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20 de abril de 2017

Praça dos Universitários é palco de divulgação científica

Ao longo da última quarta-feira, 19, o Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CePOF), sediado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), promoveu o evento Ciências para Todos: o Planetário da USP na Praça dos Universitários, que, como o próprio título sugere, ocorreu na Praça dos Universitários, um espaço localizado próximo a uma das entradas da Área I do Campus USP São Carlos e que hoje está sob os cuidados do Centro.

O evento iniciou-se com uma apresentação da Banda Marcial da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), e teve continuidade com diversas atividades de interação com o público geral, incluindo o Planetário da USP, visualizações com telescópios e a apresentação das pesquisas mais recentes desenvolvidas pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP, as quais incluem, por exemplo, novos métodos para tratamento de câncer e para operações estéticas e odontológicas.

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Os visitantes também puderam conferir atividades de clubes de ciências. Idealizados em 2015 pelo CePOF e pela Diretoria de Ensino – Região de São Carlos, os clubes envolvem alunos de 27 escolas estaduais que desenvolvem projetos científicos, através de kits didáticos fornecidos pelo CePOF.

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Segundo a Dra. Wilma Barrionuevo, do CePOF, o objetivo de envolver estudantes de escolas estaduais nesses clubes é permitir que esses jovens frequentem o ambiente universitário, do mesmo modo como os alunos do ensino privado o fazem. “Os alunos que participam dos clubes são extremamente interessados, focados, e merecem todo o nosso empenho”.

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De acordo com Silvana Belotti, Professora Coordenadora do Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino – Região de São Carlos, os clubes são uma forma de estimular nos alunos o interesse pelo desenvolvimento de pesquisa, uma vez que não há disciplinas específicas de Iniciação Científica no ensino médio. “Na universidade, há disciplinas de Iniciação Científica, então consideramos os clubes uma atividade de Pré-Iniciação Científica”, explicou Belotti, tendo dito que houve um desdobramento muito grande nos trabalhos dos clubes.

Um exemplo disso é o projeto que foi desenvolvido por um grupo de alunos da Escola Estadual Professor Sebastião de Oliveira Rocha (São Carlos). Utilizando o kit educativo de geologia, eles se questionaram se um planeta, como a Terra, poderia ter o formato cúbico, tendo concluído que essa hipótese é nula, em razão de um fenômeno chamado força centrífuga. É que todo objeto que está no centro da Terra tende a se deslocar para fora dela, ocasionando o formato redondo do Planeta. “Um planeta cúbico é uma ideia completamente diferente. Não seria possível”, enfatizou João Victor, um dos estudantes que desenvolveram o trabalho.

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Da esquerda à direita: Beatriz Gili, Paulo Henrique, João Victor e Aly Chiesse (alguns dos alunos responsáveis pelo projeto sobre planeta cúbico)

Espaço democrático

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Para o coordenador do CePOF, Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, as praças são os ambientes mais democráticos e públicos que existem. Nelas, qualquer indivíduo pode passear, conversar e apreciar a natureza, de forma democrática, o que as tornam espaços adequados para se falar sobre um tema que está relacionado com qualquer pessoa: a ciência. “A Praça dos Universitários é a entrada da Universidade. Isso significa que a nossa entrada tem que representar aquilo que nós pensamos. Nós pensamos o quê? Pensamos que a ciência é um bem de todos. Portanto, ela tem que estar em lugares que são de todos”, disse ele, destacando que este foi apenas o primeiro de muitos eventos científicos que se realizarão na Praça dos Universitários.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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