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26 de agosto de 2011

Jornalista palestra sobre a importância da fotografia nas descobertas de Física

O IFSC viu sua agenda de eventos lotada nesta semana. Desde segunda-feira, palestras, colóquios, defesas de teses e seminários atraíram alunos de graduação, pós-graduação e docentes ao longo destes cinco dias.

pino01Na quinta-feira, o tradicional Journal Club, direcionado mais especificamente aos alunos de pós-graduação, agregou em um ambiente mais íntimo alguns mestrandos, doutorandos e docentes para discutir tópicos de Física da Matéria Condensada. Quem ministrou a “aula” foi o pesquisador Gerardo Martínez, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Muito experiente na área, ele expôs seu recente projeto de pesquisa intitulado “Estudos da magnetização de clusters bimetálicos finitos usando cálculos de primeiros princípios”, uma parceria internacional com o Chile, coordenada por ele, que tem como principal objetivo empreender cálculos de primeiros princípios usando DFT e pacotes dedicados, como VASP, de materiais magnéticos nanoestruturados, como nanoclusters de CoCu e cálculos teóricos de campo médio em sistemas eletrônicos fortemente correlacionados, aplicados a manganitas e férmions pesados.

Já na manhã desta sexta-feira (26), outro tradicional ciclo de palestras – o Colóquio IFSC – apresentou o pesquisador Cássio Leite Vieira, do Instituto Ciência Hoje, um portal online de divulgação científica. O experiente jornalista apresentou um tema relacionado à sua tese de doutorado, que é a fotografia enquanto um importante instrumento que possibilitou uma série de descobertas importantes na área da Física no século XX. Sob o tema “Os Físicos e a fotografia: uma história da Física no século XX”, sua fala circundou um uso específico da fotografia, ou seja, a fotografia como detector. Mais especificamente, sua apresentou teve como foco um tipo de detector utilizado desde o início do século, um detector muito pequeno – diferentemente dos detectores gigantescos que se pode ver hoje no polêmico LHC, por exemplo –, que se utiliza da emulsão nuclear para funcionar.

 

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Segundo Vieira, este tipo de detector oferece inúmeras vantagens, como uma melhor resolução, portabilidade, custo, tamanho (permitindo vários tipos de arranjos experimentais), sensibilidade contínua (acumula dados), poder de freamento de partículas, não necessita de equipamento eletrônico, possibilita trabalho em conjunto com outros detectores e pede por apenas dois equipamentos periféricos: um microscópio óptico e algum reagente químico. Talvez justamente por essa razão tenha sido este pequeno detector um mecanismo fundamental em muitas descobertas relevantes do século passado, como por exemplo, o Pi positivo, o Pi negativo, as ações radioativas da zirconita de Poços de Caldas, os primeiros híperons, o quark charmoso, entre inúmeras outras.

E este foi apenas o começo da história de Vieira. Por aproximadamente duas horas, ele contou para um público bastante heterogêneo sobre os tipos de detectores e sobre os principais usos desse equipamento nos dias de hoje.

Fique atento à programação da próxima semana.

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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