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6 de abril de 2023

Empresa inova em apoio a atletas de CrossFit – Um projeto EMBRAPII – Unidade IFSC/USP – São Carlos

Dispositivo inovador

Um projeto inovador, integrado na EMBRAPII – Unidade do IFSC/USP, visa, com o auxílio de Inteligência Artificial (IA), o desenvolvimento de um dispositivo destinado a avaliar, em tempo real, a telemetria de atletas de CrossFit. Num futuro próximo, a intenção é que esse dispositivo possa ser incorporado em um modelo vestível e para todos os esportes.

Com um laboratório integrado no ONOVOLAB, em São Carlos, a empresa Biotrônica foi contemplada com um fomento (investimento não reembolsável) de R$ 720.000 da EMBRAPII – Unidade do IFSC/USP – São Carlos, visando o desenvolvimento de uma tecnologia dedicada a telemetria esportiva por intermédio de IA. Embora trabalhe em diversos fronts, como, por exemplo, agronegócio, indústria e logística, esta nova aposta consolida o diferencial da empresa na criação de dispositivos inteligentes dentro da área da “Internet das Coisas” com a implementação de tecnologias emergentes relacionadas à conectividade em telecomunicações.

Haroldo Vieira Neto, que é o responsável máximo pela Biotrônica, salienta que hoje existem dispositivos sensoriais que realizam múltiplas funções na indústria, porém, são produtos importados, caros e de difícil implementação, pelo que sua empresa optou por desenvolver os próprios produtos, com instalação simplificada, baixo custo de investimento e manutenção.

Telemetria esportiva

O dispositivo de telemetria esportiva desenvolvido pela Biotrônica utiliza a IA para que ele “aprenda”, armazene e informe aos atletas os seus padrões de movimentos e esforços. “Esse dispositivo, que se encontra conectado a um aplicativo que é baixado no celular, é fixado no equipamento esportivo, ou no próprio atleta, e o sistema “aprende” todas as fases do treinamento, entregando ao atleta, em tempo real, vários parâmetros”, pontua Haroldo, acrescentando que a primeira meta a ser alcançada pelo produto está sendo direcionada para o mercado de CrossFit, que, segundo ele, está em franco crescimento, com a integração de novas tecnologias.

Haroldo Neto em seu laboratório no “Onovolab” – São Carlos

O sensor é composto por uma espécie de presilha para anilhas de levantamento de peso que é colocada na barra olímpica do CrossFit e ela avisa o atleta sobre os pormenores da série de movimentos que ele está executando, sendo que, em tempo real, o utilizador é informado de como está ocorrendo seu treinamento. Assim, por cada movimento ou ação, o dispositivo informa, por exemplo, a velocidade, potência, aceleração e tempo gasto entre repetições, estruturando, dessa forma, a performance do atleta, indicando erros e dando informações sobre as correções que deverão ser realizadas em relação, por exemplo, à cadência, qualidade do movimento, número de repetições validadas, entre outros fatores. Ou seja, o dispositivo funciona como se fosse um técnico esportivo humano.

“Vamos avançando para o futuro”

Das informações que são disponibilizadas ao atleta, entre elas, análise de postura corporal em cada movimento, em cada estágio, ficam registradas no sistema para que, no próximo treino, o utilizador possa refazer o gerenciamento físico de seu progresso.

Haroldo Neto enfatiza que embora esteja neste momento voltado para o CrossFit, este dispositivo foi concebido para trabalhar com qualquer modalidade esportiva, inclusive… balé. “A versatilidade e a fidelidade deste dispositivo ficam comprovadas em termos de telemetria, atendendo a que, por exemplo, o CrossFit é tão “pesado” quanto o balé, sendo que ambas as modalidades apresentam movimentos de isometria, com o mesmo desgaste físico, por incrível que isso possa parecer”.

Futuramente, a empresa irá adequar este dispositivo em um modelo vestível, por forma a que seja colocado no corpo do atleta, sendo que ele irá “ensinar” o dispositivo sobre as particularidades dos exercícios que está fazendo. Com esse “aprendizado”, o praticante da atividade física poderá compartilhar a sua telemetria com um outro atleta “Tomando como um exemplo: você utiliza a telemetria de um campeão mundial de atletismo para compartilhá-la com outro atleta, de forma a que este siga os mesmos procedimentos de treino do campeão”, conclui Haroldo Neto.

Todos os desenvolvimentos tecnológicos deste inovador projeto irão continuar sob os auspícios da EMBRAPII – Unidade do IFSC/USP, em São Carlos.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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