IFSC/USP salientou que o nome aparentemente pode não remeter diretamente à área da Física, mas, contudo, ele reflete a grande interação e parceria que o nosso Instituto mantém com inúmeras entidades no Brasil e no exterior, de forma interdisciplinar, visando a resolução de problemas com que se debate a sociedade, principalmente no quesito da saúde pública. Sobre o CEPIMED, o coordenador desse centro, Prof. Dr. Adriano Andricopulo, teve a oportunidade de, em seu curto discurso, enfatizar que a pesquisa interdisciplinar que irá prosseguir no novo centro visa manter e intensificar o legado deixado pelo CIBFar ao longo dos seus treze anos de duração sob a gestão do Prof. Dr. Glaucius Oliva. “Este CEPIX vai continuar esse caminho já trilhado anteriormente, vencendo desafios, identificando alvos candidatos a fármacos para combater doenças infecciosas e algumas formas de câncer, evoluindo assim na pesquisa em prol da sociedade”, pontuou.

Prof. Dr. Adriano Andricopulo – Coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação Especial em Ciências da Descoberta de Medicamentos (CEPIMED)

Prof. Glaucius Oliva explica as particularidades da escultura ao Reitor da USP e Diretor do IFSC/USP

Nesta primeira cerimônia, coube ao Prof. Glaucius Oliva, docente e pesquisador do IFSC/USP e atual Vice-Presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) para a Região de São Paulo, destacar as obras que foram feitas visando a requalificação do espaço de convivência, que ostenta agora um bonito jardim de plantas medicinais, um trabalho meticulosamente coordenado pela docente e pesquisadora do IFSC/USP, Profª Drª Leila Beltramini, onde cada espécie apresenta informações consideradas importantes para a área da saúde, sendo que a revitalização deste espaço contou com a participação da Vice-Diretora do Instituto, Profª Drª Ana Paula Ulian de Araújo. Coube também ao Prof. Dr. Glaucius Oliva fazer a memória descritiva da escultura que igualmente foi inaugurada pelo Reitor da USP e que se destaca na nova área de convivência, uma obra de arte da autoria de Antonio de Sant’Anna Galvão Leite, escultor autodidata. Nascido em São Paulo, em 5 de fevereiro de 1941, o artista foi funcionário administrativo-financeiro do IFQSC/USP por 32 anos. Após sua aposentadoria, iniciou em São Carlos suas atividades artísticas e complementou sua tendência artística inata participando de vários cursos com artistas de renome de São Paulo. A obra de arte remete à história da criação do primeiro CEPID do IFSC/USP – Centro de Pesquisa, Inovação e Biotecnologia Biomolecular Estrutural – que reunia pesquisas emergentes. “Nessa altura, por volta do ano 2000, convidamos o Antonio Galvão para fazer esta escultura, que ficou instalada em um pequeno jardim no edifício do IFSC/USP, na Área-1 do campus. Agora, ela foi transportada para aqui, em lugar de destaque, continuando a remeter sua simbologia à origem da vida”, salientou o docente.

Seguidamente, coube ao Prof. Dr.  Andre Luis Berteli Ambrosio falar e justificar,como coordenador, a criação do Centro de Crio-microscopia Eletrônica de Biomoléculas – CEMEB, enaltecendo a sua importância como facility multiusuário. Ao agradecer todo o apoio prestado pela FAPESP, o docente explicou de forma sintética os objetivos dos dois crio-microscópicos adquiridos recentemente, que, segundo ele, representam um marco importantíssimo para o IFSC/USP e para a região. “Estes equipamentos vão expandir a atuação na grande área de Biologia Estrutural, uma área que é o primeiro exemplo de sucesso de interdisciplinaridade na história das ciências modernas, como comprovam os cinquenta “Prêmios Nobel” entretanto conquistados ao longo dos anos”, sublinhou o pesquisador. Na oportunidade, ao agradecer a todos os colegas pela forma como contribuíram para a instalação deste centro, o docente anunciou a homenagem – entrega de placas – que foi prestada aos três servidores que contribuíram para o que novo centro ficasse operacional. Francisco Fernando Falvo – placa entregue pelo Prof. Dr. Glaucius Oliva; José Augusto Lopes da Rocha – placa entregue pelo Prof. Dr. André Luís Berteli Ambrosio; e Humberto D’Muniz Pereira – placa entregue pelo Prof. Dr. Richard Garratt.

Prof. Dr. Richard Garratt; José Augusto Lopes da Rocha; Prof. Dr. André Luís Berteli Ambrosio; Humberto D’Muniz Pereira; Francisco Fernando Falvo e Prof. Dr. Glaucius Oliva

O último discurso no decurso destas inaugurações foi o do docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Luiz Vitor de Souza Filho, que, na circunstância, representou o Diretor Científico da FAPESP, Prof. Dr. Márcio de Castro Silva. Em sua intervenção, o docente parabenizou o IFSC/USP pelo seu 30º aniversário e sublinhou que sua curta oratória iria verter sobre os dois principais itens relacionados com a FAPESP: a inauguração dos dois CEPIX e a inauguração do Centro de Crio-microscopia Eletrônica de Biomoléculas, tendo destacado a importância deste centro exatamente por ser multiusuário. “O termo “multiusuário” é bem específico, muito embora ainda exista uma certa mentalidade coronealista, já que muitos pesquisadores pensam que esses equipamentos são propriedades deles. Não são. O termo “multiusuário” é bem explícito e temos que insistir nisso. Os equipamentos são para todos os usuários que necessitam deles e o histórico do IFSC/USP demonstra isso mesmo, ou seja, o compartilhamento de seus equipamentos com todos os usuários que precisam. Talvez, por isso, o IFSC/USP seja a instituição que mais possui equipamentos multiusuários no Estado de São Paulo. Aqui tem uma história de sucesso humano em todos os níveis e, por isso, dou os parabéns a todos os envolvidos”, concluiu o pesquisador.

 

Inauguração do Centro de Crio-microscopia Eletrônica de Biomoléculas – Profs. Drs.: André Luiz Berteli Ambrosio – Richard Charles Garratt – Nelma Regina Bossolan (Dir. CDCC) – Ana Paula Ulian de Araújo (Vice-Diretora IFSC/USP) – Osvaldo Novais de Oliveira Junior (Diretor IFSC/USP) – Carlos Gilberto Carlotti Junior (Reitor da USP) -Yvonne Primerano Mascarenhas – Leila Beltramini – Jorge Guimarães – Glaucius Oliva

Após esse último discurso, o Reitor da USP presidiu à cerimônia de descerramento da placa evocativa da inauguração do novo centro, momento que foi acompanhado por todos os convidados, com um destaque especial para as presenças do Prof. Dr. Jorge Guimarães – Doutor “Honoris Causa” da USP, a Profª Drª Yvonne Primerano Mascarenhas – Professora Emérita da USP – e Prof. Luiz Nunes – Decano do IFSC/USP.

Sessão Solene da Congregação

Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato – Coordenador do CEPOF –  Conexão a partir dos EUA

Esta Sessão Solene da Congregação do IFSC/USP ocorreu no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), já na Área-1 do campus, logo após as inaugurações que se realizaram no início da manhã, e consistiu na inauguração dos dois novos CEPIX do IFSC/USP, na circunstância, o Centro de Pesquisa e Inovação Especial em Ciências da Descoberta de Medicamentos – CEPIMED, e o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica – CEPOF, tendo presidido à Mesa de Honra o Reitor da USP, Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior. A mesa foi composta pelo Diretor do Instituto de Física de São Carlos, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, pelo representante do Diretor Científico da FAPESP, Prof. Dr. Luíz Vitor de Souza Filho, o coordenador do CEPIMED, Prof. Dr. Adriano Andricopulo e, de forma remota a partir dos EUA, o coordenador do CEPOF, Prof. Dr. Vanderlei Bagnato.

Abrindo a sessão, o Diretor do IFSC/USP fez uma breve abordagem à história do IFSC/USP e às suas principais conquistas em pesquisa, ensino e extensão universitária, tendo-se seguido as intervenções orais complementares aos discursos proferidos no início da manhã pelos Profs. Drs. Adriano Andricopulo e Luiz Vitor de Souza Filho. Para o Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, conectado a partir dos EUA em missão profissional, ter um CEPIX não é fazer mais do mesmo, sendo, sim, um novo grau de maturidade. “Não se pretende fazer mais do que se fazia anteriormente, quando o CEPOF era um CEPID, mas sim fazer de forma diferente para que possam ser atingidos novos patamares, principalmente em nível internacional, procurando também obter investimentos externos para financiamento de nossas pesquisas”, sublinhou Bagnato. Para o pesquisador, existe a necessidade de se manter um grande compromisso com a excelência, combinando competências com grande responsabilidade social, como tem sido ao longo dos últimos vinte anos “(…) com uma produção científica de mais de cinquenta artigos por ano, de centenas de alunos formados nos cerca de vinte laboratórios dedicados a diversas áreas de pesquisa (…)”.

Por último, na sua oratória, o Reitor da USP citou alguns aspectos relacionados com as atividades-fins da Universidade, tendo colocado o IFSC/USP dentro desse conceito. Com relação à graduação, segundo o Reitor, a USP está fazendo um movimento muito grande para modificar a graduação, principalmente para torná-la mais próxima daquilo que os alunos esperam e também muito mais próxima ao que o mercado de trabalho espera. “Quando falo de mercado de trabalho refiro-me à sociedade, não ao mercado onde só se pretende ganhar dinheiro; e todas as unidades estão convidadas a fazer esse pensamento, essa análise. Nós vamos entregar agora para vocês, no IFSC/USP, duas ferramentas: uma relacionada com a evasão, no sentido de podermos estudar esse fenômeno, e uma outra relativa ao desempenho individual dos nossos alunos, desde o primeiro ano, para acompanhá-los mais de perto até eles se formarem. Vamos olhar quais alunos precisam de uma atenção especial, quais alunos estão bem, qual aluno saiu da média, qual o aluno que caiu no rendimento, qual o grupo de alunos que precisa de um cuidado mais intenso. Eu tenho visto alguns dados preliminares e acho que a matemática é um ponto que está muito fraco no ensino médio aqui no Estado de São Paulo, em relação a outras disciplinas. O desempenho dos alunos de humanas e biológicas está razoável, mas quando você olha para matemática, física e engenharia, tenho a sensação de que os nossos alunos estão entrando na Universidade com alguns conceitos que não foram dados ainda no ensino médio. Temos que ver o que podemos fazer para melhorar o desempenho desses alunos na área de matemática, seja no ensino médio, ou mesmo depois quando eles entrarem na Universidade”, sublinhou o dirigente.

Reitor da Universidade de São Paulo (USP) – Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior

O Reitor da USP também abordou a contratação de novos docentes. “A contratação de docentes aqui, na Universidade de São Paulo, está na faixa etária dos 42 anos. Eu acho que já é uma idade um pouco avançada. Nós gostaríamos de ter os professores entrando na USP com 30 e poucos anos e não acima dos 40. E a culpa não é do professor; a culpa é nossa, que ficamos demorando muito a entregar esses jovens para a formação depois dos seus doutorados, e, obviamente, depois dos pós-doutorados. É muito raro alguém entrar ao USP, hoje, sem o pós-doutorado. Quando você acaba o doutorado com 38 anos, e depois com o pós-doutorado, você vai ser contratado com cerca de 42 anos. Quando você vai nos EUA, com 33 anos os professores vão entrando nas universidades. Nós precisamos atrair esses jovens para a Universidade através de um novo programa a ser implementado.

O Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior também evidenciou o fato da USP estar criando centros internacionais, sendo que o maior deles vai ser o Centre National de Recherche Scientifique – CNRS (França), que já tem sete pilares – o pilar quer dizer uma linha de pesquisa, um pesquisador brasileiro, um pesquisador francês e a vida de pesquisadores franceses trabalhando dentro da Universidade. “Os responsáveis pelo CNRS vieram aqui em São Carlos e ficaram impressionados tanto com a engenharia quanto com a física, e eles querem criar, dentro desses pilares, um centro de engenharia que ficará muito concentrado aqui em São Carlos”, pontuou o dirigente, acrescentando que se torna importante trazer a internacionalização para junto dos alunos da USP. “Nós não podemos enviar os nossos 90 mil alunos para o exterior, mas podemos trazer os centros internacionais para junto dos nossos alunos. O aluno vai conversar com o pesquisador francês, com o pesquisador inglês, com o italiano, e isso tudo inserido no seu cotidiano. Com isso, acredito que vamos melhorar ainda mais o nível de pesquisa que nós temos na Universidade de São Paulo”, sublinhou o Reitor, tendo no final parabenizado o IFSC/USP por sua história e agradecendo pelo seu brilhantismo ao longo dos seus 30 anos de existência.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2024

Sociedade são-carlense visita laboratórios do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP)

No último dia 04 de dezembro o IFSC/USP abriu as portas de seus laboratórios à comunidade, no âmbito da iniciativa denominada “Física Quântica em Ação”, onde jovens alunos dos ensinos fundamental e médio, acompanhados por suas famílias, tiveram a oportunidade de contactar – muitos pela primeira vez – alguns aspectos teóricos e práticos da Física.

Tendo como introdução que no final do Século XIX ficou demonstrado que a Física conseguia explicar quase tudo que nos cerca, com exceção do mundo microscópico, ou seja, os átomos, que já se sabia serem muito pequenos (cerca de um milhão de vezes menores que o diâmetro de um fio de cabelo), esta iniciativa do IFSC/USP teve como um dos objetivos dar a conhecer e permitir que os visitantes colocassem a “mão na massa” e testassem os principais experimentos que desvendaram o mundo atômico e levaram à criação da Física Quântica, experimentos esses que mostram o comportamento dos átomos, elétrons, das partículas de luz – chamadas fótons -, os raios e o laser, entre muitos outros. A iniciativa, que teve a participação de cerca de sessenta visitantes, foi, também, um “aperitivo” para se discutir como a Física Quântica revolucionou a tecnologia moderna, a eletrônica, computação, fibras óticas, a ressonância magnética na saúde e … muito mais.

Esta ação derivou de uma demanda da Comissão de Graduação do IFSC/USP, na pessoa da Prof. Tereza Mendes, para que os seus alunos pudessem interagir com a comunidade dentro de uma disciplina obrigatória, no caso “Laboratório Avançado de Física I”. Segundo o Prof. Sebastião Pratavieira, um dos coordenadores desta ação, a ideia é que durante o bacharelado no IFSC/USP, os alunos repassem para o público as principais informações do que estão aprendendo ao longo de sua graduação, os trabalhos que estão executando nos laboratórios, a finalidade de suas ações e os fundamentos e objetivos da Física, sendo uma espécie de “prestação de contas” à sociedade que, com seus impostos, mantêm todas as universidades públicas do País.

O Prof. Sebastião Pratavieira explicou que esta ação se insere numa iniciativa promovida pelo governo federal, que obriga todos os cursos de graduação das universidades públicas do País a interagirem com a sociedade, algo que está sendo executado em nível nacional. “Foi uma experiência muito gratificante, com todo o mundo a fazer perguntas e a tentar entender os experimentos feitos nos laboratórios do IFSC/USP. Esperamos agora que todos os anos possamos realizar um dia dedicado a trazer a sociedade para dentro da USP”, finalizou o Prof. Sebastião Pratavieira.

Já o  Prof. Francisco Guimarães, também organizador desse evento, destaca que “A atividade realizada marcou um importante passo inicial na construção de um vínculo permanente entre os alunos do nosso instituto e a sociedade. Com simplicidade e entusiasmo buscamos compartilhar um pouco de nossas experiências em física quântica com os cidadãos da nossa comunidade. Não esperamos um retorno direto dessa ação, mas acreditamos que iniciativas como esta contribuem para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e esclarecida”.

Agradece-se a visita de todos, em especial de professores e familiares dos estudantes de São Carlos e região que nos deram o privilégio da vista. Estiveram envolvidos os docentes e pesquisadores do IFSC/USP, Profs. Paulo Miranda, Tomaz Catunda, Sérgio Carlos Zilio, Francisco E. G. Guimarães e Lino Misoguti, com o apoio dos técnicos dos laboratórios do Ensino, Oficinas Mecânica e de Óptica e da Biblioteca do IFSC/USP. .

Clique AQUI para acessar o álbum de fotos.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de dezembro de 2024

“São Carlos OpenLab 2024”

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realiza entre os dias 02 e 08 de dezembro do corrente ano  a 5ª edição do “São Carlos OpenLab 2024”, uma escola organizada  por distintos membros da Associação Latino-Americana de Cristalografia, tendo como base a última edição realizada em 2018, em Montevidéu – Uruguai – e nas experiências organizativas dos eventos anteriores, incluindo os “IUCr-UNESCO Bruker OpenLabs”, em 2014 e 2016.

O programa desta escola será dividido em aulas teóricas e práticas, incluindo os princípios de solução e refinamento de estruturas cristalinas, ministradas por renomados especialistas na área, sendo que esta iniciativa tem o intuito de contribuir para a capacitação dos estudantes latino-americanos na área de cristalografia.

 

A lista de tópicos desta escola inclui:

*Visão geral da cristalografia;

*Simetria;

*Cristalização e manipulação de cristais;

*Difração de raios X;

*Determinação da estrutura: o problema das fases;

*Refinamento Estrutural;

*Relatórios e análises de estrutura;

*Utilização prática do difratômetro e do software de controle; *radiação síncrotron.

O comitê organizador deste evento não estará apenas equilibrado em termos de gênero, mas também diversificado em questões de localização geográfica, uma vez que estarão representados quatro países do sul ao norte da América Latina.

O “São Carlos OpenLab 2024” conta com o apoio da Associação Latino-Americana de Cristalografia (LACA), da Associação Argentina de Cristalografia (AACr), da Sociedade Mexicana de Cristalografia (MSCr), do Comitê Nacional de Cristalografia do Uruguai (UNCCr), da qual um dos membros do comitê organizador é o presidente (Leopoldo Suescum), e claro, a Associação Brasileira de Cristalografia (ABCr).

As inscrições para esta escola iniciam-se no dia 03 de junho do corrente ano.

Maiores informações sobre esta escola podem ser encontradas no site do evento (AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de dezembro de 2024

“São Carlos OpenLab 2024” – No mundo da Cristalografia

Um dos momentos do “São Carlos OpenLab-2024”

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizou entre os dias 02 e 08 deste mês  a 5ª edição do “São Carlos OpenLab 2024”, uma escola organizada  por membros da Associação Latino-Americana de Cristalografia, tendo como base a última edição realizada em 2018, em Montevidéu – Uruguai –, bem como nas experiências organizativas dos eventos anteriores, incluindo os “IUCr-UNESCO Bruker OpenLabs”, em 2014 e 2016, tendo estado representados neste evento quatro países da América Latina

O programa desta escola esteve dividido em aulas teóricas e práticas, incluindo os princípios de solução e refinamento de estruturas cristalinas, ministradas por renomados especialistas na área, sendo que esta iniciativa teve o intuito de contribuir para a capacitação dos estudantes latino-americanos na área de cristalografia.

A lista de tópicos desta escola incluiu: Visão geral da cristalografia; Simetria; Cristalização e manipulação de cristais; Difração de raios X; Determinação da estrutura: o problema das fases; Refinamento Estrutural; Relatórios e análises de estrutura;

O pesquisador Michele Zema foi um dos palestrantes que participaram neste evento. Professor associado na Universidade de Bari (Itália), o Prof. Zema é químico e cristalógrafo com mais de vinte anos de experiência em pesquisas e ensino nas áreas de mineralogia e química estrutural. Ex-gerente de projeto do Ano Internacional da Cristalografia (ONU 2014) e diretor executivo de divulgação da International Union od Christallography (IUCr), o palestrante convidado abordou, em uma de suas palestras, a história da cristalografia e os impactos positivos que essa área tem promovido no mundo da ciência.

Prof. Michele Zema

A história da cristalografia é muito longa e é oriunda das escolas mais antigas da ciência, abordando a compreensão dos cristais e suas propriedades, Segundo Zema, houve uma evolução rápida na forma como os cientistas adquiriram uma comprensão sobre as estruturas dos materiais, tudo isso tendo em consideração as suas propriedades. “A cristalografia é uma disciplina vital porque ela é a base para se ter um entendimento sobre as qualidades dos materiais, para que possamos descobrir novas formas de trabalhar em cima de suas propriedades. E é isso que tentamos ensinar aos jovens alunos neste “São Carlos OpenLab-2024”, aqui no IFSC/USP. Ou seja, tentar demonstrar como os alunos podem usar as diversas técnicas disponíveis para que possam dar informações precisas sobre como se distribuem os átomos nos cristais, entre outros fatores”, enfatiza o pesquisador italiano.

A prova desse aprendizado, neste evento, ficou bem patente através dos inúmeros trabalhos apresentados pelos alunos participantes, em forma de pôsteres, uma mostra que espelhou bem como esta área do conhecimento é interdisciplinar em termos da ciência dos materiais, envolvendo química, física, mineralogia e biologia, entre outras, algo que o Prof. Zema classificou de “(…) uma mostra com um nível muito alto de qualidade, mostrando o quanto os alunos se encontram entusiasmados (…)”.

Com um novo cenário colocado através da Inteligência Artificial (IA) e do Aprendizado de Máquina (AM), o palestrante convidado salienta que quando se trabalha com a cristalografia, em que um dos pormenores é poder lidar com milhões de estruturas cristalinas inseridas em bases de dados, fica patente a facilidade e utilidade dessas novas ferramentas. “Analisando do ponto de vista estatístico de como um cristal se pode transformar em um novo material, você tem uma quantidade enorme de informações que necessitam ser investigadas, analisadas e comparadas. É aí que a IA e o AM surgem para dar uma sensacional ajuda nesse trabalho, embora, obviamente, tenha que haver sempre algum cuidado, pois essas novas ferramentas, como todas as outras que antecederam estas, possuem lados “sombrios”. Contudo, são ferramentas que neste momento são indispensáveis, não só agora como também no futuro, sendo que elas serão fundamentais para a evolução científica destes jovens alunos que participaram no “São Carlos OpenLab-2024”, aqui no IFSC/USP”, conclui o Prof. Zema.

Os participantes do “São Carlos OpenLab-2024”

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de dezembro de 2024

1st. Workshop CNRS-USP on Quantum Technologies

Convidamos a todos os interessados (alunos e pesquisadores) a participarem do “1st Workshop CNRS-USP on Quantum Technologies”, como um primeiro evento do IRC “Transitions” firmado entre a USP e o CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique).

O evento será online, nos dias 04/12 e 06/12 das 9h às 13h30, e contaremos com apresentações de pesquisadores franceses e brasileiros de diversas áreas no contexto de tecnologias quânticas.

Abaixo, segue o programa simplificado com o QR-Code das salas Zoom de cada dia.

Dia 1 (04/12): https://usp-br.zoom.us/j/81633030884?pwd=YttpFboMYq32ucXhJpc4AIsS3FgB27.1

Dia 2 (06/12): https://usp-br.zoom.us/j/86127181420?pwd=buO0G5hvXXwZj61QJZEmbBE160Jtav.1

Programa completo:

Day 1: Wednesday December 4th, 2024
(Zoom: h(ps://usp-br.zoom.us/j/81633030884?pwd=Y(pFboMYq32ucXhJpc4AIsS3FgB27.1)
9:00 AM – Opening
Paulo Nussenzveig (IF-USP)
9:15 AM – Presen3ng IRC “Transi3ons”
Liviu Nicu (CNRS)
9:30 AM – 9:55 AM
Hélène Perrin (LPL)
Title: Superfluid dynamics on a bubble
9:55 AM – 10:20 AM
Vanderlei S. Bagnato (IFSC-USP)
Title: Relaxaaon of many-body close quantum systems far from equilibrium
10:20 AM – 10:45 AM
Raphael Lopes (LKB, Collège de France)
Title: TBA
10:45 AM – 11:10 AM
Sergio R. Muniz (IFSC-USP)
Title: Quantum sensing with opacally acave spin defects
11:10 AM – 11:35 AM
Sebasaen Plissard (LAAS-CNRS)
Title: Topological materials for Quantum compuang and Spintronic applicaaons
11:35 AM – 12:00 PM
Yara Galvão Gobato (UFSCar)
Title: 2D materials for Quantum Technologies
12:00 PM – 12:25 PM
Loïc Rondin (Paris-Saclay)
Title: Low frequency force sensing with levitated paracles
12:25 PM – 12:50 PM
Clement Faugeras (LMCNI-CNRS)
Title: TBA
12:50 PM – Closing
Emanuel A. L. Henn and Patricia C. M. Casalho
Day 2: Wednesday December 6th, 2024
(Zoom: h(ps://usp-br.zoom.us/j/86127181420?pwd=buO0G5hvXXwZj61QJZEmbBE160Jtav.1)
9:00 AM – Opening
Paulo Nussenzveig (IF-USP)
9:15 AM – Presen3ng IRC “Transi3ons”
Liviu Nicu (CNRS)
9:30 AM – 9:55 AM
Marcelo Maranelli (IF-USP)
Title: TBA
9:55 AM – 10:20 AM
Robin Kaiser (INLN)
Title: With resonant dipole-dipole interacaons towards Anderson Localizaaon
10:20 AM – 10:45 AM
Raul Celistrino Teixeira (UFSCar)
Title: Quantum resonant opyical bistability with a narrow atomic transiaon
10:45 AM – 11:10 AM
Sebasaen Gleyzes (LKB, Collège de France)
Title: TBA
11:10 AM – 11:35 AM
Rafael Barros (IF-USP)
Title: Spin-orbit quantum frequency conversion
11:35 AM – 12:00 PM
Carlos Eduardo Garrido Alzar (SYRTE)
Title: TBA
12:00 PM – 12:25 PM
Julien Laurat (LKB)
Title: TBA
12:25 PM – 12:50 PM
Gustavo Wiederhecker (UNICAMP)
Title: TBA
12:50 PM – Closing
Emanuel A. L. Henn and Patricia C. M. Casalho
5 de dezembro de 2024

Atualização da produção científica do IFSC/USP em novembro de 2024

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de novembro de 2024, clique (AQUI), ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, em frente à Biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Chemical Engineering Journal” (AQUI).

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de dezembro de 2024

Novo projeto da Unidade EMBRAPII – IFSC/USP: Inovação na desinfecção e descontaminação de colchões hospitalares

Plácido Neto – Empresa “EcoStove”

Um novo projeto apoiado pela Unidade EMBRAPII do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foi testado com sucesso na Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC), correspondendo a um equipamento desenvolvido pela empresa “EcoStove”, sediada na cidade de Salto (SP), em colaboração com a fábrica “Relux”, de Ribeirão Pires (SP), para desinfecção e descontaminação de colchões hospitalares, um produto já patenteado em colaboração com a USP.

O citado equipamento será disponibilizado em duas versões – portátil, com capacidade para 06 colchões, e fixo, neste caso podendo fazer a descontaminação de 12 colchões.

A inovação deste novo equipamento está na combinação que é feita através de UVC, ozônio e índice de temperatura, incluindo a pulverização de Quartenário de Amônio 5, cujo processo total demora apenas entre 60 e 90 minutos. Para o inventor deste equipamento e proprietário da empresa, Plácido Neto, “A utilização do equipamento portátil torna-se bastante interessante para os hospitais e casas de saúde, já que, sendo uma prestação de serviço, os custos são muito atrativos”. O equipamento consegue desinfectar e descontaminar os colchões em até 99,99% nas superfícies externas e 90% na superfície interna das espumas, com a particularidade de apresentar um software que foi concebido unicamente para essa operação e que armazena os dados completos de cada processo de descontaminação, ficando os mesmos disponíveis para serem consultados pelos responsáveis clínicos.

Confira AQUI o relatório técnico emitido pelo IFSC/USP.

Engº Daniel Chianfrone (LAT-IFSC/USP)

Não necessitando de qualquer mão de obra dos estabelecimentos hospitalares, já que o equipamento é operado apenas por um funcionário da empresa, este equipamento portátil foi inicialmente testado no Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP antes de ser submetido à prova na SCMSC. O Engº Daniel Chianfrone (LAT) sublinha que é uma inovação que é entregue à sociedade e que numa primeira fase irá atender as demandas da SCMSC. “É um equipamento que dá uma resposta muito positiva às atuais necessidades dos hospitais, que estão cada vez mais impactados pela disseminação de infecções e contaminações transmitidas pelos colchões das enfermarias, pelo que nos sentimos felizes por estar contribuindo com esse desenvolvimento científico e tecnológico. Por outro lado, também foi uma experiência muito gratificante, já que podemos mergulhar em novas tecnologias, e, neste caso concreto, na combinação entre o ozônio e a temperatura”.

Prof. Dr. Daniel Varela Magalhães – Pesquisador EMBRAPII-IFSC/USP

Para o pesquisador da Unidade EMBRAPII – IFSC/USP, Prof. Dr. Daniel Varela Magalhães, este projeto usa a inovação no sentido de uma ação de descontaminação e de controlo microbiológico, sendo que, por isso, ela tem um apelo social muito grande já que o alcance é imediato na área da saúde. “Foi um projeto que saiu da área de pesquisa há pouco tempo e já está sendo aplicado. Além do tempo relativo às pesquisas realizadas para este projeto, e que como era de se esperar demoraram alguns anos até ficarem concluídas, este projeto demorou cerca de um ano para ficar pronto e agora está sendo apresentado este protótipo do equipamento, praticamente igual ao que vai ser o modelo final. Este protótipo ficará em ambientes relevantes, que são as dependências da SCMSC, naquilo que usualmente chamamos de “estágio de maturidade tecnológica”, onde realizaremos todos os últimos testes de segurança avançada”, finaliza o pesquisador.

Recordamos que a EMBRAPII é extremamente importante para a pesquisa e inovação industrial, já que ela permite compartilhar os riscos por que passam as empresas. Assim a EMBRAPII divide esses riscos com as empresas, fazendo com que elas tenham um melhor “arcabouço” para poderem desenvolver seus projetos junto com as universidades, já que com essa interação elas têm caminhos menos arriscados para trilhar. São esses recursos a fundo perdido, oriundos da EMBRAPII, que consolidam os projetos das empresas.

Clique na imagem abaixo para assistir o vídeo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de dezembro de 2024

Aluna de doutorado do IFSC/USP conquista “Grande Prêmio CAPES de Tese”, edição de 2024

(Créditos – CNPEM-LNNano)

A Dra. Gabriela Dias Noske, egressa do Programa de Pós-Graduação em Física do IFSC/USP – Opção Física Biomolecular – e atualmente pesquisadora do Laboratório Nacional de Nanotecnologia – LNNano/CNPEM, conquistou neste mês de novembro o “Grande Prêmio CAPES de Tese Elisa Esther Maia Frota Pessôa – Edição 2024” (Colégio de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar).

Em setembro último, Gabriela Dias Noske já havia conquistado o “Prêmio CAPES de Tese – 2024 – Astronomia e Física”, uma premiação que distingue os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos no Brasil em 2023, em cada uma das 54 áreas do conhecimento definidas pela CAPES, e agora foi anunciada como a vencedora do Grande Prêmio CAPES de Tese, concorrendo com outros ganhadores das 19 áreas de conhecimento do Colégio de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar.

A tese de Gabriela Noske foi focada no tema “Caracterização estrutural e busca por inibidores das proteases dos vírus emergentes: Vírus da Febre Amarela e SARS-CoV-2”, tendo como orientador o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Glaucius Oliva e como co-orientador o pesquisador pós-doutorando Dr. Andre Schutzer de Godoy.

Gabriela Dias Noske possui graduação em Ciências Físicas e Biomoleculares pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), durante o qual fez iniciação científica na área de cristalografia, com enfoque no estudo estrutural e funcional da protease de febre amarela.

É Doutora pelo IFSC/USP, onde desenvolveu projeto de pesquisa em cristalografia e crio-microscopia eletrônica, com enfoque na descoberta e desenvolvimento de fármacos para a febre amarela baseados na estrutura do complexo NS2B-NS3 protease.

A premiada fez parte do projeto colaborativo, também sob supervisão do Prof. Dr. Glaucius Oliva e do pesquisador Andre Schutzer de Godoy, que teve como objetivo a descoberta e desenvolvimento de candidatos antivirais contra o SARS-CoV-2, baseado nas suas proteínas não estruturais, particularmente tendo como alvo as proteases virais.

Entre 2022-2023, realizou estágio de pesquisa no exterior (BEPE-FAPESP) no Centre for Structural System Biology (Desy, Hamburgo, Alemanha) onde trabalhou com as técnicas de crio-microscopia eletrônica e crio-tomografia (cryo-EM e cryo-ET), sob orientação do prof. Dr. Kay Grünewald. Atualmente trabalha como pesquisadora em crio-microscopia eletrônica, no Laboratório Nacional de Nanotecnologia, Centro Nacional para Pesquisa em Energia e Materiais (LNNano/CNPEM)

(Fonte: Currículo Lattes e https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/resultados-dos-editais/18112024_Edital_2497653_SEI_2497210_Edital_N__04_2024___RESULTADO_PRELIMINAR.pdf).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de dezembro de 2024

Com participação de pesquisador do IFSC/USP – Todos os observáveis da Natureza podem ser medidos com uma única constante , o “segundo”

(Créditos – aeditorialbow1/Best of Web)

Um grupo de pesquisadores brasileiros apresentou proposta inovadora para resolver um debate que já dura décadas entre físicos teóricos: quantas constantes fundamentais são necessárias para descrever o universo observável? Aqui, a expressão “constantes fundamentais” refere-se aos padrões básicos necessários para medir tudo.

O estudo, publicado na revista Scientific Reports, teve a participação de George Matsas e Vicente Pleitez, ambos do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (IFT-Unesp), além de Alberto Saa, do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (Imecc-Unicamp), e Daniel Vanzella, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP).

O grupo argumenta que o número de constantes fundamentais depende do tipo do espaço-tempo em que as teorias são formuladas. E que, em um espaço-tempo relativístico, esse número pode ser reduzido a uma única constante, utilizada para definir o padrão de tempo. O estudo é uma contribuição original à polêmica instaurada em 2002 por um artigo famoso de Michael Duff, Lev Okun e Gabriele Veneziano publicado no  Journal of High Energy Physics.

A história toda começou dez anos antes, no verão de 1992, quando os três renomados cientistas se encontraram no terraço da cafeteria do Cern, a organização europeia para pesquisa nuclear. Em uma conversa informal, descobriram que divergiam em relação ao número de constantes fundamentais. “No verão de 2001, voltamos ao assunto e descobrimos que as nossas opiniões ainda divergiam. Decidimos, então, explicar nossas posições”, escrevem os três no Abstract de seu artigo.

Em resumo, Okun afirmou que três unidades básicas – metro (comprimento), quilograma (massa) e segundo (tempo) – eram necessárias para medir todas as grandezas físicas. Vale dizer que reafirmou aquilo que era conhecido como Sistema MKS (M, de metro; K, de quilograma; S, de segundo), posteriormente incorporado ao Sistema Internacional de Unidades (SI). Veneziano, por seu lado, argumentou que, em certos contextos, bastariam duas unidades: uma para o tempo e outra para o comprimento. Duff não ficou nem lá nem cá, afirmando que o número de constantes podia variar dependendo da teoria em questão.

Justificando o novo artigo agora publicado, Matsas afirma: “O objetivo é buscar a descrição mais fundamental possível da física. A questão que Okun, Duff e Veneziano levantaram não é, de forma alguma, trivial. Como físicos, somos confrontados com a necessidade de entender qual é o número mínimo de padrões de que precisamos para medir tudo”.

Os pesquisadores brasileiros – apoiados pela FAPESP (projetos 22/10561-9, 21/09293-7 e 23/04827-9) – sustentam que a quantidade de constantes fundamentais depende do espaço-tempo em que as grandezas físicas são consideradas. E analisam dois tipos de espaço-tempo: o galileano, sobre o qual Isaac Newton (1642-1727) construiu a mecânica clássica; e o relativístico, que oferece o substrato para a teoria da relatividade geral de Albert Einstein (1879-1955).

Há vários espaço-tempos relativísticos, que correspondem a diferentes soluções das equações de Einstein. O mais simples deles é o espaço-tempo de Minkowski, assim nomeado em referência ao matemático judeu-lituano de cultura alemã Hermann Minkowski (1864-1909). Trata-se de um espaço-tempo vazio (livre de partículas e tudo mais), homogêneo (em que todos os pontos apresentam as mesmas propriedades) e isotrópico (em que todas as direções espaciais se equivalem). Por uma questão de facilidade, o artigo em pauta utiliza o espaço-tempo de Minkowski. Mas seus autores advertem que as conclusões a que chegaram podem ser generalizadas para qualquer espaço-tempo relativístico.

“No espaço-tempo galileano, são necessárias réguas e relógios para medir todas as variáveis físicas. No espaço-tempo relativístico, porém, relógios são suficientes. Isto porque, na relatividade, o espaço e o tempo estão de tal forma interligados que basta uma única unidade para descrever todas as grandezas. Relógios de alta precisão, como os relógios atômicos utilizados atualmente, são capazes de atender a todas as necessidades de medição”, diz Matsas.

Como se percebe pela frase anterior, até mesmo no espaço-tempo galileano já é possível uma simplificação de grandezas fundamentais que deixa a massa de fora. “Historicamente, a partir de um esforço de padronização adotado durante a Revolução Francesa (1789-1799), o quilograma foi definido como sendo a massa de um litro de água pura em determinada condição de pressão e temperatura. Em termos práticos, é muito conveniente ter um padrão de massa, mas, do ponto de vista fundamental, ele não é necessário”, afirma Vanzella. “A massa de um corpo é dada pela aceleração com que uma partícula é atraída quando está a uma certa distância da massa.”

Em sua versão atual, o Sistema Internacional de Unidades (SI) utiliza sete unidades básicas: metro (comprimento), segundo (tempo), quilograma (massa), kelvin (temperatura), ampere (corrente elétrica), candela (intensidade luminosa) e mol (quantidade de moléculas ou átomos). “Mas essas unidades são básicas apenas porque atendem a objetivos práticos. Por exemplo, se alguém precisa comprar uma lâmpada, o número de candelas informa quanta intensidade luminosa essa lâmpada deverá fornecer. Porém, há muito tempo é sabido que essas unidades apresentam redundâncias. Isto é, que muitas delas podem ser definidas a partir de outras. Após uma revisão realizada em 2019, essas unidades passaram a ser associadas a constantes da natureza, como a velocidade da luz [c] e a constante de Planck [h]”, pontua Matsas.

Pelo critério usado por Duff, Okun e Veneziano, o número de constantes fundamentais está relacionado ao número mínimo de padrões independentes necessários para expressar todas as grandezas físicas. Repetindo, no espaço-tempo de Galileu todos os observáveis podem ser expressos em termos de unidades de tempo e espaço, que, usualmente, são o “segundo” e o “metro”. Em espaços-tempos relativísticos, a unidade de tempo – vale dizer, o “segundo” – é suficiente para expressar qualquer observável.

E a definição de “segundo” é estabelecida, atualmente, a partir de uma constante da natureza: a diferença de energia entre dois níveis específicos da camada eletrônica do césio-133. Um segundo (1s) corresponde ao tempo de 9.192.631.770 oscilações da radiação emitida quando um elétron transita entre esses dois estados do césio-133. “Qualquer artefato capaz de contar com regularidade 9.192.631.770 oscilações dessa radiação terá medido 1s e poderá ser considerado um relógio honesto”, informa Matsas.

Resumindo: no espaço-tempo relativístico (que é o espaço-tempo no qual o estudo em pauta considera que vivemos), qualquer grandeza física pode ser medida a partir do “segundo”, que constitui a unidade de tempo. O tempo é uma variável, pois está em incessante mudança; mas o “segundo” é definido a partir de uma constante, associada a um certo nível de energia da camada eletrônica do átomo de césio-133. “O veredicto de que um observável seja ou não uma constante da natureza é absoluto, pois é proclamado pelos relógios honestos, que precisam existir para que o próprio conceito de espaço-tempo faça sentido. Mas a eleição de qual ‘constante fundamental’ será usada para defini-los é uma construção social e histórica que depende da conveniência”, comenta Vanzella.

O artigo The number of fundamental constants from a spacetime-based perspective pode ser lido na íntegra em: www.nature.com/articles/s41598-024-71907-0

(Agência FAPESP – José Tadeu Arantes)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de novembro de 2024

Pós-Doutoranda do IFSC/USP recebe prêmio de melhor pôster apresentado no Encontro Brasileiro de Espectroscopia Raman (EnBraER)

A Pós-Doutoranda do IFSC/USP, Drª Ana Clara Sampaio Pimenta (bolsista FAPESP), conquistou o prêmio de melhor pôster apresentado na oitava edição do “Encontro Brasileiro de Espectroscopia Raman (EnBraER)”, realizado entre os dias 06 e 08 deste mês de novembro, que ocorreu na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte (MG).

No decurso desse encontro, Ana Clara teve a oportunidade de apresentar um pôster relativo ao seu trabalho de pesquisa subordinado ao tema “Exploring Raman scattering of MoS₂ monolayer on a circular plasmonic gold grating”, algo que muito orgulha o IFSC/USP.

O Encontro Brasileiro de Espectroscopia Raman (EnBraER) foi criado com o objetivo de reunir especialistas, usuários e iniciantes na técnica, em um ambiente propício para discussões sobre desenvolvimentos recentes e perspectivas futuras da técnica e seus desenvolvimentos.

O encontro esteve planejado para abordar tanto os fundamentos quanto as aplicações da espectroscopia Raman, com ênfase especial na resolução espacial, instrumentação, metodologia e medidas operando, sendo também uma oportunidade de integrar no congresso outras espectroscopias como IR, fluorescência ou abordagens não lineares.

O IFSC/USP congratula nossa jovem pós-doc.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de novembro de 2024

Laboratórios do IFSC/USP com portas abertas para jovens estudantes – “Física Quântica em Ação”

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP0 vai abrir as portas dos Laboratórios de Física Moderna no próximo dia 04 de dezembro, a partir das 14h00, para todos os jovens estudantes do Ensino Médio e quaisquer outros interessados que desejem conhecer ou aprofundar seus conhecimentos nessa área do conhecimento.

No final do Século XIX ficou demonstrado que a Física conseguia explicar quase tudo, com exceção do mundo microscópico, ou seja, os átomos, que já se sabia serem muito pequenos (cerca de um milhão de vezes menores que o diâmetro de um fio de cabelo).

No Laboratório de Física Moderna do IFSC/USP os jovens estudantes irão conhecer – e “meter a mão na massa” – os principais experimentos que desvendaram o mundo atômico e levaram à criação da Física Quântica, experimentos esses que mostram o comportamento dos átomos, elétrons, das partículas de luz – chamadas fótons -, os raios e o laser, entre muitos outros.

Será também um “aperitivo” para se discutir como a Física Quântica revolucionou a tecnologia moderna, a eletrônica, computação, fibras óticas, a ressonância magnética na saúde e … muito mais.

Inscreva-se, enviando um email para o Prof. Tomaz Catunda – tomaz@ifsc.usp.br

Acredite… Vão ser momentos inesquecíveis!

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de novembro de 2024

No IFSC/USP – Minicourse – “Principles for experiments in quantum optics”

O IFSC/USP organiza entre os dias 19 e 28 deste mês de novembro o minicurso intitulado “Principles for experiments in quantum optics”, com a participação da Profa. Dra. Visitante: Mayerlin Nuñez Portela (Universidad De Los Andes, Colômbia).

Inscrições:

Os estudantes interessados em assistir a este minicurso deverão se inscrever na disciplina SFI5895 – Tópicos Avançados de Pós-Graduação, até amanhã (12/11/2024), através dos formulários online nos seguintes links:

Alunos regulares de pós-graduação da USP, devem usar o seguinte formulário (AQUI).

Alunos ativos de graduação da USP, alunos de pós-graduação externos à USP ou graduados de qualquer IES, devem usar o seguinte formulário (AQUI).

28 de novembro de 2024

IFSC/USP conquista Menção Honrosa no “Prêmio Alumni USP 2024”

A terceira edição do “Prêmio Alumni USP” homenageou, no passado dia 25 de novembro, profissionais que se destacaram na ciência, no empreendedorismo, na cultura, na promoção da qualidade de vida, na inclusão social e na sustentabilidade ambiental.

O prêmio é dividido em seis categorias: Contribuições em Arte e Cultura; Contribuições em Ciência e Tecnologia; Contribuições em Inovação e Empreendedorismo; Contribuições na Qualidade de Vida das Pessoas; Contribuições nas Relações Humanas e Inclusão Social; e Contribuições na Sustentabilidade Ambiental.

Além do premiado, cada categoria também homenageia um egresso com menção honrosa, como foi o caso da ex-aluna do IFSC/USP Mariana Zuliani Theodoro de Lima, graduada em Ciências Físicas e Biomoleculares e mestre em Física. Atua na área de inovação de produtos para serviços financeiros, foi cofundadora da fintech “Brazilian Investment Technology” e desenvolveu pesquisa entrelaçando a inteligência artificial e a análise de dados para o tratamento oncológico de pacientes com câncer de mama e pulmão. Seu projeto, que uniu a responsabilidade social à inovação científica, levou à criação da deeptech OncoAI, que é uma startup focada na predição de recidiva de câncer superficial de bexiga. A empresa está atualmente participando do programa de aceleração Start Deeptech do Sebrae, que apoia startups inovadoras. Atualmente é docente na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Conforme matéria publicada pelo “Jornal da USP”, este prêmio tem o objetivo de fortalecer o relacionamento da Universidade com seus egressos, criando uma rede profissional que reconecta antigos estudantes com seus colegas.

Organizado pelo Escritório Alumni USP, o prêmio é uma homenagem aos egressos da Universidade que se destacaram por suas contribuições e que impactaram positivamente a sociedade.

O IFSC/USP parabeniza a Profª Mariana Zuliani Theodoro de Lima pela conquista desta nobre Menção Honrosa.

(Rui Sintra IN: Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de novembro de 2024

Colar bovino estimula a reprodução e apoia a saúde animal – Unidade EMBRAPII do IFSC/USP faz testes no Texas (USA)

Equipes brasileira e do Texas testando o colar de estímulos automáticos desenvolvido na Unidade Embrapii do IFSC-USP em parceria com a empresa “BRL Life-Tec”

Uma das formas de promover a ovulação nas vacas para que possa ocorrer a inseminação e a consequente gravidez se procede através da administração de hormônios aplicados de forma periódica, sendo que essa operação é normalmente feita por veterinários.

Agora, através de um processo inovador, pode ser colocado um colar no pescoço das vacas que, devidamente programado, pode realizar a injeção automática de hormônios de forma periódica para estimular a reprodução. Esta foi uma tecnologia desenvolvida dentro da Unidade EMBRAPII do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), tendo já gerado uma patente e um protótipo que foi testado por especialistas da Texas A&M University (USA).

O sistema permite, de forma simples, o manuseio de milhares de vacas simultaneamente, gerando impactos diversos no agronegócio. O projeto foi desenvolvido em parceria com a empresa “BRL LIFE-Tech”, uma startup sediada no Estado de São Paulo e com apoio do SEBRAE, sendo que o protótipo foi devidamente testado perante Luís Gustavo Teodoro – Médico Veterinário (BRL Live Tech) -, Washington Coimbra (EMBRAPII-IFSC/USP), Vanderlei Bagnato (IFSC/USP) e ainda os especialistas em reprodução animal Dr. R. Cook (Animal Science – Texas A&M University) e Dr. Ramiro Oliveria (Especialista em fecundação – Estado do Texas).

Nesta versão inicial, o colar foi idealizado para injetar três hormônios, e como um deles precisa de refrigeração, o colar também tem a capacidade de se transformar em um mini-refrigerador com o auxílio de uma bateria, podendo assim manter os reservatórios refrigerados em até quinze dias.

Teste iniciais já haviam sido feitos no Brasil, mas os testes no Estado do Texas foram fundamentais para a consolidação da ideia e deste inovador projeto.

Os testes consistiram em manter o animal por diversos dias com o dispositivo, avaliando a fixação do colar no pescoço do mesmo em relação ao seu posicionamento correto, a inserção da agulha e a aplicação de soro fisiológico para simulação da aplicação. Seguidamente, foram feitos testes com hormônio, monitoramento da temperatura interna do reservatório e do hormônio entre 5 a 8 ºC e armazenamento de dados da temperatura e aplicações.

O protótipo passou pelos diversos testes com diversas observações feitas pelos especialistas, tendo em vistas algumas melhorias. O mais curioso, no entanto, foi o interesse que a ideia despertou nos próprios texanos, já que se trata de um dispositivo leve, que pode estimular de forma autônoma a reprodução animal, sendo que esse colar poderá administrar antibióticos em caso de necessidade, tornando-se, assim, um elemento de grande valia para a área da pecuária, uma das principais atividades econômicas do Estado do Texas.

Animal com colar de estímulo reprodutivo em teste

As discussões entre as equipes da Universidade do Texas e da EMBRAPII do IFSC/USP evoluíram no sentido de se introduzirem melhorias consideráveis no dispositivo, que, a partir de agora, se transformará em uma verdadeira plataforma de saúde animal. Os novos protótipos já deverão ter sua produção iniciada no IFSC/USP, sendo que as equipes e a empresa envolvidas neste projeto se encontram extremamente animadas com os resultados e com as possibilidades que esta inovação poderá trazer para a pecuária brasileira e mundial.

Segundo o coordenador da EMBRAPII-IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, “A contribuição em termos de inovação que este projeto poderá trazer é imensa. Por exemplo, hoje, animais jovens em transporte ficam doentes muito facilmente e ter um colar como este que foi projetado e desenvolvido – plataforma para saúde animal – deverá minimizar perdas e aumentar a eficiência da produção de carne e leite “.

A unidade EMBRAPII do IFSC/USP é especializada no desenvolvimento de instrumentação para a saúde e tem uma preocupação não apenas com a saúde humana, mas também com a saúde animal e ambiental. Há grandes perspectivas que a evolução deste projeto produza agora uma patente mundial e que venha a ter um grande impacto, pois os novos protótipos irão se apresentar muito para além da injeção, ou seja, com muito mais funções e, portanto, caracterizando de fato uma plataforma de apoio à saúde animal de um modo geral.

Os engenheiros Coimbra, Vinicius e Guilherme, da unidade EMBRAPII, continuarão com sua dedicação para o desenvolvimento dos novos modelos, marcando este desenvolvimento como mais uma grande contribuição tecnológica para uma das áreas de grande importância da economia brasileira, a nossa pecuária.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de novembro de 2024

Série “Concertos USP – 2024” chega ao fim com último concerto da USP Filarmônica na EE Dr. Álvaro Guião

A Escola Estadual Dr. Álvaro Guião – Centro de São Carlos – recebe no próximo dia 27 deste mês de novembro o último concerto de 2024 com a USP Filarmônica, integrado na série “Concertos USP” nas comemorações do 30º aniversário do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Assim, a partir das 20h00, a USP Filarmônica, sob a regência do Maestro Prof. Rubens Russomano Ricciardi, apresentará o seu 215º concerto com a participação dos melhores solistas da orquestra vencedores do “Prêmio Caio Pagano 2024” entre os estudantes do Departamento de Música da FFCLRP-USP, a saber:

Paola Adelmary Rojas Parra (violino) e Lucas Herrera Andrade Diniz (flautim), e ainda o solista Padre Christian Ferreira (barítono), também estudante do mesmo departamento.

Neste concerto serão interpretadas obras de:

Dmítri Chostakóvitch, Gilberto Mendes, Rubens Russomanno Ricciardi, Radamés Gnattali, Dorival Caymmi, Guerra-Peixe, Hanns Eisler, Pablo Sarasate e Antônio Vivaldi.

Com entrada livre e gratuita, os ingressos para este concerto estarão sendo distribuídos nos dias 25 e 26 de novembro, entre as 08h00/11h00 e 14h00/17h30 na Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, e no próprio dia do evento, na entrada da Escola Estadual Dr. Álvaro Guião, a partir das 18h30.

27 de novembro de 2024

Quarta-sináptica: “Neuroetologia – Desenvolvimento embrionário”

Como um embrião “sabe” quando e onde colocar cada parte do corpo em formação?

E cada parte do sistema nervoso?

Não perca mais esta “Quarta-sináptica” no próximo dia 27 de novembro, entre as 19h30 e 20h30, na Sala F-210 do IFSC/USP

Confira AQUI o material base da discussão.