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6 de novembro de 2024

“Physical Review A” destaca trabalho de jovem pesquisador do IFSC/USP – “Process Tensor Distinguishability Measures”

Um artigo científico publicado recentemente pelo doutorando do IFSC/USP, Guilherme Zambon (24), mereceu do editor da revista científica “Physical Review A” um destaque especial, atendendo a que esse trabalho contribui para detectar, esclarecer e solucionar um problema constante na literatura científica relativo a comparações entre processos quânticos.

Atualmente cumprindo um ano de seu doutorado na Universidade de Nottingham (Inglaterra), com o apoio da FAPESP, o artigo de Guilherme Zambon, intitulado “Process Tensor Distinguishability Measures”, trata de medir a diferença entre dois processos quânticos, ou seja, de forma sumária, adotar uma metodologia, uma forma matemática para poder comparar diferentes formas pelas quais esse sistema quântico evolui no tempo.

Guilherme Zambon

Já em seu terceiro ano de doutorado, Guilherme Zambon encontra-se sob a orientação do Prof. Gerardo Adesso, da Universidade de Nottingham, e do Prof. Diogo Soares Pinto (IFSC/USP), pesquisadores esses que já mantêm um vínculo colaborativo de longa data, o artigo científico do jovem doutorando de nosso Instituto sobressaiu entre os demais trabalhos publicados na revista científica acima identificada. “No laboratório, podemos pegar, por exemplo, um pulso-laser atuando em um centro de nitrogênio e aí observamos que existe um estado quântico que vai evoluindo no tempo. De fato, existem diversas formas de descrever como seu sistema quântico evolui no tempo, mas a forma que utilizo é uma abordagem que tem o nome de “tensor de processo”; basicamente é considerar que, apesar de o sistema estar evoluindo de forma contínua, só podemos acessá-lo em determinados instantes do tempo, ou seja, você não tem acesso total ao sistema. Quando temos um processo quântico, associamos a ele um objeto matemático que, na verdade, é um tensor. No contexto da informação quântica, muitas vezes estamos interessados em quantificar uma propriedade do nosso processo. O que normalmente se faz, de forma canônica, é ver o quanto diferente é o seu processo de um outro que não tem aquela propriedade. É muito fácil dizer se um processo tem ou não tem determinada propriedade, mas para quantificá-la é necessário observar o quanto ele é diferente de um processo que não a possui”, explica Guilherme, sublinhando que é nesse processo que são introduzidas as medidas de “distinguibilidade”, que são usadas para quantificar as propriedades do processo. “A parte principal que eu discuto no meu artigo é uma propriedade chamada “não-Markovianidade”, ou seja, saber o quão distante está um processo de ser “Markoviano”, que significa ter memória do que aconteceu em instantes anteriores”, complementa o pesquisador.

O artigo científico de Guilherme Zambon apresenta detalhes bastante importantes, sendo que na literatura científica se utiliza ainda um determinado tipo de medida, pelo esse trabalho acaba por demonstrar que essa medida tem um problema. Contudo, Guilherme Zambon sublinha que esse problema não indica que todos os resultados que usam essa medida estejam errados, mas sim que alguns deles devem ser revisados para se ter a certeza de que esse problema não afeta os resultados que já existem. De forma sucinta, o trabalho do doutorando do IFSC/USP acaba por detectar que muitos cientistas utilizavam essas medidas sem detectarem o problema, sendo que, simultaneamente, é proposta uma solução para esse problema, uma correção.

Tema importante no contexto das tecnologias quânticas – comunicação quântica, computação quântica e sensoriamento quântico, entre outros – este artigo científico indica que em todas as possíveis aplicações em informação quântica esse resultado pode ser introduzido, já que sempre que existe algum tipo de tecnologia quântica é necessário descrever, de alguma forma, o processo que está acontecendo de forma matemática, além de precisar saber, também, quantificar as propriedades acima citadas.

Um resultado de grande importância

Prof. Diogo Soares Pinto

Para o Prof. Diogo Soares Pinto, orientador de doutorado no IFSC/USP de Guilherme Zambon, os protocolos de comunicação podem injetar ruído na informação a ser compartilhada, afetando irremediavelmente a eficiência da codificação. Ainda mais suscetível a informação será a ruídos se considerarmos recursos quânticos, como coerência e emaranhamento, que são frágeis à ação de canais de comunicação ruidosos, sendo facilmente destruídos. “É fundamental que numa teoria de informação, sobretudo uma teoria quântica, sejamos capazes de distinguir estados, monitorando o quão distantes estes estão da situação ideal. Esta distinguibilidade pode, por exemplo, ser verificada através da comparação de estados a partir de normas de distância ou entropias relativas. É sabido, também, que dependendo da forma do canal de comunicação, seja este representado por uma dinâmica Markoviana ou não-Markoviana, os quantificadores de distinguibilidade apresentarão um comportamento. Assim, além de informar o quão distintos são os estados, os quantificadores nos mostram como os processos físicos afetam a distinguibilidade com a passagem do tempo. Este entendimento faz parte do estado da arte em teoria quântica da informação”, explica o pesquisador.

Para o Prof. Diogo, neste contexto, o feito do Guilherme é notável. “Modelando os processos físicos a partir da teoria de tensor de processo, o Guilherme percebeu que havia um gap na formulação de teoremas acerca da distinguibilidade existentes na literatura: algo conhecido como “critérios para a monotonicidade da entropia relativa sob ação de transformações físicas”, parte de considerações e argumentações que não são válidas em casos gerais, mas são tomadas como tais”, pontua o pesquisador, salientando que neste trabalho o Guilherme não só aponta essa falha, como apresenta a maneira correta de formular os critérios, garantindo sua validade geral. Este trabalho é, portanto, de suma importância para a comunidade, pois reformula corrigindo minuciosamente resultados anteriores e impede que futuros trabalhos de pesquisadores da área venham a se basear em critérios imprecisos, levando a abordagens falhas.

“É gratificante ver um jovem doutorando apresentar uma contribuição ímpar à comunidade. No nosso grupo de pesquisa sempre tivemos o Guilherme como exemplo de grande diligência e sabedoria. Um resultado de tamanha importância construído sozinho nos enche ainda mais de orgulho”, finaliza o Prof. Diogo Soares Pinto.

É intenção de Guilherme Zambon seguir seus estudos e realizar um pós-doutorado na área, continuando assim a sua linha de pesquisa.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de novembro de 2024

Alunos do “Colégio Equipe” (SP) visitam o IFSC/USP – O que faz um cientista? O que se faz no IFSC/USP? O que é a USP?

Profª Iza Cortado

Na sequência de um programa que já dura perto de quatorze anos, cerca de quarenta alunos do 9º ano do “Colégio Equipe”, da cidade de São Paulo, visitaram o IFSC/USP no dia 18 de outubro com a finalidade de conhecerem não só as infraestruturas do Instituto, como, também, ficarem por dentro de algumas das pesquisas que são realizadas e das oportunidades que encontrarão ao ingressarem na universidade. Inseridos em um trabalho de campo, os alunos, liderados pela Profª Iza Cortado, ficaram divididos em dois grupos, cada um deles orientado pelos Profs. Drs. Luiz Antônio de Oliveira Nunes e Reynaldo Daniel Pinto.

Para a Profª Iza Cortado, o grande objetivo desta visita é aproveitar o momento em que os alunos estão participando em feiras de ciências para poderem conhecer como é o processo relacionado com a metodologia de um pesquisador. Esta é a primeira vez que estes alunos se deparam com áreas de pesquisa e de tecnologia dentro de uma universidade, atendendo a que no ensino fundamental, embora exista o conceito e a metodologia de “investigação” na forma da elaboração do conhecimento, este é o primeiro momento em que eles se confrontaram com áreas experimentais. “É uma forma de poderem entender como é que se inicia uma pesquisa, começando pela escolha do tema, as etapas que se seguem, os sucessos e as frustações, como se escrevem artigos científicos e qual é a diferença entre essa escrita e aquela que não é científica. Na graduação, você já tem uma iniciação científica, só que no fundamental isso é diferente já que existe uma deficiência no investimento relativo à ciência”, pontua a Profª Iza Cortado.

Gabriel Ribeiro e Olívia Hernandes

Ao falar de sua carreira científica ao longo de quarenta anos no IFSC/USP, o Prof. Luiz Antônio destacou junto aos alunos as possibilidades que eles terão em estudar no Campus USP de São Carlos, seja em que curso for. A grande mensagem dada pelo cientista foi que qualquer jovem pode alcançar o sucesso em sua vida, desde que se dedique plenamente aos estudos, sendo que hoje todos quantos alcançaram grandes fortunas e notoriedade não foi graças a heranças, mas sim às apostas feitas na área acadêmica, nas universidades.

Já em sua exposição, o Prof. Reynaldo Daniel Pinto destacou a área de neurociência e neurotologia, abordando pesquisas relacionadas com o funcionamento do cérebro humano.

O aluno Gabriel Ribeiro (16) ficou impressionado, principalmente com as histórias das vidas de Galileu Galilei e Aristóteles, contadas pelo Prof. Luiz Antônio. Embora tenha achado interessante as palestras apresentadas no IFSC/USP, sua tendência é ingressar numa universidade que tenha um curso relacionado com arte e comunicação ou imagem e som, pois sua atual paixão está direcionada à edição de vídeos.

Já a aluna Olívia Hernandes (15), que participou da palestra do Prof. Reynaldo Daniel Pinto, ficou impressionada com o conhecimento apresentado pelo docente e sentiu-se atraída pelos temas que ele apresentou. “A neurociência é complicada, muito complicada, mas é apaixonante pois envolve muitas coisas. Ainda é muito cedo para decidir a minha vida universitária, mas estou inclinada para a área de medicina e, agora, entusiasmada com a neurociência”, finaliza Olívia.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de outubro de 2024

USP Filarmônica apresenta concerto com a Orquestra de Estudantes da FFCLRP-USP e solistas convidados

Na sequência da “Série de Concertos USP” que assinala, desde março último, as comemorações dos 30 anos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a USP Filarmônica apresenta no próximo dia 30 de outubro, às 20h00, na sede-social do São Carlos Clube – Av. São Carlos, 1919 -, atendendo a que, por motivos técnicos, este concerto não se poderá realizar no Saguão do Centro de Convenções localizado na Área-2 do Campus USP São Carlos, conforme estava programado.

Assim, em seu penúltimo concerto, a USP Filarmônica apresentará a “Orquestra de Estudantes da FFCLRP-USP” sob a regência do Maestro Lucas Eduardo da Silva Galon e com a participação dos solistas Raquel Paulin (soprano), Juliana Taino (mezzo-soprano) e Samuel Silva (violoncelo).

 

Neste concerto serão interpretadas as seguintes obras:

Homero de Sá Barreto (1884-1924)

Romance para violoncelo solo e orquestra – com orquestração de Lucas Eduardo da Silva Galon;

 Anônimo pradense do século XIX

Duas Modinhas Pradensespesquisa de Adhemar Campos Filho e George Olivier Toni (Lira Ceciliana de Prados, MG), com harmonização e orquestração de Rubens Russomanno Ricciardi;

Lucas Eduardo da Silva Galon (*1980)

Busque Amor Novas Artes, Novo Engenho para mezzo-soprano solista – soneto de Luís Vaz de Camões (ca.1524-1579 ou 1580);

 Claudio Santoro (1919-1989)

Com poemas de Vinícius de Moraes (1913-1980) e orquestrações de Rubens Russomanno Ricciardi

– Amor em Lágrimas para mezzo-soprano solista;

– Ouve o Silêncio para soprano solista;

 Rubens Russomanno Ricciardi (*1964)

Agora que Sinto Amor para soprano solista – com poema de Fernando Pessoa (1888-1935);

Henrique Alves de Mesquita (1830-1906)

Os Beijos de Frade – Lundum para soprano solista – com letra de Eduardo Diniz Villas-Boas (?-1891) e arranjo de Rubens Russomanno Ricciardi;

Dolores Duran (1930-1959)

A Noite do Meu Bem para soprano solista – com orquestração de Rubens Russomanno Ricciardi;

José Gustavo Julião de Camargo (*1961)

Venid a Sospirar para mezzo-soprano solista – invenção musical sobre canção do século XVI: Venid a Sospirar al Verde Prado do Cancioneiro de Elvas, Portugal;

Rubens Russomanno Ricciardi (*1964)

Lilia, oh Lilia! – Minueto para mezzo-soprano solista – com poema do cancioneiro de Domingos Caldas Barbosa (Lereno Selinuntino) (ca.1740-1800);

Lundum da Nhanhazinha para mezzo-soprano solista, com cantus firmus de Gilberto Mendes (1922-2016) e poema do cancioneiro de Domingos Caldas Barbosa (Lereno Selinuntino) (ca.1740-1800);

Lupcínio Rodrigues (1914-1974)

Felicidade para soprano e mezzo-soprano solistas – com orquestração de Rubens Russomanno Ricciardi;

Solistas:

Raquel Paulin (soprano) – formada pela Escola Municipal de Música de São Paulo, foi premiada no Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas. Vem atuando, em especial, como solista no Theatro São Pedro e no Theatro Municipal, em São Paulo, em inúmeras récitas de ópera e concertos sinfônicos. No seu repertório constam papéis como Lucy, na ópera The Telephone de Gian Carlo Menotti; Lauretta, em Gianni Schicchi de Giacomo Puccini; e Cecy, em Il Guarany de Antônio Carlos Gomes. Recentemente, atuou como solista das orquestras de Campinas e do Paraná, bem como da USP Filarmônica, em especial pela 56º edição do Festival Música Nova “Gilberto Mendes”, em Ribeirão Preto.

Juliana Taino (mezzo-soprano) – graduada pela Faculdade de Artes Alcântara Machado em São Paulo. Integrou o Opera Studio do Theatro Municipal de São Paulo e a Academia de Ópera do Theatro São Pedro. Venceu os concursos Jovens Solistas da Fundação Clóvis Salgado, Maria Callas, Linus Lerner e da Academia de Ópera de Florença. Atuando desde 2011, já foi solista, entre outros, do Theatro Municipal de São Paulo, do Palácio das Artes em Belo Horizonte e do Theatro São Pedro em São Paulo. Em 2023, debutou no Festival de Ópera do Amazonas com Anna Bolena (Donizetti) e no Teatro Colón de Buenos Aires em Il Turco in Italia.

Samuel Eduardo da Silva (violoncelo) – iniciou seus estudos no Projeto Guri, com Ladson Bruno Mendes e Robson Fonseca. Licenciado em música pelo Centro Universitário Claretiano, é hoje bacharelando pelo Departamento de Música da FFCLRP-USP (na classe do professor André Micheletti) e mestrando pela UFRN (sob orientação de Fabio Presgrave). Atualmente leciona na ALMA (Academia Livre de Música e Artes – Polo Guará) e CEMART (Barretos). É músico da Orquestra Sinfônica Municipal de Barretos e bolsista da USP Filarmônica.

O Maestro:

Lucas Eduardo da Silva Galon (maestro convidado) – Professor doutor do Departamento de Música da FFCLRP-USP, é compositor, multi-instrumentista, maestro e escritor/pesquisador na linha de pesquisa da Poíesis Crítica. É doutor, mestre e graduado em Música pela ECA-USP, com pós-doutorado pela FFCLRP-USP (Filô). Foi docente da UNAERP e da CECH-UFSCar. Foi diretor artístico da Academia Livre de Música e Artes (ALMA) e da Instituição Aparecido Savegnago, bem como coordena o projeto USP Música-Criança em São Joaquim da Barra. É diretor artístico do Festival Música Nova “Gilberto Mendes” e autor, entre outros, do livro Villa-Lobos – Conceitos Fundamentais, pela Fundação do Livro de Ribeirão Preto. Recentemente, numa parceria da ALMA com a USP Filarmônica, regeu a sua ópera The Young King (com libreto inspirado em obra de Oscar Wilde) em estreia mundial.

Os ingressos antecipados para este concerto – com entrada livre e gratuita – estarão sendo distribuídos no dia 29 de outubro, na Assessoria de Comunicação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) entre as 09h00/11h30 e 14h00/17h30, e no dia do evento, na sede-social do São Carlos Clube – Av. São Carlos, 1919, entre as 18h30/19h55.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de outubro de 2024

Concerto com a Orquestra de Estudantes da FFCLRP-USP e solistas convidados na Sede-Social do São Carlos Clube (Avenida)

Na sequência da “Série de Concertos USP” que assinala, desde março último, as comemorações dos 30 anos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a USP Filarmônica apresenta no próximo dia 30 de outubro, às 20h00, na sede-social do São Carlos Clube – Av. São Carlos, 1919 -, atendendo a que, por motivos técnicos, este concerto não se poderá realizar no Saguão do Centro de Convenções localizado na Área-2 do Campus USP São Carlos.

Assim, em seu penúltimo concerto, a USP Filarmônica apresentará a “Orquestra de Estudantes da FFCLRP-USP” sob a regência do Maestro Lucas Eduardo da Silva Galon e com a participação dos solistas Raquel Paulin (soprano), Juliana Taino (mezzo-soprano) e Samuel Silva (violoncelo).

Neste concerto serão interpretadas as seguintes obras:

Homero de Sá Barreto (1884-1924)

Romance para violoncelo solo e orquestra – com orquestração de Lucas Eduardo da Silva Galon;

Anônimo pradense do século XIX

Duas Modinhas Pradensespesquisa de Adhemar Campos Filho e George Olivier Toni (Lira Ceciliana de Prados, MG), com harmonização e orquestração de Rubens Russomanno Ricciardi;

Lucas Eduardo da Silva Galon (*1980)

Busque Amor Novas Artes, Novo Engenho para mezzo-soprano solista – soneto de Luís Vaz de Camões (ca.1524-1579 ou 1580);

Claudio Santoro (1919-1989)

Com poemas de Vinícius de Moraes (1913-1980) e orquestrações de Rubens Russomanno Ricciardi

– Amor em Lágrimas para mezzo-soprano solista;

– Ouve o Silêncio para soprano solista;

Rubens Russomanno Ricciardi (*1964)

Agora que Sinto Amor para soprano solista – com poema de Fernando Pessoa (1888-1935);

Henrique Alves de Mesquita (1830-1906)

Os Beijos de Frade – Lundum para soprano solista – com letra de Eduardo Diniz Villas-Boas (?-1891) e arranjo de Rubens Russomanno Ricciardi;

Dolores Duran (1930-1959)

A Noite do Meu Bem para soprano solista – com orquestração de Rubens Russomanno Ricciardi;

José Gustavo Julião de Camargo (*1961)

Venid a Sospirar para mezzo-soprano solista – invenção musical sobre canção do século XVI: Venid a Sospirar al Verde Prado do Cancioneiro de Elvas, Portugal;

Rubens Russomanno Ricciardi (*1964)

Lilia, oh Lilia! – Minueto para mezzo-soprano solista – com poema do cancioneiro de Domingos Caldas Barbosa (Lereno Selinuntino) (ca.1740-1800);

Lundum da Nhanhazinha para mezzo-soprano solista, com cantus firmus de Gilberto Mendes (1922-2016) e poema do cancioneiro de Domingos Caldas Barbosa (Lereno Selinuntino) (ca.1740-1800);

Lupcínio Rodrigues (1914-1974)

Felicidade para soprano e mezzo-soprano solistas – com orquestração de Rubens Russomanno Ricciardi;

Raquel Paulin (soprano) – formada pela Escola Municipal de Música de São Paulo, foi premiada no Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas. Vem atuando, em especial, como solista no Theatro São Pedro e no Theatro Municipal, em São Paulo, em inúmeras récitas de ópera e concertos sinfônicos. No seu repertório constam papéis como Lucy, na ópera The Telephone de Gian Carlo Menotti; Lauretta, em Gianni Schicchi de Giacomo Puccini; e Cecy, em Il Guarany de Antônio Carlos Gomes. Recentemente, atuou como solista das orquestras de Campinas e do Paraná, bem como da USP Filarmônica, em especial pela 56º edição do Festival Música Nova “Gilberto Mendes”, em Ribeirão Preto.

Juliana Taino (mezzo-soprano) – graduada pela Faculdade de Artes Alcântara Machado em São Paulo. Integrou o Opera Studio do Theatro Municipal de São Paulo e a Academia de Ópera do Theatro São Pedro. Venceu os concursos Jovens Solistas da Fundação Clóvis Salgado, Maria Callas, Linus Lerner e da Academia de Ópera de Florença. Atuando desde 2011, já foi solista, entre outros, do Theatro Municipal de São Paulo, do Palácio das Artes em Belo Horizonte e do Theatro São Pedro em São Paulo. Em 2023, debutou no Festival de Ópera do Amazonas com Anna Bolena (Donizetti) e no Teatro Colón de Buenos Aires em Il Turco in Italia.

Samuel Eduardo da Silva (violoncelo) – iniciou seus estudos no Projeto Guri, com Ladson Bruno Mendes e Robson Fonseca. Licenciado em música pelo Centro Universitário Claretiano, é hoje bacharelando pelo Departamento de Música da FFCLRP-USP (na classe do professor André Micheletti) e mestrando pela UFRN (sob orientação de Fabio Presgrave). Atualmente leciona na ALMA (Academia Livre de Música e Artes – Polo Guará) e CEMART (Barretos). É músico da Orquestra Sinfônica Municipal de Barretos e bolsista da USP Filarmônica.

O Maestro:

Lucas Eduardo da Silva Galon (maestro convidado) – Professor doutor do Departamento de Música da FFCLRP-USP, é compositor, multi-instrumentista, maestro e escritor/pesquisador na linha de pesquisa da Poíesis Crítica. É doutor, mestre e graduado em Música pela ECA-USP, com pós-doutorado pela FFCLRP-USP (Filô). Foi docente da UNAERP e da CECH-UFSCar. Foi diretor artístico da Academia Livre de Música e Artes (ALMA) e da Instituição Aparecido Savegnago, bem como coordena o projeto USP Música-Criança em São Joaquim da Barra. É diretor artístico do Festival Música Nova “Gilberto Mendes” e autor, entre outros, do livro Villa-Lobos – Conceitos Fundamentais, pela Fundação do Livro de Ribeirão Preto. Recentemente, numa parceria da ALMA com a USP Filarmônica, regeu a sua ópera The Young King (com libreto inspirado em obra de Oscar Wilde) em estreia mundial.

Os ingressos antecipados para este concerto – com entrada livre e gratuita – estarão sendo distribuídos no dia 29 de outubro, na Assessoria de Comunicação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) entre as 09h00/11h30 e 14h00/17h30, e no dia do evento, na sede-social do São Carlos Clube – Av. São Carlos, 1919, entre as 18h30/19h55.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de outubro de 2024

USP sedia Feira de Ciências regional

Profa. Yvonne Mascarenhas, com o Clube de Ciências que a homenageou

No sábado, 19 de outubro, foi realizada a Feira de Ciências da Diretoria Regional de Ensino – São Carlos 2024, no Centro de Convenções da USP, Área 2. A Feira recebeu estudantes e professores de 46 escolas, provenientes de 7 municípios, geridos pela Diretoria de Ensino. Ao longo do ano foram formados 160 Clubes de Ciências nas escolas, os quais apresentaram seus experimentos na Feira, que recebeu cerca de 15 mil visitantes. O tema principal dos experimentos foi a Agenda 2030 da ONU, que promove o desenvolvimento ambiental sustentável, além da erradicação da pobreza e da promoção de vida digna para todos.

Um dos Clubes de Ciências, da EE Prof. Gabriel F. do Amaral, apresentou o tema “Tributo à Profa. Yvonne Primerano Mascarenhas”, renomada cientista brasileira, e uma das pioneiras na fundação do então Instituto de Química e Física de São Carlos (IFQSC), da Universidade de São Paulo.

Organizadores da Feira de Ciências: José Marcos Alves, Wilma Barrionuevo, Debora Blanco e Nelma Bossolan

Grande oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico e membro titular da Academia Brasileira de Ciências desde 2001, Yvonne foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira no Departamento de Física da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), em 1956. Desde então, destacou-se como pesquisadora e educadora, tanto em níveis de graduação quanto no importante trabalho que sempre desempenhou como Coordenadora de Difusão e Popularização da Ciência, atividade que exerce ainda hoje, aos 93 anos de idade, inspirando milhares de estudantes e professores em suas trajetórias acadêmicas. Durante o evento da Feira de Ciências, a Prof. Yvone foi levada até o Clube de Ciências que a homenageou e todos ficaram bastante comovidos. Os estudantes do Clube produziram desenhos e gravuras da professora, baseados em fotos que capturam diferentes momentos de sua trajetória acadêmica, além de terem produzido paineis ilustrativos e um vídeo com teor histórico.

A Feira de Ciências de 2024 foi organizada pelos seguintes educadores: Dirigente Débora Gonzalez Costa Blanco e supervisora de ensino Dra. Marília Faustino, da Diretoria Regional de Ensino; Dra. Wilma Barrionuevo. Coordenadora Executiva do EduSCar; Dra. Nelma Bossolan, Diretora do CDCC-USP; Dra. Leila Beltramini e Dra. Gislaine Costa, do EIC-CIBFAR-USP, e o Dr. José Marcos Alves, do GEAS-USP. Contou, ainda, com importante apoio das seguintes Instituições: FAPESP, CNPq, CDCC, Instituto Angelim, PUSP SC, GEAS-USP SC e PRCEU-USP.

O EduScar consiste em uma parceria promovida por coordenadores de CEPIDs/Fapesp e INCTs/CNPq. Destacam-se os renomados pesquisadores doutores Edgar Zanotto, Glaucius Oliva, Vanderlei Bagnato, José Alberto Cuminato (Poti), Deisy G. de Souza, Marco Henrique Terra, Euclydes Marega Jr e Arlene G. Corrêa, os quais uniram-se a outros pesquisadores em prol da melhoria de ensino na região de São Carlos e do país. A coordenadora executiva é a Dra. Wilma Barrionuevo, que desenvolve as atividades educacionais com as escolas da região de São Carlos.

Feira de Ciências da Diretoria Regional de Ensino – São Carlos 2024

Os Clubes de Ciências foram idealizados pelo Prof. Vanderlei Bagnato e pela Dirigente Débora Blanco.

(Texto da autoria da Drª Wilma Barrionuevo)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de outubro de 2024

Quarta-sináptica – “Neuroetologia – Comparando cérebros”

Qual a relação entre o tamanho dos cérebros e dos corpos dos animais?

Há algum ingrediente comum nos sistemas nervosos que podemos usar para ordená-los em uma linha de tempo evolutiva?

Existem modelos simples para depressão e agressividade?

O que existe no neocortex dos mamíferos?

O material base da discussão pode ser acessado AQUI.

23 de outubro de 2024

Vem aí o “Hacka-USP”: O maior hackathon da Universidade de São Paulo

Nos dias 09 e 10 do próximo mês de novembro, entre as 08h00 e as 19h00, o maior hackathon da Universidade de São Paulo retorna em sua sétima edição, resgatando o entusiasmo de uma comunidade sedenta por inovação.

Com novos desafios, temas repaginados e um compromisso renovado em criar soluções de impacto, o “HackaUSP” promete trazer à universidade uma efervescência tecnológica, buscando transformar a sociedade. Nesta retomada, o evento reforça seu papel pioneiro em conectar mentes criativas e empreendedoras em prol de um futuro mais inovador e engajado.

O que é o HackathonUSP?

O “HackaUSP” é uma iniciativa pioneira da Universidade de São Paulo que reúne a comunidade uspiana com um propósito transformador – desenvolver soluções tecnológicas de impacto que impulsionem a inovação dentro da universidade. Este hackathon emblemático consolidou-se ao longo dos anos como um marco de inovação, promovendo o surgimento de ideias disruptivas por meio da colaboração entre estudantes da USP.

Como funciona?

Os inscritos, reunidos em um grupo de 3 a 4 pessoas, desenvolverão uma startup destinada a resolver um problema surpresa apresentado no Hackathon, e as equipes deverão propor uma solução inovadora para solucionar a questão.

Se você é uspiano e tem até 35 anos, este convite é para você!

Não perca a chance de participar do nosso evento exclusivo.

O local do evento será na Rua Augusta, 1917 – 7º andar – Cerqueira César – São Paulo – SP, 01413-000

Se gostou da ideia, inscreva-se AQUI.

Saiba mais, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de outubro de 2024

Terapia à base de luz reduz resistência de bactéria a antibióticos

Como tem sido cada vez mais difícil desenvolver antibióticos contra bactérias resistentes, cientistas do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica da USP de São Carlos buscaram enfraquecê-las de modo que as substâncias disponíveis para o tratamento tenham mais eficácia.

Conhecido como inativação fotodinâmica, o tratamento utiliza luz e um fotossensibilizador que, em contato com a luminosidade, ganha energia e inicia uma série de reações com o oxigênio no local, causando oxidação e destruindo o microrganismo ou diminuindo sua resistência aos antibióticos.

Com apoio da FAPESP, o grupo testou a estratégia em bactérias (Staphylococcus aureus) isoladas em amostras de pacientes e que podem causar desde infecções cutâneas até pneumonia.

Após cinco ciclos de tratamento, a resistência microbiana foi vencida.

Assista AQUI.

(IN: Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de outubro de 2024

9° Congresso de Graduação da USP – “Inclusão no ensino de graduação”

O 9° Congresso de Graduação da USP abordará o tema “Inclusão no ensino de graduação”. O evento acontecerá na Faculdade de Direito no Largo de São Francisco, nos dias 22 e 23 de outubro.

O objetivo do evento é discutir fundamentos e práticas de identificação de barreiras e de intervenção pedagógica para garantir a permanência, o acesso e promover um ensino de qualidade. 

Inscreva-se e obtenha todas as informações entre 02 de setembro e 14 de outubro no portal da organização (AQUI).

21 de outubro de 2024

Combate ao glioblastoma – Pesquisadores do IFSC/USP usam nanotecnologia para administrar medicamentos por via nasal

O Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP) acaba de concluir uma pesquisa que tem o foco de administrar medicamentos por via nasal a pacientes com glioblastoma, um tipo de câncer cerebral.

Essa metodologia substitui os procedimentos tradicionais que colocam uma série de desafios a médicos e pacientes, sendo que um deles é a quimioterapia-padrão, via oral, que exige altas doses para superar a barreira hematoencefálica e que provocam muitos efeitos colaterais.

Para mitigar o problema, os cientistas do GNano, Natália Noronha Ferreira Naddeo e o Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, em parceria com o Dr. Rui Reis, do Hospital de Câncer de Barretos (SP), criaram um sistema baseado em nanotecnologia que promete servir como um atalho mais seguro para o tratamento, utilizando um acesso pelo nariz. Para isso, foram criadas nanopartículas com um quimioterápico e recobertas por membranas de células retiradas do tumor.  O truque faz com que essas estruturas, ao penetrarem os nervos olfativos, sejam atraídas pela região acometida pela doença no cérebro.

Testes in vivo, em modelos animais, demonstraram que o fármaco mantém sua configuração intacta e é capaz de acessar, combater e reduzir o tumor.  A plataforma, inédita, abre portas para futuras pesquisas na aplicação da nanotecnologia na oncologia.

O que é o Glioblastoma?

O glioblastoma é um tipo de câncer considerado bastante agressivo em sua forma mais grave, sendo que as informações sobre mutações genéticas que causam esse tipo de tumor ainda são escassas. A manifestação de sintomas está relacionada com a localização cerebral do tumor. De forma geral, o quadro clínico se apresenta por meio de cefaleia (dor de cabeça) persistente, mais intensa na parte da manhã. Outro sintoma que pode se desenvolver, dependendo da localização do glioma, é o de visão comprometida. No caso, o paciente pode apresentar visão embaçada ou dupla, enquanto crianças que apresentam o tumor na região do cerebelo sofrem com instabilidade motora, desequilíbrio e irritabilidade constante (In – Dr. André de Macedo Bianco – Neurocirurgião / Hospital Nove de Julho)

Este trabalho de pesquisa do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do IFSC/USP conquistou, em setembro último, um dos oito prêmios atribuídos pela revista “Veja” e inseridos no “Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica” (“Terapias e tratamentos inovadores: nanotecnologia para administrar medicamentos via nasal”), distinções que essas que foram concedidas a trabalhos que contribuem de forma efetiva nos avanços em genômica, diagnóstico, prevenção, tratamento, saúde digital e coletiva.

Confira AQUI o artigo científico relativo à parte inicial do trabalho desta pesquisa.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de outubro de 2024

Edital para Bolsa do Programa Institucional de Pós-Doutorado (PIPD)

O Programa de Pós-Graduação em Física do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo estará recebendo inscrições, no período de 01/11/2024 a 18/11/2024, de candidatos(as) para uma (1) vaga de bolsa de pós-doutorado do Programa Institucional de Pós-Doutorado (PIPD) da CAPES para desenvolvimento de pesquisa nas áreas de concentração de Física Teórica, Física Experimental, Física Biomolecular ou Física Computacional.

Edital completo disponível AQUI na aba Processo Seletivo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de outubro de 2024

Nova sede da ACIESP será instalada na USP

O presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP), professor Adriano Andricopulo, reuniu-se com o reitor da Universidade de São Paulo (USP), professor Carlos Carlotti Junior, para formalizar a instalação da nova sede da Academia na USP.

A reunião, que também contou com a participação do professor Edmilson Dias de Freitas, Coordenador Executivo do Gabinete do Reitor, e do professor Norberto Peporine Lopes, Diretor-financeiro da ACIESP, representou um passo decisivo para o avanço da ciência, tecnologia, inovação e educação no estado de São Paulo e no Brasil.

Com essa nova sede, a ACIESP reafirma sua liderança no cenário científico e educacional, fortalecendo seu papel como protagonista no desenvolvimento do conhecimento no país.

Mais novidades sobre a nova sede serão anunciadas em breve!

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de outubro de 2024

IFSC/USP reforça colaboração com Universidade Nacional de São Luís (Argentina)

Profª Celeste Bernini

O IFSC/USP está reforçando a colaboração científica com a Universidade Nacional de São Luís (Argentina), que já remonta há cerca de quinze anos, desta vez através da visita e permanência, desde setembro último, de uma de suas pesquisadoras no âmbito de um treinamento junto ao difratômetro de raios-x de monocristal adquirido há cerca de dois anos pelo Laboratório Multiusuário de Cristalografia Estrutural (LaMuCrEs), uma estrutura integrada no Grupo de Cristalografia do Instituto.

De fato, a Universidade Nacional de São Luís (UNSL) prepara-se para no próximo ano receber um equipamento igual ao que se encontra no IFSC/USP, sendo que a Profª Celeste Bernini (42) permanecerá no IFSC/USP até o final de dezembro, no âmbito de uma bolsa de pesquisa de pós-doutorado que obteve do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (CONICET, Argentina), da qual integra a sua carreira de investigação desde 2013.

Neste contexto, a pesquisadora desenvolve atividades de investigação relacionadas com o seu tema de trabalho na área dos materiais conhecidas como “Redes Metal-Orgânicas”. Este contexto é uma excelente oportunidade para ela tendo o foco de poder recolher todas as informações necessárias sobre o citado equipamento, para que possa atender as demandas dos pesquisadores de sua universidade.

Doutora em Química, com especialidade na área de química inorgânica de materiais, com Pós-Doutorado realizado no Instituto de Ciências e Materiais de Madrid (Espanha) e com interesses particulares no desenvolvimento de novos materiais para campos de luminescência, catálise, biossensores, etc, a Profª Celeste Bernini considera que a parte mais difícil de seu treinamento junto ao equipamento tem sido o manuseamento dos softwares, atendendo a que desde 2010 houve um grande avanço na parte tecnológica dos equipamentos similares ao que se encontra no IFSC/USP. “As tecnologias avançaram muito e neste equipamento vou ter que me familiarizar com profundidade de todos os parâmetros para poder trabalhar com estruturas cristalinas e isso certamente irá tomar grande parte do meu treinamento”, pontua a pesquisadora.

O novo difratômetro de raios-x de monocristal que será instalado na Universidade Nacional de São Luís irá igualmente beneficiar uma larga comunidade de usuários da área de cristalografia de outras universidades argentinas, já que este tipo de instrumentação é muito escasso na Argentina e poderá dar acesso a usuários não só da Universidade de San Luís, mas também àqueles que realizam estudos cristalográficos em outras universidades daquele país e região, que não possuem este tipo de equipamento. Quando instalado na UNSL, será o quarto instrumento desse tipo em todo o país, contribuindo para a consolidação de grupos que realizam estudos cristalográficos e estão distantes da cidade de Buenos Aires e La Plata, que sempre foram os centros de destaque em cristalografia na Argentina.

Celeste Berrini irá participar entre os dias 02 e 08 de dezembro no IFSC/USP do “São Carlos OpenLab 2024” uma escola organizada pela Associação Latino-Americana de Cristalografia, tendo como base a última edição realizada em 2018, em Montevidéu – Uruguai – e nas experiências organizativas dos eventos anteriores, incluindo os “IUCr-UNESCO Bruker OpenLabs”, em 2014 e 2016. O programa desta escola estará dividido em aulas teóricas e práticas, incluindo os princípios de solução e refinamento de estruturas cristalinas, ministradas por renomados especialistas na área, sendo que esta iniciativa tem o intuito de contribuir para a capacitação dos estudantes da América Latina na área de cristalografia.

Prof. Javier Ellena (IFSC/USP) e Profª Celeste Bernini

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de outubro de 2024

Atualização da produção científica do IFSC/USP em setembro de 2024

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de setembro de 2024, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP  (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, em frente à Biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Water Research” (VER AQUI).

15 de outubro de 2024

Nobel de Física vai para pesquisadores de modelos de Inteligência Artificial

Os cientistas John J. Hopfield, da Universidade de Princeton (USA) e Geoffrey E. Hinton, da Universidade de Toronto, no Canadá, foram laureados com o Prêmio Nobel de Física de 2024 tendo em consideração seus trabalhos na consolidação do conhecimento necessário para o desenvolvimento de modelos de Aprendizado de Máquina, considerados suportes para a introdução da Inteligência Artificial (IA).

John Hopfield criou uma memória associativa que pode armazenar e reconstruir imagens e outros tipos de padrões em grandes bases de dados, enquanto Geoffrey Hinton um método que pode encontrar propriedades em dados, de forma autônoma e, assim, executar tarefas como identificar elementos específicos em imagens de maneira autônoma.

Curiosamente, o Prof. John Hopfield foi orientador/supervisor de doutorado do docente e pesquisador da USP – Professor Honorário do IFSC/USP – Prof. José Nelson Onuchic, grau acadêmico concluído no Caltech (USA) em 1987.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de outubro de 2024

Democracia ambiental é tema de evento internacional na UFSCar

Encontro recebe submissão de trabalhos para publicação em revistas indexadas; inscrições abertas

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) vai sediar, pela primeira vez, o Encontro Internacional em Democracia Ambiental. O tema deste ano será “Ambiente de todos, ambiente para todos: ativismo ambiental como parte da solução”. O evento está na terceira edição e já foi realizado em São Luís (MA) e também em Coimbra, em Portugal. As atividades, incluindo palestras, oficinas e apresentação de trabalhos, vão ocorrer entre 15 e 17 de outubro no Campus São Carlos. A organização é do Instituto Jurídico da Universidade de Coimbra (IJ) e do Centro de Estudos em Democracia Ambiental da UFSCar (CEDA) da UFSCar.

As inscrições com submissão de trabalho podem ser feitas até 8 de setembro. Os trabalhos apresentados durante o encontro serão analisados e os selecionados serão publicados em revistas indexadas. Podem se inscrever, na modalidade de ouvintes ou autores de trabalhos, pesquisadores, professores universitários, alunos de graduação e pós-graduação; juristas, sociólogos, antropólogos, cientistas políticos, cientistas ambientais, engenheiros, arquitetos e urbanistas, técnicos e demais profissionais especializados; membros do Ministério Público Estadual e Federal, profissionais do Poder Judiciário Estadual e Federal e demais pessoas interessadas no tema. Confira todas as informações para inscrições no edital (VER AQUI), disponível no site do evento (AQUI). Também é possível fazer as inscrições na modalidade de ouvinte. As vagas para o evento são limitadas e os participantes receberão certificado.

O evento foi pensado de modo a diversificar a temática ativismo ambiental em oito Grupos de Trabalho (GTs): 1. Ativismo Climático; 2. Ativismo e Água; 3. Diversidade e Meio Ambiente; 4. Ativismo e Saneamento Básico; 5. Ativismo Judicial e Meio Ambiente, 6. Ativismo e o Planejamento Urbano; 7. Populações Tradicionais, Ambiente e Ativismo; e 8. Ativismo Normativo.
Na programação são destaques as participações de três grandes especialistas do Direito Ambiental: as portuguesas Alexandra Aragão e Dulce Lopes, professoras da Universidade de Coimbra, e a italiana Giulia Parola, professora visitante da UniRio, doutora em Direito pela Université Paris V René Descartes (França) e Università degli Studi di Torino (Italia). Os trabalhos apresentados serão publicados na Revista CEDOUA (Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente), da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, na Revista Culturas Jurídicas da Universidade Federal Fluminense (Qualis Capes A2) e na Revista Fórum Ambiental da Alta Paulista (Qualis Capes A2).

Ativismo ambiental

A democracia ambiental tem sido reconhecida pela ONU como a melhor maneira de tratar as questões ambientais em geral, por meio do acesso à informação ambiental, acesso à participação ambiental e acesso à justiça ambiental, relata Celso Maran de Oliveira, professor do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) e coordenador do CEDA/UFSCar. “É muito importante discutir esses três eixos conjuntos da Democracia Ambiental, e verificar as ações que têm sido implementadas, de forma a contribuir para a busca por soluções dos problemas ambientais que enfrentamos atualmente”, avalia.

A democracia ambiental foi institucionalizada na Declaração do Rio, em 1992, a Eco 92, estabelecendo que “o acesso a esses direitos foi reconhecido como essencial para a promoção do desenvolvimento sustentável, da democracia e do meio ambiente sadio, que proporcionam diversos benefícios, tais como: contribuir para a tomada das melhores decisões e aplicá-las de modo mais eficaz; envolver o público a respeito dos problemas ambientais; contribuir para a prestação de contas e transparência na gestão pública; e facilitar a mudança nos padrões de produção e consumo”.

A UFSCar foi escolhida para sediar a terceira edição do evento graças a uma parceria institucional consolidada do CEDA/UFSCar com o Instituto Jurídico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. “A escolha se deu pelo fato desta terceira edição do evento contemplar a submissão de trabalhos científicos. A UFSCar é referência em pesquisa e o evento pretende estar mais próximo de seus pesquisadores. Acreditamos que os pesquisadores da UFSCar têm pesquisas relevantes na área ambiental em geral e que poderão ser apresentados no evento”, conta o coordenador do CEDA/UFSCar.

A programação detalhada e as orientações para inscrições e submissão de trabalhos estão no site (VER AQUI).

Dúvidas podem ser esclarecidas pelo Instagram @cedaufscar e também pelo e-mail ceda@ufscar.br.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de outubro de 2024

Em Ciência da Computação – Doutorando da USP São Carlos conquista medalha de ouro no “Global Undergraduate Award – 2024”

Com a apresentação da pesquisa intitulada “Bioprediction PPI, Predict Interactions Between Biological Sequences”, o doutorando da USP São Carlos, Bruno Rafael Florentino, conquistou recentemente a Medalha de Ouro “Thomas Clarkson”, elevando-o como o melhor do mundo na categoria “Ciência da Computação”, do “Global Undergraduate Award – 2024” – Irlanda.

O “Global Undergraduate Awards” é o principal programa de premiação de graduação do mundo que reconhece os melhores trabalhos de graduação, compartilhando esses trabalhos com um público global e conectando alunos de diferentes culturas e disciplinas, sendo uma organização sem fins lucrativos e sob o patrocínio do Presidente da Irlanda, Michael D. Higgins, desde 2012.

O “Global Undergraduate Awards” foi fundado em 2008, em Dublin, Irlanda, sendo que a iniciativa foi originalmente chamada de “Irish Undergraduate Awards” e estava aberta apenas a estudantes das sete universidades da Irlanda. Em 2012, a instituição se expandiu para aceitar inscrições de todas as instituições de ensino superior da Ilha da Irlanda, bem como das vinte melhores universidades da Grã-Bretanha, EUA e Canadá. Atualmente, a “Gobal Undergraduate Awards” aceita inscrições de estudantes de qualquer instituição de ensino superior do mundo.

Todos os anos a instituição coordena um programa de premiação para estudantes de graduação do penúltimo e último ano, bem como para estudantes que se formaram no ano do programa. Os participantes podem enviar seus trabalhos para uma das 25 categorias disponíveis, que representam uma ampla gama de disciplinas acadêmicas. Este trabalho é então avaliado anonimamente por um painel de acadêmicos internacionais e líderes da indústria. Os 10% melhores trabalhos são então pré-selecionados como “Altamente Recomendados” e a melhor inscrição em cada categoria é considerada a ”Vencedora Global”.

O grupo de juízes – por categoria – do “Global Undergraduate Awards” que avaliou os trabalhos

Bruno Rafael Florentino (22) é natural de Guaxupé – Sul de Minas Gerais – e iniciou sua graduação no IFSC/USP, no Curso de Bacharelado em Física, tendo mudado, ao final do primeiro ano, para o Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares, onde se apaixonou definitivamente por Biologia Molecular Computacional. Por sugestão do docente do IFSC/USP, Prof. Alessandro Nascimento, Bruno Rafael transitou para o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), sob a orientação do Prof. André Ponce de Leon, tendo iniciado aí seu caminho na área de Bioinformática, incentivado pelo doutorando Robson Bonidia, que já trabalhava nessa área com uma pesquisa dele. “Através dessa pesquisa, ele me indicou fazer um estudo separado, uma espécie de complemento de sua própria pesquisa. Foi aí que iniciei esse trabalho com o foco de predizer se duas proteínas interagem ou se uma RNA e uma proteína podem interagir, ou não. A pesquisa de Robson era mais sobre classificar proteínas entre os diferentes tipos”, explica Bruno.

Com efeito, André Ponce de Leon e Robson Bonidia são exímios na parte de consolidar o estado da arte, até porque hoje em dia muito se fala sobre a democratização da Inteligência Artificial (IA), já que existem centenas de artigos falando de predição de interações, só que muitos apenas dialogam com outros especialistas em aprendizado de máquina. “São muitas descrições acerca do que você pode fazer para predizer, mas está surgindo essa nova discussão sobre democratização, de como os biólogos podem estar à frente do processo de construção de modelos, atendendo a que eles têm os problemas, enquanto a parte da computação tem as soluções, por isso devemos trazê-las.”, enfatiza Bruno. A pesquisa desenvolvida por Bruno Florentino é de predição de interação, mas de uma forma automatizada, sendo que no seu modelo ele está tentando criar algo que consiga performar e predizer bem novas interações, independentemente do conjunto de dados usados para treinar. A aplicação criada é chamada “fim-a-fim”, que irá fazer todo o processo de construção de um modelo de aprendizado de máquina completamente automatizado.

“A ferramenta que desenvolvi tem o nome de “Bioprediction PPI”, e ela trabalha com interações entre sequências biológicas, sendo o foco proteína-proteína. Nessa pesquisa, lancei a primeira versão dessa ferramenta para predição de interações de forma completamente automatizada. Então, eu valido a minha ferramenta com vários modelos criados por especialistas, e o que ela mostra é que é possível criar um modelo geral que consiga ser competitivo com modelos criados por especialistas de forma automatizada, ou seja, é possível criar um modelo que possa competir com um especialista sem a necessidade de programação. Resumidamente, a ideia é criar uma ferramenta que permita ao biólogo treinar os seus próprios modelos preditivos. Com esse artigo escrito durante sua graduação, Bruno Florentino decidiu concorrer ao “Global Undergraduate Awards”, na área de Ciência da Computação, uma premiação que nunca ninguém ainda tinha conquistado na América do Sul, até ao momento em que ele se tornou o vencedor global nessa categoria com a premiação que classificou seu trabalho como o melhor do mundo.

Com a cerimônia de entrega do prêmio programada para entre os dias 10 e 13 de novembro, na cidade Dublin – Irlanda, Bruno Florentino, que atualmente frequenta o seu primeiro ano de doutorado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), segue firme na mesma linha de pesquisa, avançando agora para conseguir parcerias de biólogos com o foco de conseguir testar a ferramenta “in vivo”. “Pretendo ter esse diferencial de várias ferramentas do Estado da Arte, porque nunca encontrei nenhuma ferramenta que tenha sido proposta e validada ‘in vivo’: mesmo sendo validadas pelas metodologias da ciência da computação, elas nunca foram aplicadas realmente em problemas reais. Então, estou procurando isso”, conclui o premiado.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de outubro de 2024

Meditação e práticas corporais na Biblioteca do IFSC/USP abertas a toda a sociedade

Inseridos em um projeto apresentado à Comissão de Inclusão e Pertencimento do IFSC/USP, relativamente ao Edital PRIP no 04 / 2023 – Bem-Estar e Pertencimento, da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da Universidade de São Paulo, a Biblioteca do IFSC/USP está realizando até o próximo mês de dezembro do corrente ano uma série de encontros curtos de meditação e também de yoga subordinados ao tema “Meditação e práticas corporais na Biblioteca do IFSC/USP: Promovendo o bem-estar de sua comunidade”, com a finalidade de contribuir para a saúde e bem-estar dos participantes e, também, trazer ensinamentos para que as pessoas compreendam e tenham mais consciência sobre como é importante o autoconhecimento para a melhoria da qualidade de vida.

Sessão de Meditação

Os objetivos destas atividades, que se iniciaram nos passados meses de junho (Meditação) e agosto (Yoga), gratuitas e abertas a toda a comunidade do Campus USP de São Carlos e à sociedade são-carlense em geral, têm como base a divulgação da meditação enquanto técnica autoaplicável de relaxamento e regulação emocional, favorecendo sentimentos positivos e de bem-estar, bem como práticas corporais – neste caso a yoga – para prevenir e/ou amenizar sintomas de estresse, ansiedade e depressão.

Estas duas ações fazem parte de estratégias que têm em comum a melhoria da atenção e concentração necessárias ao estudo e trabalho, e que estão diretamente relacionadas com a capacidade de aquietar a mente, focando no presente e afastando qualquer distração, proporcionando relaxamento da mente e do corpo.

As ações contribuem para que os participantes tenham autonomia e motivação para inserir essas práticas em sua vida, ajudando a reduzir a ansiedade, aumentando a estabilidade emocional e a criatividade, trazendo ensinamentos para que as pessoas compreendam e tenham mais consciência sobre como é importante o autoconhecimento para a melhoria da qualidade de vida.

Sessão de Yoga

Este projeto é coordenado por Ana Mara Prado, responsável pela Biblioteca do IFSC/USP, tendo como cocoordenadoras as bibliotecárias Célia Diegues e Gracielli Pepe, com toda a equipe ocupando as responsabilidades de organização geral.

Sendo assim, os interessados poderão participar destas ações todas as segundas-feiras, à 12h30, para Yoga, e todas as quartas-feiras, igualmente às 12h30, para as sessões de Meditação, bastando estar presente na Biblioteca do IFSC/USP nos dias e horários informados.

Estas ações vão ao encontro dos ODS 03 – boa saúde e bem-estar.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP