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17 de dezembro de 2012

Revista THE sublinha produção científica em SP e no Brasil

A revista britânica Times Higher Education (THE), especializada em ensino superior e pesquisa, e igualmente conhecida pela edição de rankings de universidades no mundo, divulgou no dia 13 de dezembro uma reportagem que versa sobre o interesse político e acadêmico internacional nas instituições de pesquisa brasileiras e na sua crescente produção científica, no financiamento generoso oferecido a projetos e a intenção do Brasil de ocupar papel destacado no cenário acadêmico global.

De acordo com a Agência Fapesp, que cita a revista, esse interesse pode ser justificado pelos recentes cortes nos orçamentos para o ensino superior na Europa e nos Estados Unidos, bem como pela crescente capacidade de investimento do Brasil em pesquisa e desenvolvimento (P&D), que hoje supera a do Canadá e da Itália, segundo o relatório El Estado de la Ciencia 2011, da Rede Ibero-Americana e Interamericana de Indicadores de Ciência e Tecnologia (Ricyt), que inclui Espanha e Portugal, além de países das Américas.

Para a THE, esse aumento de despesas com P&D no Brasil é proporcional à duplicação do número de artigos de autores brasileiros no Science Citation Index (SCI), da Thomson Reuters, entre 1997 e 2007, que colocou o país na 13ª posição entre os maiores produtores de ciência no mundo.

A THE destaca a 158ª posição da Universidade de São Paulo na edição 2012-13 de seu ranking de universidades, relacionando-a a seu orçamento e ao apoio da FAPESP.

As três universidades estaduais públicas paulistas, com foco em pesquisa, somam uma receita equivalente a 9% da arrecadação fiscal do Estado e também se beneficiam de recursos da FAPESP, que opera com o repasse de 1% da mesma fonte.

A publicação ainda destaca a eficiência do processo de avaliação, o equilíbrio da divisão de recursos para formação de pesquisadores, a pesquisa acadêmica e para a inovação, o foco científico na biodiversidade, agricultura e bioenergia.

Em sua análise do sistema de ensino superior e da produção científica no Brasil, a Times Higher Education aponta o desequilíbrio da atividade científica entre os estados brasileiros, a pouca autonomia de um grande número de universidades públicas federais e as queixas de seus pesquisadores quanto a baixos níveis de remuneração e burocracia para importação de equipamentos científicos.

Para a revista, a internacionalização continua sendo um dos maiores desafios enfrentados pelas universidades brasileiras: nos anos 1970 e 1980, as universidades federais contavam com a possibilidade de enviar estudantes para fazer pós-graduação no exterior, mas a expansão de cursos no país limitou o intercâmbio que se procura recuperar com o Programa Ciência sem Fronteiras, que inclui a vinda de pesquisadores estrangeiros.

Questões sobre a diversidade das instituições de ensino superior, quantidade de jovens que ingressam em seus cursos, acesso de estudantes de escolas públicas e particulares ao ensino superior gratuito e a introdução do sistema de cotas também são tratadas no texto da THE.

Para ver o artigo original clique no link abaixo.

THE

Assessoria de Comunicação

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