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22 de setembro de 2014

Curso do IFSC está na vanguarda do conhecimento

Pode-se afirmar, com garantia, que o Curso de Física Computacional do IFSC-USP é único no país, segundo opinião do docente e pesquisador do nosso Instituto, Guilherme Sipahi. De uma maneira bem ampla, temos hoje três grandes áreas em Física: Física Experimental, fisiccomp-300Física Teórica e Física Computacional. Em suma, na Física, cada vez mais a teoria e a experimentação necessitam de ferramentas computacionais eficientes e estes métodos se tornaram tão complexos, que, físicos com uma formação em temas de computação, se tornaram essenciais. Isto é o que torna o curso de Física Computacional do IFSC-USP algo verdadeiramente fantástico, veja-se o currículo do mesmo. Não é pretenciosismo afirmar-se que a dinâmica do IFSC-USP deu origem a dois cursos igualmente dinâmicos fora das áreas tradicionais da Física – biofísica e física computacional -, mantendo, porém, um bloco homogêneo dentro da instituição. Todavia e segundo Sipahi, quando se compara o Curso de Física Computacional com outros parecidos, existentes em outras universidades do país, aí ninguém bate o IFSC-USP, já que seus alunos são, em comparação com os restantes, aqueles que saem mais bem formados e que estão prontos para desenvolverem a computação em qualquer modelo de física, em qualquer área profissional. Existem alunos formados no IFSC-USP por todo o país e estrangeiro, em áreas como, por exemplo, em grandes empresas de consultoria, já para não falar de egressos do Instituto na Catho, no Grupo Folha, no Portal UOL, no mercado financeiro, na Google, na área petrolífera, em medicina, em bancos nacionais e internacionais, na Microsoft, etc.. Contudo, conforme sublinha o Prof. Guilherme Sipahi, se observarmos mais de perto, por exemplo, para a cidade de São Carlos, encontramos egressos do Instituto trabalhando em empresas de tecnologia de ponta – definindo materiais que o cidadão comum utiliza, até fazendo programas dos quais dependem a comercialização de produtos. Na Embrapa, por exemplo, temos alunos que desenvolveram projetos agropecuários e é impressionante observar como um estudante nosso trabalha nas diversas etapas, por exemplo de análise de solo, obtendo um espectro com um aparelho simplificado que o joga num programa simples e rápido de modo que, com um laptop, possa saber, exatamente, qual é a composição de determinado solo. Esse tipo de coisa é o que faz a diferença. No Brasil, nós temos Física Teórica em todo canto, experimental também nas mais diversas áreas, agora, não temos em lugar nenhum do país o cabedal de conhecimento que temos aqui no IFSC-USP em Física Computacional, sublinha Guilherme Sipahi.

No contexto internacional, gui325o panorama também é muito positivo, pois existem muitos ex-alunos do IFSC-USP trabalhando, principalmente nos EUA, existindo, entre outras, uma razão simples apontada por Sipahi que justifica, até certo ponto, o motivo pelo qual os jovens egressos se sentem atraídos pelo exterior: a não existência de uma cultura de desenvolvimento no país, quando, em contraponto, a Microsoft faz desenvolvimento no Brasil. Não precisamos apenas só das empresas grandes. As empresas pequenas podem fazer desenvolvimento de coisas interessantes, já que tem muito egresso fazendo doutorado em matemática ou em engenharia, em temas interdisciplinares correlatos, utilizando os nossos conhecimentos, pontua o docente.

Quanto ao futuro da Física Computacional, Sipahi afirma que a tendência é as Físicas Teórica e Computacional se mesclarem em breve. Hoje, por exemplo, uma parte muito importante da física teórica tradicional já é feita usando programas como o Mathematica e o Maple, que simplificam a análise algébrica e integram o cálculo computacional a ela. E essas ferramentas estão cada vez mais fáceis de usar. Mas, quando você precisa usá-las de maneira eficiente, isso só é possível se você tiver um conhecimento maior de computação que, em geral, não é ensinado em outros lugares, mas aqui no IFSC-USP nós lecionamos, salienta Sipahi, acrescentando que mesmo os alunos da física tradicional do Instituto se beneficiam da cultura da física computacional do mesmo. Isso é uma coisa que não podemos esquecer, porque os alunos da física tradicional têm colegas na física computacional. Quando eles precisam fazer alguma coisa que tem a ver com computação, consultam os colegas e acabam tendo uma interface muito grande e esse conhecimento se dissemina mesmo que não fique claro que venha da física computacional, como cultura local, enfatiza o docente.

Já no aspecto relacionado com o conhecimento do Curso de Física Computacional do IFSC-USP, Guilherme Sipahi é de opinião que falta alguma propaganda, principalmente entre os candidatos aos cursos. Na opinião do docente e pesquisador, existe a necessidade de dar a conhecer este curso de forma mais abrangente e direta, já que quando o aluno se depara com a física computacional, acha que está fazendo alguma coisa que é computação voltada à COMPUTACAO325física, quando, na verdade, a física computacional é a física em que o profissional tem as ferramentas de computação estabelecidas. Resumidamente, Sipahi afirma que o IFSC-USP tem que mostrar que a Física Computacional não é uma parte da física para quem gosta da computação, mas que é uma necessidade e abre o leque de temas em que se pode trabalhar. Se você sai da física sabendo bem física computacional, você poderá trabalhar em diversas áreas que não estão diretamente relacionadas à Física: modelamento econômico e ambiental, diversas áreas que têm a ver com estatística ou modelamento de dados em geral. Claro que ninguém sai da física sabendo tudo em todas as áreas, já que você sempre terá que estudar alguma coisa a mais, mas é a base fundamental, afirma Sipahi, que sublinha o fato de haver outro lado da física computacional que é muito importante no Instituto, referindo-se, neste caso, à área de instrumentação. Com efeito, alunos do Instituto interrompem seu mestrado ou doutorado para ingressarem no setor produtivo, isso porque têm hipótese de ganhar um salário maior que o de um pós-doc, exatamente porque conhecem técnicas de computação e com elas podem fazer coisas novas e diferentes. Para Sipahi, essa captação de valores é um motivo de orgulho para o Instituto, por eles estarem fazendo a diferença no mercado de trabalho, em áreas de programação paralela ou computação reconfigurável, ou instrumentação científica de maneira mais ampla, mas é também, simultaneamente, um motivo de tristeza, porque a instituição está perdendo contato precocemente com alguns de seus melhores alunos, não tendo encontrado ainda um caminho eficaz para explorar esse potencial de divulgação. O pessoal tem vindo buscar esses alunos aqui no Instituto, exatamente porque sabe que no IFSC-USP temos esse conhecimento disseminado com extremo sucesso há aproximadamente 25 anos e as pessoas têm aprendido a usá-lo muito bem, finaliza o docente do IFSC-USP.

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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