A Real Academia Sueca de Ciências deu a conhecer, no dia de hoje (01/10), os vencedores do Prêmio Nobel da Física – 2018, partilhado pelos cientistas responsáveis por invenções inovadoras na área de Física a Laser: o americano Arthur Ashkin (96), que conquistou metade do valor do prêmio, o francês Gerard Mourou (74) e a canadense Donna Strickland (59), ambos partilhando a outra metade do valor do prêmio.
Arthur Ashkin é um cientista americano que trabalhou na Bell Laboratories e na Lucent Technologies. Ele começou seu trabalho na manipulação de micropartículas com luz laser no final dos anos 1960, que resultou na invenção de pinças ópticas em 1986.
Gérard Mourou é um pioneiro francês no campo da engenharia elétrica e lasers. Juntamente com Donna Strickland, ele co-inventou uma técnica chamada chirped pulse amplification, ou CPA, que mais tarde foi usada para criar pulsos de laser de intensidade muito alta e pulsos ultracurtos, desenvolvendo atualmente sua atividade na École Polytechnique, na França, e na Universidade de Michigan, Estados Unidos.
No que diz respeito a Donna Strickland – a terceira mulher a ganhar um Prêmio Nobel nesta área – , ela desenvolveu com seu grupo de pesquisa sistemas de laser de alta intensidade para investigações ópticas não-lineares. Atualmente desenvolve sua atividade na Universidade de Waterloo, no Canadá.
Recordamos que Donna Strickland já esteve no IFSC/USP em julho de 2012, a convite da então aluna de pós-graduação Juliana Almeida e do IFSC/OSA Student Chapter. Em 2013, a cientista descreveu na revista científica OPN a sua visita ao Instituto de Física de São Carlos, tendo, na circunstância, elogiado o prêmio internacional que o IFSC/OSA Student Chapter conquistou Rochester (EUA), no ano anterior.

Donna Strickland no IFSC/USP com os participantes do IFSC/OSA Student Chapter na IV Escola Avançada em Óptica e Fotônica – São Carlos 2012
Durante a conferência de imprensa do Prêmio Nobel, na manhã de hoje (02/10), Strickland foi lembrada por um repórter de que ela era a terceira mulher a ganhar e imediatamente respondeu: “Isso é tudo, realmente? Eu pensei que poderia ter havido mais. Ela continuou: “Precisamos celebrar as mulheres físicas porque estamos lá fora. Espero que, com o tempo, ela comece a avançar em um ritmo mais rápido ”.
(Com informações da Real Academia Sueca de Ciências / Ilustração principal: Niklas Elmehed)
Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP