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4 de maio de 2022

Alunos da USP – São Carlos promovem “Campanha USP do Agasalho 2022”

Os alunos do Campus USP de São Carlos estão promovendo a “Campanha USP do Agasalho 2022”, cujos produtos das doações serão distribuídos por instituições sociais sediadas na cidade de São Carlos.

Postos para doação:

Biblioteca do IQSC/USP;

Bandejão USP São Carlos;

Laboratórios de Ensino de Física – IFSC/USP;

Serviço de Biblioteca e Informação – IFSC/USP;

IFSC /USP;

E1 – EESC/USP;

Biblioteca CDCC/USP;

Portaria da Matemática – ICMC/USP;

Torres Gêmeas – Rua Episcopal, 2474, Centro – São Carlos;

São Carlos Clube – Rua Ruth Bloen Souto, 161, Centro – São Carlos;

“Objetivo” Vila Monteiro – Rua Joaquim, 1515, Vila Monteiro – São Carlos;

“Educativa” São Carlos – Rua Arístides de Santi, 11, Azulville I – São Carlos;

“Japa Açaí” – Avenida São Carlos, 3077, Centro – São Carlos;

“Objetivo” São Carlos – Rua Jesuíno de Arruda, 2625, Jardim São Carlos – São Carlos;

“XPrime Academia” – Av. Dr. Carlos Botelho, 2140, Centro – São Carlos;

Igreja Santa Rita de Cássia – Rua Alberto LAnzoni, 474, Parque Santa Felícia Jardim – São Carlos;

“Collegium Sapiens” Educação Infantil – Rua Cap. Adão Pereira de Souza Cabral, 767, Centro – São Carlos;

Paróquia São Benedito – Rua General Osório, 510, Centro – São Carlos;

Tiquinho – Av. São Carlos, 2846, Centro – São Carlos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de abril de 2022

IEA/USP – Polo de São Carlos reinicia suas atividades

A Técnica Acadêmica Rosemari Siqueira e o grupo inicial constituído pelos Profs. Valtencir Zucolotto, Frank Crespilho, Yvonne Primerano Mascarenhas, Tadeu Malheiros, Juliana Cancino e José Marcos Alves

Completamente renovado em seu espaço interno, o Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP), Polo de São Carlos, reativou no passado dia 18 de abril as suas atividades com a realização da primeira reunião entre os coordenadores dos grupos de trabalho que irão desenvolver seus projetos a partir de agora, trabalhos que divulgaremos muito em breve.

Tendo como coordenador o Prof. Valtencir Zucolotto (IFSC/USP) e como vice-coordenador o Prof. Frank Crespílho (IQSC/USP), o IEA-São Carlos foi sujeito, nos dois últimos anos, a uma série de obras que visaram principalmente a reestruturação e adequação dos espaços internos, que agora estão em perfeitas condições para receberem alunos, professores e pesquisadores interessados em desenvolver seus trabalhos e projetos. Nesse período também foram criados ou reativados novos Grupos de Trabalho, que são as principais plataformas de atuação do IEA.

Prof. Valtencir Zucolotto

Embora a pandemia tenha atrasado o desenvolvimento desses trabalhos, que deveriam ter sido concluídos em um espaço de tempo mais curto, o certo é que a renovada área está agora disponível e operacional, como salientou o Prof. Zucolotto. “Esta foi uma reunião muito importante, pois marca a retomada dos trabalhos do nosso polo do IEA, e teve por objetivo não só apresentar o novo espaço físico do IEA, completamente renovado, como também reunir e apresentar o grupo inicial de coordenadores dos projetos que serão os incentivadores para que outros grupos possam aqui se reunir para desenvolver seus trabalhos.

Igualmente entusiasmado com a reativação dos trabalhos, o Prof. Frank Crespilho, afirmou que sua presença não se limitaria ao cargo de vice-coordenador, mas também ao desenvolvimento de projetos e Grupos de Trabalho. Estiveram presentes nesta reunião os Profs. Yvonne Primerano Mascarenhas (IFSC/USP, que inicialmente irá trabalhar na área de “Educação nas Escolas”, José Marcos Alves (EESC/USP), que iniciará o projeto “Inclusão Social”, Tadeu Malheiros (EES/USP), que irá avançar com o projeto “Cidades Globais”, Frank Crespilho com o grupo de Trabalho: Observatório da COVID-19, e Juliana Cancino (FFCLRP/USP), cujo projeto traz estudos sobre os Aspectos Regulatórios e os impactos econômicos e sociais da Nanotecnologia.

O que é o IEA

Criado em 29 de outubro de 1986, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (sede), tal como o seu polo no Campus de São Carlos, é um órgão de integração destinado à pesquisa e discussão, de forma abrangente e interdisciplinar, das questões fundamentais da ciência e da cultura. Sua missão é realizar, junto a segmentos representativos da sociedade, estudos sobre instituições e políticas públicas (nacionais, estaduais, municipais e até supranacionais). Destacam-se os trabalhos sobre políticas de desenvolvimento da ciência, tecnologia e cultura, bem como sobre o uso social do conhecimento.

Pela natureza de suas atividades, o IEA desempenha papel significativo no incremento do intercâmbio científico e cultural entre a USP e instituições brasileiras e estrangeiras (universidades, organizações governamentais e não-governamentais, entidades científicas e culturais etc.). Isso se dá através de convênios de cooperação e intercâmbio acadêmico ou convites específicos a pesquisadores e intelectuais, brasileiros e estrangeiros, com trabalhos representativos e enriquecedores dos debates realizados no Instituto.

Para atender às suas finalidades, o IEA possui estrutura acadêmica diferenciada das demais unidades e institutos da USP. O IEA não ministra cursos de graduação ou pós-graduação, não possui quadro estável de pesquisadores, uma vez que a abrangência de seus debates interdisciplinares habilita-o ao debate teórico e prospectivo de questões científicas, não à execução de trabalhos experimentais.

A área interna foi completamente renovada

A estrutura acadêmica do IEA é composta por grupos de pesquisa e estudo e outras formas de organização de pesquisadores. A participação nas atividades é aberta a pesquisadores e profissionais com projetos relacionados com os temas de trabalho do IEA. A análise dessa confluência temática é feita pelos coordenadores das equipes de pesquisa. Podem participar brasileiros e estrangeiros, integrantes ou não da USP, portadores ou não de título universitário. Outros pesquisadores são integrados temporariamente em função das atividades específicas de projetos e cátedras do Instituto, como por exemplo os professores visitantes e seniores.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de abril de 2022

Em abril – TUSP São Carlos apresenta “Música em Foco”

 

O Teatro da USP – “TUSP”, na cidade de São Carlos, retoma o projeto “TUSP em Foco”, que teve início em 2021, tratando da linguagem da dança. No próximo mês de abril será lançado o projeto “Música em Foco”, com a apresentação de um ciclo de conversas personalidades convidadas que atuam na área, ressaltando a importância dessa linguagem nas práticas cotidianas.

Serão quatro encontros  transmitidos ao vivo pelo Instagram @tuspdesanca, nos dias 07/04, 14/04 (Quintas-feiras), 20/04 e  27/04 (Quartas-feiras) , às 20h00, com mediação do violonista Henrique Carvalho,  bacharelando em música pela ECA-USP e bolsista Pub do TUSP nesta área, tendo a seu lado Claudia Alves, coordenadora das atividades do Teatro da USP no Campus São Carlos e pesquisadora em Pedagogia do Espectador pela ECA-USP.

O “Música em Foco” integra o Núcleo de Experiência e Apreciação e  foi idealizado com a expectativa de propor um debate qualificado sobre a linguagem, refletindo-a como importante instrumento de desenvolvimento pessoal e coletivo. O objetivo é democratizar o acesso à arte e à cultura, dentro e fora da universidade, com a participação de especialistas em música, de São Carlos e de São Paulo.

Convidado(a)s:

Fred Cavalcanti: Natural de Belo-Horizonte, viveu a infância no interior de Minas Gerais. Passou por Salvador e, atualmente, está no Estado de São Paulo. Vem de uma família com veia musical, onde todos tocam e cantam. Vivenciou a musicalidade no contexto das igrejas e em grupos musicais de MPB e de jazz. O aprendizado formal em música aconteceu no Conservatório de Tatuí , no Curso de Música da UNICAMP, além de pós- graduação em Educação na UFSCar.
Matheus Augusto Ferreira: Músico e educador musical, formado em Licenciatura em Educação Musical pela UFSCAR em 2008. Está à frente do Projeto Doces Flautistas desde 2007, além de professor de música da rede municipal de São Carlos desde 2011. Seu principal instrumento é o teclado, atuando como músico profissional em bandas desde 2004.

Ricieri Nascimento: Músico, Professor, Arranjador e Produtor Musical. Estudou no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos em Tatuí – SP, além de ter estudado com Tinho Pereira (baixista e arranjador), Fred Cavalcante (pianista e arranjador) e Mario Campos (baixista e arranjador), entre outros. Cursou Canto e Direção Vocal no Just Voice Institute em São Paulo – SP. Lecionou Música na escola Educativa, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino Médio. Trabalhou como produtor, professor e diretor musical na 3 Atos – Escola de Artes Cênicas, em São Carlos. Desde 2003 é produtor e arranjador no Timbu Estúdio (São Carlos) e na Radiovinhetas.

Nara Dom: Se traduz como junção entre o soul e o samba moderno. Faz música com muita personalidade e diversas influências no R & B. As referências são as divas internacionais como Aretha Franklin, Sharon Jones, Nina Simone e Etta James. No samba suas referências sonoras vem das rainhas do samba, como Dona Ivone Lara, Alcione, Beth Carvalho e Leci Brandão.

Mediadores:       

Claudia Alves Fabiano: Coordena o programa de ações culturais do TUSP no Campus  São Carlos, na função de orientadora de arte dramática. Atriz, professora de teatro, pesquisadora em Pedagogia do Espectador. Graduada em Artes Cênicas pela ECA-USP. Mestre em Artes e Doutoranda (em pausa) na área de Pedagogia do Teatro, pela mesma instituição. Integrante do Coletivo de Areia. É Coringa pelo Centro de Teatro do Oprimido.

Henrique Carvalho: Estudante de Música em São Paulo (CMU/ECA/USP) e violonista. Premiado em  concursos nacionais e internacionais. Foi bolsista da Cultura Artística, sob a orientação do maestro Fábio Zanon e foi selecionado no programa inaugural da Guitar Foundation of America Mentorship Program (USA). É bolsista PUB do TUSP – São Carlos, como monitor de música.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de abril de 2022

“Encontro Cultura em Diálogo” nos campi da USP São Carlos e Ribeirão Preto

Uma semana de ações culturais conjuntas, com mesas-redondas, conferências, apresentações artísticas dirigidas às comunidades interna e externa da USP, e encontros formativos visando uma reflexão sobre ações e programas de cultura e extensão. Tudo isto estará congregado no “Encontro Cultura em Diálogo”, que ocorrerá de forma presencial e remotamente nos campi da USP São Carlos e Ribeirão Preto, entre os dias 23 e 27 deste mês de maio.

Promovido e organizado conjuntamente pelos Grupos Coordenadores das Atividades de Cultura e Extensão dos campi USP de São Carlos e de Ribeirão Preto, Centro Cultural da USP de São Carlos, Teatro da USP sediados nos dois campi, Seção de Atividades Culturais de Ribeirão Preto e o Coral da USP (São Carlos e Ribeirão Preto), este evento cultural contará com as presenças da Pró-Reiotora de Cultura e Extensão Universitária, Profª Marli Quadros Leite, Pró-Reitor Adjunto de Cultura e Extensão Universitária, Prof. Hussam El Dine Zaher, Prof. Alexandre José Molina (IA-UFU), Profª Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira (ECA-USP), Prof. Ruy Sardinha Lopes (IAU-USP), Profª Vera Lúcia Cardim de Cerqueira (UFBa) e Celso Frateschi, o evento terá seu epílogo com a rfealização do Fórum de Políticas Culturais da USP (campi de São Carlos e Ribeirão Preto), onde serão discutidas concepções de cultura, arte, políticas de ação e gestão cultural, com a posterior produção de um documento-síntese que será enviado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP, visando contribuir para o fortalecimento das políticas culturais da Universidade.

Para ficar por dentro da programação deste evento, clique AQUI.

Para se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de abril de 2022

Reunião Magna da ABC discute papel da ciência na construção do futuro

Posse da nova presidente Helena Nader acontecerá durante o evento em 4 de maio

Mudanças climáticas, pandemias, revolução 4.0, Internet das Coisas (IoT), entre outras transformações, impõem novos desafios à sociedade. A ciência tem um papel importante na construção de um futuro mais justo e sustentável. Com o objetivo de promover esta discussão, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) realiza, em maio, a Reunião Magna de 2022, que vai debater temas urgentes nas áreas de meio ambiente, tecnologia e saúde. O evento também será palco da cerimônia de posse de Helena Nader, primeira mulher a presidir a entidade.

O  evento acontece em 3, 4 e 5 de maio, em formato híbrido. Participantes que desejem acompanhar as atividades presencialmente no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, podem se inscrever gratuitamente AQUI. Aqueles que não conseguirem participar presencialmente poderão acompanhar as atividades, ao vivo, pelo Canal Youtube da ABC (AQUI).

Com o tema “O Futuro é Agora”, o encontro reunirá grandes nomes da ciência mundial.  Entre os palestrantes, estão a epidemiologista Maria Van Kerkhove, diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Covid-19; Chris Field, ecologista que desenvolve pesquisas inovadoras em soluções para mudanças climáticas e diretor do Instituto Stanford Woods para o Meio Ambiente; e James Kurose, cientista da computação da Universidade de Massachusetts e co-autor do best-seller “Redes de Computadores e a Internet”, que já está em sua 8ª edição no Brasil. Confira a programação.

“Vai ser muito bacana. Vamos passar três dias discutindo assuntos modernos, intrigantes e inadiáveis, dentro dos temas de meio ambiente, tecnologia e saúde. Vamos falar sobre os aspectos positivos que têm se desenvolvido nestas áreas, frutos do conhecimento científico, mas também sobre as nossas fragilidades. O encontro é aberto ao público em geral e a expectativa é que todos se beneficiem das discussões”, disse o engenheiro Alvaro Prata, Acadêmico que coordena a Reunião junto a Glaucius Oliva, vice-presidente da ABC para a região São Paulo.

Helena Nader, primeira mulher a presidir a ABC, será empossada no evento

A ocasião também será palco da cerimônia de posse da biomédica Helena Nader, primeira mulher a presidir a ABC em 106 anos de Academia. A posse da nova diretoria acontece em 4 de maio, a partir das 18h, e é uma atividade restrita a convidados e jornalistas credenciados. O credenciamento deve ser feito pelo e-mail corcovadoabc@gmail.com.

Vice-presidente da ABC desde 2019, Helena assume o cargo para o triênio 2022-2025 e sucede o físico Luiz Davidovich. O químico Jailson Bittencourt de Andrade, professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e atuante no Centro Universitário Senai-Cimatec, ocupará a vice-presidência. Os outros membros da nova gestão podem ser conferidos no site da ABC.

Conferências Magnas e Sessões temáticas

Coordenada pela bióloga Mercedes Bustamante, que integra o grupo de autores brasileiros colaboradores do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), a sessão temática “Planeta Frágil – Biodiversidade e Meio Ambiente” abre o evento, na terça-feira (3), às 15h. O debate será seguido pela palestra “Acelerando soluções para mudanças climáticas: próximos passos para um mundo que está sem tempo”, ministrada por Chris Field, às 17h.

No segundo dia de programação, às 14h, James Kurose vai discutir dois eventos recentes que vêm impactando o ensino superior nos Estados Unidos: a aprendizagem flexível e os aceleradores regionais de inovação. Em seguida, às 15h, uma sessão coordenada pelo engenheiro José Roberto Boisson de Marca aborda os impactos e implicações éticas dos avanços da informação e tecnologia na sociedade.

Pandemia, saúde e envelhecimento são os assuntos que encerram a Reunião Magna de 2022. A programação do último dia terá palestra de Maria Van Kerkhove, diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Covid-19. A epidemiologista vai falar sobre o gerenciamento da pandemia do coronavírus e as lições para as próximas. Presidente da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), o médico Jerson Lima Silva comanda a sessão temática que sucede a conferência.

Sessão especial marca o Dia Mundial da Língua Portuguesa

Uma sessão especial vai celebrar o Dia Mundial da Língua Portuguesa, às 10h30 de 5 de maio. Ação em conjunto das Academias de Ciências e de Letras da comunidade de países lusitanos, o encontro será virtual e contará com apresentações do presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Merval Pereira; do presidente da Academia das Ciências de Lisboa, José Luís Cardoso; e do ex-embaixador de Portugal na UNESCO, António Sampaio da Nóvoa. Luiz Davidovich e Helena Nader também participam da sessão.

No local, será exigida a apresentação do comprovante de vacinação. A apresentação de PCR negativo não substituirá o comprovante.

Inscrições AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de abril de 2022

Pesquisadores do IFSC/USP no ranking “Top Scientists-2022”

Cerca de 170 mil cientistas de todo o mundo, distribuídos popr 17 áreas de conhecimento, tiveram seus perfis acadêmicos analisados através do Google Scholar e Microsoft Academic Graph, tendo um seleto grupo sido inserido no ranking “Top Scientists – 2022”, pertencente ao portal Research.com.

Nesse seleto grupo aparecem quatro pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a saber:

*Prof. Igor Polikarpov – Áreas de conhecimento: Biologia / Bioquímica / Química;

*Prof. Hellmut Eckert – Área de Conhecimento: Química;

*Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior – Áreas de Conhecimento: Química / Ciências dos Materiais;

*Prof. Valtencir Zucolotto – Áreas de Conhecimento: Química / Ciências dos Materiais;

Para conferir o citado ranking, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de abril de 2022

Vaga de analista de dados na empresa Cognatis

A empresa Cognatis, sediada na cidade de São Paulo (SP), está com vaga aberta para Analista de Dados (modelo de trabalho híbrido: online e presencial).

As funções atribuídas serão as seguintes:

*Extração de informação dos bancos;

*Automação de atualizações (desenvolver e monitorar);

*Definir e implementar regras de transformação e tratamento dos dados;

*Documentação de dados;

*Participar das decisões de modelagens;

*Participação nos processos de coleta de dados;

Qualificações desejáveis:

*Conhecimentos de técnicas básicas de Data Prep (Outliers, Imputation, etc.);

*Alguma experiência em Cloud Data Services;

*Conhecimento em GIS (MapInfo, Q Gis, Post Gres);

Qualificações necessárias:

*Conhecimento avançado em SQL;

*Intermediário em programação com utilização de Python;

*Avançado de Pandas;

*Básico de Beautyful Soup e Selenium;

*Bons conhecimentos de Analytics e Matemática;

*Boa capacidade de aprendizagem;

*Ser curioso;

*Trabalhar bem em equipe;

*Saber trabalhar sobre pressão;

*Boa capacidade lógica.

Os interessados deverão se inscrever acessando o link abaixo.

https://www.linkedin.com/jobs/view/2869607964/

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de abril de 2022

Proteínas e Inteligência Artificial: o ano de 2021 foi disruptivo para a biologia estrutural de proteínas

Figura 1 – O uso da inteligência artificial escancarou novas perspectivas e possibilidades no estudo das estruturas 3D e na formação de complexos de proteínas. A revista Science elegeu o assunto como um dos maiores avanços científicos do ano de 2021 [9]. (Crédito: Spencer Phillips/EMBL-EBI, Solving the protein structure puzzle  EMBL)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

O ano de 2021 foi disruptivo para a biologia estrutural de proteínas. Foi o ano em que a inteligência artificial obteve resultados inimagináveis há 50 anos atrás (Figura 1). Além de colocar o problema do enovelamento de proteínas em um novo patamar, a inteligência artificial abriu caminho para que, com orçamentos mais modestos, cientistas e laboratórios do mundo todo possam, agora, desenvolver e aprofundar suas pesquisas.

 

As proteínas são os blocos de construção e manutenção da vida como a conhecemos.  Não importa qual seja o seu domínio na evolução celular – Bacteria, Archaea ou Eukarya, as proteínas são fundamentais e estão sempre presentes.

 

Proteínas são grandes cadeias lineares de aminoácidos (quando essas cadeias são pequenas, são chamadas de peptídeos). Os aminoácidos são compostos orgânicos que contêm carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio. Ao se ligarem entre si, os aminoácidos adquirem (num piscar de olhos) uma estrutura tridimensional que, juntamente com a sequência dos diferentes tipos de aminoácidos conectados, definirão a proteína resultante e a sua funcionalidade. Esse processo é chamado de enovelamento da proteína (“protein folding”).

Em um minuto, o ser humano produz cerca de 120.000 proteínas.

Figura 2 – Descoberta em 1921, a insulina é um hormônio sintetizado no pâncreas. É fundamental no metabolismo dos carboidratos, principalmente da glicose. É formada por 2 cadeias de peptídeos (uma com 21 aminoácidos e a outra com 30 aminoácidos) ligadas entre si por átomos de enxofre. Sua fórmula contém 788 átomos – C257 H383 N65 O77 S6 (Crédito: ref. [1])

É bem conhecido o mecanismo de síntese de proteínas por expressão gênica.

Em eucariotos, um gene do DNA (que está no núcleo da célula) é copiado (transcrito) para um RNA. Este, por sua vez, passa por um processamento bioquímico que o transforma num RNAm (RNA mensageiro). O RNAm atravessa a membrana do núcleo para o citoplasma e, no ribossomo, através dos códons e dos RNAt (RNA transportador), convoca os aminoácidos corretos e sintetiza a proteína desejada.

 

A expressão gênica pode sintetizar um pouco mais do que 20.000 tipos de proteínas (número estimado de genes humanos). Com a regulação pós-transcrição (“alternative splicing”), o número total de tipos de proteínas pode chegar próximo de 200.000. Estima-se que, num volume muito pequeno de 10 – 15 litros (igual a 1 micrômetro cúbico) de uma célula, existam de 2 a 4 milhões de proteínas. E olhe que o número total de células existentes no corpo humano é estimado em 30 trilhões!

A primeira proteína que teve sua sequência de aminoácidos corretamente determinada, foi a insulina (por F. Sanger, 1949). O fígado, os músculos e as hemácias (também conhecidas por glóbulos vermelhos ou eritrócitos) contêm 30% de proteínas. As proteínas também recebem outras denominações que dependem de sua função dentro do organismo.

Figura 3 – Asparagina – o primeiro aminoácido descoberto. Cores: cinza escuro – Carbono; cinza claro – Hidrogênio; lilás – Nitrogênio; vermelho – Oxigênio. Fórmula: C4 H8 N2 O3 (Crédito: ref. [2])

As enzimas, por exemplo, são proteínas fundamentais com a função de catalisar reações químicas, seja na produção de novas substâncias, seja na sua degradação. Assim, a pepsina ou protease degrada proteínas em moléculas menores, a miosina atua na contração muscular, a lactase facilita a hidrólise da lactose, a DNA polimerase atua na duplicação do DNA etc. A atividade enzimática é controlada, principalmente, pela temperatura e pelo pH.

Os hormônios são proteínas que têm função regulatória das atividades fisiológicas e manutenção da homeostase. São segregados pelo nosso sistema endócrino. Entre os mais importantes podemos citar: a insulina (Figura 2), que metaboliza o açúcar; a cortisona, no combate às inflamações e os hormônios sexuais estrogênio e testosterona.

Cada órgão sintetiza seu próprio conjunto de proteínas necessárias para o seu pleno funcionamento. No entanto, para sintetizar uma proteína, o organismo tem que ter disponibilidade de todos os aminoácidos que a compõem. As plantas sintetizam todos os tipos de aminoácidos (hoje, são conhecidos mais de 500 aminoácidos), mas os animais não. Existem 20 tipos de aminoácidos nos animais, sendo que 9 deles são essenciais e não são sintetizados pelos animais. Precisamos, então, nos alimentar das plantas para obtê-los (ou de animais que delas se alimentaram). O prato brasileiro principal, feijão com arroz, contém todos os 9 aminoácidos essenciais.

Em 1806, químicos franceses encontraram, no aspargo, o primeiro aminoácido – a asparagina (Figura 3), que não é um aminoácido essencial. Na construção de uma proteína, o primeiro aminoácido incorporado é a metionina (Figura 4). É um aminoácido essencial, codificado pelos códons AUG. É encontrado em grãos, sementes, ovos, carne e peixes.

Durante muitas décadas, os experimentos para se conseguir a estrutura de uma proteína, necessitavam antes cristalizá-la para depois submetê-la a experimentos de espalhamento de raios-x. Um processo muito demorado.

Figura 4 – Metionina – um aminoácido essencial. Cores: cinza escuro – Carbono; cinza claro – Hidrogênio; lilás – Nitrogênio; vermelho – Oxigênio; amarelo – Enxofre.  Fórmula: C5 H11 N O2 S (Crédito: ref. [3])

A partir de 2001, também passou a ser utilizada a técnica de espectroscopia de ressonância magnética nuclear [4]. Ela permite calcular como os átomos estão ligados quimicamente, suas distâncias e velocidades. Em geral, as amostras são dissolvidas em água. Essa técnica, permite também determinar a dinâmica de interação de duas proteínas.

Desde sua invenção (na década de 1930) o microscópio eletrônico de transmissão muito tem contribuído ao estudo de biomoléculas e novos materiais. A preparação de amostras biológicas em baixa temperatura, o avanço na tecnologia dos detetores e de softwares, conduziram ao desenvolvimento da microscopia eletrônica criogênica [5]. Amostras biológicas rapidamente congeladas em gelo amorfo (vítreo) têm pouco dano estrutural. O sucesso dessa nova técnica levou ao prêmio Nobel de Química de 2017.

Todas as proteínas com sua estrutura tridimensional resolvida experimentalmente (por qualquer um dos três métodos descritos acima) estão contidas num repositório de livre acesso – “Protein Data Bank[6]. São cerca de 185.000 proteínas catalogadas. Estima-se que existam pouco mais de 700.000 proteínas no corpo humano (com e sem estrutura espacial conhecida).

Como vimos, ao juntar dezenas ou centenas de aminoácidos (e de tipos de aminoácidos) para formar uma determinada proteína, ao final, devido às interações entre os seus componentes, a proteína se enovela, isto é, ela se curva e se retorce, adquirindo uma estrutura tridimensional que terá papel fundamental na funcionalidade dessa proteína (e sua eventual utilização no design de novas drogas). Há 50 anos atrás, o prêmio Nobel de bioquímica, C. Anfinsen, previu que um dia seria possível se determinar a estrutura 3D final de qualquer proteína, a partir da sequência de aminoácidos que a compõe.

Figura 5 – A estrutura da proteína humana interleucina-12 se ligando a seu receptor (Crédito: Ian Haydon, UW Medicine Institute for Protein Design)

Dessa maneira, prever a estrutura espacial de uma proteína a partir da sua sequência de aminoácidos, se tornou um enorme desafio teórico para físicos, químicos e biólogos. Paralelamente, na década de 1990, surgiram programas computacionais que procuravam prever a estrutura de pequenas proteínas. Em 1994, foi lançada uma competição bianual chamada CASP (Critical Assessment of protein Structure Prediction). Aos competidores eram fornecidas as sequências de aminoácidos de algumas dezenas de proteínas, e os resultados desses programas computacionais eram, então, comparados com os resultados experimentais. Um porcentual de 90 % de acerto na estrutura seria considerado um sucesso.

No início, os programas mal chegavam perto do índice de 60%. Mas, em 2018, entrou na competição um programa de inteligência artificial chamado AlphaFold [7], desenvolvido pela companhia DeepMind, subsidiária da Google. Ela atingiu o índice de 80% e, em 2020, a sua segunda versão AlphaFold 2, obteve uma precisão incrível de 92,4 %! O custo computacional é bastante alto, pois utiliza 182 processadores otimizados para aprendizado de máquina. Em 2021, entrou em cena um outro programa de inteligência artificial, o RoseTTAFold [8] com os mesmos objetivos do AlphaFold, mas que demanda menos poder computacional. Ambos os programas têm seus códigos disponíveis gratuitamente na internet.

Figura 6 – Os anticorpos são proteínas em forma de Y que se ligam a proteínas estranhas ou nocivas. O fato de serem bem grandes, permite que elas se liguem à proteína alvo em vários pontos de encaixe (Crédito: Shutterstock)

Basicamente o que esses programas de inteligência artificial [10], [11] fazem é alimentar uma rede neural com uma determinada sequência de aminoácidos (de uma proteína com estrutura 3D experimentalmente conhecida) e alterar vários bilhões de parâmetros para que saída seja uma proteína compatível com aquela experimental. Repete-se esse procedimento, dando entrada para centenas de milhares de proteínas com estruturas 3D experimentalmente conhecidas. Uma nova proteína, com a sua própria sequência de aminoácidos, tem sua estrutura calculada com os valores dos bilhões de parâmetros ´treinados´ ou ´ensinados´ exaustivamente. A estrutura 3D dessa proteína vai para um banco de dados. A AlphaFold tem quase um milhão de estruturas proteicas propostas para o proteoma humano. A previsão de novas estruturas pode auxiliar no design de novas drogas (Figura 5). Juntos os dois programas revelaram mais de 5.000 complexos de interação proteína-proteína. Pesquisadores chineses mapearam a estrutura de 200 proteínas que se ligam ao DNA.

Anticorpos são proteínas grandes em forma de Y, que se conectam a proteínas prejudiciais presentes em bactérias, vírus ou células cancerígenas, sinalizando ao sistema autoimune para que destrua o invasor (Figura 6). Pelo fato de serem grandes, os anticorpos podem se conectar, simultaneamente, a vários pontos da proteína alvo (antígeno). Anticorpos produzidos artificialmente são, porém, caros e instáveis. Dessa maneira, pesquisadores se lançaram à tarefa de produzir mini proteínas, mais estáveis, mas que necessitam ser bem ´desenhadas´ para se encaixarem em determinados locais e regiões da proteína alvo. Em artigo recente publicado na revista Nature [12], cientistas utilizaram o programa RoseTTAFold para encontrar a sequência de aminoácidos de mini proteínas que se encaixaram em 12 proteínas alvo, incluindo a do SARS-CoV-2.

Claro, apesar do enorme progresso e da rapidez que os programas de inteligência artificial trouxeram à previsão estrutural das proteínas, isso não significa, stricto sensu, que o problema do enovelamento de proteínas tenha sido resolvido. Muitos de nós gostaríamos de ver soluções baseadas em primeiros princípios, ou seja, nas interações físicas e químicas.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

[1] Insulin: A pacesetter for the shape of modern biomedical science and the Nobel Prize – ScienceDirect

[2] Ben Mill, Public Domain

https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=98314887

[3] Ben Mill, Public Domain

https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=98248870

[4] The way to NMR structures of proteins | Nature Structural & Molecular Biology

[5] Preparing Better Samples for Cryo–Electron Microscopy: Biochemical Challenges Do Not End with Isolation and Purification | Annual Review of Biochemistry (annualreviews.org)

[6] wwPDB: Worldwide Protein Data Bank

[7] AlphaFold Protein Structure Database (ebi.ac.uk)

[8] The Rosetta Software | RosettaCommons

[9] Science’s 2021 Breakthrough of the Year: AI brings protein structures to all | Science | AAAS

[10] Teste de Turing e Inteligência Artificial – Portal IFSC (usp.br)

[11] C4AI – Centro de Inteligência Artificial (usp.br), parceria da USP, Fapesp e IBM.

[12] Design of protein binding proteins from target structure alone | Nature

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de abril de 2022

Universidade finlandesa venera sua tradição acadêmica – Docente do IFSC/USP testemunha o fato

Prof. Richard Charles Garratt (Oponente), a aluna Subhadra Dalwan e seu orientador (Custos)

Vista como um momento especial, mas dentro de um cotidiano acadêmico, as defesas de dissertação e/ou de tese, na maior parte das universidades, são consideradas rituais acadêmicos normais, onde o aluno apresenta à sua comunidade, aos docentes, o projeto que desenvolveu ao longo de seu mestrado ou doutorado. Embora seja um momento importante para alunos, familiares e professores, normalmente esses rituais não impactam na vida normal das universidades, no seu dia a dia. Bem, estamos nos referindo ao que se passa não só nas universidades brasileiras, como também em muitas universidades ao redor do mundo. Contudo, existem universidades que levam muito a sério esses ritos de passagem, mantendo tradições centenárias que acompanham a história da criação das mesmas. Portugal, Inglaterra, França e Espanha são países onde algumas de suas universidades mantêm intocáveis as suas tradições acadêmicas, mas é no norte da Europa – Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia, por exemplo – que as tradições acadêmicas são fortemente mantidas, defendidas e enaltecidas, inclusive pelas populações.

Experiência marcante

A Universidade de Oulu é um estabelecimento de ensino superior de pesquisa multidisciplinar, sediado na cidade com o mesmo nome, capital da região de Ostrobothnia do Norte, na Finlândia, cuja fundação remonta ao ano de 1605. A cidade comporta uma população estimada em cerca de 210 mil habitantes, sendo reconhecida como um centro de P&D de classe mundial. Fundada em 1958, a universidade local tem cerca de 16 mil alunos e 3 mil funcionários distribuídos por uma vasta área composta pelos seguintes institutos: Medicina e Bioquímica Molecular / Educação / Humanidades / Tecnologia de Informação e Engenharia Elétrica / Medicina / Escola de Negócios / Escola de Mineralogia / Escola de Arquitetura / Ciências e Tecnologia.

Entrada da Universidade de Oulu

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Richard Charles Garratt, recebeu o convite – através de um colega amigo e professor  da citada universidade – para integrar uma banca de doutorado marcada para o dia 18 de março. Contudo, uma surpresa estava reservada para o convidado, quando foi informado de como seria o rito.

Prof. Richard Charles Garratt lê o parecer final

A “banca” iria avaliar o trabalho final da doutoranda da Faculdade de Bioquímica e Medicina Molecular, Subhadra Dalwan (Índia), só que essa banca era apenas constituída por três pessoas: a aluna candidata, o designado “Custos”, que pode ser (ou não) o orientador da candidata, e o chamado “Oponente”, que é, em suma, o único examinador da prova. Saliente-se que o protocolo dessa verdadeira solenidade tem um script já elaborado, indicando todo o ritual que deverá ser seguido e que faz parte da tradição acadêmica da universidade.

A entrada do público no anfiteatro onde decorrerá a defesa da tese deverá ser feito às 12h00 em ponto e ninguém pode sair após dar início à defesa. Pontualmente, às 12h15, qualquer defesa de doutorado se inicia com a entrada organizada – por ordem – dos integrantes da banca, sendo que os homens têm que estar vestidos com fraque (os chamados smoking com asas de grilo) e no caso das mulheres, vestidas socialmente com cor preta. Cabe ao “Custos” conduzir o processo, apresentando os componentes da mesa e abrir e encerrar a sessão, não podendo, em momento algum, interferir no diálogo que se processará entre o “Oponente” e, neste caso, a aluna candidata. A aluna terá vinte minutos para a apresentação oral de seu trabalho (atendendo a que o trabalho escrito já foi apresentado a outra banca – e aprovado), seguido por uma apresentação oral feita pelo “Oponente”.  Na sequência o “Oponente” levanta questionamentos e/ou comentários relativos à exposição oral e à tese escrita do(a) candidato(a), podendo usar o tempo que julgue necessário para fazer uma avaliação adequada. Cada vez que o “Oponente” se levanta o gesto será sempre seguido pelo aluno(a). No final, o “Oponente” lê o parecer final  e o “Custos” dá por encerrada a sessão. Os três integrantes da banca deslocam-se seguidamente para o hall do anfiteatro e recebem os cumprimentos do público que assistiu à cerimônia.

A valorização de um ritual acadêmico

Confraternização após a Defesa da Tese

Este ritual acadêmico da Universidade de Oulu tem ainda outras particularidades, a saber:

*Após a cerimônia da Defesa da Tese, o(a) candidato(a) promove em um dos salões da universidade um pequeno coquetel (a suas expensas), com bolo de celebração;

*Na noite seguinte ao dia da Defesa da Tese, o(a) aluno(a) oferece um jantar formal (com direito a discursos) à banca e aos seus restantes convidados.

*O(A) candidato(a) paga, também, a impressão de todas as cópias (algumas centenas) de sua tese, que serão entregues à sua família e ao público que assistirá ao evento;

Contudo, quais são as responsabilidades da universidade neste tipo de cerimônia, além, é claro, da parte organizacional? A universidade responsabiliza-se pela passagem, hotel e alimentação do “Oponente”, o aluguel da roupa da cerimônia (Fraques), bem como o jantar formal e protocolar que ocorre na noite anterior ao evento, com convidados, entre os quais estarão o “Custos” e o “Oponente”, onde este último comunica ao(à) candidato(a) qual o tipo de abordagem e de comentários que provavelmente fará na cerimônia de Defesa da Tese.

Para o “Oponente”, na circunstância, o Prof. Richard Charles Garratt, houve uma mistura de sentimentos, conforme ele próprio explica:

“Em primeiro lugar, senti um privilégio enorme de poder fazer parte daqueles momentos, pois estava vivenciando um momento histórico da Universidade de Oulu, já que todas as cerimônias de Defesa de Teses ficam registradas como tal. Depois, foi fascinante constatar como os universitários – docentes, alunos e funcionários – e a própria população valorizam este rito de passagem para um doutorado, uma valorização que enriquece a própria universidade e o papel que ela tem na sociedade. Trata-se da valorização da universidade ao seu mais alto nível, algo que também acontece em universidades igualmente antigas, como na França, Reino Unido, Portugal e Alemanha, só para dar alguns exemplos. Creio que por cá poder-se-ia dar também alguma valorização a mais a estes momentos, que, quer queiramos, quer não, determinam sempre o futuro, principalmente dos jovens universitários e de suas famílias”, conclui o pesquisador.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de abril de 2022

Aparelho de exame ocular inovador é desenvolvido no IFSC/USP

Seu custo poderá ser cinco vezes menor do que modelos atualmente disponíveis

Uma pesquisa liderada pelo pesquisador do IFSC/USP, André Orlandi de Oliveira, permitiu o desenvolvimento de um novo tipo de retinógrafo que, por conta de sua arquitetura inovadora, poderá custar cinco vezes menos do que os modelos disponíveis hoje no mercado.

A retinografia é o principal método utilizado por oftalmologistas para examinar a retina de pacientes e diagnosticar uma série de doenças, possibilitando também a prevenção. Porém, o alto custo do equipamento necessário para sua realização – o retinógrafo – limita sua disponibilidade nas clínicas, reduzindo assim o acesso dos pacientes aos exames.

Para resolver esse problema, a empresa são-carlense “Eyetec” desenvolveu um novo tipo de retinógrafo que, por conta de sua arquitetura inovadora, poderá custar cinco vezes menos que os modelos disponíveis hoje no mercado.

Com apoio do Programa PIPE/PAPPE Subvenção – que reúne recursos dos programas Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, e de Apoio à Pesquisa em Empresas (PAPPE), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para a inserção de um produto inovador no mercado –, os empreendedores da “Eyetec” utilizaram novas tecnologias e muito conhecimento de física aplicada para desenvolver o novo retinógrafo.

Por meio da criação de um sistema de iluminação inovador, eles conseguiram uma redução drástica da quantidade de componentes para fabricação do equipamento, possibilitando uma considerável redução dos custos.

“Por causa do alto custo, é comum que o equipamento só esteja disponível em consultórios de especialistas em retina. Com um retinógrafo mais acessível, um especialista em córnea, por exemplo, poderá ter acesso a um equipamento desses e, caso encontre alguma alteração, poderá encaminhar o paciente aos especialistas de forma precoce”, diz André Orlandi de Oliveira, coordenador do projeto.

Arquitetura inovadora

Resultado de seu trabalho de Defesa de Tese de Doutorado, apresentado em 2017, sob orientação do docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Jarbas Caiado de Castro Neto, o grande diferencial do novo produto é a simplicidade de seu processo de produção em comparação ao do retinógrafo tradicional.

“O retinógrafo convencional possui grande número de componentes e todos precisam ser minuciosamente alinhados, elevando os custos de produção. A ideia era reduzir o número de componentes sem perda de qualidade, possibilitando uma redução do custo de produção”, afirma.

Segundo ele, a arquitetura convencional dos retinógrafos foi estabelecida em 1969 e, desde então, pouca coisa havia sido modificada.

Um dos fatores responsáveis por encarecer o equipamento é a tecnologia utilizada para a eliminação de reflexos tanto da córnea quanto das próprias superfícies dos componentes ópticos.

“Para que essa tecnologia funcione, é preciso montar diversos componentes fora do eixo óptico da imagem. A minha proposta para simplificar esse equipamento envolvia conceber um sistema óptico totalmente coaxial, ou seja, com todos os componentes ópticos montados em um único eixo”, diz Oliveira.

André Orlandi de Oliveira

Para isso, o físico optou por substituir determinados componentes da iluminação por um anel de LEDs. “Pudemos fazer isso porque houve um avanço tecnológico que gerou LEDs pequenos o suficiente para formar um anel bem definido.”

Com a substituição do complexo sistema de iluminação pelo conjunto de LEDs montados na forma de anel entre a objetiva e o sistema de detecção, o físico garantiu que os reflexos da córnea não ofusquem a imagem da retina e todo o sistema seja montado em um só eixo.

“Para suprimir os reflexos na objetiva, desenvolvemos um sistema intermediário capaz de selecionar precisamente as regiões do anel de LEDs que iluminam a objetiva e o olho. Sabendo onde o reflexo será gerado, podemos eliminá-lo antes que ele chegue à objetiva”, explica.

Essa simplificação de toda a arquitetura do equipamento, segundo Oliveira, favoreceu o seu desenvolvimento desde a etapa de projeto até os processos de alinhamento e montagem. “Foi por isso que conseguimos reduzir muito os custos de produção”, diz.

Segundo o pesquisador, estima-se que o produto vá custar cinco vezes menos que US$ 50 mil, o atual preço dos modelos importados que predominam no mercado brasileiro.

O pesquisador ressalta que o retinógrafo é fundamental para diagnosticar doenças como descolamento de retina, degeneração da mácula, glaucoma e a degeneração macular relacionada à idade. Além disso, os exames da retina também podem ser úteis para detectar problemas relacionados à circulação e ao cérebro, por exemplo.

“A Organização Mundial da Saúde [OMS] estima que 80% dos mais de 900 milhões de casos de perda visual registrados no mundo poderiam ter sido prevenidos ou curados com simples exames rotineiros de retinografia”, diz Oliveira.

O físico explica que, depois de desenvolver o protótipo, era preciso procurar uma empresa experiente capaz de transformá-lo em um produto comercial. Ele já conhecia os empreendedores da “Eyetec”, que nasceu dentro do IFSC-USP em 1992 e já está no mercado com diversos equipamentos oftalmológicos. Por essas razões, em 2018 ele se associou à empresa.

“Além de ser muito custoso criar uma empresa do zero, o processo de certificação para equipamentos de uso médico é muito longo e complexo. Eu sabia que a Eyetec tinha a necessidade de lançar um novo produto e resolvemos trabalhar juntos”, explica.

Durante o projeto PIPE fase 3, a “Eyetec” desenvolveu o desenho do produto, suas partes optomecânicas, eletrônicas e de software, com o objetivo de oferecer um produto robusto capaz de fazer retinografias de alta qualidade com uma interface amigável para o usuário.

Agora, com o projeto já concluído, a atuação da empresa está voltada para a certificação do novo retinógrafo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deverá demorar no mínimo um ano.

André Orlandi de Oliveira possui graduação em Bacharelado em Física, com ênfase em Óptica e Fotônica (2009), mestrado (2012) e Doutorado (2017) em Ciências na área de Física Aplicada pela Universidade de São Paulo (USP), Instituto de Física de São Carlos (IFSC).

O pesquisador possui dez anos de experiência com desenvolvimento de projetos, estando envolvido com óptica e fotônica desde sua graduação, quando realizou estágio na empresa “DMC Equipamentos” e participou do desenvolvimento de produtos voltados para tratamentos dermatológicos.

Entre 2010 e 2012, realizou seu mestrado com dissertação intitulada “Sistema para medida simultânea de temperatura e deformação com redes de Bragg em 800 nm”.

Em 2011, ingressou no setor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da empresa “Opto Eletrônica SA” como Físico de Desenvolvimento, permanecendo até o final de 2015, na qual atuou nas áreas oftálmicas e aeroespacial, contribuindo com desenvolvimento, análise, integração e testes de sistemas ópticos.

Enquanto funcionário na “Opto Eletrônica SA”, participou do desenvolvimento dos sistemas ópticos das câmeras MUX (Multispectral Camera) e WFI (Wide Field Imaging Camera) dos satélites CBERS 3&4, e da câmera AWFI do satélite AMAZONIA 1, e de equipamentos médicos como retinógrafo, microscópio cirúrgico, cross-link, entre outros.

Entre o início de 2014 e a metade de 2015, coordenou a equipe de desenvolvimento da área de óptica da empresa “Opto Eletrônica SA”.

Em 2017, finalizou seu curso de Doutorado, no qual desenvolveu um retinógrafo coaxial não-midriático de baixo custo com um inovador sistema de iluminação. Atualmente, é Gerente de Projetos na empresa são-carlense “Eyetec Equipamentos Oftálmicos”.

(Com informações da FAPESP)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de abril de 2022

Pesquisa no IFSC/USP – Fibromialgia provoca alterações na pressão intracraniana

Em artigo publicado pesquisadores do IFSC/USP e da “Brain4Care” revertem quadro de paciente

Com a introdução do novo tratamento contra as dores e outras manifestações causadas pela fibromialgia, já em curso há algum tempo graças ao desenvolvimento de protocolos e de um novo equipamento no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), pesquisadores deste Instituto, em parceria com colegas da empresa “Brain4Care”, publicaram em março último, no “Journal of Novel Physiotherapies”, um artigo científico com relato de caso, traduzido em uma pesquisa realizada com paciente fibromiálgica que no decorrer do tratamento foi sujeita a uma avaliação da pressão intracraniana através de um equipamento próprio desenvolvido pela citada empresa.

O estudo, pioneiro, avaliou as correlações entre as dores de uma paciente com fibromialgia e as variações de volume/pressão dentro do crânio (complacência intracraniana), que indica a capacidade do organismo acomodar variações de volume intracraniano sem que hajam alterações significativas da pressão intracraniana (PIC). A complacência intracraniana (CIC) é um indicador de saúde neurológica e o seu comprometimento pode levar à disfunção cerebral. O trabalho dos pesquisadores é o primeiro do mundo a indicar a relação entre as dores da fibromialgia e as variações da complacência intracraniana.

Antonio de Aquino Jr.

Esta pesquisa promoveu uma nova compreensão e uma direção diferente nos tratamentos das consequências da fibromialgia, atendendo a que a intenção dos pesquisadores foi avaliar o que acontece no cérebro, por intermédio das ondas cerebrais, durante a aplicação do tratamento fotosônico do IFSC/USP, relatando o caso de uma paciente fibromiálgica em crise total de dor genérica, que foi submetida a dez sessões de tratamento, tendo os pesquisadores mapeado, ao longo desse tempo, e além das escalas de dor, todas as alterações relativas à pressão intracraniana. Antes do início dos tratamentos, essa pressão apresentou-se um pouco elevada em relação aos parâmetros normais, sendo que durante os procedimentos começou a diminuir, tendo atingido os níveis normais após cinco minutos de repouso no final de cada sessão. Durante as sessões, verificou-se que a aplicação do laser e ultrassom na paciente causou uma redução da complacência cerebral e uma entropia, ou seja, o restabelecimento dos padrões normais, já que todo o organismo estava em desordem antes de cada sessão, conforme explica o pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio de Aquino Junior, um dos autores do estudo. “Além da melhora em 70% dos índices de dor provocada pela fibromialgia, e em 60% no restabelecimento da qualidade de vida da paciente – resultados que já eram esperados -, este novo estudo demonstrou que o tratamento provoca uma redução da complacência cerebral. Dessa forma, estados de insônia, dores de cabeça e alterações no sistema gástrico e intestinal, entre outras anomalias, desapareceram ao longo das sessões”, esclarece o pesquisador.

Camila Tomaz

Este novo estudo traz aos pesquisadores uma nova compreensão de como a doença se manifesta mais profundamente, atendendo a que as informações disponíveis só indicavam o quadro inflamatório dos pacientes e os níveis de dor. Com a observação de um aumento da pressão intracraniana nesta paciente fibromiálgica antes do início dos tratamentos, fica justificada a alteração no centro de dor que se localiza no córtex pré-frontal do cérebro, que é responsável por todos os desequilíbrios inerentes à doença. A “Brain4Care” colaborou com esta pesquisa cedendo seu equipamento e toda a compreensão de como utilizá-lo, bem como no entendimento dos dados adquiridos, pelo que esta pesquisa está abrindo portas para outras mais avançadas, tendo igualmente como público-alvo os pacientes portadores de fibromialgia.

Para Camila Tomaz, fisioterapeuta, colaboradora da equipe de pesquisas da “Brain4Care” e também autora do artigo científico  “Foi observada uma significativa melhora na qualidade de vida da paciente. “Ela conseguiu retomar atividades que antes era incapaz de realizar, por conta da dor. Com esse relato de caso, tive a oportunidade de acompanhar o tratamento e a satisfação de vivenciar uma história de saúde e felicidade ao vê-la se afastando da dor e reconquistando sua qualidade de vida”.

Recordamos que o equipamento da “Brain4Care” foi desenvolvido pelo saudoso docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Sérgio Mascarenhas, constituído por um sensor externo capaz de monitorar de maneira não invasiva a pressão intracraniana, um trabalho que deu origem à criação da citada empresa pelo próprio pesquisador.

O artigo científico é assinado pelos pesquisadores Antonio Eduardo de Aquino Junior, Fernanda Mansano Carbinatto, Camila da Silva Rocha Tomaz e Vanderlei Salvador Bagnato.

Para acessar o artigo científico, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação –  IFSC/USP

11 de abril de 2022

Mobilidade Internacional – Research Internships KU Leuven (Bélgica) – Alunos de Graduação e Pós-Graduação (USP)

Katholieke Universiteit Leuven

Até 21 de abril de 2022 (Sistema Mundus), estão abertas as inscrições ao Edital 1536 / 2022 – Mobilidade Internacional (Graduação) – Research Internships at KU Leuven (Bélgica), para pré-seleção de estudantes para participação no programa Research Internships at KU Leuven (Call for Summer 2022) (CONFIRA O EDITAL AQUI), oferecido pela Katholieke Universiteit Leuven (Bélgica).

Trata-se de ampla oferta de estágios de pesquisa para alunos de Graduação em diversas áreas do conhecimento, voltada a  estudantes de universidades parceiras da KU Leuven, dentre elas a USP, que desejem fazer intercâmbio focado em pesquisa vinculada a projetos de variada duração.

A inscrição será realizada em duas etapas:
– Etapa 1, via Sistema Mundus, a ser realizada entre os dias 11 e 21 de abril de 2022.
– Etapa 2, via plataforma da KU Leuven, a ser realizada entre os dias 25 e 30 de abril de 2022.

Este Edital e todas as republicações a ele referentes ficarão disponíveis na área pública do Sistema Mundus, opção Editais > Alunos de Graduação (VER AQUI – (não é necessário login no sistema, nem filtro na busca pelo edital), sob o código 1536, até consumada a providência que lhe disser respeito.

Para esclarecimentos de eventuais dúvidas acerca de benefícios, requisitos gerais e específicos para a realização da mobilidade internacional, o candidato deve consultar o escritório internacional da sua Unidade USP de origem (CONSULTE AQUI).

Por outro lado, encontram-se igualmente abertas até 21 de abril de 2022 (Sistema Mundus), as inscrições ao Edital 1537 / 2022 – Mobilidade Internacional (Mestrado e Doutorado) – Research Internships at KU Leuven (Bélgica) (CONFIRA O EDITAL AQUI), para pré-seleção de estudantes de Pós-Graduação para participação no programa Research Internships at KU Leuven (Call for Summer 2022), oferecido pela Katholieke Universiteit Leuven (Bélgica).

Trata-se de ampla oferta de estágios de pesquisa em diversas áreas do conhecimento, voltada a estudantes de universidades parceiras da KU Leuven, dentre elas a USP, que desejem fazer intercâmbio focado em pesquisa vinculada a projetos de variada duração.

A inscrição será realizada em duas etapas:
– Etapa 1, via Sistema Mundus, a ser realizada entre os dias 11 e 21 de abril de 2022.
– Etapa 2, via plataforma da KU Leuven, a ser realizada entre os dias 25 e 30 de abril de 2022.

Este Edital e todas as republicações a ele referentes ficarão disponíveis na área pública do Sistema Mundus, opção Editais > Alunos de Pós-Graduação (VER AQUI) – (não é necessário login no sistema, nem filtro na busca pelo edital), sob o código 1537, até consumada a providência que lhe disser respeito.

Para esclarecimentos de eventuais dúvidas acerca de benefícios, requisitos gerais e específicos para a realização da mobilidade internacional, o candidato deve consultar o escritório internacional da sua Unidade USP de origem (CONSULTE AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de abril de 2022

Cerimônia – Empossados os novos diretores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP)

Novos diretores do IFSC/USP – Profs. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e Ana Paula Ulian de Araújo

Os Profs. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e Ana Paula Ullian Araújo tomaram posse no dia 04 de abril como diretor e vice-diretora do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) para um mandato de quatro anos, substituindo, nos cargos e respectivamente, os Profs. Vanderlei Salvador Bagnato e Igor Polikarpov.

Manifestando a honra de ter sido escolhido para diretor do IFSC/USP, o Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior salientou, em seu discurso de posse, que irá encarar essa  missão com sentimentos variados, conforme explicou. “Por um lado, a tarefa não parece ser difícil. Eu e a Ana Paula assumimos uma instituição de alto nível, com padrões de excelência no ensino, pesquisa, extensão, com administração eficiente. Isso se deve não só à dedicação e competência de meus antecessores e antecessora na direção do IFSC/USP, como também ao trabalho de muitas e muitos docentes nas mais diversas ações e com um corpo engajado de funcionários e funcionárias de alto nível. O apoio da Ana Paula, e o grande time que se formou com as comissões, chefias de departamentos, devem tornar a missão mais fácil. Tenho também o privilégio de contar com a atuação, em diferentes iniciativas, dos nossos ex-diretores que estão na ativa, sendo que a ex-diretora e ex-diretores já aposentados são nossos conselheiros. Por outro lado, a responsabilidade de garantir que o IFSC?USP continue avançando é gigantesca.

Ao recordar um discurso feito em 2010, quando assumiu o cargo de vice-diretor do Instituto, o Prof. Osvaldo Novais  teve a oportunidade de, após indicar ações e atitudes numa perspectiva acadêmica, o que sempre o guiaria seriam os princípios que aprendeu com seus pais, algo que para ele continua valendo. “Lembrei-me disso porque dos dirigentes da USP devemos esperar atuação que extrapole os muros da nossa Universidade. Vivemos tempos que requerem ações incisivas de nossa comunidade. São ambíguas as interpretações sobre os tempos correntes. Se considerarmos uma janela de tempo mais dilatada, de décadas ou de um século, notamos um incrível desenvolvimento da humanidade, com melhor qualidade de vida, mais longevidade, e com marcos civilizatórios importantes. Muito evoluímos na luta contra o racismo, contra a desigualdade de gênero, na aceitação de minorias, e com mais democracia. Houve uma melhora significativa na qualidade de vida dos humanos, também com enorme aumento da expectativa de vida. Vivemos hoje muito mais e em melhores condições do que há algumas décadas e séculos. A taxa de mortalidade caiu drasticamente com o progresso da medicina e de ciências da saúde, alavancado por outros progressos igualmente impressionantes – como os da tecnologia, que permitem uma medicina de alto nível. É notável, ademais, que os seres humanos têm se tornado melhores. Essa melhora pode passar despercebida, ou até mesmo ser contestada, porque os padrões de exigência são constantemente alterados. Comportamentos corriqueiros há apenas algumas décadas são hoje inaceitáveis: como a violência contra animais e a discriminação de minorias. Entretanto, uma análise focalizada apenas nos últimos anos traz preocupações, pois há claros riscos de involução nesses marcos civilizatórios. Persistem também problemas fundamentais que ameaçam a humanidade”, sublinhou o novo diretor.

Mesa de Honra da Solenidade| (da esquerda para a direita) – Prof. Igor Polikarpov – Prof. Vanderlei Salvador Bagnato – Vice-Reitora Profª Maria Arminda do Nascimento Arruda – Reitor Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior – Secretária-Geral Profª Marina Gallottini – Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior – Profª Ana Paula Ulian de Araújo

Para o novo diretor do IFSC/USP, como a grande evolução da humanidade no último século esteve (e está) inextricavelmente atrelada ao avanço do conhecimento, a Universidade – maior fonte de geração de conhecimento – precisa estar presente e se fazer ouvir. Por parte do Prof. Osvaldo Novais, a intenção é que ele possa auxiliar o IFSC e a USP em suas contribuições para a sociedade brasileira. “Conhecimento é essencial para que vençamos os desafios – de âmbito nacional e global – e para que tenhamos uma sociedade mais igualitária, justa. Somente novas tecnologias podem mitigar os efeitos do aquecimento global, produzir energia e alimentos de forma sustentável, melhorar terapias e diagnósticos, gerar riqueza que possa ser compartilhada. Pelo caráter multidisciplinar de suas pesquisas, contribuições do IFSC/USP em algumas dessas tecnologias já são realidade. Muitos desafios, porém, requerem mais do que tecnologia. Para a educação, talvez o maior de nossos desafios, é crucial a criação de políticas públicas eficazes. A USP pode e deve atuar nesse sentido”, ressaltou o diretor.

Diretor do IFSC/USP – Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior

Das grandes mazelas brasileiras, o Prof. Osvaldo Novais destacou em, seu discurso de posse a desigualdade, uma batalha que exige esforços múltiplos, que incluem a concepção de políticas embasadas em conhecimento. Uma desigualdade que pode vir de áreas diversas: além das óbvias, como sociologia, economia, psicologia, administração, ele destacou áreas relacionadas à física e matemática; como a física estatística, pois muito se pode aprender sobre desigualdade – e maneiras de mitigar seus efeitos – em modelos de sistemas complexos. “Tenho a expectativa de que o IFSC possa continuar contribuindo para a USP e sociedade de muitas e diferentes maneiras. Vale, então, ressaltar como chegamos até aqui. A gênese do IFSC pode ser considerada a vinda da Profa. Yvonne Mascarenhas e do Prof. Sérgio Mascarenhas, para a EESC, em 1956. Eles foram responsáveis por implementar um paradigma de pesquisa que ainda é atual – 66 anos depois. Foram visionários em perceber que a pesquisa tinha que ser multidisciplinar, internacional. E que era mister investigar a matéria, inclusive a matéria viva – numa época em que a maioria dos físicos no Brasil se dedicava a outras áreas, como física de partículas, física nuclear e física teórica – não de materiais. Que para atingir avanços nessa pesquisa também era necessária a computação. Os trabalhos da Profa. Yvonne e do Prof. Sérgio, que inspiraram muitos outros e muitas outras, culminaram em nossas linhas de pesquisa na pós-graduação, e em nossos cursos de graduação. É por isso que hoje temos o Bacharelado em Física, em Física Computacional, em Ciências Físicas e Biomoleculares, além da Licenciatura em Ciências Exatas – essa também de caráter multidisciplinar”, explanou o novo diretor.

Já na condição de diretor do IFSC/USP, o Prof. Osvaldo Novais falou sobre o futuro, tendo realçado que seu sonho é poder se alinhar a colegas da USP em empreitadas que possam melhorar a vida das pessoas. Com isso, ele espera atuar em propostas para combater desigualdade de gênero e o racismo. “Tenho ainda um sonho específico, que compartilho há anos com o Magnífico Reitor Marcelo Turine: o de contribuir para preservação de línguas e culturas indígenas, um patrimônio do qual o Brasil não pode abrir mão”, ponderou.

No final de seu discurso, o destaque foi para palavras de gratidão. “Sou de Barretos e dos 16 aos 20 anos trabalhei em Guaíra, que se tornou minha segunda cidade. Se, por ventura, um órgão de imprensa estivesse cobrindo esta cerimônia, uma possível manchete seria: “Juninho da Leiteria é o novo diretor do Instituto de Física de São Carlos, da USP”. Pensei nessa manchete por 3 razões. A primeira tem a ver com o poder de transformação de uma Universidade, como a USP. A segunda razão é que essa transformação não acontece por um esforço individual. É necessariamente uma conquista coletiva. Aqui vem os agradecimentos. Como em tudo que acontece de bom para mim, agradeço e dedico aos meus pais, Osvaldo e Zilda, e aos meus irmãos Auxiliadora, Luiz Antonio, Tiago, Silvana e Paulinho. Tenho que agradecer a toda família, Novais de Oliveira, e Paula Franco. Agradeço à minha mulher, Cristina, e aos filhos Caio, Lígia e Tiago. À família da Cristina. Aos amigos e amigas que são muitos para nomear, que talvez possam ser representados pelos irmãos de república e pelos Bangorianos. Às minhas professoras e professores em Barretos, em São Carlos e em Bangor – nas pessoas dos meus três orientadores: José Alberto Giacometti, Guilherme Leal Ferreira e Martin Taylor. À comunidade do IFQSC e IFSC, nas minhas duas casas de pesquisa: Grupo de Polímeros e NILC (Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional). Às minhas alunas, alunos, pós-doutorandas, pós-doutorandos, colaboradoras e colaboradores científicos. A terceira razão para a manchete “Juninho da Leiteria é o novo diretor do IFSC” é que: o Juninho da Leiteria, também chamado de Chu, Osvaldo, Novais, Prof. Oliveira, sempre teve e ainda tem alma de leiteiro. E é esse espírito de leiteiro que espero possa me ajudar a, juntamente com a Ana Paula, liderar o IFSC nos próximos 4 anos. Muito Obrigado!”, concluindo.

Recordando o IFSC

Reitor da USP – Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior

Em seu discurso,  o reitor da USP, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior, recordou os principais momentos vividos no Instituto de Física de São Carlos, já que seu reduto acadêmico era – e é – a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Sua primeira recordação foi para o saudoso Prof. Sérgio Mascarenhas – dirigindo-se à Profª Yvonne Primerano Mascarenhas – através de longas conversas que teve a oportunidade de manter com o acadêmico não só em relação à ciência, como um todo, mas também  sobre a sua pesquisa relativa ao monitoramento da pressão intercraniana não invasiva. Para o reitor, o IFSC sempre teve um significado muito particular ao longo dos anos, principalmente quando desempenhou o cargo de pró-reitor de Pós-Graduação da USP, no mandato 2016/2021, onde teve a oportunidade de trabalhar diretamente com o então vice-reitor, Prof. Antonio Carlos Hernandes, docente do IFSC, um período que, para ele, foi muito importante, de aprendizado constante.

Outro nome evocado pelo reitor foi o do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, que nesta data cessou suas funções como diretor da Unidade. “O Prof. Vanderlei Bagnato é o mais importante cientista do Brasil e eu só tenho que agradecer o que ele tem feito pelo IFSC e pela USP, em termos de inovação, e a forma como, enquanto diretor deste Instituto, se preocupou com os alunos, sempre procurando mais verbas para a pós-graduação, concretizando sempre e da melhor forma os objetivos delineados. Pela importância que o Prof. Bagnato tem para a USP, nossa expectativa é que continue esse caminho como até aqui. A USP agradece”, enfatizou o orador. Já no final de seu discurso, o reitor da USP deixou bem claro que as atividades da USP irão melhorar substancialmente, quer em termos de novos projetos de inclusão, quer no pertencimento  de toda a comunidade uspiana, quer, ainda, na colaboração intensa com a sociedade, pelo que será proposta já no próximo Conselho Universitário a criação da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento. “Temos que interagir ainda mais com a sociedade, auxiliando a população a mudar este país pautado pelas desigualdades sociais e de gênero”, observou o reitor, sublinhando que este é o momento da USP fazer isso, de ajudar o país em muitos outros parâmetros, sendo que a Universidade pode ser, também, um modelo nestes pressupostos.

No sentido de aumentar a interação com a sociedade, Carlos Gilberto Carlotti Junior  apontou dois vetores que deverão ser explorados em seu mandato – a Inovação ao serviço da população, em todas as áreas do conhecimento, e o Desenvolvimento Sustentável, com uma importante mudança dos paradigmas nas áreas de energia, alimentação, água e economia circular, entre outras, de forma a se poder transformar as ideias em ações concretas.

Além do reitor e dos diretores empossados, participaram desta cerimônia, na mesa de honra: a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda; a secretária-geral Marina Gallottini; o ex-diretor Vanderlei Salvador Bagnato e o ex-vice-diretor Igor Polikarpov.

Profs. Carlos Gilberto Carlotti Junior (Reitor) – Osvaldo Novais de Oliveira Junior (Diretor do IFSC/USP) – Vanderlei Salvador Bagnato (Diretor cessante do IFSC/USP) – Maria Arminda do Nascimento Arruda (Vice-Reitora) – Marina Gallottini (Secretária-Geral) – Igor Polikarpov (Vice-diretor cessante do IFSC/USP) – Ana Paula Ulian de Araújo (Vice-Diretora do IFSC/USP)

 

Inauguração da foto do ex-diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, que fará parte da Galeria de Diretores do Instituto, localizada na Biblioteca da Unidade

 

(Imagens – Ricardo Rehder)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de abril de 2022

Pesquisa sobre doença venosa crônica: Depois de avaliações em atletas – Pesquisa do IFSC/USP e da SCMSC convoca pacientes voluntários

A doença venosa crônica é o resultado de uma alteração na estrutura do sistema venoso nos membros inferiores (pernas e pés), onde as veias perdem a função de transportar o sangue venoso de volta para o coração, provocando as famosas varizes.

De fato, as veias dos membros inferiores têm como função conduzir o sangue de volta ao coração, sendo que no interior delas existem pequenas válvulas que impedem o retorno venoso  devido à ação da gravidade. Quando estas válvulas se tornam insuficientes, elas não fecham de forma correta e o sangue não progride. Localmente, a quantidade de sangue aumenta, fica estagnado e faz com que as veias se dilatem e se deformem tornando-se visíveis. Assim, as varizes são veias dilatadas com volume aumentado, tornando-se tortuosas e alongadas com o decorrer do tempo.

São diversas as causas para o surgimento da doença venosa crônica, sendo o fator genêtico responsável pela denominada “doença venosa primária”, apresentando uma evolução mais ou menos lenta. Ocasiona uma diminuição da resistência das paredes das veias tornando-as mais frágeis e menos resistentes. Depois, surgem a trombose venosa profunda, os traumatismos, as terapêuticas hormonais femininas, a gravidez e um número considerável de situações que igualmente provocam o aparecimento dessa doença, como a obesidade, o excesso de calor, tabagismo, ingestão exagerada de bebidas alcoólicas, excesso de peso, permanência prolongada na posição de pé, ou sentada, e atividades em que é necessário realizar grandes esforços, tal como sucede em muitas profissões e também no esporte.

Os principais sintomas são a sensação de peso, dor, e frequente edema nas pernas, tornozelos e pés – principalmente no final do dia -, cansaço, prurido, dormência e cãibras, principalmente durante a noite.

Chamada de pacientes voluntários

Após ter desenvolvido ao longo do tempo diversos protocolos e tecnologias inéditas para tratamentos de diversas doenças, o  Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC), lança agora uma chamada para 20 pacientes portadores de doença venosa crônica, cujo tratamento (também gratuito) será efetuado com botas de pressão pneumática com lasers incorporados, um procedimento que já foi utilizado em atletas e que obteve excelentes resultados. Essas botas, que foram concebidas para um projeto que já está sendo patenteado, têm a particularidade de promover uma compressão dos membros inferiores, fazendo com que facilite o retorno venoso ao coração, enquanto os lasers  promovem um aumento da irrigação sanguínea – oxigenação periférica e a formação de novos vasos sanguíneos -, prevenindo, assim, o aparecimento de úlceras venosas.

Nesta chamada, os pacientes deverão ter idades entre os 50 e 85 anos, possuírem laudo médico  de doença venosa crônica e terem o seguinte perfil:

*Sem úlceras abertas;

*Sem histórico de doenças cardiovasculares;

*Sem histórico oncológico;

*Que não apresentem doença arterial periférica;

*Que não sejam diabéticos;

*Não fumantes;

Os pacientes interessados em participar neste projeto de pesquisa deverão se cadastrar na Unidade de Terapia Fotodinâmica, localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, através do telef. (16) 3509-1351.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP