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14 de julho de 2016

IFSC recebe UFLA para discutir desafios no setor cafeeiro

Na tarde da última quarta-feira, 13, o auditório do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) “Professor Sérgio Mascarenhas” foi sede de um café com física, no sentido literal da expressão, quando pesquisadores e docentes do IFSC e de outros centros e instituições de pesquisa da USP, de São Carlos e da Universidade Federal de Lavras (UFLA) estiveram reunidos para prestigiar o seminário “Desafios recentes à pesquisa no setor cafeeiro”, ministrado pelo docente do Departamento de Engenharia da UFLA, Flávio Meira Borém.

Em busca de parcerias de pesquisa com o IFSC, Flávio apresentou resultados de estudos realizados em seu departamento que visam encontrar soluções para aprimorar a produção, armazenamento e processamento da segunda bebida mais consumida no mundo, depois da água: o café.

Levando-se em conta que o Brasil é o maior produtor de café do mundo, e que esta é a mercadoria com o maior valor monetário negociado, perdendo apenas para o petróleo, Flávio levantou duas importantes questões sobre a commodity: o que faz com que o café tenha descrições sensoriais tão distintas e quais são os elementos que interferem nisso.

De acordo com o docente, vários são os fatores que influenciam no gosto do tradicional cafezinho, que vão desde o genótipo da planta e ambiente onde ela é cultivada, até os processos de processamento, extração, preparo e secagem dos grãos. Em relação a este último item, Flávio deu especial atenção. De acordo com o docente, o processo de secagem dos grãos de café no Brasil precisa ser revisto com urgência, já que é o mesmo processo utilizado há vários anos no país, e é marcado pela ineficiência e forte impacto ambiental. “O consumo estimado para a secagem do café no Brasil é de aproximadamente 3.113 GWh, e os secadores possuem eficiência energética de 50%. Esse desperdício de energia poderia abastecer a cidade de Lavras por quatro anos”, afirmou.

Para sanar esse e outros problemas relacionados à produção cafeeira, umas das sugestões de Flávio é, obviamente, a modernização do processo de secagem, mas também o a melhora se sua armazenagem, que envolve, inclusive, o desenvolvimento de embalagens inteligentes.

Para o aprimoramento da produção, armazenamento, secagem, entre outros pontos que interferem na qualidade e gosto do café, estudos relacionados às áreas de nanotecnologia, componentes eletrônicos, sensores e biossensores são de extrema importância, e é nesse contexto que o IFSC entra como importante parceiro de pesquisa, já que há diversos grupos no Instituto com estudos voltados a essas áreas.

Tais parcerias são fortemente incentivadas, o que foi destacado pelo docente e diretor do IFSC/USP, Tito José Bonagamba, que esteve presente no seminário em questão. “No IFSC, 25% de nossos docentes são formados em áreas distintas da física, como engenharia, biologia, química, entre outras, e podem trazer importantes contribuições de pesquisa de maneira interdisciplinar”, destacou.

O seminário, que teve seu término próximo às 16 horas, contou com uma rica troca de ideias, sendo que diversos participantes puderam interagir com Flávio através de perguntas e sugestões para as questões levantadas pelo docente durante o seminário que contou, inclusive, com degustação de um café especial.

Logo após o seminário, Flávio e outros pesquisadores da UFLA presentes no evento foram conduzidos pelo educador Herbert Alexandre João para uma visita a algumas dependências do Instituto, passando por algumas das oficinas do IFSC e pelos Laboratórios de Ensino de Física (LEF).

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Antes do seminário, houve um bate-papo com os presentes, que contou com degustação de café especial

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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