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16 de março de 2016

Para Mulheres na Ciência – 2016

Estão abertas até dia 06 de maio as inscrições para participar da 11ª edição do prêmio Para Mulheres na Ciência – 2016. Financiado pela L’Oréal-Brasil, em parceria com a UNESCO-Brasil e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), o prêmio visa apoiar projetos de pesquisa de jovens mulheres cientistas, a fim de reconhecer e incentivar a participação do público feminino no desenvolvimento científico do Brasil.

Nesta edição, sete pesquisadoras que pmnc2016_250submeterem seus projetos científicos de doutorado à premiação serão selecionadas e receberão bolsa-auxílio no valor de cinquenta mil reais, que deverão ser aplicadas no desenvolvimento dos projetos selecionados ao longo de doze meses. As bolsas serão atribuídas em quatro áreas, sendo elas: Ciências Físicas (uma bolsa), Ciências da Vida (quatro bolsas), Ciências Matemáticas (uma bolsa) e Ciências Químicas (uma bolsa).

As vencedoras serão selecionadas por uma equipe de oito ou mais especialistas, indicados pela ABC, que analisarão tanto os projetos submetidos ao prêmio, como os trabalhos desenvolvidos anteriormente pelas pesquisadoras. As bolsas serão entregues às vencedoras, durante cerimônia que ocorrerá em outubro deste ano.

Para se inscrever clique AQUI.

Para acessar o regulamento da premiação, na íntegra, clique AQUI.

Docente do IFSC premiada

Em 2007, a Profa. Dra. Andrea de Camargo, que atua no Grupo de Ressonância Magnética do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), participou do prêmio Para Mulheres na Ciência, no qual ganhou uma bolsa-auxílio na área de Ciências Físicas, com o projeto Estudos espectroscópicos de sólidos com propriedades ópticas e magneto-ópticas, no qual analisou as propriedades de materiais capazes de emitir luz.

Andrea recebeu o prêmio no início de sua trajetória profissional e comenta que esse reconhecimento a ajudou a alavancar sua carreira. “O prêmio é uma iniciativa fantástica, porque ele dá maior visibilidade ao trabalho de jovens pesquisadoras que, no início de carreira, precisam desse tipo de apoio, já que muitas delas desenvolvem trabalhos excelentes e não são conhecidas por muitos profissionais”, comenta a docente, que investiu o valor de seu prêmio em equipamentos e móveis tanto para seu laboratório, como para seu escritório, onde exibe com orgulho o quadro em que está colocado seu certificado de ganhadora do prêmio.

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A docente, que após ter sido premiada foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências, diz que o cenário da participação da mulher na área de ciências exatas tem melhorado, mas ainda traz grandes desafios. Para ela, as cientistas enfrentam dificuldades quando tentam conciliar a carreira com a família, o que talvez explique o fato de haver mais mulheres na graduação do que em uma pós-graduação na área de ciências exatas. “Ao longo dos anos, a vida da mulher fica cada vez mais complicada [casamento, filhos etc.] e, eventualmente, ela não consegue acompanhar o ritmo do homem. Isso é fato”.

De acordo com Andrea, embora existam várias ações no sentido de proporcionar oportunidades iguais a ambos os gêneros na ciência, é necessário tornar a ciência mais interessante para o público feminino. “Culturalmente, as mulheres não são estimuladas para estudar ciências exatas, em especial, física. Então, temos que trabalhar constantemente para aumentar a participação delas nas ciências exatas e dar condições para que elas alcancem níveis mais altos na carreira, assim como os homens fazem”, comenta a docente, que realizou a graduação e a pós-graduação antes de ter seus dois filhos.

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Mesmo sendo mãe e pesquisadora, ela recebe imenso apoio do marido – que também atua como docente na área de física -, de sua mãe e, também, da babá das crianças. “Por ser professor e pesquisador, meu marido entende o que é importante para mim, então, em casa, um dá suporte para o outro. Além dele, quando é necessário, minha mãe sempre me ajuda a cuidar das crianças. Eu, por exemplo, tenho o ‘luxo’ de ir a um congresso nacional ou internacional, porque existem essas pessoas que cuidam dos meus filhos quando estou fora de casa. Considero-me uma pessoa de sorte por ter esse apoio que muitas mulheres não têm”.

(Créditos: Imagem 1 – QS Intelligence Unit)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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