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5 de agosto de 2022

Da descontaminação de alimentos ao desenvolvimento do paladar do café – Inovação marca trajetória de ex-aluno do IFSC/USP

Instalações do Grupo de Óptica do IFSC/USP, onde houve a oportunidade de trabalhar e desenvolver a carreira científica do ex-aluno, com o Prof. Vanderlei Bagnato

A irradiação ultravioleta (UV), como técnica de processamento não térmico para descontaminação microbiana de alimentos (MDF), foi um dos grandes destaques após a inclusão da luz UV como alternativa, com sua utilização não só em alimentos, como também em água e produtos farmacêuticos.

Em dezembro de 2019, meses antes da declaração de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o pesquisador do IFSC/USP, Bruno Pereira de Oliveira*, e seus colegas Shirlei Lara, Daniel Chianfrone, Kate Cristina Blanco e o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, criaram um novo tipo de reator, onde os emissores de UV foram parametricamente distribuídos para descontaminar produtos vegetais para consumo humano, no caso concreto, brócolis frescos, sendo que o equipamento demonstrou sua capacidade de inativar os microrganismos presentes, principalmente na água destinada a lavar esses alimentos. Com essa pesquisa, que foi tema de sua defesa de doutorado, o agora ex-aluno do IFSC/USP viu a possibilidade, junto com o Prof. Vanderlei Bagnato, do Grupo de Óptica do mesmo Instituto, de desenvolver novas técnicas, novos métodos e equipamentos que pudessem agregar um maior valor à Engenharia de Alimentos, aumentando exponencialmente a eficiência e eficácia na área, e diminuindo, por sua vez, a utilização de químicos e, consequentemente, oferecendo uma maior segurança alimentar, algo que impacta na qualidade da saúde pública.

Apresentação de parte dos resultados do doutorado no IUFost – um dos mais importantes congressos de alimentos do mundo -, único brasileiro na seção de novas tecnologias. Congresso realizado na Índia e destinado a discussão da capacidade produtiva das fábricas no mundo e a problemática da fome

Já fora da Academia e com o doutorado concluído, mas mantendo contatos constantes com os diversos grupos de pesquisa, a sequência de estudos realizados por Bruno Pereira de Oliveira e seus pares, já em plena pandemia (2020), abriram portas para novos desenvolvimentos científicos, como, por exemplo, equipamentos para descontaminação de ar em ambientes fechados e descontaminação de objetos e superfícies, entre outros. Ou seja, embora de forma indireta, seu doutorado na área de alimentos foi uma das bases para auxiliar os profissionais de saúde no combate à COVID-19. Embora com plena noção de que as consequências da pandemia poderiam deitar tudo por terra, Bruno arriscou o caminho do empreendedorismo e lançou-se no desenvolvimento de um modelo de negócio relacionado com o desenvolvimento de paladar de uma nova marca de café na região de Fernandópolis (SP).

“Tudo começou nas minhas participações em congressos e workshops internacionais sobre engenharia de alimentos, onde tive a oportunidade de dialogar com altos dirigentes de grandes empresas de produção e transformação de café. Foi a partir daí que analisei toda a conjuntura e com base na ciência de dados simulei de que forma o mercado se iria comportar com a introdução de tecnologias e procedimentos inovadores para incrementar o sabor do café, sabendo que existem dois mercados de café: o primeiro, consubstanciado em commodities e o segundo marcado, por um lado, pelo café tradicional de baixo preço, e do outro lado um café super-especial. E eu entrei no meio dessas duas realidades, num nicho novo, trabalhando para conseguir um produto de excelente qualidade e com uma garantia de segurança, como os processos de descontaminação utilizando a minha formação no IFSC/USP”, pontua o pesquisador.

Segundo o ex-aluno, a maior dificuldade que sentiu assim que entrou no mercado foi o seu total desconhecimento da área empresarial, tendo, por isso, utilizado todas as ferramentas da área de inovação que adquiriu ao longo do tempo: ciências de dados, matemática, estatística, etc., aplicando-as de forma a traçar estratégias e pensando no que o consumidor queria e como ele olhava o diferencial desse produto – café -, através de um aroma e sabor mais intensos e agradáveis, para a promoção de uma diferenciação no mercado. Prestes a concluir sua segunda Graduação, desta vez no Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), seu TCC foi dedicado ao desenvolvimento de um software que avalia a análise sensorial qualitativa do café intitulado “Aplicação de conceitos de ciências de dados na análise sensorial da bebida de cafés e suas correlações”.

Startup do processo industrial do projeto cápsula de café

Com a nova marca de café criada em Fernandópolis já presente em 27 estados brasileiros, graças a uma inovação na perspectiva do sabor padronizado e com muito menos contaminantes, o ex-aluno do IFSC/USP afirma que só se tem consciência da importância de um doutorado, em qualquer área do conhecimento, quando se mergulha no mercado. “Fui treinado na Universidade, saí, desenvolvi algo inovador e agora estou contribuindo para que a empresa reinvista em novas tecnologias para poder aprimorar essas conquistas. Este doutorado, feito no Grupo de Óptica do IFSC/USP e numa área específica de descontaminação de produtos alimentares, torna-se num reforço muito grande para a área da saúde. “Imagine um triângulo com os três lados iguais, sendo que o lateral esquerdo compreende a engenharia, o outro a física e o terceiro a química. No centro você encontra a inovação, ou no meu caso concreto, tudo aquilo que está relacionado com os produtos que garantam uma segurança alimentar. Desenvolver uma metodologia que pode contribuir para a segurança alimentar, padronização, ética na produção, transparência e confiança para o consumidor, principalmente para sua saúde e qualidade de vida. Foi esse o meu foco e trabalho”, conclui Bruno Pereira de Oliveira.

*Graduado no curso de Engenharia de Alimentos (FEF), durante sua graduação realizou 4 iniciações científicas (UNESP, FEF, ITA, USP). Mestre em física aplicada na IFSC/USP, solicitou 5 patentes, possui 7 artigos, 1 livro, 4 anais de congresso, 3 resumos em anais, 1 apresentação oral internacional e 1 Banca de TCC e revisor científico de revistas internacionais. Atualmente Membro da Sociedade Internacional de Engenharia de Alimentos, tendo como ápice a participação na publicação de um capitulo de livro da Academia de Ciências do Vaticano. Atualmente perfaz, simultaneamente, o Doutorado em Física (Concluído) em conjunto com a graduação em química, ambos pela USP São Carlos. Teve passagem como engenheiro de projetos na” NSF” e engenheiro de processos na área de polímeros e cerâmicos na empresa “Faber-Castell Brasil”. Participou da fundação do “Espressiata Café” e participou no startup de 2 empresas no setor de alimentos Na atualidade trabalha em 3 grandes frentes ligando vale da morte ao setor produtivo, sendo elas: Ciências de Dados, Indústria de Alimentos e Pesquisa e Desenvolvimento. Sua base é fundamentada em um triângulo de conhecimento em que cada vértice tem Física, Química e Engenharia.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de agosto de 2022

IFSC/USP oferece vagas de estágio na área de Administração ou Ciências Contábeis

Estão abertas até o dia 26 de agosto do corrente ano as inscrições para duas vagas de estágio no Departamento de Física e Ciência Interdisciplinar do IFSC/USP.

Para se candidatarem, o(a)s candidato(a)s precisam estar matriculado(a)s nos cursos de Administração de Empresas ou Ciências Contábeis e que tenham completado o 2º semestre dos seus cursos.

As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente pelo e-mail chefiafci@ifsc.usp.br.

O(a)s selecionado(a)s receberão uma bolsa no valor de R$ 1.212,00, com dedicação de 30 horas semanais, e o estágio terá duração inicial de 12 meses.

Para obter todas as informações sobre estas oportunidades, clique AQUI.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de agosto de 2022

A implementação de ações sociais em prol da sociedade: O exemplo do IEA – USP São Carlos

Conforme já divulgamos anteriormente, o Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP) – Polo São Carlos, reativou em abril último as suas atividades com a realização da primeira reunião entre os coordenadores dos grupos de trabalho que irão desenvolver seus projetos.

O IEA – USP Polo São Carlos – coordenado pelo Prof. Valtencir Zucolotto (IFSC/USP) e pelo vice-coordenador, Prof. Frank Crespílho (IQSC/USP), conta atualmente com cinco grupos de trabalho que irão se debruçar sobre as seguintes temáticas: “Educação nas Escolas”, “Inclusão Social”, “Cidades Globais”, “Observatório da COVID-19 e “Estudos sobre os Aspectos Regulatórios e os Impactos Econômicos e Sociais da Nanotecnologia”, sendo que “Inclusão Social” será o tema em destaque nesta reportagem, um projeto cujo coordenador é o Prof. José Marcos Alves, docente do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC – USP).

O objetivo principal deste grupo de trabalho, denominado “Grupo de Estudos de Ações Sociais do Campus USP São Carlos” (GEAS), é não só divulgar junto à sociedade as ações sociais que são realizadas por todas as Unidades do Campus USP de São Carlos, bem como atrair e trazer para o seu seio parceiros do mundo corporativo que possam subscrever projetos no sentido da Universidade apoiar de forma mais consistente as comunidades mais carentes de nossa cidade, indo ao encontro daquilo que é uma das prioridades da USP – se aproximar e apoiar o mais possível a sociedade.

Contextualizando o projeto

Prof. José Marcos Alves

Neste contexto, vale a pena recordar as ações e o comprometimento da Universidade de São Paulo em termos de ações sociais. Em julho de 2019 ocorreu, no exterior, a terceira edição do denominado “Conselho Global de Líderes de Universidades”, um evento onde esteve presente o ex-reitor da USP, Prof. Vahan Agopyan, um encontro que esteve relacionado com um estudo feito pela Universidade de Oslo (Noruega), apontando que as universidades têm se afastado das necessidades e dos problemas da sociedade, criando assim um vácuo. Foram 45 as universidades presentes nesse evento, representando 25 países, tendo sido elaborada no final dos trabalhos a declaração “Reconstruindo a Universidade e as Relações com a Sociedade” (VER AQUI).

Nesse mesmo ano, os três reitores das universidades paulistas – USP, UNICAMP e UNESP – reuniram-se no evento “USP Talks – Conectando a Universidade e a Sociedade”, igualmente relacionado com o problema relatado pela Universidade de Oslo, onde o Prof. Vahan Agopyan salientou que se fala muito do número de artigos científicos publicados e de sua importância para a ciência como dois indicativos da importância que as universidades têm. No entanto, o dirigente sublinhou que o que a sociedade espera é que as universidades tenham mais ações em prol de um benefício direto e imediato junto a ela, resolvendo inúmeros problemas que vão surgindo. Um outro evento, promovido e realizado pela USP, marcou o ano de 2020, reforçando a temática discutida anteriormente: tratou-se do encontro subordinado ao tema “Conselho Consultivo da USP discute o social e a valorização da educação básica”, o que demonstra, de fato, a preocupação dos gestores da USP em interagir cada vez mais com a sociedade, algo que tem sido quase que uma constante através da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), tendo como exemplos os programas “USP e a Comunidade”, desdobrado nos programas “USP Aproximação-Ação”, criado em 1998, e mais recentemente o programa “USP Aproxima Escola”.

As ações sociais no IEA – USP Polo São Carlos

Sobre as ações sociais inseridas no Campus USP de São Carlos, o Prof. Alves salienta, em primeiro lugar, o“Projeto Pequeno Cidadão” (VER AQUI), criado em 1996 e com resultados surpreendentes, coordenado pela Prefeitura do Campus. “É um projeto com vinte e seis anos de atuação com resultados sociais extremamente importantes e com uma parceria muito sólida com a empresa internacional KPMG”, salientando que, em sua opinião, esse projeto foi o primeiro passo dado pelo Campus USP de São Carlos para se aproximar das populações com baixa renda. Os alunos que participam desse programa são selecionados e permanecem no Campus de São Carlos ao longo de quatro anos, quatro horas por dia nos períodos da manhã ou tarde, executando atividades educacionais, esportivas e recreativas, com direito a transporte e alimentação e utilizando a infraestrutura do CEFER – Centro de Educação Física, Esportes e Recreação do Campus USP de São Carlos. Tem sido um projeto de grande sucesso e alguns desses alunos saem daqui com um desejo enorme de ingressar em um curso superior. É um projeto muito importante, voltado para a sociedade, idealizado e implementado pelo Prof. Dagoberto Dario Mori, docente aposentado da EESC”, sublinha nosso entrevistado.

Feira de Ciências Cultura e Artes – Projeto Pequeno Cidadão 2019 (Créditos: USP São Carlos)

É fato que as cinco Unidades do Campus de São Carlos – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Instituto de Química, Instituto de Física, Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, e Escola de Engenharia, a que se lhes junta a Prefeitura do Campus e o Centro de Divulgação Científica e Cultural, já têm um histórico muito grande no que diz respeito à realização de ações sociais, o que incentivou a criação no final de 2020 do Polo de Ações Sociais USP São Carlos (PAS) no sentido de se congregar, fortalecer e divulgar todos os projetos, iniciativas e ações que sejam relevantes para a sociedade e que se transformem em um legado permanente.

Os principais objetivos do GEAS, no Instituto de Estudos Avançados – USP – Polo São Carlos, estão divididos em três frentes, a saber:

1- Interagir com as comunidades bastante carentes e com problemas sociais graves que residem no entorno norte da Área 2 do Campus USP de São Carlos;

2 – Reforçar o relacionamento da USP com as escolas públicas de São Carlos e região, beneficiando os projetos e ações já realizadas anteriormente e em conjunto com a Diretoria Regional de Ensino, com resultados muito positivos;

3 – Trazer empresas da cidade para conhecerem as atividades da USP em termos de ações sociais e estabelecer parcerias para a criação de novos programas;

Área-2 – Campus USP de São Carlos

Sobre estes objetivos, o Prof. Alves comenta: “O Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP Campus de São Carlos (IAU – USP) desenvolve projetos para as populações carentes que vivem no entorno da Área 2 do Campus USP de São Carlos, mas é necessário expandir estes projetos. É importante construir infraestrutura desportivas, incentivo ao uso de espaços verdes, e a criação de programas para jovens e adultos residentes naquela área, valorizando a população local. A criação de um projeto na Área 2 com perfil semelhante ao “Projeto Pequeno Cidadão” da Área 1 seria um enorme benefício a esta população.   Quanto ao objetivo de estabelecer parcerias com empresas da cidade, com foco em ações sociais, saliento o projeto “Formação de Profissionais em Tecnologia da Informação” (VER AQUI) inaugurado há cerca de três meses com o objetivo de iniciar a formação de alunos do ensino médio profissionalizante na área de TI, com o envolvimento da UFSCar e patrocínio da empresa “Tapetes São Carlos”. É um projeto extremamente importante, que conta com alunos da Escola Técnica Estadual Paulino Botelho, uma ETEC do Centro Paula Souza, e profissionais da Tapetes São Carlos. A proposta é capacitar jovens alunos e profissionais para trabalharem em uma área de alta demanda e cujo futuro se mantém muito promissor”, destaca o Prof. Alves.

A Universidade em total interação com a sociedade ! … Esta é a motivação das ações do “Grupo de Estudos de Ações Sociais” do Campus USP de São Carlos (GEAS), cujo trabalho é desenvolvido no IEA – USP Polo São Carlos.

Rui Sintra – Jornalista/Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de julho de 2022

Artigos do IFSC/USP mais citados no Essential Science Indicators – Bimestre março e abril de 2022

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de mar/abr de 2022 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

 

ÁREA:   Agricultural Sciences

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

 

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Emergence of complexity inhierarchically organized chiral particles

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: Surface properties and gas sensing application

 

ÁREA:   Clinical Medicine

Features of third generation photosensitizers used in anticancer photodynamic therapy: Review

 

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: A comparative approach

 

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

 

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

 

ÁREA: Pharmacology & Toxicology  

 

ADMET modeling approaches in drug discovery

 

ÁREA:   Physics

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Bose-Einstein condensation: twenty years after

Generalized Geometric Quantum Speed Limits   

Observation of the Identical Rigidity Dependence of He, C, and O Cosmic Rays at High Rigidities by the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Revisiting the optical bandgap of semiconductors and the proposal of a unified methodology to its determination

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

 

ÁREA:   Space Science

Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de julho de 2022

Potencial terapêutico na luta contra a Doença de Alzheimer – Pesquisadores analisam ação do ácido ascórbico

Uma das características da Doença de Alzheimer (DA), que atinge principalmente pessoas idosas, é o fato dela comprometer a memória do paciente, diminuindo de forma lenta a capacidade cognitiva. Com a expectativa de vida significativamente aumentada devido ao avanço da ciência, a Doença de Alzheimer se tornou mais incidente ao longo das últimas décadas, acometendo um número elevado de pessoas, quase se assemelhando a uma endemia. Até o presente momento incurável, os medicamentos existentes apenas atenuam os sintomas, enquanto diversas terapias alternativas fracassaram ao longo dos anos.

Em face a este cenário, pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia e do Grupo de Biotecnologia Molecular do IFSC/USP realizaram um trabalho teórico-experimental com o intuito de investigar mais profundamente como o ácido ascórbico (Vitamina C) afeta a formação de placas da beta-amilóide, uma pequena proteína existente no sistema nervoso central. A acumulação dessas placas ao redor dos neurônios é indicada como a principal causa da Doença de Alzheimer. Os pesquisadores descobriram que, em escala laboratorial, o ácido ascórbico é capaz de impedir a agregação dessas proteínas e formação das placas, se mostrando promissor para ser usado no tratamento da Doença.

Como explica o Prof. Valtencir Zucolotto, Coordenador do Grupo de Nanomedicina da USP (GNano), “o trabalho combina estudos experimentais e teóricos, além de utilizar técnicas avançadas de microscopia, como a microscopia de força atômica (AFM), mostrando o efeito do ácido ascórbico sobre o processo de agregação da beta-amilóide”.

Para a Dra. Isabella Sampaio, autora do trabalho, “os resultados são muito interessantes porque mostram que o ácido ascórbico, uma molécula comum na dieta humana e de baixo custo, atua como um possível inibidor do processo de agregação da beta-amilóide”, o que pode ter impacto não só na prevenção da doença como impedir o avanço dela e as perdas cognitivas do paciente.

Segundo o Prof. Alessandro Nascimento, co-autor do trabalho, “estes achados avançam no conhecimento de fatores que podem estar diretamente ligados ao desenvolvimento da doença”. Estudos passados já indicavam que a vitamina E, que também é um antioxidante, tem um papel interessante reduzindo a velocidade de progressão da doença.

Para uma maior compreensão, o ácido ascórbico é uma molécula antioxidante extremamente importante no nosso organismo. Ele promove uma série de respostas de âmbito imunológico, além de manter a integridade endotelial, ou seja, a preservação do endotélio, que é a camada fina de tecido epitelial que reveste a parede interna de todos os vasos sanguíneos, sendo reconhecido por desempenhar múltiplas funções, entre as quais a regulação da pressão arterial e protegendo, inclusive, as células neuronais de danos oxidativos, como os provocados pelas placas na beta-amilóide.

Graças a este estudo, os pesquisadores abrem uma porta para investigar o potencial terapêutico do ácido ascórbico no combate à Doença de Alzheimer.

Assinam este artigo, publicado na revista “Biochimie”, os pesquisadores Isabella Sampaio, Felipe Domingues Quatroni, Paula Maria Pincela Lins, Alessandro Nascimento e Valtencir Zucolotto.

Para ter acesso ao artigo científico, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de julho de 2022

197 clubes de ciência inscritos na “Feira de Ciência e Tecnologia da USP”

Evento estará integrado na “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia” – 22 de outubro de 2022

O Salão de Eventos da USP (Área-1) irá receber no dia 22 de outubro, entre as 10h00/17h00, a  “Feira de Ciência e Tecnologia da USP – 2022”, um evento organizado pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF – IFSC/USP) e pela Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, e integrado na “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2022”.

Esta edição da “Feira de Ciência e Tecnologia da USP” já confirmou a presença de 197 Clubes de Ciência, que durante este ano desenvolveram inúmeros experimentos subordinados ao tema “Educação, Ciência e Tecnologia na geração de um planeta sustentável”, que serão apresentados neste certame.

Além dos Clubes de Ciências, as demais ações educacionais do CEPOF junto às escolas públicas da região incluíram minicursos com kits educacionais, disciplinas eletivas sobre o ambiente computacional Arduino, Exposição e Oficina de ciências no Museu de Ciências “Prof. Mario Tolentino”, e excursão para o Museu de Ciências da ESALQ-USP. Tais ações foram ministradas pela Profa. Dra. Wilma Barrionuevo, do CEPOF, em parceria com os professores e coordenadores das escolas.

A difusão e popularização da ciência nas escolas públicas constitui-se em iniciativa de valor social relevante, visto que permite que os alunos de comunidades mais vulneráveis tenham acesso igualitário a conteúdos científicos e tecnológicos, em linguagem compreensível a todos.

O CEPOF desenvolve atividades de difusão de ciências há mais de duas décadas, em importante parceria com a Diretoria de Ensino da Região de São Carlos. Fruto dessa parceria, foram criados e acompanhados, desde 2016, 660 Clubes de Ciências, envolvendo milhares de estudantes e professores de Escolas públicas estaduais de sete municípios abrangidos pela Diretoria de Ensino da Região de São Carlos.

(Colaboração: Wilma Barrionuevo – CEPOF)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de julho de 2022

Docente do IFSC/USP apresenta conferência – “Descobertas e trabalhos de Física que diretamente criaram desenvolvimento”

No próximo dia 25 de julho, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, participará na 74ª Reunião Anual da SBPC, onde proferirá a conferência “Descobertas e trabalhos de Física que diretamente criaram desenvolvimento”.

Nessa oportunidade, o conferencista abordará o Ecossistema de Pesquisa Multidisciplinar, Desenvolvimento e Inovação que começou a ser solidamente construído no interior do Estado de São Paulo a partir de 25 de julho de 1947 (75 anos), quando foi apresentada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo a proposta de criação da Universidade de São Carlos pelo Deputado Estadual Miguel Petrilli.

Em sua apresentação, o pesquisador dará um destaque especial à expressiva evolução do processo de desenvolvimento que ocorreu e está ocorrendo em São Carlos, ressaltando a participação decisiva de importantes personagens dessa história.

Esta conferência surge recordando o fato de que no dia  25 de julho de 1947, o deputado estadual de São Carlos Miguel Petrilli, submeteu à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) o Projeto de Lei número 10 (VER AQUI), propondo a criação da Universidade de São Carlos.

Sobre esse assunto, o Prof. Tito José Bonagamba teve a oportunidade de escrever um artigo que foi publicado no Jornal da USP (edição de 19 de julho do corrente ano) e subordinado ao tema “Data esquecida na celebração dos 70 anos da USP no interior”, com o seguinte conteúdo:

“Embora tenha gerado intensos debates na Alesp a partir de 25/07/1947, sido avaliado com uma manifestação de desaprovação por unanimidade do Conselho Universitário da USP em 12/05/1948 e recebido o veto do governador do Estado de São Paulo em 10/09/1948, a proposta apresentada pelo deputado estadual Miguel Petrilli (Projeto de Lei número 10) evoluiu e alcançou êxito em 24/09/1948, com a publicação da Lei número 161 (VER AQUI) criando, entre outros estabelecimentos de ensino superior, a Escola de Engenharia de São Carlos e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Essa data deve ser sempre lembrada e reconhecida pela USP, com o cuidado de prestigiar todos os nomes que contribuíram para esse importante momento da nossa Universidade, que transformou o interior do Estado de São Paulo e aperfeiçoou a USP como um todo.

Embora estejamos celebrando o jubileu de diamante desta preciosa data que agigantou a USP com sua expressiva presença no interior do Estado de São Paulo, ainda é comum e frequente membros da nossa Universidade se referirem erroneamente à USP como sendo localizada “apenas” na Grande Metrópole, um erro de expressão estrutural que ainda temos que corrigir corriqueiramente após 75 anos dessa data.

Para acompanhar a conferência do Prof. Tito José Bonagamba, que será transmitida pelo Canal Youtube, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de julho de 2022

Sirius ganha nova linha de luz – Ex-aluno do IFSC/USP é um dos pesquisadores responsáveis por nova estação experimental

Sirius (Crédito: CNPEM)

O Sirius, acelerador de partículas do tipo síncrotron localizado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Campinas (SP), inaugurou recentemente sua linha de luz de infravermelho, denominada “IMBUIA”, com capacidade para realizar pesquisas de caráter multidisciplinar. A nova linha de luz está sendo aberta para a comunidade acadêmica e científica em geral, tendo como principal missão a realização de experimentos usando luz síncrotron na região do infravermelho. A estação experimental é coordenada pelo pesquisador Raul de Oliveira Freitas, que também atuou como responsável pela linha de infravermelho IR1 do síncrotron UVX, primeiro acelerador de partículas do Brasil, operado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) que faz parte do CNPEM. O UVX foi desativado em meados de 2019 e agora o LNLS concentra seus esforços na conclusão do projeto Sirius.

A linha “IMBUIA” é constituída por duas subestações experimentais autônomas e distintas entre si – ” IMBUIA Micro” e “IMBUIA Nano” -, onde o ex-aluno do IFSC/USP, Francisco Carlos Barbosa Maia* (40), é pesquisador sênior, exercendo atividades institucionais de apoio a usuários e conduzindo sua pesquisa em materiais bidimensionais.

Estação experimental “IMBUIA Micro”

Francisco Maia em seu ambiente de trabalho (Foto: Divulgação CNPEM)

Enquanto na estação experimental “IMBUIA Micro” são utilizadas técnicas de infravermelho para o estudo de fenômenos que ocorrem em escala micrométrica, na estação experimental “IMBUIA Nano” o foco é alcançar medidas em escala nanométrica. Dotada de um espectrômetro e um microscópio de infravermelho, a IMBUIA Micro consegue fazer espectroscopia de infravermelho convencional, para estudar, por exemplo, as vibrações moleculares que podem levar à identificação química de sistemas compostos por diferentes moléculas, e é também, com uma particularidade muito especial, capaz de fazer microscopia de infravermelho. “Na verdade, consegue-se associar, com esse microscópio, uma foto de uma amostra ao espectro de uma região específica de uma amostra. Outro diferencial é que esse microscópio consegue fazer também imagens de infravermelho, conhecidas como imagens químicas ou imagens hiperespectrais. Nós usamos uma CCD de infravermelho com 128 pixels por 128 pixels. Em cada pixel conseguimos capturar um espectro de infravermelho e após a leitura da amostra conseguimos localizar a ressonância vibracional que se pretende apurar e construir uma imagem exatamente dessa ressonância. Com isso, conseguimos distinguir diferentes domínios micrométricos de composição química específica dentro de uma área total investigada de 700 por 700 micrômetros quadrados da amostra. Podem ser analisadas amostras no estado sólido, como filmes finos e na forma de pó, e líquidas. A aplicação dessas técnicas de infravermelho abrange casos científicos das mais diversas áreas, como, biologia, farmácia, agricultura, física, química etc.”, relata Francisco Maia.

Estação experimental “IMBUIA Nano”

Francisco Maia junto a uma das subestações “IMBUIA” (Foto: Divulgação CNPEM)

É na estação experimental “IMBUIA Nano” que o pesquisador Francisco Maia desenvolve sua área de estudos em materiais bidimensionais por meio de técnicas de infravermelho que alcançam a nano-escala. Para isso, a “IMBUIA Nano” usa um microscópio óptico de varredura de campo próximo (scattering-type scanning near-field optical microscope, S-SNOM). Com o s-SNOM, é possível realizar espectroscopia e microscopia de infravermelho, com resolução espacial de 25 nanômetros, empregando lasers e o feixe do Sirius como fontes de luz infravermelha. Vale destacar que, por ter alto brilho e banda ultra larga, a luz infravermelha do síncrotron acoplada ao s-SNOM dá origem à técnica Synchrotron Infrared Nano Spectroscopy (SINS). Essas técnicas delicadas e complexas são utilizadas para o trabalho de Francisco Maia cujo foco de pesquisa é estudar a nano-óptica de materiais bidimensionais. “O que fazemos nessa estação experimental é iluminar, com radiação (luz) infravermelha, uma ponta metalizada de AFM, com ápice (ou cume) de poucos nanômetros, que está localizada no microscópio s-SNOM. A luz fica confinada exatamente no ápice da ponta, transformando-a assim em uma nano-sonda de infravermelho que é utilizada para se estudarem materiais de escala nanométrica compatível com o tamanho do ápice da nano-sonda. Note que a resolução espacial passa a ser dada pela ponta do equipamento e não mais pelo limite da difração”, esclarece o pesquisador. Neste sentido, como é uma nano-sonda com uma alta intensidade de campo eletromagnético, Francisco Maia consegue usar essa capacidade para estudar a nano-fotônica de materiais bidimensionais, como, por exemplo, grafeno, nano-cristais, entre outros.

Embora seja uma pesquisa básica, os experimentos realizados por Francisco Maia vão no sentido de conhecer as propriedades ópticas dos materiais na nano-escala, bem como novos fenômenos que permitam, em um futuro próximo, construir dispositivos óptico-eletrônicos com dimensões bastante reduzidas, como nano-transistores, nano-lasers e nano-diodos com emissão de luz, entre outros, bem como a propagação da luz nesses materiais bidimensionais, antevendo já as novas tecnologias que revolucionarão, por exemplo, a área de comunicações.

Um pormenor interessante é que, além de usarem a radiação síncrotron, ambas as estações experimentais da “IMBUIA” têm fontes próprias de infravermelho, fazendo com que operem offline, ou seja, enquanto uma estação usa a luz síncrotron, a outra pode trabalhar independentemente.

*Francisco Carlos Barbosa Maia é Bacharel em Física pela UNESP de Rio Claro (2003), fez mestrado (2006) e doutorado (2011) no IFSC/USP, no Grupo de Polímeros “Bernhard Gross”. Trabalhou um curto período na iniciativa privada, no desenvolvimento e comercialização de lasers e fez seu Pós-Doutorado no sincrotron UVX, no Grupo de Condições Extremas (2015). Entre 2015 e 2019, trabalhou na linha de infravermelho do UVX. Desde 2020, Francisco é cientista da linha “IMBUIA” do Sirius.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de julho de 2022

IFSC/USP colabora com consórcio de cidades paulistas: criando novos centros de tratamento de sequelas Pós-Covid

A ciência e a tecnologia trabalham para melhorar o homem como um todo, bem como seu entendimento de tudo ao seu redor. Este processo constante de investimento e acumulo de conhecimento tem permitido que a humanidade supere crises severas que já ocorreram em sua existência e que continuam ocorrendo. Mais recentemente, viveu-se uma crise (que ainda persiste) com um novo vírus que nos atingiu. Novamente aqui a ciência se mostrou soberana, preparando vacinas com uma rapidez nunca vista, desenvolvendo testes de diagnóstico e, principalmente, tecnologias que permitem evitar que o mal se torne ainda maior.

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), inseridos no Centro Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF) e em conjunção com empresas parceiras dentro do programa EMBRAPII, desenvolveram diversas tecnologias para ajudar neste período. Ocorre que a Covid não é apenas uma gripe que vem e vai; ela deixa sequelas de diversas naturezas. Há quem entenda que a denominada “Covid-Longa” se refere aos diversos efeitos colaterais que acabam ficando. Dores musculares, dores articulares, fadiga, dificuldades respiratórias, formigamento ou parestesia, tonturas e diversas alterações, como de equilíbrio, olfato, paladar e zumbido no ouvido, além de problemas circulatórios e perda de memória,  dentre outros, são sequelas da doença.

Preocupados com estas situações Pós-Covid, os pesquisadores que trabalham com o desenvolvimento de novas tecnologias para reabilitação, utilizando laser como elemento principal, desenvolveram equipamentos e protocolos para reabilitação destas sequelas. As técnicas e procedimentos já foram aprovados pela ANVISA e estão sendo disponibilizados aos profissionais da saúde.

Dr. Antonio Aquino, Prof. Vanderlei Bagnato e Dr. Vitor Hugo Panhóca

Através de uma parceria CEPOF-INOVA (Parque Tecnológico Damha)  dentro do programa CITESC (Centro de Inovação e Tecnologia em Saúde de São Carlos), os pesquisadores estão agora expandindo a iniciativa nascida em São Carlos, do recém criado Centro de Reabilitação Pós-Covid para outros municípios do Estado de São Paulo. Este é o caso da parceria criada com o Consórcio  CISMETRO, que envolve mais de vinte e cinco municípios da região de Campinas.

Criação de novos centros para tratamento de sequelas Pós-Covid no Estado de São Paulo

Convidada por esse Consórcio, a equipe de pesquisadores do IFSC/USP apresentou no dia 08 de julho, na cidade de Holambra (SP), para mais de vinte prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais na área de saúde, as novas tecnologias e as possibilidades de avançarem com a criação de centros em seus respectivos municípios.

A equipe, liderada pelo Prof. Vanderlei Salvador Bagnato e constituída pelos pesquisadores Drs. Antonio Aquino e Vitor Panhoca, acompanhados pela Dra. Bruna Boasorte (INOVA), mostraram as novas tecnologias e deram início ao processo de treinamento de profissionais daquela região para que o Consórcio possa, também, disponibilizar os protocolos de reabilitação Pós-Covid em toda a região.

Segundo o Prof. Vanderlei Bagnato, esta é uma das oportunidades de aproveitar a experiência do IFSC/USP para a expansão dos avanços científicos e tecnológicos desenvolvidos no Instituto para outros municípios e regiões do Estado de São Paulo. ”Quando a ciência transborda e oferece soluções para a sociedade, é como se fizéssemos uma verificação de que todo investimento e esforço feitos em ciência valeram a pena”, diz Bagnato.

Para o pesquisador, o CITESC é um esforço iniciado há já algum tempo e que agora começa a dar seus resultados e com atividades concretas e decisivas para beneficiar a saúde da população. “Esforços conjuntos público-privados estão cada vez mais permitindo avanços consideráveis na solução de problemas de nossa sociedade. Quando fazemos ciência de alta qualidade, sempre encontramos uma forma de colocá-la ao serviço da sociedade. Às vezes, realizamos pesquisas e geramos conhecimentos que se tornarão fundamentais para a solução de problemas muitos anos depois. O importante é que a detenção do conhecimento é que garante ir adiante, e isto nosso Instituto tem feito muito bem. Aos poucos, São Carlos, com seus desenvolvimentos, torna-se uma peça importante no cenário nacional no tratamento da Pós-Covid e isso nos deixa muito orgulhosos”, enfatizou Bagnato.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de julho de 2022

Nota de falecimento: Ex-aluno do IFSC/USP Daniel Carlos Leite de Andrade

É com extremo pesar que informamos o falecimento, no dia 13 de julho do corrente ano, do ex-aluno do IFSC/USP Daniel Carlos Leite de Andrade, formado no nosso Instituto – Bacharelado em Física Teórica e Experimental.

Com trato fácil e bem humorado, motivo pelo qual angariou muitos amigos, entre colegas e professores no IFSC/USP, sua passagem precoce deixa um vazio muito grande na comunidade de nosso Instituto.

Em seu Currículo Lattes, Daniel Carlos Leite de Andrade, que desempenhava funções de gerente da América Latina na Bruker Nano Analytics, fez questão de mencionar todos quantos, de alguma forma, contribuíram para a sua formação cívica e acadêmica.

À família enlutada, aos amigos e colegas de Daniel Carlos Leite de Andrade, o IFSC/USP endereça as mais sentidas condolências.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de julho de 2022

Teatro em destaque – “Férias com o TUSP”

O projeto FÉRIAS COM O TUSP te convida a participar da nossa programação especial, em período de recesso, dedicada ao teatro. Trata-se de uma realização em rede do TUSP, em uma parceria entre os polos de São Carlos e Butantã.

A programação é gratuita e acontecerá entre os dias 19 de julho e 4 de agosto. As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de julho, 23h59min.

O projeto é resultado de uma forma de atuação do TUSP São Carlos, onde os bolsistas PUB – Programa Unificado de Bolsas têm a oportunidade de criar e coordenar atividades em suas áreas de formação, dirigindo-as aos públicos universitário e externo, sempre com supervisão pedagógica qualificada.

OFICINA CRUSP E BOAL:  uma experiência com o  Teatro do Oprimido

Em 6 encontros, serão abordadas as 5 Categorias presentes na Metodologia do Teatro do Oprimido, criada pelo teatrólogo Augusto Boal:  I. Sentir tudo o que se toca; II. Escutar tudo o que se ouve; III. Ativar os vários sentidos; IV. Ver tudo o que se olha e V. Memorizar os sentidos.

O objetivo é apresentar, de forma introdutória, alguns conceitos e jogos elaborados por Boal, de modo a sensibilizar os participantes para pensarem o mundo coletivamente (e afetivamente), usando a força simbólica presente no teatro.

A oficina será destinada exclusivamente aos moradores do CRUSP – Conjunto Residencial da USP (SP) e será coordenada por Isabela Soares, estudante de Artes Cênicas ECA-USP) e bolsista PUB da área de teatro em São Carlos.

Coordenação: Isabela Soares – TUSP São Carlos

Período de realização: de 19/07/2022 até 04/08/2022

Data/Hora: Terças e Quintas, das 10h às 12h

Local: Anfiteatro Camargo Guarnieri – TUSP Butantã – Cidade Universitária (SP)

Público-alvo: moradores do CRUSP

Vagas: 30

inscrições pelo formulário (AQUI).

LEITURAS PÚBLICAS ONLINE: Peças de Um Ato de Tchekhov – Ciclo II (2009-2022)

O Programa TUSP de Leituras Públicas teve início no ano de 2009, propondo,  a cada ciclo semestral, a leitura de peças teatrais selecionadas, a partir da obra de autores ou temas específicos. As leituras sempre foram realizadas pelos espectadores presentes, a partir de encontros presenciais abertos e gratuitos, com a mediação da equipe artístico-pedagógica do TUSP.

Em 2022, o  TUSP está retomando o Programa no polo São Carlos,  em formato online. A mediação será realizada por Bárbara Freitas, bolsista PUB da área de teatro, que explorará novas possibilidades de leitura de obras que já foram lidas em edições anteriores. Desta vez,  a partir do uso de um anteparo bidimensional, o computador.

Serão lidas 4 obras de Anton Tchekhov: O Urso, O Pedido de Casamento, Os Malefícios do Tabaco e O Canto do Cisne, que integraram o Ciclo II em 2009. O objetivo é investigar, a partir da leitura coletiva, as estruturas simbólicas e formais dos textos, propiciando um espaço de experiência singular para o espectador.

Coordenação: Bárbara Freitas – TUSP São Carlos

Período de realização: de 20/07/2022 até 10/08/2022

Data/Hora: Quartas, das 14h às 16h

Local: Online via Zoom

Público-alvo: Todas e todos de qualquer lugar do Brasil

Vagas: 15

Inscrições pelo formulário (AQUI).

Acesse as nossas redes sociais!

mail: tuspdesaocarlos@usp.br
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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de julho de 2022

IFSC/USP faz chamada para tratamento de pacientes com úlceras venosas

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) iniciou uma chamada de pacientes portadores de úlceras venosas para a continuação de um projeto de pesquisa que visa o tratamento dessas enfermidades nos membros inferiores, inclusive em pacientes diabéticos, com excepção daqueles que apresentem úlceras arteriais (comprometimento das artérias).

Esta pesquisa, que se iniciou em 2015, evoluiu bastante, com o desenvolvimento, no IFSC/USP, de novos equipamentos e protocolos, promovendo, assim, um período de cicatrização mais rápido, com grandes benefícios para os pacientes.

As avaliações e os tratamentos (gratuitos) serão feitos na Unidade de Terapia Fotodinâmica, localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, sob a responsabilidade da enfermeira Carolayne Carboni Bernardo e sob supervisão do pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Aquino. Sobre este tratamento, Carolayne Bernardo afirma que “É uma oportunidade para quem realmente sofre com este problema, principalmente os diabéticos. A avaliação que iremos fazer aqui definirá o início do tratamento, tendo em vistas que podem existir casos que necessitem de uma prévia avaliação médica”.

Os interessados em realizar este tratamento deverão se inscrever através do telefone (16) 3509-1351 – Santa Casa da Misericórdia de São Carlos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de julho de 2022

Circuitos Fotônicos: um passo rumo ao futuro – Um salto enorme no entendimento da mecânica quântica

Pesquisadores do IFSC/USP, juntamente com colegas das Universidade Federal do Piauí, Universidade Federal de São Carlos, Universidade de Laval (Canadá) e Universidad Nacional Mayor de São Marcos – Perú, publicaram recentemente, na revista “Scientific Reports” (do grupo editorial Nature), o artigo intitulado “Demonstration of multiple quantum interference and Fano resonance realization in far-field from plasmonic nanoestructure in ER3+ doped tellurite glass”, que, sucintamente, descreve um efeito devido a uma interação entre dois sistemas quânticos.

Para o Prof. Euclydes Marega Junior (IFSC/USP), principal autor do artigo e coordenador do grupo de pesquisa em Nanofotônica do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), do programa CEPID financiado pela FAPESP, a descrição desse efeito é importante porque, em primeiro lugar, ele mostra que íons, emissores quânticos, conseguem interagir com a luz (campo eletromagnético) através de uma estrutura metálica em escala nanométrica. Do ponto de vista tecnológico, a importância também é bastante significativa, já que se cria a possibilidade da luz interagir com pequenas estruturas localizadas em regiões muito específicas. Já do ponto de vista da Física, isso é algo novo que ainda não tinha sido observado nesse sistema.

O artigo descreve como a radiação eletromagnética interage com íons de Érbio, sendo que eles estão nas proximidades de uma estrutura metálica muito pequena, composta por fendas, como explica o Prof. Euclydes. “Isso acontece porque existe um princípio da Física que diz que ondas eletromagnéticas só conseguem transpor objetos cujas dimensões são maiores, ou da ordem de seu comprimento de onda. Neste caso, as estruturas são bem menores do que o comprimento de onda da luz, significando que, sozinha, ela não consegue atravessar essas estruturas. Para que isto ocorra, a radiação eletromagnética interage com os elétrons livres do metal, criando o que se denomina plásmon-poláritons de superfície. Essa forma confinada é o que faz com que a radiação eletromagnética consiga interagir com objetos nesta escala de tamanho, interagindo com os íons que estão nas proximidades dessa estrutura”, pontua o pesquisador.

A Nanofotônica

O que nós estudamos é como a radiação eletromagnética interage com a matéria em escala nanométrica. Quando elas são muito pequenas, na ordem das dezenas de nanômetros, em paralelo com essas interações – além das usuais, como transmissão, reflexão etc. – acontecem outras que são governadas puramente pelo entendimento da mecânica quântica.

O artigo mostra a forma como se consegue fazer com que a radiação (na forma de plasmons-polaritons de superfície) se acople a pequenos íons nas proximidades das estruturas metálicas. Mas, a luz não consegue se acoplar com esses íons sem estar perto dessa estrutura? “Sim, consegue. Mas longe dessa estrutura o efeito é um acoplamento fraco entre o campo de readiação e o emissor quântico; já nas proximidades, as interações revelavam um acoplamento muito mais intenso e novos fenômenos são possíveis de se observar. Um deles é a ressonância de Fano que acontece quando existe uma interação entre dois sistemas quânticos, no caso o íon e o campo de radiação”, explica o pesquisador.

Do ponto de vista de avanço científico, o Prof. Euclydes Marega Junior realça que o artigo reflete o entendimento de como estes fenômenos acontecem nesta escala de tamanho, que não é em nível atômico, nem fotônico, mas num nível intermediário – o que se denomina de nanofotônica, que é um conceito que está começando a ganhar cada vez mais importância. “O campo de radiação, por si só, não consegue romper barreiras menores do que micrômetros. Por exemplo, repare: a internet foi uma grande revolução e a internet de banda larga potencializou ainda mais esta forma de transmissão de informação. Como levar a internet de banda larga para um país inteiro? Só com a utilização de fios metálicos condutores não se consegue fazer transmissão de dados de forma rápida e intensa. Os cabos de cobre transmitem informação através da corrente elétrica, ou seja, através de elétrons que se movimentam, mas com esse movimento geram grandes perdas fazendo com que a frequência que você consegue obter para que essa transmissão aconteça não seja muito grande”, relata o pesquisador, sublinhando que isso se traduz em que para aumentar a taxa de transmissão de dados, tem que se aumentar a frequência. “Nesse contexto, esbarramos nos limites que o movimento dos elétrons em cabos condutores nos impõem. Assim, ao invés de se utilizar cabos elétricos, a solução foram os cabos ópticos, denominados fibras ópticas, onde as perdas são muito menores e a frequência de transmissão muito maior. Por a luz ser uma frequência muito mais alta, isso significa que numa fibra óptica se consegue transmitir muito mais informações do que num cabo elétrico convencional. Isso foi o que proporcionou você ter atualmente internet de banda larga na sua casa. O ponto agora é como substituir os circuitos de processamento baseado em elétrons por circuitos ópticos, com o objetivo de se aumentar a velocidade de processamento de dados”.

Circuitos fotônicos

Prof. Euclydes Marega Junior

Do ponto de vista fundamental, este artigo científico, com uma componente experimental toda desenvolvida no IFSC/USP, oferece respostas para esses questionamentos, abrindo portas para o futuro desenvolvimento de processadores essencialmente ópticos – ou híbridos – com um extraordinário ganho nunca antes visto. O fenômeno que os pesquisadores observaram e que são relatados no artigo científico, onde todos os efeitos são puramente quânticos, remete, assim, para um futuro relativamente próximo, onde fazer computação quântica, usando circuitos fotônicos, pode se tornar realidade. De acordo com o Prof. Euclydes Marega Junior, ao invés de se usarem circuitos supercondutores que integram hoje os principais computadores quânticos em operação e que necessitam de temperaturas quase próximas ao zero absoluto, poderá se utilizar radiação eletromagnética como plataforma dessa revolução, utilizando-a em sistemas que funcionem à temperatura ambiente e em escala nanométrica.

Resumidamente, para o desenvolvimento de circuitos fotônicos, este artigo vem adicionar caminhos para fazer com que a radiação interaja em escala nanométrica e assim revolucionar a área de processamento e de miniaturização.

Para acessar o artigo científico, clique AQUI.

 

 

(Imagens: IFSC/USP – DELMIC)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de julho de 2022

IFSC/USP: Oportunidade de bolsa de Pós-Doutorado (PD Biomol)

O Grupo de Biotecnologia Molecular (GBM) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) está procurando candidato(a)s para bolsa de Pós-doutorado nas áreas de Biologia Molecular, Bioquímica e áreas correlatas.

O(A) candidato(a) irá participar do projeto que envolve colaboração com uma empresa biotecnológica que visa produção heteróloga de proteínas com potencial de aplicação da agricultura e desenvolvimentos na área de Biotecnologia Molecular.

Uma experiência prévia com Biologia Molecular e expressão heteróloga de proteínas recombinantes será necessária.

O(A)s candidato(a)s qualificado(a)s devem manifestar seu interesse, enviando por e-mail com assunto “PD Biomol” seu currículo lattes e histórico de graduação da Universidade ao Prof. Igor Polikarpov, IFSC-USP, e-mail: ipolikarpov@ifsc.usp.br

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de julho de 2022

“Tardes de Férias” do CDCC têm a sua programação diária divulgada

As inscrições deverão ser feitas presencialmente pouco antes do início da cada atividade

Com duração de uma semana, de 18 a 22 de julho, as Tardes de Férias organizadas pelo Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP São Carlos (CDCC-USP) pretendem levar atividades interessantes e divertidas ligadas à ciência a crianças, jovens e adultos.

Confira abaixo a programação de cada um dos dias das Tardes de Férias. As vagas são limitadas, e é possível conferir em cada atividade quantas vagas são disponibilizadas, assim como a faixa etária a que se destina.

É preciso fazer a inscrição presencialmente para cada atividade que se pretende participar. As inscrições serão abertas a partir de meia hora antes do seu início, da seguinte forma:

– Às 14 horas para as atividades que se iniciam às 14h30;

– Às 15h30 para as atividades que se iniciam às 16h00;

Importante: para participar é imprescindível o uso de máscara e apresentação de comprovante de vacinação do ciclo vacinal contra a COVID-19. Crianças e adolescentes de até 16 anos devem estar acompanhados de responsável.

Observação: durante a semana em que ocorre as Tardes de Férias, o CDCC terá um horário de funcionamento especial de atendimento ao público: das 14h às 17h30.

Para acompanhar as novidades, sigam o CDCC nas redes sociais!

Facebook: www.facebook.com/cdcc.usp

Instagram: www.instagram.com/cdcc.usp

(Com informações do CDCC e Portal USP São Carlos)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de julho de 2022

No IFSC/USP – Novo equipamento combate lesões por esforços repetitivos

Aplicação congrega laser e liberação miofascial

Um novo equipamento portátil desenvolvido no IFSC/USP apresenta a particularidade de combater as lesões causadas por esforços repetitivos, a maioria deles adquiridos na vida profissional das pessoas.

Em um artigo científico publicado na revista internacional “Journal of Novel Physiotherapies”, os pesquisadores do IFSC/USP conseguiram relatar os resultados obtidos com a utilização desse equipamento em cinco pacientes com patologias diferentes e resultantes de lesões causadas por esforços repetitivos.

O equipamento, já aprovado pela ANVISA e que será lançado ainda este ano, consegue fazer a aplicação conjugada e simultânea de laser com liberação miofascial, como explica a pesquisadora Ana Carolina Negraes Canelada, co-autora do artigo científico: “Este equipamento é composto por duas esferas e um laser, que têm ações complementares quando aplicadas nas áreas lesionadas. Os músculos são encapados por  membranas chamadas fáscias musculares e as lesões ocorrem quando elas se grudam nos músculos, impedindo que estes executem os movimentos, provocando uma incapacidade de movimentação. A ação das esferas, que é deslizante, provoca a liberação dessas fáscias, enquanto o laser tem uma ação analgésica e anti-inflamatória”, explica a pesquisadora.

Ana Carolina Negraes Canelada

Dentre as principais lesões causadas por esforços repetitivos contam-se a cervicalgia (dor cervical), tendinite do ombro, epicondilite lateral e medial (antebraço), túnel do carpo e nervo mediano (mãos) e os designados pontos de gatilho, caracterizados por pequenos nódulos que surgem nos músculos.

As ações realizadas nos cinco pacientes mencionados no artigo científico compreenderam quinze minutos de aplicação, duas vezes por semana, ao longo de dez sessões, tendo os pesquisadores verificado uma diminuição de cerca de 70% nos índices de dor e na recuperação dos movimentos.

Segundo a literatura científica, as designadas lesões causadas por esforços repetitivos costumam aparecer em pessoas com idades entre os 40 e 50 anos, sendo mais comuns no sexo feminino e em profissões onde a variedade de movimentos físicos é menos frequente. Por outro lado, este equipamento apresenta-se como uma ferramenta bastante útil para os profissionais de fisioterapia, pois ele substitui a tradicional, demorada e cansativa ação manual  utilizada para tratar estas lesões, com um claro benefício para os pacientes.

O artigo científico foi escrito pelos pesquisadores Ana Carolina Negraes Canelada, Antonio Eduardo de Aquino Junior, Fernanda Mansano Carbinatto, Vitor Hugo Panhóca, Gabriel Simão, Letícia Zangotti e Vanderlei Salvador Bagnato.

Para acessar o artigo científico, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de julho de 2022

Inscrições para eleição dos representantes discentes junto aos órgãos Colegiados do IFSC/USP

Estão abertas até às 16h00 do dia 29 de agosto do corrente ano, as inscrições para a eleição dos representantes discentes junto aos órgãos Colegiados do IFSC/USP, conforme disposto na PORTARIA IFSC-26/2022.

A eleição acontecerá no próximo dia 12 de setembro, entre as 08h00 às 17h00, por meio de sistema eletrônico de votação e totalização de votos.

Consulte AQUI a Portaria.

Confira AQUI a Requisição para a Inscrição – Graduação.

Confira AQUI a Requisição para a Inscrição – Pós-Graduação.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

8 de julho de 2022

Atualização da produção científica do IFSC/USP em junho

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de junho de 2022,  clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America – PNAS” (VER AQUI).

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

7 de julho de 2022

Nanofármaco é estratégia antiviral com grande potencial para tratamento de COVID-19 – Uma nova abordagem terapêutica

Reposicionamento de fármacos e nanotecnologia

Em um artigo científico publicado neste mês de junho na revista internacional “ACS Applied Bio Materials”, pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP) e do Instituto de Ciências Biomédicas II, ICB-II/USP, São Paulo, divulgaram uma possível estratégia de combate à COVID-19, com o reposicionamento de um medicamento já comercializado, dedicado aos pacientes com esclerose múltipla – o Fingolimode.

De fato, o que os pesquisadores fizeram foi desenvolver uma nanopartícula polimérica e encapsular a substância, tranformando-a em uma nanocápsula. No contexto geral, os pesquisadores identificaram que a introdução da nanotecnologia, aliada ao conceito de “reaproveitamento” ou reposicionamento de fármacos, representa uma combinação valiosa e que a utilização do Fingolimode pode representar uma estratégia antiviral para tratamento de COVID-19.

Desenvolvimento das pesquisas com o apoio da CAPES

É óbvio que o desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19 foi – e é – uma importantíssima medida para travar a transmissão do vírus, mas o certo é que ele continua a se disseminar, agora de forma mais branda, apresentando-se distribuído em diferentes linhagens, provocando novos casos que necessitam de cuidados médicos e por isso de novas terapias, muitas delas ainda em estudo, ou em testes experimentais, sendo que poucos foram já aprovados pelo FDA, como são os casos do Remdesivir, o Baricitinib, e o coquetel de anticorpos monoclonais, RegenCov.

Verificando a literatura científica, os pesquisadores do IFSC/USP constataram que pacientes portadores de esclerose múltipla e tratados com Fingolimode manifestaram apenas leves sintomas de COVID-19, o que pressupõe que esse medicamento pode, efetivamente, ser considerado como um potencial terapêutico candidato contra o SARS-CoV-2.

Segundo as pesquisadoras Renata Miranda e Natália Ferreira, co-autoras do Trabalho, “A nanotecnologia é capaz de potencializar o efeito biológico do fingolimode sem trazer efeitos adversos nas células saudáveis”.

Prof. Valtencir Zucolotto

Na sua versão em nanocápsula, o Fingolimode demonstrou uma alta atividade contra o vírus da COVID-19, sendo sua atividade quase setenta vezes maior do que o tratamento medicamentoso convencional.

Para o prof. Valtencir Zucolotto, coordenador do GNano/USP e supervisor da pesquisa, “O trabalho ilustra o poder da nanotecnologia ao demonstrar que princípios ativos encapsulados em nanopartículas são adequadamente direcionados, aumentando assim o seu poder terapêutico”.

Adicionalmente, a tecnologia proposta garante um custo acessível uma vez que a dose necessária para o efeito biológico é bastante reduzida. Esta nanocápsula de Fingolimode proporciona ainda um tempo prolongado de ação, evitando a necessidade de administrações repetidas aos pacientes.

A pesquisadora Edmarcia Elisa do ICB-II/USP, ressalta a importância de instalações, como é o caso do Laboratório “BSL3 Cell Culture Facility for Vector and Animal Research” de Nível de Biossegurança 3 (NB3), coordenado pelo pesquisador Carsten Wrenger, do ICBII/USP, onde foram desenvolvidos os testes de carga viral que compõem o trabalho. “Apenas em ambientes de alta biosseguranca, é possível manusear organismos com alto grau de patogenicidade, como é o caso do SARS-CoV-2“, salienta.

Com base nessas descobertas através da pesquisa apoiada pela CAPES (Projeto 23038.013951/2020-79), a combinação do reaproveitamento de fármacos e da nanotecnologia representa uma nova linha de frente na luta contra o COVID-19.

Zucolotto ressalta, ainda, que efeitos semelhantes têm sido observados em vários sistemas nanoestruturados para liberação de outros princípios ativos, tanto em medicina, quanto em agricultura e veterinária, garantindo maior eficácia, segurança, e menor custo.

Para acessar o artigo científico relativo a esta pesquisa, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de julho de 2022

Volume II do Livro: “Feridas – Um desafio para a saúde pública”

Dois dos autores do livro: Dr. Antonio de Aquino Junior (IFSC/USP) e Prof. Hernane Barud (UNIARA)

No decurso do “6º Congresso de Podologia de São Carlos”, organizado pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP, sob a coordenação do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, evento ocorrido entre os dias 18 e 19 de junho último, foi lançado o II volume do livro intitulado “Feridas – Um desafio para a saúde pública: o apoio das técnicas fotônicas”.

Organizado pelos pesquisadores Antonio de Aquino Junior, Fernanda Mansano Carbinatto, Hernane Barud, Orlando Madella Jr e Vanderlei Salvador Bagnato, este segundo livro traz, de forma substancial, o uso das técnicas fotônicas em vários tipos de lesões, como, por exemplo, as traumáticas e diabéticas, entre outras, utilizando o uso do laser, trazendo, assim, uma maior compreensão sobre esta tecnologia.

O “6º Congresso de Podologia de São Carlos”, que ocorreu no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, em nosso Instituto, reuniu pesquisadores e profissionais da área da saúde que se debruçaram sobre múltiplas informações e conteúdos teóricos e práticos que irão influenciar os atendimentos aos seus pacientes.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP