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07 de abril de 2017 - Prof. Cylon Silva (LNLS/CNPEM)

Colloquium diei: “Em busca da transição energética: escalando o monte Terawatt”

Colloquium_Diei-loguinhoO Terawatt (TW – trilhão de watts) é uma unidade conveniente de potência (energia por unidade de tempo). A geração anual de energia primária no mundo moderno é da ordem de 18 TW. Se pensarmos no monte Everest (altura de 8,5 km) como uma “montanha” de potência, e associarmos 1 km com 1 TW (1 nm com 1 W), o monte Terawatt seria cerca de 2 vezes mais alto do que o Everest.

• A primeira ideia que quero transmitir com esta imagem é a imensa escala de produção da energia primária que nossa civilização necessita para funcionar.

• A segunda ideia é a dificuldade que novas soluções energéticas enfrentam pois precisam ser levadas das pequenas escalas do laboratório para as imensas escalas do mundo real, enfrentando enormes barreiras, não as menores das quais são as de entrada no mercado.

O objetivo desta palestra é o de apresentar certos aspectos da questão energética, que podem ser resumidos em quatro pontos para “levar para casa”:

1. Progresso científico-tecnológico, crescimento populacional, desenvolvimento econômico e energias baratas e abundantes são inseparáveis.

2. Processos insustentáveis de agressão ao meio ambiente são a decorrência histórica da explosão das escalas das necessidades humanas.

3. Todas as alternativas às fontes primárias fósseis e nuclear (estoques de energia primária) são baseadas nos fluxos da energia solar primária. Apesar de serem abundante, há muitos desafios a vencer.

4. Transições energéticas para modelos sustentáveis são complexas, lentas e, sobretudo, incertas. Elas envolvem tecnologias e investimentos, mas também (e sobretudo) políticas: “custos de continuar como está versus custos de mudar” são determinantes.

Procuraremos demonstrar esses pontos por meio de um conjunto de perguntas, cujas respostas, mesmo preliminares, nos ajudam a entende-los.

• Qual a relação entre população e energia primária?

• Como é distribuída a energia primária no mundo?

• Quanto de energia primária adicional precisaríamos em um mundo mais igualitário?

• Onde ir buscar esta energia primária? Quais as opções de transição?

• Quais são as promessas e os desafios da energia primária solar, por natureza abundante, porém intermitente?

Cada uma dessas perguntas levanta inúmeras outras indagações “colaterais”, que iremos abordando. Em especial, na última parte, daremos uma atenção especial a baterias para o armazenamento de energia elétrica e mobilidade (carro elétrico).

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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