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13 de outubro de 2021

Chamada para tratamento da calvície (Alopecia Androgenética) em mulheres

Pesquisa está inserida em um projeto da EMBRAPII

Jovens pesquisadoras formadas pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estão iniciando um projeto pertencente à EMBRAPII-Unidade do IFSC/USP, com a participação das empresas “Dermociencia”, empresa de cosmética sediada em nossa cidade, e a “AGTTEC”, empresa dedicada ao beneficiamento do café, localizada na cidade de Dois Córregos (SP), com a finalidade de tratar mulheres portadoras da designada Alopecia Androgenética – comumente conhecida como calvice.

A equipe técnico-científica é constituída pela Drª Alessandra Keiko Lima Fujita, doutora em ciências na área de Biofotônica pelo IFSC/USP e na área de disfunções capilares e pesquisadora responsável por este projeto de pesquisa, Drª Fernanda Carbinatto, farmacêutica e pós-doutoranda do IFSC/USP, e Patricia Kaori Shiraishi, terapeuta capilar especializada em disfunções do couro cabeludo, formada pela Associação Brasileira de Tricologia.

Drª Fernanda Carbinatto

Este projeto, que é bastante interessante, juntou as experiências das duas empresas acima citadas, com o intuito de verificar a eficácia de um composto constituído por pó do café verde e um shampoo neutro. “Já existem no mercado diversos produtos que contêm o café verde destinados, principalmente, para a área da saúde estética e tratamento capilar. Contudo, a nossa atenção ficou voltada, não para o óleo do café verde, propriamente dito, que é extraído diretamente do grão, mas para um produto derivado dele, chamado “torta”, que é muito rico em cafeína e em ácido clorogênico (antioxidante), explica Fernanda Carbinatto. Foi a partir de estudos realizados com esse produto que as pesquisadoras chegaram à conclusão que poderiam iniciar uma abordagem com o tratamento experimental para combater a calvície feminina (alopecia androgenética), um projeto que será desenvolvido no espaço “K Quadrado”, em São Carlos.

A chamada de voluntárias mulheres para este tratamento não invasivo e aprovado pelo Comité de Ética, consta apenas na aplicação do produto diretamente no couro cabeludo das pacientes por meio da lavagem no local a ser desenvolvido os testes. Serão dez sessões, duas vezes por semana, com a duração de 40 minutos cada sessão, antecedendo-se sempre a análises microscópicas e macroscópicas da região a ser tratada, tendo como objetivo a recuperação dos fios de cabelos que foram acometidos pela disfunção.

O que é alopecia androgenética

Drª Alessandra Keiko Fujita

Alopecia androgenética, ou calvície, é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada. É relativamente frequente na população. Homens e mulheres podem ser acometidos pelo problema, que apesar de se iniciar na adolescência, só é aparente após algum tempo, por volta dos 40 ou 50 anos. Apesar do termo “andro” se referir ao hormônio masculino, na maioria das vezes os níveis hormonais se mostram normais nos exames de sangue. A doença se desenvolve desde a adolescência, quando o estímulo hormonal aparece e faz com que, em cada ciclo do cabelo, os fios venham progressivamente mais finos.

A queixa mais frequente na alopecia androgenética é a de afinamento dos fios. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto. Nas mulheres, a região central é mais acometida, pode haver associação com irregularidade menstrual, acne, obesidade e aumento de pelos no corpo. Porém, em geral, são sintomas discretos. Nos homens, as áreas mais abertas são a coroa e a região frontal (entradas).

A equipe – Fernanda Carbinatto, Alessandra Keiko Fujita e Patricia Kaori Shiraishi

A doença denominada alopecia androgenética, geralmente com sintomas notados entre os trinta e quarenta anos de idade, possui um fator decisivo para seu exponencialmente, sendo esse as mudanças hormonais.

Para melhor compreensão e aprofundamento de estudos foi criado a escala de Ludwig, onde classificou-se a condição genética em três estádios diferentes e com base na densidade do cabelo.

A maior parte dos casos diagnosticados é considerada de Grau I, manifestando-se com área de calvície mínima e cabelo com pouco volume. Já em mulheres onde o Grau II é constatado, um maior espaço sem cabelo pode ser notado. Por fim, o Grau III caracterizado por seu padrão mais agressivo e intenso ao couro cabeludo, possui recorrência menor que as demais (Associação Brasileira de Dermatologia).

Esta chamada, com inscrições limitadas, é dedicada a mulheres com idades entre os 18 e 50 anos de idade, com diagnóstico médico para alopecia androgenética, estágios 2 ou 3 da doença. Estarão impedidas de participar mulheres que tenham contraído a COVID-19, que estejam no início da menopausa, que tenham doenças auto-imunes, distúrbios psicológicos, anorexia, usuárias de drogas e portadoras de marca-passo.

A escala de Ludwig

Para fazer sua inscrição para este tratamento, as interessadas deverão contatar a Drª Alessandra Keiko Lima Fujita pelo Celular – WhatsaPP (16) 99790-5427.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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