Notícias

23 de junho de 2020

Reflexões na pandemia – “Aos meus alunos… Com carinho…”

De repente, eis que perdi completamente a noção do tempo. O dia adormece, lentamente, coberto pelo lençol do Universo.

De minha janela observo o Campus da USP de minha cidade, estridantemente silencioso… Inquietantemente vazio. Tento descortinar, lá longe, a janela de minha sala onde ao longo de algumas décadas tenho professado a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena, se o aluno se sentiu feliz pelo que aprendeu comigo e por tudo aquilo que ele me ensinou.

Recostado na cadeira olho uma vez mais, no monitor de meu computador, o roteiro da aula que preparei para, remotamente, auxiliar meus alunos naquilo que eu puder, tendo em vistas que sua formação não pode parar. Neste momento, estou impedido de entrar cansado em minha sala de aula e perante o “desassossego” da turma transformar meu cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender. A pandemia me condicionou a ter que exercer meu trabalho à distância com os meus queridos alunos.

Desligo o computador e contemplo o exuberante pôr-do-sol de minha janela.

É hora de descansar um pouco.

Momentaneamente, saio de cena sem sair do espetáculo.

(Texto: Rui Sintra – adaptação da escrita de Jairo Lima/ Imagem: Prof. Jan Frans Willem Slaets – IFSC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de junho de 2020

Newsletter “Caminhos de Cultura” volta em formato eletrônico

A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), da Universidade de São Paulo está lançando a Newsletter Caminhos de Cultura Caminhos da Cultura, trazendo dicas e destaques culturais da USP voltados à sociedade.

A ideia de uma newsletter com conteúdos culturais da USP voltados à sociedade já estava sendo amadurecida desde que o antigo guia Caminhos da Cultura, impresso em papel, deixou de circular. Foram implementadas outras ferramentas de divulgação, como páginas no Facebook e no Instagram, a revista USP Integração e programas nas rádios USP-FM e Cultura, mas com a chegada da pandemia da COVID-19, o cenário mudou.

Rapidamente todos os espaços culturais tiveram que ser fechados e programações presenciais, canceladas ou suspensas. Isso não significou a paralisia das atividades culturais e de extensão da USP, muito pelo contrário: começaram a frutificar as mais variadas iniciativas online, em diversas áreas e para todos os públicos, sem custo, e acessíveis pela internet.

Foi para facilitar a identificação desses eventos e sua participação que a PRCEU criou, então, o USP Cultura em Casa, que funciona como um guia, com atualizações constantes, compilando e organizando as atividades que a USP promove para a sociedade e que podem ser acessadas de casa. Além de concentrar as informações no site cultura.usp.br, a iniciativa divulga também, diariamente, no Facebook e Instagram.

Agora, o Caminhos da Cultura volta, em formato eletrônico, por meio desta newsletter, para se somar como mais um canal de divulgação das atividades do USP Cultura em Casa, com dicas e destaques selecionados em diferentes áreas de interesse e públicos-alvo.

Para conhecer a primeira edição, clique AQUI, e para se inscrever e receber periodicamente os novos lançamentos, clique AQUI.

(Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária – USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de junho de 2020

IFSC/USP:12 bolsas “Programa de Residência Pedagógica” (CAPES)

Os Cursos de Licenciatura em Matemática (ICMC/USP) e de Ciências Exatas (IFSC/USP) estão oferecendo, através de edital, 16 bolsas para alunos da Licenciatura no Programa de Residência Pedagógica (CAPES), sendo que são 12 o número de bolsas disponíveis no nosso Instituto.

As inscrições vão até dia 05 de julho.

O Programa de Residência Pedagógica é uma das ações inseridas na Política Nacional de Formação de Professores, tendo como objetivo introduzir o aperfeiçoamento da formação prática nos cursos de licenciatura, promovendo a imersão do licenciando na escola de educação básica a partir da segunda metade de seu curso.

Esse aperfeiçoamento deve contemplar, entre outras atividades, regência de sala de aula e intervenção pedagógica, acompanhadas por um professor da escola com experiência na área de ensino do licenciando e orientada por um docente da sua Instituição Formadora.

A Residência Pedagógica tem como premissas básicas o entendimento de que a formação de professores nos cursos de licenciatura deve assegurar aos seus egressos, habilidades e competências que lhes permitam realizar um ensino de qualidade nas escolas de educação básica.

Objetivos:

1-Aperfeiçoar a formação dos discentes de cursos de licenciatura, por meio do desenvolvimento de projetos que fortaleçam o campo da prática e conduzam o licenciando a exercitar de forma ativa a relação entre teoria e prática profissional docente, utilizando coleta de dados e diagnóstico sobre o ensino e a aprendizagem escolar, entre outras didáticas e metodologias;

2-Induzir a reformulação da formação prática nos cursos de licenciatura, tendo por base a experiência da residência pedagógica;

3-Fortalecer, ampliar e consolidar a relação entre a IES e a escola, promovendo sinergia entre a entidade que forma e a que recebe o egresso da licenciatura e estimulando o protagonismo das redes de ensino na formação de professores;

4-Promover a adequação dos currículos e propostas pedagógicas dos cursos de formação inicial de professores da educação básica às orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Para obter mais informações sobre o Programa de Residência Pedagógica, clique AQUI.

Para conferir o edital para a seleção de bolsistas, com as regras, procedimentos e prazos, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de junho de 2020

Central de descontaminação de máscaras no IFSC/USP

Alunas e pós-graduandas do IFSC/USP nos momentos iniciais do processo de desinfecção de máscaras

Conforme tinha sido anteriormente sublinhado pelo diretor do Instituto de Física de São Carlos, (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Bagnato, quando da criação de uma câmara de ozônio para descontaminação de máscaras faciais usadas pelos profissionais de saúde, o Instituto instalou, recentemente, em suas instalações, uma central de descontaminação de máscaras com capacidade para desinfetar entre oitocentas e mil unidades em cada duas horas.

Durante os próximos dias, utilizando duas câmaras de descontaminação, alunas e pós-graduandas do IFSC/USP estão colaborando nessa tarefa, tendo iniciado já uma operação de larga escala para a descontaminação e acondicionamento individual de cem mil máscaras TNT (indicadas para uso médico e hospitalar) enviadas por uma empresa de confecções sediada em Guaxupé (MG), destinando-se esse material para diversas unidades de saúde.

As demandas para a descontaminação de máscaras descartáveis já utilizadas pelo pessoal de saúde (reciclagem) também está aumentando, justificando, por isso, a decisão de se instalar a central de descontaminação no Instituto, como forma de contribuir para o combate à COVID-19, nomeadamente na proteção do pessoal da área de saúde.

As duas câmaras de descontaminação por ozônio em pleno funcionamento

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de junho de 2020

Cuidando da comunidade do IFSC/USP em tempos de pandemia

“Cuidando da comunidade do IFSC/USP em tempos de pandemia – Saúde do Corpo”, foi o título de uma palestra remota promovida pela diretoria do Instituto de Física de São Carlos no dia 18 de junho ultimo, com a participação da fisioterapeuta Kely Zampieri.

Docentes, servidores e colaboradores do Instituto participaram deste evento, colocando questões e tirando dúvidas com a profissional, em um momento delicado onde é necessário não só salvaguardar a saúde, como também manter o corpo são numa mente sã.

Assista a esta palestra clicando na imagem abaixo.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de junho de 2020

IFSC/USP presente na mini “Reunião Anual Virtual da SBPC”

A SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) realiza entre os próximos dias 12 e 24 de Julho, um Mini Reunião Anual Virtual, um evento que contará com conferências, painéis e minicursos. Sublinhe-se que, devido à pandemia do novo coronavírus, a SBPC teve que adiar sua 72ª Reunião Anual, prevista para ocorrer no período de 12 a 18 de julho de 2020, na UFRN, em Natal (RN).

Os WEBMinicursos terão quatro aulas, sendo as três primeiras videoaulas gravadas e disponibilizadas de 8 a 19 de julho e a última será uma live pelo Zoom, em data específica agendada na semana de 20 a 24 de julho.

Um dos destaques da programação será o minicurso intitulado Luz, sua natureza, interação com a matéria e aplicações, sob a responsabilidade dos docentes do IFSC/USP Vanderlei Bagnato, Sebastião Pratavieira e Euclydes Marega Jr., com videoaulas que poderão ser assistidas entre os dias 08 e 19 de julho, e uma aula ao vivo que acontecerá no dia 20 do mesmo mês, entre as 11 e as 13 horas, em uma ementa essencialmente dedicada a alunos de graduação, alunos de pós-graduação e professores do ensino básico ou profissionalizante.

A ementa deste minicurso será constituída por apresentações sobre os conceitos básicos da constituição da luz, bem como os mecanismos básicos da interação da luz com a matéria. Utilizando demonstrações, os palestrantes apresentarão os efeitos resultados da interação da luz com a matéria. Absorção, emissão e fluorescência, as aplicações em física e ciências da saúde serão exemplificadas

Para assistir as aulas será necessário fazer matrícula e pagar a taxa de inscrição.

Será fornecido certificado de frequência para quem assistir a todas as aulas.

Consulte as normas e participe!

Haverá uma Sessão de Abertura no dia 12 de julho e as conferências e painéis ocorrerão entre os dias 13 e 17 de julho.

As atividades estarão disponíveis no site da SBPC e nas mídias sociais (Facebook e Youtube).

Para conferir a programação completa e/ou se inscrever neste evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de junho de 2020

Chamada – Fundo Newton e Global Challenge Research Fund

Encontra-se aberta a chamada para trabalhos de pesquisas no âmbito dos fundos britânicos – Fundo Newton e Global Challenge Research Fund – tendo em vistas o combate à pandemia de COVID-19, intitulada UKRI GCRF/Newton Fund Agile Response call to address COVID-19 .

O mecanismo proposto pelo conselho de pesquisa britânico neste edital apresenta duas possibilidades de elegibilidade dos pesquisadores brasileiros na chamada: além da submissão de propostas conjuntas entre cientistas brasileiros e britânicos, este edital prevê a possibilidade de que algumas instituições do Brasil submetam também projetos para financiamento direto ao UKRI. Este caso é exclusivo para instituições e universidades de pesquisa que já receberam a transferência direta de recursos do UKRI, e, por isso, cumpriram etapas de due dilligence e cadastro financeiro juntamente à instituição. Neste momento, não é permitido o cadastro de novas instituições para acessar essa modalidade de fomento.

No caso concreto da USP, pesquisadores pertencentes a qualquer departamento poderão ser os coordenadores do projeto (Principal Investigator), submetendo propostas de fomento à pesquisa diretamente ao UKRI.

Para acessar a chamada, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

 

18 de junho de 2020

IFSC/USP: “Highly Cited Papers e Hot Papers” (jan/fev-2020)

A Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de janeiro a fevereiro do corrente ano pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters.

Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP, ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para acessar os citados artigos científicos, que se encontram divididos por áreas de conhecimento – ciências agrícolas, química, medicina clínica, ciências dos materiais, genética e biologia molecular, neurociência, física, e ciências espaciais -, clique AQUI

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de junho de 2020

Pesquisador do IFSC/USP participa de projeto do IFSULDEMINAS

O Instituto Federal do Sul de Minas, Campus de Poços de Caldas, iniciou um projeto de desenvolvimento de tecnologias em prol dos profissionais de saúde que desenvolvem suas atividades no combate à COVID-19 em hospitais daquela de região de Minas Gerais.

Entre as ações, está o desenvolvimento de autoclaves de ozônio, para descontaminação de equipamentos de proteção individual (EPI’s), rodos de luz ultravioleta (UV-C) e robôs UV-C autônomos e com inteligência artificial, para descontaminação de pisos hospitalares.

O desenvolvimento deste projeto iniciou-se neste mês de junho, prolongando-se até setembro, compreendendo ações que apresentam duas vertentes, a saber: a primeira vertente incidirá sobre a descontaminação de EPI’s, através da construção de duas autoclaves de gás ozônio para descontaminação de máscaras, orotraqueais e tubos de respiradores mecânicos, instrumentação cirúrgica, tubos, jalecos, gorros, pastas, etc.. A segunda vertente compreenderá a construção de 40 rodos UV-C e 40 robôs UV-C autônomos (30 robôs autônomos e 10 autônomos com inteligência artificial), para descontaminação de pisos hospitalares, todos esses equipamentos baseados nos modelos desenvolvidos pelo Centro de Pesquisa em Ótica e Fotônica (CEPOF) do Instituto de Física de São Carlos da USP (IFSC/USP).

Os robôs e as autoclaves deverão ser disponibilizados a partir de julho. As ações beneficiarão os hospitais que atualmente atendem os casos de COVID-19 na região, como a Santa Casa e Hospital de Campanha de Poços de Caldas, o Hospital Samuel Libânio de Pouso Alegre, a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital de Campanha de Passos, o Hospital São Sebastião e de Campanha de Três Corações.

Por sua vez, os rodos de descontaminação UVC e os robôs autônomos serão entregues aos hospitais e unidades de atendimento de Poços de Caldas, Passos, Pouso Alegre e Três Corações. A meta é que os rodos fiquem prontos para serem distribuídos já na segunda semana deste mês junho.

A equipe responsável pelo projeto é liderada pelo Prof. Humberto Vargas Duque, do IFSULDEMINAS – Campus Poços de Caldas, sendo formada pelo docentes Douglas Donizeti de Castilho Braz (IFSULDEMINAS – Campus Poços de Caldas), Juliano de Souza Caliari (IFSULDEMINAS – Campus Passos), João Francisco Malachias Marques (IFSULDEMINAS – Campus Três Corações), Rafael Felipe Coelho Neves (IFSULDEMINAS – Campus Poços de Caldas), Rodrigo Lício Ortolan (IFSULDEMINAS – Campus Poços de Caldas), Manoel Gustavo Petrucelli Homem (Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos – DQ/UFSCAR) e pelo pesquisador Bruno Pereira de Oliveira (Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que muito contribuiu para o desenvolvimento destes equipamentos no Grupo de Óptica do Instituto.

(Com informações do IFSULDEMINAS)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

17 de junho de 2020

“Organização, Gestão do Tempo e Empatia: fatores que ajudam na quarentena”

O ECar – Escritório de Desenvolvimento de Carreiras PRG/USP, leva a efeito no próximo dia 18 de junho, entre as 17h30 e as 18h45, a palestra online Organização, Gestão do Tempo e Empatia: 3 fatores que vão nos ajudar nessa quarentena, ministrada por Willian Oliveira, docente da ETEC – Centro Paula Souza, que trabalha em Recursos Humanos.

Em um contexto pandêmico, situação completamente atípica para todos, os danos psicológicos, profissionais e financeiros são imensuráveis e, muitas vezes, inevitáveis. Muitas pessoas enfrentam grande dificuldade para administrar ações e emoções em crises, perdendo o foco e ampliando os impactos de suas consequências.

Nesta palestra, o convidado buscará entender a importância do uso da organização, da gestão do tempo e da empatia como fatores de transformação e de superação da realidade caótica pela qual todo mundo está passando. Compreender e encontrar os melhores meios de autogestão é fundamental para reduzir os prejuízos da COVID-19.

O link para esta palestra será divulgado por e-mail, em momento oportuno.

Para inscrição é necessário acessar o link abaixo utilizando seu e-mail institucional: https://forms.gle/QegBdgPhVukrk95B7

Em caso de dúvidas, entre em contato com o ECar pelo e-mail carreiras@usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de junho de 2020

Grande entrevista: “Aulas remotas – desafios e oportunidades”

Com o avanço da pandemia e com a forçada medida de isolamento social, a educação, conforme a conhecíamos, sofreu um baque e teve que ser rapidamente repensada em termos mundiais. Ninguém estava preparado para isso. No Brasil, as aulas virtuais vieram substituir as presenciais e as universidades, incluindo a USP, não fugiram a essa regra: como seria de esperar,a nova metodologia provocou opiniões a favor e contra sobre a nova metodologia. O certo é que, independente das opiniões, o que está em causa é a educação, a formação de centenas de milhares de jovens, bem como o drama de muitos jovens estudantes, por se encontrarem em situação de vulnerabilidade, estarem condicionados a aderir a essa nova modalidade. O que fazer?

Para falar sobre este novo cenário, que cada vez fica mais consolidado como alternativa de educação na designada “nova normalidade”, o IFSC/USP entrevistou o Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, docente e pesquisador de nosso Instituto.

Os temas abordados nesta entrevista vão da substituição forçada das aulas presenciais por aulas remotas, na USP, e suas consequências, as dificuldades dos alunos para se adaptarem a uma nova realidade que poderá ser meramente temporária (ou não), a situação dos alunos que, por dificuldades sociais e estruturais, não conseguem estar inseridos na nova modalidade, bem como a pergunta inevitável – se existe o risco, ou não – das práticas de ensino e de aprendizagem poderem ficar comprometidas com este método de ensino

O Prof. Osvaldo é físico de formação, tendo concluído o doutorado na University of Wales, Bangor, Reino Unido. É membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e foi presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SPBMat). Publicou cerca de 500 artigos em periódicos especializados, 16 capítulos de livros, 2 livros de divulgação científica, 1 livro sobre escrita científica, e autor de 7 patentes. Esses trabalhos receberam cerca de 9.700 citações (na Web of Science em junho de 2017).

Uma entrevista bastante interessante, que pode ser conferida clicando na imagem abaixo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de junho de 2020

USP lança novo portal de serviços para a comunidade universitária

Novo portal vai integrar as funcionalidades dos sistemas corporativos e melhorar a navegação dos usuários

A Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) está lançando o Portal de Serviços Computacionais voltado para a comunidade universitária.

Com o novo portal, alunos, professores e funcionários da Universidade poderão acessar todos os serviços acadêmicos e administrativos que hoje compõem os Sistemas USP, de forma personalizada, com visualização moderna e rápida. Além disso, o portal possui interface totalmente integrada e ajustável e funciona de forma simples e intuitiva em celulares, tablets e computadores.

Dentre as novas funcionalidades do portal estão um menu integrado por funções, a criação de uma lista de tarefas pendentes e um sistema de busca e localização dos serviços por palavra-chave.

“O novo portal tem como principal objetivo integrar todas as funcionalidades dos sistemas corporativos e, ao mesmo tempo, melhorar a navegação dos usuários”, afirma o superintendente da STI, João Eduardo Ferreira.

Ferreira destaca três aspectos importantes do novo sistema no que se refere à navegação. O primeiro está relacionado ao menu integrado do lado esquerdo, “que reagrupa os serviços corporativos já disponíveis, só que agora de outra forma. Antes tínhamos os sistemas acadêmicos, como Júpiter, Janus, Apolo e Atena, e os administrativos, como Marte e Mercúrio, que, a partir de agora, serão agrupados neste novo menu”.

O segundo aspecto, segundo ele, é o “uso de palavras-chave para encontrar a função que se quer, independentemente do sistema em que esta função se encontra. Além disso, o usuário, ao entrar no portal, poderá visualizar suas tarefas pendentes e realizá-las de forma mais eficiente”.

“Esse portal não é simplesmente a junção dos sistemas corporativos ora existentes. Possui diversos aperfeiçoamentos e facilitará ainda mais a interação com o usuário. Será um passo decisivo para melhorar, ainda mais, a informatização eficiente da nossa Universidade”, destaca o reitor da USP, Vahan Agopyan.

A partir deste mês de junho, a STI deverá promover treinamentos junto às Unidades de Ensino e Pesquisa para a utilização do novo portal, que está previsto para entrar em funcionamento a partir de setembro.

Assista, a seguir, ao vídeo produzido pela Superintendência sobre o sistema: http://e.usp.br/portalusp

(Com informações da Superintendência de Tecnologia de Informação (STI) – USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

15 de junho de 2020

(IFSC/USP) – Bolsa de Doutorado Direto FAPESP em Astropartículas

Estão abertas até o próximo dia 19 de julho as inscrições para uma Bolsa de Doutorado Direto (FAPESP) em Astropartículas, no Grupo de Astrofísica de Partículas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), associada a um projeto “Jovem Pesquisador da FAPESP”.

O projeto de pesquisa propõe estudos nos campos de busca de matéria escura e astrofísica de altas energias na região do Centro

Galáctico, com foco especial na análise e interpretação de dados de telescópios de raios gama.

Podem concorrer à bolsa alunos do último semestre de graduação ou graduados sem mestrado concluído nas áreas de Física, Astronomia ou áreas afins – preferencialmente

aprovados na prova escrita EUF (Brasil) ou GRE (exterior) – com excelente histórico escolar e nível de inglês, de acordo com os critérios estabelecidos pela FAPESP.

O(A) candidato(a) à vaga terá a oportunidade de estágio no exterior, visando realizar parte de seu trabalho de teses em Instituições de Pesquisa na Europa e Estados Unidos

Os interessados devem entrar em contato com Prof. Aion Viana (aion.viana@ifsc.usp.br).

No campo “assunto”, colocar “Candidato a Bolsa de Doutorado Direto”.

Os candidatos devem enviar os seguintes documentos (como um único arquivo PDF):

1- Histórico Escolar completo do seu curso de graduação (incluindo reprovações, quando for o caso);
2-Currículo Vitae (com link para o Currículo Lattes do CNPq, atualizado);
3-Um ou dois contatos de referência (de preferência orientador de IC, TCC ou mestrado)

Para conferir o anúncio, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de junho de 2020

Nova terapia devolve qualidade de vida a pacientes com doença de Parkinson

A doença de Parkinson, caracterizada por tremores, lentidão dos movimentos, rigidez e atrofia muscular, provoca igualmente dores intensas e uma grande dificuldade para a realização de movimentos, inclusive os mais básicos.

Caminhada, ingestão de alimentos, ou mesmo escovar os dentes, são alguns exemplos. Essa doença, degenerativa e progressiva no sistema neurológico, ainda não tem cura, afetando um vasto número de indivíduos, independente da idade ou sexo.

Nos últimos anos, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos iniciaram um projeto de pesquisa que teve como objetivo implementar uma nova possibilidade de tratamento não invasivo e não farmacológico para amenizar as chamadas dores musculares do paciente parkinsoniano, inclusive aliviando grande mente os desconfortos causados pelos tremores. Este estudo, que reuniu parcerias com clínicas privadas, resultou em protocolos que demonstraram excelentes resultados, combinando pressão negativa e laserterapia.

Recentemente (mais precisamente em abril do corrente ano), foi publicado um conjunto de resultados deste trabalho na prestigiada revista Journal of Alzheimers Disease & Parkinsonism, mostrando o grande ganho no uso das terapias combinadas. Os resultados obtidos com diversos pacientes apontam que o uso do laser terapêutico e pressão negativa possibilita a redução acentuada da dor e a melhora da qualidade de vida dos pacientes parkinsonianos. Redução acentuada das dores musculares e da rigidez muscular, levam, inclusive a uma redução dos tremores, permitindo ao paciente retornar às suas atividades anteriormente limitadas.

O estudo utilizou um equipamento – já comercial e devidamente aprovado pela ANVISA – desenvolvido no Grupo de Óptica (GO) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), produzido através de uma parceria em desenvolvimento tecnológico com a empresa MMOPTICS. Este equipamento, mediante o uso do novo protocolo, pode devolver ao paciente uma nova expectativa na sua qualidade de vida. Atualmente, a terapia está disponível nas clínicas parceiras MultFisio Brasil e LongeVida, sendo que o equipamento está disponível apenas para profissionais de saúde.

“Não curamos a doença, mas criamos condições adequadas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, disse um dos pesquisadores envolvidos no trabalho.

Para conferir o trabalho publicado na revista Journal of Alzheimers Disease & Parkinsonism, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de junho de 2020

Novo biossensor detecta biomarcadores sanguíneos do Mal de Alzheimer

Publicado recentemente numa das melhores revistas de nanotecnologia do mundo – ACSNANO (PDF) -, um novo biossensor para determinação simultânea e rápida de biomarcadores sanguíneos do Mal de Alzheimer foi desenvolvido durante o doutorado da pesquisadora Laís Canniatti Brazaca no Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC/USP (GNano), sob a coordenação do pesquisador Prof. Valtencir Zucolotto, e aperfeiçoado durante um estágio sanduíche realizado pela estudante na Universidade da California, San Diego, sob supervisão do prof. Joseph Wang.

O novo método permite a quantificação simultânea de duas proteínas já mencionadas na literatura médica (Fetuína-B e Clusterina) que, ao se encontrarem em concentrações alteradas no sangue, indicam o possível diagnóstico do Mal de Alzheimer. Combinado à outras ferramentas, o sensor desenvolvido deve trazer maior confiança no diagnóstico da doença a baixo custo.

O inovador método é composto por um dispositivo simples baseado em papel no qual se encontram nanopartículas de ouro complexadas à anticorpos seletivos para os biomarcadores.

A ideia é que, ao depositar uma simples gota de sangue no papel, em poucos segundos o biofluido escorre em direção aos anticorpos, permitindo que as proteínas Fetuína-B e Clusterina se liguem às nanopartículas de ouro e se concentrem em uma determinada região, uma ação que causa uma mudança de cor de branco para rosa, no papel. O dispositivo, porém, ainda não foi testado com sangue – tendo sido somente avaliado em amostras ideais, contendo as proteínas estudadas.

Com uma simples câmera fotográfica, ou com a câmera de um celular, ambas ligadas a um software específico, será possível ver o resultado desse teste rápido e extremamente eficiente. Com esse resultado, os médicos poderão dar a melhor sequência no acompanhamento e tratamento precoce de seus pacientes.

Com a propriedade de detectar os biomarcadores de forma rápida e eficiente, espera-se que o dispositivo auxilie no diagnóstico precoce do Mal de Alzheimer a baixos custos. Espera-se, assim, que um número maior de pacientes seja diagnosticado e que o novo biossensor criado no IFSC/USP auxiliará em estudos que visem a elucidar os mecanismos que provocam o desenvolvimento da doença.

Quando questionada sobre em que estágio da doença as proteínas Fetuína B e Clusterina tem suas concentrações alteradas, Laís Brazaca sublinha que existem ainda poucos estudos disponíveis para que se possa responder com precisão. “Cada uma das proteínas apresenta comportamentos distintos frente a evolução da doença. A proteína Clusterina está mais associada a taxa de declínio cognitivo e pode ser encontrada em concentrações significativamente alteradas principalmente em casos mais avançados da doença. A proteína Fetuína B, por outro lado, pode ser um indicativo para o desenvolvimento da doença alguns anos antes do aparecimento de sintomas”, pontua a pesquisadora.

Em relação ao custo dos dispositivos desenvolvidos, durante as pesquisas os testes custaram, em média, 50 reais. Porém, com a ampliação da escala de produção e com a adaptação de algumas técnicas utilizadas no desenvolvimento do sistema é possível que cada teste venha a ter um custo médio de 10 reais. Além disso, a expectativa dos pesquisadores é que testes com amostras de sangue possam ser realizados nos próximos meses, esperando-se que eles forneçam evidências sólidas relacionadas ao funcionamento prático do dispositivo.

Laís Brazaca justifica o motivo de realizar a detecção simultânea de duas proteínas diferentes, destacando que o uso de dois biomarcadores, ao invés de um, faz com que a confiabilidade dos testes seja aumentada. “Em indivíduos de idade mais avançada, é possível que alguma das proteínas estudadas esteja em concentrações alteradas devido a outra condição que não o mal de Alzheimer. Utilizando dois biomarcadores, diminui-se a chance de realizar diagnósticos errôneos”.

Valtencir Zucolotto, pesquisador do IFSC/USP e coordenador do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC/USP (GNano), aponta as vantagens dos dispositivos frente aos métodos de diagnóstico atuais. “Atualmente, o diagnóstico da doença é realizado principalmente pela avaliação clínica, e exames complementares podem incluir a análise do líquido cefalorraquidiano, ou de técnicas de neuroimagem. Esses métodos são eficientes, mas apresentam várias desvantagens. O uso do líquido cefalorraquidiano, por exemplo, exige a realização de uma punção extremamente dolorosa e invasiva, especialmente em idosos. O dispositivo desenvolvido supera essa dificuldade a partir do uso de sangue, biofluido que apresenta coleta mais simples, menos invasiva e de menor custo do que o método anterior. As técnicas de neuroimagem, por sua vez, necessitam de equipamentos e pessoal técnico altamente especializado, apresentando, por isso, custos elevados. Além disso, essas técnicas dependem da locomoção do paciente aos centros de análise. O biossensor desenvolvido por Laís Brazaca será capaz de realizar a análise a custos reduzidos na área onde o paciente reside”, finaliza Zucolotto.

Para conferir o trabalho publicado, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de junho de 2020

USP é a 115º melhor do mundo segundo o QS World University Ranking 2021

A Universidade de São Paulo (USP) aparece como a melhor instituição de ensino superior brasileira e a 115º melhor do mundo no QS World University Ranking 2021, divulgado no dia 09 do corrente mês pela empresa britânica de análises Quacquarelli Symond.

A USP aparece uma posição à frente da que esteve no ano passado, quando foi classificada como a 116º melhor universidade do mundo. Na atual edição do ranking, a instituição aparece empatada com a Universidade de Wageningen, da Holanda.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aparece na 233° colocação mundial e é a segunda melhor brasileira, seguida da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 380°.

Entre as instituições latino-americanas, a Universidade de São Paulo aparece como a terceira colocada, atrás da Universidade de Buenos Aires (66°), da Argentina, e da Universidade Nacional Autônoma do México (100°).

Na classificação mundial, três universidades norte-americanas ocupam o pódio: o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) aparece na primeira colocação, seguido pela Universidade Stanford e pela Universidade de Harvard.

As melhores universidades do Brasil, no ranking, são: 115º: Universidade de São Paulo (USP) 233°: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) 380º: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 420º: Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp) 493º: Universidade do Estado de São Paulo (Unesp).

Para conferir o ranking, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

9 de junho de 2020

Entrevista: “Problemas e Desafios da COVID-19 – Inclusão social na USP”

O ECar – Escritório de Desenvolvimento de Carreiras PRG/USP realiza no dia 10 do corrente mês, a partir das 17h00, uma entrevista via web com o Vice-Reitor da USP, Prof. Antônio Carlos Hernandes, subordinada ao tema “Problemas e Desafios da COVID-19 – Inclusão social na USP.

Este evento, que contará com a presença do Prof. Helio Dias, como moderador, é uma parceria com o IVEPESP – Instituto para a Valorização da Educação e da Pesquisa no Estado de São Paulo.

Esta transmissão, ao vivo, poderá ser acessada através do link:

https://youtu.be/sFVD5Vn_OMM

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de junho de 2020

10/06: Evento online sobre prevenção à COVID-19 reúne especialistas

Pesquisas relacionadas à busca de medicamentos e vacinas contra o novo coronavírus serão o tema do seminário online “Vetores saudáveis: Desenvolvimento de Medicamentos e Vacinas para a COVID-19 e os Desafios em Saúde no Brasil”, que será realizado nesta quarta-feira (10) pela Universidade de São Paulo e pela Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp).

O evento terá como expositores o médico Drauzio Varella; o pesquisador Adriano Andricopulo, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP e diretor-executivo da Aciesp; e Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan e pesquisador do Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), apoiado pela Fapesp, na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

Um levantamento feito nas principais bases de dados sobre ensaios clínicos do mundo revela que 153 fármacos estão sendo testados em 1.765 estudos com pacientes que contraíram a enfermidade. O número revela a dimensão do esforço científico global em curso para combater a doença, que conta ainda com outras frentes, como a compreensão dos mecanismos moleculares da infecção, o desenvolvimento de vacinas e a geração de dados epidemiológicos sobre a pandemia, por exemplo.

“Uma análise cuidadosa dos 1.765 estudos em andamento revelou algumas surpresas e curiosidades. Entre as 153 substâncias químicas registradas nos testes clínicos há antivirais, antiparasitários e medicamentos desenvolvidos para diferentes condições”, diz Andricopulo, responsável pelo levantamento.

Estudos

Foram analisados dados das quatro principais bases online de estudos clínicos do mundo: Clinical Trials, mantida pelos National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos (1.001 registros); EU Clinical Trials Register, da União Europeia (51 registros); ISRCTN, que segue diretrizes da Plataforma Internacional de Registro de Ensaios Clínicos (ICTRP), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas ICMJE (39 registros), e Chinese Clinical Trial Registry, da China (674 registros). Estudos brasileiros e de outros continentes são registrados em algumas dessas bases.

Andricopulo é pesquisador e coordenador de transferência de tecnologia do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), um CEPID apoiado pela Fapesp no IFSC/USP. O centro busca atualmente potenciais antivirais para o tratamento de COVID-19 entre compostos sintéticos e produtos naturais da biodiversidade brasileira, além de realizar estudos voltados ao reposicionamento de fármacos já existentes.

Diversidade de medicamentos

Pela metodologia conhecida como reposicionamento de fármacos, são testadas moléculas já aprovadas para outras doenças ou que estão em fase avançada de testes clínicos. Por isso, entre as 153 moléculas que estão sendo avaliadas para a COVID-19, há uma grande diversidade de classes terapêuticas.

Os antivirais aparecem na liderança, com 26 candidatos. Outros 18 são medicamentos anticâncer, 14 imunossupressores, 13 anti-hipertensivos, 12 antiparasitários e 12 anti-inflamatórios.

Entre os outros 58 candidatos estão antibióticos diversos, antiulcerosos, anticoagulantes, antidepressivos, antipsicóticos, vasodilatadores, antidiabéticos, corticosteroides e redutores de colesterol.

Um dos mais promissores, até agora, é o antiviral remdesivir, desenvolvido originalmente para combater o vírus ebola. O medicamento, no entanto, tem a desvantagem de só poder ser administrado na forma injetável. Por isso, duas outras moléculas têm se destacado como alternativas superiores a ele.

A EIDD-2801 ataca a mesma enzima viral que o remdesivir, mas pode ser administrada por via oral, em comprimidos. Além disso, os testes realizados até agora mostram que ela pode ser mais eficaz contra as formas mutantes do vírus, evitando a criação de resistência ao medicamento. Outra molécula semelhante e mais simples, a EIDD-1931, atrapalha o processo de transcrição do material genético do vírus, levando à interrupção da replicação.

Eficácia

O pesquisador ressalta, porém, que não há vacina nem medicamento específico aprovado para a COVID-19 e que, por isso, o levantamento acende um sinal de alerta. “Ainda estamos distantes de alcançar um tratamento com 100% de eficácia e é pouco provável que isso ocorra no curto prazo. E a pouca eficácia dos medicamentos em investigação clínica sugere que o tratamento da doença deva ser feito com uma combinação de fármacos, de acordo com a avaliação do quadro e das condições de cada paciente”, diz.

O webinar terá abertura de Sylvio Canuto, pró-reitor de pesquisa da USP; Vanderlan Bolzani, professora do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (IQ-Unesp) e presidente da Aciesp e Guilherme Ary Plonski, diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. A mediação do debate será do jornalista Herton Escobar.

O evento poderá ser acompanhado pelo site do IEA: www.iea.usp.br/aovivo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de junho de 2020

A COVID-19 não vai parar o IFSC – O IFSC vai ajudar a parar a COVID-19 no Brasil

Este ano, todos foram apanhados de surpresa pelo que já é considerado um dos maiores males da história.

Não apenas a saúde de nossa sociedade e a vida de nossos cidadãos está em constante risco, como também a própria economia: existe a necessidade premente de proteger toda a sociedade, não só em termos daquilo que a une de forma particular, como, por exemplo, os laços familiares e sociais, mas também das estruturas que consolidam seu crescimento – segurança, saúde, enquadramento social, educação, etc..

Ver empresas promissoras, profissionais talentosos e investimentos de vidas lutando para viver o dia a dia, é, certamente, uma situação que ninguém esperava nem desejava. Não há dúvida que praticar  a proteção pessoal e evitar os chamados contatos de curta distância são essenciais para se evitar o contágio generalizado; muitos estão contribuindo com isso.  A doença é grave e mata em torno de 10% das pessoas contaminadas, muitas delas pertencentes aos designados grupos de risco. O pânico vem do fato que uma grande maioria precisa de tratamento para se recuperar, envolvendo assistência hospitalar especial, sendo que se muitas pessoas forem contaminadas ao mesmo tempo, o desastre pode ser catastrófico devido à nossa incapacidade de dar assistência a todos.

A situação deve ficar mais controlada quando tivermos a vacina, mas enquanto isso não ocorre “não podemos simplesmente ajoelhar e esperar a guilhotina da peste cortar nosso pescoço”, diz o diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Vanderlei Bagnato. O Instituto, seguindo a mesmo caminho trilhado pela Universidade de São Paulo, como um todo, vem prosseguindo suas atividades regulares acadêmicas e de pesquisa de forma controlada e absolutamente segura para seus alunos, funcionários e professores. Todos os professores estão ministrando seus cursos online no sentido de continuar fazendo aquilo que é o melhor que a instituição oferece  à sociedade – a educação. Além disso – e de forma  controlada -, o IFSC/USP continua seu percurso nas inúmeras pesquisas que até aqui estavam em desenvolvimento, tendo, a partir da pandemia, agregado outras que certamente deverão contribuir para solução dos problemas causados pelo novo coronavirus. “A COVID-19 não vai parar o IFSC/USP, mas sim o Instituto vai contribuir para parar a COVID-19”, diz Vanderlei Bagnato, referindo-se ao grande esforço que todos professores estão fazendo para continuar a formação de profissionais  que serão extremamente necessários após esta crise, bem como para as enormes contribuições que os pesquisadores  vem fazendo para combater a COVID-19.

Sistemas para descontaminação de ambientes e objetos, técnicas analíticas que ajudam nos diagnósticos e desenhos de novas moléculas para novos medicamentos, são alguns dos esforços que estão sendo desenvolvidos no Instituto, colocando seus pesquisadores como soldados fiéis contra esta terrível doença. “Não há duvida que a situação é estranha e incerta, mas as instituições de ensino e pesquisa não podem fechar suas portas. A tecnologia existe para trabalhar em nosso favor, mesmo nos momentos de crise. Certamente, a política de contribuir para o país e para a sociedade tem sido a constante de todas instituições cientificas nacionais. Os profissionais que estamos formando, certamente serão os protagonistas da recuperação e nosso desafio é formá-los de forma integral, mesmo em épocas como esta que se vive”, enfatiza Bagnato.

A sociedade pode contar com IFSC/USP!

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de junho de 2020

Ferramenta de visualização facilita descoberta de métodos na detecção de doenças

As imagens mostram como os mesmos dados podem ser observados de formas diferentes de acordo com a técnica de visualização computacional empregada. Os gráficos são de um estudo de 2012 para detecção de glicose e triglicérides (crédito da foto: artigo publicado em https://doi.org/10.1016/j.snb.2012.02.046)

Plataforma gratuita está disponível na web e pode ser importante aliada nas pesquisas sobre a COVID-19

Nos laboratórios de todo o mundo, grupos de cientistas têm investigado novas maneiras de detectar o novo coronavírus. Eles coletam amostras de pessoas infectadas a fim de criar testes rápidos e, para obter alto grau de confiabilidade, realizam uma série de experimentos usando diferentes técnicas de detecção. Isso pode gerar uma grande quantidade de dados e, muitas vezes, os números variam pouco entre si, o que requer cuidado para não gerar diagnóstico impreciso ou errado.

É nesse contexto que a visualização computacional entra em cena. Com a finalidade de criar e explorar representações visuais de dados coletados por meio de sensores e biossensores, um grupo de especialistas da área de computação criou o Projection Explorer Sensors (PEx-Sensors).

Gratuito e disponível na web, o PEx-Sensors já é utilizado por diversos cientistas que estudam, por exemplo, novos métodos para detectar doenças como a leishmaniose visceral, o câncer de próstata e a hepatite C. Agora, os especialistas afirmam que a ferramenta pode se tornar uma aliada importante para agilizar as descobertas relacionadas ao novo coronavírus. Por exemplo, ao usar o computador para enxergar dados obtidos em sensores e biossensores destinados a detectar a presença do novo coronavírus, os pesquisadores podem descobrir semelhanças e diferenças nos métodos de detecção.

É por isso que as ferramentas de visualização computacional têm se proliferado no mundo científico e revolucionado a forma como os pesquisadores conduzem seus experimentos. Resultado de um trabalho em equipe, o PEx-Sensors é apenas uma das muitas ferramentas desenvolvidas ao longo dos últimos 30 anos pelo Laboratório de Visualização de Imagens e Computação Gráfica (VICG) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

Paulovich é um dos criadores do PEx-Sensors. Vinculado ao ICMC, mas afastado do Instituto há três anos, ele é hoje professor da Universidade de Dalhousie, no Canadá (crédito da foto: Universidade de Dalhousie).

“Mas por que usar uma ferramenta de visualização se o cientista já tem números que mostram o quão preciso é o sensor ou o biossensor que ele criou?”, questiona o professor Fernando Paulovich, do ICMC. “Ora, porque quando estamos na fase inicial de desenvolvimento de um sensor ou biossensor, precisamos testar alternativas. É o que está acontecendo hoje em muitos laboratórios que pesquisam o novo coronavírus. Nessa fase, a visualização tem um papel importante: ela é uma ferramenta exploratória”, responde.

O professor diz que, no caminho de construção de um novo sensor ou biossensor, os pesquisadores não sabem dizer, de antemão, qual a combinação de materiais e substâncias poderá ser mais eficaz na detecção de uma doença. “Quando não temos uma resposta para um problema, precisamos explorar possibilidades. Existe apenas uma ideia, uma percepção sobre como podemos resolver. Então, fazemos testes iniciais antes de conceber uma hipótese de pesquisa. Só depois é que partimos para a construção do sensor ou do biossensor mais promissor. No final, ainda é necessário usar métodos estatísticos para validar os resultados encontrados”, explica Paulovich.

É por isso que o professor faz a seguinte ressalva: “O PEx-Sensors não é uma ferramenta de validação, mas uma plataforma para a criação de hipóteses de pesquisa. Com ela você consegue entender uma série de questões que são muito difíceis de observar na prática”.

Desafios adicionais – Vinculado ao ICMC, mas afastado do Instituto há três anos, Paulovich é hoje professor da Universidade de Dalhousie, no Canadá. Morando em Halifax, ele continua orientando, a distância, alunos do Programa de Pós-graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional do ICMC. Um de seus orientandos, Mário Popolin Neto, está buscando tornar mais simples a utilização do PEx-Sensors. “Hoje, antes de inserir os dados na plataforma, os pesquisadores precisam fazer um tratamento prévio e formatá-los. Esse processo ainda é muito complicado e estamos tentando eliminar essa fase”, revela o professor.

Pesquisador do IFSC/USP – Osvaldo Novais de Oliveira Junior

Para aprimorar a plataforma, Paulovich está buscando a colaboração de cientistas que atuam no desenvolvimento de sensores e biossensores: “O que a gente quer, neste momento, é compreender quais são os formatos dos dados capturados pelos pesquisadores com esses dispositivos. Assim, será mais fácil encontrar soluções para que a nossa plataforma automatize o processo de leitura desses dados”. O desafio não é simples e está a cargo de Popolin, professor do Instituto Federal de Araraquara. Para Paulovich, enquanto não houver a automatização, será difícil ampliar o público-alvo que utiliza o PEx-Sensor.

Entre os entusiastas da plataforma está o professor Osvaldo Novais de Oliveira Junior, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, que coordena diversas pesquisas de desenvolvimento de biossensores em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro), ou seja, em escala muito reduzida. Em parcerias com pesquisadores do ICMC, Oliveira já utilizou o PEx-Sensors em projetos destinados à detecção de câncer de próstata, de pâncreas e de mama. “O interessante é que a plataforma permite a cientistas que não são especialistas em computação acessar as melhores técnicas de visualização para quem atua na área de sensores e biossensores”, destaca o professor do IFSC.

Entre essas técnicas de visualização disponibilizadas por meio do PEx-Sensors está a de mapeamento interativo de documentos (Interactive Document Mapping, IDMAP) e as coordenadas paralelas. Embora existam diversas outras técnicas disponíveis, Paulovich explica que essas duas são as mais confiáveis para as análises de dados provenientes de sensores.

A professora Rosane Minghim se despediu do ICMC em novembro (ao centro). Ela também está afastada e, hoje, é professora na University College Cork, na Irlanda (crédito da foto: Solange Rezende).

“Um mesmo conjunto de dados pode ser visualizado de forma diferente dependendo da técnica de visualização que você utilizar”, explica a professora Rosane Minghim, do ICMC. As bases para a criação do PEx-Sensors surgiram em 2005, quando Rosane passou a orientar o então doutorando Paulovich, na época, bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Como resultado do doutorado, nasceu a plataforma Projection Explorer (PEx), precursora do PEx-Sensors, criada basicamente para funcionar como um repositório de técnicas de visualização e facilitar o trabalho dos desenvolvedores. Naquele tempo, não existiam plataformas como essa na área de visualização. “Aliás, até hoje, muitos pesquisadores não têm noção de que podem visualizar os dados de seus experimentos usando diferentes técnicas e o quanto isso pode ser útil”, completa Rosane.

A professora alerta, no entanto, que qualquer técnica de visualização computacional tem suas limitações, já que para transformar os dados em algo que possa ser visto no plano bidimensional da tela do computador, é preciso proceder a uma categorização dos dados e uma redução de dimensionalidade. Ela exemplifica aplicando diferentes técnicas de visualização a um mesmo conjunto de imagens, todas relacionados a meios de transporte.

Em uma das visualizações, a tela mostra uma clara distinção entre diferentes grupos levando em conta, predominantemente, as cores presentes em cada uma. Já usando outra técnica de visualização, os limites não são tão claros e, clicando sobre os grupos formados, identificamos que outros critérios comparativos foram empregados, tal como a presença de pessoas nas imagens. Nesse caso, o problema é que não há uma visualização errada e outra certa, pois ambas são válidas, mas muito diversas.

“É inevitável: toda técnica de visualização tem um erro. A grande questão é que, por mais que estejam sendo realizadas muitas pesquisas nessa área, até hoje não encontramos uma maneira de corrigir o erro da própria técnica de projeção, apenas podemos visualizar que o erro existe”, finaliza Paulovich, mostrando que a ciência tem um longo caminho pela frente não apenas na luta contra o novo coronavírus. É necessário também lançar um novo olhar sobre os dados.

(Texto de: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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