Comunicamos que a partir do dia 10 de setembro, o IFSC/USP conta com a colaboração de mais um servidor, na circunstância, Wagner Roberto Balsani, junto ao Departamento de Física e Ciência dos Materias (FCM) – Grupo de Óptica.
O IFSC/USP dá as boas-vindas ao novo colega.
Assessoria de Comunicação
Estão abertas até dia 15 de outubro as inscrições para a concessão de 05 bolsas do Programa de Mobilidade de Pós-Graduação da Rede de Macrouniversidades de la América Latina y el Caribe, para intercâmbio entre Março e Novembro/2016, com duração de 90 a 150 dias.
Benefícios:
1. Isenção de taxas acadêmicas;
2. Auxílio deslocamento: US$ 800,00 (oitocentos dólares americanos);
3. Bolsa: US$ 4.000,00 (quatro mil dólares americanos);
Para conferir o Edital 485/2015, correspondente a este programa, clique AQUI.
Assessoria de Comunicação
No dia 17 de agosto, o Governo do Estado de São Paulo lançou a primeira edição do concurso Pitch Gov SP, n
o qual estarão sendo selecionadas 15 startups que apresentarem as melhores soluções tecnológicas a 35 desafios nas áreas de Educação, Saúde e facilidades aos cidadãos.
Os desafios foram formulados pelas secretarias da Educação e da Saúde, Centro Paula Souza, Fundo Social de Solidariedade, Acessa São Paulo e Poupa Tempo.
A Secretaria da Educação, por exemplo, busca soluções para a realização de avaliações diagnósticas em formato digital de seus 4 milhões de alunos e para otimizar o serviço de transporte de alunos da rede estadual de ensino, entre os 12 desafios propostos.
O Centro Paula Souza, autarquia vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, que administra 218 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e 65 Faculdades de Tecnologia (Fatecs), com 285 mil alunos em 300 municípios, desafia startups a, por exemplo, propor uma solução que possibilite à instituição fazer um registro automático da presença ou ausência dos alunos em sala de aula, de forma a reduzir o tempo gasto com a chamada oral dos professores.
A Saúde apresentou uma lista de 12 desafios, entre eles, como fazer para diminuir o número de abstenções em consultas ou procedimentos agendados para garantir o aumento da capacidade de atendimento, entre outros benefícios.
Na área de facilidades ao cidadão, os desafios buscam soluções que permitam melhor disponibilizar os pontos de arrecadação de campanhas de doações, colaborar para que os postos do Acessa SP sejam utilizados para acelerar potencialidades econômicas da comunidade ou, ainda, como integrar os diversos canais de atendimento do Poupa Tempo.
Poderão inscrever-se para participar do Pitch Gov SP pessoas jurídicas de direito privado, inscritas no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) há menos de cinco anos.
As inscrições iniciaram em 17 de setembro e encerrarão em 18 de outubro. As propostas apresentadas serão avaliadas por cinco comissões – uma para cada área proponente. As soluções selecionadas serão apresentadas a uma banca formada por investidores, empreendedores digitais e governo, em 17 de novembro. Os vencedores terão suas propostas testadas no âmbito da Administração e receberão recursos para o desenvolvimento e implantação de seus projetos.
O edital de chamamento público para a apresentação de soluções e a lista de desafios, entre outras informações, estão disponíveis no endereço pitchgov.sp.gov.br.
No lançamento do Pitch Gov SP, no Palácio dos Bandeirantes, o governo do Estado anunciou que iniciou estudos para a estruturação de um novo Fundo de Investimentos em Participações, voltado às startups e empresas inovadoras que desenvolvam soluções para problemas e necessidades da administração pública.
Para mais informações, clique AQUI.
Assessoria de Comunicação
A Profa. Dra. Carmen Pimentel Cintra do Prado, docente do Instituto de Física da USP (IF/USP), esteve no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) no último dia 18 de setembro, onde apresentou a palestra Experiência de aprendizado ativo no IF. O evento, que fez parte da programação do Colloquium diei, ocorreu no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP).
Ao longo dos últimos anos, novos resultados em áreas de pesquisa distintas, como, por exemplo, no campo da cognição, educação, neurociência e psicologia, têm reforçado e validado iniciativas de “aprendizagem ativa” que buscam fortalecer a participação do aluno, em sala de aula. Na física, segundo Carmen Prado, essas iniciativas têm mostrado que há pouca correlação entre a competência na solução de problemas acadêmicos e a real compreensão dos conceitos subjacentes, por parte dos alunos; e que as aulas expositivas não têm suprido essas deficiências.
Em sua apresentação, a docente destacou algumas propostas de aprendizagem ativa, tal como a Instrução pelos Pares, desenvolvida por Eric Mazur, na Harvard University (EUA). Prado também discutiu a experiência do IF/USP de ter adotado e adaptado o método Student-centered active learning environment with upside-down pedagogies (SCALE-UP)*, nas turmas de física 1.
*Método desenvolvido por Robert Beicher, na University of North Carolina (EUA).
Assessoria de Comunicação
Ocorrerá nos dias 17 e 18 de novembro, no Centro de Eventos e Ginásio de Esportes do Campus USP – São Carlos, o 5º Simpósio Aprender com Cultura e Extensão, um evento organizado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo (PRCEU-USP), com o intuito de fomentar as atividades de cultura e extensão na Universidade, através da exposição de pôsteres de pesquisas executadas por alunos de graduação da USP e de outras universidades.
Ao longo desses dois dias, os participantes acompanharão os resultados dos 750 projetos selecionados no edital 2014/2015 do programa Aprender com Cultura e Extensão. Em sua quinta edição, o Simpósio aceitará projetos de outros editais do citado programa, bem como de outros trabalhos de extensão universitária da USP (coordenados por docentes) e, também, de outras instituições de ensino superior (os coordenadores desses projetos precisam comprovar a contribuição dos trabalhos para a formação discente e no envolvimento com as pesquisas).
Durante o evento, os trabalhos serão apresentados à comunidade uspiana e avaliados por uma comissão avaliadora. Os projetos que forem selecionados em primeiro lugar nas áreas de Humanidades, Ciências Exatas e Biológicas, receberão distinções acadêmicas, e os autores poderão propor um artigo para o 15º volume da Revista de Cultura e Extensão USP que será publicado pela PRCEU-USP em maio de 2016.
Para obter mais informações referentes ao 5º Simpósio Aprender com Cultura e Extensão, clique AQUI.
Assessoria de Comunicação
No início da tarde do dia 17 de setembro, na sala de seminários do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o pesquisador Bruno Pereira de Oliveira (mestrando do citado Grupo) ministrou o seminário Nova concepção para a esterilização fotônica, química e térmica de instrumental de uso na saúde.
A contaminação é um problema que envolve principalmente os procedimentos médicos, farmacêuticos e odontológicos. Para o controle de agentes microbianos, são utilizadas técnicas físicas ou químicas. Porém, de acordo com o pesquisador, os métodos tradicionais de descontaminação apresentam limitações, como, por exemplo, o tipo de material a ser autoclavado e a insegurança da efetividade por agentes químicos.
Apesar desses problemas serem bem estudados ao longo dos últimos anos, a viabilidade funcional desses métodos ainda não atingiu os patamares desejáveis pela saúde pública. Em sua apresentação, Bruno de Oliveira discutiu o desenvolvimento de uma autoclave multifuncional que utiliza agentes de termocoagulação, ozônio e UV de forma separada ou conjugada.
O jovem pesquisador é graduado em engenharia de alimentos pela Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF – São Paulo), tendo desenvolvido iniciação científica na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), na área de ciências térmicas. Atualmente, ele é mestrando em Física Aplicada – Biomolecular no Grupo de Óptica do IFSC/USP.
Assessoria de Comunicação
Faz tempo que se criou a convicção de que cientista trabalha apenas em laboratório ou sala de aula. Em contrapartida a essa ideia, muitos têm descoberto que há uma vasta opção para aqueles que querem atuar em outras vertentes, como, por exemplo, na área industrial (Terceiro Setor), um campo que tem atraído cada vez mais os cientistas.
CICT
Em junho de 2014, o Prof. Dr. Tito José Bonagamba, Diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), oficializou a criação da Comissão de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Científica e Tecnológica – CICT nesta Unidade, a fim de estimular, organizar e consolidar as atividades de pesquisas desenvolvidas no Instituto, estreitar a relação entre as instituições de ensino superior e as indústrias e oferecer aos jovens alunos diversas interações com companhias reconhecidas nacional e internacionalmente, permitindo que essas atividades impactem nos projetos executados pelos docentes e pesquisadores do IFSC/USP, em colaboração com o Terceiro Setor.
Desde a sua implementação, a Comissão também tem buscado possibilitar maior oportunidade aos egressos fora da academia, consolidar a Física como área de conhecimento fundamental para o desenvolvimento tecnológico do Brasil e financiar a pesquisa fora do sistema tradicional de fomento. Além disso, a CICT tem oferecido propostas de aperfeiçoamento à preparação de nossos alunos a essas atividades, incluindo o estímulo ao empreendedorismo, preservando o caráter puramente acadêmico desta instituição.
Foi nesse sentido que o IFSC/USP, através dos objetivos da CICT já mencionados, solicitou e atribuiu, em 2015, três bolsas de Doutorado Acadêmico e Industrial (bolsa DAI), com duração de quatro anos e meio. Oferecidas pelo Programa de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), essas bolsas foram disponibilizadas a alunos matriculados no Programa de Pós-Graduação do IFSC/USP e que apresentaram projetos de pesquisa, desenvolvimento ou inovação em temas de interesse do Instituto e das empresas selecionadas para apoiar os trabalhos dos jovens pesquisadores.
Graduado em Física 
Computacional e mestre em Física Aplicada Computacional pelo nosso Instituto, o estudante Everton Lucas de Oliveira foi um dos três doutorandos selecionados com a bolsa. Sob a orientação do Prof. Tito Bonagamba e supervisão de Vinicius de França Machado (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello – Petrobras), Everton, de 26 anos, tem desenvolvido seu doutorado na área de Ressonância Magnética Nuclear (RMN), no qual tem simulado fluidos em meios porosos (rochas), através das técnicas de Microtomografia de Raio-X e Ressonância Magnética Nuclear.
Com a metodologia de RMN, por exemplo, é possível analisar a dinâmica interna de rochas, podendo investigar se determinada área é, ou não, viável para a extração de petróleo. Com esse projeto, simulo dados e extraio o máximo de informação. Apesar de serem experimentos simples, os materiais analisados são muito ricos em propriedades, diz ele que, no futuro, pretende realizar um pós-doutorado no exterior.
Assim como Everton, a doutoranda em Física Aplicada Isabella Sampaio do Nascimento foi outra estudante do IFSC selecionada com a bolsa. A jovem, de 26 anos, tem sido orientada pelo Prof. Dr. Valtencir Zucolotto (IFSC/USP) e supervisionada por Siegfrid Baumann Filho (Bayer). Em seu projeto, a pesquisadora tem como objetivo elaborar uma forma mais rápida para detectar microorganismos (pragas) que atacam culturas orgânicas. O trabalho em questão tem sido realizado junto à Bayer, empresa que atua no setor de agronegócio e farmacêutico. Agora, estamos esperando a empresa nos enviar as amostras necessárias para colocarmos a ideia em prática, explica ela, que tem graduação em Física Biológica pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP (Ribeirão Preto – São Paulo) e mestrado em Física pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar.
O pesquisador Evandro 
Ares de Araújo, que é doutorando em Física Aplicada – Opção Biomolecular do IFSC/USP, também foi selecionado com uma Bolsa DAI. Ele, que se graduou em Física pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e tornou-se mestre em Biotecnologia pela UFSCar, está desenvolvendo um projeto sob a orientação do Prof. Dr. Igor Polikarpov (IFSC/USP) e supervisão de Iuri Estrada Gouvea, do Centro de Tecnologia Canavieira – CTC, empresa na qual Evandro, de 30 anos, tem desenvolvido parte de seu trabalho, cujo intuito é viabilizar uma produção mais eficiente de biocombustível, através de enzimas artificiais desenvolvidas com base no estudo de substâncias orgânicas que evoluíram ao longo das décadas. Nossa ideia é entender como essas enzimas agem e desenvolver outras ainda melhores, diz ele.
Com isso, há expectativas de que o citado projeto contribua tanto para o baixo custo da produção de etanol de segunda geração, como para uma produção mais competitiva de biocombustível, já que apenas a cana-de-açúcar, por exemplo, representa cerca de 25% da matriz energética utilizada na fabricação do bioetanol.
As experiências dos doutorandos
O doutorado mudou o conceito que Evandro Oliveira tinha sobre pesquisa, uma vez que, ao contrário da academia, o Terceiro Setor visa aos projetos que rendem retorno a ele próprio: Sempre que apresentamos uma linha de pesquisa em uma empresa, os pesquisadores querem saber qual será o produto final. Isso já é impactante, porque na universidade é diferente, principalmente durante a graduação. Essa experiência é muito importante, explica ele.
Para Isabella Nascimento, o Terceiro Setor ainda não é um campo tão conhecido entre os jovens estudantes que atuam na área de ciências exatas. Além disso, a pesquisadora encontrou no doutorado acadêmico e industrial a oportunidade de enxergar a pesquisa com outros olhos: Na academia, normalmente fazemos pesquisa e não temos muita noção das suas aplicações ou de seus potenciais. Então, realizar o doutorado com alguma empresa faz com que tenhamos maior preocupação com a aplicabilidade dos projetos, diz ela, que não descarta a hipótese de atuar na área industrial assim que concluir os seus estudos.
A dinâmica da indústria também tem agradado a Evandro. Esse campo é muito mais perigoso, porque não se tem a segurança que a academia oferece. Mas, na indústria, o retorno financeiro vem muito mais rápido. Pretendendo atuar com pesquisa voltada ao setor canavieiro, Evandro ressalta também a importância da bolsa DAI: A bolsa me possibilitou ter contato com a empresa e desenvolver o meu trabalho com a CTC. E isso para mim tem sido essencial.
Assessoria de Comunicação
Em mais um programa Café com Física, que aconteceu no dia 16 de setembro, na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Prof. Dr. Reynaldo Daniel Pinto (IFSC/USP) apresentou o seminário Homeostase em circuitos nervosos, assinaturas de neurônios e modelos simplificados parte II – neurônios como sistemas dinâmicos, no qual discutiu como uma abordagem de sistemas dinâmicos pode ser usada para se compreender o comportamento elétrico dos neurônios e identificar qual o tipo de neurônio que produziu determinada assinatura, indicando qual é a família de modelos matemáticos mais adequada para representar esse neurônio.
Reynaldo Pinto graduou-se em física pela USP, em 1993, tendo obtido o seu doutorado na área de sistemas dinâmicos não-lineares experimentais, também pela Universidade, no ano de 1999, época em que também atuou como pós-doutorando no Institute For Non-Linear Science, na University of California (EUA). Entre suas principais linhas de pesquisa, destacamos a área de física e neurociência, bem como os seguintes temas: sistemas dinâmicos, caos experimental, redes neurais biológicas, centros geradores de padrões motores, teoria da informação e interação em tempo real entre computadores e redes neurais biológicas.
Assessoria de Comunicação
Na manhã de 16 de setembro, o Prof. Dr. Paulo Barbeitas Miranda, docente do Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), participou do programa Journal Club, que aconteceu na Sala Celeste desta Unidade, na qual ele apresentou a palestra The astonishing blow-up of an elastic soap bubble.
Em sua apresentação, o docente discutiu as propriedades elásticas que são encontradas em bolhas de sabão. Tais propriedades são comuns em cosméticos, além de serem importantes substâncias utilizadas em aplicações ambientais e industriais. Neste seminário, Miranda destacou seu objetivo de estudar essas bolhas, a fim de compreender as ondas do mar, que também liberam essas propriedades na atmosfera.
Paulo Miranda tem bacharelado em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), mestrado e doutorado na mesma área pela University of California at Berkeley (EUA), bem como pós-doutorado pela University of California at Santa Barbara (EUA). Atualmente, o docente do IFSC/USP tem atuado em físico-química de interfaces, utilizando espectroscopia não-linear para estudar o arranjo molecular em superfícies e interfaces, bem como em outros projetos.
Assessoria de Comunicação
Em maio deste ano, a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, em parceria com o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de seu Grupo de Óptica (GO), inaugurou a Unidade de Terapia Fotodinâmica, setor que oferecerá tratamentos diversos à população, tendo como base principalmente a terapia fotodinâmica, método que se utiliza da associação entre luz e químicos para tratar diversas enfermidades.
No entanto, além de tratamentos deste tipo, a Unidade também tem sido útil para validar outras pesquisas conduzidas pelo GO, como, por exemplo, a recém iniciada pelo pós-doutorando Antonio Eduardo de Aquino Júnior, que consiste na avaliação de alta precisão da composição corporal, através do “teste de bioimpedância”, que se baseia na condução de uma corrente elétrica de baixa intensidade para medir, principalmente, as quantidades de massa magra e gorda presentes no organismo. “A bioimpedância possibilita, através de quatro polos de avaliação [os dois pés e as duas mãos], que quatro diferentes frequências passem pelo nosso corpo e possam quantificar nossa gordura corporal total, gordura visceral, quantidade de água dentro e fora da célula, quantidade de proteínas, taxa metabólica basal etc.”, explica Antonio.
Através dos resultados fornecidos pelo teste, é possível sugerir dietas e tipos específicos de exercícios físicos ao avaliado, com o objetivo de se prevenir problemas relacionados à saúde física e, consequentemente, trazer uma melhora na qualidade de vida. “Muitas vezes, uma pessoa possui muitos músculos, algo que é muito bom, mas ao mesmo tempo não possui boa capacidade de transformar o que come em energia, acumulando uma grande quantidade de gordura corporal. Isso resulta, por exemplo, em grande número de pessoas com sobrepeso e obesidade que, no Brasil, já passa de 50%”, conta Antonio.
Testes in-loco
Desde que os testes de bioimpedância tiveram início na Unidade de Terapia Fotodinâmica da Santa Casa, em julho deste ano, cerca de 240 pessoas já puderam ser atendidas até o momento, sendo que há testes agendados até 10 de dezembro deste ano. “Fizemos ampla divulgação do teste, o que gerou um grande número de interessados. Desde que iniciamos os testes, temos atendido de 20 a 30 pessoas todas as quintas-feiras”, conta Antonio.
Ele conta também que, até o momento, diversos casos já puderam ser analisados, desde aqeueles de pessoas jovens que realizam atividades físicas regularmente, até pessoas com idade avançada que querem buscar novos caminhos para uma vida saudável. “Poder ajudar esse tipo variado de público é muito gratificante, até porque grande parte é formada por pessoas com recursos financeiros limitados, e que provavelmente não teria acesso a esse tipo de avaliação”, relembra Antonio.
Nova fase de pesquisa, novos voluntários
Mais conhecida como “barriguinha de cerveja”, a gordura visceral atormenta grande parte daqueles que lutam contra o peso excessivo. Acumulada principalmente na região abdominal, a gordura visceral pode tornar-se um obstáculo na vida do indivíduo, uma vez que, em grandes quantidades no organismo, pode gerar problemas cardiovasculares, pressão arterial elevada, resistência à insulina, diabetes, além de trazer grandes dificuldades para realização de atividades cotidianas. “Atividades simples, como calçar um sapato ou descer do carro, tornam-se difíceis para aqueles que possuem grande quantidade de gordura visceral”, elucida Antonio.
Tendo a prevenção como palavra-chave nas pesquisas que vem fazendo ao longo dos anos, desde quando iniciou o mestrado em Biotecnologia na UFSCar, Antonio conta que, na fase atual, o trabalho terá como foco apenas pessoas do sexo masculino, com faixa etária de 30 a 40 anos, e com índice de massa corporal de 30 a 34,9%. “Trabalharemos com homens que não fazem ingestão elevada de bebida alcoólica, uma vez que avaliaremos a diminuição da esteatose hepática não alcoólica associada ao exercício e à fototerapia como tratamentos desta doença, que acomete uma média de 75% das pessoas com obesidade”, adianta o pesquisador.
Antonio conta que, durante um trabalho experimental realizado em seu mestrado, foi evidenciado que a obesidade poderia ser tratada com exercícios associados ao uso de fototerapia, sendo que alguns dos resultados da pesquisa trouxeram relação entre a grande quantidade de gordura visceral e presença de gordura no fígado.
Os interessados em participar da nova fase de testes, deverão enviar e-mail à antonioaquino@ursa.ifsc.usp.br a partir da segunda quinzena de setembro, quando está prevista a triagem para nova pesquisa de Antonio.
*Essa nova fase de testes não afeta as avaliações de bioimpedância, que continuarão sendo realizados na Unidade de Terapia Fotodinâmica normalmente.
Imagem: Realização do teste de bioimpedância (créditos: Santa Casa de Misericórdia de São Carlos)
Assessoria de Comunicação
Entre os dias 21 e 25 de setembro de 2015, em São Carlos (SP), será realizada a 1ª edição do Workshop em Ciência dos Materiais, voltado para profissionais que atuam na área de ciência dos materiais, incluindo-se professores, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação.
O evento trará diversos palestrantes, nacionais e internacionais, para apresentar seus trabalhos, e tem como objetivo explorar novas conexões entre diferentes campos de atuação, que possam levar a avanços na compreensão fundamental, bem como a novas funcionalidades e aplicações das ciências dos materiais.
Os interessados em participar do workshop deverão fazer sua inscrição on-line no site oficial do evento, sendo que o valor para participação varia de acordo com a categoria na qual se insere o inscrito.
Para informações sobre a programação, locais, valores, comissão organizadora, entre outros, acesse http://iwscm.iqsc.usp.br/
Assessoria de Comunicação
Realiza-se entre os dias 14 e 19 de setembro, no Auditório da Agência USP de Inovação*, o Bio-Inspired Leadership Training – Inspired by Minds and Nature II, um treinamento promovido pela Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) e organizado pelo Programa Parceria Estratégica entre a Universidade de São Paulo e a Münster University – WWU, da Alemanha.
Esta iniciativa, que ocorrerá em formato de summer school, oferecerá conceitos de inovação, liderança e empreendedorismo, com base em processos criativos a partir da bioinspiração, trabalho em grupo e atividades de campo, sob monitoramento conjunto de professores e membros de ambas as instituições de ensino superior. Lembramos que a plenária de abertura, agendada para o dia 14, será aberta a todos os interessados. Confira, abaixo, a programação apenas da abertura do treinamento:
08h30 – Credenciamento de participantes;
09h00 – Abertura e introdução pelo Prof. Marco Antonio Zago (Reitor da USP);
Discursos das autoridades convidadas para a mesa de honra, a saber:
– Axel Zeidler – (Cônsul Geral da Alemanha);
-Anna Barkhausen (DAAD);
-Luciane Ortega (Agência USP de Inovação);
-Maurício Baptista (Aucani);
-Ricardo Schuch (Centro brasileiro da WWU – Münster);
-Wilhelm Bauhus (Departamento de Inovação da AFO-WWU Münster);
10h00 – “Research at USP” – Antonio Mauro Saraiva (Pró-Reitor Adjunto de Pesquisa da USP);
10h30 – Café;
11h30 – Funding Opportunities – Support Programs of the German Academic Exchange Service (DAAD) in Brazil and the Internationalization Program “Strategic Partnerships and Thematic Networks” – Anna Barkhausen (DAAD);
12h30 – Almoço;
14h00 – “A educação de inovadores” – Valter Pieracciani (Pieracciani Company);
15h00 – The German House of Science and Innovation São Paulo (DWIH-SP) – Scientific and Technological Cooperation between Brazil and Germany – Márcio Weichert (DWIH – São Paulo);
15h40 – “The BIOTA-FAPESP program for research in biodiversity” – Roberto Gomes de Souza Berlinck (Biota – USP);
16h20 – Fim da abertura do evento.
Este evento faz parte do projeto 
de parceria WWU.USP, que é subsidiado pelo programa “Parcerias Estratégicas e Redes Temáticas”, uma iniciativa do Ministério Alemão de Educação e Pesquisa (BMBF) que é administrada pelo Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD).
Recentemente, a Aucani abriu um edital no qual selecionou cinco alunos de graduação, cinco estudantes de pós-graduação e três docentes da USP, bem como doze membros da WWU, entre alunos de graduação, pós-graduação e docentes, que participarão deste treinamento.
*Avenida Torres de Oliveira, 76, em Jaguaré, São Paulo.
Créditos: Ilustração 2 – Uni-Muenster
Assessoria de Comunicação
Estão abertas até o dia 23 de setembro as inscrições para a realização do segundo exame do TOEFL ITP, teste de proficiência inserido na iniciativa Inglês na USP e decorrido no âmbito do programa Idiomas sem Fronteiras – IsF, que será realizado nos dias 26 e 27 de setembro no campus Butantã (São Paulo). O exame é exigido para a concessão de bolsas do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF), bem como de outros programas de mobilidade voltados aos alunos de graduação e pós-graduação stricto sensu da Universidade.
O TOEFL ITP, que será aplicado de forma gratuita pela AUCANI* e FUVEST**, avaliará as compreensões auditiva e escrita, além do vocabulário e gramática dos candidatos. Serão oferecidos até 2.400 testes, Level 1, referentes à Demanda 2-2015, Edital 23/2015, do programa Inglês sem Fronteiras.
Para inscrever-se, acesse AQUI. Os candidatos portadores de necessidades especiais devem enviar a documentação necessários para os e-mails isf.acessibilidade@mec.gov.br e aucani.idiomas@usp.br.
Os resultados do exame serão divulgados no site do IsF a partir de 45 dias após a realização do teste.
Para outras informações, confira o Edital ou o Manual do Candidato.
*Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional;
**Fundação Universitária para o Vestibular.
Assessoria de Comunicação
O polímero Politiofeno, composto normalmente utilizado em células solares orgânicas para absorver luz, tem sido um forte candidato à recuperação 
da sensibilidade da retina (região do globo ocular que é responsável por captar as imagens e transmiti-las ao nosso cérebro através de moléculas que absorvem luz e transferem carga elétrica aos neurônios). Tal hipótese tem sido reforçada em um estudo desenvolvido pelo Prof. Dr. Paulo Barbeitas Miranda, do Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com pesquisadores do Politecnico Milano, uma instituição de ensino superior sediada em Milão, na Itália.
O objetivo final deste estudo é desenvolver um filme polimérico bastante fino e flexível, depositado sobre um substrato de seda (biocompatível), por forma a que essa placa possa substituir a camada fotosensora da retina. Para investigar este processo em escala laboratorial, os pesquisadores do Politecnico Milano, liderados pelo Prof. Dr. Guglielmo Lanzani, estudaram o comportamento do Politiofeno em contato com a água e, posteriormente, com o soro fisiológico (simulando o ambiente biológico), ao absorver a luz de um laser verde e excitar neurônios de ratos.
De acordo com Paulo Miranda, que orientou o doutorando Sebastiano Bellani (Politecnico Milano) em uma fase posterior do projeto que visava entender a orientação das moléculas de Politiofeno em contato com a água, tal etapa permitiu concluir que, quando interagem com ambas as soluções aquosas, esses polímeros ficam inclinados. A orientação que os polímeros adotam é importante, porque por vezes ela pode desfavorecer o processo de transferência de carga elétrica, explica Miranda, acrescentando que, neste caso, a inclinação dos polímeros é favorável à transferência. Alguns testes já têm sido executados com sucesso em animais, contudo, a aplicação deste trabalho só poderá ser utilizada por médicos apenas daqui a alguns anos.
Esta parceria teve início no segundo semestre de 2013, quando Bellani ingressou no IFSC/USP através de um dos programas de internacionalização. Todos os experimentos desta etapa do trabalho foram realizados nos laboratórios do Instituto de Física de São Carlos, com a técnica de espectroscopia por geração de soma de frequências, enquanto os pesquisadores italianos executaram análises computacionais para compará-las com os resultados experimentais.
Em breve, o docente do IFSC deverá ir à instituição italiana, onde analisará a transferência de carga do polímero para a água, através de pulsos de luz ultracurtos (na escala de 100 femtosegundos – menos que um quadrilionésimo de segundo), uma vez que os pesquisadores ainda não sabem como e quão rapidamente esse campo elétrico que excita os neurônios é formado. Junto com os especialistas do Politecnico Milano, Paulo Miranda também deverá medir diretamente o campo elétrico gerado pela absorção da luz na interface com a água, buscando uma compreensão ainda maior sobre como esses polímeros deverão atuar no globo ocular.
Em junho último, um artigo sobre esta pesquisa foi publicado no Journal of Materials Chemistry B.
Créditos: Foto 1 – Yelp
Assessoria de Comunicação
No início da tarde do dia 10 de setembro, na sala de seminários do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a pesquisadora Alessandra Keiko Lima Fujita (Campus USP – São Carlos) apresentou a palestra Avaliação do efeito fotodinâmico a partir da associação de diferentes fotossensibilizadores em epitélio suíno, na qual a especialista falou sobre uma das possibilidades de otimizar a Terapia Fotodinâmica (TFD) Tópica, tratamento comumente executado em indivíduos
que têm doenças de pele.
Alessandra Fujita, que atua na área de diagnóstico óptico e terapia fotodinâmica, graduou-se em Licenciatura em Física pela Universidade Católica de Brasília (UCB), em 2008, tornou-se mestre em Física Experimental pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), em 2012, sendo, atualmente, doutoranda em Ciências e Engenharia de Materiais (curso Interunidades do Campus USP – São Carlos).
Assessoria de Comunicação
Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em agosto de 2015, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).
A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Applied Materials & Interfaces.
Assessoria de Comunicação
Numa interessante entrevista, o Coordenador da Agência USP de Inovação, Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, e o governador do estado de Goiás, Marconi Perillo, falam sobre o programa Inova Goiás, dedicado ao incentivo da Inovação e que tem o objetivo de reforçar e consolidar as apostas e os investimentos que já foram feitos por esse estado, nessa área.
O estado de Goiás assume a responsabilidade de, através dos exemplos já dados ao longo do tempo, demonstrar alguns dos passos que devem ser dados na área da Inovação, podendo os mesmos ser um exemplo para o desenvolvimento nacional.
Para o Prof. Bagnato, a Inovação é a mola propulsora do desenvolvimento, que auxilia na geração de recursos, principalmente tendo em vistas o fortalecimento do setor produtivo, uma parceria entre o conhecimento e a produção, aspectos em que a USP pode contribuir plenamente.
Para assistir a esta entrevista, clique AQUI.
Assessoria de Comunicação
O Prof. José Goldemberg – físico da USP – tomou posse como Presidente da FAPESP, em cerimônia realizada no dia 08 de setembro, na sede da instituição, em São Paulo.
Embora possua um sólido e importante caminho percorrido ao longo de seus 53 anos de vida, nomeadamente na contribuição para a evolução científica e tecnológica do Estado de São Paulo, segundo o novo presidente, em seu discurso de posse, a instituição tem condições para contribuir ainda mais na inovação e no desenvolvimento do estado, tendo destacado a necessidade de expandir as atividades da FAPESP e de uma maior coordenação entre os resultados das pesquisas apoiadas pela instituição com as ações de fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação feitas por órgãos dos governos estadual e federal, além de empresas.
Sublinhando que a FAPESP recebe, atualmente, muitos milhares de solicitações de apoio por ano de pesquisadores e candidatos a bolsas de estudo, além de algumas centenas de empresas, incluindo startups, que recebem auxílios do órgão, a fundo perdido, Goldemberg também enfatizou a existência de alguns programas de cooperação com grandes empresas nas quais a pesquisa é importante. Nos parece urgente e necessário expandir estas atividades, que poderão abrir caminho para uma maior coordenação entre a área da pesquisa e a ação de órgãos de financiamento do Governo Estadual, como a Desenvolve São Paulo [agência de desenvolvimento paulista, que apoia pequenas e médias empresas do estado, Investe São Paulo [Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade], e do Governo Federal, como a Finep [Financiadora de Estudos e Projetos] e o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], bem como o setor privado, apontou o novo presidente da FAPESP.
Para Goldemberg, as agências governamentais de desenvolvimento poderiam agilizar substancialmente suas operações ao se basear nas avaliações da Fundação sobre a viabilidade técnica dos projetos, como fazem bancos de investimento públicos e privados no mundo, que usam as análises do Banco Mundial como “selo de qualidade” e aval de seus projetos de investimento. A enorme competência científica e tecnológica que São Paulo tem nas suas universidades e institutos de pesquisa é um acervo que poucos países em desenvolvimento possuem. Precisamos protegê-lo e utilizar melhor esta competência para resolver os problemas da sociedade, rematou.
Para ler o discurso de posse do Prof. José Goldemberg, clique AQUI.
O Prof. José Goldemberg é Doutor em Ciências Físicas pela Universidade de São Paulo (USP), foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) de 1979 a 1981; da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), entre 1983 e 1986 e reitor da USP (1986-1990). Ocupou os cargos de Secretário de Ciência e Tecnologia (1990-1991) e de Meio Ambiente da Presidência da República (interino em 1992), Ministro da Educação (1991-1992) e Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (2002-2006). Professor emérito dos Institutos de Energia e Ambiente (IEA) e de Física da USP, Goldemberg foi professor da Universidade de Paris, na França, e de Princeton, nos Estados Unidos, e é autor de artigos e livros sobre Física Nuclear, Energia e Meio Ambiente.
Assessoria de Comunicação
Entre os dias 19 e 23 de outubro de 2015, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) realizará mais uma edição da Semana da Física Médica, evento que tem como objetivo divulgar o trabalho de profissionais na área de Física Médica para estimular o interesse e orientar os alunos de graduação e pós-graduação do curso.
O evento trará mini cursos, palestras, apresentação de trabalhos e mesas-redondas, e contará com a participação de pesquisadores e empresários que atuam na área específica em questão.
Para se inscrever, basta acessar o site oficial do evento, sendo que o prazo final para submissão de trabalhos termina em 4 de outubro.
Para mais informações, acesse http://semanadafisicamedica.wix.com/semana2015
Segundo uma pesquisa realizada pelo Unesco Institute for Statistics, apenas 30% do total de pesquisadores no mundo são mulheres. Embora esta estatística seja baixa, acredita-se que a participação do público feminino no ambiente profissional tem aumentado significativamente ao longo dos últimos anos. De acordo com o Censo da Educação Superior de 2010, entre as 20 carreiras de graduação com maior número de recém-formados, as mulheres são maioria em 15 delas. Além de serem a maioria entre os discentes nas universidades brasileiras, elas compõem aproximadamente 50% dos docentes que atuam em instituições públicas.
Interessada no papel da mulher na carreira científica, a Profa. Dra. Marcia Cristina Bernardes Barbosa (Diretora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – IF/UFRGS e Vice-Presidente da União Internacional de Física Pura e Aplicada – IUPAP) pesquisou dados referentes à atuação do público feminino na carreira científica, tendo analisado que há uma disparidade no número de mulheres que iniciam a graduação e que dão continuidade à vida acadêmica na área de ciências exatas. Há um percentual menor que sobrevive. Então, existe um problema que é como todos os problemas brasileiros, que ficam em torno de uma capa de cordialidade, diz ela que, em 2013, foi uma das vencedoras do Prêmio L’Oréal-UNESCO para Mulheres na Ciência, graças à sua descoberta envolvendo uma das peculiaridades da água, que pode ajudar na compreensão de como os terremotos ocorrem e de como as proteínas se dobram, o que pode ser importante para o tratamento de várias doenças.
Sabe-se que a desvalorização da mulher ocorre não só na carreira científica. Contudo, nota-se que a discriminação e vagarosidade no avanço do público feminino na ciência se devem, segundo a pesquisadora, ao pequeno percentual de mulheres que apostam na profissão de cientista. O próprio poder de algumas áreas também parece contribuir para a desvalorização da mulher: Certas áreas da ciência, tal como a física, têm poder. A área de conhecimento tecnológico sempre teve poder. Então, a pessoa que sabe manipular a tecnologia tem o poder, e os homens sempre buscaram esse fator. É notável a ausência das mulheres sempre que uma profissão traz consigo algum tipo de poder, afirma Marcia, ressaltando que a informática é a área que mais causa esse impacto, porque quando surgiu era vista como um serviçinho e tinha um bom percentual de mulheres. Quando ela se tornou esse instrumento grandioso, as mulheres sumiram desse campo. É a única área em que o percentual de mulheres vem decrescendo.
Uma intrusa na aula de física
Era março de 1978, quando Barbosa assistia à sua primeira aula do curso de graduação em física na UFRGS e sentia-se uma intrusa, já que o número de mulheres na sala era diminuto. Esse sentimento fazia-me pensar que essa área não era para mim. E é assim que as mulheres se sentem nesses campos, afirma ela, dizendo que os homens raramente percebem que há esse impacto no público feminino. Contudo, para a docente, nem todas as mulheres sentem que são minoria em um curso de nível superior, mas, geralmente, essas mulheres, que normalmente têm sucesso profissional, são aquelas que levaram maior tempo para finalizar a graduação, o mestrado ou o doutorado, principalmente devido à gravidez.
Em uma pesquisa realizada pela docente, com jovens garotas, a diretora do IF/UFRGS notou que várias meninas de cerca de 12 anos têm interesse em casar e ter filhos. Ao perguntar como imaginam uma cientista, elas disseram que veem as cientistas como mulheres solteiras e sem filhos. Obviamente, essas crianças não vão querer ser cientista. Precisamos visibilizar cada vez mais a mulher cientista, que é uma pessoa comum e que pode ter qualquer personalidade, diz a pesquisadora, que também critica o horário e a dinâmica de trabalho atual:
Algo que me incomoda muito é que, no século dezenove, trabalhávamos X horas. No século vinte o dobro da população trabalhava e a gente continua trabalhando muito. Essa matemática me incomoda, porque se ‘todos’ estão trabalhando, deveríamos trabalhar menos horas. Trabalhamos o tempo todo e não conseguimos ter família. Eu não consigo pensar em marcar uma reunião às dezessete horas, quando tenho pais que têm que estar nessa reunião, porque dezenove horas é um horário que crianças saem da escola, etc., explica a diretora, acrescentando que é necessário saber dedicar-se à família e ao trabalho, de forma convergente.
A fórmula para esta problemática
Para Marcia Barbosa, 
as mulheres cientistas apenas deverão ser valorizadas no setor profissional, da mesma forma como os homens são, quando houver uma conciliação entre a família e o trabalho, bem como consciência do que é um cientista. Os cientistas são pessoas normais e é isto que temos que dizer às pessoas para mudarmos este cenário.
Em agosto último, Marcia Barbosa apresentou uma palestra no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sobre o citado assunto, exatamente em uma Unidade que sempre se preocupou com o assunto e que, desde o início de sua história, conta com a participação da mulher, no caso, a nossa querida Profa. Dra. Yvonne Primerano Mascarenhas (IFSC/USP), que, graças ao seu empenho, esforço e trabalho incansável que ainda hoje desenvolve, fundou esta Instituição, em 1954, ao lado do Prof. Dr. Sérgio Mascarenhas.
Na foto 1 (Créditos: Telegraph): Marie Curie (Prêmio Nobel de Física [1903] e Química [1911]).
Assessoria de Comunicação
