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28 de agosto de 2015

Electrostatic control over polarized currents through spin-orbital Kondo effect

No dia 27 de agosto, ocorreu mais um Journal Club, onde o Prof. Dr. George Martins, do Department of Physics da Oakland University (Estados Unidos), apresentou o seminário Electrostatic control over polarized currents through spin-orbital Kondo effect, na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

GEORGE_MARTINS_300Na ocasião, o docente abordou temas como pontos quânticos, filtros de spin, pontos quânticos duplos paralelos (onde cada ponto é acoplado a um dos dois canais não magnéticos independentes), tendo discutido também o efeito Kondo através de aplicação em campo magnético.

Entre as principais linhas de pesquisa de George Martins, destacamos seu interesse no estudo de elétrons fortemente correlacionados. Em colaboração com grupos de pesquisa norte-americanos, europeus e latino-americanos, o docente tem aplicado diferentes técnicas numéricas para entender as propriedades de sistemas eletrônicos correlacionados. Atualmente, Martins também tem trabalhado com Métodos de Diagonalização Exata para tentar compreender nanoestruturas, além de outros sistemas.

Assessoria de Comunicação

28 de agosto de 2015

Docente discute as perspectivas do ensino superior no século XXI

Na manhã do dia 28 de agosto, ocorreu mais uma edição do programa Colloquium diei, no qual o Prof. Dr. Peter Alexander Bleinroth Schulz, da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), apresentou a palestra Perspectivas do ensino superior no século XXI: desafios para a Física e a interdisciplinaridade. O evento ocorreu no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

PETER_SCHULZ_300Com base em alguns marcos históricos, o docente discutiu brevemente a trajetória do ensino superior da Física no Brasil, desde a vinda do físico Gleb Wataghin* ao país. Nesta palestra, Schulz também abordou o crescimento da pós-graduação e a busca pela interdisciplinaridade. Neste contexto, também foram destacadas algumas características tradicionais do ensino superior de Física que passaram a ser discutidas para outros cursos. Além disso, foi elencado um conjunto de desafios que os cursos de Física do Brasil precisam enfrentar de forma mais abrangente.

Peter Schulz é graduado e mestre em Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). O docente, que também é doutor em Física pela Universidad Autonoma de Madrid (Espanha), tem pós-doutorado pelo Max Planck Institute for Solid State Research (Alemanha). Atualmente é professor associado da UNICAMP, onde atua com experiência na área de Física da Matéria Condensada, com ênfase em sistemas de baixa dimensionalidade e suas propriedades de transporte eletrônico.

Schulz, que hoje é Diretor da Faculdade de Ciências Aplicadas da UNICAMP, tem se dedicado a atividades de divulgação científica, principalmente sobre nanociência, tendo sido o curador da exposição Tão longe, tão perto, sobre telecomunicações e sociedade, realizada em Brasília (2009) e São Paulo (2010).

*Em 1934, Wataghin fundou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, junto com outros cientistas europeus.

Assessoria de Comunicação

28 de agosto de 2015

Simpósio Inaugural USP – Université Sorbonne (Paris)

Realiza-se entre os dias 02 e 04 de setembro, na Sala do Conselho Universitário da USP, em São Paulo, o Simpósio Inaugural USP-USPC, evento promovido e organizado pela Aucani, em conjunto com o escritório de representação da Université Sorbonne Paris Cité (USPC), contando-se com a presença de pesquisadores das duas instituições – USP e USPC -, que discorrerão, através de workshops paralelos temáticos, assuntos relacionados com Políticas da Terra, Bioinformática, Energias do Amanhã e Gênero.

O evento também inaugura o escritório de representação da USPC, fruto de um convênio estabelecido entre a instituição francesa e a USP, uma infraestrutura que está localizada no Centro de Difusão Internacional-1, mais precisamente nas novas instalações da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani), prevendo-se, de igual modo, a abertura de um escritório da USP, na USPC.

Tanto a plenária de abertura, no dia 2 de setembro, como o encerramento do evento, no dia 4, serão abertos aos interessados.

Para obter mais informações sobre este evento, se inscrever e ter acesso à sessão de abertura, clique AQUI e preencha seus dados no formulário.

Para se inscrever e ter acesso às sessões de encerramento do evento, clique AQUI e preencha seus dados no formulário.

Assessoria de Comunicação

28 de agosto de 2015

Série “Concertos USP – Prefeitura de São Carlos”

Após o tradicional período de férias do mês de julho, a já tradicional série Concertos USP/Prefeitura Municipal de São Carlos regressou ao Teatro Municipal de São Carlos, com mais um concerto que registrou lotação esgotada.

Sob a regência do experiente maestro e compositor paulista, José Gustavo Julião de DESTAQUE-350Camargo, a USP-Filarmônica acompanhou a interpretação de três jovens solistas, e mais uma vez com um atrativo complementar: depois de ser apresentado no semestre anterior um concerto inédito com um instrumento que é raro ouvir ao vivo – cravo -, desta vez foi a vez do público ser brindado com um concerto de harpa, além de duas outras interpretações não menos deslumbrantes de solistas em viola e piano.

Coube ao Diretor do Instituto de Física de São Carlos, Prof. Dr. Tito José Bonagamba, um dos principais impulsionadores desta série de concertos, fazer as honras da casa, não só para dar as boas vindas a todos, como, também, para anunciar mais um grande evento cultural que ocorrerá na cidade de São Carlos entre os dias 15 de setembro e 23 de outubro, com a realização de uma magnífica exposição – e com uma série de eventos paralelos – denominada Portinari – Arte e Meio Ambiente, que promete não só atrair os apaixonados pela arte do famoso artista brasileiro, como, também, de movimentar, através de várias ações, os jovens alunos dos ensinos fundamental e médio de nossa cidade e região.

Esta exposição contará com as parcerias e apoios da Prefeitura Municipal de São Carlos, que inclusive cederá toda a infraestrutura do Teatro Municipal, a Diretoria de Ensino da Região de São Carlos – Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, a Secretaria Municipal de Educação de São Carlos, a Coordenadoria de Artes e Cultura do Município de São Carlos, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia de São Carlos, o Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP, o Instituto de Física de São carlos (IFSC/USP) e a Coordenadoria de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) – São Carlos – USP.

Em relação ao concerto ocorrido no dia 26 de agosto, uma vez mais a palavra certa será “fantástico”, até porque as três obras apresentadas configuravam uma grande complexidade de execução e uma atenção redobrada de todos os artistas.

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O concerto de harpa, interpretado pela solista Cecília Pacheco, não poderia ter corrido melhor do que correu. Extremamente atenta, sentindo com profundidade os angélicos sons retirados de seus dedos em cada corda da harpa, para que se fundissem delicadamente no fundo orquestral, Cecília Pacheco foi merecedora absoluta dos longos aplausos que a brindaram no final de sua interpretação do Concerto de Harpa e Orquestra de Cordas, da autoria de Radamés Gnattali.

Natural de Belo Horizonte, Cecília Pacheco iniciou-se na música aos cinco anos. Com a Orquestra Juvenil da Bahia, realizou turnê nos Estados Unidos, Suíça, Itália e Inglaterra, em 2014, e ao longo de sua promissora carreira já acompanhou grandes nomes da música erudita, como, Martha Argerich, Eliane Coelho, Colin Currie, Jean-Yves Thibaudet e Ricardo Castro, e da música popular, como, Lenine, Milton Nascimento, Ivan Lins, João Bosco Rosa Passos, Nana Caymmi e Wagner Tiso. Atualmente, Cecília é harpista titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Daniel Isaias Fernandes foi o segundo solista da noite, em viola. Faltam palavras para descrever a interpretação de Daniel, sóbria e precisa ao longo de sua interpretação, viajando musicalmente entre momentos ora impactantes, ora sutis e reflexivos de uma obra de difícil execução.

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Nascido em Ribeirão Preto, Daniel iniciou seus estudos musicais em 2002, e em 2004 passou a integrar a OFADERP – Orquestra Filarmônica da Assembleia de Deus de Ribeirão Preto. Entre 2005 e 2012 integrou o naipe de violas da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Atualmente, é professor de violino e viola no projeto Orquestra Viva em Araxá (Minas Gerais). Neste espetacular concerto, Daniel Fernandes foi o protagonista do Concerto para Viola e Orquestra em Ré maior , de Franz Anton Hoffmeister.

Por último, destaque também para a apresentação da pianista Erika Ribeiro, que tem a particularidade de “grudar” o espectador a diversas particularidades bem distintas de suas interpretações: a elegância, sutileza, harmonia no diálogo que estabelece com o piano, independente da obra que esteja executando. Sua apresentação no Teatro Municipal de São Carlos não foi diferente, tendo “arrastado” o público para uma maravilhosa simbiose onde a melodia “casou” com movimento e expressão corporal, elevando e quase tornando fácil a complexa obra do Concerto para Piano e Orquestra nº 17 em Sol Maior, de Wolfgang Amadeus Mozart.

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Erika Ribeiro já atuou à frente de grandes e famosas orquestras, como, por exemplo, Filarmônica de Gaia (Portugal), Filarmônica de Kalisz (Polônia), Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Experimental de Repertório e Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, entre outras. Cursou a Escola de Música de Piracicaba e a Universidade de São Paulo – USP, estudou durante 2 anos na tradicional Hochschule für Musik ‘Hanns Eisler’ em Berlim (Alemanha), tendo participado de cursos de aperfeiçoamento nos Estados Unidos, Suíça e França.

Atualmente, leciona na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, onde, em 2014, assumiu a cátedra de Música de Câmera e Recital.

A série concertos “USP Filarmônica/Prefeitura Municipal de São Carlos” regressará no próximo dia 30 de setembro e é bom ficar atento á programação que será disponibilizada em breve.

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Assessoria de Comunicação

27 de agosto de 2015

Departamento de Física da Universidade Federal Fluminense (DF/UFF)

O Departamento de Física da Universidade Federal Fluminense (DF/UFF) está ampliando o seu quadro permanente de professores pesquisadores na área de Física Experimental. Com essa perspectiva, acaba de abrir um concurso público para o preenchimento de uma vaga nas seguintes subáreas experimentais: *Óptica e Informação Quântica, Microscopia de Alta Resolução e Cristalografia.*

O perfil desejado é o de profissionais com independência científica e potencial de liderar pesquisas de boa qualidade nessas áreas. É também muito importante que o candidato mostre capacidade para contribuir com as atividades de ensino de graduação e de pós-graduação no DF/UFF.

O candidato aprovado irá dispor de uma infraestrutura que inclui equipamentos de alto desempenho nos laboratórios correspondentes, alguns dos quais estão listados a seguir.

Laboratório de Óptica e Informação Quântica (LOIQ) – O LOIQ conta com os seguintes equipamentos: Laser Diabolo Innolight (saídas 532nm e 1064nm); Mesas óticas com sistemas pneumáticos de amortecimento de ruídos mecânicos; Moduladores Espaciais de Luz Polarímetro; Analisador de Feixes. O LOIQ dispõe, também, de laser HeNe estabilizado em frequência e intensidade, lasers HeNe não polarizados, contadores de fótons, osciloscópios, analisadores de espectro, detectores de intensidade, elementos óticos e ópto-mecânicos.

Laboratório de Difratometria de Raios X (LDRX) – O LDRX conta com os seguintes equipamentos: Difratômetro de raios X para policristais Bruker D8 Advanced, com detector LynXeye, configuração para experimentos Bragg-Brentano, filmes finos (ângulo rasante) e porta amostras de placa e capilar; Difratômetro de raios X para monocristais Bruker D8 Venture, com sistema para medidas em baixa temperatura (até 100K), sistema dual de radiação (duas fontes de radiação – MoKa e CuKa) e detector CMOS Photon 100; Difratômetro de raios X para monocristais Kappa CCD, equipado com tubo com MoKa e sistema para medidas em baixa temperatura. O LDRX dispõe, também, de uma sala de montagem de amostras equipada com microscópio binocular, moinhos para homogeneização de poli-cristais e capela de exaustão. Maiores informações sobre o LDRX podem ser encontradas na página www.ldrx.uff.br

Laboratório de Microscopia de Alta Resolução (LMAR) – O LMAR conta com os seguintes equipamentos: Microscópio Eletrônico de Transmissão de alta resolução JEOL 2100 F, com fonte de elétrons a emissão de campo, equipado com EDS, STEM e EELS; Microscópio Eletrônico de Varredura de alta resolução JEOL 1701, com fonte de elétrons a emissão de campo, EDS e STEM. Este laboratório em particular requer um profissional dinâmico, com experiência e potencial para liderar a implementação de pesquisas nessa área.

Além desses três Laboratórios, que constituem o foco específico do presente concurso, destacamos os seguintes equipamentos disponíveis em outros Laboratórios do IF/UFF que desenvolvem pesquisas em áreas correlatas:

Na área de caracterização de materiais estão disponíveis também: Espectrômetro de Foto Elétrons de Raios-X (XPS) Thermo VG Escalab 250-XI, capaz de realizar análises de XPS e UPS, incluindo análise resolvida em ângulo. Inclui câmara para pré-tratamento; Espectrômetro de Raman Witec Alpha 300, com lasers de 532 nm e 633 nm de comprimento de onda, acessório para análises a alta temperatura, e microscópio de força atômica acoplado; Sistema de Medidas de Propriedades Física – PPMS (4-300K e 9T) com módulos de calor específico, VSM, susceptibilidade magnética AC/DC, resistividade elétrica AC/DC e refrigerador diluição; Criogenia – mini-liquefator de He; Espectroscopia de Infravermelho (FTIR); Espectroscopia Mössbauer – com criostato que permite medidas até 4K – (Geometria de Transmissão e CEMS); Análise térmica (DSC-TGA) Tribômetro STR.

Na área de síntese de materiais: Equipamento para deposição por laser pulsado (PLD) a vácuo, equipado com laser Nd-YAG com comprimentos de onda de 1064 nm, 532 nm e 355 nm.; Equipamento para PLD-MBE equipado com laser de exímero, aquecimento do substrato, e análise camada por camada por RHEED; Duas câmaras para deposição por Plasma (PECVD) instrumentadas, uma delas com aquecimento do substrato, além de outros equipamentos menores como fornos com atmosfera controlada para tratamento térmico, forno a arco e pequenos equipamentos para síntese química, orgânica e inorgânica

Para obter maiores informações sobre o concurso, clique AQUI  e AQUI

Assessoria de Comunicação

27 de agosto de 2015

Estande do IFSC/USP em destaque

Aconteceu durante os dias 06, 07 e 08 de agosto a 9ª Edição da Feira das Profissões da USP, um evento organizado peHerbert1_-_Creditso_Camila_PreviatoPRCEU_300la Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU/USP) no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade (Parque CienTec), que, segundo um balanço, recebeu mais de 40 mil visitantes, entre alunos e professores.

Na Feira, os docentes e estudantes da Universidade de São Paulo montaram estandes representando suas unidades, onde esclareceram as dúvidas do público sobre os cursos da USP, bem como sobre carreiras profissionais. Aliás, os visitantes também tiveram a oportunidade de participar de várias atividades interativas.

O Prof. Dr. João Renato Carvalho Muniz, do Grupo de Biotecnologia Molecular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), integrou o estande do Instituto, juntamente com a Profa. Dra. Tereza Cristina da Rocha Mendes (IFSC/USP), o educador (e responsável pelo estande do IFSC), Herbert Alexandre João, o técnico de laboratórios da Unidade, Cláudio Boense Bretas, e os estudantes/pesquisadores Eliane Gniech Karasawa, André Longo de Faria, Leticia Cristina Chiavini do Couto Pradella, Fábio Henrique Gonçalves de Souza, Giovana Dantas Matos, Bruno Andrade Ono, Ítalo Augusto Cavini e Everton Edesio Dinis Silva, todos de nossa instituição.

No nosso estande JOAO_RENATO_9FEIRA_USP_350apresentamos pôsteres com informações referentes aos cursos do Instituto de Física de São Carlos. A cada ano atualizamos esses pôsteres, com o intuito de esclarecer as dúvidas mais comuns dos visitantes. Então, sempre anotamos as questões mais frequentes para atualizarmos esses cartazes, explicou João Renato, ressaltando que a equipe exemplificou alguns experimentos de física durante a Feira, mas que o objetivo foi atrair o público por meio da interação com os participantes. Além dos pais, estudantes e professores, o estande do IFSC atraiu também autoridades, como, por exemplo, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aldo Rebelo, e o Reitor da USP, Prof. Dr. Marco Antonio Zago, que se mostraram bastante interessados.

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Herbert João com alunos e o Reitor da USP, Marco Antonio Zago, durante a Feira.

Muniz ficou impressionado com o grande número de alunos que visitaram o espaço dedicado ao IFSC e que têm interesse em ingressar em nossa Unidade. Um fato curioso, de acordo com o docente, é que a maior parte do público visitante foi constituída por alunos do terceiro colegial que estão se preparando para adentrar a universidade. Esses alunos irão prestar o vestibular neste ano. Além disso, recebemos muitas visitas de estudantes do segundo ano do ensino médio, que ainda estão pensando no curso que querem fazer, disse ele.

Sala de Bate-Papo

SALA_DE_BATE_PAPO_250Além de conferir os estandes da 9ª Edição da Feira das Profissões da USP, os visitantes puderam participar da Sala de Bate-Papo, um local onde representantes das Unidades e participantes da Feira se reuniram para conversar sobre os vários aspectos envolvendo os cursos da Universidade de São Paulo. A cada sessão, cerca de trinta alunos se acomodaram na sala reservada ao IFSC/USP. A sala do IFSC foi um grande sucesso. Em um dos três dias, tivemos que fazer duas sessões na Sala de Bate-Papo, devido à grande procura dos participantes. Ficamos cercados pelos alunos durante as quatro sessões, declarou Muniz, que no decurso das sessões, falou sobre a grade curricular do IFSC/USP e o mercado de trabalho para o formado em física.

Durante a Feira, os membros do Instituto de Física de São Carlos também explicaram os conceitos relativos ao conhecido programa denominado Universitário Por 1 Dia, cujo objetivo é acolher, na Unidade, estudantes do ensino médio da rede pública e privada, com o intuito deles conferirem e participarem em experimentos de física. Mais de cem alunos presentes na Feira, inclusive estudantes que se destacaram em olimpíadas científicas, demonstraram interesse em conhecer o nosso Instituto e participar desta iniciativa do IFSC. A Feira das Profissões da USP realmente ajuda a atrair diversos alunos excelentes à Universidade, concluiu João Renato, ressaltando a importância deste grande evento, que faz parte do Programa USP e as Profissões .

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Participantes em frente ao estande do IFSC/USP.

(Foto 1: Camila Previato/PRCEU / Foto 2: Assessoria de Comunicação do IFSC/USP / Outras fotos: Cláudio Boense Bretas).

Assessoria de Comunicação

26 de agosto de 2015

Beyond Mean-Field Dynamics of Ultracold Bosonic Atoms in Lattices

Aconteceu no dia 26 de agosto último, pelas 13h, mais um seminário promovido pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde o Dr. Axel Lode, do Department of Physics da University of Basel (Suíça), apresentou o seminário Beyond Mean-Field Dynamics of Ultracold Bosonic Atoms in Lattices, um evento que decorreu na sala de seminários deste Grupo.

Axel_250Em sua apresentação, o pesquisador discutiu a dinâmica de bósons ultra-frios em redes ópticas, uma área de pesquisa rica em aplicações e que ainda traz muitas questões. Segundo ele, os átomos frios tornam-se ferramentas versáteis para a simulação quântica de diversos estados da matéria, quando interagem com redes ópticas.

Atualmente já existem métodos teóricos para o tratamento da dinâmica em redes unidimensionais, contudo, essas metodologias não são capazes de descrever a dinâmica de dois, ou três, sistemas dimensionais. Com base neste tópico, Axel Lode falou sobre uma aplicação do método Hartree que permite descrever a dinâmica de Bose-Hubbard Hamiltonian.

Para conhecer as principais linhas de pesquisa do Dr. Lode, acesse AQUI.

Assessoria de Comunicação

26 de agosto de 2015

How perturbative is the nonperturbative regime of quantum chromodynamics

Na tarde do dia 26 de agosto, o pesquisador Matthieu Tissier, da Université Pierre et Marie Curie (França), ministrou o seminário How perturbative is the nonperturbative regime of quantum chromodynamics, um evento que se inseriu na programação do High Energy Physics Seminars e que aconteceu na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Em sua apresentação, Tissier abordou o Matthieu_Tissier_-_250estudo do regime de alta energia – um problema que, segundo ele, pode ser resolvido através da teoria da perturbação. Aliás, o pesquisador discutiu a possibilidade de estudar o regime de baixa energia, tendo falado sobre as propriedades do modelo Curci-Ferrari e apresentado vários cálculos para o diagrama de fases da QCD (quantum chromodynamics, em inglês).

Matthieu Tissier trabalha com pesquisas que envolvem problemas de física estatística descritos através de teorias de campo e estudados por meio de um grupo de renormalização. O especialista também já utilizou diversos métodos do grupo de renormalização não-perturbativa.

Assessoria de Comunicação

26 de agosto de 2015

Nanotecnologia pode aprimorar sensores ópticos

SLIT_ARRAY_400_100_25_1_250Uma dissertação de mestrado que descreve a nanofabricação* e caracterização de nanoestruturas metálicas para aplicações em dispositivos plasmônicos, poderá impactar no desenvolvimento de dispositivos, em especial, na criação de sensores e biossensores ópticos e nas metodologias utilizadas na detecção de propriedades de moléculas orgânicas ou inorgânicas, através da interação entre a luz e as amostras desses materiais, utilizando estruturas plasmônicas.

A plasmônica permite o estudo, o confinamento e a manipulação dos campos eletromagnéticos em nanoestruturas. Essa teoria, em conjunto com a evolução das técnicas de nanofabricação, permitirá o desenvolvimento e aprimoramento de técnicas e métodos de processamento de informação e análises físico-químicas de soluções.

Utilizando a técnica de espectrofotometria (que permite comparar a radiação absorvida ou transmitida por uma solução), em conjuntos de estruturas com dimensões nanométricas, é possível observar a interação entre as soluções contendo moléculas e a radiação confinada nessas nanoestruturas. Quando as moléculas absorvem, ou espalham a radiação da luz, elas revelam informações de suas propriedades.

Segundo o Prof. Dr. Euclydes Marega Júnior, docente do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e orientador do pesquisador Rafael Bratifich (autor da dissertação em questão), o conceito desse trabalho consiste em desenvolver nanoestruturas metálicas e estudar os efeitos dos campos confinados nelas, interagindo com soluções de moléculas orgânicas. Ao invés da radiação luminosa incidir sobre o material, concentramo-la em uma nanoestrutura, ou seja, em uma região muito pequena do espaço, quando comparada com seu comprimento de onda, e fazemos com que as moléculas atravessassem essa região. A nanoestrutura seria uma espécie de antena, enquanto os átomos representariam os receptores, explica Marega, destacando também o fato dessas nanoestruturas permitirem a análise de amostras que contêm uma quantidade mínima de moléculas em volumes muito pequenos (microlitros) de solução, em comparação a outras técnicas presentes no mercado que necessitam de quantidades maiores (mililitros) de solução para a análise.

Outra vantagem dessas Rafael_Bratifich_350nanoestruturas plasmônicas é a possibilidade de confinar campos eletromagnéticos na região visível do espectro. Isso é muito interessante quando se trabalha com moléculas orgânicas, pontua o autor do trabalho. De acordo com o jovem pesquisador, esse método poderá ser aplicado para medir concentrações de soluções com moléculas que apresentem atividade óptica, entre outros estudos que poderão ser desenvolvidos utilizando essas nanoestruturas, devido à alta sensibilidade dos campos plasmônicos, em relação a alterações no meio que envolve as estruturas. Com isso, os biossensores (dispositivos eletrônicos) utilizados hoje na detecção de compostos e inclusive de algumas doenças, incluindo o câncer, poderão passar por melhorias. Nesta pesquisa, estudamos algumas moléculas, como, por exemplo, a porfirina e a rodamina. Entretanto, as nanoestruturas plasmônicas podem ser desenvolvidas para estudar e medir concentrações de DNA, diz Rafael Bratifich, acrescentando que a plasmônica também poderá ser utilizada no desenvolvimento de filtros ópticos, polarizadores, bem como em sistemas de interferência óptica.

Os efeitos plasmônicos nas artes

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Embora não seja do conhecimento do público em geral, há séculos que artistas utilizam efeitos plasmônicos em suas obras. O primeiro objeto em que se sabe que há esse fenômeno é o cálice de Licurgo (imagem acima), datado do século IV a.C. Na foto, observa-se que, ao iluminar a parte interna do objeto, há uma interação entre a luz e as nanopartículas de ouro e prata que foram misturadas no vidro do artefato. Este é apenas um dos exemplos do efeito plasmônico aplicado na arte. Na Idade Média, os vitrais das igrejas católicas eram compostos por vidros incrustados com nanopartículas e é por esse motivo que eles criam diversos efeitos coloridos.

*O termo nano, ou escala nanométrica, refere-se a matérias ou elementos tão pequenos quanto átomos ou moléculas;

(Imagem 1: Rede metálica de fendas gravadas sobre um filme de ouro de largura de 100nm [1nm é igual a 1 bilionésimo de metro] e comprimento de 10 micrômetros. O espaçamento entre as fendas é de 400nm).

Assessoria de Comunicação

25 de agosto de 2015

José Goldemberg é nomeado presidente

O governador Geraldo Alckmin nomeou José Goldemberg presidente da FAPESP, cujo decreto de nomeação foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo do dia 22 de agosto de 2015.

Doutor em Ciências Físicas pela Universidade de São Paulo (USP), Goldemberg encabeçou a lista tríplice definida pelo Conselho Superior da Fundação e encaminhada para a escolha do governador em 12 de agosto, da qual também fizeram parte os conselheiros José de Souza Martins e Eduardo Moacyr Krieger, este, vice-presidente da Fundação.

Goldemberg foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e reitor da USP. Ocupou os cargos de secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo e de secretário de Ciência e Tecnologia e secretário de Meio Ambiente no Governo Federal, tendo sido também ministro da Educação. Em 2008 foi agraciado com o prêmio Planeta Azul, concedido pela fundação japonesa Asahi Glass a personalidades que se destacam em pesquisa e formulação de políticas públicas na área ambiental.

Goldemberg substitui Celso Lafer, que presidiu a FAPESP por um período de oito anos, desde agosto de 2007, e cujo mandato no Conselho Superior da Fundação encerra em 7 de setembro.

Assessoria de Comunicação

25 de agosto de 2015

Professores da rede estadual visitam o IFSC

Publico5_-_Orientacao_Tecnica_-_250Ao longo do dia 20 de agosto último, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu aproximadamente cinquenta professores de física da rede estadual da região de São Carlos, que participaram da Orientação Técnica, uma iniciativa organizada pelo educador desta Unidade, Herbert Alexandre João, em parceria com a Diretoria de Ensino de São Carlos, e cuja finalidade foi subsidiar práticas pedagógicas através de palestras e experimentos de física, bem como intensificar a relação do IFSC com as escolas.

Na abertura do evento, o Prof. Dr. Tito José Bonagamba, Diretor do IFSC/USP, destacou a importância da relação entre a Universidade e as instituições de ensino básico: Estamos tentando intensificar nosso relacionamento com os professores do ensino fundamental e médio, até porque a Unidade é uma instituição referência de física e não pode ficar distante de vocês [professores], comentou. Na oportunidade, Bonagamba falou sobre a Universidade de São Paulo, instituição que congrega 10 campi e cerca de 120 mil pessoas, entre docentes, alunos e servidores. Desde 1969, a USP já formou mais de cem mil mestres e doutores, ressaltou ele.

Ao falar do IFSC/USP, o Diretor Tito_Orientacao_Tecnica_300sublinhou a criação da Unidade, um marco histórico ocorrido em 1953, quando os Profs. Drs. Yvonne e Sérgio Mascarenhas fundaram o departamento de física na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP). Posteriormente, o IFSC uniu-se ao Instituto de Química de São Carlos (IQSC), tendo dado origem ao Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC). Em 1994, ambas as instituições tornaram-se Unidades independentes da USP e, desde aí, o Instituto de Física de São Carlos se reforçou com docentes e pesquisadores que trabalham intensamente com estudos puramente teóricos e experimentais, bem como com pesquisa, desenvolvimento e inovação. Na circunstância, Tito José Bonagamba ressaltou a inter e multidisciplinaridade desta Unidade, cujas pesquisas são desenvolvidas por especialistas de diversas áreas, como, por exemplo, engenheiros, informáticos, bioquímicos, biólogos, químicos, farmacêuticos e dentistas, entre outros. Vinte e cinco por cento de nossos docentes não são físicos. Por esta razão, o IFSC tem várias colaborações com importantes empresas, além de uma considerável lista de patentes, comentou ele, tendo a aproveitado a ocasião para enfatizar a infraestrutura da instituição, ao citar, por exemplo, a biblioteca do IFSC, além das Oficinas de Óptica, Mecânica e de Manutenção Eletrônica e Circuitos Impressos do Instituto. Bonagamba também falou sobre a significante contribuição do IFSC com instituições de âmbito local, regional e nacional, como o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), cujo cargo de direção tem sido ocupado com extrema eficiência pelo Prof. Dr. Valter Líbero (IFSC/USP), e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), onde o Prof. Dr. Glaucius Oliva (IFSC/USP) foi Diretor (2010) e Presidente (2011-2015). Por fim, outro tópico discutido em sua fala foi o mercado de trabalho do físico, que, embora muitos acreditem que esse profissional atua apenas em laboratórios, a verdade é que muitos desses profissionais – principalmente, ex-alunos do IFSC/USP – trabalham em renomadas empresas nacionais e internacionais, como são os casos exemplares da Petrobras, Embrapa, Faber-Castell, Samsung, Toshiba, Microsoft, Philips, UOL, Itaú e Bolsa de Valores, entre muitas outras.

Joo_Renato_-_Orientacao_Tecnica_-300Em seguida, o Prof. Dr. João Renato Carvalho Muniz, do Grupo de Biotecnologia Molecular do IFSC/USP, relembrou datas importantes, envolvendo a criação de algumas unidades da Universidade de São Paulo, além da implementação do Campus USP, em São Carlos, em 1948. Em sua apresentação, o docente também citou algumas das conhecidas personalidades que se formaram na Universidade de São Paulo, tais como o escritor Monteiro Lobato, o físico César Lattes, os ex-presidentes da República Fernando Henrique Cardoso e Washington Luís, e os comunicadores Marcelo Tas e William Bonner. Além disso, Renato destacou a intensa atuação do IFSC/USP em pesquisa básica e aplicada, sempre com forte caráter inter e multidisciplinar.

Na sequência do evento, o Prof. Sergio_Muniz_-_Orientacao_Tecnica_-_300Dr. Sérgio Ricardo Muniz, do Grupo de Óptica do Instituto, falou sobre o curso de Licenciatura em Ciências Exatas, tendo indicado algumas ferramentas que podem ser utilizadas pelos docentes das escolas estaduais em sala de aula, para o ensino da física, uma vez que, independentemente do gosto do aluno, é necessário que os professores sejam capazes de transmitir os diversos conhecimentos desta área, através de exemplos práticos que podem ser observados no dia-a-dia dos jovens. Entre as ferramentas que podem ser aplicadas em sala de aula, Muniz abordou o site Htwins, onde é possível aprender, de modo divertido, sobre os vários elementos que compõem o Universo.

Herbert1_-_Orientacao_Tecnica_-_300Herbert Alexandre João apresentou uma palestra sobre o programa Universitário Por 1 Dia, onde estudantes do ensino médio da rede pública e privada visitam o Campus da USP, em São Carlos, e conferem atividades e experimentos de física. Em forma de balanço do encontro, Herbert João comentou à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP que a Orientação Técnica foi importante em todos os níveis, principalmente pelo fato de ter incentivado uma relação mais próxima entre o Instituto e as escolas estaduais da região de São Carlos. Esse foi um momento em que os professores das escolas estaduais tiveram a oportunidade de dialogar conosco e destacar suas demandas, para que possamos realizar, de maneira articulada, atividades que se apliquem aos trabalhos desses docentes, impactando na melhoria do ensino de física, disse ele, que, no período da tarde desse dia, acompanhou esses professores à Sala do Conhecimento do IFSC, onde mostrou alguns experimentos de fácil reprodução e baixo custo para o ensino de física conceitual, de forma lúdica, a partir de problemas do cotidiano. Além disso, Herbert João apresentou objetos virtuais que contribuem para o aprendizado de Talia_-_Orientacao_Tecnica_-_250conceitos abstratos da física.

Para Talia Pietra, Professora Coordenadora do Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino de São Carlos, a Orientação Técnica foi de extrema importância, pois incentivou os professores da região a adotarem novas metodologias de ensino, de modo a conquistarem maior interesse dos alunos. A Orientação foi importante porque promoveu a interação entre a Universidade e as escolas, viabilizando uma melhor qualidade de ensino aos jovens, afirmou.

Witer_-_Orientacao_Tecnica_-_250Witer de Souza Coelho, docente da escola André Donatoni (Ibaté – São Paulo), salientou a dificuldade que os professores têm em ministrar aulas sem conteúdos práticos, algo que melhorou muito a partir do momento em que começaram a ser utilizados, por exemplo, os kits* didáticos desenvolvidos pelo Prof. Dr. Vanderlei Bagnato (IFSC/USP), em parceria com docentes de outras universidades do país. Através desta orientação, tivemos um contato mais próximo com as pessoas envolvidas na criação desses kits, que são materiais que facilitam o nosso trabalho com os alunos, pontuou.

*Esses kits fazem parte do programa Aventuras na Ciência e trazem conjuntos educativos que envolvem as disciplinas de Física, Química, Biologia, Astronomia e Matemática.

Assessoria de Comunicação

24 de agosto de 2015

Inscrições abertas até 30 de setembro

Até dia 30 de setembro, universidades e instituições de pesquisa poderão se inscrever, candidatando seus trabalhos de pesquisa ao Prêmio Péter Murány – 2016, um evento cujo tema desta edição é Alimentação.

Além do caráter inovador, as pesquisas concorrentes deverão ter aplicabilidade prática e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações de países em desenvolvimento, salientando-se que o trabalho vencedor receberá o valor bruto de R$ 200 mil.

Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão Técnica e Científica, que selecionará três finalistas para o Júri. A escolha do vencedor, pelo Júri, ocorrerá em fevereiro de 2016, com a cerimônia de premiação marcada para o mês de abril, em São Paulo.

O vencedor, além do prêmio em dinheiro, receberá um troféu, enquanto os demais finalistas receberão menções honrosas e diplomas.

Todos terão a oportunidade de apresentar seus trabalhos em uma sessão especial na 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que será realizada em Porto Seguro (BA), em julho do ano que vem.

Para acessar o Regulamento, Edital e Formulário de Participação, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

24 de agosto de 2015

Inscrições abertas para o Prêmio Péter Murányi 2016

Estão abertas até o dia 30 de setembro as inscrições para a submissão de trabalhos relativos ao Prêmio Péter Murányi 2016, um evento dedicado a universidades e outros institutos de pesquisa. O Prêmio, criado em 1999, tem o intuito de reconhecer projetos capazes de impactar na melhor condição de vida de populações que estão em processo de desenvolvimento. Com base no tema Alimentação, a 15ª edição do evento premiará o trabalho vencedor com duzentos mil reais, bem como com um troféu. Os demais finalistas receberão menção honrosa e diploma.

Nesta premiação, uma Comissão Técnica e Científica selecionará três finalistas para o Júri que, por sua vez, analisará aspectos como caráter inovador, aplicabilidade prática e contribuição para a melhoria da qualidade de vida.

Todos os participantes terão a oportunidade de apresentar seus trabalhos durante uma sessão especial na 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), evento científico que ocorrerá em julho de 2016, em Porto Alegre, na Bahia.

Qualquer dúvida poderá ser esclarecida através do e-mail: adm@fundacaopetermuranyi.org.br.

Para se inscrever, acesse AQUI.

Assessoria de Comunicação

24 de agosto de 2015

Criado novo protótipo que mede força gravitacional

Um novo protótipo de gravímetro atômico, instrumento que poderá medir a força gravitacional da Terra com um condensado de Bose-Einstein*, em escala microscópica, em tempo real e com alta precisão, está sendo criado por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

O condensado de Bose-Einstein é uma nuvem constituída por 100 mil átomos resfriados em temperaturas extremamente baixas. Quando esses átomos frios atingem uma temperatura próxima do zero absoluto, se comportam como ondas – quanto menor a temperatura, maior é o comprimento dessas ondas -, fato que permite o desenvolvimento de técnicas de interferometria atômica baseadas em ondas de matéria e de novos conceitos de sensores inerciais.

Embora dispositivos semelhantes ao novo instrumento estejam já sendo utilizados em vários laboratórios de pesquisa de quase todo o mundo, para analisar a força gravitacional é possível monitorar o movimento de uma onda de matéria, fazendo apenas uma imagem dela por vez, sendo que as fotografias corrompem essa onda. Isso é um problema, porque, a cada foto, você perde a onda de matéria, explica o Prof. Dr. Philippe Wihelm Courteille (IFSC/USP), pesquisador responsável pela criação do equipamento. Ao contrário dos sistemas tradicionais, o novo método proposto pelos especialistas de nossa Unidade permite adquirir dados do movimento do condensado, sem destruí-lo.

1._chamada-philippe-courteille-gravidade-_350O conceito da nova metodologia, ilustrada na imagem ao lado, consiste em confinar essa onda de matéria em uma rede óptica vertical gerada por feixes de dois lasers que, quando se propagam em direções contrapropagantes e se sobrepõem, dão origem a uma onda estacionária de luz. Essa onda estacionária representa, para a onda de matéria, uma rede periódica dentro da qual os átomos – sob a influência da gravitação – fazem vibrações, chamadas de oscilações de Bloch. Já na imagem abaixo é possível observar a estrutura do instrumento, onde os átomos resfriados executam estas oscilações, cuja frequência proporcional à atração terrestre permite inferir a força da gravitação através do cálculo do número de oscilações executadas por segundo. Toda a medida é feita dentro de uma cavidade óptica e essa é a parte inovadora de nosso trabalho, pois a cavidade permite monitorar as oscilações da onda de matéria, ao vivo, sem influenciá-la ou destruí-la, explica.

2._gravidade-courteille_-_500

Segundo o docente, o gravímetro tem várias aplicações, tanto na área industrial, como em pesquisas fundamentais. Como exemplos da utilização dessa ferramenta, Philippe Courteille destaca sua aplicação no reconhecimento de estruturas geológicas com reservas de petróleo e gás, na identificação e no mapeamento de falhas geológicas, no monitoramento de ondas de maré e, inclusive, no auxílio à navegação de submarinos. No que se refere à engenharia civil, o equipamento pode ser utilizado para detectar cavernas ocultas e obstáculos ou sítios arqueológicos no solo. Quando colocado sob vias públicas, esse gravímetro pode ser capaz de pesar os caminhões que transitam nesses locais.

Descobriu-se, através desse 3._Courteille_350projeto, que a cavidade do instrumento em questão tem a capacidade de estabilizar a medida da força gravitacional por um processo de auto-ajuste, até então desconhecido, já que essa parte do instrumento pode suprimir colisões não desejáveis que acontecem entre os átomos frios. Com base nos cálculos de Courteille, o equipamento é de fato eficiente, sendo também uma prova de que existem maneiras mais viáveis de se estudar a força gravitacional. Assim, espera-se que daqui a aproximadamente dois anos, os pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos já possam executar os estudos com o instrumento já construído.

Os artigos referentes a este trabalho, que está sendo elaborado em parceria com pesquisadores da Università degli Studi di Milano (Itália) e University of Strathclyde (Reino Unido), foram já publicados na Laser Physics Letters e Optics Express.

*Esse estado da matéria foi descoberto por Santyendra Nath Bose e Albert Einstein, na década de 1920. Porém, só foi observado em 1995, por Eric Cornell e Carl Wieman, que conquistaram o Prêmio Nobel de Física em 2001, ao lado do pesquisador Wolfgang Ketterle.

Assessoria de Comunicação

21 de agosto de 2015

Palestrante discute a lentidão no avanço das mulheres na ciência

No Colloquium diei que decorreu no último dia 21 de agosto, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Profa. Dra. Marcia Cristina Bernardes Barbosa, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), apresentou a palestra Mulheres na Física: Por que tão poucas? Por que tão devagar?.

MARCIA_BARBOSA_300A participação feminina no ambiente profissional tem aumentado significativamente nos últimos anos. O Censo da Educação Superior de 2010 mostra que, entre as 20 carreiras de graduação com maior número de recém-formados, as mulheres são maioria em 15 delas. Além disso, hoje elas são a maioria entre os discentes nas universidades brasileiras e já compõem cerca de 50% dos docentes nas instituições públicas, segundo o citado Censo.

No entanto, esse crescimento não está homogeneamente distribuído entre as diversas disciplinas. Em particular, o percentual de mulheres na área de exatas é muito pequeno e diminui desproporcionalmente à medida que se avança na carreira. Assim, há uma sub-representação segundo as áreas do conhecimento como também segundo o nível da carreira. Esse cenário inspirou a questão que Marcia Barbosa analisou nesse seminário, onde questionou a vagarosidade no avanço das mulheres nas carreiras científicas.

Marcia Barbosa, que é graduada, mestre e doutora em física pela UFRGS, trabalha com Física da Matéria Condensada, em especial, com os temas suspensões coloidais iônicas, polieletrólitos e água e suas anomalias. Atualmente, é diretora do Instituto de Física da UFRGS e integrante do conselho da Nacional de Ciência e Tecnologia, da Sociedade Brasileira de Física, e da American Physical Society.

Assessoria de Comunicação

21 de agosto de 2015

Dias 8 e 9 de setembro na FMUSP

Acontece nos dias 8 e 9 de setembro deste ano, o II Workshop on Positron Emission, Radiopharmaceuticals and Molecular Imaging (II WPERMI). O evento, que será realizado no Centro de Medicina Nuclear do Instituto de Radiologia da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo (HCFMUSP), estimulará a discussão dos tópicos em destaque nas áreas de radioquímica, radiofarmácia e imagem molecular. Este Workshop é organizado pela Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN) e Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

Nesta edição, pesquisadores de vários países discorrerão sobre gestão de instalações de cíclotrons de pesquisa e produção de radioisótopos não usuais. Como complemento da programação, haverá uma seção voltada ao uso de imagem molecular para o desenvolvimento de fármacos e estudos farmacocinéticos. Além disso, aqueles que participarem do II WPERMI terão a oportunidade de conhecer especialistas envolvidos em diversas áreas, incluindo química orgânica e inorgânica, desenvolvimento de produtos farmacêuticos e ciências biológicas, física das partículas ou física médica.

O comitê organizador do evento é coordenado pelo pesquisador Fabio Luiz Navarro Marques (FMUSP e SBBN), com as participações dos Profs. Drs. José Eduardo Krieger (Pró-Reitor de Pesquisa da USP), Carlos Alberto Buchpiguel (Diretor do Centro de Medicina Nuclear da FMUSP), Silvia Maria Velasques de Oliveira (Presidente da SBBN), Valbert Nascimento Cardoso (Coordenador da área de radiofarmácia da SBBN e professor da Universidade Federal de Minas Gerais) e Daniele de Paula Faria (Instituto de Câncer do Estado de São Paulo e FMUSP).

Abaixo, confira a programação do Workshop:

08/09/2015

– 08h30-09h00 –Abertura;

– 09h00-12h00 – Management of research cyclotron facilities:

– Heinz H. Coenen (Alemanha);

– Suzanne E. Lapi (Estados Unidos);

– Henia S. BalterBinsky (Uruguai).

– 14h00-17h00 – Experiences in producing “non-standard” radionuclides and potential applications:

– HeniaS. BalterBinsky – Produção de 11C, 13N e 15O;

– Suzanne E. Lapi – Produção de 64Cu, 55Co, 76/77Br , 86Y, 89Zr;

– Heinz H. Coenen – Produção de 51Mn, 73/75Se, 76/77Br, 120/123/124I, entre outros.

09/09/2015

– 9h00-12h00 -Non standard PET imaging device or acquisition protocols;

– Scott Ireland (Estados Unidos);

– Frederic H. Fahey (Estados Unidos);

1- Operational Aspects of Establishing a Multi-Modality Imaging Program;

2- Current Adventures in Preclinical Imaging;

3- Future Horizons;

– 13h00 – 15h00 – Radiopharmacology: Analytical and bioanalytical techniques applied to labeled molecules:

– Daniele de Paula Faria (Brasil) – Development of neuroinflamation drugs;

– Fabio Luiz Navarro Marques (Brasil) – Metabolites analysis and techniques.

Para mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

21 de agosto de 2015

L’Oréal Brasil anuncia vencedoras

São já conhecidas as vencedoras da 10ª edição do Prêmio L’Oréal-UNESCO-ABC “Para Mulheres na Ciência”, único programa brasileiro voltado às mulheres cientistas, realizado em parceria com a UNESCO no Brasil e com a Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Distinguidas pelo potencial de suas pesquisas desenvolvidas em diversas instituições de pesquisa nacionais e, ainda, pela qualidade de seus currículos, as vencedoras do prêmio receberão uma bolsa-auxílio no valor de US$ 20 mil (convertidos em reais), com o objetivo de contribuir para o prosseguimento de suas respectivas pesquisas.

Na edição deste ano foram mais de 400 projetos inscritos.

A cerimônia de premiação ocorrerá no próximo dia 21 de outubro, no Rio de Janeiro.

Confira, abaixo, a listagem das vencedoras, segundo as áreas de conhecimento:

CIÊNCIAS DA VIDA

Alline Campos, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, realiza pesquisa para atingir uma forma de produzir medicamentos mais efetivos e que produzem menos efeitos adversos, para tratar pacientes que sofrem de ansiedade e depressão.

Daiana Ávila, cientista da Universidade Federal do Pampa-Unipampa, no interior do Rio Grande do Sul, lidera um estudo sobre uma nova terapia para a Esclerose Lateral Amiotrófica, doença genética, degenerativa e sem cura. A pesquisadora aposta na valorização do uso de modelos alternativos na investigação científica, comuns nos Estados Unidos e na Europa, mas ainda pouco difundidos no Brasil.

Elisa Brietzke, do departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo-Unifesp, estuda o envelhecimento precoce de indivíduos bipolares, com a progressão da doença. O objetivo futuro é desenvolver e testar medicamentos capazes de bloquear o seu avanço.

Tábita Hunemeier, cientista do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo-USP, tenta elucidar as bases genéticas de características morfológicas dos nativos americanos (indígenas), para tentar encontrar variações genéticas que os diferenciam fisicamente das populações de outros continentes.

MATEMÁTICA

Cecília Salgado, pesquisadora de Ciências Matemáticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, estuda sobre códigos corretores de erros, pesquisa fundamental na solução de falhas na transmissão de informação por sistemas de comunicação como linhas telefônicas ou discos rígidos incentiva a cientista carioca que escolheu a matemática por ser base de diversas áreas científicas.

QUÍMICA

Elisa Orth, cientista do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná – UFPR, desenvolve novos catalisadores que acelerem eficientemente diversas classes de reações químicas. Uma potencialidade é obter enzimas artificiais que possam ser usadas para resolver problemas genéticos — relacionados a doenças como câncer, fibrose, mal de Parkinson, mal de Alzheimer, entre outras. Outro interesse na sua pesquisa é destruir substâncias químicas nocivas à saúde humana, presentes em muitos agrotóxicos ainda utilizados no Brasil.

FÍSICA

Karin Menéndez–Delmestre, da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, é uma autoridade reconhecida no campo da evolução de galáxias e busca entender os processos de suas formações, por meio de observações da Via-Láctea e de universos distantes. Ao longo de sua carreira, a cientista já produziu 37 artigos e mais de 1.200 citações, das quais 350 referem-se às publicações de primeira autora.

Assessoria de Comunicação

21 de agosto de 2015

Alunos da Universidade criam projeto para apoiar comunidade

Há dois anos, alguns alunos do Campus USP em São Carlos criaram um time para participar do projeto Enactus, uma rede formada por estudantes universitários de vários países, com o intuito de cooperar com comunidades locais, por meio da elaboração de projetos que melhorem a condição de vida desses povoados. Hoje, o Time Enactus CAASO-USP é integrado por 37 estudantes, de todas as unidades da USP de São Carlos, que são orientados pelo Prof. Dr. Evaldo Luiz Gaeta Espindola (Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP).

enactus_logo_250Além de outras iniciativas, o Time tem apoiado 14 famílias do Assentamento Santa Helena, em um projeto intitulado GerAÇÃO Helena. Ao examinarem essa região, que é localizada a alguns minutos do centro da cidade, os estudantes identificaram diversos problemas na condição de vida desses indivíduos, incluindo a falta de saneamento básico. Com a colaboração de membros da sociedade Ordem DeMolay, os integrantes do Time Enactus CAASO-USP distribuíram filtros para as famílias do Assentamento e, em parceria com a EMBRAPA*, instalaram cloradores nos lotes do povoado. Além disso, o grupo adquiriu um biofertilizante e firmou parcerias com uma dentista e uma nutricionista, para que ambas as especialistas acompanhem os membros dessa região.

O grupo também tem colaborado com a renda financeira do Assentamento. As famílias que vivem nesse local há 12 anos produziam vários produtos orgânicos, mas tinham dificuldades em comercializá-los. Com isso, todas as quintas-feiras, na EESC/USP, o Time vende as cestas com os alimentos orgânicos cultivados por essas pessoas. Através dessa iniciativa, a renda do Assentamento já aumentou 36%.

Por enquanto, estamos ajudando essas famílias em várias etapas. Mas o nosso objetivo é torná-las independentes, a partir dos processos que estruturamos, explica Luiza Humber, graduanda de Engenharia de Produção da EESC/USP e uma das integrantes do Time Enactus CAASO-USP, que também ressalta o intuito de compartilhar essas ideias com outras comunidades que vivem em situações pelas quais o Assentamento Santa Helena já vivenciou.

Agora, a meta do Time, patrocinado pela Taw Intercâmbios e Airship do Brasil, é aumentar a quantidade de cestas comercializadas, já que apenas 18 são comumente disponibilizadas à venda. Em agosto, tentaremos vender 25 cestas e, em julho do próximo ano, pretendemos disponibilizar 60. Para comprar as cestas, é necessário realizar um cadastro através da página do Time no Facebook (clique AQUI), onde, diariamente, são publicadas informações referentes às iniciativas da equipe.

Em julho último, o projeto GerAÇÃO Helena, assim como as demais iniciativas da equipe, rendeu ao Time o terceiro lugar no Campeonato Nacional Enactus Brasil 2015, um evento que reuniu cerca de 900 alunos universitários do país e 160 empresários e executivos, no World Trade Center, em São Paulo. Esse é apenas mais um reconhecimento desses estudantes que fazem a diferença, tendo em vista que também já foram congratulados com os prêmios KPMG de Ética e Integridade, Ford C3 – Construindo Comunidades Sustentáveis, tendo sido indicados aos prêmios Andef e Unilever de Empreendedorismo Sustentável.

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Membros do Time Enactus CAASO-USP no Campeonato Nacional Enactus Brasil 2015 (Créditos: Arquivo pessoal)

*Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Assessoria de Comunicação

20 de agosto de 2015

Pesquisadores criam projeto para divulgar informações sobre vestibular

Para ingressar na Universidade de São Paulo (USP), é necessário participar de um processo seletivo, organizado pela Fundação Universitária para o Vestibular, mais conhecida pela sigla FUVEST, que consta de uma prova de conhecimentos gerais, com 90 questões objetivas. Caso alcance a pontuação mínima exigida pelo curso de sua escolha, o vestibulando deverá resolver outra prova, desta vez composta por questões dissertativas, mais uma redação. Aqueles que atingirem as maiores notas preencherão as vagas dos cursos, sem ter que pagar para cursá-los.

FUVEST-_logoA descrição do parágrafo acima pode já ser de conhecimento da grande maioria dos leitores desta matéria. Mas, acredite ou não, é algo desconhecido por muitos estudantes brasileiros- a maior parte deles de escolas públicas. Além de não ter a mínima ideia de como ingressar nos cursos de graduação oferecidos pelas universidades públicas brasileiras, muitos deles não sabem que os cursos são gratuitos e muito menos os diversos benefícios que as universidades públicas oferecem, como auxílio alimentação, moradia, transporte, bolsas de estudos etc.

A problemática acima foi o incentivo necessário para que cinco estudantes de pós-graduação criassem o Projeto PI, que tem como objetivo principal ir até as escolas públicas de ensino médio e, através de palestras, inserir os estudantes no mundo do vestibular, trazendo informações diversas a respeito dos processos seletivos para ingresso nas universidades públicas e apresentando temas relacionados a vestibular, profissão, estrutura da universidade, estrutura dos cursos, oportunidades de intercâmbio, iniciação científica, pós-graduação, pesquisa, inovação, cultura, extensão e atuação no mercado de trabalho.

A ideia partiu do aluno de mestrado do Instituto de Física de São Carlos (GO- IFSC/USP) Bruno Pereira de Oliveira, que chamou mais quatro colegas para participar do projeto. “A ideia inicial era criar um cursinho popular, mas vimos que também era muito importante disponibilizar informações mais homogêneas a respeito dos vestibulares, pois muitos estudantes não tinham nenhuma informação a esse respeito”, relembra Bruno.

Durante quase um ano, Bruno e seus colegas passaram por dez escolas públicas de Fernandópolis, cidade natal dos membros do projeto, trazendo esclarecimentos a respeito do vestibular e das universidades. Mais do que isso, apresentaram informações detalhadas sobre os cursos de física, química e matemática, falando também sobre as possibilidades de atuação profissional e acadêmica dos três cursos citados. “Durante as palestras, falamos sobre toda trajetória que os alunos devem fazer, passando desde o vestibular da USP e de outras universidades públicas até benefícios oferecidos pelas universidades. Demos foco aos cursos de ciências básicas, para tentar atrair alunos para as carreiras científicas”, conta Victor Travagin Sanches, ex-aluno do IFSC e um dos membros do projeto.

Através de um questionário aplicado a 382 alunos das escolas visitadas pelos pesquisadores, estes relataram, entre outras coisas, que 57% dos alunos não sabiam que a USP e a UFSCar são universidades gratuitas.

Mesmo que o questionário tenha sido aplicado em um universo muito restrito, os membros do Projeto PI já puderam ter acesso a um cenário preocupante. De acordo com Agide Gimenez Marassi, membro do projeto, a falta de informações a respeito do vestibular e ensino superior é grande. “Através do questionário, pudemos ver também que nenhum dos alunos havia prestado o ENEM, por exemplo, e estamos falando de estudantes que já estão no 2º ano do ensino médio. Muitos nem sabem o que é o ENEM e, os que conhecem, nem imaginam qual o formato da prova”, relembra Agide.

Em busca de novos parceiros

Sem financiamento de qualquer instituição, o Projeto PI continua seguindo graças à boa vontade de seus membros e sua disposição em fazer algo que beneficie a sociedade. No momento, o projeto conta com o apoio do deputado federal Fausto Pinato (PRB-SP), que já sugeriu a implementação do projeto ao Ministério da Educação (MEC). “O reconhecimento do projeto pelo MEC é importante, pois assim torna-se mais fácil conseguirmos financiamento”, afirma Bruno.

Bruno-_Projeto_PIVitor conta que, através de uma palestra realizada na biblioteca do IFSC, descobriu-se que a grande maioria dos alunos do Instituto vem de cidades próximas a São Carlos. Através do projeto, os membros tem o intuito de fazer com que o IFSC seja conhecido por estudantes de locais mais distantes de São Carlos, ampliando o raio geográfico dos alunos do Instituto. “Na região de São Carlos, há diversas universidades públicas. Acreditamos que muitos estudantes do ensino médio não sabem disso, e o projeto seria uma maneira de trazer também essa informação a eles”, conta Vitor. “Com o reconhecimento do projeto pelo MEC, poderemos passar por mais locais para fazer essa divulgação”.

Bruno afirma que a ideia do projeto não é tentar modificar a educação brasileira, mas sim semear interesse e força de vontade de alunos das escolas para estudarem nas universidades públicas.

Até o momento, algumas instituições de pesquisa e diretorias de ensino já demonstraram interesse pelo projeto. Mas, para viabilizar parceiras, os membros afirmam que o primeiro passo é firmar o estatuto de reconhecimento do Projeto PI para, posteriormente, conseguir apoio financeiro. “Estamos finalizando um relatório no qual constarão todos os dados que coletamos, e enviaremos esse relatório à diretoria de ensino de Fernandópolis para que eles próprios analisem os dados”, conta Bruno.

Ele também afirma que, caso outros estudantes de ensino superior queiram fazer parte do projeto, estes serão bem-vindos. De acordo com o pesquisador, as próximas palestras a serem ministradas já estão prontas, porém, para ampliar a atuação do projeto, mais pessoas precisarão estar envolvidas. “Nossa ideia é somar mais pessoas ao projeto para que ele possa chegar a mais locais, trazendo informações a outros estudantes e, para nós, mais entendimento sobre o que esses estudantes pensam e sabem”, finaliza.

Imagem: Parte dos membros do Projeto PI. Da esquerda: Bruno Pereira, Fernando Nawate, Agide Marassi e Victor Sanches

Assessoria de Comunicação

20 de agosto de 2015

Avaliação da Terapia Fotodinâmica em cultura celular tridimensional

O Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizou no dia 20 de agosto, o seminário Avaliação da Terapia Fotodinâmica em cultura celular tridimensional, ministrado pela pesquisadora desta Unidade, Larissa Satiko Alcântara Sekimoto.

A Terapia Fotodinâmica surgiu como uma modalidade terapêutica promissora, devido ao seu papel como tratamento para neoplasias e outras doenças de pele. A técnica é baseada no acúmulo seletivo de um fotossensibilizador no tecido tumoral, seguido pela iluminação com fonte de luz de um comprimento de onda apropriado, ocasionando na morte do tumor.

Embora a cultura celular LARISSA_SEKIMOTO_350convencional em monocamada tenha sido uma ferramenta essencial para a biologia moderna, uma vez que permite avaliar o comportamento das células fora do organismo, ela recria inadequadamente o ambiente natural no qual as células residem. Essa limitação tem levado a pesquisas em cultivo celular tridimensional in vitro, como o método de levitação magnética (MLM), onde nanopartículas ferromagnéticas são ligadas a células em cultura em monocamada para torná-las magnéticas. Quando suspensas em meio de cultura, é possível a utilização de um campo magnético externo, assim as células levitam na interface ar-líquido, formando matriz extracelular e agregando-se para formar cultura tridimensional ou tecido in vitro.

Neste sentido, Larissa Sekimoto, que é mestranda de nosso Instituto, falou sobre esse estudo que busca avaliar a eficácia da Terapia Fotodinâmica em modelo de tumor de melanoma humano, usando levitação magnética, já que um modelo de tumor in vitro permite observar a resposta fotodinâmica em função da profundidade e também se há ocorrência de recrescimento tumoral pós-tratamento.

Assessoria de Comunicação

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