Até a primeira quinzena de outubro próximo, espera-se 
que os integrantes do Grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos do Instituto de Física de São Carlos (CCMC/IFSC/USP) finalizem o processo de mudança para a Área II do campus USP São Carlos. Com a construção do prédio dos laboratórios do IFSC na Área II (foto ao lado), o Grupo recebeu uma proposta para se instalar no andar térreo e no piso 1 da infraestrutura. Os espaços que eram utilizados pelos pesquisadores do CCMC na Área I serão cedidos a outros grupos de pesquisa da Unidade.
Estabelecido há décadas no IFSC/USP, o Grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos – inicialmente, era conhecido apenas como Grupo de Crescimento de Cristais – é coordenado pelo Prof. Dr. Valmor Roberto Mastelaro, desde 2007, sendo integrado por cerca de quarenta profissionais, incluindo docentes, técnicos, alunos/pesquisadores e secretária.
O grupo dedica-se à síntese, ao processamento e ao estudo das propriedades elétricas, ópticas e catalíticas de materiais, como os cerâmicos, com o intuito de desenvolver ou aprimorar esses elementos para utilizá-los em uma ampla série de aplicações. Hoje, parte desses materiais é utilizada para gerar energia elétrica e armazenar dados.
O Prof. Valmor, por exemplo, tem estudado as propriedades de materiais para desenvolver um novo sensor que seja capaz de medir – com melhor performance – a presença de gases tóxicos (ozônio, óxido de hidrogênio, óxido de carbono…) no ar, uma vez que eles são liberados principalmente através de veículos automotores e processos industriais.
Os espaços da nova infraestrutura são semelhantes aos da Área I, contudo, para Valmor Mastelaro, eles são ainda mais adequados e viabilizam uma melhor divisão entre as diferentes linhas de pesquisa do Grupo, bem como uma melhor distribuição na instalação dos aparelhos, incluindo um equipamento de XPS* (foto abaixo). Utilizado no estudo de propriedades elétricas de superfícies de materiais, ele é o único equipamento do gênero em São Carlos, proporcionando, assim, várias parcerias entre o IFSC/USP e outras instituições do país e do exterior – há, por exemplo, uma colaboração entre a equipe de Valmor e pesquisadores de Marselha, na França.
“Fizemos não só uma mudança física, mas, também, filosófica. Essa mudança tem nos permitido refletir sobre as pesquisas que desenvolvemos”, pontua o docente, desejando que a nova infraestrutura do Grupo atraia outros alunos e pesquisadores à sua equipe, e destacando o papel fundamental da diretoria do IFSC/USP na viabilização da migração do CCMC à Área II do campus.
Mauricio Schiabel, chefe do setor financeiro do IFSC, diz que cerca de R$ 2,300,000,00 foram obtidos através dos Recursos da Reserva Técnica da FAPESP**, para a construção e instalação de grande parte da infraestrutura (sistema elétrico, bancadas coifas, pias…) que agora abriga o CCMC, bem como o Grupo de Cristalografia da Unidade, que passa a ocupar o segundo piso do prédio – em breve, será publicada uma reportagem relatando a mudança deste último Grupo à Área II.
Mauricio destaca não só os grandes esforços feitos pela atual diretoria do Instituto, para a concretização deste projeto, como também a participação de Elderson Cássio Domenicucci, funcionário do CCMC, e Adail Santarpio, chefe da Seção de Obras Civis, Manutenção Predial e Elétrica do IFSC/USP, no acompanhamento das etapas da construção em questão. “Não tenho dúvidas de que o resultado satisfatório da obra se deve a esse acompanhamento constante”, enfatiza Schiabel.
*X-ray Photoelectron Spectroscopy;
**Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP
