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17 de julho de 2015

Nova ação de divulgação científica

Há pouco mais de um ano, o docente e atual diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Tito José Bonagamba, decidiu incluir mais uma ação de divulgação científica no Instituto, com o objetivo de aproximar a sociedade do mundo científico, e lançou o projeto Aproximação IFSC/ comunidade pré-universitária, que, atualmente, é coordenado pelo docente do IFSC, João Renato Carvalho Muniz, e pelo educador do IFSC, Herbert Alexandre João.

O projeto envolve diversos docentes do Instituto com um objetivo em comum: universitario350desmistificar a carreira de um físico através de palestras e apresentações interativas, dinâmicas e em linguagem acessível, tendo como alvo pré-vestibulandos de escolas públicas e privadas do ensino médio e quaisquer outros com interesse em ingressar no ensino superior. “Conversamos com alguns membros da Diretoria de Ensino de São Carlos e região e, já no segundo semestre de 2015, iremos às escolas públicas, pelo menos uma vez ao mês, para ministrar palestras”, explica João Renato.

A escolha das escolas a serem visitadas não será aleatória: serão priorizadas aquelas nas quais estão presentes alunos que já demonstram interesse em seguir carreiras nas áreas de exatas, especialmente na física. “Num certo momento do projeto, realizaremos uma edição especial do programa ‘Universitário por Um Dia’ [1Dia] somente para esses alunos e seus pais, para que eles venham até o Instituto. Nessa edição especial, nossos docentes farão palestras com temas atuais na área de física e com as grandes pesquisas realizadas em nosso Instituto”, adianta João Renato

Uma das ações já colocada em prática é a palestra A física no IFSC e o mercado de trabalho, ministrada pelo próprio João Renato, até o momento em quatro diferentes oportunidades, sendo que em todas as ocasiões, o número de participantes foi bastante significativo. Na palestra, além da apresentação de um breve histórico da USP, são apresentados os cursos de graduação oferecidos no IFSC, os laboratórios de pesquisa do Instituto, as empresas que já possuem ex-alunos do Instituto em seus quadros, oportunidades de trabalho para um físico, a cidade de São Carlos e, finalmente, os benefícios oferecidos aos estudantes da USP (bolsas de estudos, alimentação, moradia etc.). “Este último item é um dos que mais gosto de falar. Mostrar que mesmo aqueles que têm condição financeira limitada podem estudar aqui é algo muito importante, já que muitos não têm conhecimento sobre isso. Em relação à nossa localização, durante a palestra, enfatizo os diversos aspectos positivos de São Carlos e as vantagens de se estudar no interior”, conta.

Pode parecer renato350difícil acreditar que uma palestra que tenha a física como tema principal faça tanto sucesso, levando-se em conta que a relação de candidatos por vaga em cursos de física seja baixa. Mas, de acordo com João Renato, esse quadro deve mudar- e o sucesso de suas palestras é uma prova disso. Ele destaca que, antes de levantar bons números de estudantes para os cursos de física, tem-se a vontade de atrair bons alunos. “Mais do que atrair alunos para prestar cursos de física no vestibular, a ideia atrair pessoas realmente interessadas em fazer física. Se tivermos bons alunos de graduação no IFSC, também teremos bons alunos em nossa pós-graduação e, por sua vez, bons pesquisadores que, num futuro mais distante, poderão se tornar nossos colegas de trabalho. O aumento da procura pelos nossos cursos pode ser uma consequência disso, mas não é nossa maior preocupação nesse momento”, afirma.

Há, ainda, muitos planos e ações a serem colocadas em prática no projeto Aproximação IFSC/ comunidade pré-universitária. Como o próprio João Renato faz questão de mencionar em suas palestras, este é um momento de se ter um contato direto com a sociedade e, mais do que isso, trazer respostas a ela. O retorno positivo das palestras é um dos sinais de que uma dessas respostas é satisfatória e, certamente, deverá gerar muitos efeitos positivos- em curto, médio e longo prazo.

Assessoria de Comunicação

17 de julho de 2015

Curso online de inglês – AUCANI Idiomas

Informamos que se encontram abertas, apenas até ao final do dia de amanhã – 17 de julho -, as inscrições exclusivas para servidores técnico-administrativos da Universidade de São Paulo para o Curso Online de Inglês – AUCANI Idiomas.

Para solicitar mais informações sobre este curso, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

16 de julho de 2015

Quantum Information Science with Trapped Ca+ Ions

Na tarde do dia 16 de julho, o Prof. Dr. Rainer Blatt, do Institute for Experimental Physics (University of Innsbruck – Áustria), ministrou a palestra Quantum Information Science with Trapped Ca+ Ions, que foi inserida no âmbito da iniciativa do Café com Física – Edição Especial.

Nesse seminário, Blatt falou sobre as aplicações do computador quântico Innsbruck, que podem ser utilizadas na codificação de qubit – em estados emaranhados -, no procedimento de simulação de base, mecanismo de dissipação cuidadosamente controlado, bem como nas simulações quânticas em sistemas abertos.

RAINER_BLATT_350Em 1979, Rainer Blatt graduou-se em física pela University of Mainz (Alemanha). Em 1981, finalizou seu doutorado e tornou-se pesquisador assistente no grupo do Prof. Dr. Günter Werth, professor emérito da citada universidade. Após ter atuado em algumas outras instituições e ao lado de outros cientistas, incluindo o físico John L. Hall, vencedor do Prêmio Nobel de Física em 2005, Blatt foi professor da University of Göttingen (Alemanha). Desde 2003, Rainer Blatt é Diretor Científico do Institute for Quantum Optics and Quantum Information, da Austrian Academy of Sciences. Além disso, atua como docente na University of Innsbruck.

Para conferir o currículo completo do palestrante, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

16 de julho de 2015

Aulas e palestras mobilizam alunos

Durante os dias 13 e 14 de julho, os participantes da Escola de Física Contemporânea – EFC 2015 iniciaram as suas atividades, assistindo a aulas teóricas e práticas, além de participarem em palestras ministradas por docentes do Instituto de Física de São Carlos. Logo no período da manhã do dia 13, o Prof. Dr. Leonardo Maia, do MAIA3002Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do IFSC/USP, ministrou uma aula teórica que abordou Física Estatística, o que não é tarefa fácil dissertar sobre o assunto com jovens sem uma formação matemática de nível superior. Maia falou sobre fontes de variabilidade no mundo físico, onde existem comportamentos imprevisíveis que podem apresentar uma variedade muito grande em sistemas caóticos. Além disso, o docente explicou como extrair conhecimento válido a partir de dados não confiáveis, tendo também descrito o mundo físico. Essa abordagem é muito importante, pois a própria noção de evidência, segundo ele, muitas vezes está correlacionada com a variabilidade.

3HERBERT350Pelas 14h, na Sala do Conhecimento (IFSC/USP), os alunos participaram de uma aula prática sobre Física Geral, com o educador Herbert João, de nossa Unidade, que apresentou algumas técnicas de Física Básica, incluindo mecânica, ondas, óptica e termodinâmica, complementando a programação da Escola, já que, ao longo desta semana, outras atividades permitirão que os alunos aprendam ainda mais sobre outras áreas, como, por exemplo, Física Moderna e Eletromagnetismo. Nesta aula prática, Herbert João também discutiu as diferentes abordagens da Física no ensino médio e na graduação, destacando os principais tópicos da Física, que são normalmente estudados pelos alunos do Instituto de Física de São Carlos.

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A programação do 4ZUCOLOTTO350segundo dia da EFC – 2015 encerrou-se após a palestra intitulada “Nanomedicina e Nanotoxicologia: Conceitos, Aplicações e Avanços”, ministrada pelo Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, coordenador do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC/USP. A nanotecnologia tem crescido e apresentado inúmeras inovações, principalmente, na área médica, possibilitando o desenvolvimento de técnicas para o combate de doenças, como, por exemplo, de tumores, além da elaboração de biossensores e genossensores, dispositivos capazes de detectarem doenças de forma precoce, ou preditiva. Para explicar a nanotecnologia a esses estudantes do ensino médio, Zucolotto utilizou uma linguagem mais simples, com a finalidade de despertar a curiosidade desses jovens, com o intuito de motivá-los a seguirem em frente na academia e, inclusive, a integrarem, futuramente, o Instituto de Física de São Carlos e a própria Universidade de São Paulo. Assim, o docente mostrou exemplos de pesquisas e outras atividades que são comumente realizadas no Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto (GNano/IFSC).

5RODRIGO350Por seu turno, ao longo do dia 14, os trinta alunos selecionados tiveram aulas sobre Eletromagnetismo. No período da manhã, o Prof. Dr. Rodrigo Gonçalves Pereira, um dos organizadores da Escola de Física Contemporânea, apresentou os aspectos teóricos de alguns temas, envolvendo Eletromagnetismo, como, por exemplo, conceitos básicos de eletricidade e de magnetismo. Além disso, ensinou como calcular a queda de potencial em resistores. Os participantes também tiveram uma breve introdução teórica sobre a coleta de dados em laboratório, o fato de nem sempre haver precisão infinita em medidas, e a existência de flutuações estatísticas. Na tarde do mesmo dia, os alunos participaram de uma aula prática sobre o mesmo tema, que ocorreu no Laboratório de Ensino do IFSC/USP – o mais avançado de nosso Instituto -, onde puderam realizar experimentos com montagens de circuitos elétricos, incluindo componentes resistores tradicionais, além de circuitos ressonantes (RLC), processo em que os alunos mapearam a curva de ressonância, utilizando equipamentos mais avançados que raramente são apresentados aos estudantes, ao longo do ensino médio. Esta atividade foi aplicada ALESSANDRO350por alguns dos organizadores da Escola, sendo eles os Profs. Drs. Rodrigo Pereira, Fernando Paiva, Frederico Brito e Sérgio Muniz.

Por fim, pelas 19h30, o Prof. Dr. Alessandro Nascimento (IFSC/USP) apresentou a palestra intitulada “Biologia Estrutural: Introdução e Aplicações”, onde explicou o conceito da Biologia Estrutural, a estrutura de macromoléculas biológicas, além de técnicas comumente utilizadas nesta área. Além disso, o docente, que atua no Grupo de Biotecnologia Molecular do IFSC, abordou a densidade eletrônica, a radiação síncrotron e as aplicações das macromoléculas.

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Assessoria de Comunicação

15 de julho de 2015

Delegação alemã visita o IFSC/USP

Na tarde do dia 13 de julho, pelas 14h30, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu a visita de uma delegação de membros de várias instituições alemãs, com o intuito de conhecer e talvez estabelecer possíveis parcerias com a Unidade.

PUBLICO300A delegação foi constituída por: Dra. Martina Schulze (Diretora do Centro Alemão de Ciência e Inovação – DWIH-SP e do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico – DAAD), Marcio Weichert (Coordenador do DWIH-SP), Nora Jacobs (DWIH-SP), Francine Camelin (DAAD), Dra. Kathrin Winkler (Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa – DFG), Laura Redondo (DFG), Prof. Dr. Christoph Käppler (Universitätsallianz Ruhr), Sören Metz (TU Münster), Sabine Heinle (Baden-Württembergisches Brasilien-Zentrum), Claudia Manca (Universität Hohenheim), Prof. Dr. Philipp Pohlenz (OVGU Magdeburg) e Dra. Irma de Melo-Reiners (Baylat).

Os visitantes foram recepcionados pelo HELMUT250Prof. Dr. Hellmut Eckert, docente do Grupo de Ressonância Magnética do IFSC/USP, que participou de uma reunião com os membros, tendo posteriormente acompanhado os mesmos em uma visita ao Instituto, que incluiu os laboratórios dos Grupos de Ressonância Magnética, Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos e de Óptica. Para o docente do IFSC/USP, o encontro serviu para fortalecer ainda mais as conexões da Unidade com as diversas instituições alemãs, o que poderá se refletir em parcerias com foco em pesquisa, ensino e extensão. “Recebemos representantes de instituições importantes. As possíveis parcerias deverão ter maior peso em pesquisas nas mais diversas áreas, tanto na área de exatas, quanto de humanas”, disse o docente.

MARTINA250A Dra. Martina Schulze, do DWIH-SP e do DAAD , destacou a relação próxima do Prof. Eckert com os pesquisadores alemães, o que tem permitido estabelecer novas cooperações. “Através do DAAD, nós temos diversas parcerias com outras universidades. Como o Prof. Hellmut já desenvolveu trabalhos com colegas alemães, nosso intuito agora é fomentar essas colaborações”, pontuou ela.

O DWIH-SP, ou Centro Alemão de Ciência e Inovação – São Paulo, foi criado em 2009 pelo Ministério das Relações Externas da Alemanha, juntamente com o Ministério da Educação e Pesquisa – BMBF, também daquele país, com a finalidade de fortalecer a visibilidade da Alemanha no Brasil que, como é do conhecimento público, é um país extraordinariamente desenvolvido nas áreas científica e tecnológica. Além disso, o DWIH-SP visa ao desenvolvimento de intercâmbios entre instituições de ambos os países. Já o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico – DAAD coordena programas de intercâmbio para estudantes e pesquisadores brasileiros, promovendo, no nosso país, as mais importantes universidades alemãs, a partir de palestras e participações em eventos científicos.

Assessoria de Comunicação

15 de julho de 2015

Provimento de dois cargos para Professor Doutor

Edital IF-09/15 (área experimental ou teórica) e Edital IF-10/15 (área experimental)

Estarão abertas, até o dia 31 de agosto de 2015, as inscrições aos Concursos de Títulos e Provas para provimento de dois cargos de Professor Doutor, na Referência MS-3.1, em RDIDP, com o salário de R$ 10.049,62, no Departamento de Física dos Materiais e Mecânica do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, nas áreas de Pesquisa Experimental ou Teórica de Física da Matéria Condensada.

Para acessar os formulários para as inscrições e os editais, clique AQUI.

Para candidatos estrangeiros, as instruções e os formulários para as inscrições estão disponíveis, clicando AQUI (an experimental or a theoretical physicist position) e AQUI (an experimental physicist position).

Informações adicionais poderão ser obtidas na Assistência Acadêmica do IFUSP. Telefones 11-3091-6020 / 11-3091-7000.

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Two assistant professor permanent positions for experimental or theoretical condensed-matter physicists

The Department of Materials Physics and Mechanics of the Physics Institute of the University of São Paulo, Brazil, invites highly-motivated candidates to apply for two permanent positions, for a salary of R$ 10.049,62.

Both openings are for Experimental or Theoretical Condensed-Matter Physicists, at the Assistant Professor level and is part of an initiative for further significant improvement of DFMT’s faculty.

For further information for an experimental or a theoretical physicist position – HERE.

For further information for an experimental physist position – HERE.

The University of São Paulo has been consistently ranked among the top research institutions in Latin America.

DFMT has proven academic excellence, and its faculty members are extremely active in many different topics such as New Materials, Nanoscience, Quantum Devices, Semiconductors, Biomolecular Physics, Organic Semiconductors, Complex Systems, Low-Temperatures Physics, and Magnetism.

New faculty members are expected to teach undergraduate and graduate courses, show research productivity commensurate with their experience, and a capacity to develop and sustain a research program that will result in peer-reviewed publications.

They are also expected to advise students, provide service to the university, and sustain international collaborations.

The application and the selection process can be done in Portuguese or entirely in English if the candidate does not speak Portuguese.

We strongly encourage candidates from Brazil as well as from other countries to apply.

The application forms and a description of the documentation necessary to apply can be found in the links Rules and Documentation – HERE and HERE.

We expect the presential interviews to take place late in the second semester of 2015 in order to start the appointment by March 2016.

More information about DFMT, its research activities and facilities can be found HERE.

If you have any questions, please feel free to contact us: (Head of DFMT): Prof. Euzi C. F. da Silva (euzicfs@if.usp.br)

Assessoria de Comunicação

 

15 de julho de 2015

IFSC/USP recebe premiação

1PUBLICODEST200Na tarde do dia 13 de julho, pelas 15h30, realizou-se a cerimônia de premiação dos alunos e docentes que participaram da última edição da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP), em 2014. O evento, que decorreu no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), premiou cerca de 150 estudantes, tendo reunido, além dos premiados, docentes, familiares e autoridades civis e militares.

Na cerimônia, a mesa de honra, presidida pelo Ministro José Aldo Rebelo Figueiredo (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI), foi constituída pelos Profs. Drs. Tito José Bonagamba (Diretor do IFSC/USP), Hernan Chaimovich Guranlik (Presidente do Conselho Nacional de 2MESA350Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq), Helena Bonciani Nader (Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC), Ricardo Magnus Osório Galvão (Presidente da Sociedade Brasileira de Física – SBF), Antônio Carlos Hernandes (Pró-Reitor de Graduação da USP), José Eduardo Krieger (Pró-Reitor de Pesquisa da USP), José David M. Viana (Coordenador Nacional da OBFEP) e Eronildo Braga Bezerra (Secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social – MCTI), que representou o docente Adalberto Fazzio, Subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa – MCTI.

3KRIEGER300Durante a cerimônia, o Pró-Reitor de Pesquisa da USP, José Eduardo Krieger, ressaltou a importância das escolas públicas, tendo sublinhado a honra em ver esses jovens finalistas fazerem parte do ensino médio, em instituições educacionais públicas. A USP tem grande interesse nesse tema e está fazendo uma série de esforços para ir ao encontro desses jovens talentosos, que saem das escolas públicas, motivo pelo qual a USP irá oferecer bolsas aos jovens que mais se destacarem em suas escolas, afirmou ele.

Posteriormente, o 4GALVAO300Presidente da SBF, Ricardo Galvão, falou sobre o importante papel da Sociedade Brasileira de Física no contexto de pesquisa. Segundo ele, a sua instituição – Sociedade Brasileira de Física – tem uma grande preocupação com a formação dos alunos de escolas públicas. Agradeço muito ao governo do estado brasileiro, que tem mostrado a importância que há no treinamento desses jovens estudantes, disse ele. Além disso, Galvão enalteceu a necessidade de promover, principalmente ao longo do ensino médio, uma maior interação dos alunos com as ciências. Nesse sentido, criticou a atuação de muitas escolas públicas, tendo sublinhado a necessidade de investir em laboratórios de ciência, já que muitas instituições públicas não oferecem esse tipo de atividade aos estudantes.

4TITO350Em seguida, o Diretor do IFSC/USP, Tito José Bonagamba, dissertou sobre o Instituto de Física de São Carlos, inclusive, sobre a qualidade dos estudantes desta Unidade, que tem se destacado na USP como um todo, já que é detentora da maior produtividade científica e do número de patentes depositadas por seus integrantes, o que reforça seu caráter inter e multidisciplinar – cerca de 25% dos docentes do IFSC/USP não tem formação em física, mas, sim, em outras ciências. Essa porcentagem também corresponde ao número de docentes estrangeiros que atuam no Instituto, disse Bonagamba, que ressaltou, inclusive, o sucesso obtido pela Unidade em projetos de âmbito nacional e internacional.

Além de ter enaltecido outros feitos importantes do IFSC/USP, o diretor citou a Escola de Física Contemporânea, evento anual voltado aos alunos do ensino médio e cuja edição de 2015 teve início no último domingo,12 de julho. O docente também falou sobre a bem sucedida série denominada Concertos USP / Prefeitura Municipal de São Carlos, iniciativa promovida pela Unidade em parceria com a Coordenadoria de Arte e Cultura, da Prefeitura Municipal de São Carlos e com o Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FCLRP/USP). Essas e outras inúmeras atividades têm permitido criar um ambiente profícuo e humano aos futuros profissionais de nosso país, pontuou.

Após a fala de Bonagamba, os 6ENTREGAMED300três professores que mais se evidenciaram na OBFEP 2014, cada um com atuação em instituição de âmbito municipal, estadual ou federal, receberam seus certificados, bem como as placas atribuídas às instituições de ensino onde trabalham. A entrega foi realizada pelo Ministro Aldo Rebelo. Posteriormente, os alunos premiados – integrados em grupos – receberam suas medalhas das mãos dos integrantes da mesa de honra, que posteriormente foi enriquecida com as presenças do Prefeito de São Carlos, Paulo Altomani, e do Deputado Federal Lobbe Neto.

Também estiveram presentes na cerimônia de premiação da OBFEP, entre muitas outras, as seguintes autoridades: Major Alexandre Wellington de Souza (Subcomandante do 38º Batalhão de Polícia Militar de São Carlos), Prof. Dr. Carlito Lariucci (COBFEP), Profa. Dra. Maria das Graças Martins (COBFEP), Prof. Dr. Nemitala Added (Comissão de Cultura e Extensão do IF-USP, tendo representado o Prof. Marcelo Martinelli, atual Coordenador da OBFEP no estado de São Paulo), Prof. Dr. Glaucius Oliva (IFSC/USP), Profa. Dra. Yvonne Primerano Mascarenhas, pioneira do IFSC, Prof. Dr. Vanderlei Bagnato (que foi várias vezes citado pelo Ministro como um exemplo a ser seguido na área científica), os diretores do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU/USP) e de Química de São Carlos (IQSC/USP), nomeadamente  os Profs. Drs. Carlos Martins e Germano Trimigliosi Filho, e o Prof. Dr. Euclydes Marega Júnior (docente do IFSC/USP e Ex-Coordenador da Olimpíada no estado de São Paulo).

5MINISTROALDOREBELO300No encerramento da cerimônia, Aldo Rebelo agradeceu aos alunos, docentes, familiares e autoridades presentes. Em sua fala, o ministro sublinhou a grande influência que os professores, inclusive os pais, têm sobre os estudantes. Sem os docentes e familiares, esta Olimpíada não estaria sendo organizada, afirmou ele, acrescentando que os professores merecem todo o reconhecimento, carinho e gratidão. Se quisermos ser rigorosos na cobrança, devemos ser generosos no reconhecimento, concluiu ele.

Confira, abaixo, algumas imagens dessa cerimônia:

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Assessoria de Comunicação

14 de julho de 2015

Perfil dos Calouros – 2015

Por iniciativa do Serviço de Apoio Institucional da Prefeitura da USP São Carlos, recentemente, foi compilado o resultado sobre o Perfil dos Calouros 2015.

No documento, é possível visualizar informações referentes ao campus em geral, como número de estudantes, docentes, funcionários, funcionários terceirizados e estagiários, cursos oferecidos e número de vagas oferecidas em cada um dos cursos de graduação das cinco Unidades do campus.

Já na parte específica de Perfil dos Calouros, também é possível ter acesso às seguintes informações dos ingressantes de 2015: sexo, idade, cor, estado civil, filhos, trabalho, cidade de origem, estado de origem, renda familiar, membros da família, ensino médio, outro vestibular, grau de instrução do pai, grau de instrução da mãe, carro próprio, pretensão de moradia, fumo e maior preocupação.

Além da compilação das informações acima, abarcando os calouros de todo campus, também foi criado, separadamente, um documento com as mesmas informações, mas referentes aos calouros de cada uma das Unidades.

O Perfil dos Calouros 2015 foi elaborado com base em um formulário preenchido voluntariamente pelos estudantes, não sendo exigida identificação nominal ou comprovação das informações.

Para acessar o documento Perfil dos calouros 2015, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

14 de julho de 2015

Escola abre em grande estilo

DESTEFC250Iniciou-se na tarde do último domingo, 12 de julho, a Escola de Física Contemporânea – EFC 2015, um evento realizado anualmente no Instituto de Física de São Carlos, com o objetivo de imergir estudantes do ensino médio no mundo da pesquisa, para que possam compreender a importância da ciência e da tecnologia na geração do conhecimento, visando o desenvolvimento de nosso país. A Escola também tem o intuito de destacar o papel do físico no setor industrial, mostrando que o profissional da área da física não atua apenas no universo acadêmico, tendo uma ampla opção de trabalho em inúmeras empresas, tais como spin-offs do próprio IFSC e empresas multinacionais.

Nesse domingo, a TBONAGAMBA350abertura do evento foi feita por volta das 13 horas, pelo Prof. Dr. Tito José Bonagamba (Diretor do IFSC/USP), no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP), onde sublinhou a competência desses trinta alunos participantes da EFC 2015, que passaram por uma rigorosa seleção, demonstrando que têm grande capacidade para mudar o Brasil, podendo contribuir para o desenvolvimento sócio-econômico de nosso país. Aliás, Tito Bonagamba destacou a boa infraestrutura existente em nosso Instituto, tendo sugerido que os participantes aproveitassem os docentes, funcionários e equipamentos de qualidade disponíveis na Unidade. O Instituto tem um patrimônio fantástico em termos de recursos humanos e de equipamentos, disse ele, acrescentando que é importante que vocês tenham sucesso para que possam entrar em uma universidade qualificada, como a USP, e se formem, podendo atuar com alto grau de profissionalismo e excelência.

Além disso, Bonagamba enalteceu as diversas áreas em que um físico pode atuar, seja no setor acadêmico, realizando pesquisas ou ministrando aulas, ou no mercado de trabalho, em empresas brasileiras ou multinacionais. Por fim, agradeceu aos pais dos alunos, que confiaram em deixar seus filhos durante uma semana sob os cuidados de um vasto conjunto de docentes e monitores do Instituto de Física de São Carlos.

SMUNIZ350Em seguida, o Prof. Dr. Sérgio Muniz (IFSC/USP) resumiu alguns aspectos da Escola de Física Contemporânea, cuja primeira edição foi realizada pela Unidade em 2001, que tornou o IFSC em um dos primeiros institutos a adotar esse modelo de escola. Além disso, o docente abordou os objetivos do evento, a excelência dos alunos selecionados, bem como a filosofia da EFC, que visa à imersão total desses estudantes na área de física, através de aulas teóricas e práticas, de trabalhos diversos e de palestras ministradas por docentes da Unidade. Outro destaque em sua apresentação foi o significativo aumento do número de inscritos e de participantes oriundos da cidade de São Carlos e, também, de vários outros estados brasileiros neste evento. Neste ano temos mais participação de alunos de fora do estado de São Paulo, ao contrário do que aconteceu nas edições anteriores, disse Muniz.

Após a intervenção de Muniz, o Prof. Dr. Fernando Paiva (IFSC/USP) realizou uma apresentação sobre a Universidade de São Paulo e o Instituto de Física de São Carlos, tendo destacado a criação da USP, na década de 1930, além da abertura da Faculdade de Direito, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiros (ESALQ) e da Faculdade de Medicina (FMUSP). Outro tópico abordado em sua apresentação foi a história da criação dos campi da USP em Bauru, Ribeirão Preto e São Carlos, em 1948, após a 2ª Guerra Mundial. Além disso, destacou algumas personalidades que estudaram na Universidade, tais como o ex-presidente do Brasil, Washington Luis, e o físico César Lattes, além de outras personalidades famosas mais recentes, tais como o apresentador de TV, Luciano Huck, ou o jornalista Marcelo Tas.

Paiva ainda relembrou FPAIVA350a história do IFSC/USP, que teve início como um departamento da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP). Posteriormente, o IFSC uniu-se ao atual Instituto de Química de São Carlos, tendo se tornado o Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC). Em 1994, ambas as unidades se separaram e o IFSC finalmente ganhou sua autonomia. Ao contar a história da Unidade, torna-se obrigatório citar os Profs. Drs. Yvonne e Sérgio Mascarenhas, pioneiros na criação do IFSC: Podemos dizer que eles são nossos patronos, afirmou Fernando Paiva, que destacou diversas outras características do nosso Instituto e da cidade de São Carlos, tendo ressaltado a ampla variedade de atuações de um físico.

Posteriormente, os alunos participaram de uma reunião com a comissão organizadora do evento, enquanto os pais realizaram uma visita guiada por Sérgio Muniz à Biblioteca e oficinas de Óptica e Mecânica do Instituto de Física de São Carlos.

Expectativas de docentes, pais e alunos

Sérgio Muniz, que é um dos organizadores do evento, disse estar bastante entusiasmado com esta edição da EFC, principalmente, em razão do recorde de inscritos – foram mais de 200 inscrições, para 30 vagas. A seleção é a fase mais intensa de todo esse processo, além de ser a mais importante. Para ele, o grande sucesso da Escola de Física Contemporânea deve-se à qualidade dos participantes. Eu e os demais membros da comissão organizadora do evento estamos bastante felizes com a qualidade destes alunos.

FBRITO250Já para o Prof. Dr. Frederico Brito, que também integra o comitê organizador da Escola de Física Contemporânea, a expectativa é que seja possível apresentar o Instituto, bem como a Universidade e o Campus USP de São Carlos aos estudantes, com a esperança de convencê-los a realizarem a graduação na Unidade e, talvez, atuarem no IFSC no futuro.

O pernambucano Maurício Roberto Queiroz da Silva, que acompanhou o filho Vinícius Roberto durante a abertura do evento, apoiou intensamente o jovem nessa experiência de imersão no universo da física, oferecida pelo IFSC. Ele tem o desejo de estudar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), então esperamos que goste bastante da EFC. Com o total apoio da família, Vinícius Roberto disse que pretende aprimorar seus conhecimentos na área da física e tornar-se ainda mais independente. Ainda estou indeciso se realmente pretendo seguir a área de física, mas ainda é uma das minhas opções, e a EFC me ajudará a analisar se eu realmente quero seguir nesta área, concluiu o participante, de 15 anos.

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Gabriel Henrique Armando Jorge (de São Carlos), 16 anos, está participando da Escola pela segunda vez. Ele disse, com convicção, de que quer ser físico, e vê a EFC como um complemento para o seu aprendizado, além de uma oportunidade para conhecer mais a USP e os especialistas que atuam nas mais diversas áreas. A Escola permite que tenhamos um contato mais próximo com os laboratórios e isso nos ajuda na preparação para o vestibular, afirmou. Sua mãe, Denise Cristina Biachi, disse que a EFC é uma grande oportunidade para o filho. Vou sentir muita saudade dele, muita falta. Mas estou bem feliz, porque ele vai ter uma experiência muito mais próxima com a comunidade científica. Desde pequeno, o Gabriel tem mostrado muito interesse em se envolver nesta área. Ele participou da última edição da Escola e percebi uma mudança muito grande e positiva no foco de vida e de sua escolaridade. A Escola de GABRIL3501Física Contemporânea amplia muitos horizontes”, enalteceu a são-carlense. Seu filho também afirmou que, durante o ensino médio, as escolas oferecem poucas atividades práticas – muitas vezes os jovens estudantes são apresentados apenas aos conteúdos teóricos da física. A Escola de Física Contemporânea cria uma interação muito próxima entre os estudantes e as diversas atividades da física. Muito do conceito da física que aprendemos durante o ensino médio é bem diferente do conteúdo que aprendemos na EFC.

GIOVANI250EFC2015O estudante Giovani Vincentin veio de Nova Aurora, Paraná, para participar pela primeira vez da Escola. Com expectativas positivas, o aluno de 17 anos ainda está cheio de dúvidas sobre qual área seguir, mas disse que se sente atraído pelas áreas de física, astronomia e engenharia aeroespacial. Sei que, pelo nível do Instituto, vou aprender muito na EFC, afirmou o jovem.

Erasmo Martinez, de São Carlos, afirmou que acredita que seu filho irá adquirir um aprendizado muito grande durante esta semana: As atividades da EFC são ideais para o crescimento dele. Para o filho Rafael Martinez, de 15 anos, o interessante da EFC é a reunião de vários jovens com interesse em física, o que possibilita um aprendizado compartilhado entre os estudantes: Será muito legal, porque a EFC aborda todos os conceitos da física, explicou.

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Josias de Souza Coutinho, JOSIASEFC2015350de Vitória (Espírito Santo), também acompanhou seu filho durante o primeiro dia da EFC 2015. O objetivo dele é buscar ainda mais conhecimento na área de física. Seu filho Isaque Castelo Coutinho, de 16 anos, disse estar bastante ansioso pela Escola, uma vez que os conteúdos das aulas e palestras não são abordados durante o ensino médio. Estou com muitas expectativas, afirmou ele, que pretende atuar na área de física ou engenharia física, interesses que surgiram após várias leituras dos livros didáticos utilizados por ele, no ensino fundamental. Acho a física incrível, porque o conhecimento obtido nesta área permite criar, ou controlar, diversos elementos.

Primeiras palestras da EFC 2015

VGABNATO350Pelas 16h30, os alunos foram ao Anfiteatro Horacio C. Panepucci (Anfi-Azul), onde assistiram à palestra Átomos Próximos do Zero de Temperatura: Como Produzi-los e Quais são as Novas Revelações, ministrada pelo Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, do Grupo de Óptica do IFSC/USP.

Na ocasião, Bagnato mostrou a busca da ciência pelos extremos, além de todo o novo mundo que se descobre quando isso ocorre. Em sua palestra, o docente abordou desde o extremo do quente, na origem do Universo, até aos átomos frios próximos do zero absoluto de temperatura. Segundo ele, nesse extremo inferior, aparecem as manifestações quânticas macroscópicas e o possível entendimento de novos fenômenos – algumas demonstrações permitiram visualizar algumas dessas ideias apresentadas pelo docente.

As atividades do SMUNIZ350-2primeiro dia da EFC 2015 encerraram-se após a palestra intitulada Simulações Quânticas de Sistemas Complexos, ministrada por Sérgio Muniz, pelas 19h30. Em sua apresentação, o docente falou sobre o Laboratório de Matéria Quântica do IFSC, onde são realizados estudos sobre as propriedades quânticas da matéria, utilizando átomos ultra-frios em condensados de Bose-Einstein, para a simulação de sistemas complexos. Além disso, Muniz falou sobre como explorar esses gases, no sentido de desvendar novos sistemas para potenciais aplicações tecnológicas.

A programação da EFC inclui aulas expositivas e experimentais ministradas por professores da Universidade de São Paulo, que abordarão tópicos de Física Clássica e Física Moderna; palestras sobre temas atuais da Física; bem como visitas monitoradas às oficinas e aos laboratórios de ensino e pesquisa do IFSC/USP. Após uma semana repleta de conhecimento do universo da física, esses estudantes – sempre acompanhados por monitores do IFSC, tanto no Campus, quanto no hotel – apresentarão seus trabalhos de conclusão de curso, em forma de seminários quase idênticos aos dos congressos internacionais.

A comissão organizadora deste evento é constituída pelos seguintes membros de nosso Instituto: Profs. Drs. Fernando Paiva, Frederico Brito, Rodrigo Pereira, Sérgio Muniz, Tito Bonagamba e Mariana Rodrigues (secretária da EFC).

Ao longo desta semana, a Assessoria de Comunicação do IFSC/USP fará a cobertura integral das atividades realizadas na Escola de Física Contemporânea 2015.

Abaixo, confira mais algumas imagens do primeiro dia da Escola:

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Assessoria de Comunicação

13 de julho de 2015

Pesquisador destaca as aplicações das Ressonâncias de Fano

Através do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Dr. Tiago José Arruda, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP), apresentou a palestra Ressonâncias de Fano no espalhamento de luz por nanopartículas e aplicações em plasmônica metamateriais, na sala de seminários do citado grupo (sala 59), na tarde do dia 13 de julho.

A ressonância de Fano, descoberta no ramo da física atômica por Ugo Fano, é uma característica marcante de sistemas quânticos abertos. Sendo um fenômeno de interferência, essa ressonância também se manifesta em óptica clássica e pode ser descrita dentro do formalismo de Lorenz-Mie. Com os avanços técnicos na engenharia de nanoestruturas plasmônicas e metamateriais, o “efeito Fano” tem se tornado uma importante ferramenta para o controle das interações dos modos eletromagnéticos, no espalhamento de luz por nanopartículas.

TIAGO_JOS_ARRUDA_350Graças ao perfil assimétrico da ressonância de Fano, que possui um pico de ressonância muito próximo espectralmente de uma antirressonância, sistemas exibindo o efeito Fano são altamente sensíveis ao ambiente dielétrico local. De fato, a interferência entre os modos reemitidos pelo centro espalhador no dielétrico circundante pode dar origem, tanto ao aumento de intensidade do campo eletromagnético próximo, quanto à sua supressão ressonante. Neste âmbito, em seu seminário, Tiago Arruda abordou algumas das modernas aplicações envolvendo ressonâncias de Fano em plasmônica, bem como alguns resultados teóricos sobre o citado tema, que foram analisados recentemente pelo pesquisador.

Tiago Arruda tem bacharelado em Física Médica, além de Mestrado e Doutorado em Física Aplicada à Medicina e Biologia, pela FFCLRP/USP. O pesquisador atua nas áreas de Óptica, Física Matemática e Física da Matéria Condensada, com interesse em aplicações em campos tecnológicos, tais como em nanoplasmônica e metamateriais.

Assessoria de Comunicação

12 de julho de 2015

Iniciou-se a Escola de Física Contemporânea 2015

EFC_logo_200Iniciou-se nesse domingo, dia 12 de julho, a Escola de Física Contemporânea 2015 – EFC 2015, um evento que ocorre anualmente no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com o intuito de imergir estudantes do ensino médio no mundo da pesquisa, para que possam compreender a importância da ciência e da tecnologia na geração do conhecimento e das riquezas de nosso país. A Escola tem como objetivo destacar o papel do físico no setor industrial, mostrando que o profissional da área da Física não atua apenas no universo acadêmico, tendo uma ampla opção de trabalho em diversas empresas, tais como spin-offs do próprio IFSC e companhias multinacionais.

A programação da EFC 2015 inclui aulas expositivas e experimentais ministradas por professores da Universidade de São Paulo, que abordarão tópicos de Física Clássica e Física Moderna; palestras sobre temas atuais da Física; bem como visitas monitoradas às oficinas e aos laboratórios de ensino e pesquisa do IFSC/USP. Após uma semana repleta de conhecimento do universo da Física, esses estudantes – sempre acompanhados por monitores do IFSC, tanto no Campus, quanto no hotel – apresentarão seus trabalhos de conclusão de curso, em forma de seminários baseados nos moldes dos congressos internacionais.

Neste ano, participam trinta alunos oriundos de Belo Horizonte (MG), Cariacica (ES), Caruaru (PE), Chapecó (SC), Espírito Santo Do Pinhal (SP), Fortaleza (CE), Goiania (GO), Governador Valadares (MG), Guarulhos (SP), Indaiatuba (SP), Nova Aurora (PR), Santo André (SP), Santo Antônio Da Platina (PR), São Carlos (SP), São José Dos Campos (SP), São Paulo (SP), Timon (MA), Teresina (PI), Vinhedo (SP) e Vitória (ES).

Os seguintes membros do IFSC/USP integram a comissão organizadora do evento: Prof. Dr. Tito J. Bonagamba (Diretor do Instituto), Prof. Dr. Fernando F. Paiva, Prof. Dr. Frederico Borges de Brito, Prof. Dr. Rodrigo Gonçalves Pereira, Prof. Dr. Sérgio Ricardo Muniz, e Mariana Rodrigues (Secretária do evento).

Prolongando-se até o dia 18 de julho, este evento terá cobertura integral da Assessoria de Comunicação do IFSC/USP.

Para obter outras informações sobre a Escola, acesse AQUI.

Assessoria de Comunicação

8 de julho de 2015

Evento será presidido por Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação

No próximo dia 13 de julho, às 15h30, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) será o anfitrião da cerimônia de premiação dos alunos e professores participantes da última edição da Olimpíada Brasileira de Física nas Escolas Públicas (OBFEP).

O evento, que será realizado no auditório do IFSC/USP “Professor Sérgio Mascarenhas”, está incluso na programação da 67ª Reunião Anual da SBPC, e contará com a presença do Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) José Aldo Rebelo Figueiredo, que irá presidir a premiação.

OBFEP-_logoAlém do ministro, também estarão presentes as seguintes autoridades: professor Adalberto Fazzio (USP), subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa (MCTI); professor Carlito Lariucci (UFG), da Comissão Nacional da OBFEP; professor Antonio Carlos Hernandes, pró-reitor de Graduação da USP;professor Eronildo Braga Bezerra, secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (MCTI); professor Euclydes Marega Jr. (IFSC/USP), ex-coordenador da OBFEP em São Paulo; professora Helena Bonciani Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); professor Hernan Chaimovich Guranlik, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); professor José David M. Viana (UnB), atual coordenador nacional da OBFEP; professor Marcelo Martinelli (USP), coordenador da OBFEP em São Paulo; professora Maria das Graças Martins (UFBA), membro da Comissão Nacional da OBFEP; professor Ricardo Magnus Osório Galvão (USP), presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF); e professor Tito José Bonagamba, docente e diretor do IFSC/USP.

Para mais informações, acesse http://www.sbfisica.org.br/~obfep/

Assessoria de Comunicação

8 de julho de 2015

Veja a programação que envolve o IFSC

Entre os dias 12 e 18 de julho, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) sediará a 67ª edição Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

67_SBPC-_logoNa programação estão inclusos mini cursos, sessão de pôsteres, palestras, conferências, simpósios, sessões especiais, apresentações musicais, entre outras coisas.

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) marcará forte presença no evento através de seus docentes e pesquisadores. Clique aqui para ter acesso às atividades da Reunião das quais o IFSC fará parte .

Para acessar a programação completa da 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), clique aqui.

Assessoria de Comunicação

8 de julho de 2015

Curso de escrita científica traz novidades

Como parte da programação da 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), nos dias 14, 15, 16 e 17 de julho, das 8 às 10 horas, haverá mais uma edição do curso “Escrita de artigos científicos de alto impacto: estrutura e linguagem”, que será ministrado pelo docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Valtencir Zucolotto.

Zuco-_mini_curso-_SBPCO curso terá duração total de oito horas, e será dividido em três tópicos principais: estrutura, linguagem e processo editorial, este último tópico sendo uma novidade no curso. “Falarei sobre como o artigo é processado pelo editor da revista para a qual o autor enviou seu artigo científico. Serão discutidas estratégias que poderão ser utilizadas pelos autores para impedir que o artigo científico seja negado imediatamente, fazendo uma análise sobre toda dinâmica do processo editorial das atuais revistas de alto impacto”, detalha Zucolotto, que atualmente é editor associado do Journal of Biomedical Nanotechnology.

Ele afirma que o novo tópico incluso é de grande importância, uma vez que a grande maioria dos artigos científicos é negada antes da revisão pelos referees, pelo fato de haver muito mais submissões do que espaço para processá-las e publicá-las. “70 a 80% dos manuscritos são negados imediatamente, sem sequer chegar ao referee. O editor, que é o primeiro a ter acesso ao artigo, lê alguns pontos específicos logo de imediato, como abstract e título. Darei dicas de como inserir essas informações de maneira adequada, impedindo assim a rejeição imediata”, explica o docente.

Confira abaixo a ementa do curso:

– aula 1: Introdução, Relevância e Motivação. Modulo 1: O Gênero Literário da Escrita Científica; O Artigo Científico Regular;

– aula 2: Estrutura (Linguística e Modelos). Módulo 2: Estrutura 1: Abstract; Módulo 3: Estrutura 2: Introduction; Módulo 4: Estrutura 3: Results and Discussion, Conclusion;

– aula 3: Linguagem. Módulo 5: Estilo; Linguagem 1: Especificidade, Complexidade e Ambiguidade; Módulo 6: Linguagem 2: Redundâncias, Ação no Verbo, Ritmo de Escrita; Módulo 7: Linguagem 3: Plain English, Estrutura de Parágrafos: Topic Sentences;

– aula 4: O Processamento de Manuscritos e o Processo editorial: Como evitar que meu artigo seja negado imediatamente pelo editor.

As inscrições para o mini curso poderão ser feitas no momento de sua realização.

Assessoria de Comunicação

8 de julho de 2015

Novo canal de comunicação

Através do Núcleo de Inovação Tecnológica da Universidade de São Paulo (NIT/USP), a Agência USP de Inovação lança um novo canal de comunicação direto com docentes da Universidade envolvidos com o tema Empreendedorismo e Inovação.

Este canal, denominado Informativo de Empreendedorismo, tem como objetivo divulgar as ações relacionadas aos temas em destaque, fortalecendo o apoio da Agência para com esses docentes, que formarão uma rede de conexão, podendo desenvolver atividades em conjunto, visando projetar, consolidar e divulgar o ecossistema de empreendedorismo e inovação da Universidade de São Paulo.

O referido meio de comunicação contará com um grupo de discussão online de docentes inseridos nas áreas de empreendedorismo e inovação (dei-auspin); boletim semanal com notícias, eventos, chamadas e materiais voltados a estas áreas; além de um boletim bimestral, cujas edições serão temáticas.

Neste primeiro Informativo, os temas em destaque são: A USP e o empreendedorismo; Ações da Agência USP de Inovação em prol do Empreendedorismo: reestruturando a área e Redes Internacionais de Empreendedorismo. Para conferi-lo na íntegra, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

8 de julho de 2015

IFSC/USP desenvolve nova estratégia

Pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e diagnostico_leucemia_200Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano/IFSC) desenvolveram um protótipo de biossensor – dispositivo eletrônico – que é capaz de detectar, de forma mais rápida, a leucemia, doença maligna que acumula células anormais na medula óssea – tecido interno do osso -, afetando a produção de células sanguíneas – glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas -, podendo ocasionar anemias, infecções e hemorragias.

Essa pesquisa iniciou-se com a produção de uma nanopartícula de ouro revestida com jacalina – proteína extraída da jaca e que é atraída pelas células leucêmicas, que produzem grande quantidade de açúcar. Assim, essas nanopartículas, que são mil vezes menores que uma célula e que contêm um material que emite luz, invadem apenas as células afetadas clulas-fluorescencia-zucolotto_250pelo câncer. No laboratório do IFSC/USP, e em parceria com pesquisadores do Hemocentro da USP de Ribeirão Preto (SP), os pesquisadores coletaram amostras dos pacientes e deixaram-nas em contato com a proteína durante três horas, enxaguaram e centrifugaram as células, tendo posteriormente analisado os materiais em um microscópio de fluorescência. Se na imagem da interação entre a amostra e a nanopartícula houver luz fluorescente, significa que é uma célula cancerosa, explica o Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, pesquisador responsável pela pesquisa.

Com essa metodologia, Zucolotto orientou a ex-aluna de mestrado do IFSC/USP, Valeria Marangoni, na inserção daquelas nanopartículas de ouro em um eletrodo, ou chip, para a construção de um dispositivo semelhante ao utilizado na detecção da glicose. Inserimos o sangue com as células do paciente no chip e, através da resposta elétrica, é possível saber se as células em contato com o eletrodo são saudáveis ou de leucemia, diz Zucolotto.

Segundo o pesquisador, ZUCOLOTTO_350embora o diagnóstico da leucemia possa ser feito através de análises clínicas muito eficientes, o certo é que as técnicas têm um alto custo e, em muitas vezes, são bastante complexas. Já o biossensor, que deverá ser portátil, prático e de baixo custo, poderá ser adquirido comercialmente e utilizado em ambulatório. A nossa ideia não é eliminar os testes que existem hoje, mas, sim, disponibilizar uma ferramenta complementar, para que possa ser feita uma primeira análise de forma mais rápida e acessível à sociedade, conclui ele.

A próxima etapa desse trabalho será realizar novos testes em diferentes células leucêmicas, no sentido de se investigar quais os tipos de células doentes que mais se aplicam ao biossensor, bem como ampliar o número de amostras de pacientes. A expectativa é que, após a conclusão desses estudos, o dispositivo possa ser fabricado por alguma empresa interessada e disponibilizado comercialmente.

Dois artigos sobre este estudo foram já publicados este ano na revista Applied Surface Science e ChemElectroChem.

Assessoria de Comunicação

7 de julho de 2015

Multi-Channel MRI

Na tarde do dia 07 de julho, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu o Prof. Dr. John Thomas Vaughan Jr., da University of Minnesota (EUA), que apresentou o seminário Multi-Channel MRI, no Anfiteatro Prof. Horacio C. Panepucci (Anfi-Azul), em nossa Unidade.

JOHN_VAUGHAN_350Em sua apresentação, o docente abordou vários temas, incluindo os primórdios da Imagem por Ressonância Magnética (IRM) de múltiplos canais, a aquisição de imagens utilizando conceitos de transmissão e aquisição em múltiplos canais de RF, os transdutores de Ressonância Magnética em campos altos, o estado da arte em sistemas clínicos atuais, bem como os sistemas de tune/match, distribuídos para otimização dos parâmetros elétricos dos probes de Ressonância Magnética.

Após ter realizado seu bacharelado em engenharia elétrica e biologia, na Auburn University (EUA), John Vaughan trabalhou no Kennedy Space Center (EUA), na NASA*. Em 1989, o pesquisador tornou-se engenheiro-chefe na University of Alabama (EUA), tendo realizado seu doutorado em engenharia biomética na University of Alabama at Birmingham (EUA). Ele, que já foi professor assistente na Harvard University (EUA), atua como docente na University of Minnesota. Para conferir o perfil completo do palestrante, clique AQUI.

Este seminário foi organizado pelo Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética – CIERMag.

*The National Aeronautics and Space Administration.

Assessoria de Comunicação

6 de julho de 2015

No rastro da matéria escura

ENERGIA_ESCURA_200No mês de junho, a pesquisadora Jessica Arab Marcomini, ex-aluna do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), defendeu sua tese de mestrado intitulada Estudo da possibilidade de detecção da matéria escura com telescópio Cherenkov, onde propõe um modelo de detecção de matéria escura do universo, através do telescópio Cherenkov, supondo que essa substância seja constituída por uma partícula chamada neutralino*. O projeto foi orientado pelo Prof. Dr. Luiz Vitor de Souza Filho, docente do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada de nossa Unidade.

Estudando o invisível

Embora a astronomia já tenha MATERIA_ESCURA_2_300descoberto a existência de matéria escura, graças à força gravitacional existente em determinados corpos ainda não identificados, pouco se sabe sobre ela, uma vez que essa matéria não emite luz, o que a torna invisível e dificulta o estudo deste misterioso elemento pelos pesquisadores. Temos certeza que a matéria escura existe, porque às vezes vemos objetos girando em torno de algo massivo, tal como os planetas que circulam ao redor do sol. Esse mesmo fenômeno acontece em situações em que não enxergamos essa massa, que no caso é a matéria escura. Basicamente, sabemos que ela está lá, mas não conseguimos vê-la, explica Luiz Vitor. Para que se possa imaginar a importância dessa substância, acredita-se que a matéria escura representa 24% de tudo o que há no universo, enquanto a matéria ordinária, elemento que nos compõe e nos cerca, é responsável por 4% – os outros 72% referem-se à energia escura, algo que ainda é menos conhecido pelos cientistas.

JESSICA_MARCOMINI_350Em síntese, o objetivo desse trabalho, de acordo com a pesquisadora, foi estudar o comportamento de possíveis partículas que compõem a matéria escura, buscando detectar um fluxo de raios gama**, com o intuito de prever os limites do telescópio Cherenkov, caso a matéria escura seja composta pela partícula neutralino: O intuito não foi tentar prever o que o telescópio poderá descobrir, mas, sim, analisar os limites do equipamento, explica ela, cujo interesse nesse estudo se deve à futura criação do Cherenkov Telescope Array (CTA), observatório astronômico que deverá ser criado daqui a alguns anos, com a instalação de telescópios no hemisfério norte e sul, a fim de viabilizar os estudos sobre a matéria escura e outros fenômenos de nosso universo. O CTA é uma tentativa de fazer um grande salto nesse campo. Acreditamos que ele melhorará muito a compreensão de tudo o que já foi estudado na astrofísica, porque deverá detectar elementos dez vezes mais fracos, tendo uma capacidade muito grande para analisar os fenômenos do universo, revela Luiz Vitor.

A expectativa pela detecção LUIZ_VITOR_350da matéria escura é enorme, já que essa substância pouco conhecida poderá, talvez, ocasionar a descoberta de novos materiais e, eventualmente, revolucionar o universo da física. Se dermos um passo para entender a matéria escura, abriremos uma nova janela na física; uma nova ciência, afirma o docente do IFSC/USP, destacando o papel da astrofísica na busca pela identificação dessa substância invisível. Recentemente, os membros do AMS-02*** publicaram um artigo muito importante sobre a detecção da matéria escura. Aliás, a Profa. Dra. Manuela Vecchi, do nosso Instituto, faz parte deste projeto.

Os mistérios do universo

A matéria escura, segundo Luiz Vitor, é apenas um dos grandes mistérios de nosso universo, tendo em vista que grande parte desse “espaço infinito” ainda não foi estudado e isso inclui a energia escura; os mecanismos que produzem eventos de alta energia – Gamma-ray burst; o próprio espaço-tempo; o processo de formação de estrelas e como elas morrem, entre diversas outras questões que o ser humano ainda não foi capaz de responder. Além disso, outra incógnita é o desenvolvimento do próprio universo, que envolve a simetria entre matéria e anti-matéria, substâncias compostas, respectivamente, por partículas e antipartículas. Nosso universo é predominantemente matéria, mas nasceu equilibrado. Contudo, não sabemos como ele se desequilibrou, produzindo mais matéria do que anti-matéria, diz ele.

CTA-Observatory_500Ilustração do futuro observatório aberto do Cherenkov Telescope Array (Crédito: CTA)

Devido a esse e vários outros mistérios, a área de astrofísica apresenta-se como um dos campos de estudo mais promissores para o descobrimento de diversos enigmas, nos dando a esperança de que um dia tenhamos respostas sobre a origem do espaço, da Terra e, inclusive, de nossa própria existência.

Com o mestrado no IFSC concluído e embora apaixonada pelo Universo, Jessica Marcomini planeja ir à Inglaterra ainda este ano, já que o mercado a atrai mais que o setor acadêmico. Gosto da academia, mas tenho interesse em trabalhar em agência bancária, atuando com modelagem, economia e finança, conclui a pesquisadora, de apenas 24 anos, que já descobriu que o físico tem muitas portas de entrada para o setor produtivo, inclusive no setor financeiro.

*Partícula descrita pela supersimetria – teoria da física que prediz que toda partícula tem um primo supersimétrico. Ou seja, de acordo com a teoria, o neutralino, por exemplo, tem uma “família” de partículas a ser descoberta;

**Radiações eletromagnéticas;

***O Espectrômetro Magnético Alfa é um detector de partículas, que está instalado na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) desde 2011.

Assessoria de Comunicação

6 de julho de 2015

Do que é formado o universo?

Quando os primeiros astrofísicos começaram a estudar o universo, tinha-se a seguinte concepção sobre ele: toda matéria visível diretamente observada, como planetas, estrelas e outros objetos, era formada pelo mesmo tipo de partículas (prótons, nêutrons e elétrons) que constituem os objetos que conhecemos e, inclusive, nós mesmos.

Em meados dLente_graviational-_scienceblogs.como século XX, alguns objetos astrofísicos, como as galáxias, começaram também a ser estudados, e, devido à dinâmica de movimento das mesmas, notou-se que deveria haver muito mais do que matéria visível presente no universo. O ponto chave para tal conclusão foi o seguinte: estudando-se a dinâmica de algumas galáxias, percebeu-se, com base na teoria da gravidade, formulada por Isaac Newton em 1687, que é capaz de prever a influência que a massa de um corpo exerce sobre outro corpo, que a matéria visível sozinha não seria suficiente para fazer a galáxia se mover da maneira que era observado. “Foi quando se resolveu fazer a pergunta contrária: quanto de massa deveria existir para que as galáxias fossem capazes de fazer o movimento observado? E concluiu-se que era necessária uma quantidade de massa cerca de cinco vezes maior para que isso fosse possível”, explica o docente do Grupo de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos (GFT-IFSC/USP), Daniel Augusto T. Vanzella.

Na década de 1930, quando essa afirmação foi feita pela primeira vez, pouca atenção foi dada ao fato. Até que, em fins do século XX e início do século XXI, mais evidências foram sendo acumuladas. Por exemplo, tendo-se como base a teoria da gravidade de Einstein, as “lentes gravitacionais”, fenômeno de desvio de luz originado pela presença de um corpo de grande massa entre uma estrela qualquer e um observador, fornece hoje evidência inequívoca de que a matéria visível não pode dar conta de tudo. “O tamanho do desvio depende da quantidade de massa dos corpos envolvidos. Através de novos cálculos, verificou-se, novamente, que uma quantidade cinco vezes maior de massa era necessária para que o desvio de luz verificado fosse possível”, elucida Vanzella.

Há ainda outra evidência numa escala muito maior, cosmológica. Há 14 bilhões de anos, quando se acredita que o universo tenha sido formado, e não havia, ainda, a presença de qualquer estrela, sua homogeneidade era muito grande. À época, tinha-se a presença de plasma (gás ionizado) a uma temperatura altíssima. Como o universo poderia, então, ter evoluído para a heterogeneidade que observamos hoje? “A explicação para isso, novamente, é baseada na atração gravitacional. A rapidez para tal evolução também exigia a presença de mais massa no universo”, explica o docente.

Na escuridão

Diante de todas as evidências retiradas de contextos completamente diferentes, a conclusão sobre a existência de uma quantidade de massa cinco vezes maior do que a visível tornou-se um fato para os astrofísicos e outros estudiosos da área. Porém, não se tem qualquer informação a respeito do que pode formar essa massa que, por esse motivo foi batizada como “matéria escura “*. “Só sabemos que ela existe por causa de seus efeitos gravitacionais. Mas, até hoje, não temos nenhuma informação sobre sua identidade. O fato de não enxergarmos a matéria escura é justamente pelo fato de ela provavelmente não emitir ou interagir com a luz que, nesse contexto, refere-se também a ondas eletromagnéticas”, conta Vanzella.

Por não interagir com qualquer tipo de onda eletromagnética (raios gama, raios-X, micro-ondas etc.), é muito difícil conseguir-se qualquer informação a respeito da matéria escura já que, até o momento, é principalmente através dessas interações que qualquer corpo pode ser estudado e, inclusive, visualizado. “Hoje em dia, acreditamos que cada galáxia é envolvida por um tipo de ‘bola’ [halo], composta por matéria escura”, explica Vanzella. “Pesquisadores do LHC já tentam produzir matéria escura no CERN”.

Vanzella-_materia_barionica_e_escura_e_energia_escuraMesmo com a comprovação da existência de matéria escura, feita até a primeira década deste século, os estudiosos continuaram a encontrar lacunas. Sabia-se que o universo continuava expandindo, mas se acreditava que de maneira desacelerada. “Se matéria escura e bariônica, que são igualmente influenciadas pela gravidade, de fato compusessem 100% do que existe no universo, sua expansão continuaria, porém cada vez mais lenta. Mas, na década de 1990, os astrofísicos Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess ** descobriram que o universo continua se expandindo, mas de maneira acelerada”, elucida o docente . “Além disso, através de diversos cálculos, baseados na chamada ‘radiação cósmica de fundo’, verificou-se que a seção espacial do universo é plana. Com os parâmetros oferecidos pela teoria da gravitação, para que esse formato plano seja possível, cerca de 70% do conteúdo total do universo precisa ser composto por algo ainda mais exótico, a ‘energia escura'”.

Afinal, estamos sozinhos no universo?

Ainda que a existência de vidas inteligentes fora da Terra tenha inspirado inúmeras produções hollywoodianas, até o momento não existe qualquer comprovação desse fato. Aliás, não foi verificada a existência de qualquer tipo de vida fora de nosso planeta, mesmo que no formato de micro-organismos. No entanto, pensar que tudo o que existe no mundo corresponde apenas a 5% do que existe no universo, parece pretensão- ou até mesmo ilusão- achar que estamos sozinhos.

Muitos não acreditam na nossa “exclusividade” no universo, e levam a ideia a sério. Exemplo disso é o SETI Institute, do qual faz parte dezenas de cientistas de todo o mundo com um objetivo em comum: procurar por vida extraterrestre. Como eles pretendem fazer isso? Capturando sinais eletromagnéticos vindos do espaço. “Se de fato existir alguma civilização tão ou mais avançada do que a nossa no universo, provavelmente ela está muito longe, pois, com exceção do Sol, a estrela mais próxima da Terra está a uma distância de quatro anos-luz. Mas, se alguma civilização realmente existir, acredito que a maneira mais promissora apresentada até o momento para comprovar esse fato seja o projeto SETI”, opina Vanzella.

SETI-_logoO projeto SETI utiliza enormes radiotelescópios para tentar detectar sinais de uma civilização avançada que utilize comunicação eletromagnética. O famoso livro do astrônomo Carl Sagan, Contato, tem exatamente esse mote, e já serviu de enredo a uma produção hollywoodiana lançado em 1997, que leva o mesmo nome da obra do pesquisador. “Os membros do projeto SETI captam uma enorme quantidade de dados vindos do espaço, e analisam esses dados para tentar encontrar algo que não seja explicado por fenômenos naturais. Mas, até o momento, nada foi detectado”, diz Daniel.

Em 1977, um operador de plantão do Observatório Astronômico da Universidade de Ohio (EUA), visualizou a mensagem “Wow!” entre as dezenas de metros de papel impressos por um computador acoplado a um radiotelescópio- o que nunca mais foi repetido posteriormente. Em 1981, a astrônoma da NASA Jill Tarter captou estranhos sinais durante cinco dias seguidos, no radiotelescópio Arecibo instalado em Porto Rico. O entusiasmo com a “descoberta” durou pouco: mais tarde, ela descobriu que apenas se tratava do transceptor de rádio dos automóveis dos vigias***.

Pensando-se que temos pouquíssimo conhecimento sobre 95% da formação do universo, encontrar vida fora da Terra, especialmente vida inteligente, parece fora de cogitação. Mas os estudos sobre os elementos que formam nosso universo continuam. E, se depender dos entusiasmados estudiosos da área, muito ainda poderá ser desvendado, inclusive a dúvida sobre estarmos, ou não, sozinhos.

Observações:

1) Galáxias são definidas como um aglomerado de estrelas. Assim como as estrelas, elas não são igualmente distribuídas pelo universo. Portanto, também tendem a se aglomerar;

2) Diferente da matéria escura, que se distribui de maneira parecida com a matéria visível, a energia escura é distribuída homogeneamente, não se aglomerando em pequenos pedaços. Matéria escura (e também a bariônica) provoca gravidade, enquanto a energia escura é capaz de provocar um tipo de “repulsão” gravitacional. O que elas têm em comum? Ninguém ainda conseguiu descobrir do que ambas são formadas.

Imagem 1:representação de uma Lente gravitacional. Crédito: scienceblogs.com

*O termo “matéria bariônica” passou a ser genericamente utilizado para se referir à matéria ordinária que já conhecíamos

**Essa descoberta rendeu aos pesquisadores o prêmio Nobel de física de 2011

*** Fonte: http://super.abril.com.br/tecnologia/a-procura-de-extraterrestres

 

Assessoria de Comunicação

3 de julho de 2015

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em junho de 2015, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigopublicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico The Journal of Physical Chemistry C.

PC-06-15

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