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30 de agosto de 2018

Equipe da USP de São Carlos vence “1º CubeDesign”

A equipe Zenith EESC USP, grupo extracurricular da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), venceu a primeira edição do CubeDesign, competição que foi organizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e cujo foco foi desafiar os jovens participantes na preparação de um projeto consistente de construção de um “Cubesat”, pequeno satélite que, ao ser lançado no espaço, poderá desenvolver diversas tarefas, entre elas a execução de inúmeras experiências científicas.

A competição desenrolou-se entre os dias 25 e 28 de julho último, em São José dos Campos (SP), na sede do INPE, tendo congregado quatro equipes oriundas da PUC de Minas Gerais, Universidade Federal de Santa Catarina, Faculdade de Engenharia de Sorocaba e USP de São Carlos, todas elas competindo na categoria “Cubesat”. O Grupo Zenith, constituído por cerca de trinta alunos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), começou em março deste ano a elaborar o projeto de construção do “cubesat” que iria participar da competição, sendo que a apresentação desse projeto esteve sob a responsabilidade de oito desses alunos.

Já com os protótipos dos pequenos satélites prontos, foram muitos os desafios lançados às equipes, começando pelas missões, conforme explica Marco Aurélio Bonaldo, integrante da equipe: “O “cubesat” que utilizamos foi do tipo 2U: cada U corresponde a um cubo com uma aresta de 10 centímetros. Na primeira missão, tivemos que realizar uma missão de imageamento dentro de um ambiente simulado (uma sala), como se o “cubesat” estivesse no espaço. A missão consistiu em enviar e receber dados via telemetria, através de diversos comandos, entre a base (nosso computador) e o “cubesat”. Igualmente através de telemetria, tivemos que ativar e comprovar a recepção de informação de que os pequenos painéis solares que faziam parte do “cubesat” estavam sendo carregados. Outro desafio foi fazer uma estabilização do instrumento em torno de um eixo, por meio da identificação da posição do sol, representado por uma luz no ambiente simulado, sendo necessário um projeto de visão computacional”, pontua Marco.

Depois de todos esses desafios e provas, o “cubesat” da equipe da USP de São Carlos foi ainda sujeito a testes de vibração nos três eixos, simulando o lançamento do instrumento para o espaço e ainda um teste térmico que oscilou entre os -10ºC e 50ºC.

Marco afirma que além de ter sido muito legal vencer a competição, o mais proveitoso foi o intercâmbio de informações que a equipe conseguiu coletar e que provavelmente poderá ser aproveitada para projetos futuros ligados à tecnologia aeroespacial do Brasil, principalmente no que diz respeito ao lançamento de “cubsats” no espaço. Essas tecnologias são mais acessíveis e baratas, e poderão auxiliar no desenvolvimento de inúmeros experimentos científicos relacionados com biologia, física, química, etc., sendo que a intenção da equipe da USP de São Carlos é construir, em um futuro muito próximo, um “cubesat” robusto, completamente pronto para ser lançado no espaço.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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