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1 de abril de 2016

Projetos visam a uma melhor qualidade de vida

enactus_logo_250No mês de março último, estudantes do campus USP São Carlos que integram o Time Enactus CAASO-USP se reuniram no Anfiteatro Jorge Caron, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), onde apresentaram os objetivos e as ações empreendedoras do grupo, a fim de recrutar novos membros para o time. O projeto Enactus, que reúne times formados por alunos universitários em diversos países, tem como objetivo cooperar com comunidades locais, através do desenvolvimento de projetos capazes de melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Somente no Brasil existem oitenta instituições de ensino superior engajadas na iniciativa. “Nosso principal objetivo é aplicar a ação empreendedora, de modo que as comunidades possam dar continuidade aos projetos que desenvolvemos para ajudá-las”, diz Luana Nogueira, que atua como coordenadora geral do Time Enactus CAASO-USP e que cursa o terceiro ano de Engenharia Mecânica na EESC.

Atualmente, os cerca de vinte e cinco alunos participantes do time, que recebem orientações dos Profs. Drs. Evaldo Luiz Gaeta Espindola (EESC/USP) e Lauralice de Campos Franceschini Canale (EESC/USP), têm se dividido em pequenos grupos para desenvolver três projetos, sendo eles: GerAÇÃO Helena, o G Alfa e o Madre Chef.

Através do projeto GerAÇÃO Helena, o time tem apoiado quatorze famílias do Assentamento Santa Helena, localizado próximo ao Centro de São Carlos. Em colaboração com membros da sociedade Ordem DeMolay, essa equipe distribuiu filtros de água para instalação nas residências de todas as famílias desse local e em parceria com a Embrapa* instalou cloradores de água nos lotes do povoado. Além de terem firmado parcerias com uma dentista e uma nutricionista, que têm apoiado os moradores desse local, os alunos adquiriram também um biofertilizante para adubar o solo onde as famílias plantam seus alimentos.

Há anos, essas famílias produziam diversos produtos orgânicos, mas tinham dificuldades para comercializá-los. Por isso, o time também colaborou com a renda financeira dos moradores do assentamento, comercializando cestas com os alimentos cultivados por essas famílias. A ideia resultou no aumento de cerca de 36% da renda do assentamento. “Agora, pretendemos comercializar as cestas em condomínios, já que acreditamos que essa alternativa é mais sustentável e prática para quem quer comprar os alimentos”, comenta Luana.

Parte dos membros do time tem desenvolvido LUANA_NOGUEIRAo projeto G Alfa, que visa diminuir a evasão de alunos na escola estadual Jesuíno de Arruda, sediada em São Carlos. O objetivo da ação é tornar o ambiente escolar mais atrativo aos estudantes, através da implantação de uma horta. “A ideia é que essa atividade permita aproximar os alunos de seus professores e familiares”, explica Luana, acrescentando que a falta de interação com os pais é um dos principais fatores que resultam na evasão dos jovens estudantes.

O Madre Chef é outro projeto que tem sido desenvolvido pelos alunos das unidades do campus USP São Carlos. Ao ter conhecido o projeto Madre Cabrini, iniciativa voltada a jovens carentes, o time soube do desejo que algumas mães de jovens têm de trabalhar com culinária. Para apoiá-las, alguns membros da equipe já criaram inclusive a marca Madre Chef, uma espécie de cooperativa que deverá ajudar diversas outras mães que querem atuar na área em questão.

Com os citados projetos em andamento, os membros do time têm cogitado iniciar novas ações com outras comunidades da região. Além disso, esses alunos já estão pensando a respeito do Campeonato Nacional Enactus Brasil – 2016, no qual deverão apresentar os resultados desses trabalhos. Em julho de 2015, o grupo de estudantes conquistou o terceiro lugar no campeonato, que reuniu aproximadamente 900 alunos universitários e 160 empresários e executivos. Além disso, o time já foi congratulado com os prêmios KPMG de Ética e Integridade e Ford C3 – Construindo Comunidades Sustentáveis, e indicado aos prêmios Andef e Unilever de Empreendedorismo Sustentável.

*Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de abril de 2016

Programa Universitário por Um Dia

Ao longo do dia 14 de março, realizou-se 11Dia2016-1_250no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) a primeira edição do programa Universitário por Um Dia (1Dia) de 2016. Com foco em estudantes do ensino médio da rede pública e privada, o programa tem como objetivo trazer esse público ao campus USP São Carlos, oferecendo uma série de atividades, de modo que esses jovens alunos conheçam e vivenciem o ambiente universitário, mais especificamente, o do IFSC/USP.

Cerca de trinta alunos e dois professores do segundo ano do ensino médio da escola estadual “Dr. Salles Junior”, de Dourado (SP), participaram dessa primeira edição de 2016. Quando chegaram ao IFSC, pelas 09 horas, os visitantes foram recepcionados por Letícia Pradella, estudante do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas e monitora do “1Dia”, que iniciou a programação com uma palestra sobre permanência estudantil, apresentada na Sala do Conhecimento, onde ocorre a maior parte das atividades do programa que é coordenado por Herbert Alexandre João, educador do Instituto de Física de São Carlos.

Na ocasião, Letícia apresentou os meios de ingresso na Universidade (Fundação Universitária 11Dia2016-2_250para o Vestibular – FUVEST e Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM), em especial os programas que oferecem maiores chances de ingresso para alunos de escola pública, como, por exemplo, o Inclusp (Programa de Inclusão Social da USP) e Pasusp (Programa de Avaliação Seriada da USP). “Se não fosse pelo Pasusp, não sei se hoje eu estaria estudando na USP, porque a qualidade do meu ensino médio não foi tão boa devido à falta de professores”, comentou a monitora, que ganhava a atenção dos alunos com facilidade, já que aderia a uma forma leve e descontraída para interagir com eles.

Letícia também comentou sobre os programas de apoio que a USP oferece a alunos que estudaram em instituições públicas, incluindo bolsas que auxiliam os estudantes em moradia, alimentação e até na aquisição de livros. Posteriormente, ela citou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), que apoia alunos interessados em desenvolver Iniciação Científica com docentes da USP que atuam, inclusive, com pesquisa de nível internacional.

Após a palestra, Letícia iniciou o tradicional Show da Física. Divido em duas partes (manhã e tarde), o show foi constituído por apresentações de experimentos relacionados a mecânica, termodinâmica, onda e eletricidade. Os participantes também visitaram a infraestrutura da Unidade, em especial a Biblioteca “Prof. Bernhard Gross”.

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Guilherme Henrique da Silva foi um dos alunos que participou dessa edição do programa. Durante o Show da Física, o experimento que mais lhe interessou foi um em que Letícia utilizou nitrogênio. O jovem, de 15 anos, disse ter aproveitado a visita, mas adiantou: “Eu quero cursar arquitetura… Desde criança gosto de desenhar”.

O mesmo experimento também foi o mais interessante para Tamiris Aparecida Facco. Pela primeira vez no Instituto e apaixonada por física, a jovem, que também tem 15 anos e que estuda com Guilherme, confessou seu interesse em estudar no IFSC/USP: “Quero fazer física, se possível no IFSC. A biblioteca do Instituto é enorme e a USP é fascinante”, disse ela, empolgada. “Foi uma pena não ter tido tempo para conhecer toda a infraestrutura do campus”, lamentou.

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Tamiris e Guilherme

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de março de 2016

Série “Concertos USP / Prefeitura de São Carlos”

dconcer-dest-200A Série Concertos USP / Prefeitura de São Carlos, que agitou a área cultural da cidade de São Carlos em 2015, regressa este ano novamente ao Teatro Municipal de São Carlos “Dr. Alderico Vieira Perdigão”, com o primeiro concerto realizado na noite de 30 de março.

Na circunstância, a Banda Mogiana (constituída por 17 integrantes) apresentou o concerto intitulado Samuel Pompeo na Mogiana, sob a regência do maestro José Gustavo Julião de Camargo e com a participação especial do solista Samuel Pompeo (saxofone), com a interpretação de obras de José Matsumoto (21 de Abril, Samba da Menina, Menores, e Baião de Corda); Vitor Zafer (Coisas do Brasil e Mungunzá); Jean Carlos (Perdi meu Samba); Hermeto Pascoal, com arranjo de Todd Murphy (Montreux); Guinga, com arranjo de Nailor Proveta (Baião de Lacan) e de Rafael Leme (Forró na Casa do Duda).

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Este evento cultural contou com os apoios de todos os órgãos dirigentes da Universidade de São Paulo (USP) e do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de São Carlos – USP, numa organização conjunta do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prefeitura Municipal de São Carlos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) e, principalmente, do Departamento de Música da FFCLRP/USP.

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de março de 2016

Oferecimento de novas vagas para intercâmbio

Estão abertas as inscrições para o oferecimento de cinquenta e duas vagas para intercâmbio em universidades estrangeiras conveniadas com a Universidade de São Paulo. As inscrições podem ser feitas até às 12h do dia 06 de abril de 2016, sendo que os intercâmbios deverão ser realizados durante o segundo semestre deste ano.

As vagas serão oferecidas pela Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI), no âmbito do Programa de Mobilidade Estudantil Internacional de alunos de graduação da USP.

Para se inscrever e conferir o edital correspondente ao oferecimento dessas vagas, clique AQUI.

Para obter mais informações, entre em contato com a AUCANI AQUI, selecionando o assunto “Editais – Intercâmbio”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de março de 2016

Macromolecular Crystallography School 2016

Realiza-se entre os dias 04 e 13 de abril, no Anfiteatro Novo do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Macromolecular Crystallography School 2016 – From data processing to structure refinement and beyond.

Com foco em estudantes de doutorado, pós-doutorado e jovens pesquisadores, a Escola oferecerá tutoriais e treinamentos de métodos voltados ao estado da arte em cristalografia de macromoléculas e promoverá discussões sobre temas como processamento de dados de difração e fase e estrutura de determinação. A programação da Macromolecular Crystallography School será composta por palestras ministradas por pesquisadores do Brasil, Uruguai, da Espanha, Alemanha e Inglaterra. Para conferir a programação completa, clique AQUI.

O comitê organizador do evento é formado por docentes do IFSC/USP e por especialistas de outras instituições de ensino e pesquisa, nomeadamente: Eduardo Horjales (IFSC/USP), Richard Garratt (IFSC/USP), Glaucius Oliva (IFSC/USP), João Renato Muniz (IFSC/USP), Ronan Keegan (STFC Rutherford Appleton Laboratory – Reino Unido), Garib Murshudov (MRC/LMB – Reino Unido) e Alejandro Buschiazzo (Institut Pasteur de Montevideo – Uruguai).

Em 2013, a Escola ocorreu em Montevideo (Uruguai) e, devido às cinquenta e cinco inscrições recebidas, outra edição do evento aconteceu em 2014, no Instituto de Física de São Carlos. Em abril de 2015, uma terceira edição da Macromolecular Crystallography School aconteceu novamente em Montevideo.

Acesse o site da Escola AQUI, para obter mais informações.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de março de 2016

Irreversibilidade como consequência de processos reversíveis

TIAGO_BATALHO_250No seminário Observing an emergence of the arrow of time in a quantum system, apresentado no dia 29 de março, na Sala Celeste do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o pesquisador Tiago Barbin Batalhão, da Universidade Federal do ABC (UFABC), discutiu como a irreversibilidade – um dos conceitos mais intrigantes da física – pode se tornar uma consequência de processos reversíveis, em especial, da equação de Schrödinger. A palestra foi promovida pelo programa Journal Club.

Tiago Batalhão é bacharel e mestre em física pelo IFSC/USP, sendo atualmente bolsista de doutorado na UFABC, instituição sediada em Santo André (SP). Eleito três vezes melhor aluno do IFSC pelo Prêmio Bernhard Gross, ele ficou duas vezes em terceiro lugar no Prêmio FIFT para Jovens Físicos. Além da área de ensino de graduação, o pesquisador têm experiência em Óptica Quântica e Informação Quântica.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de março de 2016

Simpósio Nacional de Ensino de Física

Realiza-se entre os dias 23 e 27 de janeiro de 2017, na cidade de São Carlos (Campus USP), o XXII Simpósio Nacional de Ensino sbfde Física (XXII-SNEF), um evento bienal promovido pela Sociedade Brasileira de Física (SBF) e que nesse ano terá como tema central A Física e o Cidadão Contemporâneo.

O evento tem como objetivos favorecer a interação entre pesquisadores e professores de Física, estimular a melhoria do ensino da Física em todos os níveis, discutir trabalhos de pesquisas recentes e tratar de temas de interesse da área de ensino de Física no Brasil.

Para tanto, serão desenvolvidas ações que possibilitem congregar alunos e professores dos diversos níveis de ensino, interessados em debater questões relacionadas ao ensino e aprendizagem de Física, às pesquisas realizadas no campo de investigação do Ensino de Física e à formação de profissionais para atuarem nesse campo, quer como docentes ou como pesquisadores; o intercâmbio de ideias e das múltiplas experiências vivenciadas pelos seus participantes, através da apresentação de relatos de suas atividades de investigação, de suas experiências de docência ou decorrentes de outros projetos, bem como a atualização dos participantes através do desenvolvimento e participação em mini-cursos, sessões de comunicações orais, sessões de pôsteres, oficinas, mesas-redondas, palestras, mostras e conferências.

Com efeito, o público-alvo do XXII SNEF será formado por um lote diversificado de atores com interesses diversificados na área, destacando-se docentes de Física, de Ciências e afins, dos níveis fundamental, médio e superior; estudantes de licenciatura em Física e licenciaturas afins; estudantes de bacharelado em Física e cursos afins; estudantes de pós-graduação em ensino de Física, em educação e áreas afins; formadores de professores vinculados a universidades, instituições de ensino superior e institutos de pesquisa; educadores e pesquisadores em ensino de Física, ensino de ciências e afins; representantes de órgãos de fomento à pesquisa e normatizadores da educação no país; dirigentes e membros de equipes de ensino das secretarias de educação dos vários estados e municípios brasileiros, bem como demais interessados em educação científica e no tema do simpósio.

O XXII SNEF está organizado em torno das seguintes linhas temáticas:

– Processos Cognitivos, Linguagem e o Ensino e Aprendizagem em Física;

– Materiais, Métodos e Estratégias de Ensino de Física;

– Seleção, Organização do Conhecimento e Currículo;

– Formação de Professores e Prática Docente;

– O Ensino de Física para a Graduação;

– História, Filosofia e Sociologia da Física;

– Alfabetização Científica e Tecnológica no ensino de Física;

– Divulgação Científica e Educação Não Formal;

– Tecnologia da Informação e Comunicação;

– Ciência, Cultura e Arte;

– Educação, Política e Sociedade;

– Pesquisa em Educação em Física;

– Ensino de Física e as Necessidades Educacionais Especiais.

Representantes da Comissão Organizadora: Prof. Dr. Marcelo Alves Barros (IFSC/USP) – Coordenador Geral; Prof. Dr. Tomaz Catunda (IFSC/USP) – Vice-Coordenador.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de março de 2016

Programa “Ano Sabático”

Foi publicada, em junho do ano passado, a resolução nº 7069, que institui o programa “Ano Sabático”, que deverá ser integrado por seis postos a serem preenchidos por professores da USP com, no mínimo, sete anos de exercício.

Para acessar a resolução na íntegra, clique aqui.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

24 de março de 2016

Palestra sobre PIPE – FAPESP

O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), acolherá no próximo dia 30 de março uma palestra sobre como o Programa de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, pode apoiar a execução de pesquisas científicas ou tecnológicas em micro, pequenas e médias empresas no Estado de São Paulo.

A palestra, intitulada O Programa PIPE da FAPESP e a sua Startup São-carlense, é uma oportunidade para auxiliar pós-graduandos recém-formados na criação de startups e será ministrada pelo professor Fabio Kon, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, que também é coordenador adjunto de Pesquisa para Inovação da FAPESP.

O evento ocorrerá às 15 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (sala 6-001) do ICMC, onde serão apresentados o histórico e os objetivos do PIPE, bem como discutidas as características que um bom projeto deve ter para ser submetido ao programa. A plateia também terá a oportunidade de tirar suas dúvidas.

No mesmo auditório, às 18 horas, Kon falará sobre Modelo de maturidade para ecossistemas de startups de software: onde sua cidade se encaixa e o que você pode fazer por ela?.

Nessa palestra, Kon apresentará um modelo resultante de pesquisas de campo realizadas em Tel Aviv, Nova York e em São Paulo. O trabalho foi desenvolvido pelo Grupo de Empreendedorismo Digital do IME-USP.

Kon também discutirá como esse modelo pode trazer subsídios para que as cidades definam diretrizes e planos de ação para o desenvolvimento de um ambiente favorável à criação de empresas nascentes de cunho tecnológico.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2016

Novas descobertas sobre o parasita

Uma molécula localizada no sistema do Plasmodium falciparum – principal parasita causador da Malária – pode alertar esse organismo de possíveis perigos. Aliás, quando tem sua atividade interrompida, ela pode causar a morte do parasita. Esses fatos, que podem ser eventualmente considerados algumas das “chaves” da descoberta do combate à Malária, foram observados por pesquisadores do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar-CEPID)* do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de um estudo desenvolvido em parceria com especialistas do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB/USP). O artigo referente às descobertas foi publicado em fevereiro último na Scientific Reports, da Nature.

Responsável por aproximadamente seiscentas mil mortes por ano, onde crianças com menos anopheles_300de cinco anos representam aproximadamente 78% desse índice, a Malária é uma doença tropical infecciosa, transmitida ao ser humano através da picada da fêmea do mosquito Anopheles. Acredita-se que uma pessoa morre de Malária, no mundo, a cada minuto. Além disso, estima-se que três bilhões de pessoas correm o risco de serem acometidas pela doença, que pode causar calafrios, febre alta, dores de cabeça e musculares, delírios, sonolência, vômitos, entre outros sintomas. No Brasil, o parasita mais comum que causa a doença é o Plasmodium vivax. Ele dificilmente leva o paciente à morte, mas causa grande morbidade. O Plasmodium falciparum, acima citado, é o mais temido, em razão de ser o principal causador de mortes por Malária no mundo.

Quando o P. falciparum invade a corrente sanguínea, ele se aloja nos glóbulos vermelhos (hemácias), sendo que para obter energia suficiente e sobreviver no organismo humano, ele degrada as hemoglobinas, que são as principais proteínas presentes nas hemácias e que são responsáveis pela coloração vermelha do sangue.

Apesar de parecer simples, esse processo de obtenção de energia é complexo, já que, dentro dessas proteínas, existe uma molécula chamada “heme” que é liberada quando o parasita degrada a hemoglobina, ficando solúvel nos glóbulos vermelhos e tornando-se tóxica ao Plasmodium. Contudo, ao longo de sua evolução, o P. falciparum “aprendeu” a se proteger dessa molécula tóxica, polimerizando-a e precipitando-a. “O parasita não sabe lidar com o heme; então, ele deixa essa molécula ‘de lado’. Ela incomoda o parasita, mas deixa de ser tóxica para ele”, explica o Prof. Dr. Rafael Guido, docente do Grupo de Cristalografia do IFSC que fez parte deste trabalho, cuja autoria principal foi dividida entre os pesquisadores Fernando Maluf, do IFSC/USP, e Eduardo Alves, do IB/USP. Essa foi apenas uma das maneiras que o P. falciparum encontrou ao longo dos anos para se esquivar do heme e sobreviver no hospedeiro. Uma outra alternativa usada pelo parasita é conhecida como “detoxificação”, processo em que o P. falciparum transforma o grupo heme em uma molécula chamada biliverdina, através da heme oxigenase, uma molécula presente tanto no organismo humano, como no sistema do parasita, que oxida o grupo heme.

Após quarenta e oito horas dentro da hemácia, o parasita se multiplica tanto que provoca a explosão da célula e a liberação dos parasitas pelo organismo humano, o que pode causar complicações ao paciente, como, por exemplo, hemorragia (perda súbita de sangue que pode ocasionar a morte).

Durante alguns estudos feitos em laboratório, a Profa. Dra. Célia Garcia, pesquisadora do IB/USP e autora correspondente do trabalho, observou que o P. falciparum produz a biliverdina que, assim como o grupo heme, pode ser tóxica para ele. E, se esse organismo produz a biliverdina, é porque existe alguma enzima em seu RAFAEL_GUIDO_350sistema que permite fazer isso. “Na literatura, existem muitas discussões a respeito da enzima ser capaz de converter o grupo heme em biliverdina no sistema do parasita. Mas, descobrimos que há biliverdina nesse organismo”, explica Rafael, destacando que os pesquisadores chegaram a essa conclusão, porque encontraram biliverdina em glóbulos vermelhos onde o parasita havia se instalado. Nesses glóbulos, não existem enzimas humanas capazes de produzir biliverdina, portanto, nesse caso, ela só pode ter sido produzida pelo parasita.

Nessa etapa do estudo, os pesquisadores nocautearam (termo comum utilizado no meio científico) esse parasita, ou seja, retiraram o gene que codifica para a enzima heme oxigenase, impedindo, assim, a produção de biliverdina. Quando o parasita foi nocauteado, ele morreu. “Ter retirado o gene que codifica a heme oxigenase do parasita foi letal para ele. Isso é superinteressante para nós, que queremos desenvolver um fármaco para combater a Malária, porque mostra que se impedirmos a produção ou a ação da heme oxigenase [aquela molécula que oxida o grupo heme], conseguiremos combater o parasita”, diz Rafael Guido.

Além disso, foi observado que a biliverdina modifica o ciclo de vida do parasita, impedindo o desenvolvimento e amadurecimento do P. falciparum. De acordo com o docente do IFSC/USP, se ela é tão importante, existe alguma outra proteína que se liga à biliverdina. Mas, então, qual seria essa proteína? Baseados nessa questão, os pesquisadores desenvolveram outra série de ensaios em laboratório, na qual observaram que a enzima enolase se une à biliverdina, sendo uma enzima importante para o parasita. Essa descoberta surpreendeu os pesquisadores, já que a enolase é uma enzima que fica localizada em outra via do organismo do Plasmodium e que, em princípio, não deveria se unir ao grupo heme.

Após a descoberta, a enolase foi clonada, expressada e purificada – processos comumente realizados para se estudar uma enzima. A partir desses procedimentos, os pesquisadores conseguiram caracterizar a interação da biliverdina com a enzima em questão e concluíram que a biliverdina se liga à enolase para alertar o parasita de algum perigo. “A biliverdina funcionaria como uma molécula de comunicação e a enolase como o sensor que detecta a biliverdina. Então, se há algo errado que pode prejudicar o parasita, ele fica sabendo e se protege, parando a taxa de multiplicação e se mantendo em formas mais resistentes”, revela Guido.

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 Na esquerda: visão geral do modo como a biliverdina se une à enolase. Na direita: detalhes dessa ligação

Após essa série de estudos que revelaram tais descobertas “inesperadas e curiosas, que abrem uma fronteira para muitos outros trabalhos voltados ao combate da Malária”, os pesquisadores estão investigando a enolase, com o intuito de buscar inibidores que possam impedir a interação da biliverdina com essa enzima, bem como a sua função natural, tornando o parasita um alvo mais fácil de ser combatido futuramente. Tal fase dessa pesquisa deverá ser o foco do próximo artigo assinado por Rafael e seus colegas pesquisadores.

Em busca de fármacos para o combate da doença

Apesar de ter obtido tais resultados, Rafael esclarece que novos fármacos para a Malária deverão se tornar realidade somente daqui a uma ou duas décadas. Contudo, o docente destaca outra iniciativa do Instituto de Física de São Carlos, que visa o desenvolvimento de novos tratamentos para a Malária: Em breve, o IFSC deverá estabelecer, por meio dos professores Rafael Guido e Glaucius Oliva (IFSC/USP), uma parceria com a organização não governamental Medicines for Malaria Venture (Genebra; Suíça). O objetivo dessa colaboração será o desenvolvimento de novos candidatos a fármacos voltados ao combate da Malária.

*O CIBFAR é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (CEPID/FAPESP).

(Créditos: Imagem 1 – Scientists Against Malaria)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de março de 2016

USP ampliará atuação em outros estados brasileiros

Em notícia publicada recentemente no jornal Folha de S. Paulo, o Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, docente do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e coordenador da Agência USP de Inovação, comentou que a Universidade de São Paulo ampliará sua atuação em outros estados brasileiros, depois da USP ter concretizado uma parceria com o estado de Goiás – programa Inova Goiás -, através de novos projetos de inovação e desenvolvimento de tecnologia.

Com efeito, a partir de um contrato firmado recentemente com a Agência, o governo de Goiás investirá aproximadamente R$ 1,5 bilhão em projetos voltados aos setores de alimentos e bebidas, metais, biotecnologia e agronegócio.

A região de Matopiba, que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, também deverá firmar parcerias com a Universidade. “A ideia é identificar setores produtivos onde podemos colaborar com novas soluções e tecnologias”, disse Bagnato ao citado jornal.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de março de 2016

Prof. Francisco Lahr (EESC) é indicado pelo CGCSC

francisco_LahrO Prof. Dr. Francisco Antonio Rocco Lahr, docente da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), irá colaborar com a Ouvidoria Geral da USP para a promoção da qualidade dos serviços administrativos prestados pela Universidade, conforme dispõe o Artigo 4° da Resolução n. 4827/2001, da Universidade de São Paulo.

Esta colaboração, resulta da sugestão feita pelo Conselho Gestor do Campus USP de São Carlos (CGCSC) durante a 11ª Reunião Extraordinária do órgão, realizada no dia 18 de fevereiro do corrente ano, tendo sido remetida posteriormente ao Reitor da Universidade.

O Prof. Francisco Lahr é Engenheiro Civil formado em 1975, pela Escola de Engenharia de São Carlos, USP, tendo desenvolvido nesta instituição sua carreira acadêmica, ocupando diferentes funções e cargos.

É Professor Titular do Departamento de Engenharia de Estruturas desde 1993, e trabalha nas seguintes especialidades: madeiras, estruturas de madeira, compósitos à base de madeira e compósitos cimentíceos, tendo como principais linhas de pesquisa, propriedades e aplicações das madeiras e dos compósitos à base de madeira, estruturas de cobertura, pontes, fôrmas e cimbramentos, normalização, metodologia de ensaio, insumos alternativos na produção de painéis.

Assessoria de Comunicação IFSC/USP

23 de março de 2016

Empreendedorismo como opção de carreira

Ocorrerá no dia 28 de março, entre as 16h e as 19h, no Auditório Adma Jafet do Instituto de Física da USP (IF/USP) em São Paulo, o evento Empreendedorismo como Opção de Carreira. Organizada pela Agência USP de Inovação, em parceria com a Escola de Negócios Alencar Burti SEBRAE-SP e a USP Júnior, a iniciativa visa apresentar aos estudantes da Universidade algumas peculiaridades da área do empreendedorismo, de modo a destacar as oportunidades que existem para aqueles que cogitam criar uma empresa.

Para conferir a programação e se inscrever no evento, clique AQUI.

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de março de 2016

Centro de Tecnologia de Materiais Híbridos (CTMH)

Na manhã da última sexta-feira, 18 de março, ocorreu a abertura do primeiro workshop do Centro de Tecnologia de Materiais Híbridos (CTMH), um dos Núcleos de Apoio à Pesquisa da Universidade de São Paulo (NAP-USP), filiado ao Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e ao Departamento de Engenharia de Materiais (SMM) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), cujo objetivo é oferecer suporte à pesquisa em materiais avançados no campus em São Carlos da USP, principalmente por meio de pesquisas multidisciplinares, integração de laboratórios e treinamento de pós-graduandos em técnicas experimentais.

A abertura do workshop foi realizada no anfiteatro do Departamento de Engenharia de Materiais, localizado na área II da USP São Carlos, e contou com a participação de diversos alunos e docentes da USP que fazem- ou não- parte do NAP em questão, além de algumas autoridades do campus e da própria USP, algumas delas compondo a mesa de honra do evento: Antonio Carlos Hernandes, docente do IFSC/USP, coordenador do CTMH e Pró-Reitor de Graduação da USP, Antonio José Felix de Carvalho, docente da EESC/USP e vice-coordenador do CTMH, Tito José Bonagamba, docente e diretor do IFSC/USP e Marcos Areia Trindade, docente da EESC/USP, representando o diretor da Unidade, Paulo Sérgio Varoto.

Hernandes relembrou a existência do Núcleo, fundado há quatro anos, e enfatizou a grande quantidade de recursos que a USP investiu nos NAPs em geral, que já alcançou mais de R$250 milhões, ressaltando que a USP é responsável por 22% da produção científica brasileira, embora a qualidade dessa produção precise melhorar continuamente.

Logo depois dele, Marcos Trindade tomou a palavra, e destacou a qualidade dos trabalhos que vêm sendo realizados pelo CTMH, além da característica de integração que o Núcleo traz para a USP São Carlos, uma vez que reúne pesquisadores das diversas Unidades do campus.

Tito elogiou a estrutura do CTMH, afirmando que este é composto por duas “gigantes” Unidades do campus de São Carlos, e que o NAP em questão é um projeto reúne ciência, tecnologia e gestão, além de aproximar as pesquisas do meio industrial.

Encerrando a cerimônia de abertura, Antônio José Félix agradeceu aos participantes e relembrou alguns pesquisadores que já fizeram parte do CTMH, e colaboraram para seu avanço.

Logo após a cerimônia de abertura, teve início uma apresentação de trabalhos que têm sido realizados no NAP. Após um breve intervalo, os membros novamente se reuniram para discutir resultados, prospecção de possibilidades de interações e projetos conjuntos e discussão sobre os rumos do NAP. Finalmente, no final da manhã, houve o encerramento do workshop com uma reunião dos membros do conselho deliberativo do CTMH.

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Membros do CTMH e participantes da mesa de honra

Assessoria de Comunicação

23 de março de 2016

Valorização docente assumida como compromisso

proreitorgrad1-300Foi publicada no dia 21 de março último, no site da Pró-Reitoria de Graduação da USP, uma interessante entrevista com o recém-empossado Pró-Reitor dessa área, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, reconduzido no cargo por mais um período de dois anos após ter liderado essa estrutura desde 2014.

Na entrevista, conduzida pela nossa colega Erika Yamamoto, da Assessoria de Imprensa da USP, Antonio Carlos Hernandes fez questão de reiterar seu compromisso em promover e consolidar uma série de ações tendo em vista a valorização das atividades de ensino, como, por exemplo, a realização de simpósios e congressos de Graduação, os Centros de Aperfeiçoamento Docentes (CADs) e o processo de avaliação de docentes, que está sendo testado em algumas Unidades da Universidade de São Paulo.

Com a devida vênia, transcrevemos abaixo a citada entrevista:

Para o pró-reitor “um dos pontos mais importantes a ser discutido no próximo biênio é a definição de uma nova estrutura da carreira, que deverá envolver a avaliação docente. O docente que prefere se dedicar mais ao ensino que à pesquisa não deve ter menos possibilidades para ascender na carreira. O assunto já está sendo debatido, mas a definição dependerá do Conselho Universitário”.

Processo de ingresso e inclusão social

Outro aspecto importante para a Pró-Reitoria nos próximos dois anos é a avaliação dos resultados alcançados pelas medidas adotadas de alteração da bonificação para alunos oriundos de escolas públicas e a adesão ao Sistema de Seleção Unificado (SiSU). “Até o final de abril devemos ter os dados consolidados da Fuvest e do SiSU. A partir daí poderemos definir como iremos caminhar em relação ao sistema de ingresso. Provavelmente, teremos de realizar muitos ajustes operacionais para o próximo ano”, afirma o pró-reitor.

Hernandes adianta que “embora os dados ainda não estejam totalmente compilados, a princípio, a resposta que tivemos das Unidades é bastante positiva e a expectativa é haja um aumento de vagas oferecidas. É claro que o processo ainda está sujeito a discussões, mas nosso principal objetivo é criar condições para atingirmos a meta de 50% de alunos ingressantes oriundos de escola pública até 2018”.

Modernização dos cursos de graduação

A terceira diretriz para o próximo biênio é a modernização dos cursos de proreitorgrad-2-300Graduação. De acordo com o pró-reitor, desde dezembro de 2014, as Unidades passaram a ter autonomia acadêmica e pedagógica para atualizar e modernizar seus cursos, reduzindo os entraves burocráticos que dificultavam as reformas na estrutura curricular. As Unidades também estão sendo incentivadas a discutir a adoção de metodologias inovadoras e a criar mecanismos para a redução da desvinculação de seus alunos. “A ideia é que as Unidades reflitam sobre seus cursos, sobre os motivos que levam alguns alunos a desistirem dos cursos, sobre o número de vagas oferecidas e sobre a possibilidade de remanejar as vagas em excesso para cursos cuja demanda seja maior ou mesmo para a criação de novos cursos. A modernização deve ser uma preocupação contínua da Universidade e deve ser construída por todos”, explica.

Hernandes também considera que a modernização é um processo que acontece em vários níveis. Tem que acontecer dentro da sala de aula, com o uso de novas tecnologias; nas Unidades, com a análise dos índices de desvinculação dos alunos de seus cursos e a adoção de medidas para diminuir esses índices; e na Universidade como um todo, com a avaliação das necessidades da sociedade. “A USP tem o compromisso de oferecer oportunidades ao povo paulista. Devemos ter a flexibilidade para, se uma carreira não está muito em evidência no momento, manter o curso, mas ajustá-lo à demanda real. A Universidade precisa estar na dianteira e levar a inovação para a sociedade, já fazemos isso com a pesquisa, agora temos de fazer isso também na Graduação”, conclui.

(Fotos: Ernani Coimbra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de março de 2016

Reitor da USP institui novo prêmio

Imprensa_oficial-_logoNo último dia 17 de março, na seção I do caderno “Executivo” do Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOE), foi publicada uma resolução que institui o prêmio USP “Trajetória pela Inovação”.

De acordo com a publicação, o prêmio, que terá edição anual, tem como objetivo reconhecer e valorizar as ações de destaque dos docentes da USP, relacionadas a atividades acadêmicas e produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais.

Ainda de acordo com a resolução, o processo de seleção dos homenageados terá início no âmbito das Unidades, Museus e Institutos Especializados da USP, sendo que a Congregação ou colegiado equivalente de cada um deles é que deverá indicar o docente a ser homenageado.

Para acessar a resolução publicada no DOE a respeito do prêmio, clique aqui.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

22 de março de 2016

Equipe de Difusão Científica lança Feira de Ciências na região

No decurso deste mês de março, está sendo divulgada, junto às escolas da região, a “Feira de Ciência e Tecnologia da USP”, um evento promovido pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica do Instituto de Física de São Carlos (CePOF/IFSC/USP), sob coordenação FEIRA_DAS_CINCIAS-destaque-250geral do Prof. Dr. Vanderlei Bagnato.

A Feira ocorrerá no domingo, dia 19 de junho, das 10 às 18h, no Salão de Eventos da USP.

O evento será realizado em conjunto com a “Exposição Itinerante da USP”, bem como com o “Planetário do CEPOF”, para que os alunos e população em geral entrem em contato com os experimentos mais recentes e expressivos da ciência.

Para a realização da Feira, cada escola receberá um kit educativo, elaborado por cientistas brasileiros renomados, sendo que cada uma escolherá uma equipe para que a mesma desenvolva um experimento com o kit recebido.

Ao final, os alunos vencedores receberão como prêmio um telescópio (kit de astronomia) e/ou uma bolsa-auxílio, para que desenvolvam experimentos em suas escolas pelo período de seis meses.

FEIRA_DAS_CINCIAS-500

Os kits experimentais serão doados às escolas e poderão ser utilizados em aulas regulares, enquanto que os telescópios serão doados aos próprios alunos vencedores e aos professores responsáveis pelos mesmos.

Durante esta semana a coordenadora de Difusão Científica do CEPOF, Wilma Barrionuevo, esteve na Diretoria de Ensino da região de São Carlos, entregando os kits de biologia, óptica, matemática, feira_3-200cores, termodinâmica e de geofísica, uma ação que contou com a presença e apoio da proprietária da “Educar”, Mirian Barbosa, responsável pela confecção dos kits educativos.

A Diretoria de Ensino abrange as cidades de São Carlos, Descalvado, Corumbataí, Dourado, Ibaté e Ribeirão Bonito. Todas receberão os kits educativos doados pelo CEPOF e pela Educar.

Para obter informações sobre a Feira, favor contatar Wilma Barrionuevo pelo e-mail wilma@ifsc.usp.br

Para informações sobre os kits educativos, contatar Mirian Barbosa pelo e-mail kitseducativos@ifsc.usp.br 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de março de 2016

Estudo visa ao tratamento do melanoma

Testes in vitro realizados no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) demonstraram que a Terapia Fotodinâmica (TFD), metodologia que consiste na associaçãocencer_pele_250 de três componentes – luz, fotossensibilizador e oxigênio molecular presente no tecido a ser tratado -, talvez possa ser aplicada no tratamento de melanoma. Uma pesquisadora do grupo em questão desenvolveu testes de TFD em células de melanoma, cultivadas por um modelo de cultura tridimensional (ou de tecido in vitro) que é chamado de Método de Levitação Magnética e que foi criado há alguns anos nos Estados Unidos.

O melanoma é o tipo* de câncer de pele mais agressivo que se origina no crescimento anormal dos melanócitos, células que produzem a melanina (composto), que por sua vez é responsável pela pigmentação da pele. Por esse motivo, geralmente as manchas causadas pelo melanoma têm coloração marrom ou preta, contudo, em alguns casos, elas podem ser rosa, bege ou branca. Embora possa se desenvolver na pele de qualquer região do corpo, na maior parte dos casos, o melanoma surge no tronco (comum em pacientes do sexo masculino), nas pernas (comum em pacientes do sexo feminino), no pescoço e no rosto. Raramente, o melanoma também pode se originar em outras regiões corporais, como nos olhos, na boca e nos órgãos genitais.

O tratamento desse tipo de câncer de pele varia de acordo com o estágio da doença. A excisão cirúrgica (remoção da pele) é o método principal para tratar a patologia, seguido pela quimioterapia e a radioterapia. Quando o nível desse câncer está bem avançado, são raras as chances de se curar o melanoma, uma vez que, no estágio quatro da doença, por exemplo, as células malignas se espalham por outras partes do corpo do paciente. Nesse caso, o tratamento ajuda apenas no alívio dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida.

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Em busca de um possível tratamento via TFD para pacientes que têm melanoma, a pesquisadora do IFSC Larissa Satiko Alcântara Sekimoto, que foi orientada pela Profa. Dra. Cristina Kurachi (IFSC/USP), desenvolveu testes in vitro em tumores de melanoma, obtidos a partir do já citado Método de Levitação Magnética. A técnica foi criada em 2013 por Glauco Souza, pesquisador brasileiro que atua na Rice University (EUA), em conjunto com alguns colaboradores, e trazido ao IFSC/USP por Luis Gustavo Sabino, pesquisador do Grupo de Óptica que visitou a universidade norte-americana, onde aprendeu o uso da técnica que permite obter modelos de tecido ou tumor in vitro em aproximadamente 24 horas.

Ao contrário do cultivo convencional em monocamada, no qual as células se aderem em garrafas de cultura celular, a técnica de cultivo tridimensional, como a de levitação (confira o esquema do método abaixo), permite predizer melhor eventos in vivo, pois o crescimento celular se assemelha ao de um tecido natural. “No organismo, as células cancerígenas também crescem tridimensionalmente. Assim, a ação de um dado composto, como a de um fotossensibilizador, é influenciada por sua difusão dentro de um tumor sólido, o que interfere no tratamento de doenças como o melanoma”, explica Larissa Sekimoto.

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Para que as células malignas se comportassem como se estivessem no organismo humano, elas foram incubadas juntamente com nanopartículas ferromagnéticas e, com a utilização de um ímã (conhecido como neodímio), levitaram, formando os tumores de melanoma. Em seguida, os tumores foram incubados com Photodithazine (molécula fotossensibilizadora que foi aplicada em uma concentração não tóxica) e receberam a aplicação da TFD.

Resultados promissores

Nos testes in vitro, Larissa aplicou a Terapia Fotodinâmica em tumores com espessuras diferentes. Quando forneceu a iluminação com o LED (light-emitting diode) em um tumor de oitenta micrômetros*, a molécula fotossensibilizadora foi excitada, causando 90% de morte tumoral. Ao ter aplicado o tratamento em um tumor com espessura um pouco maior (cento e trinta micrômetros), essa porcentagem caiu para 80%. “Esses resultados são promissores, porque, não só observamos uma distribuição mais homogênea do Photodithazine nos tumores de melanoma, para garantir que o tratamento da doença não fosse parcial, como também analisamos indícios de grande desagregação e morte tumoral”, diz a pesquisadora do IFSC.

Apesar dessa taxa ter diminuído em 10% durante a aplicação da TFD no tumor um pouco mais espesso, a porcentagem de morte ainda possui um valor positivo. Um dos próximos objetivos de Larissa Sekimoto será estudar a aplicação de maior número de sessões de TFD necessárias para o possível tratamento, tendo em vista que ambas as taxas de morte tumoral resultaram de uma única sessão de aplicação da Terapia.

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Segundo Larissa, por se tratar de um estudo in vitro, outras pesquisas em modelos animais e clínicos deverão ser desenvolvidas, para se definir um protocolo de tratamento do melanoma via Terapia Fotodinâmica. Contudo, de acordo com a jovem pesquisadora, os resultados citados acima permitem um melhor entendimento da terapia em um tumor sólido de melanoma e indicam indícios promissores da aplicação de Photodithazine para o tratamento dessa doença.

*Existem outros tipos como, por exemplo, o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular;

**Unidade de comprimento.

Na figura 2: Esquema dos estágios do melanoma cutâneo. Inicialmente há grande proliferação celular dos melanócitos devido a alterações genéticas frequentemente oriundas de exposição intermitente à radiação ultravioleta. Esse crescimento celular anormal é acentuado na epiderme (in situ), sofrendo aumento de tamanho radial e, por fim, vertical até atingir camadas inferiores da pele. Assim, o câncer encontra a corrente sanguínea, o sistema linfático e tecidos vizinhos, se espalhando por outras partes do corpo. Fonte: Houston Methodist.

Na figura 3: Representação esquemática do método de levitação magnética. a) Nanopartículas ferromagnéticas (NS) são adicionadas em garrafas com células de melanoma em 80% de confluência. No dia seguinte, as células são desprendidas com tripsina e ressuspensas em meio de cultura McCoy, resultando em 400 µL por poço, para o caso de placas de 24 poços. As células então levitam na interface ar – meio ao se colocar imã de neodímio sobre a placa multipoços. b) Células de melanoma (G361) antes e após incubação com NS. c) Visão lateral e frontal de um tumor de melanoma obtido por levitação magnética. Escala 200µm. Fonte: Larissa Sekimoto.

(Créditos: Imagem 1 – Center of Dermatology)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de março de 2016

As mulheres da ciência

Em razão do Dia Internacional das Mulheres, comemorado no último dia 8 de março, a revista Pesquisa FAPESP publicou em seu portal uma coletânea de 71 matérias, em formatos diversificados*, publicadas no portal da revista e em sua edição impressa entre 2000 e 2016, trazendo entrevistas, pesquisas, biografias e prêmios científicos nos quais as mulheres são as protagonistas, além de alguns dados referentes à participação feminina no mundo científico.

O tema da desigualdade de gêneros na ciência, por exemplo, foi destacado na matéria “As chances das mulheres na universidade”, de autoria do jornalista Fabrício Marques, e descreve parte de um estudo realizado pela socióloga Marília Moschkovich, no qual se destaca, entre outras coisas, que, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), professores do sexo feminino têm menos chances que os do sexo masculino de alcançar o topo nos cursos de Linguística, Educação e Medicina.

Tito-_mulheres_na_cienciaMesma temática foi também abordada na matéria de autoria do jornalista Bruno de Pierro. Intitulada “A força dos estereótipos”, a matéria destaca um estudo publicado na revista Science, que verificou a relação entre a baixa participação feminina em certas áreas da ciência e a ideia de que talentos inatos determinam carreiras científicas.

Além da questão de gêneros na ciência, outras matérias exaltaram a participação feminina na ciência, como a “Trabalho recompensado”, sobre os prêmios nacionais e internacionais alcançados por pesquisadoras, a “Território feminino”, sobre o aumento da publicação de artigos científicos por mulheres, e a “O céu é o limite”, sobre o prêmio internacional a futuros líderes de pesquisa, angariado pela brasileira Merav Opher.

Também são destacadas pesquisas na área de humanidades que tiveram como tema notórias mulheres, como Hannah Arendt, Elizabeth Bishop, Carmen Miranda e Clarice Lispector. Além disso, outras pesquisas relacionadas a mulheres que atuaram no mundo artístico também podem ser acessadas. Tomie Ohtake, Lygia Clark e Vera Hamburger estão entre os nomes que aparecem nas matérias.

Nas 31 matérias em formato de entrevista, é possível encontrar nomes como Vanderlan da Silva Bolzani, docente do Instituto de Química da Unesp e atual vice-coordenadora do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), Luciana Vanni Gatti, coordenadora do Laboratório de Química Atmosférica do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Helena Bonciani Nader, atual presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Angelita Habr-Gama, primeira mulher residente em cirurgia geral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/USP).

Eva Alterman Blay e o assédio às mulheres dentro e fora do mundo acadêmico

Também como parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher, a Rádio USP trouxe uma série de entrevistas com mulheres em destaque na ciência. Inclusa no programa Via Sampa, a primeira entrevista da série foi feita com a socióloga e coordenadora do escritório USP Mulheres, Eva Alterman Blay, que, desde a década de 1960, luta pelos direitos das mulheres dentro e fora da academia.

Blay falou um pouco sobre sua vida acadêmica e as dificuldades e conquistas alcançadas durante os anos, sobre a influência que sofreu para se dedicar absolutamente a uma causa e sobre alguns arrependimentos, como sua ausência como mãe. “Não que eu me arrependa de ter dado aos meus filhos [atenção] tanto quanto eu gostaria de ter dado, porque eu dei muito, tanto que eles são pessoas maravilhosas […]. Eu mesma me privei de algumas coisas. Se não fosse meu marido, que estava ao meu lado o tempo todo, eu não teria conseguido tudo o que eu consegui”, declarou à socióloga na entrevista.

Para acessar o podcast na íntegra, clique aqui.

*Matérias impressas, entrevistas, vídeos e podcast

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

18 de março de 2016

Intercâmbio na República Tcheca

Estão abertas até dia 20 de abril do corrente ano, as inscrições para o Edital 511/2016 que oferece uma vaga de intercâmbio, com início obrigatório em 11/09/2016 e término previsto para 23/12/2016, na Masaryk University, na República Tcheca.

O programa é voltado a estudantes de pós-graduação, em nível de Mestrado, para a realização de parte de suas atividades de pesquisa e aprendizado estritamente ligadas ao seu Projeto de Pesquisa que resultem em Dissertação a ser apresentada à unidade USP de origem para obtenção do título de Mestre.

O intercâmbio ocorrerá no âmbito da Ação-chave 1 – Mobilidade de Indivíduos (Key Action 1 – Mobility of Individuals) do Programa Erasmus +, programa da União Europeia cujo intuito é impulsionar qualificações e empregabilidade por meio da educação, formação, juventude e desporto.

O candidato deve verificar os critérios, requisitos, condições e demais prazos previstos no Edital 511/2016, acessível na área pública do Sistema Mundus (CLIQUE AQUI).

(Não é necessário fazer o login no sistema para consultar ou se inscrever nos editais).

As inscrições deverão ser realizadas até 20 de abril de 2016, exclusivamente via Fale Conosco do Sistema Mundus (CLIQUE AQUI). (Assunto Editais – Intercâmbio).

Eventuais dúvidas sobre procedimentos para inscrição serão esclarecidas exclusivamente via Fale Conosco, do Sistema Mundus

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP