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13 de outubro de 2015

Uma maneira construtivista para se ensinar física

A aluna de mestrado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Letícia Zago, orientada pelo docente Marcelo Alves Barros, e também contando com o auxílio do docente Esmerindo de Sousa Bernardes, tem focado sua pesquisa na educação, algo natural para a pesquisadora, já que sua formação é no curso de Licenciatura em Ciências Exatas do Instituto.

Leticia_Zago-_sala_do_conhecimentoJá há alguns meses, como parte de sua pesquisa, Letícia tem ministrado aulas a alunos do ensino médio da Escola Estadual “Conde do Pinhal” (São Carlos-SP), e suas ações de ensino são voltadas ao desenvolvimento de atividades e materiais com foco em um assunto notório no mundo da física, mas compreendido por muitos poucos estudantes: a Relatividade Geral, teoria de autoria do famoso físico Albert Einstein. “A teoria da Relatividade Geral completou cem anos em 2015, e ainda não está inclusa no currículo disciplinar”, lamenta Letícia.

A atividade ministrada por Letícia faz parte de uma disciplina eletiva que, por definição, é uma disciplina na qual os alunos se inscrevem por vontade própria, de acordo com a carreira pela qual eles já têm certo gosto e vontade de seguir. Os encontros com Letícia ocorrem uma vez por semana, no período vespertino, e contam também com a participação e colaboração de outros dois professores da escola, um de física e outro de filosofia. “Essa atividade acontecerá entre agosto e novembro deste ano e, ao seu final, os alunos farão uma apresentação sobre o conteúdo aprendido”, explica Letícia.

Embora o foco da disciplina seja a teoria da Relatividade Geral, ela afirma que outros tópicos são discutidos com os alunos, incluindo-se a contextualização das descobertas científicas em geral e a explicação de outros conceitos importantes da física, tudo através de uma sequência didática na qual fatos históricos e o desenvolvimento da ciência ganham significativo espaço de discussão.

E, para a melhor fixação destes outros temas e conceitos, Letícia tem se utilizado de uma estratégia educacional já bem conhecida pelos educadores: o ensino em espaços não formais. A pesquisadora já trouxe os estudantes para uma visita no Observatório da USP São Carlos “Dietrich Schiel” e, no último dia 2 de outubro, eles participaram do programa Universitário por Um Dia (1Dia), quando também tiveram a oportunidade de conhecer o Relógio Atômico instalado no Instituto.

O que eles pensam

O formato da disciplina de Letícia atrai os estudantes para área da ciência e, mais do que isso, a vivência no meio universitário traz um ganho maior, pois assim os alunos têm oportunidade de conhecer os projetos feitos nesse meio e sentir que podem fazer parte dele no futuro. Essa é a opinião do professor de física dos alunos, Rogério Vargas, que participa da disciplina ministrada por Letícia. “Em termos de divulgação científica, até conseguimos mostrar alguma coisa, mas repassar os conceitos torna-se muito limitado, inclusive para trazer discussões. Os alunos observam o fenômeno, porém precisam de tempo para um debate mais rico”, opina.

Aparentemente, o professor está certo. Pelo menos é o que também pensa um de seus alunos, Igor Santos Petan, que atualmente está no 1º ano do ensino médio. Igor, que quer cursar estatística no ensino superior, considera as visitas feitas até agora uma maneira muito interessante de se aprender. “É muito legal estar dentro da USP e poder conhecer melhor como ela é, também para ver do que participaremos no futuro”, afirma o aluno. “Eu notei também que aqui [no IFSC] tem muitas atividades práticas, e gostei muito dos laboratórios”.

Leticia_Zago-_alunosO entusiasmo pelo ensino prático também é compartilhado pela colega de Igor, Marcela Eduarda Olegario Fernandes, estudante do 2º ano do ensino médio. Para ela, sair da sala de aula e fazer visitas em outros locais de ensino é de grande importância, já que “o tradicional formato de ensino enjoa”. “Por isso é que eu prefiro ter muito mais aulas de laboratório. É muito bom poder trabalhar na prática com as coisas anotadas no caderno. Quando é possível interagir com o que é ensinado na teoria, fica muito mais fácil aprender, e, na hora do ENEM, você já está mais calma, e consegue fazer a prova com muito mais rapidez”, conta.

Letícia diz que o ensinamento dos conceitos é feito através de uma abordagem construtivista, ou seja, os conceitos de física são ensinados através de problemas ou atividades em grupos pequenos e, posteriormente, têm início as discussões em sala, quando todos são incluídos. “Não temos intenção de formar doutores em gravitação, mas queremos que esses alunos tenham ao menos contato com esse tipo de conhecimento, e reflitam sobre o que está sendo passado”, explica Letícia. “Embora o IFSC esteja localizado muito próximo à Conde, muitos desses estudantes nunca tinham vindo aqui. Além do ensino de física, eles também tiveram conhecimento sobre bolsas e auxílios oferecidos pela USP, informações muito importantes que precisam ser de conhecimento desses e de outros estudantes”, finaliza.

1ª imagem- estudantes da E.E. “Conde do Pinhal” na Sala do Conhecimento, durante o “Show da física”

2ª imagem- Igor e Marcela

Assessoria de Comunicação

9 de outubro de 2015

Prof. José Tundisi apresenta palestra “Água fonte da vida”

No âmbito da exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente, que decorre no Teatro Municipal de São Carlos até dia 23 de outubro, numa iniciativa do IFSC/USP, realiza-se no próximo dia 16 de outubro, às 19 horas, no Teatro Municipal de São Carlos, a palestra subordinada ao tema Água fonte da Vida, que será apresentada pelo Prof. José Galizia Tundisi, Presidente do Instituto Internacional de Ecologia e Presidente do Comitê de Águas.

Em sua palestra, o Prof. Tundisi irá sublinhar como a vida depende da água e como sem o precioso líquido não poderia haver vida no planeta Terra.

Em sua apresentação, o palestrante exemplificará como se deve preservar a água, principalmente: reduzindo o consumo diário e não desperdiçando água, a plantação de árvores e preservação dos rios, bem como não jogar lixo em locais inadequados e não jogar óleo em pias.

A principal mensagem que o Prof. Tunsdisi irá deixar para todos é que o futuro do planeta Terra e de todas as espécies que o habitam depende da água, sendo que cada gota vale.

O Prof. José Galizia Tundisi nasceu em 1938, é Professor Titular aposentado da Universidade de São Paulo – Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e do Staff do Instituto de Ecologia “Excellence in Ecology”, na Alemanha.

É, ainda, Professor Titular da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo (RGS) e foi membro do Comitê Científico do ILEC (Japão, 1968-2006), Vice-Presidente Executivo do Conselho Internacional para a Ciência (ICSU, 1999-2000), e Presidente do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq, 1995-1999).

O IFSC/USP está realizando esta palestra no âmbito da exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente, em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Coordenadoria de Artes e Cultura, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, e a Diretoria de Ensino – Região de São Carlos – Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo.

Além dessas parcerias, a exposição está contando com o apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, do Grupo Gestor das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos e do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (FFCLRP/USP).

Assessoria de Comunicação

9 de outubro de 2015

Correcting the ‘self-correcting’ Mythos of Science

Em mais uma edição do Colloquium diei que aconteceu no dia 09 de outubro, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Prof. Dr. Douglas Allchin, da University of Minnesota (EUA), ministrou a palestra Correcting the ‘self-correcting’ Mythos of Science, na qual falou sobre o aspecto de auto-correção da ciência.

Doulgas_Allchin_300Ele explicou que os cientistas examinam os trabalhos uns dos outros de maneira cética e tentam repetir descobertas importantes, expondo erros latentes. Embora a ciência seja baseada em tentativas, Douglas disse que ela aparenta ter um sistema para corrigir os erros que aparecem – fator que justifica sua autoridade. Neste colóquio, além de ter enfatizado que alguns erros permanecem sem correções por longos períodos, o pesquisador listou cinco casos de observações históricas, os quais reafirmam a necessidade de se repensar nos mitos da auto-correção.

Fundada em 1851, a University of Minnesota oferece cursos de nível superior nas áreas de ciências biológicas, educação continuada, odontologia, design, direito, artes, medicina, saúde pública, ciências e engenharias, desenvolvimento humano e educacional, entre outras.

Para saber mais sobre o palestrante, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

9 de outubro de 2015

Inscrições para Prêmio IFT-Unesp ICTP-SAIFR – Jovens Físicos

O Instituto de Física Teórica (IFT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em parceria com o Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental (ICTP-SAIFR), está promovendo a edição de 2015 do Prêmio IFT-Unesp ICTP-SAIFR para Jovens Físicos, um evento que distinguirá os melhores alunos com idade igual ou inferior a 21 anos, sendo que poderá participar qualquer estudante de graduação no país.

Os candidatos serão selecionados por meio de prova escrita ministrada pelo IFT e pelo ICTP-SAIFR. Os prêmios serão destinados aos cinco primeiros colocados. Os prêmios são de R$ 1 mil (1º lugar), R$ 800 (2º), R$ 600 (3º), R$ 400 (4º) e R$ 200 (5º lugar).

A prova terá duração de 3 horas e versará sobre as seguintes matérias do curso de graduação em Física: Mecânica Clássica, Mecânica Quântica, Mecânica Estatística/Termodinâmica, Eletromagnetismo, Relatividade Especial e Física-Matemática.

A prova será aplicada em São Paulo no dia 31 de outubro de 2015 (sábado), às 14h, no prédio do IFT ao lado do metrô Barra Funda. Para participantes de outras cidades, existe a possibilidade de reembolso parcial de passagens de ônibus.

Este prêmio tem o apoio da FAPESP e as inscrições poderão ser feitas até dia 24 de outubro.

Para obter mais informações sobre este prêmio, ou para se inscrever, CLIQUE AQUI.

Assessoria de Comunicação

9 de outubro de 2015

Excursão de estudantes suíços visita o IFSC/USP

Na manhã e tarde da última sexta-feira, 4, uma turma de cerca de 40 estudantes do curso de graduação de Ciência e Engenharia dos Materiais do Instituto de Tecnologia de Zürich (Suíça) esteve no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A visita, que durou em torno de 6 horas, teve início na Sala da Congregação com as boas-vindas do docente do IFSC Cleber Renato Mendonça, na oportunidade representando a Comissão de Relações Internacionais do Instituto (CRInt-IFSC/USP), e seguida de uma breve palestra do professor Valtencir Zucolotto, durante a qual foram apresentadas informações diversas a respeito das principais pesquisas do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNaNo- IFSC/USP), sendo seguida por um visita aos laboratórios do grupo em questão.

Logo depois, foi a vez de os estudantes conhecerem as instalações do Grupo de Fotônica (GFT- IFSC/USP). Nesse segundo momento da visita, os alunos foram novamente conduzidos por Cleber Mendonça.

Nathan Hostehler foi um dos estudantes a participar da visita e contou que uma das principais razões de vir ao IFSC foi poder ter acesso e conhecimento sobre as pesquisas realizadas fora do território europeu. “Em nosso curso, temos muitas disciplinas de física e química. Está sendo muito interessante conhecer os laboratórios daqui e ver quais tipos de estudos são realizados, com destaque para aqueles aplicados à área de medicina”, contou o estudante.

Ele afirma que planeja estudar fora da Suíça é que o IFSC certamente já se tornou uma de suas opções. “Acho que é muito importante poder conviver com pessoas que tenham ideias e métodos diferentes daqueles com os quais estamos acostumados”, finaliza o estudante.

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Assessoria de Comunicação

8 de outubro de 2015

Docente discute superfluidez em sistemas padrões

Na tarde do dia 07 de setembro, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Profa. Dra. Vivian Vanessa França Henn, do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP/Araraquara), participou de mais um seminário organizado pelo Grupo de Óptica do IFSC.

Na ocasião, a docente ministrou a palestra Vivian_Henn_250Entanglement and exotic superfluidity: from pairing protection to breaking pairs avalanche in 1D superfluid lattices with spin-imbalanced populations, na qual discutiu a co-existência de superfluidez e magnetismo em sistemas superfluidos exóticos, que são caracterizados pela existência conjunta entre pares de partículas com spins emparelhados e partículas solitárias com spin.

O modelo unidimensional de Hubbard foi utilizado para investigar propriedades do estado de superfluidez exótico, conhecido como FFLO (Fulde-Ferrel-Larkin-Ovchinnikov). Os resultados do modelo de Hubbard foram então comparados aos obtidos por outros modelos desenvolvidos pela docente e também a uma expressão analítica derivada para um caso limite.

A Profa. Vivian Henn é bacharel em Física pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), mestre na mesma área pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e doutora em Ciências pelo IFSC/USP. A docente também realizou pós-doutorado no IFSC e na University of Freiburg (Alemanha).

Assessoria de Comunicação

8 de outubro de 2015

Avaliação da Terapia Fotodinâmica em Células de Melanoma Murino

No início da tarde do dia 08 de outubro, o pesquisador Bruno Andrade Ono, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), ministrou o seminário Avaliação da Terapia Fotodinâmica em Células de Melanoma Murino. O evento foi organizado pelo Grupo de Óptica em sua sala de seminários.

De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional do Câncer – INCA, seis mil novos casos de Melanoma surgiram em 2014. Este é o tipo de câncer mais perigoso, porque tem uma alta taxa de metástase, levando, em muitos casos, ao óbito. Atualmente, o Melanoma é resistente à maioria dos tratamentos quimioterápicos e radioterápicos e, por isso, pesquisadores têm buscado novos métodos de tratamento.

Bruno_Ono_GO_-300Neste contexto, a terapia fotodinâmica (TFD) é uma alternativa ao tratamento, já que tem a vantagem se não ser invasiva. Um dos grandes desafios da TFD é superar a alta produção de melanina pelos melanócitos, que impede a penetração da luz e a ativação do fotosensibilizador.

Neste seminário, Bruno, que é graduado em Ciências Físicas e Biomoleculares, discutiu seu estudo, no qual foi investigada a morte celular do melanoma murino em modelo de monocamada, através da avaliação de viabilidade celular usando diferentes fluências de luz. Além disso, foi observada a captação do fotossensibilizador Photodithazine (PDZ), pelas células melanóticas em diferentes tempos, e a sua co-localização com organelas celulares.

Assessoria de Comunicação

8 de outubro de 2015

Palestra sobre uso dos recursos minerais

No âmbito da exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente, que decorre no Teatro Municipal de São hj-300Carlos até dia 23 de outubro, numa iniciativa do IFSC/USP, realizou-se no dia 7 de outubro último, no auditório do CDCC/USP, a palestra subordinada ao tema Uso dos Recursos Minerais, apresentada pela Profa. Dra. Eliane Aparecida Del Lama, docente e pesquisadora do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGC/USP), com uma plateia majoritariamente constituída por alunos do ensino médio de escolas da cidade de São Carlos.

Antes do início da palestra, o educador do IFSC/USP, Herbert João, teve a oportunidade de apresentar aos alunos do ensino médio presentes os inúmeros programas de incentivo e apoio que o Instituto oferece ao longo do ano, como forma de entusiasmar os jovens e de mobilizá-los a ingressar na Universidade de São Paulo e no Instituto de Física de São Carlos, em particular, tendo dado o exemplo de sucesso do programa Universitário por um Dia.

Em sua apresentação, a Profa. Eliane falou sobre como os recursos minerais estão presentes em todos os bens permanentes e de consumo que dispomos, desde a Antiguidade, atendendo a que eles são indispensáveis ao bem-estar, à saúde e ao padrão eliane2-300de vida do ser humano, sendo que muitas vezes a sociedade não identifica esta proximidade.

Já no âmbito da palestra, a enfatizou o fato de que, na Antiguidade, os homens utilizavam os minerais in natura, como, por exemplo, a obsidiana na fabricação de pontas de flecha, ou a hematita como pigmento nas pinturas rupestres. Hoje, devido ao conhecimento acumulado pela evolução humana, é comum utilizar os recursos minerais na fabricação de fertilizantes, ligas metálicas, computadores e celulares, na indústria farmacêutica, em combustíveis e em todos os bens que facilitam a vida e o conforto do ser humano (moradia, saúde, transporte, exploração espacial…): em toda e qualquer atividade que pensemos, lá está o recurso mineral sendo utilizado; na indústria da guerra, inclusive, também estão presentes os recursos minerais.

Os recursos minerais são recursos naturais não renováveis e o seu aproveitamento deve ser feito de forma racional e sustentável. Apreciar estes recursos é também uma forma de apreciar a natureza.

A Profa. Dra. eliane-300Eliane Aparecida Del Lama possui graduação em Geologia, mestrado e doutorado pela UNESP de Rio Claro e Pós-Doutorado pela USP. Em 2001 foi professora substituta na UFSCar e desde 2004 é professora do Instituto de Geociências da USP. É integrante do Núcleo de Apoio à Pesquisa: PATRIMÔNIO GEOLÓGICO E GEOTURISMO, tem especialização em Conservação da Pedra pelo ICCROM (International Centre for the Study of the Preservation and Restoration of Cultural Property) e possui experiência na área de Geociências, com ênfase em Mineralogia Aplicada, atuando principalmente na preservação da herança cultural, mineralogia e petrografia.

O IFSC/USP está realizando a exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Coordenadoria de Artes e Cultura, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, e a Diretoria de Ensino – Região de São Carlos – Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo. Além dessas parcerias, a exposição está contando com o apoio fundamental da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, do Grupo Gestor das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos e do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (FFCLRP/USP).

Assessoria de Comunicação

8 de outubro de 2015

Comunicado nº 04/2015

O Cruesp promoveu, no dia 7 de outubro, reunião com o Fórum das Seis para reavaliar o comportamento da arrecadação do ICMS e a situação orçamentário-financeira das Universidades Estaduais Paulistas, conforme acordado em encontro anterior, realizado no mês de maio.

Para conferir o Comunicado relativo a essa reunião CLIQUE AQUI.

Assessoria de Comunicação

8 de outubro de 2015

Teatro Municipal de São Carlos recebeu mais um concerto

Integrado na exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente, um evento que ocorre no Teatro Municipal rrr-300de São Carlos até o próximo dia 23 de outubro e organizado pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), realizou-se no dia 06 de outubro, nesse mesmo espaço cultural, um concerto com professores do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto FFCLRP/USP), com a participação dos Profs. Rubens Russomanno Ricciardi (cravo), Yuka de Almeida Prado (soprano), e José Gustavo Julião de Camargo (viola Caipira).

O programa foi composto pelas seguintes obras: Lição, da autoria de Marcos Antônio da Fonseca Portugal (1762-1830); os temas, Fantasia e Lição, assinados por José Maurício Nunes Garcia (1767-1830); Beira mar, obra de autor anônimo do folclore do Vale do Jequitinhonha, com arranjo para Viola Caipira de João Paulo Amaral; Suite Matinada / Marruá / Somos que vamos / e Revoredo, da autoria de José Gustavo Julião de Camargo (*1961); Acalanto da Rosa, de Claudio Santoro (1919-1989); A Floresta do Amazonas e Melodia Sentimental, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959); Acaso são estes e Uma mulata bonita, de autor anônimo – obras coletadas por Von Martius e Spix Viagens pelo Brasil, 1817- 1820, editadas em Munique (1826), por Theodor yuka-300Lachner; Quem Sabe? – Modinha, de Antônio Carlos Gomes (1836-1896);

A Profa. Yuka de Almeida Prado – graduou-se em Canto pela Faculdade Kunitachi, em Tóquio, onde se especializou também no Centro de Pesquisa de Canções Japonesas e Francesas. É doutora pela ECA-USP e especificamente como camerista, tem apresentado um vasto repertório da canção brasileira e japonesa, assim como as primeiras audições de compositores brasileiros contemporâneos nos mais importantes teatros do Brasil.

Com o violonista Gustavo Costa e como membro do Ensemble Mentemanuque vem realizando apresentações na Suiça, Alemanha, Itália e Estados Unidos. Em Ribeirão Preto, participou das montagens das óperas Rigoletto, em 2007 e La Bohème, em 2010, como solista. É professora de canto gus-300e do Departamento de Música da FFCLRP-USP e membro do NAP-CIPEM.

No que concerne ao Prof. Rubens Russomanno Ricciardi, é Professor titular e chefe do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo.

É compositor, maestro, pianista e musicólogo, graduado pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, com especialização pela Universidade Humboldt de Berlim. É fundador do Curso de Música pela USP em Ribeirão Preto, fundador e diretor artístico do Ensemble Mentemanuque e da USP-Filarmônica, bem como Diretor artístico do Festival Música Nova Gilberto Mendes. É curador da Temporada de Música de Câmara no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto e das séries Concertos USP – Prefeitura de São Carlos (IFSC-USP) e Direito tem Concerto yuka2-300(FDRP-USP). Sua obra sinfônica Candelárias foi premiada no México.

Por último, José Gustavo Julião de Camargo atuou na Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e se formou pela UNICAMP. Já atuou como professor visitante em diversas escolas de música na Itália nomeadamente, Faenza, Ferrara, Cosenza, Perugia e Campobasso).

É compositor de obras para teatro, vocal e instrumental, coral e sinfônico. É orientador de estruturação musical no Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, maestro assistente da USP-Filarmônica e maestro titular da Banda Mogiana.

O IFSC/USP está realizando esta importantíssima atividade cultural em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Coordenadoria de Artes e Cultura, contando com os apoios da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, do Grupo Gestor das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos e do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (FFCLRP/USP).

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Assessoria de Comunicação

8 de outubro de 2015

Vidros dopados com íons geram luz branca de alta eficiência

A utilização de vidros ópticos dopados com íons terras raras luminescentes (elementos químicos também conhecidos como lantanídeos) permite gerar luz branca* com potencial aplicação em iluminação de mais alta eficiência, conforme demonstrou uma recente pesquisa do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que foi coordenada pela Profa. Dra. Andrea de Camargo, do Grupo de Ressonância Magnética do Instituto.

vidros-iluminescentes-andrea-250Os vidros são materiais importantes em várias áreas tecnológicas, especialmente na de materiais ópticos e luminescentes, oferecendo as vantagens de baixo custo, alta estabilidade química e versatilidade de formas e tamanhos. Na busca por alternativas energéticas de baixo custo e alta eficiência, os dispositivos que geram luz branca e que são baseados em vidros dopados podem ser utilizados na forma de placas iluminadoras e filmes finos, com maior apelo estético, substituindo lâmpadas fluorescentes tradicionais que contêm mercúrio (substância tóxica) e gases de alto custo.

A utilização destes dispositivos para iluminação de ambientes já é comum em alguns países, como, por exemplo, no Japão e na China. Embora as vantagens desses equipamentos sejam evidentes e o uso desses dispositivos esteja se difundindo, sempre há a necessidade de buscar novas composições de materiais que possam ser mais interessantes sob vários pontos de vista. As aplicações luminescentes, no branco ou em outras cores, se estendem ainda a telas de notebooks, smartphones, etc.

Gerando a luz branca

Há diferentes formas de gerar a luz branca. Na maior parte das vezes, ela é obtida através de uma metodologia chamada White LED’s**, ou W LED’s, na qual a luz em questão é originada por meio da combinação de três LED’s: azul, verde e vermelho.

Outra forma de conseguir luz Andrea_de_Camargo_-_300branca é através da associação de um LED azul com cerâmicas do garnet de aluminato de ítrio (YAG: Ce) que, quando é excitado pelo LED, apresenta emissão de banda larga na região do amarelo. A combinação entre as cores azul e amarela permite obter uma emissão de luz próxima do branco, mas não de um branco puro, devido à ausência da contribuição do vermelho. Nossa idéia é sempre aprimorar a emissão para alcançarmos o branco puro, e não o branco azulado ou amarelado, que são indesejáveis em algumas aplicações como salas de cirurgia e iluminação de outros ambientes em que as análises e percepção das cores puras são cruciais, explica a Profa. Andrea.

Em um artigo de sua autoria publicado recentemente no Journal of Alloys and Compounds, a docente descreve a obtenção de luz branca através de um vidro fluorofosfato dopado com os íons európio (Eu³+) e térbio (Tb³+). Ao ser excitado por uma fonte apropriada de energia, o európio é capaz de emitir luz na região do vermelho, enquanto o térbio emite na região do verde e do azul. A combinação apropriada destas emissões (nas razões corretas) leva à geração de luz branca.

Na primeira etapa do trabalho, foram analisadas e escolhidas as melhores concentrações de ambos os íons, para gerar a luz em questão. Posteriormente foram preparadas amostras co-dopadas, que são obtidas por fusão dos precursores óxidos e fluoretos em alta temperatura (1100 ºC). Uma vez obtido o fundido homogêneo, este é vertido em moldes metálicos para que se promova o resfriamento rápido necessário para a formação dos vidros. Após a obtenção de várias amostras, as mesmas são caracterizadas em detalhe do ponto de vista estrutural, óptico e espectroscópico.

A docente afirma que tem interesse em dar continuidade a esse trabalho, que fez parte do projeto de doutorado do ex-aluno do IFSC/USP, Thiago Branquinho de Queiroz, e que foi desenvolvido no âmbito do Center for Research, Technology and Education in Vitreous Materials – CeRTEV, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (CEPID’s/FAPESP). Este centro é composto por 6 pesquisadores do IFSC/USP e outros da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Universidade Federal de São Carlos – UFSCar e da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.

*Além da luz gerada pelas lâmpadas fluorescentes, a luz do sol também é considerada uma luz branca, embora em determinados horários do dia (principalmente nos dias mais quentes) ela aparenta ser amarelada.

**A sigla LED vem do inglês “Light emitting diode” – ou diodo emissor de luz, em português – e corresponde a um material semicondutor luminescente, cuja região de emissão espectral é governada pela energia de gap do material.

Assessoria de Comunicação

8 de outubro de 2015

Divulgação científica de forma (realmente) inclusiva

Durante a 5ª edição da Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos (SIFSC), realizada entre 28 de setembro e 2 de outubro deste ano, uma exposição diferente foi apresentada aos participantes. Tendo como temática principal a luz, painéis táctil-visuais foram expostos, incluindo como público-alvo pessoas com deficiência visual.

O projeto começou a ganhar vida no final do ano passado, quando seus idealizadores, alunos de graduação e pós-graduação do IFSC, e também membros da Sociedade Internacional de Óptica e Fotônica (SPIE, na sigla em inglês), começaram a desenvolver a exposição para que esta fosse inaugurada no Museu Ciência e Vida (Duque de Caxias- RJ) durante um congresso conjunto entre a SPIE e a IPA (Associação Internacional Fotodinâmica). “A ideia do projeto era explicar conceitos básicos da física através de objetos táteis, de uma maneira que o deficiente visual, ao tocar os painéis, fosse capaz de compreender perfeitamente esses conceitos”, explica Carolina de Paula Campos, uma das responsáveis pelo projeto.

Paineis_tactil-visuaisVários foram os incentivos para o desenvolvimento dos painéis táctil-visuais. O primeiro deles foi o contato com o docente da Unesp Eder Pires de Camargo, que é deficiente visual, e já trabalha com práticas de ensino para pessoas cegas há alguns anos. Outro estímulo foi a comemoração do Ano Internacional da Luz. Finalmente, a difusão científica, um dos focos principais dos membros da SPIE, foi a razão final para que a exposição ganhasse vida.

Embora aberta a qualquer participante, a exposição é voltada a alunos do ensino médio, já que os conceitos abordados nos painéis são aqueles ensinados durante essa etapa escolar. “Alguns conceitos são mais simples, mas outros, não. Nosso intuito foi passá-los à comunidade, mas de uma maneira que os deficientes visuais também pudessem ser incluídos”, conta Ilaiáli Souza Leite, pesquisadora que também faz parte do projeto em questão.

Dos 27 painéis táctil-visuais desenvolvidos pela equipe do IFSC/SPIE, 2 deles trazem em braile uma introdução sobre como tirar melhor proveito de toda exposição, e os 25 restantes com explicações dos conceitos físicos abordados, nos quais se incluem ondas, espectros da luz, efeitos de polarização e reflexão, funcionamento do olho humano etc. “Já estamos trabalhando para também incluir audiodescrições nos painéis. Como os deficientes visuais precisam lidar com duas informações ao mesmo tempo [descrição do conceito e o próprio conceito em si], pode haver dificuldades. Nosso intuito é que a audiodescrição permita uma maior facilidade na absorção dos conceitos ópticos”, explica Ilaiáli.

Perspectivas futuras

Já tendo passado duas vezes pelo IFSC (na 5ª edição da SIFSC e em uma das palestras do programa Ciência às 19 horas), durante três meses (entre maio e julho deste ano), a exposição ficou sediada no Museu Ciência e Vida. Nesse período, alguns painéis foram duplicados para serem também expostos durante a 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em julho na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). “A partir de agora, nosso intuito é passar por diversas escolas do ensino médio, incentivando o uso desses painéis pelos professores em sala de aula. Mesmo que não existam deficientes visuais na sala, o ensino de física pode ser muito mais facilmente absorvido e compreendido pelos alunos através destes painéis”, afirma Carolina.

Segundo a pesquisadora, os painéis táctil-visuais, que contam com aprimoramento contínuo, também deverão ser duplicados. “Queremos fazer contato com outras escolas da região para que o projeto possa ser levado a mais locais e, principalmente, tornar-se realmente útil no ensino de física nas escolas públicas e privadas”.

Ainda de acordo com Carolina e Ilaiáli, a equipe tem o intuito de desenvolver um novo projeto, também tendo como foco públicos diferenciados. “Queremos divulgar a ciência de uma maneira que se possa incluir o a maior quantidade possível de pessoas nessa divulgação”, adianta Carolina.

Para isso, a equipe em questão busca novos parceiros e aguarda manifestação de outros interessados. Aqueles que desejarem fazer parte do projeto e/ou trazerem a exposição para seu local de trabalho, podem entrar em contato através do e-mail uspsc.chapter.spie@gmail.com

Imagem: da esquerda, Ilaiáli e Carolina

Assessoria de Comunicação

7 de outubro de 2015

Nonequilibrium phase transitons in fluctuating environments

Na última edição do programa Café com Física, que decorreu em 07 de outubro, na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Prof. Dr. José Abel Hoyos Neto, do Grupo de Física Teórica desta Unidade, apresentou a palestra Infinite-noise criticality: Nonequilibrium phase transitons in fluctuating environments.

Em sua apresentação, o docente falou sobre uma classe de sistemas que apresenta uma transição de fase de não-equilíbrio. Para entender melhor o tema, considere um sistema onde os agentes podem estar doentes ou sadios. Os doentes podem infectar os sadios que estão em contato próximo a uma determinada taxa. Com outra taxa, os doentes se curam espontaneamente. Se a taxa de cura for muito maior que a taxa de infecção, então em algum momento todos ficarão curados e a doença será extinta.

Caso a taxa de cura seja HOYOS-300muito menor que a taxa de infecção, então sempre haverá algum agente doente e a doença persistirá indefinidamente. Há então uma taxa de cura intermediária que dita quando estamos em uma fase ou em outra. Neste seminário, o Prof. José Hoyos explicou que, em um de seus estudos, tem observado como a variação dessas taxas de cura e infecção influenciam o comportamento do sistema perto da transição entre os estados de atividade e não-atividade.

José Hoyos é graduado em Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e doutor, também em Física, pela UNICAMP. Atualmente é docente do IFSC/USP, com experiência em transições de fase e sistemas fortemente correlacionados.

Assessoria de Comunicação

7 de outubro de 2015

Governador nomeia Conselho Técnico Administrativo

O Prof. José Arana Varela foi reconduzido ao cargo de diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da FAPESP pelo governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, em simultâneo com a nomeação de três novos membros do Conselho Superior da Fundação, atos que foram já publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo, no dia 6 de outubro.

O destaque vai para a nomeação do Prof. João Fernando Gomes de Oliveira, docente da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), como Conselheiro do citado órgão.

O Prof. João Fernando Gomes de Oliveira é engenheiro mecânico, professor titular da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) e membro titular da Academia Brasileira de Ciência (ABC).

As outras duas individualidades nomeadas igualmente para os cargos de Conselheiros foram, Profs. Carmino Antonio de Souza, Secretário Municipal de Saúde de Campinas e Pedro Wongtschowski, engenheiro químico, mestre e doutor em Engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

O CTA da Fundação constitui sua diretoria executiva, formada pelo presidente, Prof.José Arana Varela, pelo diretor científico, Dr. Carlos Henrique de Brito Cruz, e pelo diretor administrativo, Prof. Joaquim José de Camargo Engler. Com mandatos de três anos e possibilidade de reeleição, os diretores são indicados pelo governador, a partir de listas tríplices elaboradas pelo Conselho Superior.

Já o Conselho Superior da FAPESP é presidido pelo Prof. José Goldemberg, presidente da Fundação, e formado pelos Profs. Eduardo Moacyr Krieger (vice-presidente), Fernando Ferreira Costa, João Grandino Rodas , José de Souza Martins, Maria José Soares Mendes Giannini, Marilza Vieira Cunha Rudge, Pedro Luiz Barreiros Passos e Suely Vilela, aos quais se juntarão agora os três novos conselheiros acima citados.

Assessoria de Comunicação

7 de outubro de 2015

Pesquisadores do IFSC/USP na mesma linha dos laureados

O americano Paul Modrich, o turco Aziz Sancar e o sueco Tomas Lindahl, foram os vencedores do Prêmio Nobel de Química – 2015, em anúncio feito no dia 07 de outubro pela Academia Real das Ciências da Suécia.

Os três cientistas foram premiados por terem descoberto como o DNA, que é danificado por irradiação como a ultravioleta (UV), pode ser reparado, assim preservando a integridade do material genético, fato que poderá ajudar a desenvolver novos tratamentos contra o câncer.

As razões pelas quais a estabilidade de células é mantida mesmo sob irradiação UV têm sido estudadas numa colaboração entre pesquisadores do IFSC/USP e universidades portuguesas.

Usando filmes monomoleculares na interface ar-água para simular uma membrana celular, a equipe de pesquisadores luso-brasileira verificou que a presença de DNA na membrana reduz a instabilidade causada pela radiação UV.

A hipótese é de que a membrana seja estabilizada pela interação com os subprodutos da degradação dos seus componentes e do DNA, até que os mecanismos de reparo – cuja descoberta levaram ao Prêmio Nobel – entrem em ação.

Mais informações de como a membrana celular se estabiliza na presença de DNA – mesmo sob ação da radiação UV – podem ser obtidas acessando o artigo publicado recentemente,onde aparece como co-autor o Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Júnior (CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O DOCUMENTO).

Assessoria de Comunicação

7 de outubro de 2015

Portinari dentro de cada um de nós

Todos têm uma tela branca imaginária dentro de si. O desafio é saber o Candido_2-200que fazer com essa tela, ou, melhor, como preenchê-la com aquilo que se sente: seja através de um som, de um odor ou de uma leve percepção, de um paladar ou de uma figura real ou imaginária.

O pincel pode ser uma melodia entoada através de um murmúrio, ou de uma fragrância emanada da própria natureza que nos rodeia; a palheta imaginária pode acolher um suspiro envolto numa poesia que ainda está por escrever, com o sabor de um beijo trazido pela brisa do mar; e o cavalete, esse, poderá ser armado no sonho de uma imagem desenhada nas nuvens e erguido na esperança da criação de algo que tenha o condão de despertar aquilo que não se aprende no banco da escola. Inocência, virtuosidade quase angelical e sensibilidade, impõem movimentos leves, mas de alguma forma firmes, contudo receosos, aos dedos ainda infantis de quem tenta, nem que seja por um minuto, incorporar o artista inspirador.

Portinari fauna_e_flora_brasileiras-200não é só um nome, uma assinatura, uma história que perdura no tempo, tudo isso remetendo a um conjunto de obras belíssimas pertencentes a todos nós. Portinari é, acima de tudo, paixão, envolvimento, sutileza, expressão, beleza, inspiração, sensibilidade; contudo, ele deve ser entendido e interpretado como uma fonte educacional inesgotável. A satisfação expressa na face de quem, na flor da idade e com orgulho, se inspira nas obras do imortal artista plástico brasileiro – nem que seja para, respeitosamente, tentar imitar alguns de seus traços -, demonstra o quanto se pode extrair dos ensinamentos e exemplos deixados pelo Mestre, onde sobressai a defesa de valores sociais e humanos… Onde sobressai a… Cidadania!

Conforme é afirmado por João Candido Portinari, Fundador e Diretor do Projeto Portinari e filho do grande artista plástico Candido Portinari, a extensa obra de seu pai é mulher_com_filho_morto-200acima de tudo uma mensagem ética humanística e cidadã (…) Que se eleva contra a violência e as injustiças e clama pela paz, pela fraternidade, pelo espírito comunitário, pelo respeito às pessoas e à vida. A criança tem uma aguda percepção com relação a imagens, toda criança desenha, pinta. A missão do Núcleo de Arte-Educação e Inclusão Social do Projeto Portinari é levar a mensagem de Portinari às crianças, aos jovens e ao público em geral, por meio de suas obras e também de seu pensamento, expresso nos textos e poemas que o pintor legou (…).

Para aqueles que têm a responsabilidade de abrir o caminho e de incentivar a arte junto dos jovens, como é o caso de Suely Avellar, Coordenadora do Núcleo de Arte-educação e Inclusão Social do Projeto Portinari, bem como dos professores e educadores municipais e estaduais que, com visível prazer acompanham seus alunos, e que são apoiados por suas respectivas estruturas, certamente que o sorriso bem esboçado no rosto das crianças e o brilho em seus olhos, após concluírem SUELY300seus trabalhos, substituem qualquer frase ou conjunto de adjetivos que possam ser proferidos. O doce silêncio é a melhor forma de dizer “FANTÁSTICO”. Não interessa onde ou quando uma criança pode pintar ou desenhar algo advindo de sua imaginação ou de sua sensibilidade: pode ser num quarto, numa rua, numa praça, em um jardim, debaixo de uma árvore, perto de um córrego ou no meio de uma avenida de qualquer grande cidade: pode ser numa sala de aula ou… num teatro*. O que interessa é que ela o faça com vontade e que em cada traço seu esteja patente sua sensibilidade, seus sonhos, seus desejos, sua inigualável verdade, tal como se expressou o Mestre brasileiro.

Só assim Portinari estará sempre dentro de cada um de nós, com o passar das gerações!


A marca do pincel na tela

É como a vida,

Ora suave como um sonho,

Ora agreste como a alma sofrida.


As mãos que suplicam,

As feras que rosnam,

As crianças que brincam,

As mães que choram.


As casas que brilham,

As paisagens que enlevam,

As faces que transpiram

Sob as árvores que embalam.


O pincel que rodopia,

Num incessante movimento,

Desbotando a cor vadia

Que envenena docemente


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*Visita e trabalhos executados por alunos da Escola Estadual Álvaro Guião (São Carlos) na Exposição Portinari – Arte e Meio Ambiente, atividade cultural promovida pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e realizada em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Coordenadoria de Artes e Cultura, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, e a Diretoria de Ensino – Região de São Carlos – Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo. Além dessas parcerias, a exposição conta com o apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, do Grupo Gestor das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos e do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (FFCLRP/USP). Até ao dia 05 de outubro, esta exposição já recebeu a visita de 1.078 alunos.

Assessoria de Comunicação

6 de outubro de 2015

Grupo de Óptica seleciona voluntários para pesquisa

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de seu Grupo de Óptica (GO), selecionará entre os dias 6 e 12 de outubro de 2015 voluntários para participar do projeto “Novas perspectivas no tratamento de esteatose hepática não alcoólica”, que tem como objetivo auxiliar pessoas obesas no processo de emagrecimento através de exercícios físicos e fotoestimulação, para proporcionar um emagrecimento eficiente e, por consequência, a eliminação de gordura do fígado.

Grupo_de_Optica-_loguinhoOs voluntários deverão enquadrar-se nos seguintes pré-requisitos:

– Ser do sexo masculino;

– Ter entre 30 e 40 anos de idade;

– Ter índice de massa corpórea (IMC) entre 30 e 35 Kg/m²;

O tratamento terá duração de oito semanas e será realizado entre os meses de outubro e dezembro de 2015. Os encontros ocorrerão três vezes por semana, com duração de 1h15, na Clínica MultFisio, uma parceira da USP neste projeto.

Os interessados em participar da pesquisa deverão enviar e-mail a antonioaquino@ursa.ifsc.usp.br durante o período já mencionado (6 a 12/10/2015), através do qual o pesquisador Antonio Eduardo de Aquino Junior, responsável pelo estudo em questão, fará os agendamentos das entrevistas. Mais informações e outras dúvidas poderão também ser enviadas a este mesmo endereço eletrônico.

Assessoria de Comunicação

6 de outubro de 2015

EESC/USP promove palestra sobre tratamento de lesões no colo do útero

Na próxima quinta-feira, 8 de outubro, às 14 horas, no anfiteatro “Jorge Caron”, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), através de sua Comissão de Desenvolvimento Humano e OrgaOutubro_rosa-_logonizacional, realizará a palestra “Terapia fotodinâmica no tratamento de lesões no colo do útero”, que será ministrada pela pesquisadora do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Natália Mayumi Inada.

A palestra, inserida nas ações do Programa de Qualidade de Vida no Trabalho, tem como objetivo promover a conscientização em relação a temas relevantes para a saúde feminina, em sintonia com a campanha Outubro rosa, para chamar a atenção para a atual realidade do câncer e a importância de seu diagnóstico precoce.

A palestra será aberta a todos os interessados, que deverão fazer inscrição prévia até 7 de outubro, mediante o preenchimento e entrega da ficha de inscrição no Serviço de Pessoal da EESC ou pelo e-mail dho@eesc.usp.br

Com informações da EESC/USP

Assessoria de Comunicação

6 de outubro de 2015

Dois prêmios já anunciados

Nos dois últimos dias, dois importantes prêmios Nobel foram anunciados: o de Medicina e o de Física.

Nobel_prizeO prêmio Nobel de Medicina foi dividido por três pesquisadores: pelo irlandês William Campbell, pelo japonês Satoshi Omura e pela chinesa Youyou Tu. Os dois primeiros por seus trabalhos sobre um novo tratamento contra as infecções provocadas por vermes, enquanto Youyou foi premiada por suas descobertas sobre uma nova terapia para a malária.

Já o prêmio Nobel de Física ficou com Arthur B. McDonald (Canadá) e Takaaki Kajida (Japão) pela descoberta de que os neutrinos, tipo de partícula elementar, mudam de classe e possuem massa.

Ainda nesta semana, serão também anunciados os prêmios Nobel nas categorias Medicina e Fisiologia, Química e Paz.

Assessoria de Comunicação

6 de outubro de 2015

Qual a importância de defender trabalhos em inglês?

Até há bem pouco tempo, a Universidade de São Paulo permitia que os alunos defendessem teses e dissertações apenas em língua portuguesa, já que essas apresentações eram – e ainda são – consideradas concursos públicos, pelo que devem ser documentados na língua pátria. Na época em que exerceu o cargo de Pró-Reitor de Pós-Graduação da USP, no período de 2005 a 2009, o Prof. Dr. Armando Corbani modificou o regimento da Pós-Graduação, com a finalidade de diminuir a alta flexibilidade que o departamento oferecia aos estudantes. Entre as modificações, o Prof. Corbani sugeriu que as defesas pudessem ser apresentadas também na língua inglesa.

internacionalizacao-ifsc-usp-300De acordo com o Prof. Dr. Otavio Henrique Thiemann, Presidente de Pós-Graduação e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Física do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), essa sugestão foi barrada, devido às regras exigidas para esse tipo de documentação. Mas, quando o Prof. Dr. Vahan Agopyan assumiu o cargo de Pró-Reitor de Pós-Graduação da USP (2010-2014), foi feita uma revisão no regimento, no qual foi finalmente permitida a defesa de trabalhos acadêmicos em outro idioma.

Em 2013, com base no citado regimento, o setor de Pós-Graduação do IFSC adotou o idioma inglês como uma segunda opção para aqueles que quisessem defender seus trabalhos na Unidade. De acordo com Otavio Thiemann, antes disso, em 2007, apenas um aluno defendeu seu trabalho no IFSC no idioma inglês, atendendo a banca avaliadora que era constituída por pesquisadores do Brasil e do exterior. Nesse caso, o processo foi bastante burocrático, porque foi necessário pedir permissão à Pró-Reitoria, que consultou várias instâncias. Hoje, não temos mais nenhum empecilho deste tipo, já que qualquer estudante do IFSC pode defender seus trabalhos em português ou em inglês, explica o Prof. Otavio.

Segundo o docente, uma das vantagens Otavio_Thiemann-tese-cecilia-300de defender teses e dissertações em inglês é a visibilidade nacional e internacional que o trabalho e a própria Unidade recebem. Nós temos um fluxo de estrangeiros muito grande no Instituto. Muitos pesquisadores de fora do país vêm ao IFSC desenvolver colaborações científicas. Então, é interessante que esses especialistas participem de nossas bancas avaliadoras. Defender trabalhos em inglês é uma forma de estreitar laços, diz ele.

O docente acredita que o número de defesas em língua inglesa deverá aumentar, uma vez que, graças à internacionalização e à evolução tecnológica, será possível que essas apresentações sejam realizadas através de videoconferências, permitindo que pesquisadores e docentes que estejam fora do país participem das bancas avaliadoras. Isso permitirá que nossos colaboradores internacionais tenham a oportunidade de avaliar as defesas de nossos alunos à distância, desde que os estudantes e os presidentes das bancas estejam presentes durante as apresentações.

Javier-internacionalizacao-ifsc-usp-300Para o Prof. Dr. Javier Ellena, docente do Grupo de Cristalografia do IFSC/USP e orientador de uma tese de doutorado defendida recentemente em inglês, a apresentação de teses em língua inglesa contribui para a melhoria do nível das defesas realizadas no Instituto. Isso é muito importante para a nossa Unidade, porque faz com que ela seja ainda mais reconhecida a nível internacional, diz ele, acrescentando que o inglês, pelo fato de ser a língua utilizada no âmbito científico internacional, influencia no impacto e na abrangência dos trabalhos, já que os artigos científicos são escritos internacionalmente neste idioma, atraindo com mais facilidade a atenção de pesquisadores de vários países.

Outro ponto importante, segundo o Prof. Javier Ellena, é a inovação introduzida recentemente na pós-graduação do IFSC, que permite que as teses de doutorado sejam elaboradas com artigos científicos publicados em revistas internacionais, com estrita política editorial. Isso tem o intuito de incentivar fortemente o envolvimento e engajamento dos nossos alunos de pós-graduação nas pesquisas científicas de alto nível realizadas nos diferentes grupos de pesquisa do nosso instituto, diz ele.

Recente defesa de tese apresentada em inglês no IFSC

Cientes da importância e necessidade da internacionalização, alguns ex-alunos do IFSC/USP já defenderam suas teses e dissertações no idioma inglês. Este foi o caso da pesquisadora Cecília Carolina Pinheiro da Silva, que defendeu sua tese de doutorado, em inglês, em setembro último, tendo tido como avaliadores na banca os Profs. Drs. Javier Ellena (orientador), Michael Zaworotko (University of Limerick – Irlanda), Paulo César Pires Rosa (Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP), Renato Cordeiro (Universidade Federal de São Carlos – UFSCar) e o pesquisador do IFSC/USP, Marcelo Barbosa.

Na oportunidade, a pesquisadora defendeu o trabalho intitulado Síntese supramolecular e caracterização de novas formas sólidas dos fármacos 5-fluorocitosina e 5-fluorouracila, no qual descreveu o desenho de novas formas sólidas (substâncias químicas utilizadas em medicamentos e responsáveis pelo efeito farmacológico) desses fármacos, que são utilizados na terapia anticancerígena: uma temática nada fácil para ser explanada em língua inglesa.

Nessa pesquisa, Cecília Silva, que elaborou a tese com base em dois artigos científicos de sua autoria, desenvolveu nove novas estruturas sólidas, incluindo três sais e seis co-cristais. Todas as estruturas foram obtidas com base nos princípios da engenharia de cristais e planejamento racional de fármacos. Dentre os co-cristais obtidos nesse estudo, merece destaque o co-cristal multi-fármaco, já que a terapia combinada a nível molecular vem se destacando nos últimos anos, principalmente pelo fato de promover o aprimoramento na atividade individual de cada insumo farmacêutico.

Embora os dados não tenham sido apresentados na tese, porque não foram publicados a tempo, a solubilidade do co-cristal multi-fármaco foi um dos aspectos estudados e se mostrou favorável a uma possível aplicação farmacológica, tendo em vista que boa parte dos fármacos anticancerígenos que são atualmente comercializados na forma de dosagem sólida, exibe baixo perfil de dissolução e solubilidade e, por isso, não chega até à corrente sanguínea do paciente em quantidade suficiente para apresentar um bom desempenho farmacológico. O problema é que, para que parte desses medicamentos chegue na corrente sistêmica, é preciso administrar doses extremamente altas desses remédios. Porém, além de atividades farmacológicas, esses medicamentos têm contra-indicações, tais como alto risco de toxicidade e efeitos colaterais, diz Javier Ellena, acrescentando que os medicamentos no estado sólido utilizados hoje no tratamento de câncer são caros e escassos.

Com isso, embora sejam Ceclia2-internacionalizacao-ifsc-300necessários alguns estudos complementares, acredita-se que, por meio da Engenharia de Cristais, é possível melhorar a eficiência dos medicamentos e baratear o custo desses e de outros remédios, reduzindo seus efeitos colaterais, em particular a toxicidade. Na etapa seguinte, analisaremos a eficácia do co-cristal multi-fármaco, bem como das demais estruturas obtidas. Além disso, trabalharemos para tentar colocar esses medicamentos no mercado, explica Cecília Silva, ressaltando que esse medicamento “2 em 1” deverá ser comercializado daqui a alguns anos.

Avaliação da banca

Michael-Zaworotko-internacionalizacoa-250Além da apresentação da ex-doutoranda do IFSC/USP, a qualidade da pesquisa de Cecília também recebeu elogios dos membros da banca avaliadora. O Prof. Michael Zaworotko já acompanhou defesas de teses nos Estados Unidos e em países da Europa, e elogia a qualidade da apresentação da pesquisadora: Fiquei impressionado com a defesa, principalmente, em termos de profundidade e do rigor das questões elaboradas pela banca. Obviamente, o desempenho dela foi grande.

Para o Prof. Paulo César, a defesa de Paulo-internacionalizacao-ifsc-usp-250Cecília Silva teve apenas pontos positivos: A aluna estava bem preparada e treinada para a apresentação. Seu inglês foi de fácil compreensão e ela teve uma facilidade muito grande em apresentar o tema, elogia ele, que também destaca a relevância do trabalho da ex-doutoranda do IFSC/USP, bem como a importância das defesas de teses em língua inglesa para a divulgação e o impacto dos trabalhos.

 

 

Assessoria de Comunicação