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2 de julho de 2015

New methodologies for examining neuronal ensembles in addiction

BRUCE_HOPE_250Realizou-se na tarde do dia 2 de julho mais um seminário organizado pelo Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde o Dr. Bruce Thomas Hope, do National Institute on Drug Abuse – NIDA (Estados Unidos), ministrou a palestra New methodologies for examining neuronal ensembles in addiction, na sala 201, na Área II do Campus USP – São Carlos.

Em sua apresentação, o especialista destacou algumas metodologias que julga importantes para investigar alterações, tanto moleculares, quanto genéticas, em neurônios que armazenam as informações que tornam um indivíduo dependente a uma determinada substância. Essas estratégias, propostas pelo pesquisador e sua equipe, têm sido publicadas na prestigiada revista científica Nature.

Hope é bacharel em Bioquímica pela University of British Columbia, Canadá, e doutor pelo Department of Psychiatry, da citada universidade canadense. Para saber mais sobre o currículo de Bruce Hope, incluindo suas áreas de interesse, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

2 de julho de 2015

IFUSP recebe 22ª Reunião

O Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP) receberá entre os dias 09 e 11 de setembro próximo, a 22ª Reunião da Associação Brasileira de Cristalografia (ABCr), ocorrendo igualmente nesse período a primeira edição da Reunião da Latin American Crystallographic Association (LACA), cujo objetivo é reunir cristalógrafos dos países integrantes da associação.

A programação de ambos os eventos incluirá conferências, debates e apresentação de trabalhos.

Os interessados em submeter resumos, que forem solicitar ajuda financeira, têm até o dia 10 de julho; os demais, até 10 de agosto. Entre os temas disponíveis estão Polycrystals,MaterialsEducation in Crystallography.

As inscrições podem ser feitas até 10 de agosto pelo SITE do evento.

Assessoria de Comunicação

2 de julho de 2015

Evolução de genes do parasita da Esquistossomose

Uma pesquisa desenvolvida no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) tem o propósito de esclarecer a evolução de alguns genes que codificam proteínas do Schistosoma mansoni, parasita causador da Esquistossomose, segunda doença parasitária que mais faz vítimas no mundo, atrás apenas da Malária. A Esquistossomose, conhecida também como “Barriga d’água”, é transmitida por caramujos que hospedam o Schistosoma temporariamente, e penetra na pele de humanos quando entram em contato com a água habitada pelos moluscos.

Com efeito, pesquisadores do IFSC/USP descobriram uma classe de proteínas denominada genes de micro-exons. Além de características inusitadas, esses genes são compostos por pequenos exons – pedaços de genes que codificam proteínas – que podem ser utilizados para a geração de variações antigênicas; ou seja, a partir de um gene, essa classe pode produzir outras proteínas variantes. Além disso, esse complexo sistema genético, nunca descrito em nenhum outro organismo, permite a produção de proteínas secretadas pelo parasita.

Grande parte das proteínas codificadas pelos micro-exons é secretada no esôfago do Schistosoma mansoni, uma região bastante exposta do parasita. Contudo, em algumas análises computacionais executadas pelos pesquisadores, foi possível observar que as proteínas do parasita, expostas ao sistema imune do hospedeiro, evoluem rapidamente obtendo uma taxa de mutação muito maior do que outras proteínas deste organismo.

O artigo deste estudo, RICARDO_DE_MARCO_350destacado pela Genome Biology and Evolution em janeiro último, descreve essa análise computacional que tem ajudado a compreender a evolução desses genes: ao comparar os mesmos genes de diferentes espécies do Schistosoma, constatou-se que o nível de identidade entre essas classes é baixo. Quando estudamos a evolução, precisamos comparar organismos diferentes para verificá-los e tentar inferir o processo evolutivo que ocorreu ao longo de milhões de anos, explica o Prof. Dr. Ricardo De Marco, docente do Grupo de Biofísica Molecular “Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e autor do referido artigo, em conjunto com a pesquisadora Gisele Philippsen (IFSC/USP) e o Prof. Dr. Alan Wilson, da University of York, Reino Unido.

Essas mutações ocorrem comumente em qualquer organismo. Embora na maioria dos seres essas evoluções sejam negativas, observou-se que as mutações das citadas proteínas expostas ao sistema imune têm caráter positivo para o parasita, principalmente, em razão do Schistosoma se instalar por um longo período no corpo humano, fazendo com que o nosso sistema possa reconhecer e combater o parasita através da identificação dessas proteínas. O problema, segundo De Marco, é que esta classe de proteínas sofre variações e, por este motivo, o sistema imunológico não produz os anticorpos necessários para combater o Schistosoma mansoni, mantendo-o livre dentro do corpo humano. Esse método beneficia os organismos que já sofreram mutações. Quando observamos esse processo evolutivo, vemos que as proteínas se alteram rapidamente e o número de variações dessa classe é grande entre cada espécie do Schistosoma, diz ele.

Para compreender essa evolução, os pesquisadores compararam a taxa de mutações sinônimas – quando a mudança no DNA do organismo não acarreta em mudança da proteína codificada pelo mesmo – e não-sinônimas – quando ocorrem alterações no DNA do organismo que mudam as proteínas. Ao medirem esses parâmetros, computacionalmente, os especialistas notaram que, no caso de genes que codificam proteínas do Schistosoma expostas ao sistema imune, havia uma taxa de mutação não-sinônima muito mais alta em relação àquelas comumente observadas. Isso mostra que existe algo que induz a proteína a evoluir. Além dos genes micro-exons, outras duas classes de proteínas também apresentaram alta taxa de mutação, sendo que ambas são consideradas candidatas vacinais, afirma Ricardo De Marco.

FiguraMEG2_500

Atualmente, está disponível no mercado um fármaco eficiente no combate ao Schistosoma. Porém, esse medicamento elimina apenas o parasita que está hospedado no organismo humano, não protegendo o indivíduo de futuras infecções. O fármaco que está à venda é muito bom. Mas, para o Schistosoma é importante o desenvolvimento de uma vacina, pois ao contrário do fármaco, ela oferece uma proteção permanente, que impede a reinfecção, explica o docente do IFSC/USP, que agora está investigando a estrutura das proteínas do parasita.

O alto grau de diferentes mutações dificulta enormemente o desenvolvimento de vacinas que possam combater o Schistosoma. Portanto, o referido trabalho deverá resultar na melhor compreensão da relação entre parasita e hospedeiro, bem como na verificação de dados que poderão preencher esse campo de pesquisa, já que, ao entender essa rápida evolução, será possível descartar várias estratégias cogitadas para derrotar o parasita, podendo, talvez, acelerar o desenvolvimento de uma possível vacina que seja eficiente no combate, prevenindo a reinfecção do indivíduo.

(Ilustrações: Crossword911 / Arquivo pessoal)

Assessoria de Comunicação

2 de julho de 2015

Os desafios da nanotecnologia a serviço da medicina

Com a rápida evolução verificada nas últimas décadas nas áreas da ciência e tecnologia, mais perceptível e plenamente compreendida pelas sociedades científica e acadêmica, torna-se inevitável que o cidadão comum fique, na sua grande maioria, afastado dos grandes avanços, principalmente aqueles que estão diretamente ligados à sua saúde e bem-estar. Embora ocupe um espaço de primordial importância na sociedade, que influencia todos os restantes setores produtivos, a medicina continua – e continuará sendo – a pedra basilar para o bem-estar da sociedade e para o desenvolvimento social, traduzido na riqueza de qualquer nação.

A nanotecnologia veio revolucionar a medicina dita tradicional, com a introdução de novos conceitos e métodos nunca antes imaginados, que aumentaram a esperança de vida para milhões de pessoas, prevenindo, combatendo ou mesmo eliminando determinadas doenças que, até há bem pouco tempo, eram sinônimo de óbito.

E é para o cidadão comum que elaboramos esta matéria, na esperança que ele possa ter uma informação que, embora condensada, possa colocá-lo a par de tudo aquilo que está, hoje, ao seu alcance.

NANOTECNOLOGIA_250A nanotecnologia*, ou nanociência, área em que se estuda a combinação de átomos e moléculas para a obtenção de novas ou melhoradas propriedades de materiais, tem se destacado como campo promissor para o desenvolvimento de novas tecnologias, cujas aplicações são executadas em diversos setores, incluindo o de saúde, energia e alimentos. Essa área de estudo ganhou repercussão após a famosa palestra ministrada pelo físico Richard Feynman, no encontro da Sociedade Americana de Física, que foi organizado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia – Caltech, na noite de 29 de dezembro de 1959, no hotel Huntington-Sheraton, em Pasadena, nos Estados Unidos.

Na ocasião, Feynman – que recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1965, devido aos seus estudos sobre eletrodinâmica quântica – questionou se era possível escrever os 24 volumes da enciclopédia britânica na ponta de um alfinete, tendo enaltecido a frase que, além de ter aparecido como título em sua apresentação, é sempre relembrada por docentes e pesquisadores: Há muito espaço lá embaixo. Hoje, seus pensamentos, que inclusive lhe deram o título de “profeta”, são pilares que baseiam a nanotecnologia, área que se consolidou na década de 1980.

Com o fortalecimento da nanociência, muitos grupos de pesquisa começaram a trabalhar com a teoria da nanotecnologia, enquanto outros produziam e estudavam os materiais nanométricos. Nessa época, essas equipes já eram integradas por físicos, químicos, engenheiros, biólogos, entre outros especialistas. No final da década de 1990, os pesquisadores já combinavam nanopartículas com moléculas biológicas, ou seja, a partir dali, já foi possível ligar nanopartículas de ouro, ferro, ou até de prata, em enzimas, anticorpos ou proteínas.

Nanomedicina

Com a citada inovação, os nanomedicine_-_copyright_-_the_scientist_300materiais híbridos, que são desenvolvidos a partir de compostos orgânicos e inorgânicos, permitiram executar grandes avanços na medicina. O Prof. Dr. Chad A. Mirkin, diretor do International Institute for Nanotechnology, da Northwestern University, EUA, foi um dos cientistas pioneiros na produção de partículas poli ou multifuncionais, capazes de agregar diferentes funções físico-químicas ou biológicas em um só material. Dentro dessas partículas poliméricas, que eram protegidas por anticorpos, pesquisadores inseriam determinado fármaco que atuava como princípio ativo. Nascia nessa época a nanomedicina, que hoje é constituída por três grandes vertentes, sendo elas: nanomateriais para diagnóstico; nanomateriais para medicina regenerativa; e nanomateriais para terapia.

Nanomateriais para diagnóstico:

Por sua vez, a nanomedicina tem revolucionado os diagnósticos de diversas doenças, por meio de técnicas baseadas em magnetismo, ou através da construção de dispositivos eletrônicos, tais como os biossensores e genossensores.

Atualmente, acredita-se que as Imagens por Ressonância Magnética (IRM) sejam as principais ferramentas para diagnóstico de câncer. Contudo, em situações em que o tumor é muito pequeno, ou o órgão afetado não tem diferença de densidade de tecido, o médico não é capaz de identificar a anomalia. Nesse caso, a nanomedicina tem se tornado uma opção fundamental, já que viabiliza a produção de nanopartículas superparamagnéticas de óxido de ferro – nanoímãs atóxicos – que, ao serem inseridas em um paciente com tumor, se localizam ao redor da anomalia, dando contraste nas imagens de Ressonância Magnética e permitindo que o especialista analise a região tumoral com mais facilidade.

materiais_para_nanodiagnstico_-_212_-Hoje, também existem nanopartículas fluorescentes que, quando recobertas com anticorpos que identificam tumores, são inseridas em modelos animais, onde se localizam próximas ao tumor e, com um microscópio de fluorescência, o médico é capaz de identificar a área onde a luz está sendo emitida por esses nanomateriais, diagnosticando o local exato da anomalia. Essas nanopartículas fluorescentes, conhecidas também como pontos quânticos (quantum dots), embora potencialmente tóxicas, sua grande eficácia já é reconhecida pela comunidade médica e científica.

Além dessas nanopartículas, os biossensores – dispositivos eletrônicos capazes de detectar proteínas, enzimas ou metabólitos – têm permitido o diagnóstico, inclusive precoce e preditivo, de diversas doenças, como diabetes, hipertensão, infarto do miocárdio, etc., ou acompanhar moléculas de interesse como colesterol, glicose, etc. Além de serem de fácil manuseio, esses pequenos equipamentos são de baixo custo, podendo ser utilizados pelos próprios pacientes e adquiridos em farmácias.

Outros equipamentos que têm reforçado a área de diagnósticos são os genossensores, dispositivos cujos princípios são semelhantes aos dos biossensores, porém, o método de detecção é feito através de uma sequência de DNA implantada no pequeno aparelho, que denuncia anomalias no gene do paciente.

Nanomateriais para medicina regenerativa:

A área de nanomateriais para medicina_regenerativa_300medicina regenerativa tem permitido melhor crescimento e reparação de tecidos ou ossos do corpo humano, em razão do desenvolvimento das nanopartículas. Hoje, por exemplo, pesquisadores recobrem próteses, sejam elas de titânio ou polímero, com camadas de nanopartículas com hidroxiapatita, principal composto do osso humano. Com isso, o processo de crescimento dos tecidos ósseos sobre as próteses é bem mais rápido do que o comum.

Acredita-se que a terapia celular com células-tronco é capaz de revolucionar a medicina, devendo viabilizar a cura de diversas doenças que hoje ainda não têm solução. Contudo, há enorme dificuldade na inserção dessas células dentro do corpo humano, o que pode resultar no desenvolvimento de tumores. Porém, graças à nanomedicina, hoje é possível regenerar áreas de tecidos humanos com células-tronco, através de moldes com nanofibras que permitem o encaixe e reparação perfeitos das células-tronco em determinada região corpórea.

Nanomateriais para terapia:

nanomateriais_terapia_-_copyright_-_Exponent_300A nanomedicina também tem cooperado no processo de distribuição de drogas pelo organismo humano. O ideal de um fármaco é que, quando ingerido, seu efeito se mantenha ativo durante dias, para que o paciente não tenha que se medicar diariamente. Esse processo é conhecido como Smart Drug Delivery e, com a nanomedicina, se tornou possível o desenvolvimento de nanocápsulas carregadas com determinado princípio ativo e revestidas por anticorpos que mantêm esses nanomateriais próximos ao alvo, tal como um tumor. Além de não espalhar a droga por todo o organismo, a nanocápsula controla a liberação da droga, mantendo o efeito do medicamento ativo e controlado no nível ideal, o que dispensa a necessidade de ingerir o remédio diariamente.

A técnica de hipertermia, que consiste na elevação da temperatura do corpo, também sofreu evoluções graças à nanomedicina. No caso da hipertermia por campo magnético, especialistas inserem os já citados nanoímãs ao redor de um tumor e, com uma máquina, aplicam um campo magnético que agita os ímãs que esquentam e combatem a anomalia.

No método de hipertermia por laser infravermelho – luz que é absorvida pela nossa pele -, os pesquisadores inserem bastões em escala nanométrica próximos à região tumoral, para que absorvam a luz infravermelha, matando o tumor.

Nanotoxicologia

Assim como a nanomedicina, a nanotoxicologia_250nanotoxicologia também compõe a estrutura da nanociência. Hoje, cerca de mil e seiscentos produtos disponíveis no mercado, incluindo tintas, cosméticos, raquetes de tênis, entre outros materiais do cotidiano, são fabricados com nanomateriais, que são facilmente manipulados pelo ser humano e encontrados no meio-ambiente. Neste sentido, a nanotoxicologia tem oferecido informações significativas a respeito do nível de toxicidade desses nanomateriais, norteando a atuação de agências reguladoras, tal como a ANVISA**, já que ainda não existem testes específicos para a regulamentação desses materiais.

GNano

portal20141219_22_250Em 2012, o Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), fundou o Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano), um dos grupos pioneiros no Brasil no desenvolvimento desses nanomateriais, além de ser um dos poucos grupos no mundo que trabalham com as diversas áreas da nanotecnologia, incluindo a concepção e caracterização de nanopartículas, uma combinação desses materiais com moléculas, anticorpos, proteínas e enzimas, além da aplicação desses compostos em medicina, especialmente no diagnóstico e tratamento do câncer, bem como em doenças infecciosas e cardiovasculares.

Em paralelo, o GNano, que ZUCO1_350hoje é composto por físicos, biólogos, biotecnólogos, químicos, engenheiros, farmacêuticos, biomédicos e médicos, também tem se destacado pelas suas pesquisas na área de Nanotoxicologia. Temos conseguido reunir membros das áreas mais relevantes para a nanotecnologia; acredito que essa composição interdisciplinar é o grande diferencial do Grupo, afirma Zucolotto.

O GNano também é um dos grupos pioneiros no Brasil na produção, funcionalização, caracterização e avaliação de testes de nanomateriais, tanto em saúde humana, quanto em meio-ambiente, através de estudos conhecidos como nano-ecotoxidade. Zucolotto e seus pesquisadores têm desenvolvido novos métodos, inclusive, para entender como um nanomaterial pode ser tóxico para uma célula humana. Além disso, o Grupo também está inserido na NANoREG***, uma plataforma européia com foco na regulamentação em nanotecnologia, que foi criada há alguns anos através da iniciativa de diversas entidades da União Européia.

Em suma, embora tenha que enfrentar inúmeros desafios, a nanotecnologia tem apresentado diversos avanços, principalmente na área médica. Com sua crescente evolução, acredita-se que a nanociência seja responsável por grande parte da solução de diversos problemas que ainda existem, sobretudo os existentes nas áreas da saúde, alimento e energia.

Mais informações: www.nanomedicina.com.br

*Área em que se trabalha com materiais em escala nanométrica, ou seja, elementos tão pequenos quanto átomos, ou moléculas;

**Agência Nacional de Vigilância Sanitária;

***A common European approach to the regulatory testing of Manufactured Nanomaterials.

(Fotos: Nanomaterials Therapy “Exponent” / Nanomedicine “The Scientist”)

Assessoria de Comunicação

1 de julho de 2015

Phenomenology of new heavy quarks at the LHC

Através do High energy physics seminars, o Dr. Lucas Panizzi (School of Physics and Astronomy/Southampton University, – Inglaterra) apresentou a palestra Phenomenology of new heavy quarks at the LHC, um evento que decorreu na tarde do dia 1º de julho, na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Em sua apresentação, Panizzi abordou os LUCAS_PANIZZI_250recentes quarks pesados, que podem ter papéis fundamentais nos cenários da nova Física, já que, dependendo de suas origens, esses elementos podem mediar a produção de estados da matéria escura. Neste âmbito, o especialista também descreveu métodos independentes para a reformulação de dados de pesquisas experimentais.

Sediada em Southampton, na Inglaterra, a Southampton University é constituída pelas faculdades de Negócios e Direito; Engenharia e Meio-ambiente; Ciências da Saúde; Humanidades; Medicina; Ciências Naturais e Ambientais; Ciências Físicas e Engenharia; e Ciências Sociais e Humanas.

Assessoria de Comunicação

1 de julho de 2015

V Concurso de Fotografias do IFSC/USP

F-024_200Estão disponíveis até o dia 24 de agosto as inscrições para o V Concurso de Fotos Artísticas do Instituto de Física de São Carlos. A iniciativa, organizada pela Comissão Gespública da Qualidade e Produtividade – CGQP do IFSC/USP, tem como objetivo divulgar o trabalho artístico fotográfico de membros do Instituto, além de alimentar o banco de fotos utilizado na divulgação do IFSC, através de banners, cartazes, folders, impressos, materiais multimídias e páginas na internet.

O concurso é voltado aos docentes, alunos e funcionários do Instituto de Física de São Carlos que possuam número USP. Os interessados em participar poderão concorrer, enviando até três fotos digitais em formato JPG, com resolução maior ou igual a 3072×2304 pixels (7MP), para o e-mail qualisec@ifsc.usp.br, juntamente com o formulário de inscrição com o termo de Declaração de Uso das Imagens (faça o download do formulário no site do programa IFSC com Arte).

As imagens submetidas, que não podem ser F-022_250compostas ou tratadas digitalmente, serão disponibilizadas entre os dias 26 de agosto e 4 de setembro no site do IFSC com Arte, para apreciação e votação aberta pela comunidade USP. Para computar o voto, em até três imagens, será necessário enviar um e-mail para qualisec@ifsc.usp.br, através do endereço eletrônico institucional USP ou IFSC, informando nome completo, número USP, além dos números das imagens escolhidas – cada imagem disponibilizada para votação terá um número específico. Posteriormente, um fotógrafo profissional escolherá a foto vencedora dentre as cinco imagens mais votadas pela comunidade uspiana, classificando as outras quatro fotos em 2º, 3º, 4º e 5º lugar.

O autor da imagem que ficar em 1ª posição receberá um prêmio específico. A foto vencedora e as outras quatro imagens mais votadas serão divulgadas em setembro, na página do IFSC com Arte e neste site. Além disso, estas cinco imagens serão impressas e expostas na Semana de Arte e Cultura na USP no IFSC de 2015.

Confira o regulamento do V Concurso de Fotos Artísticas do Instituto de Física de São Carlos AQUI.

Para obter mais informações, entre em contato com a secretaria do CGQP no IFSC:

Tel: 3373-9759 (Flávia Lisboa) / E-mail: qualisec@ifsc.usp.br

(Imagens: Fotos vencedoras da 4ª edição do concurso)

Assessoria de Comunicação

30 de junho de 2015

Grupo de Óptica do IFSC/USP com múltiplas atividades

Por ocasião da realização da 67ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o sbpc2015-150Progresso da Ciência (SBPC-2015), que ocorrerá na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) entre os dias 12 e 18 do próximo mês de julho e que este ano se subordinará ao tema Luz, Ciência e Ação, o Grupo de Óptica do IFSC/USP promoverá uma série de atividades, não só alusivas ao evento, como também, às comemorações do Ano Internacional da Luz, uma efeméride patrocinada pela UNESCO e apoiada por diversas instituições científicas, principalmente pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), com o intuito de informar e de conscientizar a sociedade para a importância da luz no âmbito da vida e da qualidade de vida do ser humano, bem como o quanto ela se tornou imprescindível, nos dias atuais, como fonte soberana para o desenvolvimento de novas tecnologias e de metodologias que previnem e tratam diversas doenças, como, por exemplo, o câncer e a osteoporose, sendo também elemento preponderante no combate a diversos tipos de infecções e no alívio de dores.

Tendo presente a importância da luz, começando por aquela que nos dá e sustenta a vida – o Sol -, passando pela descoberta de novas fontes de luz artificial que proporcionaram o prolongamento treinamentoprofes-300da expectativa de vida do ser humano, o Grupo de Óptica do IFSC/USP vai apostar muito forte em atrair a sociedade ao seu redor no decurso da SBPC, com a realização de cursos, exposições e demonstrações em diversos em locais da cidade de São Carlos.

Um dos destaques será a realização, entre os dias 13 e 17 de julho, nas salas 302 e 305 do IFSC/USP, em meio período, de um curso de treinamento de professores para o aprimoramento da prática de ciências em sala de aula, cujo público alvo será o conjunto de docentes que atuam no ensino médio de São Carlos e região. Nesta iniciativa, os professores serão treinados para a prática em ciência, por meio de kits educativos de áreas diversas. O mini-curso, com duração de 8 horas, consistirá de atividades práticas a serem realizadas juntamente com os professores, sendo uma oportunidade única para o aperfeiçoamento do ensino prático, utilizando-se modernas metodologias. Esses kits fazem parte do programa Aventuras na Ciência e foram idealizados por um grupo de professores da USP, da Unicamp e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, envolvendo cinco disciplinas: Física, Química, Biologia, Astronomia e Matemática. A função dos citados kits é despertar a curiosidade dos alunos, desenvolvendo o raciocínio científico e despertando o espírito criativo e a melhora do aprendizado, com o objetivo de PLANETRIO-300que o aluno saia do estado de mero receptor do conhecimento, para aquele em que realiza a ação*. As vagas para este curso são limitadas e a entrada é franca.

Outras duas iniciativas que merecem iguais destaques serão, o Planetário Itinerante da USP, que ficará exposto entre os dias 14 a 18 de julho, no Museu de Ciências Prof. Mario Tolentino, em São Carlos, com entrada franca, e ainda a cerimônia de premiação de alunos e professores da Olimpíada Brasileira de Física em Escolas Públicas (OBFEP), uma cerimônia que ocorrerá no dia 17 de julho, pelas 10 horas, no espaço dedicado à Exposição do Ano Internacional da Luz – CEPOF (UFSCar).

Durante a SBPC-2015, o Grupo de Óptica do IFSC/USP promoverá uma Exposição Itinerante de Ciência e Tecnologia, distribuída em três espaços situados na UFSCar – stand maior dedicado unicamente ao CEPOF e duas outras áreas menores inseridas nos espaços da FAPESP e do CNPq -, destinados à exibição das pesquisas desenvolvidas pelo grupo e por colaboradores do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF) em várias regiões do país e do mundo. No stand maior, deficintes-300o destaque será a exposição Ano Internacional da Luz, com atividades relacionadas a apresentação de kits de ensino para alunos do ensino fundamental e médio (kits de óptica, matemática, geologia, biologia, astronomia, termodinâmica, química, etc.), bem como o ensino da óptica a deficientes visuais, por forma a que esses aprendam conceitos de óptica.

Também a História do Ano Internacional da Luz será outro destaque, com a apresentação de experimentos de importantes cientistas que contribuíram para o entendimento da luz, e a exposição Light Beyond the Bulb, com a apresentação de imagens ilustrando qual o impacto da luz na nossa vida cotidiana. Por fim, a exposição Luz na Saúde, que com certeza causará grande impacto no público visitante, já que ela mostrará, ao vivo, o conjunto de equipamentos e protótipos médicos e odontológicos que foram desenvolvidos no Brasil e que já estão ao serviço da sociedade. Estas exposições serão abertas ao público, com entrada franca.

Por último, uma chamada de atenção para o workshop Light: Life & Science, que ilustracao-300ocorrerá no Auditório Bento Prado (UFSCar), entre os dias 14 e 17 de julho, um evento promovido conjuntamente pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Sociedade Brasileira de Física (SBF), com a presença de renomados palestrantes nacionais e internacionais, visando discutir os vários aspectos da luz na nossa vida e na ciência. Inserido nas comemorações do Ano Internacional da Luz, este evento terá como público alvo alunos do ensino médio, graduação e pós-graduação, oriundos de todas as áreas do conhecimento.

O Comitê Local de Organização é constituído pelos Profs. Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC – USP), Sebastião Pratavieira (IFSC – USP), Gustavo Deczka Telles (IFSC – USP) e Nelson Studart Filho (UFSCar) .

*Os interessados deverão se inscrever diretamente com Benê, pelo e-mail eventosoptica@ifsc.usp.br, (tel 3373-9810 ramal 201)

Assessoria de Comunicação

29 de junho de 2015

Momentos de emoção em mais um concerto

Sob a regência do Maestro Prof. Rubens Russomano Ricciardi, a USP – Filarmônica realizou mais um concerto USPLEADno Teatro Municipal de São Carlos, no passado dia 24 de junho, pelas 20 horas, inserido na série Concertos-USP / Prefeitura Municipal de São Carlos. Nesse concerto – que lotou por completo o Teatro Municipal -, dividido em duas partes, a USP – Filarmônica brindou o público, primeiramente com as obras Abertura da Ópera – As Bodas de Fígaro KV 492 (Viena – 1786) e Sinfonia nº4l “Júpiter – I – Allegro vivace / II – Andante cantábile / III – Menuetto – Allegretto / IV – Molto alegro”, ambas de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), naquilo que se pode classificar como uma interpretação de altíssimo nível.

Após o intervalo, foi a vez da apresentação do Concerto para piano e orquestra nº 3 em Dó menor Op. 37 (Viena – 1803): I – Allegro con brio / II – Largo / III – Rondo – Allegro, de Ludwig van Beethoven (1770-1827), com uma suprema interpretação do solista convidado, pianista Prof. Caio Pagano.

USPFILA-1

A sensibilidade na execução, a profunda inspiração demonstrada por Caio Pagano cada vez que exigia das cordas do piano aquilo que elas não estavam habituadas a dar, fez com que, por vezes, o artista transformasse a alternância da sonoridade de seus solos, ora em verdadeiras súplicas musicais, ora em protestos lancinantes bem característicos de USPFILA-2Beethoven, todos eles amparados pelo extraordinário, sóbrio e eficiente acompanhamento da USP – Filarmônica, supremamente dirigida pelo Maestro Rubens Russomano Ricciardi. E isso provocou alguns (vários) momentos em que um clima inebriante de emoção fluísse pelo Teatro Municipal de São Carlos, contagiando um público que se rendeu a um verdadeiro monstro artístico, tendo exigido dele um justo e mais que merecido bis, que foi atendido com simpatia e humildade pelo pianista.

O Prof. Caio Pagano é o tipo de pessoa que é difícil não se gostar dela logo à primeira vista. Simpático no diálogo, aberto no sorriso e com olhar sereno e confiante, quase paterno, Caio Pagano é extraordinariamente organizado, principalmente na sua vida pessoal, preservando os seus horários de descanso, de meditação, de estudo, de diversão, de reflexão, de ensaio… De êxtase.

Caio Pagano iniciou seus estudos em piano com Lina Pires de Campos, na Escola Magda Tagliaferro, entre 1948 e 1958, tendo em 1954 iniciado sua carreira como recitalista e, logo em 1956, assumido a responsabilidade de solista frente à OSB – Rio de Janeiro, sob a regência de Eleazar de Carvalho. Completou seus estudos com Magda Tagliaferro (Paris e Salzburg) em 1958, Moises Makaroff (Buenos Aires) 1961, Sequeira Costa (Lisboa) 1964, Helena Costa (Porto) 1965, Karl Engel (Hannover) 1966-1968, e com Conrad Hansen (Hamburgo) 1968-1970. Em 1984 foi professor no Departamento de Música da ECA – USP. Em 1981, Caio Pagano se transfere para os Estados Unidos a fim de realizar seu doutorado em música, pela Universidade Católica da América, grau que obtém em 1984, no mesmo ano no qual se torna PAGANO-1professor visitante da Universidade Cristã do Texas (1984-1990) e, posteriormente, na Lübeck Hochschule (1990). Em 1996 inicia sua atuação como professor da Universidade do Estado do Arizona, cargo que ocupa até hoje. Dentre os prêmios que recebeu, destaca-se o Prêmio Eldorado de Música. Desde 1990 é um artista Steinway, além de ter sido condecorado com o título de Comendador da Ordem do Ipiranga pelo Governo do Estado de São Paulo (1981).

Mesmo antes do concerto, quando o Prof. Caio Pagano adentrou pelo Teatro Municipal de São Carlos para um curto ensaio, seus olhos de repente repousaram, com súbita alegria, no piano em que iria tocar. Um sorriso se aflorou em seus lábios, enquanto suas sobrancelhas se erguiam lentamente, acompanhando seu visível semblante de satisfação. Porquê???

O reencontro com um velho companheiro

Em 1962, o jovem Caio Pagano conquistava, no Brasil, o Prêmio Nacional Eldorado, fato que trouxe uma imensa publicidade ao pianista, já que, onde quer que ele estivesse, a imprensa estava presente. Pagano estudava num piano modesto que tinha em casa e, nessa época, seu pai, que já tinha uma idade de alguma forma avançada, frequentava com frequência PAGANO-2uma roda de amigos que costumavam se encontrar num bairro típico da cidade de São Paulo. Integrado nesse grupo havia um judeu, oriundo da Europa central, bem posicionado na vida, cuja esposa tocava piano, tendo a certa altura comentado com os restantes amigos que decidira comprar um piano de cauda longa, um Steiner de concerto, para ofertar à esposa.

Seis meses depois a esposa faleceu e o judeu, completamente destroçado pelo desgosto, decidiu desfazer-se do piano, tendo perguntado ao pai do jovem Pagano se queria adquiri-lo. Embora soubesse que seu filho necessitava de um instrumento de qualidade para seus estudos, o pai de Pagano recusou, já que não tinha recursos suficientes para comprar um piano tão valioso. O amigo judeu acabou por convencer o pai do jovem Pagano a comprar o citado piano por uma quantia muito, mas muito inferior ao que o instrumento valia e, com orgulho e uma felicidade imensa, Caio Pagano decidiu colocar sua assinatura no interior do instrumento, marcando-o como seu.

Dois anos após ter adquirido o piano, o jovem Pagano começou a viajar pela Europa, em estudos, e em 1965 decidiu estabelecer- se nesse continente. Necessitando de dinheiro para enviar para o filho, por forma a viabilizar os estudos do jovem, o pai de Pagano decidiu vender o piano, que naquele momento jazia silencioso em sua casa; e o comprador foi… O Teatro de São Carlos, naquela época. Quatro anos depois, o Prof. Caio Pagano, que então residia na Alemanha, viu uma noticia na TV relacionada com um acidente que tinha acontecido no Brasil, num teatro, onde o palco tinha cedido e literalmente engolido um coro inteiro, junto com um piano. Anos mais tarde, em visita ao Brasil, soube que esse acidente tinha acontecido exatamente no Teatro de São Carlos e que o piano que tinha sido seriamente danificado, era de fato o dele. Cinquenta anos depois, o Prof. Caio Pagano vem ao Teatro Municipal de São Carlos para um concerto com a USP – Filarmônica, marcado para o dia 24 de junho de 2015 e, para sua PAGANO-3surpresa, ao subir no palco, reencontrou seu velho amigo piano, perfeitamente restaurado, pronto a proporcionar-lhe mais uma noite de sucesso.

Com alguma emoção, o Prof. Caio Pagano comentou que momentos antes do concerto, ao fazer um pequeno ensaio, passou por sua cabeça, de forma vertiginosa, o filme quase inteiro de sua vida profissional: cada tecla que ele pressionava, cada som que o piano produzia era como se fosse um frame na sua memória – lembrou-se de sua casa, de seu pai, de seus amigos, dos momentos inesquecíveis vividos a tocar aquele piano. Foi quase como uma inspiração para sua atuação no Teatro Municipal de São Carlos, obviamente coberta de sucesso.

No dia seguinte ao concerto, o Prof. Pagano não resistiu e decidiu voltar ao Teatro Municipal de São Carlos para tentar encontrar sua velha assinatura, mas ela estava escondida algures sob o novo material que tinha sido colocado quando do restauro do piano. Para a posteridade, o Prof. Caio Pagano voltou a assinar seu nome no velho amigo, desta vez com uma dedicatória.

O Prof. Caio Pagano prometeu voltar a São Carlos em breve.

PAGANO-4

Tal como aconteceu nas anteriores edições, este concerto inserido na iniciativa Concertos USP / Prefeitura Municipal de São Carlos contou com os apoios do Reitor da Universidade de São Paulo, Prof. Marco Antonio Zago, Vice – Reitor, Prof. Vahan Agopyan, Pró-Reitor de Graduação, Prof. Antonio Carlos Hernandes, Pró-Reitora de Pós-Graduação, Profª. Bernadette Dora de Melo Franco, Pró-Reitora de Cultura e Extensão, Profa. Maria Arminda do Nascimento Arruda, do Pró-Reitor de Pesquisa, Prof. José Eduardo Krieger, que esteve representado neste concerto pelo Prof. Hamilton varela (IQSC/USP), do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos, através do seu presidente, Prof. João Marcos de Almeida Lopes, Presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária, do Instituto de Física de São Carlos, Prof. Valtencir Zucolotto, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP), através do seu Diretor, Prof. Fernando Luís Medina Mantelatto, e, finalmente, do Diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Tito José Bonagamba, que em conjunto com o Coordenador de Artes e Cultura da Prefeitura Municipal de São Carlos, Roberto Mori Roda, continuam a assumir a responsabilidade pela concretização deste projeto.

Julho é mês de férias, por isso a iniciativa Concertos-USP / Prefeitura Municipal de São Carlos só regressará no próximo mês de agosto, com novo concerto marcado para o dia 26 e cuja programação será divulgada em breve.

Assessoria de Comunicação

26 de junho de 2015

5ª Escola de Bioanalítica

Nos dias 8, 9 e 10 de novembro de 2015, ocorrerá a 5ª edição da Escola de Bioanalítica, evento satélite já confirmado no 19º Encontro Regional de Química, que será realizado em Ribeirão Preto (SP).

Na última edição da Escola de Bioanalítica, promovida pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioanalítica (INCT-Bio), decidiu-se realizar a próxima Escola em Ribeirão Preto.

Na mesma direção, foi mencionado no workshop das regionais, realizado na 38ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (RASBQ), que as regionais de Campinas e São Paulo não estavam realizando encontros Regionais.

Dessa forma, foi proposta uma ação simbiótica incluindo a realização da V Escola de Bioanalítica e do 1º Encontro Paulista de Química com o objetivo de agregar participantes da Região de Campinas, São Paulo e Grande São Paulo.

Mais informações a respeito da Escola Bioanalítica serão apresentadas posteriormente.

Assessoria de Comunicação

26 de junho de 2015

Lançada a edição Nº 19

Já se encontra disponível a edição Nº 19 da Revista CPC, publicação eletrônica do Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo.

De caráter acadêmico e científico, a revista busca promover a discussão e reflexão de questões afeitas ao patrimônio cultural em seus múltiplos aspectos, publicando trabalhos inéditos na forma de artigos, resenhas e depoimentos sobre patrimônio material e imaterial, coleções e acervos, conservação e restauração.

Para acessar o conteúdo integral dos artigos, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

26 de junho de 2015

Pulsos de femtossegundos e processos ópticos não lineares

Realizou-se no dia 26 de junho outra edição do Colloquium diei, onde o Prof. Dr. Cleber Renato Mendonça, do Grupo de Fotônica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), apresentou a palestra Pulsos de femtossegundos e processos ópticos não lineares, um evento que decorreu no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do IFSC/USP.

Ao longo da história da óptica e até recentemente, acreditava-se que todo meio óptico fosse linear, ou seja, que os processos ópticos pudessem ser descritos por uma polarização induzida proporcional à amplitude do campo elétrico da luz. Contudo, a partir do desenvolvimento do laser foi possível estudar a interação da luz com a matéria no regime de altas intensidades, permitindo observar que meios ópticos respondem de maneira não linear com a amplitude do campo incidente.

Sendo assim, a óptica não linear estuda fenômenos que ocorrem como consequência da modificação das propriedades ópticas de um sistema material pela presença de luz intensa, tipicamente obtida com lasers de pulsos ultracurtos. A partir de então, vários efeitos não lineares foram descobertos, o que permitiu aprofundar o conhecimento a respeito da interação da luz com a matéria, bem como uma revolução tecnológica em óptica com implicações em diversas áreas.

CLEBER_MENDONA_350Em sua palestra, Mendonça apresentou alguns aspectos da interação não linear da luz com a matéria, incluindo problemas, como as mudanças induzidas pela luz nas propriedades ópticas de um meio, com ênfase para o fenômeno de absorção multi-fotônica, tendo discutido como esse processo contribui para estudos de espectroscopia óptica em sistemas moleculares, com consequências no desenvolvimento de materiais, visando às aplicações em dispositivos fotônicos. Por último, ele mostrou como as características peculiares do processo de absorção multi-fotônica podem ser exploradas para aplicações em diversas áreas do conhecimento.

Cleber Mendonça obteve sua graduação, seu mestrado e doutorado em física pela USP, tendo realizado pós-doutorado no College of Optics and Photonics – CREOL (USA) e na Harvard University (USA). Ele tem experiência na área de óptica, com ênfase em processos não lineares e pulsos ultracurtos, atuando principalmente no estudo de não linearidades ópticas em materiais e microfabricação com pulsos de femtossegundos.

Assessoria de Comunicação

26 de junho de 2015

USP discute divulgação científica

Ocorrerá nos próximos dias 10 e 11 de julho, no Parque CienTec, da USP, em São Paulo, o I Seminário Internacional de Políticas Universitárias de Difusão Científica e Educação em Ciências – Ciência à Vista, um evento realizado pela Pró-Reitoria de Cultura e proreitoria_cultura_e_extensaoExtensão da Universidade de São Paulo e que terá como foco os museus de ciência e a difusão da ciência, reunindo, em seu redor, os principais nomes ligados à difusão científica do Brasil e do exterior, que trocarão experiências e apresentarão resultados em suas áreas de atuação.

A abertura do evento contará com palestras retratando alguns destaques museológicos mundiais vindos da Espanha, Inglaterra e Irlanda, seguindo-se mesas de debate com temáticas específicas nas áreas de arquitetura de museus de ciências, mediação com o público e financiamento e gestão.

Para o coordenador do evento, o Pró-Reitor Adjunto de Cultura da USP, João Marcos de Almeida Lopes, trata-se de uma oportunidade rara para conhecer experiências variadas de uma forma mais próxima, colocando os participantes em contato direto com os palestrantes, por forma a facilitar um debate para a formulação de novas propostas, passíveis de serem aproveitadas por todos.

A programação completa deste seminário está organizada da seguinte forma:

Dia 10/07

08h30 – Recepção;

09h30 – Abertura;

10h00 – Ciência à Vista! – I Seminário Internacional de Políticas Universitárias de Difusão Científica;

10h15 – Vocações e “provocações”: propostas museológicas e museográficas;

10h30 – Sarah Durcan, Science Gallery – Irlanda;

11h15 – Jo Quinton-Tulloch, National Media Museum – Inglaterra;

12h00 – Jorge Wagensberg, Cosmocaixa – Espanha;

12h40 – Debate e questões;

13h00 – Almoço;

14h30 – Ciência no espaço: propostas de arquitetura para museus de ciências (mediação);

14h45 – Ricardo Pisanelli, Museu Catavento;

15h30 – Leandro Medrano, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP;

16h15 – Daniela V. Coelho, Base 7;

17h00 – Marcelo Ferraz, Brasil Arquitetura;

17h40 – Debate e questões contemporâneas (mediação Hussam El Dine Zaher – Museu de Zoologia da USP) João Marcos de Almeida Lopes – Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP/São Carlos e Estação Ciência da USP);

Dia 11/07

08h30 – Recepção;

09h30 – A mediação e o protagonismo do público (mediação Alessandra Bizerra – Parque;

9h45 – Martha Marandino, Faculdade de Educação da USP;

10h25 – Stelio Marras, Instituto de Estudos Brasileiros da USP;

11h05 – Yurij Castelfranchi, Universidade Federal de Minas Gerais;

11h45 – Debate e questões;

12h05 – Almoço;

13h30 – Novas estratégias para um velho problema: financiamento e gestão de museus ciências (mediação Fabio Dias – Parque CienTec da USP);

13h45 – Douglas Falcão, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação;

14h25 – Francisco Vidal Luna, Museu do Futebol e Museu da Língua Portuguesa;

15h05 – Diego Bevilaqua, Museu da Vida – FIOCRUZ;

15h45 – Diógenes de Almeida Campos, Academia Brasileira de Ciências;

16h25 – Debate e questões;

16h45 – Resultado das Sessões CienTec da USP) Discussão sobre as Políticas Universitárias de Difusão Científica / Questões / Considerações Finais;

18h00 – Encerramento;

A participação no evento é gratuita para todos os interessados, estando condicionada a 75 vagas. Será oferecido almoço aos participantes inscritos e disponibilizada tradução simultânea.

Para obter mais informações ou fazer sua inscrição, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

25 de junho de 2015

Há futuro para a Ciência brasileira?

A ciência brasileira adentrou o século XXI submetida a múltiplos desafios, externos e internos, clamando por mudanças, outras posturas e ideais, mas, apesar disso, tudo crianca200indica que essa demanda parece não ter sido assimilada por alguns dos atores mais proeminentes da área. Esta será talvez a melhor introdução que podemos dar à palestra carregada de clarividência e objetividade, proferida pelo Prof. Glaucius Oliva, no passado dia 12 de junho, em mais uma iniciativa promovida e realizada habitualmente pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), denominada Colloquium diei, cujo tema foi Há futuro para a Ciência brasileira?

Em sua apresentação, o docente – ex-presidente do CNPq (2010-2015) e ex-diretor do IFSC/USP (2006-2010) – explicou que o custo benefício da pesquisa científica tem crescido exponencialmente e os recursos disponíveis têm sido cada vez mais escassos, enquanto a classe política e as empresas, que são os responsáveis pelo financiamento público e privado da ciência, clamam por um radical engajamento em inovação e número de patentes, mantendo, com isso uma visão enviesada de que a ciência brasileira está interessada somente em papers, ao invés de focarem nas reais demandas do Brasil. Essa foi uma das principais críticas que ouvia em Brasília, quando atuei como diretor e presidente do CNPq*. Isso é muito grave, porque é nesse universo que se decide o orçamento de pesquisa em nosso país, pontuou Glaucius Oliva.

A importação de equipamentos foi outro assunto destacado pelo docente, em sua palestra, não sendo segredo para ninguém que grande parte dos equipamentos utilizados nos laboratórios de pesquisa brasileiros é importada, principalmente da Alemanha e China,o que, para o docente do IFSC/USP, é Pblico-350sinônimo de que o Brasil gasta mais do que vende, processo que dificulta todo o processo de inovação nacional. Outro problema abordado por Glaucius Oliva esteve diretamente ligado ao depósito de patentes, já que para o pesquisador cobra-se das universidades um grande número de depósito de patentes, cabendo, por outro lado, lançar a pergunta se é missão da universidade depositá-las? Para Oliva O Brasil tem dificuldade em reconhecer a qualidade das pesquisas, atentando apenas à quantidade de trabalhos publicados e isso é um problema universal.

Outra crítica profunda do cientista, é o fato da sociedade em geral desconhecer, quase por completo, qual o impacto que a ciência tem em seu bem-estar cotidiano, não a valorizando e nem entendendo-a como solução para os grandes problemas nacionais: Um exemplo disso foi a completa ausência do tema na discussão da política eleitoral recente, desabafou o pesquisador. Além disso, Glaucius Oliva afirmou que diversos cientistas não dão a devida atenção à necessidade de divulgar a ciência que fazem em seus laboratórios, o que tem motivado que a área tenha ficado sitiada pela sociedade e, consequentemente, a falta de interesse das pessoas pelo universo científico.

Contudo, nem tudo é tão mau assim, já que Glaucius Oliva enalteceu a existência de instituições e de profissionais que unem esforços para levar a ciência até a sociedade, como é o caso do IFSC/USP, que investe na difusão científica através de palestras, dos CEPID’s**, de eventos voltados aos alunos de ensino fundamental e médio, bem como ao público em geral, entre tantas outras iniciativas que também incluem o Centro de Divulgação Científica e Cultural – CDCC, disse ele.

O cenário interno da ciência apresenta-se igualmente complexo, com instituições engessadas por uma gestão pública ineficiente, sitiadas por pressões corporativas e que não valorizam devidamente a qualidade na pesquisa e o mérito acadêmico na progressão da carreira dos cientistas. Neste âmbito, Glaucius Oliva sublinhou a necessidade de ter que se formar profissionais de qualidade, para que seja possível investir, sobretudo, em Produção & Desenvolvimento (P&D).

Já no campo dedicado às avaliações de projetos, propostas pelas agências de financiamento à pesquisa, Oliva afirmou que os comitês de pares insistem em apenas contabilizar a quantidade de publicações e resistem em considerar, entre seus critérios, os diferentes impactos da pesquisa, nomeadamente nos campos científico, econômico, social, educacional e/ou cultural. Ainda de acordo com ele, o ensino de graduação e, crescentemente, o ensino de pós-graduação, seguem modelos antiquados que não priorizam a criatividade, que não abrem portas para a iniciativa própria e para o empreendedorismo. Inovação é questão de atitude e é preciso ter gente de qualidade para empreender, sublinhou o orador. Como bons exemplos de empresas brasileiras que souberam inovar, Glaucius Glaucius_Oliva_1-350Oliva citou a Petrobras, que através do profundo conhecimento de profissionais brasileiros pôde avançar na exploração de petróleo; a Embrapa, que de forma notável evoluiu para que o Brasil se tornasse líder mundial em P&D na área de agropecuária tropical, produzindo açúcar, suco de laranja, soja, carne bovina e milho, entre outros produtos alimentícios; e a Embraer, que antes de se autointitular empresa, fundou uma escola para formar bons profissionais que cooperaram na criação e no crescimento da companhia.

Afinal, há futuro para a Ciência brasileira?

O Brasil tem tudo para que a nossa ciência dê certo, afirmou Oliva, tendo acrescentado a necessidade de conquistar recursos para desenvolver novas pesquisas e de adotar ferramentas para que a comunidade científica se comunique mais com o setor político, empresarial, bem como com a sociedade.

O impacto e a relevância da produção científica também foram destacados como alguns dos obstáculos que prejudicam o avanço científico e tecnológico. Aliás, o palestrante enalteceu a importância da relação entre os universos acadêmicos e industriais, tendo em vista que a ciência básica e a inovação são duas faces da mesma moeda.

Glaucius Oliva destacou, ainda, outros tópicos importantes que podem fortalecer o avanço da ciência brasileira, tais como a necessidade de investir em internacionalização, inovar em patentes, aproveitar ainda mais os investimentos em infraestruturas para pesquisas, apoiar os jovens pesquisadores, atrair novos talentos, estimular o investimento e inovação nas empresas e investir na educação básica, sendo este último aspecto um fator indispensável para que o crescimento e avanço da ciência sejam contínuos.

Glaucius Oliva é coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos – CIBFar/CEPID (IFSC/USP), é Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e da The World Academy of Sciences for the Advancement of Science in Developing Countries (TWAS), Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico e Fundador e Membro do Governing Board – Global Research Council (GRC).

Esta palestra foi transmitida, ao vivo, pela IPTV e caso deseje revê-la, clique AQUI.

*Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico;

**Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão.

Assessoria de Comunicação

25 de junho de 2015

USP aprova ENEM como nova forma de ingresso

O Conselho Universitário aprovou, em sessão realizada no dia 23 de junho, a adesão da USP ao Sistema de Seleção Unificada USP_LOGO_MODERNO(Sisu) como nova forma de ingresso a seus cursos de graduação. Do total de 11.057 vagas oferecidas no próximo concurso Vestibular, neste ano, 1.499 serão destinadas ao Sisu e 9.558 vagas continuarão a ser selecionadas pela Fuvest. O Sisu é o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A participação da USP no Sisu será em caráter experimental. Das 1.499 vagas destinadas ao Sisu, 423 vagas são na área de ciências exatas e tecnologia, 348 na área de ciências biológicas e 728 em humanidades.

As discussões sobre as novas formas de ingresso nos cursos de graduação da USP tiveram início em junho do ano passado e envolveram as 42 unidades de ensino e pesquisa da Universidade. Trata-se de uma das metas estabelecidas pela gestão do Reitor, Marco Antônio Zago, quanto ao aperfeiçoamento das políticas de inclusão social da Instituição: Essa foi uma decisão histórica para a Universidade, pois representa uma grande oportunidade para estudantes do Brasil inteiro ingressarem na USP e principalmente aqueles que são oriundos de escolas públicas, destacou o reitor, logo após o término da reunião.

Dentre as modalidades de vagas adotadas pelo Sisu, as unidades poderiam optar por três: ampla concorrência; vagas disponibilizadas para candidatos que, independentemente de renda, tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas; e vagas disponibilizadas para candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas que, independentemente da renda, tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.

Das 42 unidades de ensino e pesquisa da USP, sete não disponibilizaram vagas para o Sisu. Além dessas, a Escola de Comunicações e Artes (ECA), a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e o Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos (IAU) não aderiram ao sistema, pois a seleção dos novos alunos dessas Unidades conta também com provas de habilidades específicas.

Os bônus do Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp) continuarão a ser oferecidos a alunos oriundos de escolas públicas que se inscreverem na Fuvest. Os bônus do Inclusp podem chegar a até 20%, variando de acordo com o grupo em que o candidato se inserir, que incidem sobre a nota da primeira fase e a nota final do Vestibular.

A Pró-Reitoria de Graduação definirá a forma de compatibilização dos resultados de candidatos aprovados nos dois processos – Sisu e Fuvest – privilegiando, sempre que possível, o resultado do Vestibular.

Clique AQUI e acesse a tabela completa dos cursos e vagas.

Errata: Na tabela de vagas e cursos, no curso de Ciências Exatas (Licenciatura – São Carlos / IFSC/IQSC/ICMC), o número correto de vagas do Sisu é 15. No curso Matemática Licenciatura, do IME, as vagas são destinadas para escolas públicas (EP) e não AC, como consta.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação

24 de junho de 2015

Pesquisa do IFSC/USP repercute no país

Devido à reportagem exibida no dia 20 de junho no programa Como Será?, na TV Globo, dedicada ao trabalho de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que desenvolveram um aparelho para o tratamento de doenças através da luz, centenas de pessoas de todo o país têm contatado o nosso Instituto com o intuito de saber mais pormenores sobre essa pesquisa.

Desta forma, informamos aos interessados o contato direto de uma das pesquisadoras responsáveis por esse trabalho e que se encontra apta a fornecer todas as particularidades relativas às pesquisas.

Drª Fernanda Paolillo – Telefone: 016 3373-9810 (Ramal: 218).

Assessoria de Comunicação

24 de junho de 2015

Governo de São Paulo lança “Movimento pela Inovação”

Foi lançado no dia 22 de junho, por iniciativa do Governo de São Paulo, através da Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista, o denominado Movimento pela Inovação, cujo objetivo é aproximar as instituições de fomento ,pesquisadores, startups e empresas, por forma a impulsionar os investimentos em inovação no Estado.

A iniciativa conta com o apoio da FAPESP, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do Centro Paula Souza, do Sebrae-SP, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e também de fundos de investimento e parques tecnológicos.

O Movimento reunirá periodicamente as instituições apoiadoras e organismos multilaterais do campo da inovação e da pesquisa, para orientar e atender individualmente – dentro de incubadoras, universidades e parques tecnológicos – os interessados em desenvolver projetos inovadores.

Nesses encontros, a expectativa é apoiar empreendedores na definição de ação, com orientação sobre como obter crédito sustentável para investimentos, indicação para uma eventual subvenção ou buscar aportes diretos por meio de fundos de investimento, entre outras opções disponíveis. Encurtar a distância entre os centros de pesquisa, empresas e instituições de fomento, transformar o conhecimento científico produzido em produtos e negócios de sucesso, gerando riqueza para a sociedade e o desenvolvimento do país, são, sumariamente, os grandes focos da iniciativa.

A Desenvolve SP é responsável por oferecer linhas de crédito exclusivas para projetos inovadores com condições especiais e também por repassar recursos da Finep e do BNDES. A instituição trabalha também com cinco Fundos de Investimentos em Participações (FIP) para investimento direto, entre eles, o Fundo de Inovação Paulista, criado pela própria Desenvolve SP, e que tem o Sebrae-SP, a FAPESP e a Finep como investidores.

Os primeiros eventos do Movimento pela Inovação ocorrerá nos dias 29 de junho e 3 de julho, no Parque Tecnológico de São Carlos (ParqTec), quando a equipe da Desenvolve SP realizará atendimento individual aos empresários, para tirar dúvidas e dar encaminhamento a projetos de inovação.

Para obter mais informações sobre esta iniciativa, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

24 de junho de 2015

Pesquisadora discute o glicerol e as superfícies de platina

POLINA_TERESCHCUCK_250Em mais uma iniciativa do Journal Club que decorreu no último dia 24 de junho, na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Dra. Polina Tereshchuk, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), ministrou o seminário Glycerol Adsorption on Platinum Surfaces: A Density Function Theory Investigation.

Em sua apresentação, a pesquisadora discutiu a interação entre o glicerol e as superfícies de platina, tendo em vista que, embora alguns estudos experimentais não tenham permitido boa compreensão sobre essa interação, diversos trabalhos têm apontado o glicerol como excelente candidato para a produção de hidrogênio.

Tereshchuck obteve seu mestrado pelo Department of Nuclear Physics, da The National University of Uzbekistan (Uzbequistão), além de ter realizado o seu doutorado no Institute of Nuclear Physics of Uzbekistan (Uzbequistão). Hoje, ela atua no Instituto de Química de São Carlos, onde realiza pesquisas envolvendo estrutura e adsorção molecular em superfícies de metal de transição e clusters. Confira o currículo completo da pesquisadora, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação

24 de junho de 2015

Pesquisadores aprimoram diagnóstico precoce

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) obtiveram resultados significativos para o aprimoramento do diagnóstico precoce do câncer de mama, patologia responsável por 12% de todos os casos de câncer no mundo, segundo a International Agency for Research on Cancer – IARC. O tumor maligno surge quando células da mama se dividem desordenadamente. Esse trabalho foi realizado em parceria com especialistas do Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e do Instituto de Química, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

diag-prec-cancer-de-mama_250O artigo referente a esse estudo, publicado recentemente na ACS Applied Materials & Interfaces, descreve o design de biossensores produzidos com filmes nanoestruturados. Esses filmes contêm anticorpos que interagem especificamente com marcadores de câncer, que são moléculas extraídas de algum fluído do paciente, tal como do sangue, suor, da saliva, etc. A interação entre os anticorpos e marcadores provoca alteração nas propriedades dos filmes, permitindo a detecção, ou seja, o diagnóstico que o paciente tem a doença.

No artigo, foram testados diferentes tipos de arquiteturas para os filmes, na busca de condições otimizadas para que o biossensor tenha alta sensibilidade e seletividade. Pois um desafio importante a ser vencido é detectar pequenas quantidades de marcador específico para o câncer de mama, para fazer o diagnóstico precoce, e que outros tipos de moléculas ou marcadores não sejam detectados. Isto é, com um biossensor seletivo evitam-se falsos positivos, que são casos em que um paciente recebe diagnóstico de ter uma doença, quando na verdade não tem.

De acordo com o Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Jr. (IFSC/USP), que participa do referido trabalho, os resultados publicados demonstram alta sensibilidade para o diagnóstico precoce, sem falsos positivos. Estudamos duas arquiteturas de filmes nanoestruturados, e a detecção do biomarcador de câncer de mama foi realizada com técnicas de processamento de dados que permitem diagnóstico precoce, com alta sensibilidade e seletividade, explica ele.

Além do diagnóstico do câncer de mama…

O trabalho que deu origem ao artigo vem sendo estendido em parcerias entre as já citadas instituições, a Universidade Federal de São Carlos, Campus de Sorocaba, e o Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Minas Gerais. O objetivo é estudar em detalhe a interação entre as biomoléculas nos filmes dos biossensores, responsáveis pela detecção, e os marcadores a serem detectados. Isso vem sendo feito com modelagem teórica e medidas com um microscópio de força atômica, o que leva ao design de novos nanobiossensores. Um artigo sobre estes nanobiossensores pode ser acessado AQUI.

Além de desenvolver CHU15_350dispositivos para diagnosticar novas doenças, principalmente de forma precoce, o objetivo deste estudo é entender como esses dispositivos funcionam, para que possamos aprimorar os diagnósticos. Por exemplo, queremos detectar um marcador de câncer e identificar quais interações são responsáveis pela detecção, diz Novais.

No nanobiossensor, uma ponta extremamente fina do microscópio é recoberta com uma biomolécula, que pode ser um anticorpo, um antígeno ou uma enzima. Mede-se então a força entre a biomolécula sobre a ponta e outra molécula que se quer detectar, aproximando-se a ponta numa célula líquida que contém a amostra do paciente. Caso a interação seja forte, haverá grande atração entre as moléculas. Com essas medidas, podemos obter informações sobre as interações, permitindo o design de novos sensores, diz ele, complementando que, através dessa técnica, é possível detectar uma quantidade muito pequena de substâncias, garantindo extrema sensibilidade e seletividade no diagnóstico.

Agora, segundo Novais, os pesquisadores estão trabalhando no aprimoramento do diagnóstico de outros tipos de câncer, com amostras reais, já que nas pesquisas com câncer de mama os especialistas atuaram com um marcador inserido em uma solução, ao invés de utilizarem uma célula cancerosa. Assim como no trabalho sobre câncer de mama, esses outros estudos recentes também trouxeram resultados positivos.

Uma meta de mais longo prazo é diminuir o tamanho dos dispositivos, até que se tornem portáteis. O intuito final é obter dispositivos baratos que permitam o diagnóstico precoce de diferentes doenças, e que possam ser operados pelo próprio paciente ou pessoas não especializadas.

Assessoria de Comunicação

23 de junho de 2015

Docente do IFSC/USP é eleito Membro Afiliado

O Prof. Dr. Rafael Victório Guido, pesquisador pertencente ao Grupo de RAFAEL_GUIDO_-_2015-250Cristalografia de nosso Instituto, foi eleito Membro Afiliado da TWAS – The World Academy of Sciences for the Advancement of Science in Developing Countries – Regional Office of Latin America, uma importante distinção que reflete o reconhecimento de todo o seu trabalho ao longo dos anos.

Através de um processo bastante competitivo, o conjunto de eleitos ficou constituído da seguinte forma:

Andres Eduardo Chave Navarrete – Neurosciences – Chile;

Flavia Ribeiro Gomes – Medical and Health Sciences – Brazil;

Marcelo Farina – Medical and Health Sciences – Brazil;

Rafael V C Guido – Structural, Cell and Molecular Biology – Brazil;

Roberto Galvan Madrid – Astronomy and Space Sciences – Mexico;

Assessoria de Comunicação

23 de junho de 2015

Docente do IFSC/USP lança livro sobre Mecânica Clássica

 

MCLIVRO-150Mecânica Clássica – Uma abordagem para licenciatura é o título do livro lançado no passado mês de maio, da autoria do Prof. Dr. José Alberto Giacometti, docente do Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross”, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Editado pela Livraria da Física, o lançamento da publicação aconteceu durante a realização do XXXVIII Encontro Nacional de Física da Matéria Condensada, evento organizado recentemente pela Sociedade Brasileira de Física – SBF, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

O conteúdo do livro é baseado no material capa-250didático utilizado por Giacometti na disciplina de Mecânica Clássica, que foi ministrada aos alunos do terceiro ano do curso de licenciatura em Física, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (UNESP – Campus de Presidente Prudente). Após alguns anos ministrando aulas na UNESP, José Giacometti voltou a integrar o corpo docente de nosso Instituto.

Além da cinemática, o livro aborda a dinâmica e o sistema de partículas e os referenciais acelerados, abrangendo a mecânica clássica Newtoniana, de maneira mais detalhada e com uma linguagem constituída por reduzidos recursos matemáticos avançados. Aliás, esse material didático, segundo o docente, também pode ser consultado por alunos de outros cursos, incluindo o de bacharelado em física.

Elaborar um livro não é tarefa fácil… dá muito trabalho. Então, agradeço muito ao falecido Prof. Guilherme Fontes (IFSC/USP), que cooperou comigo na revisão final do livro, tendo contribuído também com algumas sugestões, disse o docente, que foi pioneiro na criação do Grupo de Polímeros do IFSC/USP, ao lado dos Profs. Guilherme Fontes e Roberto Mendonça Faria.

JOS_GIACOMETTI_300O livro Mecânica Clássica – Uma abordagem para licenciatura pode ser adquirido através do site da editora Livraria da Física.

O Prof. Dr. José Alberto Giacometti obteve sua graduação em Bacharel em Física pela USP, mestrado e doutorado em Física Aplicada, também pela Universidade de São Paulo, e livre-docência pelo IFSC/USP. Com experiência na área de física, o docente do IFSC/USP atua com ênfase em Materiais Dielétricos e Propriedades Dielétricas, com foco em eletrônica orgânica, polímeros para óptica não-linear, polarização elétrica, polianilina, filmes de langmuir-blodgett e polímeros ferroelétricos.

Para entrar em contato com o autor, envie um e-mail para giacometti@ifsc.usp.br.

(Capa do livro: Arquivo pessoal)

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