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27 de setembro de 2013

Atual pró-reitora de cultura e extensão apresenta suas propostas

Na tarde de ontem, 25, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu a professora titular do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/USP) e pró-reitora de cultura e extensão da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, para apresentar sua candidatura à reitoria da USP e propostas para Universidade para os próximos quatro anos, caso seja eleita.

Maria_ArmindaMaria Arminda, durante os cerca de 80 minutos em que discursou, enfatizou, por diversas vezes, o processo de mudança pelo qual todas as universidades têm passado nos últimos anos, incluindo-se a USP, e de como é importante a reflexão contínua sobre todas as questões que envolvem a USP. “A reflexibilidade, ou seja, o permanente pensar deve fazer parte da filosofia da Universidade”, afirmou.

A docente também falou sobre o fato de que a Universidade precisa reafirmar suas boas práticas e deixou claro que o diálogo aberto e extensivo a todos será um dos pontos fortes de sua gestão, caso seja a próxima reitora. Para Maria Arminda, a Universidade é um espaço de contradição, mas hoje, em geral, essa contradição não existe mais. Para ela, sem essa divergência de opiniões, a Universidade não pode ser uma agência civilizatória, que é uma de suas funções.

Um ponto destacado pela docente foi o aumento do número de universitários na USP e complementou dizendo que os movimentos internos criados nas universidades estão diretamente relacionados a essa nova morfologia. Maria Arminda também citou o fato de que as universidades já não têm mais o monopólio da produção do conhecimento e que estas, atualmente, passam por problemas de legitimação, incluindo a própria USP. Sobre isso, sugeriu que a USP deve buscar as respostas sobre os interesses em cena e como eles estão inseridos dentro do corpo universitário.

A pró-reitora disse que o que está em discussão é o modelo de Universidade que conhecemos e que este modelo está sendo enfraquecido. Por isso, todos devem entrar na discussão, alunos, docentes e funcionários, para tentar resolver os problemas em voga e buscar um redirecionamento. E levantou uma questão: qual seria o papel da Universidade em todos os processos de mutação do mundo? E para isso, propôs uma solução: “É preciso simpatia ao pensamento contrário. Temos que encontrar as saídas no conjunto, pois não há o que se pensar, se não se pensar, primeiro, no diálogo”.

Maria Arminda relembrou que a USP é a instituição com o maior número do registro de patentes (inclusive à frente da Petrobras) e disse que ela consegue mapear os desafios que precisam ser enfrentados, mas que há uma grande dificuldade em se fazer projeções. Citou a grandeza da USP e de como essa expansão deu-se de maneira diferentes em outros países.

A docente disse que outras questões necessitam maior reflexão e que pesquisas e políticas sociais têm que ser repensadas, o que torna necessária a reflexão sobre como atividades de cultura e extensão irão ser implementadas. Falou também sobre ações afirmativas e que estas também precisam ser bem discutidas.

Maria Arminda tocou no ponto da competitividade da USP no mercado, já que a Universidade, também, é uma instituição que auxilia o país em sua projeção internacional e ressaltou, novamente, que a USP precisa ter seu espaço de reflexão. Defendeu que a USP precisa ser internacionalizada, mas de forma crítica, e que é preciso enviar alunos ao exterior, mas também receber alunos estrangeiros.

Como socióloga, ela afirmou que a USP não pode prescindir da área de humanas. O reconhecimento da equivalência de todas as áreas também foi algo que destacou. Defendeu a reforma da graduação e que esta se adapte ao novo formato das profissões.

Como outros candidatos, ela também defendeu a descentralização administrativa e que a USP deve sempre recusar o assistencialismo e clientelismo. Sobre esse ponto, elencou novos questionamentos: “Como pensar na reforma da administração em um mundo tão ágil?”, e reafirmou que o caminho é a descentralização e a desburocratização.

Ainda sobre isso, ela defendeu a autonomia administrativa dos campi e disse que é preciso definir as vocações de cada um deles para identificar o que cada local tem de melhor a oferecer. Disse que é preciso fazer consultas à comunidade através dos colegiados para maior participação e envolvimento. E conclui com o seguinte pensamento: “É preciso assumir os compromissos públicos sob a ética da responsabilidade”.

Breve currículo

Graduada em Ciências Sociais pela USP, Maria Arminda, atualmente, é membro da Comissão Coordenadora do Programa de Bolsas de Intercâmbio Internacional para os Alunos de Graduação da USP, membro do Comitê Institucional da Associação Nacional de Prós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, membro do Conselho Superior da Vice-Reitoria de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo, membro do Grupo Gestor do Programa Ciência sem Fronteiras e membro da Comissão de Gestão da Política de Apoio à Permanência e Formação Estudantil na USP.

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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