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5 de maio de 2016

Os desafios e avanços da pesquisa nacional

As primeiras instituições de ensino superior no ciencia_nacional_250Brasil surgiram apenas no século XIX. As agências de fomento à pesquisa se estabeleceram em meados do século passado e o sistema nacional de programas de pós-graduação foi implantado na década de 1970. Apesar desse surgimento tardio do sistema científico e tecnológico, as atividades científicas brasileiras têm crescido enormemente nas últimas décadas, em praticamente todas as áreas do conhecimento.

No artigo Research Landscape in Brazil: Challenges and Opportunities, publicado em março deste ano no The Journal of Physical Chemistry C, o Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Jr. (IFSC/USP) explica que o sistema nacional de pós-graduação é um dos principais fatores responsáveis pelo crescimento da ciência no país, já que o número de mestres e doutores formados no Brasil aumentou no mesmo ritmo da produção científica. Apenas em 2015, as universidades nacionais formaram cerca de 16.700 doutores.

Membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, Osvaldo enfatiza o grande avanço verificado na ciência brasileira, hoje responsável por 2,7% da produção científica mundial. Um exemplo desse crescimento está no número de publicações de artigos científicos sobre físico-química. Metade dos artigos brasileiros, nesse campo de pesquisa, foi publicada ao longo dos últimos dez anos. Na contabilidade de todas as áreas, em 1981 foram publicados apenas dois mil artigos científicos, por pesquisadores atuando no Brasil, ao passo que em 2014 esse número superou quarenta mil artigos.

Mais qualidade e inovação

Apesar de haver uma produção relativamente numerosa de artigos científicos, tanto em revistas científicas nacionais como internacionais, o impacto desses trabalhos não é tão alto quanto o de artigos produzidos por pesquisadores nos países desenvolvidos e mesmo em países emergentes e da América do Sul, como a Argentina. “Ainda precisamos melhorar o impacto das pesquisas que geramos no Brasil”, comenta Oliveira Junior.

Para o docente do IFSC/USP, outra limitação do sistema científico-tecnológico brasileiro está na baixa produção de inovação tecnológica, atendendo ao fato de haver muita ciência sendo produzida no país, mas que não é acompanhada por criação de tecnologia que possa beneficiar o conjunto da sociedade. E esse cenário se reflete no baixo número de patentes geradas no Brasil. No artigo acima citado, Oliveira Junior descreve que a falta de inovação ocorre por diversos motivos, tais como ambiente econômico inadequado e legislação desfavorável. O pesquisador enfatiza, a propósito, que o Brasil tem base tecnológica sólida apenas em algumas áreas, mais especificamente no agronegócio, na extração de petróleo em alto mar e na produção de aeronaves de médio porte, sendo que em cada uma dessas áreas é possível identificar iniciativas e instituições de pesquisa e desenvolvimento que colocaram o Brasil como um dos líderes mundiais. “Inovar nessas três áreas é eficiente, porque houve bastante investimento prévio para a construção da base tecnológica”, enfatiza o pesquisador, acrescentando que sem a construção de uma base tecnológica, parte das iniciativas de empreendedorismo em outros setores, principalmente nos que envolvem alta tecnologia, tende a fracassar.

Quais são as soluções?

Segundo Osvaldo de Oliveira Junior, para que os artigos assinados por pesquisadores nacionais tenham mais impacto, é necessário desenvolver pesquisas com mais qualidade. Para isso, o docente lista dois desafios que devem ser superados: o primeiro consiste na formação de mais cientistas qualificados, enquanto o segundo diz respeito ao oferecimento de infraestrutura mais adequada, como implementação de novos laboratórios nacionais e suporte de pessoal para o desenvolvimento de pesquisas.

Outras questões relacionadas aos desafios citados ganharam especial destaque no artigo. Por exemplo, quase 50% da produção científica nacional se concentram no estado de São Paulo e em poucos grupos de pesquisa. “Isso não é bom. É necessário ter uma distribuição mais igualitária, levando grandes lideranças [profissionais experientes e capacitados] para centros emergentes [em São Paulo e em outros estados brasileiros]”.

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Mais do que formar pesquisadores nacionais qualificados, Oliveira Junior acredita que o Brasil tem que atrair especialistas do exterior. Essa estratégia é comum em universidades norte-americanas, que são responsáveis pela produção de pesquisas de alto impacto. Mas, para adotá-la, o país deve superar uma série de dificuldades, já que não é tão atrativo para pesquisadores estrangeiros, tanto pelo fato de não ter o inglês – língua franca da ciência e da tecnologia – como seu idioma oficial, ou de ter uma situação econômica instável. “Além disso, precisamos implantar um programa mais agressivo que seja capaz de atrair jovens pesquisadores do exterior. Existem alguns programas com esse intuito, porém, não trazem uma quantidade significativa de estudantes para o Brasil”, explica ele, destacando que, para atingir um bom nível de internacionalização, o país também precisa investir ainda mais na educação básica, que, por motivos óbvios, reflete na formação dos profissionais brasileiros.

A despeito do impacto científico abaixo do desejado e da pouca inovação tecnológica, o Brasil tem dado demonstrações de que pode gerar contribuições de grande relevância. A alta qualidade da medicina brasileira, com consequências tão importantes para a sociedade, é um bom exemplo. Entretanto, para dar um salto em inovação e desenvolvimento de alta tecnologia, Osvaldo de Oliveira Junior diz que o Brasil depende de uma decisão concertada de governos, agências de fomento, instituições de pesquisa e setor privado. Para repetir o esforço bem-sucedido de geração de cientistas, agora com profissionais que se dediquem à inovação, neste aspecto existe a vantagem de o país ter uma produção científica e intelectual ampla, em todas as áreas, incluindo ciências sociais e humanidades, e não apenas nas áreas que aparentemente estão mais ligadas à tecnologia. “Esses conhecimentos podem ser muito úteis para a nação que queremos construir nos próximos anos”, conclui nosso entrevistado.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de maio de 2016

Simulação de dinâmicas quânticas de spin

ANALABHA_ROY_250No Café com Física desta quarta-feira, 04, que ocorreu na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Prof. Dr. Analabha Roy, do Instituto Nacional de Física Teórica (África do Sul), apresentou a palestra Simulation of Quantum Spin Dynamics by Phase Space Sampling of BBGKY Trajectories.

O docente, que atua como pós-doutorando no Instituto Nacional de Física Teórica, graduou-se em física pela Universidade de Jadavpur (Índia), tendo desenvolvido o mestrado na mesma área no Instituto Indiano de Tecnologia (Índia) e o doutorado também em física na Universidade do Texas em Austin (Estados Unidos).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de maio de 2016

Atualização da produção científica do IFSC/USP

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em abril de 2016, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico eLife.

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Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

4 de maio de 2016

Edital de criação de soluções para descarte de cigarros

Em parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, InovaLab e Receita Federal, foi lançado recentemente um edital de apoio a criação de soluções inovadoras para alunos, pesquisadores, docentes e servidores técnico-administrativos, no sentido de se desenvolver uma solução de grande impacto ambiental relacionada com o descarte de cigarros – especialmente os apreendidos pela Receita Federal.

Os seis melhores projetos receberão capacitação em Desenvolvimento de Produtos pelos professores ligados ao Inovalab da Poli-USP e um acompanhamento em negócios por parte do Núcleo de Empreendedorismo da USP.

Além disso, esses projetos receberão 5 mil reais para desenvolvimento de um protótipo. O melhor protótipo receberá apoio de até 60 mil reais para desenvolver a solução e tentar implementá-la junto à Receita Federal.

As Inscrições vão até dia até dia 1º de junho do corrente ano.

Confira o edital e os detalhes, AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de maio de 2016

Diretor da FAPESP é nomeado conselheiro

O diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, foi nomeado novo membro do conselho de governança da Universidade das Nações Unidas (UNU).

Brito Cruz foi nomeado para o cargo pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e pela diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, junto com outros 11 novos membros.

Eles assumiram o cargo em 3 de maio, para um mandato de três a seis anos, substituindo o conselho anterior cujo mandato durou de 2010 a 2016.

As principais funções do conselho da UNU são formular os princípios e políticas da universidade, governar suas operações e considerar e aprovar o seu orçamento bianual, bem como o programa de trabalho.

Os membros atuam com suas capacidades individuais (não como representantes do governo de seu país) e são selecionados com base no objetivo de atingir um equilíbrio geográfico e de gênero, considerando as mais importantes tendências acadêmicas, científicas, educacionais e culturais, assim como os campos de expertise de cada membro.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de maio de 2016

Docentes do IFSC discutem técnica de Terapia Fotodinâmica

Em artigo de alto impacto publicado em maio deste ano no portal Optics & Photonics News, os Profs. Drs. Vanderlei Bagnato e Cristina Kurachi, docentes do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), discutem o panorama da biofotônica.

Intitulado Photodynamic Therapy, o artigo enfatiza a técnica da Terapia Fotodinâmica – TFD, método que tem viabilizado o desenvolvimento de uma série de alternativas para diagnosticar ou tratar patologias, como câncer, através do uso de luz, oxigênio e substâncias fotossensibilizadoras. Além de explicar como a TFD age, os autores destacam os avanços e desafios que a técnica tem apresentado.

O impacto desse artigo tem sido muito elevado, atendendo aos inúmeros e-mails já enviados aos autores, solicitando mais explicações a respeito do processo da Terapia Fotodinâmica no diagnóstico e tratamento de doenças.

O download do artigo pode ser feito gratuitamente AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de maio de 2016

12º Encontro “USP/Escola”

Entre os dias 18 e 22 de julho de 2016, acontecerá o 12º Encontro USP/Escola, evento de iniciativa da USP que tem como objetivo a atualização e formação de professores do ensino fundamental e médio, além de trazer um espaço de discussão e construção de colaboração entre a universidade e as escolas.

As inscrições para o evento estarão abertas a partir do dia 9 de maio, e os interessados deverão acessar o endereço http://portal.if.usp.br/extensao/pt-br/encontro-usp-escola para se inscrever gratuitamente.

12_Encontro_USP-EscolaDurante o Encontro, serão oferecidos 12 cursos aos participantes, e todos terão duração semanal, e ocorrerão entre 8h30 e 17 horas em diversos locais da Cidade Universitária (USP São Paulo). Entre os cursos oferecidos, estão “Física para todos”, “Questões sociocientíficas em sala de aula e o uso da Web 2.0” e “Ensino de Ciências para surdos: fundamentos teóricos, políticas públicas e alguns caminhos”. Para conferir a lista de todos os cursos que serão oferecidos e suas descrições, clique aqui.

Além dos cursos, também haverá uma mesa-redonda, na qual serão discutidos a constituição dos conselhos de escolas e a atuação dos grêmios estudantis. Haverá também a participação de docentes da rede estadual de ensino, que trarão relatos de suas experiências, além da presença de um especialista do Instituto Paulo Freire, que falará sobre o estágio atual das pesquisas relacionadas a esses temas.

Também serão oferecidos cursos satélites entre 25 e 29 de julho. A listagem completa destes cursos estará disponível no mesmo endereço onde constam os cursos oferecidos durante o evento.

O 12º Encontro USP/Escola é organizado pelo Instituto de Física (IF/USP), Instituto de Química (IQ/USP), Instituto de Ciências Biomédias (IB/USP) e Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/USP).

Com informações da assessoria de comunicação do IF/USP

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

3 de maio de 2016

Um caso de empreendedorismo bem-sucedido

Em 2014, a Cellco, uma empresa criada por três ex-alunos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e dedicada à pesquisa, consultoria e distribuição de reagentes para biotecnologia, incubou-se no IFSC, via convênio com a Universidade, tendo como coordenador e entusiasta o Prof. Dr. Rafael Guido (IFSC/USP), membro do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar)*, cujo time de pesquisadores conta com a atuação de especialistas e docentes do Grupo de Cristalografia do Instituto.

O desejo de criar uma empresa surgiu em meados de 2011, quando os ex-alunos do IFSC, Fernando Maluf, Maria Amélia Oliva Dotta e Fernanda Cristina Costa, já haviam atuado com pesquisa no exterior e sentido as grandes dificuldades que cientistas brasileiros enfrentam diariamente, seja durante a solicitação de reagentes que demoram semanas – ou meses – para serem entregues, ou na difícil tentativa de desenvolver uma pesquisa de alto impacto.

“No Brasil, a inovação é um grande desafio e, pelo fato de não ser muito comum, os órgãos competentes ainda não estão preparados”, explica Maria Amélia, complementando que, durante a criação da Cellco, os empreendedores encontraram bastantes obstáculos em cada etapa que surgia para estabelecerem a empresa, o que demonstrou, para a pesquisadora, o quão despreparado está o Brasil, neste sentido. “A legislação não é atualizada na velocidade em que as coisas evoluem, hoje”, pontua Fernando.

No Brasil, onde o empreendedorismo ainda não é uma iniciativa tão comum, são enormes as dificuldades estabelecidas para aqueles que querem abrir o próprio negócio. Talvez seja ainda mais complicado quando se deseja empreender na área da ciência. A insegurança em investirem em algo tão novo no país e a cascata de burocracias desanimaram esses três amigos logo nos primeiros passos dados para fundar a companhia. “Os obstáculos para abrir a empresa foram tão grandes, que nos deixaram perdidos. Não tínhamos amparo ou estratégia. Não desistimos, mas não conseguimos seguir em frente com essa ideia naquele momento”, diz Fernando Maluf.

A ideia de empreender na área de biotecnologia nasceu em 2012, durante uma visita à Jena Bioscience, companhia alemã fundada em 1998 por cientistas do Instituto Max-Planck Dortmund (Alemanha), que hoje produz e fornece reagentes para laboratórios de pesquisa e indústrias farmacêuticas de vários países. Naquela ocasião, Maluf e Fernanda tiveram a oportunidade de conhecer e estagiar nessa indústria e também de conversar com o CEO da companhia, Mathias Grün. “Nesse encontro, conversamos muito com Mathias, que comentou que tínhamos ótimas oportunidades para explorar no Brasil e que a Jena Bioscience poderia dar suporte para abrirmos nossa empresa”. A conversa animou Maluf, Fernanda e Maria Amélia, mas, como cada um deles estava dedicado e centrado nem seus próprios projetos individuais, a ideia de estabelecer uma companhia tornou a esfriar.

Em 2014, Maria Amélia trabalhava na empresa farmacêutica EMS. Por seu turno, Fernanda desenvolvia o pós-doutorado no Laboratório Nacional de Biociências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBio/CNPEM), sediado em Campinas (SP), enquanto Maluf finalizava o doutorado em Física Aplicada, no IFSC/USP. Logo no início desse ano, os três amigos decidiram retomar a ideia empreendedora e concretizar a empreitada de abrir a Cellco. “Nos comprometemos a descartar a ideia apenas quando ela de fato não desse certo”, relembra Maluf. Em fevereiro de 2014, após ter recebido um e-mail de Fernando, que relatava a decisão dos amigos em criar a Cellco, Mathias veio ao Brasil, onde conversou com os egressos do IFSC, deu o suporte que havia oferecido meses antes e embarcou no sonho desses três amigos. A vinda do fundador da Jena Bioscience ao país e o empenho dos jovens empreendedores resultaram na incubação da Cellco no Parqtec, em São Carlos, em novembro de 2014.

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Fernando Maluf e Maria Amélia

No início, a empresa se dedicava estritamente ao desenvolvimento de pesquisa e à consultoria na área de ciências da vida, propondo oferecer sua expertise para auxiliar pesquisadores em seus projetos. “Ao invés do pesquisador se deslocar para fazer uma clonagem [etapa simples, porém indispensável em muitos projetos], por exemplo, nós próprios nos oferecemos para desenvolver essa fase dos estudos, terceirizando o trabalho”, explica Fernando.

Atualmente, além de consultorias e prestação de serviços, a Cellco tem se dedicado ao desenvolvimento de enzimas e reagentes de uso aplicado em pesquisa na academia e na indústria com resultados promissores, que deram origem a protótipos que serão produzidos e comercializados em breve. Uma dessas enzimas, inclusive, passou por avaliação de qualidade feita pela Jena Bioscience, tendo se mostrado superior àquelas já comercializadas.

Recentemente, após quase dois anos de espera, a empresa obteve uma licença ambiental que libera a produção e comercialização de suas enzimas. Além disso, a jovem companhia representa com exclusividade a marca Jena Bioscience no Brasil, objetivando, também, produzir e fornecer reagentes para laboratórios do Brasil e de outros países, em especial, aos da América Latina.

Em 1º de março último, a pesquisadora Naiara Utimura Torres tornou-se a primeira contratada da Cellco. A especialista se graduou em Ciências Físicas e Biomoleculares no IFSC/USP, tendo feito mestrado em Física Aplicada, também no Instituto.

*Um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (CEPID’s/FAPESP).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de maio de 2016

Vagas abertas para programa de intercâmbio

A Sociedade Brasileira de Física – SBF e a American Physical Society – APS estão patrocinando um programa de intercâmbio para pós-doutorandos e docentes de física no Brasil e nos Estados Unidos, cujas inscrições podem ser feitas até 03 de junho (mais informações, AQUI).

O objetivo do programa é dar suporte para que docentes de física do Brasil, por exemplo, viajem aos Estados Unidos para ministrar um curso de curta duração ou apresentar uma série de palestras. Professores dos Estados Unidos também podem concorrer a vagas para vir ao Brasil.

A iniciativa também dá suporte a pós-doutorandos que atuam na área de física nessas regiões, para que possam, por exemplo, visitar um dos países e participar de cursos, conhecer grupos de pesquisas e trabalhar temporariamente em laboratórios.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de maio de 2016

“IFT-Perimeter-SAIFR Journeys into Theoretical Physics”

Realiza-se entre os dias 18 e 23 do próximo mês de julho, sob os auspícios do Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental (ICTP-SAIFR), o IFT-Perimeter-SAIFR Journeys into Theoretical Physics, um evento organizado pelo ICTP-SAIFR e pelo Perimeter Institute for Theoretical Physics, do Canadá, e que ocorrerá no Instituto de Física Teórica (IFT) da Unesp, em São Paulo, com o apoio da FAPESP.

O evento é direcionado a estudantes de desempenho excepcional da América Latina que estejam cursando o último ano da graduação em Física, sendo que a escola está associada a uma nova parceria entre o Perimeter Institute e o ICTP-SAIFR e os melhores estudantes desta atividade serão convidados a participar de um programa de mestrado internacional, o que inclui uma estadia de um ano no programa “Perimeter Scholars International” e um ano no ICTP-SAIFR.

Neste evento, os destaques vão para as palestras que ocorrerão: “Unification of Quantum Mechanics and Special Relativity”, por Freddy Cachazo (Perimeter); “Conceptual Introduction to Relativity: from special relativity to black holes”, por George Matsas (IFT-Unesp), “Quantum Open Systems: Applications to quantum foundations and quantum information”, por Juan Pablo Paz (Universidade de Buenos Aires), “The World of Elementary Particles Demystified”, por Eduardo Ponton (IFT-Unesp), e “Integrability”, por Pedro Vieira (Perimeter e IFT-Unesp), serão as palestras.

Para mais informações sobre este evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de maio de 2016

Programa “Scholars International Research”

Estão abertas até dia 30 de junho do corrente ano, as inscrições para o programa Scholars International Research, promovido conjuntamente pelo Instituto Howard Hughes Medical (HHMI) e parceiros, Fundação Bill & Melinda Gates, Wellcome Trust e pela Fundação Calouste Gulbenkian, cujo objetivo será selecionar até 50 destacados cientistas em início de carreira, tendo em vistas ajudar a desenvolver o talento científico em todo o mundo.

O programa representa uma peça-chave nos esforços da HHMI e de seus parceiros para expandir e reforçar o seu apoio à investigação científica internacional nas ciências da vida, motivo pelo qual este programa irá premiar cada cientista selecionado com um total de US $ 650.000, ao longo de cinco anos. O concurso está aberto a cientistas que já tiveram treinamentos ou colaborações diretas nos EUA ou Reino Unido, por pelo menos um ano, podendo fazer as pesquisas ao abrigo do programa Scholars International Research em seu próprio país.

Para obter mais informações sobre este programa e/ou se inscrever no mesmo, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de maio de 2016

Programa de Bolsas Luso-Brasileiras – Santander Universidades

Estão abertas até dia 06 de maio, as inscrições para candidaturas ao Edital 521/2016Programa Bolsas Luso-Brasileiras Santander Universidades, para oferecimento de 15 (quinze) bolsas para alunos de graduação em nove instituições estrangeiras parceiras.

As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente via Internet (CLIQUE AQUI) e através do Site do Programa .

O candidato deve verificar os critérios, requisitos, condições e demais prazos no sistema Mundus. (Não é necessário fazer o login no sistema para consultar e se inscrever nos editais).

Para tirar dúvidas, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de abril de 2016

Modelagem física do movimento de pedestres

Nesta sexta-feira, 29, o Prof. Dr. André Vieira, do Instituto de Física da USP (IF/USP), participou do programa Colloquium diei, no qual apresentou a palestra Modelagem física do movimento de pedestres, que ocorreu no auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

ANDR_VIEIRA_250Com graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado na área de física, Vieira comentou sobre o comportamento coletivo de pedestres, que apresenta uma série de fenômenos complexos semelhantes àqueles exibidos pelos sistemas físicos usuais de diversas partículas e que tem conexão com sistemas de “matéria ativa”, na qual a energia mecânica é injetada continuamente.

Neste colóquio, André discutiu os estudos voltados à modelagem física do movimento de pedestres, o modelo de força social de Helbing e suas extensões, as aplicações para a otimização da separação de pedestres e partículas ativas em contra-fluxo ao longo de um corredor.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de abril de 2016

ACIESP contra declarações do governador Geraldo Alckmin

Em reação ao artigo publicado no dia 26 de abril último, pela revista “Veja”, onde o governador do Estado de São Paulo critica a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), a Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) divulgou, na sequência, a nota que a seguir se transcreve:

“A Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) vê com grande preocupação a nota publicada em 26 de abril de 2016 pela colunista Vera Magalhães, da revista Veja, sobre a crítica do governador Alckmin à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Apesar de uma segunda nota, publicada no dia 26, ter desmentido o uso do termo máfia de pesquisadores e de ter havido um bate-boca sobre o assunto durante a reunião do secretariado. O restante do que está no artigo mostra a visão parcial e distorcida, que o Governador demonstra ter sobre a íntima relação ciência básica e aplicada e até sobre a ciência em São Paulo, que é motivo de orgulho para o Estado e para o País, considerando que o impacto da produção acadêmica brasileira no cenário mundial, deve-se em grande parte ao que se produz em São Paulo, devido ao suporte financeiro da FAPESP.

A FAPESP tem sido vista como um exemplo nacional e mundial de financiamento à ciência, tecnologia e inovação, e elogiada em diferentes âmbitos, sendo um exemplo para todos os estados brasileiros, que copiaram o modelo e vêm fazendo com que verba estatal seja mais direcionada a ciência local de cada estado.

O esforço da FAPESP na interação entre os setores acadêmico e produtivo, público e privado tem sido enorme. Em particular, há programas específicos que tratam da interação com o setor produtivo (PIPE, PITE e PAPPE) que visam financiar diretamente iniciativas junto à indústria e/ou de formar novas indústrias em São Paulo. Os esforços nestes programas são comparáveis, em qualidade, ao de países como os Estados Unidos e Alemanha e não há iniciativa comparável na América Latina.

Além destes programas mais específicos, os quatro grandes programas da FAPESP (Bioen, Biota, Mudanças Climáticas, e Computação e Science) congregam a aplicação de milhões de reais para resolver problemas práticos reais que são importantes não somente para São Paulo, mas para todo o Brasil e para o mundo. O foco em energias renováveis, notadamente o etanol, congregado pelo Bioen, avançou o conhecimento científico sobre a cana e o etanol de maneira sem precedentes. Em poucos anos de estímulo a ciência brasileira das energias renováveis está pronta para ser aplicada e mudar o paradigma sobre o etanol de segunda geração. Mesmo com a grande crise que se abateu sobre o setor sucroalcoleiro, a Fapesp nunca deixou de fomentar a pesquisa na área, apoiando os projetos e mantendo o foco. É deste tipo de atitude que o Brasil precisa, ou seja, de consistência nas convicções e, criando uma identidade com base naquilo que fazemos melhor. No caso do Biota, com mais de 20 anos de existência, o avanço no conhecimento da biodiversidade paulista e brasileira, com reflexos internacionais inquestionáveis, ajuda a nossa sociedade a entender e poder preservar o meio ambiente. Além da preservação há também o uso sustentável da biodiversidade. Por exemplo, as descobertas de compostos que podem se tornar novos fármacos, cosméticos e aditivos de alimentos é enorme. Já o programa de Mudanças Climáticas, irmão mais novo do Biota, se debruça sobre o que tem sido considerado com o problema mais importante que a humanidade já enfrentou: as Mudanças Climáticas Globais. O programa não somente vem gerando modelos climáticos, que são a base para decidir o que fazer para evitar os efeitos extremamente graves que os impactos das Mudanças Climáticas irão produzir, mas também os seus impactos sobre a produção de alimentos, a produção industrial em geral, a saúde da população, entre outros. O Programa de Computação da FAPESP, o mais novo dos quatro, foi montado para preparar a sociedade paulista para a era do big-data, em que temos que aprender a lidar com a imensa produção de informação advinda dos avanços na área de computação.

A aparente distorção da visão do governador sobre a FAPESP é maior quando despreza o financiamento à sociologia. Este é um dos principais focos da pesquisa no Estado de São Paulo, sendo a capital o maior grupo de pesquisadores do Brasil na área. Estes são os pesquisadores que pensam em como melhorar as políticas públicas, o que acontece e porque existem populações pobres e se dedicam a encontrar soluções sobre como podemos solucionar estes problemas. Se abandonarmos as pesquisas em Ciências Sociais, o que será da nossa população?

Na área de ciências da saúde, a FAPESP vem sim investindo em Dengue há muitos anos. Mas é importante lembrar que a pesquisa sozinha não consegue resolver todos os problemas. A FAPESP não tem como missão financiar fábricas que produzem por exemplo vacinas. Estas fábricas tem que ser mantidas pelo Governo. Se o Butantan não tem dinheiro para produzir vacinas, a culpa não é da FAPESP e sim do planejamento do governo que não manteve os Institutos de Pesquisa do Estado de São Paulo em funcionamento adequado. A FAPESP cumpriu sim a sua missão em financiar a pesquisa de como fazer as vacinas.

É preciso que as informações científicas sejam incorporadas pelos políticos da forma mais íntegra possível. É isto que faz com que a probabilidade de erro nas decisões diminua. No caso da crise da água, por exemplo, por mais que os cientistas (tanto da hidrologia e agricultura, quanto da sociologia) tenham tentado avisar o governo do perigo desde a primeira crise em 2009, não houve uma resposta baseada em ciência com a antecedência necessária, mas sim em crenças e em teorias pessoais sem base científica, que levaram São Paulo a atingir uma situação crítica, na qual ainda se encontra.

Mais importante ainda é falta de visão do Governador sobre o que significa a ciência básica, aquela que aparentemente, e só aparentemente, ainda não tem aplicações. É preciso compreender que a ciência básica é a ciência aplicada do futuro e o tempo que separa ambas tem encurtado com o passar dos anos. Sem compreender os fundamentos dos fenômenos da natureza, as aplicações cegas e sem base científica levam a tecnologias fracas e pouco competitivas. Ademais, a própria classificação entre ciências básica e aplicada tem sido cada vez mais questionada.

A FAPESP vem trabalhando incessantemente para encurtar o caminho ente a descoberta básica e a aplicação, principalmente, nas últimas três décadas. As pesquisas aplicadas e de cunho tecnológico só surgem depois que algum pesquisador trabalha em média 10 anos em um problema geralmente sem aplicação aparente. Aí sim surgem as possibilidades de aplicação. E a FAPESP foi sempre sensível a isto, mantendo a pesquisa básica (a nossa galinha dos ovos de ouro) e ao mesmo tempo criando programas cada vez mais focados e que tentam resolver os problemas mais importantes da sociedade contemporânea.

A ciência é um processo lento e a sociedade tem que compreender que não há como acelerar mais do que estamos fazendo, mesmo com investimentos excelentes que a FAPESP vem mantendo em São Paulo. Isto porque a sociedade científica paulista se formou não somente com as verbas para a pesquisa, mas também com as bolsas de estudo para a graduação, pós-graduação e pós-doutoramento, que formam os profissionais em alto nível. Tudo isto leva tempo para conseguir. No caso de São Paulo levamos décadas para chegar ao nível que estamos.

Achar que a dotação de 1% é muito para a pesquisa é uma visão muito perigosa para um Estado que se autodenomina a locomotiva do País. De que adianta uma locomotiva sem combustível?

A ACIESP convoca a população a defender a FAPESP não como um patrimônio dos pesquisadores, mas como um patrimônio de todos os paulistas e brasileiros. Sem a FAPESP o Brasil mergulhará na escuridão e na dependência da ciência e tecnologia feitas em outros países. É isto que a nossa sociedade quer?

Diretoria da Academia de Ciências do Estado de São Paulo”

(In ACIESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de abril de 2016

A importância da pesquisa no Estado de São Paulo

O Conselho Superior da FAPESP divulgou, em 28 de abril último, a seguinte nota, que reproduzimos abaixo para conhecimento da comunidade:

“A FAPESP considera importante o debate na sociedade sobre o papel da pesquisa no Estado de São Paulo. Por determinação constitucional, esta Fundação deve apoiar o “desenvolvimento científico e tecnológico” no Estado de São Paulo (artigo 271, caput da Constituição Estadual) em todas as áreas do conhecimento (artigo 16, parágrafo primeiro da Lei 5918 de 1960).

Pela natureza intrínseca da ciência, resultados práticos de diferentes pesquisas podem se verificar em diferentes prazos, de maior ou menor extensão. Algumas pesquisas não se realizam para chegar a resultados práticos, mas sim para tornar as pessoas e as sociedades mais sábias e, assim, entenderem melhor o mundo em que vivemos, o que é uma das missões da ciência.

O Conselho Superior da FAPESP destaca que o apoio à pesquisa com vistas a aplicações tem recebido mais da metade (52% nos últimos três anos) dos recursos totais destinados às atividades-fim da Fundação. Por determinação legal, 95% do orçamento anual da FAPESP são destinados ao financiamento de pesquisas e é vedado à Fundação assumir encargos externos permanentes de qualquer natureza, inclusive salários.

Desde a sua criação, e por determinação legal, a FAPESP constituiu um patrimônio rentável que lhe permite, em situações de crise, não deixar de cumprir seus compromissos assumidos. Tal patrimônio tem sido administrado com rigor e eficácia ao longo de sua história e impedido que pesquisas importantes sejam interrompidas abruptamente por falta de recursos em tempos de arrecadação em baixa, como o atual.

O Conselho Superior afirma que a FAPESP, com a autonomia de que desfruta constitucionalmente, continuará obedecendo aos preceitos legais, atendendo às demandas de financiamento da pesquisa em todas as áreas do conhecimento científico e tecnológico.

A FAPESP está sempre atenta às demandas da sociedade, em busca do contínuo aperfeiçoamento do seu funcionamento, e continuará contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Estado de São Paulo e do Brasil, como vem fazendo diligentemente em seus mais de 53 anos de existência.”

(In FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de abril de 2016

Mitos e verdades

“H1N1 já provocou 153 mortes no Brasil este ano”, “Rio registra 14 mortes decorrentes de H1N1”, “ES confirma 2ª morte por H1N1”, “Bebê é internado com H1N1 em Belo Horizonte”. Essas são algumas das manchetes estampadas nos principais veículos de comunicação do Brasil neste ano, e muitas outras, de teor tão assustador como essas, foram publicadas em inúmeras mídias locais, regionais e nacionais do país. Isso justifica o pânico e o rebuliço causado na população por causa do vírus H1N1 nos últimos meses. Mas todo esse alarde é realmente necessário?

H1N1O vírus H1N1 é um “parente muito próximo” do vírus H3N2, causador da gripe comum, sendo que ambos são derivados da mesma subtipagem de proteínas. Mas, já que são “parentes muito próximos”, porque é que o H1N1 ganhou tanto destaque? “Esse é um vírus novo que, até 2009, infectava somente animais. Por algum motivo, que até hoje é desconhecido, o H1N1 começou a infectar seres humanos, provavelmente por ter sofrido alguma mutação”, explica Ricardo De Marco, docente e pesquisador do Grupo de Biofísica do Instituto de Física de São Carlos (BIO-IFSC/USP).

Ou seja, a preocupação mundial em torno do H1N1, que teve início há quase sete anos, e que tomou grandes proporções no Brasil, especialmente em 2016, pode ser explicada pelo simples desconhecimento sobre o vírus. “Em 2009, ninguém conhecia esse vírus, ninguém sabia o que ele fazia, como agia, se era mais perigoso do que as cepas* já circulantes. Na época, a própria OMS** se esforçou bastante para conter essa pandemia, isolando as pessoas contaminadas”, relembra Ricardo.

A contenção do H1N1, no entanto, é tão complicada quanto a do H3N2, algo que sabemos muito bem na prática. Diferente do vírus Ebola, por exemplo, que é transmitido de maneira mais “complexa” (é necessário um contato muito mais próximo com o infectado para que o Ebola contamine outro organismo), a gripe comum ou a causada pelo H1N1 prolifera de maneira muito mais rápida e fácil.

Alvoroço desnecessário?

Ganhando grande notoriedade especialmente pelas trágicas notícias postadas cotidianamente nas mídias e pelos depoimentos equivocados de alguns profissionais da saúde, o H1N1 acabou adquirindo um status que não condiz com sua verdadeira periculosidade. “O principal objetivo de um jornal é, justamente, vender notícias, e aquelas que carregam títulos chamativos vendem muito mais. O número de acessos aos portais dos veículos de comunicação certamente aumenta consideravelmente quando uma notícia carrega a palavra ‘morte’ em seu título. As pessoas leem os jornais para entender o que realmente está acontecendo, e a população, de fato, tem o direito de se informar, mas o erro está no foco que esses veículos têm dado às notícias relacionadas ao H1N1. Tudo isso gera uma bola de neve, que resulta nesse pânico desnecessário”, afirma o docente.

Alguns números podem perfeitamente exemplificar- e validar- o que foi dito acima: até o dia 16 de abril deste ano, foram registrados 230 óbitos no Brasil causados pela gripe H1N1, sendo que o pico de mortes no país pela H1N1 foi de 284 óbitos, no ano de 2009. Nos Estados Unidos foram registradas 50 mortes pediátricas causadas pelo vírus na temporada de inverno compreendida entre final de 2015 e inicio de 2016, temporada na qual o virus H1N1 foi predominante naquele pais, sendo que o número máximo de óbitos infantis registrados foi 171, na temporada de inverno entre os anos de 2012 e 2013, ano no qual a gripe comum foi predominante.

De acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID10), no Brasil, no ano de 2007***, mais de 160 mil pessoas morreram por doenças do aparelho circulatório (hipertensão, angina, infarto do miocárdio, trombose etc.), mais de 56 mil por doenças do aparelho respiratório (pneumonia, asma, rinite, bronquite etc.) e mais de 34 mil por doenças do sistema digestivo (hepatite, úlcera, apendicite etc.). Diante desses números, 230 óbitos parecem, de fato, insignificantes.

Vacinar ou não?

Passados quase sete anos após o surgimento do primeiro caso de um ser humano infectado pela influenza H1N1, ou Gripe Suína, como também ficou conhecida, o que se sabe até o momento ainda é quase o mesmo que se sabia em 2009: quase nada.

Em princípio, tem-se conhecimento de que ela é tão maléfica quanto uma gripe comum, e que, de fato, pode levar à morte, mas somente em casos extremos. “Os óbitos causados por H1N1 tem muito mais a ver com o organismo de cada pessoa. Em alguns casos, o organismo pode gerar uma resposta inadequada, principalmente em casos nos quais a pessoa já se encontra muito debilitada por outras razões”, explica Ricardo.

H1N1-_vacinaÉ por isso que as vacinações, em geral, são prioritárias para idosos e crianças: os primeiros geralmente já se encontram com o organismo debilitado, e os segundos com o organismo muito sensível. “Muitas crianças ainda não foram expostas a qualquer tipo de gripe e, portanto, o organismo delas ainda não está imune a muitas doenças, inclusive a vírus da gripe, comum ou não”, exemplifica o docente.

Na opinião de Ricardo, a vacinação não é algo ruim, já que é um instrumento a mais de contenção de enfermidades. “Em termos sociais, a vacina é interessante, pois ela é preventiva, e evita a proliferação de doenças. Em termos econômicos, também, pois, com menos pessoas infectadas, menos se compromete a produção do país. Além disso, o preço de um remédio ou uma internação é muito maior do que o custo de uma dose de vacina”.

No entanto, ele alerta que algumas pesquisas já mostram que a vacina contra o H1N1 tem eficiência limitada, impedindo a infecção em apenas  60% das pessoas vacinadas, e  seu efeito é de curta duração, protegendo apenas contra certos tipos de vírus. Ou seja, nada impede que um vírus que sofra uma mutação, algo comum de se ocorrer, contamine pessoas que já tenham sido vacinadas. Ainda de acordo com Ricardo, há, no momento, muitos pesquisadores estudando o virus da gripe e tentando criar vacinas permanentes contra ele. “Mas isso não é algo trivial de se fazer e pode ainda levar muito tempo”.

Diante do que foi descrito, ainda fica difícil enxergar-se uma saída imediata para o H1N1. Para aqueles contaminados pela doença, continua valendo a mesmo conselho para os que contraem gripes comuns: repouso e o máximo de isolamento.  Muitas vezes, esse tipo de cuidado pode ser muito mais eficiente do que aquele que jorra de seringas dos postos de saúde.

*Termo utilizado para se referir a grupo de descendentes com um ancestral comum, que compartilham semelhanças morfológicas ou fisiológicas

**Organização Mundial da Saúde

***Último ano com informações disponibilizadas

Assessoria de Comunicação-IFSC/USP

29 de abril de 2016

Vivaldi lota Teatro Municipal de São Carlos

No âmbito da série Concertos USP / Prefeitura Municipal – temporada 2016, realizou-se no dia 27 de abril, pelas 20h30, no Teatro Municipal de São Carlos, o 60º Concerto da USP – Filarmônica, com a interpretação de As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi (1678-1741), sob a regência do Maestro Prof. Rubens Russomanno Ricciardi e com a participação da solista Maressa Portilho, em violino.

Foi um concerto que recordou, igualmente, o momento em que, em 2009, a IFSC/USP teve o primeiro contato com o Maestro Prof. Rubens Russomanno Ricciardi, durante as comemorações dos 75 anos da USP, em um concerto memorável que igualmente ocorreu naquele espaço cultural.

Dois anos mais tarde (2011), era criada a USP – Filarmônica, que passou a ficar sediada na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP), uma iniciativa de Ricciardi que, desde então, tem norteado sua ação em prol do ensino, pesquisa e divulgação da música.

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Mais do que simples eventos artístico-culturais, os concertos da USP – Filarmônica estão sempre inseridos nas atividades-fim da Universidade de São Paulo. Em primeirto lugar, o Ensino, com uma intensa presença do corpo docente e discente do Departamento de Música da FFCLRP/USP; em segundo lugar, a Pesquisa, já que sempre são incluídas nas apresentações obras originais recuperadas e/ou criadas pelos docentes e alunos daquela Unidade, e, finalmente, a Cultura e Extensão, com forte entrosamento com a sociedade, acrescentando-se, ainda, a frequente participação de músicos profissionais nacionais e estrangeiros, contando-se sempre com o apoio de funcionários altamente qualificados, que dão suporte valioso.

Cada concerto da USP – Filarmônica é encarado por todos os seus integrantes como uma aula, daí a enorme responsabilidade que cada um deles carrega ao se apresentar perante o público, como aconteceu com este concerto As Quatro Estações, de Vivaldi.

A programação deste concerto esteve organizada da seguinte forma:

As Quatro Estações – da obra O confronto da harmonia e da invençãoOp. 8 (Amsterdam, 1725);


Nº 1 PRIMAVERA

I – Allegro

II – Largo

III – Allegro


Nº 2 VERÃO

I – Allegro non molto – Allegro

II – Adagio

III – Presto

 

Nº 3 OUTONO

I – Allegro

II – Adagio molto

III – Allegro

 

Nº 4 INVERNO

I – Allegro non molto

II – Largo

III – Allegro

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Em destaque, neste concerto, a atuação da solista Maressa Portilho (violino), com uma interpretação excelente. Maressa nasceu em Resende, em 1995, tendo iniciado seus estudos de violino aos 7 anos e ingressado nesse mesmo período no Projeto Música nas Escolas e na Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, onde estudou e atuou como violinista até a temporada de 2012, sempre sob direção do maestro Vantoil Souza, seu pai.

Participa de vários festivais de música pelo Brasil, tais como MIMO (Olinda), Música de Santa Catarina (FEMUSC), Música de Curitiba, Internacional de Inverno de Campos do Jordão, Ilumina e também CAP Program (Califórnia Institute of Arts), nos Estados Unidos, recebendo orientação de mestres como Leon Spierer, Marcello Guerschfeld, William Fedkenheuer, Emmanuele Baldini e Elisa Fukuda.

Participou, também, de masterclass com Pinchas Zukerman e Patinka Kopec. Já se apresentou no Theatro Municipal e Sala Cecília Meirelles (Rio de Janeiro), Sala São Paulo (São Paulo), Canergie Hall (Nova York), e esteve sob a regência de maestros como Apo Hsu, Alastair Willis, Giancarlo Guerrero e Marin Alsop, entre outros. Como solista já atuou com as orquestras de Barra Mansa (2013 e 2014), Jovem do Festival Internacional de Música de Belém e Sinfônica da UFRJ.

É violinista do Quarteto da Guanabara desde 2013. É aluna do Bacharelado em Violino pela Escola de Música da UFRJ, no Rio de Janeiro, da classe de Daniel Guedes. Recentemente venceu o Concurso de Jovens Solistas realizado pela Orquestra Sinfônica da UFRJ (sob direção de André Cardoso e Ernani Aguiar).

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Este evento cultural contou com os apoios de todos os órgãos dirigentes da Universidade de São Paulo (USP) e do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de São Carlos – USP, numa organização conjunta do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prefeitura Municipal de São Carlos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) e, principalmente, do Departamento de Música da FFCLRP/USP.

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de abril de 2016

“As Quatro Estações” – Antonio Vivaldi

Inserido na série de concertos USP / Prefeitura de São Carlos – temporada 2016, realiza-se no próximo dia 27 de abril, pelas 20h30, no Teatro Municipal de São Carlos, o 60º Concerto da USP – Filarmônica, com a interpretação de As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi rubens(1678-1741), sob a regência do maestro Prof. Rubens Russomanno Ricciardi e com a participação da solista Maressa Portilho, em violino.

A programação deste concerto está organizada da seguinte forma:

As Quatro Estações – da obra “O confronto da harmonia e da invenção” – Op. 8 (Amsterdam, 1725);

Nº 1 PRIMAVERA

I – Allegro

II – Largo

III – Allegro

Nº 2 VERÃO

I – Allegro non molto – Allegro

II – Adagio

III – Presto

Nº 3 OUTONO

I – Allegro

II – Adagio molto

III – Allegro

Nº 4 INVERNO

I – Allegro non molto

II – Largo

III – Allegro

Maressa Portilho (violino) nasceu em Resende, em 1995, tendo iniciado seus violinoestudos de violino aos 7 anos e ingressado nesse mesmo período no Projeto Música nas Escolas e na Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, onde estudou e atuou como violinista até a temporada de 2012, sempre sob direção do maestro Vantoil Souza, seu pai.

Participa de vários festivais de música pelo Brasil, tais como MIMO (Olinda), Música de Santa Catarina (FEMUSC), Música de Curitiba, Internacional de Inverno de Campos do Jordão, Ilumina e também CAP Program (Califórnia Institute of Arts), nos Estados Unidos, recebendo orientação de mestres como Leon Spierer, Marcello Guerschfeld, William Fedkenheuer, Emmanuele Baldini e Elisa Fukuda.

Participou, também, de masterclass com Pinchas Zukerman e Patinka Kopec. Já se apresentou no Theatro Municipal e Sala Cecília Meirelles (Rio de Janeiro), Sala São Paulo (São Paulo), Canergie Hall (Nova York), e esteve sob a regência de maestros como Apo Hsu, Alastair Willis, Giancarlo Guerrero e Marin Alsop, entre outros. Como solista já atuou com as orquestras de Barra Mansa (2013 e 2014), Jovem do Festival Internacional de Música de Belém e Sinfônica da UFRJ.

É violinista do Quarteto da Guanabara desde 2013. É aluna do Bacharelado em Violino pela Escola de Música da UFRJ, no Rio de Janeiro, da classe de Daniel Guedes. Recentemente venceu o Concurso de Jovens Solistas realizado pela Orquestra Sinfônica da UFRJ (sob direção de André Cardoso e Ernani Aguiar).

Este evento cultural conta com os apoios de todos os órgãos dirigentes da Universidade de São Paulo (USP) e do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de São Carlos – USP, numa organização conjunta do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prefeitura Municipal de São Carlos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) e, principalmente, do Departamento de Música da FFCLRP/USP.

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As entradas para este concerto – bem para como para todos os outros inseridos na Série “Concertos USP / Prefeitura de São Carlos”, temporada 2016, serão livres e gratuitas, não sendo necessária a aquisição e/ou apresentação de convites ou ingressos, procedendo-se a entrada ao concerto por ordem de chegada.

Nesta nova temporada não serão distribuídos folders com a programação dos concertos, estando os mesmos disponíveis aos interessados, para download.

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O FOLDER COM A PROGRAMAÇÃO DO CONCERTO.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de abril de 2016

Reunião Magna – 2016 “Paving a Better Future”

Subordinada ao tema 100 Anos de Ciência: Construindo um Futuro Melhor, realiza-se nos dias 04, 05 e 06 de maio do corrente ano, no Museu do Amanhã, na cidade do Rio de Janeiro, a reunião comemorativa do centenário da Academia Brasileira de Ciências que congregará cientistas brasileiros e estrangeiros de grande destaque, que discutirão as contribuições da ciência para um amanhã melhor.

As sessões abordarão estudos sobre zika vírus, saúde global, segurança alimentar sustentável, energia e novas tecnologias e educação, entre outros temas de grande interesse da sociedade, sendo conduzidas por cientistas brasileiros de destaque e convidados estrangeiros de excelência, inclusive o ganhador do Prêmio Nobel de Física – 2015, TakaakI Kajita.

Em simultâneo, ocorrerá no local uma exposição histórica contando um pouco do trajeto da ABC e apresentando alguns dos cientistas brasileiros que construíram a ciência, promovendo o desenvolvimento de nosso país.

As inscrições para este evento poderão ser feitas preenchendo o formulário AQUI https://museudoamanha.typeform.com/to/fcO1Nr

É importante frisar que só será possível a entrada na Reunião Magna com inscrição prévia, conforme procedimento do Museu do Amanhã.

A entrada será gratuita, mas só será permitida mediante inscrição prévia.

Para solucionar dúvidas, contate: ascom@abc.org.br, ou pelos telefones (21) 3907-8129 / 8115 / 8126.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de abril de 2016

Incentivo à boa gestão do uso de água e energia

O Programa Permanente para o Uso Eficiente dos Recursos Hídricos e Energéticos na USP (PUERHE), vinculado à Superintendência do Espaço Físico da USP (SEF), procura implantar um conjunto de medidas que visam incentivar e promover a gestão do uso da água e da energia elétrica em todas as instalações da Universidade.

Assim, neste âmbito, gestou-se a iniciativa USP Sustentável, que visa informar a comunidade universitária sobre as ações que o PUERHE vem desenvolvendo para economizar água e energia elétrica, além de apresentar formas da comunidade fazer sua parte e ajudar nesta economia.

Nos próximos dias, um conjunto de cartazes e folders estarão disponíveis nas Unidades da USP, com a finalidade de conscientizar a todos para tão importante temática.

Caso a comunidade uspiana deseje obter mais informações a respeito do programa e atualizações sobre o consumo de água, deverá acessar o site do programa http://www.sef.usp.br/puerhe

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP