Em mais uma edição do programa Colloquium diei, realizado no dia 11 de maio, no nosso Instituto, Resistência a Antimicrobianos e Impacto na Evolução de Microrganismos e nas Estratégias de Saúde Pública: o exemplo da Espécie Streptococcus pneumoniae” foi o tema da palestra trazida pela Profª Drª Lúcia Martins Teixeira (Professora Titular) do Instituto de Microbiologia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A resistência bacteriana a antimicrobianos é um fenômeno cuja progressão vem sendo gradativamente observada e tem resultado em substancial elevação dos índices de morbidade e mortalidade por doenças de origem bacteriana, e no aumento dos custos dos cuidados com saúde, gerando um enorme impacto em Saúde Pública.
Seu impacto é também observado em vários aspectos da própria biologia e evolução de microrganismos ao longo dos tempos.
Embora o fenômeno da resistência assuma uma importância extraordinária quando analisado no ambiente hospitalar, altamente propício à seleção e veiculação de microrganismos resistentes, é crescente a sua abordagem no contexto do conceito de Saúde Única, numa visão integrada que reconhece a inter-conectividade de vários fatores, não só os relacionados aos seres humanos, mas também aos demais seres vivos e ao ambiente, em geral, na sua emergência e disseminação.
Em sua apresentação, a palestrante comentou algumas das iniciativas lideradas por instituições e organizações internacionais, tais como o CDC e a WHO, que foram desenvolvidas, na tentativa de mensurar o problema da resistência a antimicrobianos e desenvolver estratégias para sua prevenção e controle, resultando no delineamento de listas de microrganismos resistentes cuja priorização é recomendada.
Entre esses microrganismos estão aqueles pertencentes à espécie Streptococcus pneumoniae, que foi utilizada como um exemplo no restante da apresentação.
Apesar da implementação de estratégias vacinais, essa espécie continua a ser reconhecida como um dos principais agentes de infecções de elevada gravidade, tais como bacteremia, meningite e pneumonia, assim como de outras de menor gravidade, porém mais frequentes. Além disso, sua associação com resistência a antimicrobianos também continua crescente em várias regiões e parece ser um fator fortemente correlacionado com a persistência ou a sucessão de determinadas variantes ou complexos clonais.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP