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21 de julho de 2016

Dispositivo que detecta bactérias é destaque

oficina_de_inovao_250Um dispositivo eletrônico (biossensor) capaz de detectar bactérias em diversos materiais dentro de alguns minutos ou horas venceu a Oficina de Inovação, realizada recentemente no campus USP São Carlos. Com o intuito de apoiar ideias de projetos inovadores submetidos por alunos de graduação de qualquer unidade da USP, a Oficina é uma disciplina optativa organizada pela Agência USP de Inovação, em parceria com o Centro Avançado da EESC para Apoio à Inovação (EESCin) e o Centro de Engenharia Aplicada à Saúde (CEAS/EESC).

Nesta primeira edição, que teve como foco trabalhos inseridos nas áreas de controle de infecção hospitalar e de controle de vetores de zoonoses*, seis dos oito projetos submetidos foram apresentados e avaliados por uma banca integrada por docentes, investidores e pesquisadores das áreas de tecnologia, inovação e saúde. Intitulado Desenvolvimento de Biossensores Eletroquímicos Baseados em Aptâmeros para Quantificação Simultânea de Escherichia coli e Staphylococcus aureus, o projeto relacionado à elaboração do biossensor tem sido idealizado desde janeiro último pela doutoranda do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano/IFSC/USP), Laís Canniatti Brazaca, e pelo graduando do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), Adriano Lopes Rodrigues.

O conceito deste projeto surgiu a partir dos trabalhos sobre sensores que Laís tem desenvolvido nos laboratórios do Gnano. À Assessoria de Comunicação do IFSC, a pesquisadora disse que se sentiu realizada pelo fato deste projeto ter vencido a Oficina de Inovação, que não englobou apenas o caráter científico do trabalho – com o qual está acostumada a lidar -, mas, também, sua aplicabilidade no mercado, o que, para ela, é um aspecto fundamental quando se pensa em disponibilizar as tecnologias desenvolvidas na academia à sociedade.

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“Foi muito interessante ter participado da Oficina pela troca de informações e aprendizado entre as equipes. Recomendo a iniciativa para os alunos dos próximos anos”, disse ela, destacando também outras propostas de projetos submetidos à disciplina que foram bem elaboradas, como a higienização de arquivos em papel e o desenvolvimento de um sistema para monitoramento de lavagem de mãos.

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O Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, que coordena tanto este projeto como o GNano, comentou que esta conquista deixou o grupo muito feliz. “Este reconhecimento contempla a ideia do projeto. E a ideia é sempre o aspecto mais importante da pesquisa. Fico muito feliz pois tenho me esforçado muito para treinar meus alunos a terem grandes ideias, e esse reconhecimento é muito bem-vindo”, enfatizou o docente, acrescentando que o biossensor de rápida detecção poderá ter uma aplicabilidade muito grande em vários setores, como na análise de materiais médicos e de embalagens para alimentos.

O Prof. Dr. Daniel Capaldo Amaral, docente do Departamento de Engenharia de Produção da EESC e um dos organizadores da Oficina de Inovação, elogiou a execução do trabalho em questão. “A tecnologia desenvolvida é disruptiva e com potencial para ser utilizada em uma série de produtos. Os alunos conseguiram demonstrar testes reais e que mostram a maturidade da tecnologia e a viabilidade de desenvolvimento do produto”, disse ele, em entrevista ao portal da EESC.

Após demonstrar a viabilidade da aplicação do biossensor, o desenvolvimento do dispositivo deverá ter início em breve, com o recurso de cinco mil reais, ofertado pela disciplina, para a aquisição de materiais de consumo, equipamentos e serviços terceirizados.

*Doenças transmitidas por animais aos humanos e vice-versa. Cachorros, gatos, morcegos, ratos, aves e insetos são os principais animais que transmitem doenças para o homem. Algumas das patologias mais comuns referentes ao termo “zoonoses” são raiva, dengue, Doença de Chagas e leptospirose.

Esta matéria foi igualmente divulgada através da Assessoria de Comunicação – EESC/USP.

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatas deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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