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Sobre Rui Sintra

13 de abril de 2018

“O conhecimento como motor do desenvolvimento de uma sociedade”

Ocorreu na manhã do dia 13 de abril, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), mais uma edição do programa Colloquium Diei, desta vez com a participação do Dr. Luiz Carlos Moura Miranda (INPE), que apresentou o tema O conhecimento como motor do desenvolvimento de uma sociedade.

O palestrante abordou inicialmente os principais aspectos da evolução histórica da sociedade humana, baseando-se em dados históricos da evolução dos principais indicadores socioeconômicos globais, como PIB, população, consumo de energia, urbanização, comércio internacional, entre outros, bem como de seus aspectos ambientais.

Luiz Miranda mostrou, também, que entre os séculos XVI e XVIII, a ruptura com o sistema feudal nessa fase inicial da Era Moderna foi decisiva para a aceleração da evolução da sociedade humana, tendo sido nesse período de grandes migrações na Europa – decorrentes de perseguições religiosas – que o conhecimento tecnológico experimentou grande evolução.

O palestrante analisou quantitativamente, a partir desse período, a evolução do conhecimento tecnológico e seus impactos na economia e bem-estar da sociedade.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de abril de 2018

Alunos do ensino médio refletem: Por que aprendo Física na Escola?

“Por que aprendo Física na Escola?” foi o tema escolhido para o primeiro encontro integrado na iniciativa denominada Meu Eu do Futuro, essencialmente dedicada a alunos do ensino médio da cidade de São Carlos e região e cujo objetivo é reunir os jovens estudantes no ambiente universitário e incentivar reflexões e decisões sobre o que fazer após a conclusão dos estudos, numa organização do Instituto de Estudos Avançados (IEA) e Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Cerca de meia centena de alunos de diversas escolas da cidade de São Carlos compareceu a este primeiro encontro, tendo sido acolhida pela organizadora do evento, a docente e pesquisadora do IFSC/USP, Profª Drª Yvonne Primerano Mascarenhas, que, em sua mensagem de boas vindas, destacou a importância da difusão da ciência junto aos jovens estudantes que estão se preparando para entrar na Universidade. A compreensão sobre a ciência que se faz no país, o espírito cidadão que norteia os pesquisadores e a tentativa do IFSC/USP transmitir aos alunos do ensino médio as fortes conexões que a ciência tem no cotidiano do cidadão, foram algumas das tônicas do improviso que a decana do Instituto fez perante uma plateia atenta, tendo sublinhado a evolução e modernidade que o mundo vem atingindo a uma velocidade vertiginosa em função dessa mesma ciência.

Ao discorrer sobre o curriculum vitae do palestrante convidado – Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes, igualmente docente e pesquisador do nosso Instituto -, Yvonne Mascarenhas sublinhou as grandes dificuldades que o mesmo teve para iniciar, fazer e concluir sua pós-graduação na USP, a três mil quilômetros de distância de casa, já que ele concluiu sua graduação na Universidade Federal do Pará. Longe de casa, de seus familiares e amigos, Luiz Antônio de Oliveira Nunes não hesitou em se concentrar nos seus objetivos, tendo percorrido um caminho longo, mas exitoso, rumo àquilo que viria a ser sua paixão – ser pesquisador na área de Física.

A palestra do Prof. Luiz Antônio foi apresentada em estilo de aula, com humor e de forma descomplicada, tendo falado de algumas aplicações que estão intimamente relacionadas com a Física, isto porque, segundo o palestrante, muitos alunos não se sentem motivados a estudar ciências exatas porque as escolas não mostram , na esmagadora maioria das vezes, onde e de que forma eles podem aplicar os conhecimentos teóricos de forma prática: “Dessa forma, tudo fica desconectado da realidade. O que se vai tentar fazer nesta apresentação é conectar o conhecimento tecnológico, a aquisição de riqueza, com o conhecimento que se adquire no colégio, na escola”, refere Luiz Antônio.

Um dos exemplos apresentados pelo pesquisador foi o princípio e o fundamento da máquina de xerox, já que a ideia inicial desse equipamento é apresentada exatamente no colégio: “Você nem se apercebe disso. O jovem não enxerga como essas coisas se interconectam. Assim, é normal que o jovem aluno perca o interesse e ache chato estudar porque você não sabe o que está estudando”, sublinha o palestrante, que acrescenta que o intuito é unir o estudo na escola à prática que existe no cotidiano, sendo que essa interação é fundamental para que o aluno atinja com sucesso o patamar do ensino superior, independente da área de conhecimento. “Por exemplo, um aluno pode questionar a razão de ter que aprender Física, se o seu intuito é estudar medicina. Saliente-se que um médico de primeira linha tem que saber Física porque ele vai ter que bolar múltiplos procedimentos. Além disso, se um aluno quiser ir para medicina, terá que responder a três questões fundamentais de Física: caso não responda corretamente, ele irá falhar o vestibular”, adverte Luiz Antônio.

Para Luiz Antônio de Oliveira Nunes, a matemática ensina estratégias que fazem pensar, raciocinar: isso é fundamental para qualquer área, inclusive para Humanas. “As ciências exatas obrigam o aluno a pensar. Nas grandes universidades, nas escolas francesas de primeira linha, por exemplo, os três primeiros anos de graduação são iguais para todas as áreas do conhecimento, para todos os cursos, e a matemática está presente o tempo todo. A tecnologia pode mudar constantemente, mas os princípios básicos, como a matemática, subsistem sempre”, conclui o pesquisador.

As opiniões

Heitor de Oliveira Macedo cursa o 2º ano Colegial no Curso Interativo de São Carlos e participou desta iniciativa por estar interessado em descobrir qual o rumo que deverá seguir no futuro: “Está na hora de começar a me preocupar com a carreira, com aquilo que pretendo seguir. Me interessei muito pelo conjunto de palestras que estão integradas no Meu Eu do Futuro, até porque tenho a cabeça cheia de dúvidas. Uma coisa é certa: eu quero fazer exatas e a minha intuição é seguir a Academia como pesquisador. Meus pais querem o melhor para mim, me apoiam constantemente e querem a minha felicidade. Vim à procura de tudo isso”, salienta o jovem, acrescentando que gostou muito do evento, não só do Prof. Luiz Antônio, como da Profª Yvonne Mascarenhas: “Quando os ouvi, me convenci que tenho de fazer a escolha certa já no ensino médio. Este é o momento…”, conclui Heitor.

Outro participante atento foi Gilmar Cação Ribeiro, formado em Ciências da Computação e docente da disciplina de Computação na FATEC de Jaú, que compareceu apenas para observar a forma como o evento estava organizado, no sentido de poder levar ideias para a FATEC: “Pensava que participassem mais alunos neste evento, atendendo a que esta é uma oportunidade para eles se entrosarem melhor na área do conhecimento e poderem vislumbrar melhor seu futuro. Contudo, a presença aqui de cerca de cinquenta alunos altamente interessados foi bastante significativa”, comenta Gilmar. Para o docente, esta é uma ideia que poderá ser aplicada na FATEC de Jaú, embora com algumas diferenças, já que sua Faculdade tem características diferentes da USP, atendendo a que a mesma se destina prioritariamente a formar quadros para entrada quase imediata no mercado de trabalho, no setor produtivo: “Faz-se pouca pesquisa na FATEC, só que a base da ideia deste evento é bastante boa, embora sempre seja difícil captar alunos e incentivá-los para a importância de poderem entrar para a Faculdade. Os alunos da FATEC estão de alguma forma afastados da vida universitária por diversos motivos, como, por exemplo, questões familiares, horários de trabalho, constrangimentos econômicos, etc.. Embora a Fatec seja gratuita, as dificuldades são muito grandes. Todos se queixam da matemática, que, para a maioria, é a vilã da história e isso é complicado de explicar. Raro é o aluno da FATEC que quer ou tem chances de fazer uma pós-graduação em uma universidade, para ser pesquisador. Apesar das dificuldades que mencionei, este evento pode ser pensado e realizado de outra forma em Jaú.

A próxima apresentação inserida no Meu Eu do Futuro ocorrerá no dia 23 de abril, igualmente às 14h30, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), com a participação do Prof. Dr. José Carlos Maldonado, docente e pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), que discorrerá sobre o tema ”Redes sociais: segurança e riscos na internet?”

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de abril de 2018

Simpósio em “Homenagem aos 90 Anos” do Prof. Sérgio Mascarenhas

O próximo dia 04 de maio será marcado pela realização do Simpósio em Homenagem aos 90 Anos do Prof. Sérgio Mascarenhas, um evento que ocorrerá no IFSC, a partir das 14 horas, no Auditório que tem o nome do homenageado.

O evento contará com a participação de inúmeras personalidades da ciência nacional, ex-governantes, dirigentes e representantes de diversas Unidades da Universidade de São Paulo, dirigentes da USP, da UFSCar e da EMBRAPA e, ainda, muitos colegas e amigos do Prof. Sérgio Mascarenhas, que já confirmaram presença.

O Prof. Sérgio Mascarenhas possui graduou-se em Física pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (1952) e em Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1951).

É Professor Titular da Universidade de São Paulo – Instituto de Física e Química de São Carlos (atualmente aposentado). Professor visitante nas Universidades de Princeton, Harvard, MIT (EUA) e também na Universidade Nacional Autonoma e Centro de Estudios Avanzados (México), no Institute of Physical and Chemical Research (Japan), na London University (RU) e no Inst. Center for Theoret. Physics – Trieste e Univ.de Roma (Itália).

Fundou e dirigiu o Instituto de Física e Química de São Carlos USP. Fundou e dirigiu o Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária em São Carlos (EMBRAPA). Cooperou na fundação da Universidade Federal de São Carlos e na criação do curso de Engenharia de Materiais. Fundou e dirigiu o Fórum Unicamp (Universidade de Campinas). Fundou e dirigiu a Fundação de Pesquisas Adib Jatene (Instituto Cardiologia Dante Pazzanese – SP). Implantou e dirigiu cursos de biofísica e física médica no ICTP (Trieste, Itália) a convite do Premio Nobel Abdus Salam.

É Coordenador de Projetos do Instituto de Estudos Avançados de São Carlos USP. Fundou e dirige o Programa Internacional de Estudos e Projetos para a América Latina no Instituto de Estudos Avançados da USP – São Carlos. Membro do Conselho Universitário da UNICAMP. Diretor do Programa “Educação e Ensino de Ciências para a América Latina – Ford Foundation .

Coordenador Geral da Rede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o Agronegócio (RIPA)- Min. De Ci. E Tec. (MCT) e IEA-USP-São Carlos.

Orientou cerca de 50 teses de mestrado e doutorado, publicou cerca de 200 trabalhos e livros no Brasil e no exterior. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria Condensada, atuando também nos seguintes temas: Biofísica Molecular; Física Médica; Física e Dosimetria das Radiações; Ciência e engenharia de materiais; Tomografia Computadorizada aplicada a pólos e agropecuária; Educação para Ciência; Ciência e arte em Arqueologia e restauro.

Recebeu os seguintes prêmios: Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (Presidência da República); Gugemheim Award (EUA); Fullbright Award (EUA); Yamada Foundation Award (Japão); Professor Emérito do Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC/USP); Professor Emérito da Universidade Nacional (México); Cátedra Honorária M. Vallarta (México – Univ. Nac. Autonoma); Cidadão Honorário da cidade de São Carlos; Professor Emérito, Conferido pela Congregação do Instituto de Física de São Carlos em 16 de setembro de 1999; Prêmio de Mérito Científico, na classe de Grã Cruz, outorgado pelo Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em 15 de agosto de 2002. Professor Honorário do Instituto de Estudos Avançados da USP, desde 14 de agosto de 2003. Peão da Tecnologia, homenagem da Fealtec, pela criação dos grupos de pesquisas pioneiros que resultaram no Pólo de Alta Tecnologia de São Carlos (2003). Voto de Aplauso pelo prêmio de Pesquisador Emérito do CNPq”, pelo seu trabalho e pelo pioneirismo em favor da ciência brasileira, outorgado pelo Senado Federal, senador: Arthur Virgílio ( Requerimento no. 473, de 2006), em 26 de abril de 2006. Fundação Conrado Wessel de Ciência e Cultura 2006, premiado na modalidade de Ciência Geral. Doutor “honoris causa” pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) (2012). Doutor “honoris causa” pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) (2013).

Comprovando sua inquietude e amor pela ciência, o Prof. Sérgio Mascarenhas teve, há cerca de dez anos, um problema de saúde, tendo sido diagnosticado com Parkinson. Investigando seu próprio estado de saúde, o pesquisador descobriu que estava com hidrocefalia, tendo ficado inconformado com o método que foi então utilizado para o monitoramento da pressão intracraniana. Assim, auxiliado por um grupo de colegas pesquisadores, desenvolveu um sensor que, de forma não-invasiva, consegue medir as oscilações verificadas na pressão intracraniana de pacientes propensos a esse tipo de anomalias, equipamento esse que já recebeu vários prêmios nacionais e internacionais.

A comissão organizadora deste evento é constituída pelas seguintes personalidades: Professores Vanderlei Salvador Bagnato, Diretor do IFSC/USP, Glaucius Oliva, docente e pesquisador do IFSC/USP, (ex-presidente do CNPq), Tito José Bonagamba, docente e pesquisador do IFSC/USP (ex-diretor do Instituto), Sergio Machado Rezende, docente e pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (ex-ministro da pasta de Ciência e Tecnologia), Silvio Crestana, docente e pesquisador da EMBRAPA INSTRUMENTAÇÃO (ex diretor-presidente da EMBRAPA),Oswaldo Baffa Filho, docente e pesquisador da USP (Vice-Diretor e Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto-USP FFCLRP), João Fernandes Gomes de Oliveira, docente e pesquisador da EESC/USP (Vice-Presidente da Academia Brasileira de Ciências), Paulo Mascarenhas, Diretor da Sapra Landauer.
O programa destas atividades comemorativas (CLIQUE AQUI PARA CONFERIR) incluirá diversas palestras, a Conferência Magna que será apresentada pelo homenageado e ainda uma recepção seguida de jantar.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de abril de 2018

USP terá Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho

A Universidade de São Paulo está implantando um Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho, que será dirigido pelo professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Prof. Aluisio Segurado, no sentido de subsidiar o planejamento e ações estratégicas da instituição. “O objetivo é preparar a universidade para atender aos anseios da sociedade, respeitando as avaliações externas, nacionais e internacionais”, disse Vahan Agopyan, reitor da USP.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) iniciou um mapeamento de informações que permitirá reunir, em uma única fonte, dados relevantes de desempenho, como, por exemplo, o número de palestras internacionais proferidas por seus docentes, de acordo com Marisa Massumi Beppu, pró-reitora de Desenvolvimento Universitário.

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) constituiu uma comissão com a tarefa de interpretar e monitorar indicadores acadêmicos de suas 34 unidades em 24 cidades em todo o Estado, disse Helber Holland, da Assessoria Especial de Planejamento Estratégico.

Essas iniciativas foram anunciadas durante o segundo workshop do projeto Indicadores de Desempenho nas Universidades Estaduais Paulistas, apoiado pela FAPESP no âmbito do Programa Pesquisa em Políticas Públicas.

O projeto tem como objetivo, até 2019, propor reformulação das métricas utilizadas atualmente pelas três universidades públicas estaduais paulistas.

Liderado pelo professor Jacques Marcovitch, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP e ex-reitor da universidade, e pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), o projeto teve início em julho de 2017, tendo também como parceira a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo.

O objetivo, segundo Marcovitch, é estimular as universidades a substituírem a “cultura de anuário estatístico, que registra o passado”, pela de “unidade de inteligência”, que capta em tempo real informações de várias fontes para apoiar a construção do futuro.

As métricas a serem aprimoradas são as mesmas que alimentam rankings internacionais como o Times Higher Education (THE) ou o Academic Ranking of World Universities (ARWU). “Mas, para definir padrões de avaliação das universidades estaduais paulistas, é fundamental que se defina claramente qual o projeto institucional de cada uma delas, vis-à-vis o interesse de seus grupos de pesquisa”, recomendou José Goldemberg, presidente da FAPESP e ex-reitor da USP.

Elizabeth Balbachevsky, do Departamento de Ciência Política da USP, pesquisadora associada do projeto, acrescentou que os indicadores de desempenho são também uma forma de as universidades – que têm orçamentos maiores que os de muitos municípios paulistas – prestarem contas e mostrarem à sociedade “o que lhe estão entregando”.
Políticas eficazes

O projeto Indicadores de Desempenho nas Universidades Estaduais Paulistas tem como pesquisadores associados Luiz Nunes de Oliveira (IFSC/USP), da Coordenação de Programas Especiais e Colaborações em Pesquisa da FAPESP; Renato Pedrosa, da Coordenação do Plano Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Estado de São Paulo na Fundação; Justin Axelberg, da USP; José Augusto Guimarães, da Comissão de Rankings da Unesp; Nina Ranieri, da Faculdade de Direito da USP, e Elizabeth Balbachevsky.

A ideia de “copiar” métricas utilizadas pelos principais rankings para avaliar as universidades paulistas foi descartada em razão da disparidade entre esses indicadores e do fato de os rankings utilizarem medidas iguais para comparar universidades com características diferentes.

Depois de buscar – e não encontrar – literatura jurídica sobre rankings, principalmente nos Estados Unidos, Ranieri observou que a maioria deles tem vínculos com empresas jornalísticas – o THE, por exemplo, é uma iniciativa do jornal inglês The Times –, que têm “objetivo de lucro”. “Os rankings são feitos para aumentar a competição e causar ansiedade”, ela concluiu. “Melhor é apreender os fatores comuns a esses rankings e utilizá-los como referência”, sugeriu Marcovitch.

Era consenso entre os participantes do encontro que o aprimoramento dos indicadores de desempenho permitirá às universidades conhecer melhor o seu funcionamento e encontrar maneiras de melhorá-lo. “Para implementar políticas eficazes e obter melhor visibilidade dos impactos da universidade em favor da sociedade precisamos de boas métricas”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Segundo ele, as universidades são continuamente criticadas, por supostamente não trabalharem mais em colaboração com empresas ou não apresentarem impacto econômico e social. No entanto raramente se discute esses tópicos com base em métricas de desempenho. Por exemplo, no caso de interação com empresas, Brito Cruz sugeriu a utilização de um conjunto de indicadores, como a participação de recursos privados no dispêndio de pesquisa e desenvolvimento, número de artigos publicados em coautoria entre pesquisadores de universidades e empresas, número de startups criadas por alunos e professores e carteira de patentes licenciadas, entre outros.

“Os resultados contestam argumentos dos que consideram que, aqui, não existe parceria entre universidades e empresas”, disse. Brito Cruz exibiu gráfico (ao lado) que registra crescimento consistente do número de artigos científicos publicados por pesquisadores da USP, Unicamp e Unesp em parceria com empresas.

O terceiro workshop do projeto Indicadores de Desempenho nas Universidades Estaduais Paulistas será realizado em agosto de 2018 na Unesp, junto com o lançamento do primeiro livro com análises e início de 2019 na Unicamp, e as conclusões finais do projeto – assim como o segundo livro sobre o assunto, que será lançado em junho de 2019, na FAPESP.

(Com informações da Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de abril de 2018

Dialogando sobre conflitos: Workshop reúne servidores do IFSC/USP

Realizou-se no período da manhã dos dias 03 e 04 de abril, na Sala Celeste de nosso Instituto, o workshop subordinado ao tema Gestão da convivência: autoconsciência e autocontrole, coordenado pelo Prof. Eduardo Barreto, Diretor da Channel Coaching & Consulting.

Em quase todas as sociedades do mundo ouvimos a seguinte frase: Conviver é uma arte, porém a convivência sempre foi um desafio, assim como a busca pelo equilíbrio entre as afinidades, a compreensão da diversidade humana e os interesses comuns.
Temos que levar em consideração as inúmeras razões para a obtenção desse equilíbrio e só ao final desse processo a equipe, com o um todo, poderá usufruir da harmonia, da produtividade e da orientação rumo ao objetivo comum. As competências pessoais estão diretamente relacionadas ao autoconhecimento e consiste em controlar e gerir emoções e sentimentos.

Esse conhecimento e autocontrole trabalham em favor do indivíduo e são instrumentos eficazes que se manifestam positivamente em pessoas com elevada autoestima que interagem com facilidade com os outros. As competências pessoais referem-se à capacidade do indivíduo de conhecer a si próprio. É o reconhecimento de suas habilidades, necessidades, desejos e de sua inteligência. Essas competências promovem a construção de uma imagem precisa de si mesmo e a habilidade de fazer com que essa imagem funcione efetivamente.

As competências sociais referem-se às relações com as pessoas. É a competência que faz com que o indivíduo interaja bem com as pessoas ao seu redor. É a habilidade necessária para entender e responder adequadamente às mudanças de humor, temperamentos, motivações e desejos das outras pessoas. O exercício dessas competências sociais acontece quando conhecemos o outro e sabemos distinguir e compreender suas intenções, suas motivações e seus estados de ânimo.

Desta forma, este workshop teve o objetivo de tornar pontos cegos visíveis, compreender o porquê de ações e hábitos recorrentes e entender as reações diante de circunstâncias como se apresentam.

Para o Prof. Eduardo Barreto, os conflitos que despontam e a forma como nos expressamos perante eles fazem parte do cotidiano e são recorrentes. “Existe um espaço entre a ação e a reação em face a um conflito, que se chama ‘escolha’ e é nesse mesmo espaço que reside muitas vezes a resolução de nossas questões, dos conflitos que eventualmente podem nos atingir”, revela Eduardo Barreto.

Este workshop trouxe aos participantes a existência de recursos próprios que existem em cada um de nós e que podem ser utilizados em situações de conflito. Muitas vezes, as pessoas acham que não têm esses recursos, mas têm, sim, o que proporciona ter escolhas para resolver qualquer conflito que surja.“Por exemplo, temos recursos emocionais, utilizando o poder da comunicação, de você se comunicar perante uma situação conflituosa com um caráter de buscar uma construção positiva. E a comunicação está totalmente atrelada a isso, nomeadamente através da maneira como você fala, de sua postura corporal e da sua recepção em relação aquilo que está sendo emanado da outra pessoa; e ter compaixão e acolhimento diante de situações conflituosas”, sublinha o palestrante.

Outra condição, segundo Eduardo Barreto, é ter autocontrole diante de situações de conflito, ou seja, ter uma postura íntegra perante você mesmo e de observar que a pessoa que conflita com você tem também uma necessidade que não está sendo atendida. “Assim, se você estiver em paz, pode resolver a situação. O problema nunca é a pessoa, mas sim a situação que é colocada e você tem que ter uma visão prepositiva para chegar a bom porto, tudo isso para evitar que se atinja um convívio intolerante”, acrescenta o palestrante. A ideia deste evento consubstanciou-se em dar uma noção de como se pode usar nossos recursos para atenuar um eventual conflito e focar a atenção literalmente na questão e não na pessoa.

A abertura deste workshop esteve a cargo do Diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, que sublinhou a importância do encontro e da presença do palestrante para a construção e manutenção de um melhor ambiente nas relações interpessoais dentro do Instituto de Física de São Carlos.

Formado em Línguas, Artes e Literatura pelo Hammersmith College de Londres e além de Diretor da Channel Coaching & Consulting, o Prof. Eduardo Barreto é coach colaborativo certificado pela International Academy of Collaborative Professionals (IACP), membro da International Coaching Federation (ICF) e membro fundador da International Enneagram Association (Chapter Brazil).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de abril de 2018

“Meu Eu do Futuro”: Por que aprendo Física na escola?

Realiza- se no próximo dia 09 de abril (segunda-feira), a partir das 14h30, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), o primeiro encontro dedicado a alunos do Ensino Médio de São Carlos e região, inserido no tema Meu eu do futuro, numa organização conjunta do Instituto de Estudos Avançados (IEA) e Instituto de Física de São Carlos (IFSC).

Tendo como objetivo reunir estudantes do ensino médio no ambiente universitário para incentivar reflexões e decisões sobre o que fazer após a conclusão dos estudos, este primeiro encontro estará subordinado ao tema “Por que aprendo Física na escola”, com a participação do docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes, que abordará o tema de forma direta e muito compreensível, dando como exemplo o fato de que a Física que se aprende na escola não é tortura. Ela é importante na tecnologia e gera riqueza e bem estar social.

Na verdade, quando as pessoas olham em sua volta, encontram os mais variados tipos de instrumentos e equipamentos que fazem parte de seu cotidiano, como micro-ondas, aparelhos de som, GPS, celulares, TV’s, leitores de DVD e Blue-Ray, células fotovoltaicas, secadores de cabelo, controles remotos e outros, todos eles utilizando vários fenômenos naturais que são explicados pela Física: através desses exemplos e de suas particularidades, os participantes deste primeiro encontro irão entender e aprender tudo isso.

Durante os meses de abril, maio e junho haverá um total de seis encontros que devem acontecer no espaço do Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” no IFSC da USP São Carlos. Em cada encontro um professor universitário compartilha um breve discurso sobre o tema de sua área de atuação para ajudar o aluno a identificar sua vocação.

A programação completa está disponível no site da Agência Multimídia de Difusão Científica e Educacional “Ciência Web” – www.usp.br/cienciaweb – que é a idealizadora desta ação, onde os interessados poderão se inscrever.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de abril de 2018

“Ciência às 19 Horas”: A Amazônia vista do espaço e do chão

Na busca por um destino digno e saudável para a “espaçonave” chamada Terra, dois cientistas e um astronauta pedalaram mil e cem quilômetros pela Transamazônica, entre os estados do Pará e Amazonas, para viver, analisar e disseminar diversas realidades daquele ecossistema brasileiro.

Este é o Projeto Transamazônica + 25, que celebra os 25 anos da primeira viagem de Osvaldo Stella por aquela região e que agora combina conhecimento científico com um olhar documental para estudar as mudanças sofridas pela paisagem e populações locais.

O relato de Osvaldo Stella Martins (Engenheiro Mecânico, PhD em Ecologia e Recursos Naturais / IPAM- Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), transformado em uma palestra que ocorreu no dia 02 de abril do corrente ano, no superlotado Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), em mais uma edição do programa Ciência às 19 Horas, foi enriquecido pelos depoimentos do astronauta-chefe da NASA, Capitão da Marinha dos Estados Unidos da América, Chris Cassidy, veterano de dois voos espaciais e que volta à Estação Espacial Internacional no próximo ano para mais uma missão.

A primeira missão espacial de Cassidy ocorreu em 2009, com duração de duas semanas. Ele confessa que por ter sido sua primeira vez no espaço, toda sua atenção e concentração estiveram voltadas para as particularidades da missão, quase sem tempo para observar e analisar as múltiplas metamorfoses e características do planeta, com especial foco na região amazônica.

Já na sua segunda missão, ocorrida em 2013, onde permaneceu seis meses na Estação Espacial Internacional, Cassidy teve mais tempo para observar a Terra: “De fato, me apercebi como nosso planeta é frágil e como a Amazônia se divide nitidamente em áreas distintas: um verde exuberante entrecortado por um azul que representa a água cristalina, enquanto várias áreas despontam cinzentas e de alguma forma inférteis graças aos impactos negativos provocados pelo homem. Na entrevista que concedeu à Assessoria de Comunicação do IFSC, Cassidy confirmou que irá regressar em 2019 à Estação Espacial Internacional para mais uma missão e que seu olhar vai certamente incidir com mais atenção na Amazônia, para detectar minuciosamente as agressões perpetradas pelo homem e tentar registrar as suas graves feridas.

Para assistir às entrevistas, clique nos links abaixo.

ENTREVISTA OSVALDO STELLA

ENTREVISTA CHRIS CASSIDY

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

8 de abril de 2018

Seminário aborda Microscopia Eletrônica de Duplo Feixe

O Prof. Marcelo Orlandi (UNESP) foi o palestrante convidado do seminário realizado no dia 06 de abril, na Área II do Campus USP de São Carlos, um evento subordinado ao tema Vantagens e Aplicações de Microscopia Eletrônica de Duplo Feixe, uma iniciativa do Grupo de Pesquisa em Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas do IFSC.

Na circunstância, o palestrante abordou os princípios da técnica de microscopia de duplo feixe, conseguida através de um microscópio eletrônico de varredura (MEV) com um canhão adicional de íons Ga+3.

Este canhão adicional acrescenta diversas funcionalidades, como, por exemplo, o fatiamento de amostras e a deposição de eletrodos sobre a superfície de nanomateriais.
Orlandi apresentou, também, exemplos de reconstrução 3D de cerâmicas e fabricação e funcionamento de nanodispositivos sensores.

O Prof. Marcelo Orlandi tem Graduação em Física pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – 2000; Mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais pela UFSCar (2002); Doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais pela UFSCar (2005) e Pós-Doutorado pelo Instituto de Química de Araraquara (UNESP) (2006). Foi Pesquisador Visitante no Massachusetts Institute of Technology (MIT/USA) em 2011 e 2014 e Pesquisador Visitante na Ecole Polytechnique Montreal (PolyMtl/Canada) em 2017.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de abril de 2018

ECar/USP promove palestra “Empreendedorismo e Carreira”

O ECar – Escritório de Desenvolvimento de Carreiras USP, órgão ligado à Pró-Reitoria de Graduação da USP, realiza no dia 11 de abril, entre as 19h00 e as 20h30, no Auditório FEA-5 (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP – São Paulo), a palestra intitulada Empreendedorismo Carreira, com a participação do CEO da COMERC Energia, Cristopher Vlavianos.

Neste evento serão abordados aspectos relacionados com a vida e carreira de um Empreendedor de Sucesso, bem como os seus desafios e oportunidades, competências essenciais e Inovação e Startups.

Cristopher Vlavianos é formado em Economia pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP-SP), fundador e presidente da Comerc Energia desde 2001. Anteriormente, acumulou 16 anos de atuação no mercado financeiro, com ampla experiência em commodities e energia.

Este evento é aberto à comunidade da USP e público em geral e será fornecido certificado de participação.

Para fazer a inscrição (obrigatória) nesta palestra, clique AQUI.

A FEA localiza-se na Avenida Professor Luciano Gualberto, 908 – Butantã (SP).

(Com informações de Luciana Delfini de Campos – Pró-Reitoria de Graduação da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de abril de 2018

Palestra “Colloquium Diei”: alternativa para a escassez de combustíveis fósseis

O docente e pesquisador do IFSC, Renato Vitalino Gonçalves – NACA – Grupo de Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas -, foi o palestrante convidado em mais uma edição do programa Colloquium Diei que ocorreu no dia 06 de abril, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP), subordinado ao tema Fotossíntese artificial: utilizando energia solar e água para produção de combustível 100% limpo e renovável.

Em sua apresentação, Renato Vitalino Gonçalves enfatizou o fato dos combustíveis fósseis serem finitos, estando com suas reservas caminhando para uma redução dramática que acontecerá ainda no decurso deste século XXI.

Para o palestrante, a certeza que existe é que o mundo terá que aprender a viver sem os combustíveis fósseis, sendo que a energia solar é considerada a mais abundante e disponível no presente momento. Dessa forma, a utilização dessa energia para realizar fotossíntese artificial, no sentido de quebrar a molécula da água e gerar hidrogênio combustível, é apontada como uma estratégia promissora para auxiliar a manutenção energética mundial.

O Prof. Renato Vitalino Gonçalves possui Bacharelado e Mestrado em Física pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2009) e Doutorado em Física Experimental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2012). Atualmente é professor doutor (MS-3) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tendo experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria Condensada; atuando principalmente nos seguintes temas: Desenvolvimento e estudo das propriedades eletrônicas e estruturais de nanotubos de óxidos metálicos e sua aplicação na fotogeração de “hidrogênio solar” pela reação de water splitting como um combustível renovável na geração de energia. Síntese de nanopartículas metálicas (Ni, Cu, Co, Pt, Au) por Magnetron Sputtering Deposition e trabalha com as técnicas de caracterização por difração de raios X (XRD) e simulação pelo método de Rietveld, absorção de Raios X e espectroscopia de fotoelétrons excitados por raios X (XPS).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de abril de 2018

IFSC recebe evento dedicado a alunos do Ensino Médio

Meu eu do futuro é uma série de encontros na universidade para alunos do ensino médio que buscam decidir o que fazer depois da escola.

A partir do dia 9 de abril, inicia-se no Campus USP São Carlos uma série de encontros intitulada Meu eu do futuro, promovidos pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) e Instituto de Física de São Carlos (IFSC).

O evento busca reunir estudantes do ensino médio no ambiente universitário para incentivar reflexões e decisões sobre o que fazer após a conclusão dos estudos.

Durante os meses de abril, maio e junho haverá um total de seis encontros que devem acontecer no espaço do Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” no IFSC da USP São Carlos. Em cada encontro um professor universitário compartilha um breve discurso sobre o tema de sua área de atuação para ajudar o aluno a identificar sua vocação.

A programação completa está disponível no site da Agência Multimídia de Difusão Científica e Educacional “Ciência Web” (CLIQUE AQUI) que é a idealizadora desta ação.

Além do incentivo às reflexões e decisões sobre o futuro dos alunos, o evento tem por objetivo aproximar o estudante do ambiente universitário.

Os alunos interessados em participar do evento devem preencher o formulário de inscrição no site da Ciência Web. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 5 de abril.

Assessoria de Comunicação IFSC/USP

5 de abril de 2018

Novel ways to use graphene and topological insulators in spintronics

Olaf van ‘t Erve, pesquisador do Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA (Naval Research Laboratory), foi o palestrante convidado em um seminário realizado no dia 05 de abril, no nosso Instituto, com o tema Novel ways to use graphene and topological insulators in spintronics.

A alta mobilidade apresentada pelo grafeno e o baixo acoplamento spin-órbita tornam-no em um dos materiais mais promissores para o transporte de spin.

Olav demonstrou que o grafeno tem sido amplamente estudado devido à sua extraordinária alta mobilidade no transporte de carga e longos comprimentos de difusão de spin. Em contraste, a carga fora do plano e o comportamento de transporte de rotação deste material atomicamente fino não foram ainda bem abordados. A teoria prevê que as propriedades fora do plano da interface grafeno-ferromagneto têm efeitos de filtragem por rotação.

Segundo o palestrante, o Laboratório de Pesquisa Naval já fabrica matrizes de junções ferromagneto-grafeno-ferromagneto que exibem resistências muito baixas e uma magnetorresistência significativa à temperatura ambiente: as junções exibem uma magnetoresistência negativa esperada da filtragem de spin minoritária, prevista para ocorrer em certas estruturas de grafeno.

O Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA investiga e fornece recursos científicos avançados que geram aplicações imediatas e de longo alcance na área de defesa dos Estados Unidos da América.

Assessoria de Comunicação IFSC/USP

5 de abril de 2018

A grande transformação da cidade de São Carlos num curto período de tempo

Com cerca de 220 mil habitantes, acrescida de uma população flutuante de perto de 30 mil pessoas, entre professores e alunos que frequentam os diversos estabelecimentos de ensino superior, a cidade de São Carlos é hoje considerada o Vale do Silício brasileiro, algo que foi amadurecido desde a década de 50 do século passado quando foi criada a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da Universidade de São Paulo (USP), até à década de 80 desse mesmo século e de lá até à presente data, com o desenvolvimento da ciência como um todo: um salto enorme protagonizado não só pela USP, como também pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, entre inúmeros outros polos de ciência e tecnologia que existem na cidade.

Sendo a cidade brasileira que possui a maior porcentagem de pesquisadores com doutorado por habitante (1/180), enquanto a média nacional se pauta por 1/5.000, São Carlos foi recentemente destacada no programa Pequenas Empresas – Grandes Negócios, da Rede Globo, como um exemplo único, onde alunos e professores criam novas empresas e fundam startups, com investimentos importantes que promovem centros de inovação de excelência.

Clique AQUI para assistir ao programa.

(Créditos da foto principal: EPIL)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de abril de 2018

Morre Ruth Nussenzweig – referência mundial no combate à malária

Ruth Nussenzweig, referência mundial em pesquisa sobre a biologia da malária e o desenvolvimento de vacinas, primeira pesquisadora brasileira eleita membro da Academia de Ciências dos Estados Unidos, morreu no dia 1º de abril, aos 89 anos.

Nascida na Áustria, na cidade de Sonntag, chegou ao Brasil em 1938, aos 11 anos. Viveu aqui por pouco mais duas décadas, antes de transferir-se com o marido, Victor Nussenzweig, para o Departamento de Parasitologia da Escola de Medicina da New York University, onde trabalhou desde então.

Ruth era judia, filha dos médicos Eugenia e Baruch, que chegaram ao Brasil fugidos do nazismo, cresceu em Guarulhos e aos 18 anos ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), onde conheceu Victor Nussenzweig.

“Namorávamos falando de ciência”, disse Victor na mesma entrevista à Pesquisa FAPESP. Tanto que se casaram na Biblioteca da Faculdade de Medicina, em 1953, tendo como testemunha o catedrático de Parasitologia Samuel Pessoa, que influenciou fortemente a decisão de Ruth de investigar a biologia da malária.

O casal ficou dois anos na França, durante o doutorado, e em 1960 tentou se estabelecer no Brasil. “Mas verificamos que não dava para fazer o que queríamos de forma rápida”, disse Victor. Foram para Nova York. Uma nova tentativa de retorno, em abril de 1964, abortou depois de uma conversa de Victor com um coronel instalado na Faculdade de Medicina da USP.

Voltaram ao Brasil, entre 2012 e 2015, em várias ocasiões, para coordenar o projeto Caracterização da proteína fosfatase UIS2 de Plasmodium como alvo para desenvolvimento de drogas contra a malária, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com o apoio da FAPESP no âmbito do programa São Paulo Excellence Chair (SPEC). O SPEC foi criado em 2012 com o objetivo de atrair cientistas de renome para a coordenação de projetos temáticos em suas áreas de atuação.

Nos Estados Unidos, Ruth publicou em 1967 um artigo que marcaria sua carreira. Nele, mostrou que era possível imunizar roedores contra a malária por meio da irradiação dos esporozoítos, um dos estágios de vida do parasita do gênero Plasmodium.

Alguns anos depois, isolou o antígeno CSP (circumsporozoite protein), responsável por proteger os animais da doença e, a partir daí, começou a trabalhar em vacinas e tratamentos.

“Seus trabalhos na área de imunologia servem como guia para o desenvolvimento de uma nova geração de vacinas recombinantes”, disse Maurício Martins Rodrigues (1961-2015), professor da Unifesp, que fez o pós-doutorado na Universidade de Nova York com Ruth Nussenzweig, na ocasião da eleição da cientista para a Academia de Ciências dos Estados Unidos, em 2013.

As pesquisas de Ruth foram fundamentais para que a ciência chegasse à RTS,S/AS01, vacina contra a malária causada pelo Plasmodium vivax – de maior prevalência nas Américas – que já obteve 45% de eficácia em testes com camundongos.

A estratégia da nova vacina se baseia em desenvolver versões recombinantes de proteínas encontradas no esporozoíto. A nova vacina já passou por testes clínicos de fase 3 e recebeu sinalização positiva da Organização Mundial de Saúde (OMS) para estudo piloto de implementação.

Ruth deixa três filhos – Michel, professor da Rockefeller University e, como a mãe, membro da Academia de Ciências dos Estados Unidos, Sonia, antropóloga da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, e André, que trabalha nos National Institutes of Health (NIH/USA).

(Com informações da Agência FAPESP e foto de Eduardo Cesar)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de abril de 2018

Intercâmbio internacional USP dedicado a alunos de Graduação

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI) lançou o Edital Nº 840/2018 relativo ao Programa de Bolsas de Intercâmbio Internacional para os Alunos de Graduação USP, onde oferece 330 bolsas na modalidade Mérito Acadêmico voltadas a estudantes com excelente desempenho acadêmico para realização de intercâmbio durante o 2º semestre de 2018 ou 1º semestre de 2019.

As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente pela Unidade USP, por intermédio do Sistema Mundus (procedimento no Mundus para conclusão da inscrição: registro da situação, ficando a critério da Unidade USP a distribuição de bolsas para os diferentes períodos):

As inscrições para intercâmbios que ocorram entre os dias 10 de julho e 31 de dezembro do corrente ano poderão ser feitas entre as 12 horas do dia 04 de maio, até às 12 horas do dia 10 de maio do corrente ano.

Para intercâmbios que se realizem entre 02 de janeiro e 30 de junho de 2019, as inscrições deverão ser feitas entre os dias 20 e 24 de agosto, às 12 horas

As dúvidas devem ser enviadas exclusivamente pelo Fale Conosco do Sistema Mundus (Assunto Editais – Intercâmbio).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de abril de 2018

A importância da ciência para a sociedade: Prof. Sylvio Roberto Canuto

Em entrevista recentemente publicada no Jornal da USP, assinada por Adriana Cruz, o recém-empossado Pró-Reitor de Pesquisa da USP, Prof. Sylvio Roberto Accioly Canuto, aponta como um dos rumos de sua gestão tornar a pesquisa desenvolvida na USP mais competitiva e relevante internacionalmente e fortalecer a interação com a sociedade.

Canuto conta que uma de suas primeiras providências ao ser indicado ao cargo pelo reitor Vahan Agopyan foi fazer uma imersão no ambiente da Pró-Reitoria para conhecer a rotina e os projetos desenvolvidos na área. “Esse ‘intensivão’ foi muito importante para que eu elaborasse meu plano de gestão”, avalia.

Uma das ações principais previstas nesse plano, segundo ele, é que a Pró-Reitoria atue como facilitadora para o uso mais amplo da inteligência instalada na Universidade. “Tenho conversado com vários diretores de unidades e pesquisadores e pretendo me dedicar a fomentar esse relacionamento. Primeiro, porque gosto de conversar com as pessoas para entender a realidade de cada um e, segundo, porque considero que a USP tem uma inteligência instalada extraordinária. Em qualquer área que você imaginar, temos pelo menos um especialista de renome internacional, de alto nível”, destaca.

Importância da ciência

A preocupação em criar conteúdos de alta qualidade e que demonstrem a importância da ciência e da USP para a sociedade será outra tônica do trabalho do novo pró-reitor. Uma das medidas já adotadas nesse sentido é a manutenção da série de eventos de divulgação científica criada na gestão anterior, da qual esteve à frente o professor da Faculdade de Medicina (FM), José Eduardo Krieger.

Dentre esses eventos está o USP Lectures, que terá sua primeira edição do ano no próximo dia 22 de março com o tema Conversas com David Gale, Teoria dos Jogos e Matchings Estáveis, ministrado pela professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), Marilda Antonia de Oliveira Sotomayor.

A parceria com as outras Pró-Reitorias para fortalecer a interação social também será privilegiada por Canuto, que cita como exemplos a promoção da Semana USP de Ciência e Tecnologia, realizada em conjunto com a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária.

Outro projeto que será retomado é o Programa de Pré-Iniciação Científica, voltado aos alunos do ensino médio, e que deverá ganhar nova configuração. “Neste novo projeto, estamos pensando em como formatar esse programa de forma a torná-lo mais efetivo. Esta semana estive na Febrace [Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, promovida pela Escola Politécnica (Poli)] e fiquei muito bem impressionado. É um programa no qual podemos nos inspirar”, afirma.

Pesquisa reconhecida

Para Canuto, uma importante vertente de sua gestão será o fortalecimento da internacionalização da pesquisa já praticada na USP, o que deverá ser feito em conjunto com a Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação.

O aperfeiçoamento da captação das métricas de pesquisa e produção científica será incentivado para que as atividades desenvolvidas na USP estejam visíveis nos rankings internacionais de universidades. “Por um lado, o ranking tem de refletir a competência instalada. Por outro, é preciso que essa competência seja vista da maneira adequada, porque os parâmetros utilizados podem beneficiar uma forma de olhar em detrimento de outras. A Pró-Reitoria tem a condição de contribuir para esse processo com a utilização do sistema WeR_USP”, considera.

O WeR_USP, disponível a todos os pesquisadores da Universidade, funciona como um visualizador dos indicadores de produção bibliográfica (com base nas informações da Plataforma Lattes), citações (com base nas informações de Google Scholar, Scopus e Web of Science) e número de teses e dissertações na USP.

“Existe muita discussão sobre o impacto da ciência, que é muito importante, mas esse impacto não pode ser medido em curto prazo. A preocupação essencial é que a pesquisa da USP seja de excelência e adequadamente reconhecida”, ressalta.

Sylvio Roberto Accioly Canuto é professor titular do Instituto de Física (IF) da USP desde 1994, tendo obtido seu doutorado em 1979, pela Universidade de Uppsala, na Suécia. Foi presidente da Comissão de Pós-Graduação do instituto e chefe de departamento em quatro mandatos, sendo três no IF e um ainda durante sua vinculação à Universidade Federal de Pernambuco, onde foi professor titular.

Coordena diversos projetos científicos e tem atuado como avaliador de projetos internacionais, é membro do Conselho Superior da Capes, representando o Conselho Técnico-Científico da Educação Superior, da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e, desde 2018, da Academia Mundial de Ciências (TWAS, na sigla em inglês).

(Foto: Marcos Santos / USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de março de 2018

FAPESP e Universidade de Surrey (UK) anunciam chamada de propostas

A FAPESP e a Universidade de Surrey, no Reino Unido, anunciam o lançamento de chamada de propostas destinada a selecionar e apoiar projetos colaborativos em todos os campos de conhecimento.

A oportunidade, anunciada no âmbito do acordo de cooperação mantido entre as instituições, destina-se a pesquisadores associados a instituições de ensino superior ou pesquisa, públicas ou privadas, do Estado de São Paulo e pesquisadores da universidade britânica trabalhando em parceria.

A chamada selecionará um projeto para financiamento por um período de no máximo dois anos. A FAPESP destinará R$ 200 mil para a proposta selecionada, enquanto a Universidade de Surrey prevê um aporte de £ 40 mil.

São considerados elegíveis pela FAPESP pesquisadores que atendam aos requisitos para receber Auxílio à Pesquisa – Regular.

As propostas de pesquisadores do Estado de São Paulo deverão ser submetidas por meio do Sistema de Apoio à Gestão (SAGe) da FAPESP.

O prazo para envio de propostas termina em 4 de junho de 2018.

Para conferir a chamada (em inglês) clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de março de 2018

CNPEM abre seleção para cargo máximo na gestão da instituição

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) iniciou o processo de seleção para contratação de Diretor-Geral. O processo é conduzido pelo Conselho de Administração com o auxílio de um Comitê de Seleção, composto majoritariamente por membros externos ao CNPEM.

Os candidatos ao cargo devem enviar carta de interesse e currículo para o e-mail selecaodiretorgeral@cnpem.br. O mesmo meio de contato deve ser utilizado para o esclarecimento de dúvidas e solicitação de informações adicionais. As candidaturas serão tratadas com confidencialidade e o nome selecionado para a Diretoria-Geral deverá ser aprovado pelo Conselho de Administração do CNPEM.

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Localizado em Campinas-SP, possui quatro Laboratórios Nacionais – referências mundiais e abertos às comunidades científica e empresarial.

O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) opera a única fonte de luz síncrotron da América Latina e está, nesse momento, construindo Sirius, o novo acelerador de elétrons brasileiro; o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) atua na área de biotecnologia com foco na descoberta e desenvolvimento de novos fármacos; O Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol (CTBE) investiga novas tecnologias para valorização e transformação de materiais agroindustriais em bioprodutos com ênfase em biocombustíveis; e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) realiza pesquisas científicas e desenvolvimentos tecnológicos em busca de soluções baseadas em nanotecnologia.

Assessoria de Comunicação – IFSC

14 de março de 2018

Morre em Cambridge (Reino Unido) o físico teórico Stephen Hawking

Morreu hoje (14/03), em sua residência em Cambridge (Reino Unido), o físico teórico Stephen Hawking (76).

Nascido em 8 de janeiro de 1942, em Oxford (Reino Unido), Hawking era considerado um dos cientistas mais influentes do mundo desde Albert Einstein, não só por suas decisivas contribuições para o progresso da ciência, como também por sua constante preocupação em aproximar a ciência do público e por sua coragem de enfrentar a doença degenerativa de que sofria e que o deixou em uma cadeira de rodas e sem capacidade para falar de maneira natural, a mesma doença que acabaria por o vitimar no dia de hoje (esclerose lateral amiotrófica).

Hawking foi premiado com 12 graus honorários e eleito um dos mais jovens bolsistas da Royal Society, em 1974, tendo sido, até sua morte, membro da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

Em 1970, Hawking iniciou o trabalho sobre as características dos buracos negros. Como resultado de sua pesquisa, descobriu que eles emitem partículas subatômicas – batizadas de radiação Hawking. Em colaboração com Roger Penrose, provou a existência de singularidades, pontos no espaço-tempo onde as grandezas físicas, como a curvatura ou densidade de energia, tornam-se infinitas – fazendo com que as leis da física sejam “quebradas”.

Seus principais campos de pesquisa foram a cosmologia teórica e gravidade quântica. Hawking se tornou o grande teórico sobre os buracos negros, tendo desenvolvido as quatro leis de sua mecânica. Em 1979, assumiu a posição de professor e retornou, durante os anos 1980, ao estudo sobre as origens do Universo, tendo participado com outros físicos dos primeiros desenvolvimentos da teoria da inflação cósmica, que visava solucionar os principais problemas do modelo do Big Bang.

Recordando, abaixo, a fala de Hawking sobre a origem do universo na Pontifícia Academia das Ciências, no Vaticano, com comentários do atual Diretor do IFSC/UP, Prof. Vanderlei Bagnato, membro da citada Academia.

(Clique na imagem para assistir)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP