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5 de abril de 2017

Pesquisador português busca comprovar teoria atômica no IFSC/USP

João Daniel Rodrigues, de 26 anos, decidiu que queria ser físico quando começou a estudar os coparcerianceitos da física no sétimo ano do ensino básico. Nascido na cidade portuguesa de Viseu (centro-este de Portugal), graduou-se em Engenharia Física Tecnológica pelo Instituto Superior Técnico – IST, em Lisboa, onde também desenvolveu o mestrado que culminou no primeiro experimento português sobre átomos frios.

Com o mestrado concluído, João Daniel deu início ao doutorado no IST. Durante o primeiro ano do curso, o pesquisador veio ao Brasil para participar de uma conferência científica, tendo conhecido o Prof. Dr. Luis Gustavo Marcassa, do Grupo de Fotônica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Ambos desenvolviam pesquisas na mesma área – Física Atômica e Molecular – e mantiveram-se em contato, sendo que Marcassa tem colaborado com o novo projeto do pesquisador português, que prevê a capacidade de determinados feixes de lasers estimularem estados difíceis de serem observados em átomos de Rydberg, cujos elétrons ficam muito afastados dos núcleos atômicos.

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Campus do IST – Lisboa

“O Grupo do Prof. Marcassa tem uma experiência superior em relação ao que eu pertenço, porque ele desenvolve pesquisas nessa área há muito mais tempo”, comenta João, que no começo de março chegou ao IFSC/USP com o intuito de aprender as técnicas de laboratório usadas pela equipe de Marcassa e desenvolver experimentos para tentar comprovar sua teoria.

No laboratório do Grupo de Fotônica, João tem desenvolvido técnicas de difracção e de holografia para criar novos feixes de lasers, com o objetivo de utilizá-los na excitação dos átomos de Rydberg. Na área de física atômica, segundo o pesquisador, é comum o uso de lasers tradicionais, mas suas propriedades são limitadas, reduzindo as formas de interação entre a luz e o átomo e, consequentemente, limitando os experimentos.

JOO_DANIEL_RODRIGUES-500

Se conseguir desenvolver o novo feixe que excite diferentes estados de Rydberg, João partirá para a próxima etapa de seu trabalho, que consistirá na análise da interação entre átomos de Rydberg próximos uns dos outros. De acordo com as leis da mecânica quântica, a habilidade de controlar o comportamento de átomos de Rydberg e a sua interação permitirá o desenvolvimento de sistemas de computação quântica, um novo paradigma de computação com poder de cálculo muito superior ao da arquitetura tradicional.

No final de abril, João Daniel deverá regressar ao IST para concluir o doutorado, que tem sido orientado pelo Prof. Dr. Tito Mendonça, e continuar mesclando a física teórica com a experimental em um projeto de pós-doutorado.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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