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25 de junho de 2015

Há futuro para a Ciência brasileira?

A ciência brasileira adentrou o século XXI submetida a múltiplos desafios, externos e internos, clamando por mudanças, outras posturas e ideais, mas, apesar disso, tudo crianca200indica que essa demanda parece não ter sido assimilada por alguns dos atores mais proeminentes da área. Esta será talvez a melhor introdução que podemos dar à palestra carregada de clarividência e objetividade, proferida pelo Prof. Glaucius Oliva, no passado dia 12 de junho, em mais uma iniciativa promovida e realizada habitualmente pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), denominada Colloquium diei, cujo tema foi Há futuro para a Ciência brasileira?

Em sua apresentação, o docente – ex-presidente do CNPq (2010-2015) e ex-diretor do IFSC/USP (2006-2010) – explicou que o custo benefício da pesquisa científica tem crescido exponencialmente e os recursos disponíveis têm sido cada vez mais escassos, enquanto a classe política e as empresas, que são os responsáveis pelo financiamento público e privado da ciência, clamam por um radical engajamento em inovação e número de patentes, mantendo, com isso uma visão enviesada de que a ciência brasileira está interessada somente em papers, ao invés de focarem nas reais demandas do Brasil. Essa foi uma das principais críticas que ouvia em Brasília, quando atuei como diretor e presidente do CNPq*. Isso é muito grave, porque é nesse universo que se decide o orçamento de pesquisa em nosso país, pontuou Glaucius Oliva.

A importação de equipamentos foi outro assunto destacado pelo docente, em sua palestra, não sendo segredo para ninguém que grande parte dos equipamentos utilizados nos laboratórios de pesquisa brasileiros é importada, principalmente da Alemanha e China,o que, para o docente do IFSC/USP, é Pblico-350sinônimo de que o Brasil gasta mais do que vende, processo que dificulta todo o processo de inovação nacional. Outro problema abordado por Glaucius Oliva esteve diretamente ligado ao depósito de patentes, já que para o pesquisador cobra-se das universidades um grande número de depósito de patentes, cabendo, por outro lado, lançar a pergunta se é missão da universidade depositá-las? Para Oliva O Brasil tem dificuldade em reconhecer a qualidade das pesquisas, atentando apenas à quantidade de trabalhos publicados e isso é um problema universal.

Outra crítica profunda do cientista, é o fato da sociedade em geral desconhecer, quase por completo, qual o impacto que a ciência tem em seu bem-estar cotidiano, não a valorizando e nem entendendo-a como solução para os grandes problemas nacionais: Um exemplo disso foi a completa ausência do tema na discussão da política eleitoral recente, desabafou o pesquisador. Além disso, Glaucius Oliva afirmou que diversos cientistas não dão a devida atenção à necessidade de divulgar a ciência que fazem em seus laboratórios, o que tem motivado que a área tenha ficado sitiada pela sociedade e, consequentemente, a falta de interesse das pessoas pelo universo científico.

Contudo, nem tudo é tão mau assim, já que Glaucius Oliva enalteceu a existência de instituições e de profissionais que unem esforços para levar a ciência até a sociedade, como é o caso do IFSC/USP, que investe na difusão científica através de palestras, dos CEPID’s**, de eventos voltados aos alunos de ensino fundamental e médio, bem como ao público em geral, entre tantas outras iniciativas que também incluem o Centro de Divulgação Científica e Cultural – CDCC, disse ele.

O cenário interno da ciência apresenta-se igualmente complexo, com instituições engessadas por uma gestão pública ineficiente, sitiadas por pressões corporativas e que não valorizam devidamente a qualidade na pesquisa e o mérito acadêmico na progressão da carreira dos cientistas. Neste âmbito, Glaucius Oliva sublinhou a necessidade de ter que se formar profissionais de qualidade, para que seja possível investir, sobretudo, em Produção & Desenvolvimento (P&D).

Já no campo dedicado às avaliações de projetos, propostas pelas agências de financiamento à pesquisa, Oliva afirmou que os comitês de pares insistem em apenas contabilizar a quantidade de publicações e resistem em considerar, entre seus critérios, os diferentes impactos da pesquisa, nomeadamente nos campos científico, econômico, social, educacional e/ou cultural. Ainda de acordo com ele, o ensino de graduação e, crescentemente, o ensino de pós-graduação, seguem modelos antiquados que não priorizam a criatividade, que não abrem portas para a iniciativa própria e para o empreendedorismo. Inovação é questão de atitude e é preciso ter gente de qualidade para empreender, sublinhou o orador. Como bons exemplos de empresas brasileiras que souberam inovar, Glaucius Glaucius_Oliva_1-350Oliva citou a Petrobras, que através do profundo conhecimento de profissionais brasileiros pôde avançar na exploração de petróleo; a Embrapa, que de forma notável evoluiu para que o Brasil se tornasse líder mundial em P&D na área de agropecuária tropical, produzindo açúcar, suco de laranja, soja, carne bovina e milho, entre outros produtos alimentícios; e a Embraer, que antes de se autointitular empresa, fundou uma escola para formar bons profissionais que cooperaram na criação e no crescimento da companhia.

Afinal, há futuro para a Ciência brasileira?

O Brasil tem tudo para que a nossa ciência dê certo, afirmou Oliva, tendo acrescentado a necessidade de conquistar recursos para desenvolver novas pesquisas e de adotar ferramentas para que a comunidade científica se comunique mais com o setor político, empresarial, bem como com a sociedade.

O impacto e a relevância da produção científica também foram destacados como alguns dos obstáculos que prejudicam o avanço científico e tecnológico. Aliás, o palestrante enalteceu a importância da relação entre os universos acadêmicos e industriais, tendo em vista que a ciência básica e a inovação são duas faces da mesma moeda.

Glaucius Oliva destacou, ainda, outros tópicos importantes que podem fortalecer o avanço da ciência brasileira, tais como a necessidade de investir em internacionalização, inovar em patentes, aproveitar ainda mais os investimentos em infraestruturas para pesquisas, apoiar os jovens pesquisadores, atrair novos talentos, estimular o investimento e inovação nas empresas e investir na educação básica, sendo este último aspecto um fator indispensável para que o crescimento e avanço da ciência sejam contínuos.

Glaucius Oliva é coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos – CIBFar/CEPID (IFSC/USP), é Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e da The World Academy of Sciences for the Advancement of Science in Developing Countries (TWAS), Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico e Fundador e Membro do Governing Board – Global Research Council (GRC).

Esta palestra foi transmitida, ao vivo, pela IPTV e caso deseje revê-la, clique AQUI.

*Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico;

**Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão.

Assessoria de Comunicação

25 de junho de 2015

USP aprova ENEM como nova forma de ingresso

O Conselho Universitário aprovou, em sessão realizada no dia 23 de junho, a adesão da USP ao Sistema de Seleção Unificada USP_LOGO_MODERNO(Sisu) como nova forma de ingresso a seus cursos de graduação. Do total de 11.057 vagas oferecidas no próximo concurso Vestibular, neste ano, 1.499 serão destinadas ao Sisu e 9.558 vagas continuarão a ser selecionadas pela Fuvest. O Sisu é o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A participação da USP no Sisu será em caráter experimental. Das 1.499 vagas destinadas ao Sisu, 423 vagas são na área de ciências exatas e tecnologia, 348 na área de ciências biológicas e 728 em humanidades.

As discussões sobre as novas formas de ingresso nos cursos de graduação da USP tiveram início em junho do ano passado e envolveram as 42 unidades de ensino e pesquisa da Universidade. Trata-se de uma das metas estabelecidas pela gestão do Reitor, Marco Antônio Zago, quanto ao aperfeiçoamento das políticas de inclusão social da Instituição: Essa foi uma decisão histórica para a Universidade, pois representa uma grande oportunidade para estudantes do Brasil inteiro ingressarem na USP e principalmente aqueles que são oriundos de escolas públicas, destacou o reitor, logo após o término da reunião.

Dentre as modalidades de vagas adotadas pelo Sisu, as unidades poderiam optar por três: ampla concorrência; vagas disponibilizadas para candidatos que, independentemente de renda, tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas; e vagas disponibilizadas para candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas que, independentemente da renda, tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.

Das 42 unidades de ensino e pesquisa da USP, sete não disponibilizaram vagas para o Sisu. Além dessas, a Escola de Comunicações e Artes (ECA), a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e o Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos (IAU) não aderiram ao sistema, pois a seleção dos novos alunos dessas Unidades conta também com provas de habilidades específicas.

Os bônus do Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp) continuarão a ser oferecidos a alunos oriundos de escolas públicas que se inscreverem na Fuvest. Os bônus do Inclusp podem chegar a até 20%, variando de acordo com o grupo em que o candidato se inserir, que incidem sobre a nota da primeira fase e a nota final do Vestibular.

A Pró-Reitoria de Graduação definirá a forma de compatibilização dos resultados de candidatos aprovados nos dois processos – Sisu e Fuvest – privilegiando, sempre que possível, o resultado do Vestibular.

Clique AQUI e acesse a tabela completa dos cursos e vagas.

Errata: Na tabela de vagas e cursos, no curso de Ciências Exatas (Licenciatura – São Carlos / IFSC/IQSC/ICMC), o número correto de vagas do Sisu é 15. No curso Matemática Licenciatura, do IME, as vagas são destinadas para escolas públicas (EP) e não AC, como consta.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação

24 de junho de 2015

Pesquisa do IFSC/USP repercute no país

Devido à reportagem exibida no dia 20 de junho no programa Como Será?, na TV Globo, dedicada ao trabalho de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que desenvolveram um aparelho para o tratamento de doenças através da luz, centenas de pessoas de todo o país têm contatado o nosso Instituto com o intuito de saber mais pormenores sobre essa pesquisa.

Desta forma, informamos aos interessados o contato direto de uma das pesquisadoras responsáveis por esse trabalho e que se encontra apta a fornecer todas as particularidades relativas às pesquisas.

Drª Fernanda Paolillo – Telefone: 016 3373-9810 (Ramal: 218).

Assessoria de Comunicação

24 de junho de 2015

Governo de São Paulo lança “Movimento pela Inovação”

Foi lançado no dia 22 de junho, por iniciativa do Governo de São Paulo, através da Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista, o denominado Movimento pela Inovação, cujo objetivo é aproximar as instituições de fomento ,pesquisadores, startups e empresas, por forma a impulsionar os investimentos em inovação no Estado.

A iniciativa conta com o apoio da FAPESP, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do Centro Paula Souza, do Sebrae-SP, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e também de fundos de investimento e parques tecnológicos.

O Movimento reunirá periodicamente as instituições apoiadoras e organismos multilaterais do campo da inovação e da pesquisa, para orientar e atender individualmente – dentro de incubadoras, universidades e parques tecnológicos – os interessados em desenvolver projetos inovadores.

Nesses encontros, a expectativa é apoiar empreendedores na definição de ação, com orientação sobre como obter crédito sustentável para investimentos, indicação para uma eventual subvenção ou buscar aportes diretos por meio de fundos de investimento, entre outras opções disponíveis. Encurtar a distância entre os centros de pesquisa, empresas e instituições de fomento, transformar o conhecimento científico produzido em produtos e negócios de sucesso, gerando riqueza para a sociedade e o desenvolvimento do país, são, sumariamente, os grandes focos da iniciativa.

A Desenvolve SP é responsável por oferecer linhas de crédito exclusivas para projetos inovadores com condições especiais e também por repassar recursos da Finep e do BNDES. A instituição trabalha também com cinco Fundos de Investimentos em Participações (FIP) para investimento direto, entre eles, o Fundo de Inovação Paulista, criado pela própria Desenvolve SP, e que tem o Sebrae-SP, a FAPESP e a Finep como investidores.

Os primeiros eventos do Movimento pela Inovação ocorrerá nos dias 29 de junho e 3 de julho, no Parque Tecnológico de São Carlos (ParqTec), quando a equipe da Desenvolve SP realizará atendimento individual aos empresários, para tirar dúvidas e dar encaminhamento a projetos de inovação.

Para obter mais informações sobre esta iniciativa, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

24 de junho de 2015

Pesquisadora discute o glicerol e as superfícies de platina

POLINA_TERESCHCUCK_250Em mais uma iniciativa do Journal Club que decorreu no último dia 24 de junho, na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Dra. Polina Tereshchuk, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), ministrou o seminário Glycerol Adsorption on Platinum Surfaces: A Density Function Theory Investigation.

Em sua apresentação, a pesquisadora discutiu a interação entre o glicerol e as superfícies de platina, tendo em vista que, embora alguns estudos experimentais não tenham permitido boa compreensão sobre essa interação, diversos trabalhos têm apontado o glicerol como excelente candidato para a produção de hidrogênio.

Tereshchuck obteve seu mestrado pelo Department of Nuclear Physics, da The National University of Uzbekistan (Uzbequistão), além de ter realizado o seu doutorado no Institute of Nuclear Physics of Uzbekistan (Uzbequistão). Hoje, ela atua no Instituto de Química de São Carlos, onde realiza pesquisas envolvendo estrutura e adsorção molecular em superfícies de metal de transição e clusters. Confira o currículo completo da pesquisadora, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação

24 de junho de 2015

Pesquisadores aprimoram diagnóstico precoce

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) obtiveram resultados significativos para o aprimoramento do diagnóstico precoce do câncer de mama, patologia responsável por 12% de todos os casos de câncer no mundo, segundo a International Agency for Research on Cancer – IARC. O tumor maligno surge quando células da mama se dividem desordenadamente. Esse trabalho foi realizado em parceria com especialistas do Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e do Instituto de Química, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

diag-prec-cancer-de-mama_250O artigo referente a esse estudo, publicado recentemente na ACS Applied Materials & Interfaces, descreve o design de biossensores produzidos com filmes nanoestruturados. Esses filmes contêm anticorpos que interagem especificamente com marcadores de câncer, que são moléculas extraídas de algum fluído do paciente, tal como do sangue, suor, da saliva, etc. A interação entre os anticorpos e marcadores provoca alteração nas propriedades dos filmes, permitindo a detecção, ou seja, o diagnóstico que o paciente tem a doença.

No artigo, foram testados diferentes tipos de arquiteturas para os filmes, na busca de condições otimizadas para que o biossensor tenha alta sensibilidade e seletividade. Pois um desafio importante a ser vencido é detectar pequenas quantidades de marcador específico para o câncer de mama, para fazer o diagnóstico precoce, e que outros tipos de moléculas ou marcadores não sejam detectados. Isto é, com um biossensor seletivo evitam-se falsos positivos, que são casos em que um paciente recebe diagnóstico de ter uma doença, quando na verdade não tem.

De acordo com o Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Jr. (IFSC/USP), que participa do referido trabalho, os resultados publicados demonstram alta sensibilidade para o diagnóstico precoce, sem falsos positivos. Estudamos duas arquiteturas de filmes nanoestruturados, e a detecção do biomarcador de câncer de mama foi realizada com técnicas de processamento de dados que permitem diagnóstico precoce, com alta sensibilidade e seletividade, explica ele.

Além do diagnóstico do câncer de mama…

O trabalho que deu origem ao artigo vem sendo estendido em parcerias entre as já citadas instituições, a Universidade Federal de São Carlos, Campus de Sorocaba, e o Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Minas Gerais. O objetivo é estudar em detalhe a interação entre as biomoléculas nos filmes dos biossensores, responsáveis pela detecção, e os marcadores a serem detectados. Isso vem sendo feito com modelagem teórica e medidas com um microscópio de força atômica, o que leva ao design de novos nanobiossensores. Um artigo sobre estes nanobiossensores pode ser acessado AQUI.

Além de desenvolver CHU15_350dispositivos para diagnosticar novas doenças, principalmente de forma precoce, o objetivo deste estudo é entender como esses dispositivos funcionam, para que possamos aprimorar os diagnósticos. Por exemplo, queremos detectar um marcador de câncer e identificar quais interações são responsáveis pela detecção, diz Novais.

No nanobiossensor, uma ponta extremamente fina do microscópio é recoberta com uma biomolécula, que pode ser um anticorpo, um antígeno ou uma enzima. Mede-se então a força entre a biomolécula sobre a ponta e outra molécula que se quer detectar, aproximando-se a ponta numa célula líquida que contém a amostra do paciente. Caso a interação seja forte, haverá grande atração entre as moléculas. Com essas medidas, podemos obter informações sobre as interações, permitindo o design de novos sensores, diz ele, complementando que, através dessa técnica, é possível detectar uma quantidade muito pequena de substâncias, garantindo extrema sensibilidade e seletividade no diagnóstico.

Agora, segundo Novais, os pesquisadores estão trabalhando no aprimoramento do diagnóstico de outros tipos de câncer, com amostras reais, já que nas pesquisas com câncer de mama os especialistas atuaram com um marcador inserido em uma solução, ao invés de utilizarem uma célula cancerosa. Assim como no trabalho sobre câncer de mama, esses outros estudos recentes também trouxeram resultados positivos.

Uma meta de mais longo prazo é diminuir o tamanho dos dispositivos, até que se tornem portáteis. O intuito final é obter dispositivos baratos que permitam o diagnóstico precoce de diferentes doenças, e que possam ser operados pelo próprio paciente ou pessoas não especializadas.

Assessoria de Comunicação

23 de junho de 2015

Docente do IFSC/USP é eleito Membro Afiliado

O Prof. Dr. Rafael Victório Guido, pesquisador pertencente ao Grupo de RAFAEL_GUIDO_-_2015-250Cristalografia de nosso Instituto, foi eleito Membro Afiliado da TWAS – The World Academy of Sciences for the Advancement of Science in Developing Countries – Regional Office of Latin America, uma importante distinção que reflete o reconhecimento de todo o seu trabalho ao longo dos anos.

Através de um processo bastante competitivo, o conjunto de eleitos ficou constituído da seguinte forma:

Andres Eduardo Chave Navarrete – Neurosciences – Chile;

Flavia Ribeiro Gomes – Medical and Health Sciences – Brazil;

Marcelo Farina – Medical and Health Sciences – Brazil;

Rafael V C Guido – Structural, Cell and Molecular Biology – Brazil;

Roberto Galvan Madrid – Astronomy and Space Sciences – Mexico;

Assessoria de Comunicação

23 de junho de 2015

Docente do IFSC/USP lança livro sobre Mecânica Clássica

 

MCLIVRO-150Mecânica Clássica – Uma abordagem para licenciatura é o título do livro lançado no passado mês de maio, da autoria do Prof. Dr. José Alberto Giacometti, docente do Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross”, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Editado pela Livraria da Física, o lançamento da publicação aconteceu durante a realização do XXXVIII Encontro Nacional de Física da Matéria Condensada, evento organizado recentemente pela Sociedade Brasileira de Física – SBF, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

O conteúdo do livro é baseado no material capa-250didático utilizado por Giacometti na disciplina de Mecânica Clássica, que foi ministrada aos alunos do terceiro ano do curso de licenciatura em Física, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (UNESP – Campus de Presidente Prudente). Após alguns anos ministrando aulas na UNESP, José Giacometti voltou a integrar o corpo docente de nosso Instituto.

Além da cinemática, o livro aborda a dinâmica e o sistema de partículas e os referenciais acelerados, abrangendo a mecânica clássica Newtoniana, de maneira mais detalhada e com uma linguagem constituída por reduzidos recursos matemáticos avançados. Aliás, esse material didático, segundo o docente, também pode ser consultado por alunos de outros cursos, incluindo o de bacharelado em física.

Elaborar um livro não é tarefa fácil… dá muito trabalho. Então, agradeço muito ao falecido Prof. Guilherme Fontes (IFSC/USP), que cooperou comigo na revisão final do livro, tendo contribuído também com algumas sugestões, disse o docente, que foi pioneiro na criação do Grupo de Polímeros do IFSC/USP, ao lado dos Profs. Guilherme Fontes e Roberto Mendonça Faria.

JOS_GIACOMETTI_300O livro Mecânica Clássica – Uma abordagem para licenciatura pode ser adquirido através do site da editora Livraria da Física.

O Prof. Dr. José Alberto Giacometti obteve sua graduação em Bacharel em Física pela USP, mestrado e doutorado em Física Aplicada, também pela Universidade de São Paulo, e livre-docência pelo IFSC/USP. Com experiência na área de física, o docente do IFSC/USP atua com ênfase em Materiais Dielétricos e Propriedades Dielétricas, com foco em eletrônica orgânica, polímeros para óptica não-linear, polarização elétrica, polianilina, filmes de langmuir-blodgett e polímeros ferroelétricos.

Para entrar em contato com o autor, envie um e-mail para giacometti@ifsc.usp.br.

(Capa do livro: Arquivo pessoal)

Assessoria de Comunicação

22 de junho de 2015

Teste da invariância de Lorentz com raios cósmicos

RODRIGO_GUEDES_LANG_250Na tarde do dia 22 de junho, o estudante Rodrigo Guedes Lang, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), ministrou o seminário Teste da invariância de Lorentz com raios cósmicos. A palestra, que se inseriu na programação do Astro-Cosmo-Particle Journal Club, decorreu na sala F-210, do IFSC/USP.

Em sua apresentação, Lang discutiu o artigo Planck-scale Lorentz violation constrained by Ultra-High-Energy Cosmic Rays, publicado em 2009 no Journal of Cosmology and Astroparticle Physics e assinado por Luca Maccione, Andrew M. Tayler, David M. Mattingly e Stafano Liberati. Para conferi-lo, clique AQUI.

Atualmente, Rodrigo Lang cursa Bacharelado em Física em nosso Instituto, com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), na área de Astrofísica de Partículas.

Assessoria de Comunicação

22 de junho de 2015

Projeto visa ao desenvolvimento de fármacos inéditos

CIBFar-logo_cpiaCom o intuito de oferecer suporte aos grupos de pesquisa com foco no estudo de compostos naturais que podem atuar como agentes terapêuticos contra diversas doenças, incluindo Malária, Doença de Chagas, ou Leishmaniose, o National Institutes of Health (NIH), instituição norte-americana, criou o projeto International Cooperative Biodiversity Groups (ICBG), no qual se inclui o Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar*), alocado no IFSC/USP. Em síntese, o objetivo da iniciativa é encontrar compostos naturais com potenciais aplicações terapêuticas, a partir de bactérias que são simbiontes das formigas, incentivando o uso de recursos sustentáveis e reunindo especialistas de diversos países em torno do tema.

Entendendo melhor os objetivos

Nos formigueiros, existem jardins de fungos cultivados para o consumo de sua população – as formigas -, mas esses ninhos estão sempre sujeitos a inúmeras contaminações por outros microorganismos, sendo que existem patógenos – organismos causadores de doenças – que podem atacar esses fungos. Com isso, há mais de 50 milhões de anos que as formigas se associaram às bactérias capazes de produzir anti-fungos – produtos naturais -, protegendo os formigueiros contra esses organismos. Esses produtos intrigaram os cientistas, nomeadamente os pesquisadores que atuam no IFSC/USP, que desde há algum tempo têm estudado os citados compostos.

No âmbito do ICBG, o Instituto de Física de São Carlos recebeu, no dia 17 de junho, a visita do Prof. Jon Clardy, da Harvard University (USA) e da Dra. Flora Katz, diretora da Division International Training and Research, do NIH (USA), que participaram de diversas reuniões com docentes e pesquisadores membros do CIBFar, com o objetivo MONICA1-300de consolidar a cooperação entre as três instituições.

De acordo com a Profa. Dra. Mônica Tallarico Pupo, que é docente da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) e coordenadora do CIBFar, a parceria entre a Universidade e essas duas instituições internacionais irá se consolidar através do citado projeto. Nós já tínhamos uma parceria informal com Jon Clardy e Flora Katz, mas, com o desenvolvimento deste projeto, acreditamos que essa colaboração se consolidará de forma muito mais intensa e próxima, disse ela.

ADRIANO1-350Por outro lado, segundo o Prof. Dr. Adriano Andricopulo**, docente do IFSC/USP e pesquisador do CIBFar, que acompanhou os visitantes durante todo o encontro, a inserção do Instituto nessa rede de cooperação é de suma importância, tendo em vista que a Unidade tem grande interesse por pesquisas que visam ao desenvolvimento de fármacos para o combate de doenças como a Doença de Chagas e Leishmaniose. Através desse projeto financiado pela FAPESP*** e o NIH, pesquisaremos moléculas que tenham uma diversidade química inédita, para desenvolvermos possíveis novos candidatos a fármacos, afirmou ele, tendo acrescentado que os mais de mil substratos já encontrados serão analisados nos laboratórios do IFSC/USP, o que eleva muito o grau de responsabilidade.

A pesquisadora Flora FLORA1-350Katz afirmou que esse projeto nasceu através do interesse em buscar novos caminhos para descobrir agentes terapêuticos, uma vez que há plena convicção de que existem milhares de moléculas capazes de solucionar doenças que ainda não têm cura. Para que possamos tentar desenvolver fármacos efetivos, precisamos entender como funciona o sistema biológico desses microorganismos, explicou ela, que ressaltou a importância da cooperação entre as universidades e institutos de pesquisa, para possibilitar o melhor avanço das investigações referentes à área de saúde.

JON2-350Ainda durante a visita dos pesquisadores ao IFSC, o Prof. Jon Clardy, que atua no Department of Biological Chemistry & Molecular Pharmacology, da Harvard University, apresentou a palestra intitulada Ants, Genes, and Antibiotics, onde ilustrou a importância dos estudos envolvendo as pequenas moléculas biologicamente ativas, que exibem notável diversidade. Além disso, Clardy esclareceu que, através de estudos, já foi possível compreender alguns dos mecanismos genéticos dessas bactérias. O pesquisador norte-americano também destacou a importância da colaboração que existe entre pesquisadores de diversos países que, mesmo atuando em diferentes áreas, têm como objetivo desenvolver novos fármacos, bem como estudar os produtos naturais liberados pelas bactérias antifúngicas. Com o desenvolvimento desse projeto, vamos cooperar com a área da saúde e tentar desenvolver possíveis fármacos, inclusive, para o tratamento de câncer, completou ele. Clardy pontuou que é preciso reconhecer a importância da existência desses microorganismos, pois embora sejam responsáveis por muitas de nossas doenças, as bactérias podem também ter um duplo-papel, podendo ser a solução para a cura de muitas patologias cujas soluções ainda não foram descobertas.

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Pesquisadores durante visita à área II do Campus USP – São Carlos, onde tiveram a oportunidade de analisar os resultados de algumas pesquisas desenvolvidas no Instituto

*O CIBFar é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID’s) apoiados pela FAPESP;

**Coordenador do Laboratório de Química Medicinal e Computacional do Centro de Biotecnologia Molecular Estrutural, Coordenador do Centro de Referência em Química Medicinal da Organização Mundial da Saúde para Doença de Chagas;

***Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Assessoria de Comunicação

21 de junho de 2015

Inscrições para Bolsas de Intercâmbio Internacional

Estão abertas até às 12 horas do próximo dia 2 de julho, as inscrições para o Edital 473/2015 –Programa de Bolsas de Intercâmbio Internacional para os Alunos de Graduação USP, que oferece 60 (sessenta) bolsas dirigidas aos estudantes de graduação da USP já aprovados/indicados para intercâmbio por meio de edital da Agência de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) ou de processo seletivo da unidade USP de origem.

Para consultar o edital ou fazer inscrição, acesse o SISTEMA MUNDUS na área de acesso público.

Para tirar dúvidas, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

19 de junho de 2015

ENEM é aprovado no Conselho de Graduação

O Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo (USP) aprovou ontem, dia 18 de junho, a introdução do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como alternativa à Fuvest, vestibular tradicional da instituição. Para entrar em vigor, a medida precisa passar por avaliação do Conselho Universitário (CO), cuja próxima reunião ocorrerá no próximo dia 23 de junho.

De acordo com a proposta que já tinha sido feita pela Pró-Reitoria de Graduação, cada unidade definiu quais cursos adotarão o sistema, assim como a quantidade de vagas e demais critérios.

A proposta da pró-Reitoria colocada para avaliação de cada unidade é a reserva de 15% das vagas para alunos de escolas públicas através do Enem.

Com o avanço dos debates, a expectativa é que o uso do Enem já esteja valendo no próximo processo seletivo.

A necessidade de revisão do processo seletivo já tinha sido apontada pelo reitor, Marco Antonio Zago, logo após a sua posse no começo do ano passado, onde defendeu a criação de mecanismos adicionais de ingresso na USP.

Assessoria de Comunicação

19 de junho de 2015

USP integra movimento internacional da ONU

A USP foi uma das dez universidades mundiais escolhidas para fazer parte do movimento solidário ElesPorElas [HeForShe], desenvolvido pela UN Women, instituição das Nações Unidas dedicada a projetos na área de igualdade de gêneros e empoderamento das mulheres., sendo a única universidade latino-americana selecionada.

O ElesPorElas é um movimento global de solidariedade, que convoca pessoas ao redor do mundo para desenvolver iniciativas e advogar pela igualdade de gêneros.

O projeto faz parte do programa Impacto 10x10x10, lançado no Fórum Econômico Mundial, em Davos, em janeiro deste ano, que reúne 30 líderes mundiais em três setores – público, privado e academia. As Universidades são selecionadas a partir de critérios baseados em sua reputação ética, excelência no serviço público, relevância e alcance global e a boa vontade em usar sua influência para comandar e inspirar mudanças no ensino superior.

Além das missões tradicionais das Universidades, relacionadas com ensino, pesquisa e extensão, a USP deve ter um papel significativo para promover o progresso social da região. A educação universitária representa uma oportunidade especial para contribuir para a mudança de comportamento, como a erradicação da violência e todos os tipos de discriminação, destaca o reitor da USP, Marco Antonio Zago.

Uma das principais iniciativas da USP, que integra o projeto da ONU, é a criação do Programa USP Mulheres, que será coordenado pela professora da Faculdade de Medicina (FM), Lilia Blima Schraiber. A docente é responsável por um grupo de pesquisas que desenvolve estudos e intervenções sociais voltadas à violência, gênero e práticas de saúde.

Esse programa, que terá um escritório no campus de São Paulo, será responsável pela coordenação do relacionamento entre a Administração da Universidade e a comunidade universitária e a proposição e implementação de iniciativas e projetos voltados para a igualdade de gêneros.

A USP também estabelecerá uma linha de pesquisa interdisciplinar para desenvolver estudos voltados para a diversidade dos aspectos de gênero e o papel do gênero no desenvolvimento urbano. Essa linha será desenvolvida em programas já existentes; em centros de pesquisa da Universidade, como o Núcleo de Estudos da Violência e o Centro de Estudos da Metrópole, e como parte de um novo programa de pesquisa do Instituto de Estudos Avançados.

Além da USP, as nove Universidades selecionadas para o Impacto 10x10x10 foram a Georgetown University; University of Hong Kong; University of Leicester; Nagoya University; Oxford University; Sciences Po; Stony Brook University (of the State University of New York); University of Waterloo; e University of the Witwatersrand.

Está previsto, para o segundo semestre de 2016, um encontro internacional com a participação das dez universidades, que terá como tema Erradicando a violência contra as mulheres nos campi universitários.

(Com onformações da Assessoria de Comunicação da USP)

Assessoria de Comunicação

19 de junho de 2015

IFSC participa de Feira do Conhecimento em Santa Eudóxia

No último dia 3 de junho, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através dos servidores dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF) Herbert Alexandre João e Cláudio Boense Bretas, fez parte da Feira de Conhecimentos da Escola Estadual “Professora Alice Madeira João Francisco”, localizada no distrito de São Carlos, Santa Eudóxia.

A presença do Instituto foi marcada primeiramente pela realização do Show de Física, atividade realizada no período da manhã e durante a qual os alunos puderam interagir através dos diversos experimentos realizados. No período da tarde, uma palestra sobre os cursos de graduação do IFSC foi realizada, sendo que também foram repassadas informações a respeito do processo seletivo da USP, a FUVEST, e sobre o ENEM.

Confira abaixo algumas imagens:

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Credito das imagens: Cláudio Boense Bretas

Assessoria de Comunicação

19 de junho de 2015

Mecanismos Neurais do Olfato

Decorreu na manhã do dia 19 de junho, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), mais um Colloquium diei, onde o Prof. Dr. Fábio Marques Simões de Souza, da Universidade Federal do ABC (UFABC), ministrou a palestra Mecanismos Neurais do Olfato.

Animais utilizam o olfato para identificar alimentos, parceiros sexuais e predadores. Comportamentos olfatórios inatos e aprendidos são essenciais para a identificação de informações ambientais fundamentais para a sobrevivência de muitas espécies. Porém, apesar da ampla importância do olfato, os mecanismos neurais dessa capacidade ainda não são completamente entendidos.

O grande desafio é compreender como o cérebro interpreta os sinais ambientais e transforma essas informações para guiar o comportamento. As bases computacionais do olfato podem ser estudadas utilizando a construção de modelos computacionais, o registro da atividade elétrica do córtex olfatório e a manipulação da percepção olfatória por fármacos que agem nas vias de sinalização bioquímica associadas com a transdução em neurônios sensoriais olfatórios.

FABIO_SOUZA_350Com isso, em sua palestra, Fábio Souza apresentou os resultados de estudos recentes realizados para se entender efeitos de alterações na atividade da camada receptora do sistema olfatório de ratos, sobre a atividade elétrica do córtex olfatório e o comportamento observado em procedimentos de discriminação de odores.

Souza tem graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo, mestrado e doutorado em Psicobiologia, também pela USP, e pós-doutorado pela The University of Texas, EUA, University of Colorado, EUA, Osaka University, Japão, pelo Okinawa Institute of Science and Technology, Japão, e Instituto de Medicina Molecular, Portugal. Além disso, o docente realizou curso técnico e profissionalizante na ETEP Faculdades, no interior de São Paulo.

Atualmente, Fábio Souza é pós-doutorando na USP, tendo experiência em Biofísica, com ênfase em Biofísica de Processos e Sistemas, atuando com olfato, neurociência e neurociência computacional.

Assessoria de Comunicação

19 de junho de 2015

Competição nacional “Sua ideia na prática”

Entre os dias 30 de abril e 9 de junho, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) sediou o evento “Sua ideia na prática”, uma iniciativa da Ideation Brasil, start-up fundada por ex-alunos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o objetivo de incentivar o lado empreendedor de estudantes universitários do país.

Em São Carlos, a competição foi liderada por alunos dos cursos de graduação da EESC, e teve a duração de cinco semanas, com um encontro presencial toda semana, tendo o objetivo de desenvolver ideias que pudessem transformar-se em algum tipo de negócio. “Na última semana do evento, as equipes participantes apresentaram seus projetos para uma banca composta por cinco jurados e formada tanto por professores universitários como por empreendedores em início de carreira”, explica Rodrigo Faria Matheucci, um dos organizadores do evento.

EESC-_Sua_ideia_na_praticaA competição ocorreu em diversas cidades, sendo que São Carlos bateu o recorde de participantes do país. Ao todo, houve 120 inscritos de diversas Unidades da USP, incluindo alunos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), e de outras universidades, como Unesp e UFSCar.

Rodrigo, que também faz parte do Clube de Empreendedorismo da USP São Carlos, comentou sobre a dificuldade em atrair alunos para participação de eventos diversos. Porém, em relação ao “Sua ideia na prática”, ele conta que o formato diferenciado e dinâmico do evento trouxe um retorno muito maior. “Como notamos grande interesse dos participantes na competição, daremos continuidade ao projeto através de encontros periódicos e a realização de uma nova edição do evento em 2016”, adianta Rodrigo.

Na competição, o IFSC também se fez presente, não somente através da participação de alunos da Unidade, mas também em relação à colaboração na divulgação do evento, fornecendo a impressão de todos os materiais utilizados, como flyers, banners, cartazes etc.

Para conhecer os vencedores da competição em São Carlos, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

19 de junho de 2015

Ao serviço da difusão científica

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Em 1996, por intermédio dos professores Vanderlei Salvador Bagnato, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), e Frederico Dias Nunes*, ocorreu  a primeira edição da Semana da Óptica – Semóptica, uma iniciativa que esteve sob responsabilidade organizativa do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CePOF/IFSC), em parceria com o Instituto Nacional de Óptica e Fotônica (INOF): o intuito foi divulgar a óptica ao público em geral, por meio de diversas demonstrações científicas. Para a promoção desse evento, os docentes contrataram o serviço de Brás José Muniz, técnico de produção de conteúdos audiovisuais, que elaborou o primeiro vídeo bilíngue dessa edição da Semóptica.

Devido às diversas palestras e outras iniciativas que começaram a ser organizadas com maior intensidade pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP, o trabalho de Muniz começou a ser periódico (uma vez por semana), por forma a que todos os eventos ficassem devidamente registrados. O técnico aceitou o desafio, mas a demanda por coberturas de eventos e cursos cresceu exponencialmente. Bagnato e Muniz constataram, então, que não só a população, como a própria comunidade da USP, começaram a manifestar um interesse cada vez mais crescente pelos assuntos que eram abordados na área de audiovisual do IFSC/USP, tendo-se criado um estúdio próprio para essa finalidade maior.

Com a colaboração do editor Marcel Bras_300Eduardo Firmino, que é graduado e mestre em Física pelo IFSC/USP, Muniz começou a gravar grande parte das palestras que ocorriam na Unidade, mantendo-se esse trabalho até hoje, com produção e realização no estúdio localizado próximo à área I do Campus USP – São Carlos. Mesmo com um local de gravação apropriado e a agenda lotada de filmagens, Muniz sempre procura aprimorar seu trabalho. Após a gravação e edição desses eventos, disponibilizamos na biblioteca do IFSC, onde então, graças a essa divulgação, atingimos um grau muito maior de visualização do material, vindo do interesse crescente da população em geral, pelos assuntos tratados pelos vídeos e outros materiais por nós disponibilizados, pontua Brás Muniz.

A partir daí, em parceria com outras universidades, faculdades e centros de pesquisa da região e mesmo de fora do estado de São Paulo, criou-se o Canal 10 da NET São Carlos, cuja maior parcela da grade de programação atual é baseada nas palestras e nos programas gravados por Brás José Muniz e editados por seu filho, Anderson Rodrigues Muniz (Chitão, como é conhecido), em conjunto com Marcel Eduardo Firmino – equipe essa que ficou conhecida como Produção de Vídeos Educacionais – PROVE/IFSC.

Acredita-se que cerca de seis mil pessoas tenham acesso ao Canal, diariamente, tendo à disposição programas com conteúdos educacionais, palestras, incluindo as do conhecido programa Ciência às 19 Horas – evento que ocorre mensalmente no IFSC/USP -, além de aulas com conteúdos de Física, disponibilizados 24 horas por dia durante toda semana. Para dar continuidade à difusão científica, Brás José Muniz espera melhorar cada vez mais a ANDERSON_200infraestrutura do estúdio de gravação, bem como investir em melhores equipamentos, oferecendo ao público conteúdos sempre de boa qualidade.

Anderson Muniz, que integra a pequena – mas muito eficiente – equipe desde 2000, é o responsável pela edição dos vídeos, cuja grande parte fica também disponível na biblioteca do Instituto de Física de São Carlos, além da montagem da grade de programação do Canal 10. Atuar no IFSC é muito prazeroso. E como a USP é uma universidade de renome, sempre temos a oportunidade de conhecer pessoas interessantíssimas, conta ele, acrescentando que o MARCEL_200objetivo da equipe é sempre aperfeiçoar os recursos utilizados no cotidiano da profissão.

Assim como Anderson, Marcel Eduardo Firmino é responsável por parte da edição dos materiais filmados, principalmente das aulas ministradas por Vanderlei Bagnato, especialmente para o Canal 10. A ideia é ampliar nosso trabalho de acordo com a demanda das novas tecnologias e aumentar a nossa área de atuação, abrangendo outros campos do conhecimento, conclui ele.

Análises sobre a difusão científica brasileira

Há vinte anos divulgando a ciência para o público em geral, Brás José Muniz comenta que tem observado algumas lacunas no meio científico, que, segundo ele, se devem um pouco à falta de cooperação entre os pesquisadores do próprio Instituto e da USP em geral, além do pouco interesse que a sociedade tem pela ciência, devido a uma fraca divulgação. É comum, segundo Muniz, cientistas se envolverem com suas próprias pesquisas, deixando de analisar o que os colegas de profissão executam. Na própria divulgação científica é possível perceber que falta parceria entre nossos cientistas, declara ele, sugerindo que as universidades incentivem esse maior contato entre docentes e pesquisadores através de encontros, ou de outras formas que aproximem ainda mais esses profissionais, direcionando a força da pesquisa construída por esses brasileiros para o real desenvolvimento da tecnologia, da inovação tão necessária para o progresso da ciência no país. Essa união, fortalecida entre os especialistas, poderá contribuir, inclusive, para a própria divulgação científica feita para a sociedade, que mantém as universidades e tem o direito de saber o que acontece nas instituições de ensino, conclui Brás Muniz.

*Frederico Nunes é docente no Departamento de Eletrônica e Sistemas da Universidade Federal de Pernambuco.

Assessoria de Comunicação

18 de junho de 2015

Dinâmica de transporte de fotossensibilizadores é tema de palestra

Decorreu na tarde do dia 18 de junho, mais um seminário promovido pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde o pesquisador Renan Arnon Romano, mestrando do Instituto, apresentou a palestra Dinâmica de transporte de fotossensibilizadores em células por meio de microscopia confocal e espectroscopia de fluorescência correlacionada.

RENAN_ROMANO_350Nos últimos anos, os estudos sobre técnicas fotônicas não-invasivas têm ganhado destaque devido à grande preocupação com a saúde. Nestes estudos, o uso de fotossensibilizadores na terapia fotodinâmica desempenha um papel fundamental para os avanços da área e tem sido utilizado com sucesso em diversas aplicações, tais como na remoção de contaminantes ambientais, descontaminação de alimentos e tratamento de infecções localizadas, infecções fúngicas, acnes e câncer.

Apesar de tal sucesso, a dinâmica de transporte dessas substâncias fotossensíveis nos alvos a serem tratados ainda não é um processo completamente compreendido. Assim, torna-se importante estudar a dinâmica de difusão e entrada destes fotossensibilizadores em células e bactérias. Neste âmbito, Romano discutiu um projeto cujo objetivo é utilizar técnicas, como, por exemplo, microscopia confocal e espectroscopia de fluorescência correlacionada (Fluorescence Correlation Spectroscopy – FCS), de modo a compreender tal transporte em bactérias gram-positivas e gram-negativas, pesquisando diferenças na dinâmica de difusão entre elas.

Além disso, Renan Romano explicou que, com este projeto, espera-se caracterizar e modelar toda a dinâmica de transporte destes fotossensibilizadores em bactérias gram-positivas e gram-negativas, buscando encontrar diferenças entre os grupos de modo a possibilitar a seletividade de um único grupo de interesse para terapia fotodinâmica.

Romano, que graduou-se em física pelo IFSC, atualmente realiza o seu mestrado no Grupo de Óptica do nosso Instituto. Além disso, já fez estágio na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, em  São Carlos, onde desenvolvia modelos para características físicas e químicas de solos, através de técnicas espectroscópicas e de imagens. Aliás, o jovem pesquisador tem experiência na área de reconhecimento de padrões e geração de modelos estatísticos multivariados, bem como em instrumentação óptica.

Assessoria de Comunicação

18 de junho de 2015

NAPOF oferece bolsa de pós-doutorado

Foi publicado novo edital de seleção de bolsistas para o Núcleo de Apoio à Pesquisa em Óptica e Fotônica (NAPOF), para contratação de pós-doutores dentro das áreas de atuação do NAPOF, a saber: Fisica de átomos frios e fluidos quânticos, domínio de técnicas numéricas nesta área e disposição para interface com experimentos.

Os interessados deverão se inscrever entre os dias 22 e 26 de junho de 2015, através do e-mail secretariago@ifsc.usp.br, para o qual também deverão enviar os seguintes documentos: currículo Lattes e descrição de interesse de pesquisa.

Para acessar o edital de bolsas para pós-doutoramento do NAPOF, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

18 de junho de 2015

Mais um concerto com a USP – Filarmônica

Sob a regência do Maestro Prof. Rubens Russomano Ricciardi, a USP – Filarmônica caio_pagano-200realiza mais um concerto no Teatro Municipal de São Carlos, no dia 24 de junho, pelas 20 horas, inserido na série Concertos-USP / Prefeitura Municipal de São Carlos.

Neste concerto, que contará com a participação do consagrado pianista Caio Pagano, serão interpretadas as seguintes obras:

As Bodas de Fígaro (Abertura), de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791);

Concerto para piano e orquestra nº 3 em Dó menor Op. 37: I – Allegro con brio / II – Largo / III – Rondo – Allegro, de Ludwig van Beethoven (1770-1827);

Sinfonia nº 40 – “Júpiter” em Dó maior: I – Allegro vivace / II – Andante cantábile / III – Menuetto – Allegretto / IV – Molto alegro, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791);

As entradas para este concerto são gratuitas, mediante apresentação de convite.

Os convites estarão sendo distribuídos entre os dias 18 e 24 de junho, na Assessoria de Comunicação do Instituto de Física de São Carlos (USP), no horário compreendido entre as 08h/12h e entre as 14h/17h, e no Teatro Municipal de São Carlos.

Tal como tem acontecido nos anteriores concertos, não haverá reservas de lugares.

Assessoria de Comunicação