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31 de outubro de 2016

O grande empreendedor e inovador brasileiro

santosdumont_250Numa iniciativa inédita, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu alunos dos ensinos fundamental e médio para homenagear Alberto Santos Dumont, no evento Santos Dumont: um Grande Empreendedor e Inovador Brasileiro, que ocorreu no campus USP São Carlos ao longo do dia 24 de outubro, sob a organização dos Profs. Tito José Bonagamba (IFSC/USP), Fernando Martini Catalano (Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP) e Herbert Alexandre João (IFSC/USP), em parceria com a Diretoria de Ensino de São Carlos e com o apoio do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP).

Sempre que o nome de Alberto Santos Dumont é citado, seus principais atributos – como intuição, ousadia, criatividade e genialidade – são omitidos. Por trás dessas características, estiveram presentes conhecimentos científicos e tecnológicos que permitiram que Dumont sempre se mantivesse atualizado sobre motores e materiais adequados para o desenvolvimento de projetos e para a construção de seus dirigíveis e aviões – essas criações originais e arrojadas, em termos de design, colocaram Dumont sempre à frente dos que competiram com ele, incluindo, com destaque, os Irmãos Wright, que injustamente detêm a honra de terem sido os primeiros a voar.

Os alunos que participaram do evento puderam conferir a linha de raciocínio e os conhecimentos que Santos Dumont possuía para alcançar seus resultados e que alteraram original e rapidamente a forma de transportar pessoas e produtos no mundo todo.

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O evento foi dividido em duas partes: na primeira, houve a palestra O voo da imaginação (clique AQUI para assistir à apresentação), em que o Prof. Dr. Eduardo de Campos Valadares (Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG) falou sobre o espírito de invenção de Santos Dumont, que inspirou várias ações voltadas ao fomento de uma cultura de inovação. Campos também deu exemplos de projetos inovadores de baixo custo, incluindo experimentos de aerodinâmica, tendo promovido atividades de demonstração sobre a ciência associada ao voo de objetivos mais pesados que o ar, com o apoio de educadores e monitores da USP.

Na sequência, coube ao Prof. Henrique Lins de Barros, pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), apresentar a palestra 12 de novembro de 1906: antes, durante e depois (para assistir à palestra, clique AQUI). Autor de três livros e de diversos artigos a respeito de Dumont, Lins roteirizou, inclusive, o documentário Santos Dumont, o homem pode voar, de Nelson Hoineff.

A segunda parte, que ficou a cargo do Prof. Dr. Fernando Martini Catalano (EESC/USP) e do engenheiro aeronáutico Alexandre Figueiras (EMBRAER), foi constituída por palestras que envolveram temas relacionados aos conceitos científicos que levaram Dumont ao sucesso e que ainda hoje têm nítidos reflexos. Houve também atividades lúdicas e a mostra AeroDesign.

Discreto Afeto

Pelas 16h15, o Prof. Eduardo de Campos Valadares CAPA_DO_LIVRO_230esteve no Espaço Tenda da Festa do Livro do Campus USP São Carlos, onde lançou a obra Discreto Afeto, um livro dividido em cinco partes: Resíduo de Reinvenção, Infame Afeição, Sintética Emoção, Poemas Cubanos e Miscelânea. Na primeira parte da publicação, Campos revisita a ausência, o amor, o silêncio, a solidão e a morte, enquanto na segunda ele traz poemas inspirados em sua incursão em sites de relacionamento. No terceiro capítulo, há poemas sobre afeto, onde, para compô-los, Campos se apropriou da linguagem em movimento maker e ecodesign, da genômica, biologia sintética e da inovação em negócios (business canvas, produto mínimo viável).

Sua estada em Cuba, neste ano, inspirou a quarta parte do livro, construída por poemas cubanos. Em Miscelâneas, Campos “revisita” a Lua, trazendo o grego Ulisses para os embates de nossa era. Já na última parte (Recomeço), o autor se reencontra com o universo onírico da infância.

Neste livro, Campos mergulha em questões que considera fundamentais para a existência humana. Durante o processo de desenvolvimento da obra, o docente e escritor teve a sensibilidade que lhe permitiu fazer uma leitura do ser humano e de como as pessoas se comportam diante de outros seres, numa era marcada, por exemplo, pelo uso intenso de tecnologia.

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A contracapa do livro contém o poema Ilha Minúscula, inspirado na Isla Iguana, uma reserva de 58 hectares localizada no Panamá. “É uma ilha pequenininha, e me chocou ver, numa ilha tão pequena, uma imagem tão marcante do que estamos vivendo em escala global”. Confira o poema, abaixo:

Cápsulas, comprimidos, relógios, sacolas, garrafas

Lanternas, fraldas, tendas, pentes, tubos

Assaltam a fina praia

E a fama da alma planetária

Próximo do patamar de pária.

Como será o futuro:

Lodo ou reinvenção do todo?

Já a capa do livro é ilustrada com uma fotografia que um conhecido de Campos fez do Deserto do Atacama, no Chile. Embora seja uma das regiões mais áridas do planeta, no ano passado o deserto floriu graças ao aumento da umidade que ocasionou chuvas. “A natureza nos mostra que, mesmo nas condições mais inóspitas, é possível haver mudança… Mesmo que estejamos vivendo numa aridez, é possível que surja um ‘Éden’ em nossa existência”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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