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12 de julho de 2016

Começa a EFC-2016

No início da tarde de 10 de julho, docentes e monitores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), pais e os trinta jovens alunos oriundos de dezessete estados brasileiros, compareceram no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), para a abertura da Escola de Física Contemporânea – EFC-2016. Voltada a alunos do ensino médio, especialmente para aqueles com interesse pela área da Física, a Escola tem como finalidade imergir os estudantes no ambiente da pesquisa, para que compreendam a importância da ciência e da tecnologia na geração do conhecimento.

Sendo assim, até o próximo dia 16, os trinta alunos participantes – que estão sendo acompanhados por monitores do IFSC – assistirão a aulas expositivas e experimentais, nas quais os docentes da USP abordarão tópicos de Física Clássica e Moderna, bem como diversas palestras sobre temas atuais da Física.

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Pelas 13h30 desse mesmo dia, o Prof. Dr. Fernando Paiva, um dos organizadores da Escola, fez a abertura do evento, onde abordou as regras da Escola aos pais e aos participantes. Segundo ele, em 2001, o IFSC/USP tornou-se um dos primeiros institutos do Brasil a trazer o conceito de escola avançada – até então já existente no exterior – para o ensino médio. “As primeiras escolas, denominadas Escolas Avançadas de Física, foram fundamentais para o estabelecimento do conceito no Instituto”.

Para Paiva, o sucesso da Escola deve-se, principalmente, à excelência dos alunos participantes. No período de 2010 a 2014, dez ex-participantes da EFC ingressaram no IFSC/USP, sendo que só em 2015, quatro ex-participantes ingressaram na Unidade, enquanto outros dois se tornaram alunos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), tendo um ingressado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP).

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Após a introdução, o Prof. Dr. Tito Bonagamba, Diretor do IFSC/USP, fez uma apresentação, na qual versou sobre a Universidade de São Paulo e sobre o IFSC/USP. No que se refere à USP, o docente frisou o fato da Universidade ser composta por uma comunidade de aproximadamente 120 mil pessoas (incluindo, docentes, alunos e funcionários) e desde sempre se manter entre as melhores universidades do mundo, embora sua posição oscile em cada ranking divulgado anualmente pela Times Higher Education.

Em parte de sua apresentação, o Prof. Banagamba enfatizou a multidisciplinaridade do IFSC/USP, instituição cujos 25% de seu corpo docente são representados por cientistas que não são físicos, mas que têm especialização em outras áreas do conhecimento. “Nossos pesquisadores trabalham não apenas com aspectos teóricos e experimentais, mas também com pesquisa, desenvolvimento e inovação”, destacou ele, acrescentando que o Instituto ocupa o posto de unidade uspiana com maior produção per capita de patentes.

O Prof. Bonagamba também falou sobre as oportunidades que os físicos têm em atuar fora do ambiente acadêmico, como, por exemplo, no setor industrial. Hoje, vários profissionais que se formaram no IFSC/USP ocupam cargos de relevância em grandes companhias (Itaú, Embrapa, Microsoft, Samsung, Philips, Toshiba, UOL, Petrobras, Novartis, entre outras).

Para o dirigente, é importante investir em atividades científicas e culturais para atrair jovens talentos à Universidade e aproximar o contato dela com a sociedade e comunidade universitária. Nesse âmbito, o Prof. Bonagamba abordou uma série de atividades que o Instituto tem promovido, incluindo a própria EFC, o programa Universitário por 1 Dia, o Programa de Pré-Iniciação Científica, o programa de Educação Continuada (voltado a professores de física), e a série Concertos USP / Prefeitura de São Carlos.

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Profa. Debora Gonzalez Costa Blanco, Dirigente Regional de Ensino da Região de São Carlos, ao lado do Prof. Bonagamba

Posteriormente, os pais dos alunos visitaram parte da infraestrutura do IFSC/USP (imagens abaixo), enquanto seus filhos participaram de uma reunião com os organizadores da EFC 2016.

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Expectativas de pais e alunos

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Thales entre seus pais, Márcia Maolina e Luiz Carlos Rodriguez

Márcia Maolina Souto, mãe do jovem Thales Augusto (16 anos), veio de São Paulo para acompanhar a abertura da EFC. “A Escola é uma oportunidade para o Thales conhecer o universo acadêmico, visando facilitar a sua opção de carreira no momento do vestibular, em 2018”. Thales participa da Escola pela primeira vez. Soube do curso pela internet e está animado para imergir no ambiente da física e conhecê-lo melhor, já que ainda não sabe o que deverá cursar futuramente.

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Marclin Félix Moreira, do Espírito Santo, acompanhou as primeiras atividades da programação da Escola, ao lado de seu filho, Pedro Duarte Moreira (15 anos). Para Marclin, são várias as expectativas de ter o filho na EFC, tendo em vista que, durante o evento, Pedro poderá se socializar com colegas que têm interesses semelhantes e com pesquisadores do Instituto. “A participação dele na Escola é uma satisfação para nós, pais”, destacou Marclin.

Pedro, que quer cursar engenharia nos Estados Unidos, disse que gosta muito de física e que através da Escola de Física Contemporânea pretende aprofundar o conhecimento em física e ter contato com os demais alunos da EFC que, assim como ele, participam de olimpíadas científicas.

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“A Escola é uma porta para ele fazer cursos e conhecer novos ambientes”, comentou Ana Claudia Ferraz da Silva Pinto, referindo-se à participação de seu filho, Alex da Silva Pinto (17 anos), no evento. O fato da EFC ser conhecida nacionalmente tem empolgado o jovem são-carlense a integrar a turma da EFC-2016: “Tenho muitas expectativas, porque a EFC é uma forma de me conectar com a USP”, frisou o estudante, que pretende cursar química no futuro.

Primeira palestra da EFC-2016

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Pelas 16h, os participantes assistiram à palestra Relatividade Geral: 100 Anos Encurvando Como Vemos o Universo, na qual o Prof. Dr. Daniel Vanzella (IFSC/USP) discutiu, de maneira bastante didática, a Teoria da Relatividade Geral, conceito que foi formulado por Albert Einstein e que completou cem anos em 2015. Nesse sentido, Vanzella também dissertou a respeito da gravidade: a primeira interação estudada pelo ser humano, sendo a mais complexa para se compreender a nível fundamental.

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Pela primeira vez, a aluna Bianca Xavier (17 anos), de Recife, foi apresentada ao tema em questão. A jovem estudante, que está no terceiro ano do ensino médio, nunca havia pesquisado sobre Relatividade Geral: “A palestra foi uma boa oportunidade, porque pude ter uma noção básica do tema”.

Ao longo desta semana, o site do Instituto de Física de São Carlos será atualizado com reportagens referentes às atividades da EFC-2016.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de julho de 2016

Diretor do IFSC/USP recebe medalha “MMDC”

MMDCTOPOPor ocasião das comemorações da Revolução Constitucionalista de 1932“Dia 09 de julho de 1932, o diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Tito José Bonagamba, foi condecorado com a medalha “MMDC”, em cerimônia realizada no dia 08 de julho último, na sede da Fundação Pró-Memória de São Carlos – Estação Cultura, na presença de diversas autoridades civis e militares, entre as quais destacamos o Prefeito de São Carlos, Engº Paulo Altomani e o Prof. Edmundo Escrivão FIlho, Prefeito do Campus USP de São Carlos, sob proposta do Comandante do 38º Batalhão de Policia Militar do Interior do Estado de São Paulo, Tenente-Coronel PM Alexandre Wellington de Souza.

A Medalha “MMDC” foi criada com a finalidade de galardoar pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que, por seus méritos e serviços relevantes prestados a São Paulo e ao culto da Revolução Constitucionalista de 1932, se tenham tornado pessoas dignas de especial distinção.

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O nobre significado da sigla “MMDC” deve-se às iniciais dos nomes dos quatro estudantes, Martins, Miragaia, Drausio e Camargo, que reivindicando para o povo brasileiro uma Constituição que visasse um Estado Democrático de Direito, no dia 23 de maio de 1932, na Praça da República (SP), acabaram por serem baleados por parte do governo ditatorial e faleceram. O sangue destes quatro heróis culminou na guerra denominada Revolução Constitucionalista de 32, sendo que, em data subseqüente (1934), o Governo promulgou uma Carta Constitucional assegurando direitos e garantias individuais a todos os brasileiros.

Em seu discurso, o diretor do IFSC/USP recordou o patrono da família Bonagamba, no Brasil, seu avô – Tito Bonagamba -, nascido em Itália e que chegou ao Brasil em 1901, se estabelecendo em São Simão (SP), como motorista. Em função da sua profissão e já vivendo no Brasil como cidadão pleno, o mesmo foi convocado para atuar na Revolução Constitucionalista de 1932.

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O orador sublinhou o fato de certamente, a participação de seu avô nesse momento importante para o Estado de São Paulo e para o Brasil alterou, de forma expressiva, a trajetória de sua família, como também em função dos resultados políticos e econômicos decorrentes desse momento histórico, que transformaram a Nação. Após a derrota na Revolução de 1932, o Estado de São Paulo sentiu a necessidade de instituir uma estrutura acadêmica capaz de contribuir ao aprimoramento do ensino de nível superior e ao desenvolvimento socioeconômico do País. Como resultado, o Estado de São Paulo acabou criando a Universidade de São Paulo, em 25/01/1934, com o Lema: Vencerás pela Ciência! ou Scientia vinces. Ciente da importância da Revolução Constitucionalista e sendo neto de um homem que atuou neste movimento, de quem orgulhosamente herdo o nome, procuro, humildemente me esforçar para manter vivos os princípios que foram norteados pelo decreto de criação da USP, uns dos principais ecos da Revolução Constitucionalista – a) promover, pela pesquisa, o progresso da ciência; b) transmitir pelo ensino, conhecimentos que enriqueçam ou desenvolvam o espírito, ou seja úteis à vida; c) formar especialistas em todos os ramos de cultura, e técnicos e profissionais em todas as profissões de base científica ou artística; d) realizar a obra social de vulgarização das ciências, das letras e das artes, por meio de cursos sintéticos, conferências, palestras, difusão pelo rádio, filmes científicos e congêneres.

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No final de seu discurso, Tito José Bonagamba salientou o fato de atualmente coordenar a Comissão de Prevenção e Proteção Universitária do Campus USP de São Carlos, atividade que, segundo o orador (…) permitiu uma eficiente aproximação dos nossos esforços aos da Polícia Militar, no intuito de aprimorar a Segurança de nossa Comunidade.

(Fotos: Ricardo Rehder)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de julho de 2016

Desafios para pesquisa em São Paulo

Pelas 10h30 desta segunda-feira, 11, o Prof. Dr. Carlos Henrique de Brito Cruz, Diretor Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e docente do Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), ministrou a palestra Desafios para pesquisa em São Paulo, que ocorreu no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), no âmbito do programa Colloquium diei.

Em sua apresentação, o docente falou CARLOS_BRITO_250sobre algumas características que, segundo ele, são relevantes para a reflexão a respeito do sistema de ciência e tecnologia no estado de São Paulo, tendo mostrado alguns dados macroscópicos da termodinâmica da FAPESP e discutido os desafios para a pesquisa no estado, que, de acordo com o Prof. Brito, estão relacionados ao efeito provocado pela ciência e tecnologia na sociedade paulista.

Ex-reitor da UNICAMP e ex-presidente da FAPESP, o Prof. Brito graduou-se em Engenharia Eletrônica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), tendo obtido o mestrado e doutorado no Instituto de Física Gleb Wataghin. Ele foi pesquisador visitante no Laboratório de Óptica Quântica da Universidade de Roma (Itália), no Laboratório de Pesquisa em Femtossegundo da Universidade Pierre e Marie Curie (França), além de pesquisador residente nos AT&T’s Bell Laboratories em Holmdel (Estados Unidos).

O docente, que também foi Pró-Reitor de Pesquisa da UNICAMP, é membro da Academia Brasileira de Ciências e Fellow da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês). Além disso, foi congratulado com a Ordre des Palmes Academiques da França, a Ordem do Mérito Científico do Brasil e com a Ordem do Império Britânico (OBE).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de julho de 2016

Quando a matemática é a linguagem global

Organizado pelo IFSC/USP, ocorreu no dia 05 de julho, no Teatro Municipal de São Carlos, um evento cultural inédito, que contou com as presenças do renomado pianista Prof. Caio Pagano, – que obteve grande sucesso quando de seu último concerto realizado nesse mesmo espaço cultural , em 2015 -, que intercalou sua apresentação com a palestra do docente e pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação de São Carlos (ICMC/USP), Prof. Carlos Grossi, que, baseado no título A Seção Áurea e os números de Fibonacci na música e outras artes, falou sobre Leonardo Pisano Fibonacci (1170-1250), um talentoso matemático italiano da Idade Média.

Fibonacci formulou a “sequência de Fibonacci”, uma sequência de números em que cada novo termo é obtido pela soma dos dois anteriores.

A razão entre termos consecutivos da sequência de Fibonacci, se aproxima de um número conhecido como a “razão áurea”, que curiosamente está presente nas artes (pintura, música, arquitetura, etc.) e nas ciências naturais.

Para assistir ao vídeo do evento (íntegra), clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de julho de 2016

Novo paradigma para ciência e tecnologia

Numa palestra ministrada em junho deste ano na Universidade Presbiteriana Mackenzie, o Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Jr., do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sugeriu que estamos próximos a uma transição para um novo paradigma de ciência e tecnologia. É o que ele chamou de quinto paradigma, que se diferenciará dos quatro iniciais, que foram: i) descoberta a partir de observações empíricas – desde os primórdios da civilização; ii) geração de conhecimento com teorias e experimentos, a partir do Renascimento; iii) geração de conhecimento com teorias, experimentos e simulações computacionais, no século XX; iv) conhecimento gerado com teorias, experimentos, simulações e inferência com grandes bases de dados (Big Data ou e-Science), no século XXI. No quinto paradigma, a essas quatro possibilidades se somaria a geração de conhecimento totalmente feita pela máquina.

Para o docente, essa abordagem é diferente de tudo aquilo que já se presenciou em ciência até hoje. Por mais que tenha havido evoluções na maneira como se desenvolve ciência e tecnologia, nunca se chegou numa situação em que a máquina pudesse gerar conhecimento. No futuro, pode-se até conceber a publicação de artigos com o conhecimento gerado pela própria máquina. Ou seja, a máquina realizaria todo o ciclo de proposição e resolução de um problema científico, culminando com a publicação.

Para entender a opinião do docente, acompanhe abaixo sua discussão sobre robôs inteligentes em entrevista à assessoria de comunicação do IFSC/USP.

Robôs inteligentes: da ficção científica à realidade

Muitas previsões da ficção científica se tornaram realidade, como a ida do homem à lua, imaginada por Júlio Verne no livro Da Terra à Lua (1865), o cartão de crédito, mencionado por Edward Bellamy em Daqui a Cem Anos – Revendo o Futuro (1888), e o satélite de comunicação, idealizado por Arthur Clarke e retratado no filme 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968), dirigido por Stanley Kubrick. Por outro lado, cenários futurísticos de obras literárias e filmes, com robôs dotados de capacidade de fala, pensamento e sentimento, semelhante ou superior à do homo sapiens, ainda parecem longe de acontecer. Parte da comunidade científica, entretanto, dá como certa a criação de máquinas com inteligência semelhante à dos humanos, dentro de duas ou três décadas.

evolucao_robotica_250A opinião desses cientistas se baseia nos vários exemplos de máquinas com algum grau de inteligência, criadas nos últimos anos. Uma rápida pesquisa na internet permite encontrar reportagens sobre máquinas que fazem o trabalho de um enfermeiro ou garçom, que lavam e passam roupas, que cozinham e limpam casas, e de carros autônomos que dispensam motorista. Apesar de inteligentes, essas máquinas meramente reproduzem tarefas mecânicas. Mas já há muitos casos em que máquinas substitutem humanos em atividades intelectuais, como os dois exemplos abaixo.

Alunos de pós-graduação de um curso online do Instituto de Tecnologia da Georgia (Georgia Tech), nos Estados Unidos, foram orientados por um time de assistentes de ensino, que incluía um sistema computacional denominado Jill Watson. Até quase o final do curso, os alunos não desconfiaram que Jill não era uma assistente humana. Para responder às questões dos alunos, passando-se como assistente humana, Jill foi treinada pelos pesquisadores da Georgia Tech com uma base de dados com quarenta mil postagens de um fórum de discussão online, de cursos anteriores.

Jill não é a única máquina IA com um “cargo” profissional. A IBM desenvolveu um sistema chamado ROSS que foi contratado pelo escritório de advocacia nova-iorquino Baker & Hostetler, tendo se tornado o primeiro advogado com inteligência artificial. ROSS usa o hardware do computador Watson, que em 2011 venceu humanos num jogo do programa televisivo Jeopardy!. Foi criado para compreender texto escrito, fornecer perguntas e respostas, formular hipóteses e acessar todos os tópicos relacionados à legislação e à jurisprudência, além de fontes secundárias. E quanto mais ele trabalha, mais habilidade adquire.

Essas novidades só têm ocorrido com tanta velocidade devido ao grande número de pesquisadores que se dedicam às áreas de IA e de aprendizado de máquina – técnica que consiste em treinar algoritmos para que sigam uma série de padrões.

O Prof. Osvaldo Novais diz que a revolução com inteligência artificial já está em curso, mas que não tem recebido a devida atenção. “Minha explicação para isso é que essa revolução foi prevista em livros e filmes de ficção científica, mas há grande descrença por parte das pessoas, porque essas previsões não se concretizaram até hoje”, explica. Novais não estranha esse ceticismo, pois ele próprio não acreditava que alguns feitos com processamento de língua natural a partir de computadores pudessem ser atingidos, o que ocorreu nos últimos quatro ou cinco anos. Como exemplos, podem ser mencionados os tradutores automáticos que se sofisticaram muito, e os sistemas de processamento de fala, que já “compreendem” razoavelmente a fala de humanos, em muitas línguas.

De fato, um dos maiores desafios da Inteligência Artificial é dotar computadores da habilidade de “compreender” e “gerar” textos, ou seja, processar língua natural. Para Novais, a despeito da grande capacidade de armazenamento e processamento de dados, muito superior à do homem, as máquinas ainda têm poder muito limitado para interpretar texto. Além das dificuldades com o conteúdo sintático e semântico, e com ambiguidades típicas de um texto, há ainda o problema de adquirir conhecimento de mundo para uma máquina poder se comunicar como o fazem os humanos. Significa entender o contexto. Uma ilustração do porquê é tão difícil adquirir esse tipo de conhecimento pode ser identificada em situações que nós humanos passamos quando assistimos a um noticiário local em região com a qual temos pouca familiaridade. Pois, embora possamos entender com facilidade o idioma desse telejornal, dificilmente saberemos o contexto de suas notícias, que relatam fatos e lugares que não conhecemos.

O ensino de contexto aos computadores, segundo Osvaldo Novais, não representa uma barreira intransponível. Ao contrário do que muitos cientistas acreditavam, as máquinas podem aprender apenas com exemplos. Para o docente, aprender com base em exemplos é uma técnica que sempre foi utilizada pelo homo sapiens. Uma criança aprende um idioma através de exemplos e não por explicações de regras.

Uma analogia pode servir para explicar o estágio de desenvolvimento de computadores. Todos sabemos que humanos podem aprender assuntos complexos, como teoria quântica. Mas não são todos os humanos que podem. Uma criança pequena, por exemplo, não pode. Para muitas tarefas, um computador hoje tem a capacidade de uma criança. Com treinamento e grande poder de processamento, computadores poderão realizar tarefas intelectuais de humanos adultos. Isso, segundo Novais, traz uma nova perspectiva à área de IA, pois, se tiver a mesma capacidade de memória e processamento – bem como o mesmo mecanismo de aprendizagem – do humano, o computador poderá aprender como qualquer pessoa. “Os exemplos bem-sucedidos ainda são limitados, mas já temos demonstrações [como Jill Watson e ROSS] de que essa evolução está acontecendo”.

Mas será que um robô teria essa capacidade para desenvolver trabalhos científicos? Osvaldo Novais acredita que sim, por dois motivos: o primeiro é porque já há super-computadores com desempenhos que eram inimagináveis há alguns anos. Além disso, os processamentos podem ser feitos a partir de várias máquinas. Quando se usa um smartphone para fazer qualquer busca online, por exemplo, o dispositivo geralmente busca dados em bases secundárias. “É como se o cérebro de um humano estivesse conectado a vários outros, obtendo informações de outras pessoas”.

Para o Prof. Osvaldo, o nível de dificuldade para se criar um robô capaz de gerar conhecimento é semelhante ao do desenvolvimento de Jill Watson e ROSS. O docente explica que todas as ferramentas (como alta capacidade de armazenamento e processamento de dados, bem como processamento de língua natural) para que uma máquina faça um trabalho científico autônomo já existem. Bastam apenas recursos e pesquisas para entender como integrar essas ferramentas. “A minha previsão é baseada em sistemas existentes. Não é ficção científica, mas previsão científica”.

Restarão empregos aos humanos?

Para Novais, num futuro próximo, à medida que se aproxime a transição para o quinto paradigma, serão requeridos profissionais humanos muito qualificados para desenvolver as super-máquinas. Ao contrário desses futuros profissionais, que poderão ter seus empregos garantidos para desenvolver robôs e sistemas cada vez mais sofisticados, muitos outros funcionários serão substituídos pelas máquinas. É semelhante ao que ocorreu com a Revolução Industrial, e mais recentemente com o surgimento de sistemas informatizados. “Nós deveremos ter uma grande revolução no mercado de trabalho, porque as máquinas farão tarefas de uma maneira muito melhor que os homens fazem hoje”.

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Mais do que entender como dar “vida” aos robôs inteligentes, será necessário estudar quais tarefas restarão aos humanos, uma vez que grande parte do mercado poderá ser dominada por sistemas de inteligência artificial. Novais pontua que, nesse sentido, já existem países, como Suíça e Finlândia, discutindo a possibilidade de oferecer renda mínima à população, que eventualmente poderá trabalhar apenas caso queira, já que talvez sua participação no ambiente profissional não será imprescindível nesse cenário futurístico.

Resumindo, daqui a poucas décadas, segundo Novais, a definição de emprego poderá ser completamente alterada. Mas não é diferente do que ocorreu no passado recente. Se compararmos qualquer ambiente de trabalho hoje com os ambientes de há cem anos, verificaremos uma evolução que seria impossível prever. “Se transportássemos alguém do início do século XX para uma sala em que dezenas de pessoas trabalhassem em computadores, esse indivíduo não entenderia o que estaria se passando, e nem acreditaria que essas pessoas estivessem de fato trabalhando”.

*A IA é uma área de pesquisa, a partir da qual se desenvolvem dispositivos capazes de simular, em máquinas, comportamentos ou habilidades semelhantes aos dos seres humanos;

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de julho de 2016

Aluna é premiada por estudo sobre mutação de proteína

sbbq_2016_250Durante a realização da 45ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq 2016), que ocorreu entre os dias 18 e 21 de junho, no Centro de Convenções de Natal, no Rio Grande do Norte (RN), a aluna Emérita Mendoza Rengifo, mestranda em física biomolecular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), recebeu o Prêmio SBBq – 2016, cujo objetivo é destacar os melhores trabalhos científicos apresentados por pesquisadores e alunos de Iniciação Científica e de pós-graduação que participaram do congresso.

O trabalho de Emérita, que concorreu ao prêmio juntamente com cerca de quinhentos e quarenta projetos, descrevia a multiplicação do diâmetro de uma enzima superoxide dismutase, após um processo que visava à mutação da proteína, responsável pela proteção das células de todos os organismos, como seres humanos, insetos, plantas, fungos e bactérias. No organismo humano, por exemplo, essa enzima é incumbida de combater o íon superóxido – uma das substâncias (radicais livres de oxigênio) que são tóxicas aos órgãos celulares – e pode prevenir o surgimento de doenças, como Doença de Parkinson, Alzheimer e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

Inicialmente, o objetivo da pesquisadora do IFSC era explorar a seletividade de íons metálicos (ferro e manganês) da enzima do tipo superoxide dismutase, a partir de uma técnica chamada “mutagênese sítio dirigida”. Para isso, Emérita fez algumas mutações numa superoxide dismutase (que continha manganês) do fungo Trichoderma reesei, com o intuito de trocar o manganês dessa enzima por um metal de ferro. Essas proteínas são compostas por quatro subunidades (partes). Ao ter retirado um aminoácido (do tamanho de um átomo) de cada parte da enzima, a mestranda observou que houve uma transformação inesperada na proteína: ela deixou de ser constituída por quatro subunidades e passou a ter oito – é como se uma pessoa que medisse um metro e sessenta centímetros passasse a medir três metros e vinte.

Além de relembrar a oportunidade que o congresso lhe ofereceu para que interagisse com pesquisadores de sua área, Emérita destaca a importância do Prêmio SBBq 2016. “O prêmio foi um reconhecimento do esforço que tenho tido durante os mais de dois anos em que desenvolvo esse trabalho, porque cristalografia é uma área muito complexa”, diz a mestranda, que se graduou em biologia na Universidade Nacional Pedro Ruiz Gallo (Peru) e que, assim que defender sua tese de mestrado no IFSC este ano, pretende se doutorar no Canadá, onde deverá continuar analisando as enzimas do tipo superoxide dismutase.

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Para o Prof. Dr. Richard Garratt (IFSC/USP), que tem orientado o projeto de mestrado de Emérita, a importância do prêmio foi destacar trabalhos bem desenvolvidos e mostrar que, no Brasil, também se faz pesquisa de qualidade. De acordo com ele, a descoberta inesperada da multiplicação da assimetria da superoxide dismutase reforça que a ciência não é construída apenas por certezas, mas, também, por surpresas. E, para Garratt, as surpresas são as partes mais belas da ciência: “Às vezes, descobrimos algo que nos leva a outro caminho. Nós nunca sabemos o que vamos descobrir à cada experimento que fazemos. Isso faz com que a ciência seja estimulante”.

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O trabalho de Emérita tem sido desenvolvido em parceria com a Universidade de Michigan (EUA), que tem colaborado nas etapas que envolvem coleta de dados, cristalografia e a detecção dos metais, que é feita a partir da técnica de Ressonância Paramagnética Eletrônica.

Embora essa pesquisa seja básica e não tenha uma aplicação específica, Emérita pontua que o trabalho é fundamental para ajudar a entender como funcionam essas enzimas, além de contribuir com estudos que objetivam o desenvolvimento de medicamentos para combater os radicais livres.

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatas deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de julho de 2016

Programa USP Cidades Globais

Ocorrerá pelas 20h do dia 13 de julho, no Anfiteatro do Instituto Oscar Freire da Faculdade de Medicina da USP (FM/USP), o lançamento do Programa USP Cidades Globais. A iniciativa reunirá pesquisadores da Universidade e parceiros no Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA/USP), que poderão realizar ações e propor medidas que tenham como finalidade melhorar a qualidade de vida de indivíduos que vivem na capital paulista.

O programa é coordenado pelo docente do Instituto de Biociências (IB/USP) e presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, Prof. Dr. Marcos Buckeridge, sendo um dos objetivos do IEA no Plano de Metas da USP. O evento do lançamento poderá ser acompanhado ao vivo pela internet, AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de julho de 2016

Mapeamento de empreendedores da USP

Com a finalidade de localizar membros e ex-membros da comunidade uspiana que decidiram empreender, a Agência USP de Inovação está desenvolvendo um mapeamento de empreendedores da Universidade, em parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa, a Superintendência de Tecnologia de Informação (STI) e o Núcleo de Empreendedorismo da USP. O mapeamento é uma iniciativa criada de modo a contribuir para que a Universidade entenda o impacto que tem, direta e indiretamente, na geração de negócios.

Portanto, alunos, ex-alunos, docentes e funcionários da Universidade de São Paulo, que se tornaram empresários, podem colaborar com este mapeamento, fornecendo informações referentes às suas empresas, através do preenchimento de um formulário.

A Agência USP de Inovação, que hoje é coordenada pelo Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), objetiva gerir política de inovação, promovendo a utilização do conhecimento científico, tecnológico e sustentável.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de julho de 2016

Novos professores doutores serão contratados pela USP

Numa reunião realizada em 28 de junho, o Prof. Dr. Marco Antonio Zago, reitor da Universidade, anunciou que novos professores doutores serão contratados pela USP, a partir de 2017.

Em ofício assinado e encaminhado a dirigentes em 30 de junho, o Prof. Zago elencou os três principais motivos que compreendem as admissões. A primeira razão se dá pelo atendimento às mais urgentes necessidades do ensino dos cursos de graduação. Até o dia 31 de agosto, as unidades devem encaminhar à Pró-Reitoria de Graduação uma lista de solicitações de cargos para a admissão dos professores doutores.

A admissão também compreende o atendimento do compromisso firmado entre a USP e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) na concessão de CEPID’s – os Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão, apoiados pela FAPESP. Sendo assim, departamentos que abrigarem a coordenação de algum CEPID também poderão abrir vaga para um novo professor doutor.

Aliás, serão abertos até sessenta e cinco cargos para a contratação de docentes em departamentos que abrigarem algum bolsista do Programa de Jovens Pesquisadores da FAPESP.

Para conferir o ofício na íntegra, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de julho de 2016

IFSC/USP promove espetáculo inédito

Organizado pelo IFSC/USP, ocorreu no dia 05 de julho, a partir das 20 horas, no Teatro Municipal de São Carlos, um evento cultural inédito, que contou com as pagano2016-1-250presenças do renomado pianista Prof. Caio Pagano, – que obteve grande sucesso quando de seu último concerto realizado nesse mesmo espaço cultural , em 2015 -, que intercalou sua apresentação com a palestra do docente e pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação de São Carlos, Prof. Carlos Grossi, que, baseado no título A Seção Áurea e os números de Fibonacci na música e outras artes, falou sobre Leonardo Pisano Fibonacci (1170-1250), um talentoso matemático italiano da Idade Média.

Fibonacci formulou a “sequência de Fibonacci”, uma sequência de números em que cada novo termo é obtido pela soma dos dois anteriores. A razão entre termos consecutivos da sequência de Fibonacci se aproxima de um número conhecido como a “razão áurea”, que curiosamente está presente nas artes (pintura, música, arquitetura, etc.) e nas ciências naturais.

Esses foram os motes para que o Prof. Caio Pagano explicasse ao vasto público presente a influência de Fibonacci na música clássica, tendo apresentado exemplos de compositores mundiais que se valeram desses conceitos para compor algumas das mais belas peças musicais de todos os tempos;

Caio Pagano ainda deliciou o público com interpretações belíssimas e sumptuosas de Claude Debussy (1862-1918) – Reflets dans l’eau / Hommage à rameau / Mouvement – e Franz Liszt (1811-1886) – Sonetto del Petrarca / Valse oubliée / Rapsódia Húngara nº 10.

Particularidades dos participantes

Coube ao diretor do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, dar as boas-vindas ao público que compareceu no Teatro Municipal e tecer algumas considerações sobre o evento, tendo começado por afirmar que a USP tem trabalhado intensamente para se aproximar da Sociedade que a apoia, com a oferta de educação de alto nível, conhecimentos, produtos e cultura, e em particular, o IFSC, que tem se esforçado muito nessa nobre tarefa, com várias ações, por exemplo, com a instalação de um sistema de Geração de Imagens por RMN no Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, e criando, em parceria com o IQSC, o CDCC (Centro de Divulgação Científica e Cultural), não obstante as outras Unidades de Ensino e Pesquisa do Campus USP de São Carlos – EESC, ICMC e IAU – oferecerem também excelentes contribuições para a Sociedade.

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Contudo, para Tito Bonagamba, no caso da Cultura, o IFSC, desde 2014, em parceria com todos os órgãos da USP, tem organizado concertos, com o gigantesco apoio do Departamento de Música da FFCLRP/USP, através do incansável Prof. Rubens Russomano Ricciardi, e ainda exposições, destacando-se, neste aspecto, a Exposição “Portinari – Arte e Meio Ambiente”, através do apoio do Projeto Portinari, na pessoa do Prof. João Candido Portinari.

Prof. Carlos Henrique Grossi Ferreira

É docente e pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação no Campus USP de São Carlos. Fez sua graduação em matemática na Universidade Estadual de Campinas – Unicamp – entre 1998 e 2001, e doutorado na mesma área e na mesma universidade entre os anos de 2002 e 2006.

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Possui três pós-doutorados na citada área de conhecimento: o primeiro,foi concluído na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, em 2007; o segundo, em 2008, foi realizado no Institut des Hautes Etudes Scientifiques, em Paris, França, em 2008, sendo que o terceiro pós-doutorado foi concluído no ano seguinte, em 2009, no Max-Planck-Institut für Mathematik, na Alemanha.

Carlos Henrique Grossi Ferreira foi ainda pesquisador convidado no Max-Planck-Institut für Mathematik em 2012, e no ano passado foi igualmente pesquisador convidado, dessa vez no Korea Institute for Advanced Study – na Coréia do Sul.

Seus projetos de pesquisa inserem-se na área de geometrias clássicas e variedades hiperbólicas complexas.

Prof. Carlos Pagano

Caio Pagano (São Paulo, SP 1940).

Pianista, concertista, pedagogo. Forma-se em piano com Lina Pires de Campos, na escola Magda Tagliaferro entre 1948 e 1958. Em 1954 inicia sua carreira como recitalista e logo em 1956 torna-se solista frente à Orquestra Sinfonica Brasileira, sob a regência de Eleazar de Carvalho. Completa seus estudos aprimorando-se com, entre outros, Magda Tagliaferro (Paris e Salzburg, 1958), Moises Makaroff (Buenos Aires, 1961), Sequeira Costa (Lisboa, 1964), Helena Costa (Porto 1965) Karl Engel (Hannover, 1966-1968) e Conrad Hansen (Hamburgo, 1968-1970).

Essas incursões no exterior permitem-lhe ampliar sua área de atuação. Desde então, atua intensamente na Europa, nas Américas, e, mais recentemente, na Ásia, em países como Portugal, Suíça, Holanda, Venezuela, Uruguai, Guatemala, Estados Unidos, Singapura, China e Japão.

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Como concertista, sola junto a orquestras como as Sinfônicas Brasileira, do Estado de São Paulo, de Baltimore, National de Washington, Radio France, de Phoenix, as Nacionais da Guatemala, de Portugal e da República Tcheca, além das de Câmara de Zurique e da Holanda, sob a regência, entre muitos outros, de maestros como Morton Gould, John Neschling, Isaac Karabtchewsky, Sergiu Comissiona, Clotilde Otranto, Jorge Sarmientos, Camargo Guarnieri, Paul Freeman, Ivo Cruz, Howard Griffiths, e Szymon Goldberg.

Entre os locais nos quais se apresenta, destacam-se o Alice Tully Hall ( New York), o Kennedy Center (Washington), O Wigmore Hall ( Londres), o Cultura Artística (SP), a Sala Cecília Meirelles (RJ), e o Concertgebouw de Amsterdam.

Produz-se ao lado de músicos internacionalmente reconhecidos, como Maria João Pires, Emmanuele Baldini, Gérard Caussé, Pierre Fournier, Janos Starker, Thomas Friedli, Albor Rosenfeld, e grupos como o Quarteto de St. Petersburg e o Trio Jacques Thibaud.

Na área acadêmica, começa a lecionar em 1963, nos Seminários Musicais da PróArte (SP). Entre 1970 e 1984, torna-se Professor do Departamento de Música da ECA-USP, onde cria a Bienal Internacional de Música (1974-1978). Em 1981, muda-se para os Estados Unidos a fim de realizar seu doutorado em Música pela Universidade Católica da América, grau que obtém em 1984, mesmo ano no qual torna-se Professor Visitante da Universidade Cristã do Texas (1984-1990) e, posteriormente, da Lübeck Hochschule (1990).

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Em 1986 inicia sua atuação como Professor da Universidade do Estado do Arizona, cargo que ocupa até os dias atuais, recebendo o título de Professor Regente em 1999 e ali criando o Brazilian Arts Festival, em 2000. É ainda Diretor Artístico do Centro para Estudos das Artes em Belgais (2001-2002), Coordenador de Estudos de Piano no Instituto Politécnico de Castelo Branco (2002-2010), e colaborador para projetos especiais do Ministério da Cultura (2003-2007), todos em Portugal.

Ministra igualmente master-classes e cursos de férias, participando de várias edições do Festival de Campos de Jordão (1984-1990) e das Universidades de Illinois, Iowa, etc. Integra o júri de competições internacionais em Portugal, Suíça, Singapura, Brasil ( Concurso Villa Lobos e Concurso BNDES) , EUA, Panamá, entre eles o Concurso Internacional de Piano Panamá (2012-2014), e a Competição de Piano Steinway na Ásia e nos Estados Unidos (2010-2012-2014). Também é membro de Comitês de Doutorado em Portugal, USA , Espanha e Suiça.

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Dentre os prêmios que recebeu, destaca-se o Prêmio Eldorado de Música, sendo vencedor da segunda edição desse concurso, que tinha sido conquistada por João Carlos Martins, no ano anterior. Participa de Festivais como o Miami New World Festival, Washington Interamerican Festival, Montpellier, Tournon, Americano de Grenoble, etc.

Sua discografia conta com cerca de vinte e cinco títulos lançados por selos como Summit, Soundset, Deutsche Grammophon e Glissando.

Desde 1990, é um artista Steinway, além de ter sido condecorado com o título de Comendador da Ordem do Ipiranga pelo Governo do Estado de São Paulo (1981).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de julho de 2016

Química poderá solucionar os principais desafios do setor de alimentos

Em conferência realizada na 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), evento que ocorre até 9 de julho na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), com diversas atividades norteadas pelo tema Sustentabilidade, tecnologia e integração social, o Prof. Dr. Adriano Defini Andricopulo, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), falou sobre como a química poderá solucionar grande parte dos desafios globais, em especial, os problemas que surgirão no setor de alimentos daqui a algumas décadas, tendo em vista que, até 2050, o número da população mundial deverá passar de sete para nove bilhões de pessoas.

Em 1960, um hectare (dez mil metros quadrados) de terra provia alimentos para duas pessoas. Em 2050, o mesmo espaço terá de alimentar mais de seis indivíduos – hoje não se alimenta nem os sete bilhões existentes -, o que demandará o desenvolvimento de novos produtos que protejam as culturas agrícolas contra determinados organismos. “Nesse sentido, a síntese química terá um papel fundamental”, pontuou o docente que, além de atuar no Grupo de Cristalografia do IFSC/USP, integra o comitê executivo do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), estabelecido por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Durante a conferência, o Prof. Andricopulo também destacou que os agroquímicos, que protegem as plantações contra pragas e doenças, são responsáveis pela existência de 40% dos alimentos cultivados atualmente, e que cientistas têm pesquisado cada vez mais compostos naturais, de modo a utilizá-los no desenvolvimento de novos produtos químicos para combater os organismos que representam perigo às plantações e que podem gerar resistência às substâncias já comercializadas.

Nesse sentido, as próprias plantas têm sido analisadas por pesquisadores, já que elas produzem misturas de substâncias químicas que afetam o comportamento de insetos, podendo interferir onde vão se alimentar ou procriar. “Essa informação pode ser usada para desenvolver métodos práticos para o controle de pragas”.

O docente também comentou a respeito do avanço do conhecimento sobre a nutrição vegetal, que favorece o entendimento de como melhorar a qualidade das plantas, permitindo criar maneiras mais fáceis para que elas possam absorver elementos vitais para o próprio desenvolvimento, como nitrogênio e fósforo. Embora este último possa se esgotar dentro de cem anos, a expectativa de Andricopulo é que a química também desempenhe um papel importante no desenvolvimento de novas tecnologias para recuperar o fósforo a partir de resíduos para potencial reutilização.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de julho de 2016

Criada no IFSC comissão dedicada a alunos de graduação

No dia 10 de junho de 2016 foi constituída, através da Portaria IFSC 023/2016, a criação da Comissão de Acompanhamento do Desenvolvimento Acadêmico dos Alunos de Graduação do IFSC/USP (CAD), cujo objetivo é acompanhar o desenvolvimento acadêmico dos graduandos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e propor ações que aprimorem a recepção, integração, motivação e formação desses estudantes.

A Comissão é constituída pelos Profs. Drs. Leonardo Paulo Maia (coordenador), João Renato Carvalho Muniz (vice-coordenador), Alessandro Silva Nascimento, Fernando Fernandes Paiva, Frederico Bordes de Brito, Gonzalo Travieso, Ilana Lopes Baratella da Cunha Camargo, José Fabian Schneider, Leonardo de Boni, Otavio Henrique Thiemann, Sérgio Ricardo Muniz, bem como pelo educador do IFSC, Herbert Alexandre João, pela técnica para assuntos administrativos, Cristiane Gomes Lazarini Estella (secretária), e pela chefe administrativa de serviço, Isabel Aparecida Possatto de Oliveira (apoio – Assistência Acadêmica do IFSC).

O contato com a CAD pode ser feito a partir do e-mail cad@ifsc.usp.br.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de julho de 2016

Atualização da produção científica do IFSC/USP

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em junho de 2016, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Physical Review X.

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Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

1 de julho de 2016

Prof. Dr. Daniel Figueroa-Villar (IME) é o vencedor

Com 23,44% dos votos, o Prof. Dr. Daniel Figueroa-Villar, JDFVillar_150do Instituto Militar de Engenharia (IME), foi o vencedor do Prêmio AUREMN 2016, promovido pela Associação de Usuários de Ressonância Magnética Nuclear (AUREMN), cujo o objetivo é reconhecer profissionais que contribuíram cientificamente para a área de Ressonância Magnética Nuclear.

Graduado em química pela Universidade de Costa Rica (República da Costa Rica), mestre em bioquímica pela Universidade de Costa Rica e doutor em química orgânica pela Universidade de Alberta (Canadá), Figueroa-Villar é membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e Professor Associado do IME, sendo chefe dos laboratórios de Ressonância Magnética Nuclear, Bioorgânica, Antibióticos, Síntese Orgânica e de Modelagem Molecular.

Abaixo, confira os cinco profissionais finalistas, que foram escolhidos através de uma votação feita por 128 sócios da AUREMN.

1- José Daniel Figueroa-Villar – 30 votos (23,44%)

2- Antonio Gilberto Ferreira – 28 votos (21,88%)

3- Anita Marsaioli – 26 votos (20,31%)

4- Roberto Rittner Neto – 24 votos (18,75%)

5- Tito José Bonagamba – 20 votos (15,62%)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de julho de 2016

Diretor científico da FAPESP aborda “Desafios para pesquisa em SP”

Realiza-se no próximo dia 11 de julho, a partir das 10h30, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), mais uma dição do habitual Colloquium diei, desta vez com a presença do diretor científico da FAPESP, Prof. Carlos Henrique Brito Cruz, que dissertará sobre o tema Desafios para pesquisa em São Paulo.

Engenheiro eletrônico e físico, Brito Cruz é professor no Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde foi reitor de 2002 a 2005.

Graduou-se em Engenharia Eletrônica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Obteve os títulos de Mestre e de Doutor no Instituto de Física Gleb Wataghin, onde leciona desde 1982. Atualmente, é professor titular no Departamento de Eletrônica Quântica.

Brito Cruz foi pesquisador visitante no Laboratório de Óptica Quântica da Universitá di Roma, no Laboratório de Pesquisa em Femtossegundo da Universitè Pierre et Marie Curie e pesquisador residente nos AT&T’s Bell Laboratories em Holmdel, New Jersey.

Na Unicamp, foi diretor do Instituto de Física de 1991 a 1994 e de 1998 a 2002, pró-reitor de Pesquisa de 1994 a 1998 e reitor de 2002 a 2005. Foi presidente da FAPESP de 1996 a 2002

Brito Cruz é membro da Academia Brasileira de Ciências e é Fellow da American Association for the Advancement of Science. Recebeu a Ordre des Palmes Academiques da França, a Ordem do Mérito Científico do Brasil e a Ordem do Império Britânico (OBE) em 2015.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de julho de 2016

“Nando Araújo Trio” dá show celta no Teatro Municipal

Em mais um concerto inserido na série Concertos USP – Prefeitura de São Carlos, promovida e organizada conjuntamente pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), PrDESTAQUEefeitura Municipal de São Carlos e Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP), através de seu Departamento de Música, o Teatro Municipal de São Carlos recebeu no dia 29 de junho, a partir das 20h30, o espetáculo intitulado Celtic Brasil, interpretado pelo Nando Araújo Trio, um grupo extraído da USP Filarmônica e constituído por Nando Araujo (harpa céltica), José Gustavo Julião de Camargo (viola caipira) e Sara Sesca (rabeca).

O Celtic Brasil é um desdobramento do projeto intitulado Pelas Trilhas dos Celtas, que une arte e reflexão filosófica, porém em um novo formato, utilizando Viola Caipira e Rabeca, que “contracenam” com uma autêntica harpa celta.

Por meio destes instrumentos, que são amplamente utilizados nas manifestações folclóricas do Brasil, Nando, com esta sonoridade, consegue apresentar um diálogo estético-musical com as músicas tradicionais dos países que incorporam as nações pan-celticas (como a Irlanda e Escócia).

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Foi um espetáculo que teve uma hora de duração, com bis exigido por um público que se envolveu por completo no programa que foi apresentado.

O repertório esteve organizado da seguinte forma: 1) Mulher Rendeira NANDO2(Zé do Norte); 2) Eleanor Rigby (John Lennon and Paul McCartney); 3) In My Life (John Lennon and Paul McCartney); 4) Swan LKW 243 (Catriona Mckay /Escócia); 5) Greensleeves (trad. Inglesa / anônimo); 6) 23 de Abril (Nando Araujo); 7) Medley: músicas celtas tradicionais: My love is a red rose (trad. escocesa) / Sheebeg Shemore (trad. irlandesa) / The grenadier and the lady (trad. inglesa); 8) Anam Cara (Nando Araujo); 9) The Glass of Beer (trad. irlandesa); 10) Brian Boru’s March (trad. Irlandesa); 11) Morrison’s Jig (trad. Irlandesa); 12) Tango To Evora (Loreena McKennitt); 13) Norwegian Wood (John Lennon and Paul McCartney).

 

Este evento cultural contou com os apoios de todos os órgãos dirigentes da Universidade de São Paulo (USP) e do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de São Carlos – USP.

A série Concertos USP / Prefeitura de São Carlos regressará após o período de férias com um novo concerto marcado para o mês de agosto, em data a anunciar oportunamente.

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de junho de 2016

Sonoridades celtas em concerto

Celtic Brasil é o título do concerto que ocorrerá no Teatro Municipal de Nando_Araujo_Trio-250São Carlos, no dia 29 de junho (quarta-feira), a partir das 20h30, com o Nando Araújo Trio, um evento inserido na série Concertos USP – Prefeitura de São Carlos.

O Nando Araújo Trio, constituído por Nando Araujo (harpa céltica), José Gustavo Julião de Camargo (viola caipira) e Sara Sesca (rabeca), interpretará as seguintes obras:

1) Mulher Rendeira ( Zé do Norte);

2) Eleanor Rigby (John Lennon and Paul McCartney);

3) In My Life (John Lennon and Paul McCartney);

4) Swan LKW 243 (Catriona Mckay /Escócia);

5) Greensleeves ( trad. Inglesa / anônimo);

6) 23 de Abril ( Nando Araujo);

7) Medley: músicas celtas tradicionais: My love is a red rose ( trad. escocesa) / Sheebeg Shemore ( trad. irlandesa) / The grenadier and the lady (trad. inglesa);

8) Anam Cara (Nando Araujo);

9) The Glass of Beer (trad. irlandesa);

10) Brian Boru’s March (trad. Irlandesa);

11) Morrison’s Jig (trad. Irlandesa);

12) Tango To Evora (Loreena McKennitt);

13) Norwegian Wood (John Lennon and Paul McCartney);

O Celtic Brasil é um desdobramento do projeto Pelas Trilhas dos Celtas, que une arte e reflexão filosófica, porém em um novo formato, utilizando Viola Caipira e Rabeca.

Por meio destes instrumentos que são amplamente utilizados nas manifestações folclóricas do Brasil, Nando, com esta sonoridade, busca um diálogo estético-musical com as músicas tradicionais dos países que incorporam as nações pan-celticas (como a Irlanda e a Escócia).

Este evento cultural conta com os apoios de todos os órgãos dirigentes da Universidade de São Paulo (USP) e do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de São Carlos – USP, numa organização conjunta do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prefeitura Municipal de São Carlos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) e, principalmente, do Departamento de Música da FFCLRP/USP.

As entradas para este concerto – bem para como para todos os outros inseridos na série Concertos USP / Prefeitura de São Carlos, temporada 2016, serão livres e gratuitas, não sendo necessária a aquisição e/ou apresentação de convites ou ingressos, procedendo-se a entrada ao concerto por ordem de chegada.

Nesta nova temporada não serão distribuídos folders com a programação dos concertos, estanda a mesma disponível para consulta no setor de EVENTOS, neste site.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de junho de 2016

Low-energy effective action for pions and a dilatonic meson

Pelas 16h30 do dia 29 de junho, decorreu MAARTEN_GOLTERMAN_250uma edição do High energy physics seminars, na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde o Prof. Dr. Maarten Golterman, da Universidade Estadual de São Francisco (EUA), apresentou o seminário Low-energy effective action for pions and a dilatonic meson.

O Prof. Golterman é docente e coordenador do Departamento de Física e Astronomia da já citada instituição de ensino superior norte-americana, onde atua desde 2001 e desenvolve estudos relacionados às áreas de cromodinâmica quântica, física hadrônica, simetria quiral e teoria de campo reticulado.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de junho de 2016

Docente do IFSC lança livro sobre nanotecnologia

Yvonne-_livro_nanotecnologiaHá pouco mais de um ano, a docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Yvonne Primerano Mascarenhas, tinha em mente introduzir nas escolas do ensino médio, nas quais atua com projetos relacionados à divulgação científica, o conceito de nanotecnologia, uma das áreas científicas que mais tem se destacado nos últimos tempos. Nesse momento, começava a tomar corpo o livro “Nanotecnologia: para alunos do ensino médio e público em geral”, lançado em maio deste ano por Yvonne e pela psicóloga Neucideia Colnago,

Em suas 88 páginas, o livro apresenta diversos conceitos relacionados à nanotecnologia em um formato lúdico, dinâmico e inteligível a qualquer público que tenha interesse no assunto.  “No início, tínhamos a ideia de fazer um pequeno manual. Quando começamos a escrever o livro, chegamos à conclusão de que a linguagem discursiva era muito enfadonha. Foi quando pensamos em um formato menos discursivo para os textos, que mais se parecessem com conversas com o leitor”, conta Yvonne. “As pessoas sempre gostaram de ler livros que tem certa ação, e atualmente esse fato é elevado à enésima potência”.

Com a ideia de mostrar ao leitor a evolução dos conceitos sobre nanotecnologia, as autoras optaram por um conteúdo que trouxesse maneiras através das quais o leitor fosse capaz de, literalmente, enxergar aquilo que não se vê, falando, inclusive, sobre os instrumentos que podem ser utilizados para enxergar o “invisível”, a exemplo dos microscópios. Portanto, os capítulos do livro foram batizados com nomes como “nanoeletrônica”, “aplicações das nanopartículas”, “como são produzidos os nanomateriais e dispositivos com componentes nanométricos”, “aplicações da nanotecnologia à medicina e à saúde”, “como podemos ver e medir objetos nanométricos”, entre outros, totalizando 14 capítulos ou, como prefere Yvonne, 14 conversas. “A nanotecnologia deverá alterar o modo de vida de todas as pessoas, e, portanto, é importante que elas tenham conhecimento sobre este tema”, destaca Yvonne.

Instigadas pelo desafio de trazer nanotecnologia ao público geral em uma linguagem mais leve e didática, Yvonne e Neucideia fizeram questão de especificar no subtítulo “alunos do ensino médio”, e por uma razão muito simples: chamar a atenção de pais e professores para inserção dos alunos em temas de natureza científica e tecnológica. “A falta de conhecimento sobre esses assuntos pode explicar o atraso do Brasil. Sabemos ‘apertar’ botões, mas não sabemos a lógica do funcionamento deles. Aqui não criamos conhecimento, não criamos tecnologia, então nos tornamos apenas usuários delas, criando uma grande relação de dependência com os países avançados”, afirma Yvonne. “Se nossos jovens de 16, 17 anos começarem a ter mais vontade de saber sobre as coisas, em vez de simplesmente só usá-las, poderemos assistir a um verdadeiro progresso nacional”.

A compra do livro está a apenas alguns cliques de distância. Disponibilizado apenas no formato digital, por R$9,90, “Nanotecnologia: para alunos do ensino médio e público geral” pode ser adquirido em diversos portais de comércio eletrônico.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP