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7 de janeiro de 2016

IFSC realiza abertura da 10ª T&MIBPC

Pelas 8h30 do dia 4 de janeiro, realizou-se no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a cerimônia de abertura da 10ª edição do Technology and Management International Business Plan Competition (T&MIBPC), que ocorre de 3 a 13 de janeiro, no Campus USP São Carlos.

A competição

Idealizada inicialmente pela Hong Kong University of Science and Technology – HKUST (China) e pelo Programa de Tecnologia e Gestão de Hoeft da University of Illinois Urbana-Champaign – UIUC (EUA), a competição reúne, desde 2007, alguns dos estudantes que mais se destacam nas universidades participantes (HKUST, UIUC, Universität Bayreuth, da Alemanha, e USP), proporcionando-os a oportunidade de estabelecer o contato com alunos de diferentes localidades e culturas, e os permitindo conhecer as cidades onde são realizadas as edições do evento, no qual os estudantes são divididos em equipes mistas que, com a orientação de professores mentores, propõem projetos sobre um tema específico. A USP integra a competição desde 2012, tendo participado das edições que aconteceram em São Paulo (2012), Hong Kong (2013) e Bayreuth (2014). Devido a restrições orçamentárias e à falta de patrocinadores, a USP não pôde participar da edição que ocorreu em 2015, em San Francisco (EUA).

TMIBPC-1-250Neste ano, 48 alunos de graduação e pós-graduação e oito docentes oriundos das quatro instituições de ensino superior participam da competição, que é organizada pelo Departamento de Engenharia de São Carlos (SEM/EESC/USP), e promovida pelas já citadas universidades. Nesta edição, os participantes deverão desenvolver propostas inovadoras para o uso de drones – aeronaves não tripuladas – e apresentar uma análise de mercado e viabilidade financeira, a fim de buscar parceiros.

No segundo semestre de 2015, os alunos selecionados participaram de reuniões via Skype e prepararam propostas iniciais, que foram apresentadas aos mentores no dia 3 de janeiro deste ano. Para complementar seus projetos, os estudantes visitarão empresas localizadas na região de São Carlos, como, por exemplo, TAM, XMobots e Airship do Brasil. No dia 13 de janeiro, as equipes realizarão suas apresentações finais, que serão julgadas por uma banca organizada pela USP, e serão premiadas em 1º, 2º, 3º e 4º lugares.

Cerimônia de abertura da competição

A mesa de honra da abertura da competição foi composta pelos Profs. Drs. Chi-Ming Chan (HKUST), John Edward Quarton (UIUC), Marcelo Becker (representante da USP na competição e docente da Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP), Vanderlei Bagnato (diretor da Agência USP de Inovação e docente do IFSC/USP), Paulo Sérgio Varoto (diretor da EESC/USP) e Volker Altstädt (Universität Beyreuth).

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Em sua fala, o Prof. Vanderlei Bagnato comentou TMIBPC-3-250sobre o papel da universidade que, além de oferecer conceitos puramente técnicos, deve incentivar os alunos a criar e a inovar – incentivos que, segundo o docente, são os dois maiores desafios das instituições de ensino superior. Para que isso ocorra, ele afirmou que a universidade deve dar liberdade, oferecer recursos e propor desafios aos seus estudantes. Ainda nesse contexto, o Prof. Vanderlei também citou a capacidade que o IFSC/USP tem de formar excelentes profissionais e de interagir com o setor produtivo, permitindo que as tecnologias desenvolvidas no Instituto cheguem até a população.

TMIBPC-4-250Posteriormente, o Prof. Sérgio Varoto deu as boas vindas aos participantes da competição, tendo citado que a cidade de São Carlos oferece oportunidades positivas para aqueles que visam atuar na área tecnológica, uma vez que, além de sediar três universidades (USP, Universidade Federal de São Carlos – UFSCar e Centro Universitário Central Paulista – UNICEP), a cidade abriga importantes empresas do ramo tecnológico.

TMIBPC-5-250Finalmente, o Prof. Marcelo Becker mencionou a importância da Technology and Management International Business Plan Competition e, inclusive, da presença dos participantes oriundos das quatro universidades que integram o evento, umas vez que a interação entre esses estudantes deve contribuir para um melhor desenvolvimento do tema sobre drones. Ainda em sua fala, o docente destacou o orgulho que a USP sente em promover a competição.

Após a fala do Prof. Marcelo, os participantes da 10ª edição da competição assistiram à palestra RPA – Overview and regulations, ministrada pelo Dr. André Carmona Hernandes, CTO da BeeOAir Solutions e pesquisador TMIBPC-6-300da EESC/USP. Em sua apresentação, André discutiu a implementação de drones em termos nacionais e internacionais, tendo comentado as divergências que existem entre as regulamentações que correspondem ao uso de drones no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. O pesquisador também discutiu o que se pode fazer com drones, em termos civis e militares. No âmbito civil, por exemplo, ele acredita que o uso da aeronave pode ser aplicado na vigilância ambiental, bem como em levantamentos arqueológicos e no agronegócio. Já em termos militares, ele acredita que seja possível usar esses equipamentos para vigiar fronteiras.

Segundo André, prevê-se ainda que essas aeronaves possam ser utilizadas para entregas comerciais (em 2015, por exemplo, a Amazon deu início a testes de entrega de encomendas via drones) bem como em atendimentos de emergência (uma das propostas é equipar drones com desfibriladores, para que eles possam ser enviados a locais onde pacientes estejam sendo acometidos por ataques cardíacos, de modo que qualquer indivíduo possa operar os desfibriladores).

Novas regras para o uso de drones no Brasil

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(Créditos: Wikimedia Commons)

De acordo com uma reportagem publicada em 4 de janeiro, no jornal O Estado de S. Paulo, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) já realizou algumas reuniões, com o intuito de estabelecer novas regras para o uso de drones no Brasil.

Em dezembro último, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) determinou que drones que voam a mais de 120 metros de altitude só podem ser operados mediante autorização, que deve ser solicitada com pelo menos dois dias de antecedência à operação. Ainda de acordo com as determinações do DECEA, é proibido pilotar o aparelho à noite e fazer acrobacias. Mesmo com os esforços do Departamento, parte da operação de drones no país ocorre de forma ilegal.

Em 2015, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) apresentou algumas propostas para a regulamentação do uso de drones no país, incluindo o cadastro de qualquer aeronave não tripulada em seu site, um seguro contra determinados danos e o porte de habilitação aos pilotos que operarem as aeronaves a uma altitude superior a 120 metros.

Devido à grande procura de diversos públicos pelos drones, a possível aprovação das propostas da ANAC anima o mercado brasileiro, já que há empresas interessadas em comercializar os aparelhos, e não têm autorização para vendê-los. “Vamos aumentar em dez vezes o volume de vendas após a aprovação das novas regras”, disse Ulf Bogdawa, diretor de uma fabricante de drones brasileira, à reportagem d’O Estado de S. Paulo.

Caso algumas regras sejam aprovadas, de modo que as empresas possam comercializar essas aeronaves, as já citadas previsões destacadas pelo pesquisador André Hernandes ganharão mais força, nos fazendo crer que tenhamos que nos acostumar com a presença diária de drones nos céus brasileiros, em um futuro não tão distante.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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