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13 de março de 2017

O Dia Internacional da Mulher

Na última quarta-feira, foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, e a data não passou em branco no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Pelo contrário! O dia foi comemorado trazendo importantes pesquisadoras, de áreas distintas do conhecimento, ocupando diferentes funções, porém fortemente engajadas em assuntos relacionados à mulher e, sobretudo, à participação, muitas vezes ínfima, desse gênero na ciência e nas artes.

O auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” foi a sede para a comemoração dessa especial data onde, já no período matutino, precisamente às 9h30, três docentes e uma doutoranda do IFSC compuseram a mesa redonda “Mulheres na Ciência: conquistas, desafios e perspectivas”.

Organizada pela docente do IFSC, Manuela Vecchi, o evento contou com a participação do diretor do IFSC/USP, Tito José Bonagamba, que em seu discurso de abertura reforçou a importância das mulheres e sua atuação em diversas vertentes, inclusive na científica, mas também mencionando a importância de todas as mulheres que fazem parte do quadro do Instituto, inclusive funcionárias e alunas, e até mesmo a esposa de alguns docentes que, de acordo com o diretor, também desempenharam importante papel para o crescimento e evolução do IFSC.

A primeira a se apresentar na mesa redonda foi a docente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e presidente do Comitê de Gênero da Sociedade Brasileira de Física (SBF), Débora Peres Menezes, que trouxe números importantes, e preocupantes, a respeito da participação feminina na ciência. Alguns dos exemplos foram relacionados à baixa premiação de mulheres em Olimpíadas Brasileiras de Física, à baixa porcentagem de mulheres que recebem bolsas de produtividade de pesquisa e o número inexpressivo de mulheres ocupando cadeiras na Academia Brasileira de Ciências (10,5%) e na própria SBF (27%). Para mudar o quadro, a docente aconselhou que é necessário admitir o fato de que essa triste realidade existe, e defende destacar as referências profissionais femininas, ao mesmo tempo estimulando os casos de sucesso.

Logo depois de Débora, foi a vez de Vivian França, docente do Instituto de Química da Unesp, apresentar algumas ações que podem trazer uma evolução ao quadro de participação das mulheres na ciência, citando vários iniciativas que contemplam exclusivamente o sexo feminino, como a “Meninas na Ciência”, promovida pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a “Tem menina no circuito”, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o “Mulheres na Ciência”, promovido pela Unesp e o site “Ciência e Mulher”, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), além de mencionar diversos prêmios e bolsas de estudos voltadas às mulheres.

Yvonne Primeirano Mascarenhas, docente aposentada do IFSC, trouxe sua contribuição com discussões a respeito do papel cultural “incorporado” à mulher de gestora do lar, impedindo o desenvolvimento de lideranças femininas, inclusive na ciência. Mostrando alguns exemplos bem-sucedidos de mulheres na ciência, Yvonne comprovou o que já é sabido por muitos: que as mulheres são capazes, tanto quanto os homens, de liderar e se destacar no mundo científico.

Encerrando as apresentações, a doutoranda do IFSC, Krissia Zawadzky falou sobre o crescimento e empoderamento das mulheres na ciência, sobre os preconceitos de gênero na área de exatas e citou alguns exemplos femininos na academia. A pesquisadora destacou o preconceito inconsciente de muitas pessoas em relação a mulheres que optam por carreiras de física e engenharia, e afirmou que para combatê-lo é preciso entendê-lo e reconhecê-lo, posteriormente trabalhando para exterminá-lo. Krissia também citou alguns dos coletivos femininos existentes no campus da USP, como o “Coletivo de Mulheres Cláudia Elizabeth Munte” e o coletivo de mulheres “CAASO/UFSCar”, além de outros existentes no Brasil e o no mundo.

Logo após a apresentação, foi aberta a discussão que teve a participação ativa dos presentes (professores e alunos, inclusive do sexo masculino), durante a qual o diretor destacou a campanha de conscientização “Isso tem que parar”, promovida pelo Escritório USP Mulheres, que tem entre seus objetivos estimular denúncias de abusos contra as mulheres na Universidade.

A mesa redonda foi finalizada com uma homenagem à professora Yvonne Mascarenhas, que na mesma semana recebeu o prêmio “Distinguished Women in Chemistry or Chemical Engineering Awards” da International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC), um dos mais relevantes prêmios mundiais científicos.

Ainda no dia 8 de março, no período noturno, foi realizado um concerto que, novamente, teve as mulheres como destaque, mas dessa vez na música. Sílvia Berg, docente da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP), dirigiu o concerto no qual foram executadas peças de diversas compositoras, como Eunice Catunda, Clara Schumann, Sofia de Oliveira e Sofia Helena, Chiquinha Gonzaga, Babi de Oliveira e da própria Sílvia Berg. O concerto mesclou a apresentação e contextualização histórica de cada uma das compositoras, seguido pela execução de algumas de suas obras, dando um tom interativo ao evento, que contou com a presença do público interno e externo à USP. Além da direção musical de Sílvia Berg, o concerto contou com a participação das docentes da FFCLRP, Maria Yuka de Almeida Prado (soprano) e Fátima Corvisier (teclado), finalizando com graça e beleza a comemoração do dia internacional das mulheres no IFSC.

Confira abaixo algumas imagens do Dia Internacional da Mulher no IFSC/USP:

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Imagens:

1- Manuela Vecchi

2- Tito Bonagamba

3-Vivian França e Yvonne Mascarenhas

4- Krissia Zawadzky e Debora Peres Menezes

5- Debora Peres Menezes

6- Vivian França

7- Yvonne Mascarenhas

8- Krissia Zawadzky

9- Homenagem à Yvonne Mascarenhas

10- Fátima Corvisier (teclado) e Maria Yuka de Almeida

11- Silvia Berg

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

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