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5 de agosto de 2016

O legado do Prof. Ernesto de Souza Campos

Quem não ouviu falar, ou ainda não conhece a Fazenda Santa Maria do Monjolinho, localizada em São Carlos?

1_chamada_de_destaque_300Formada por Theodoro Leite de Almeida Penteado (1847-1925), a propriedade tem sua origem na Sesmaria do Monjolinho, possuindo (para deleite de quem a visita) várias construções que remontam ao período cafeeiro, bem como diversas particularidades históricas, como, terreiro, tulha, maquinário destinado ao beneficiamento do café, além de uma capela e senzala que foram devidamente adaptadas para receber os imigrantes após a abolição da escravatura (1888). O casarão senhorial, construído em 1889 e projetado pelo arquiteto italiano Pietro Cassinelli, é o símbolo edificado da riqueza que o café gerou em toda esta região, principalmente a partir de 1850. Em 1904, após a grave crise financeira que assolou o país, este magnífico patrimônio foi adquirido por Cândido Souza Campos, irmão daquele que viria a ser um dos maiores vultos da cultura e educação do Brasil e do Estado de São Paulo – o Prof. Ernesto de Souza Campos (1882-1970).

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Nascido em Campinas e filho do então Senador da República, Antonio de Souza Campos, Ernesto de Souza Campos foi professor emérito da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e personalidade dotada de uma visão de futuro verdadeiramente notável, que deixou um legado enorme, principalmente na área da educação superior do país. No governo de Armando Salles de Oliveira, Ernesto de Souza Campos foi um dos principais idealizadores e planejadores do campo universitário do Butantã, local onde viria a ser construída a Universidade de São Paulo, algo que contribuiu, certamente, para que fosse chamado para planejar outros centros acadêmicos e hospitalares – Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul.

Ministro de Estado da Educação no governo do General Eurico Gaspar Dutra, e em virtude de suas excepcionais contribuições para o desenvolvimento do sistema universitário brasileiro, o Prof. Ernesto de Souza Campos foi agraciado com o título de Diretor e de Professor Honorário nas universidades de São Paulo, Bahia, Pernambuco, Paraná e da Pontifica Universidade Católica de São Paulo, bem como Grande Oficial da Ordem de Mérito Nacional, da Legião de Honra da França e de outras diferentes ordens nacionais e estrangeiras. Foi, ainda, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Pen Club de São Paulo e membro da Academia Paulista de Letras, estando sua obra científica reunida em cerca de 20 volumes e de uma centena de monografias publicadas no país e no exterior.

Cabe agora ao Dr. Décio Luiz Malta Campos, de quem o Prof. Ernesto de Souza Campos é seu tio-avô, capitanear, com sua esposa, Senhora D. Carmem Rocha Ribeiro Campos, e nora, Vera Regina Zavaglia Malta Campos, junto com os restantes membros da família, a catalogação e preservação de todo o riquíssimo espólio documental, bem como o lote de objetos da época e o conjunto arquitetônico, que complementam e enriquecem o conhecimento, algo que deixou o Pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo, Prof. Marcelo Roméro, verdadeiramente extasiado, quando de sua visita ao local, ocorrida no dia 30 de julho passado.

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Prof. Marcelo Roméro observa documentos

A visita do dirigente da USP foi acompanhada não só pelo pelos descendentes de Ernesto de Souza Campos, como também pelo Diretor do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba e pelos Profs. José Marcos Alves e Carlos Goldenberg, docentes e pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), todos eles grandes entusiastas e defensores da preservação, divulgação e popularização da vida e obra do Prof. Ernesto de Souza Campos, eternizadas em solo são-carlense e umbilicalmente ligadas à história da Universidade de São Paulo.

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Representantes da USP com Dr. Décio Luiz Malta Campos

Ainda produzindo café, milho, mandioca, cana-de-açúcar, gado leiteiro, gado de corte, granja, cavalos e carneiros, a missão da família de Ernesto de Souza Campos tem, assim, outra grande missão – talvez a maior: garantir o conhecimento através do conjunto arquitetônico e de seu espetacular acervo, abrindo a porta da história a todos quantos desejem.

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Da esquerda à direita, começando pela primeira fila: Carmem Rocha Ribeiro Campos, Dr. Décio Luiz Malta Campos, Vera Malta Campos, Prof. José Marcos Alves, Prof. Carlos Goldenberg, Rosane Aranda (Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP), Prof. Tito José Bonagamba, Prof. Marcelo Roméro e Carmen Martini (equipe de apoio à Fazenda)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de agosto de 2016

More accurate sample analysis by combined LIBS and Raman Spectroscopy

No início da tarde desta quinta-feira, 04, a Profa. Dra. Fatima Matroodi, do Departamento de Física da Universidade Shahid Chamran (Irã), apresentou o seminário More accurate sample analysis by combined LIBS and Raman Spectroscopy, que foi organizado pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), na sala de seminários do grupo.

FATIMA_MATROODI_300A Profa. Fatima falou sobre a Espectroscopia Raman e a LIBS, técnicas espectroscópicas de laser capazes de viabilizar a investigação de uma ampla gama de materiais, sem a necessidade de fazer preparações preliminares nas amostras a serem analisadas. De acordo com a docente, as características de ambas as metodologias permitem uma série de aplicações em diversas áreas: medicina, militar, astronomia, química, física, processos industriais, entre outras.

A Universidade Shahid Chamran é sediada em Ahvaz, capital do Khuzistão, no sudoeste do Irã. Além de nove centros de pesquisa, a instituição congrega treze unidades (agricultura; artes; economia e ciências sociais; educação e psicologia; engenharia; literatura e humanidades; ciências matemáticas e computação; educação física e ciências do esporte; ciência; teologia e ciência islâmica; medicina veterinária; engenharia de ciências da água; e ciências da Terra).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de agosto de 2016

“Novas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Engenharia da EESC”

No dia 5 de agosto ocorrerá no Anfiteatro “Professor Armando Toshio Natsume”, do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/UPS), o 4º Workshop sobre as Novas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Engenharia da EESC.

A programação do evento compreende três palestras que serão ministradas pelos docentes  Profs. Aldo Roberto Ometto (EESC/USP), Antonio Nelson Rodrigues da Silva (EESC/USP), Kleber Francisco Espôsto (EESC/USP) e Sérgio Muniz (Instituto de Física de São Carlos – IFSC/USP), que discutirão a sustentabilidade no ensino de engenharia de forma transversal, o uso de recursos de PBL para a introdução de conceitos de mobilidade sustentável no ensino de engenharia, o uso de jogos e práticas para o ensino de gestão de operações, bem como o uso de sistemas e-Disciplinas para metodologias ativas de aprendizagem. Abaixo, confira a programação completa:

13h30 – Abertura

13h40 – Sustentabilidade no ensino de engenharia de forma transversal (Prof. Aldo Roberto Ometto)

– O uso de recursos de PBL para introdução de conceitos de mobilidade sustentável no ensino de engenharia (Prof. Antonio Nelson Rodrigues da Silva)

15h30 – Coffe break

16h00 – Uso de jogos e práticas para ensino de Gestão de Operações (Prof. Kleber Francisco Espôsto)

– Usando o sistema e-Disciplinas para metodologias ativas de aprendizagem (Prof. Sérgio Ricardo Muniz)

Este evento será o último workshop de uma série que tem como objetivo apresentar experiências práticas (como oficinas e planejamentos para a organização e implantação de novas diretrizes), que estão sendo desenvolvidas na EESC/USP.

Para participar do workshop, é necessária a confirmação de presença até nesta quinta-feira, 04, pelo telefone (16) 3373-9365 ou através do e-mail departamento.eletrica@eesc.usp.br.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de agosto de 2016

“10ª Feira USP e as Profissões”

Entre os dias 18 e 20 de agosto, o Parque de Ciência e Tecnologia (Parque CienTec) da USP sedia a 10ª Feira USP e as Profissões da capital, organizada pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da Universidade de São Paulo, uma iniciativa destinada aos estudantes do ensino médio e de cursos preparatórios para o vestibular. A entrada é gratuita, mas para controle de fluxo é sugerido que os interessados façam inscrição prévia no site da PRCEU.

No evento, os estudantes do ensino médio e de cursos preparatórios para o vestibular poderão esclarecer as dúvidas sobre os cerca de 300 cursos oferecidos pela USP e as diferenças entre eles, carreiras e profissões, a formação acadêmica, grade de disciplinas, especializações e mercado de trabalho. Além disso, os alunos poderão obter informações sobre a inscrição para o vestibular e os programas de apoio à permanência estudantil

O evento reunirá todas as Unidades de Ensino e Pesquisa da USP, organizadas em estandes pelas áreas de Ciências Biológicas, Exatas e Humanas, com o intuito de facilitar a visitação e a procura pelos cursos.

Além dos estandes, o evento oferece atividades interativas, shows e palestras, como por exemplo: o Planetário Digital que apresenta projeções do universo e das constelações; o grupo Química em Ação que utiliza o teatro e a filosofia para contar histórias de maneira didática e interativa; o Show da Física (programa Universitário por 1 Dia) que realiza experimentos curiosos e divertidos para estimular a formação de novos cientistas; a Célula Gigante que reproduz o interior de uma célula em uma estrutura de 40 metros cúbicos; a Barraca Boca que simula as partes da boca e demonstra algumas lesões com o intuito de conscientizar sobre o câncer de boca.

O pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da USP, Marcelo de Andrade Roméro, já destacou o caráter inclusivo da Feira, tendo salientado que o evento é considerado uma vitrine da USP, onde o público conhece o que é oferecido e produzido na Universidade, encontrando aí todas as informações para ingressar nesse universo.

O evento é totalmente gratuito e faz parte do Programa USP e as Profissões. A feira é realizada duas vezes por ano, sendo uma na capital e outra em um campus do interior, em esquema de rodízio. Em 2016, a edição do interior aconteceu no campus da USP em Pirassununga, no mês de maio, tendo reunido mais de 15 mil participantes. Já a 9ª Feira, realizada na capital, em 2015, recebeu a visita de cerca de 60 mil pessoas.

A Feira ocorre nos dias acima citados, das 9h às 17h, no Parque CienTec, localizado na Avenida Miguel Stéfano, 4.200 – Água Funda (vizinho ao Jardim Botânico e ao Jardim Zoológico), São Paulo.

Mais informações pelos telefones (11) 2648-0487 / 3091-3511 ou por e-mailuspprofi@usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de agosto de 2016

Atualização da produção científica do IFSC/USP

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em julho de 2016, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Physical Review Letters.

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Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

3 de agosto de 2016

Universidade disponibiliza aplicativos

A Universidade de São Paulo desenvolveu, ao longo do tempo, uma série de aplicativos oficiais que foram criados pelas equipes de desenvolvedores da USP, no sentido de prestar informações e serviços de forma mais célere à sua comunidade.

Disponíveis na App Store e no Google Play, os aplicativos da USP são desenvolvidos e mantidos por funcionários/docentes da Universidade, ou por empresas contratadas para este fim.

Para o usuário, o nome do desenvolvedor do aplicativo aparece como “Universidade de São Paulo”.

Têm suporte ao usuário prestado por funcionários/docentes da USP. O e-mail de contato fornecido ao usuário é sempre um email do domínio usp.br.

Por exemplo, o aplicativo Cardápio USP é dedicado à consulta dos cardápios semanais nos restaurantes universitários, enquanto o Bibliotecas USP disponibiliza, para consulta, todo o acervo da bibliotecas da Universidade de São Paulo direto no seu celular ou tablete.

Contudo, o nosso destaque vai para o App relativo ao Jornal da USP e Rádio USP. O Jornal da USP traz as principais notícias da Universidade de São Paulo, incluindo pesquisas científicas, acontecimentos culturais e acadêmicos, e o calendário de eventos nos vários campi da USP. Além disso, você também pode escutar a Rádio USP São Paulo e Ribeirão Preto.

Este App poderá ser baixado em:

http://www.app.usp.br/?page_id=78

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de agosto de 2016

Editais Aliança, Fórmula Santander e Autónoma de Madrid

A AUCANI acaba de lançar os editais abaixo mencionados, destinados aos alunos de graduação da USP, cujas inscrições deverão ser feitas exclusivamente via Internet, pelo SISTEMA MUNDUS.

O candidato deve verificar os critérios, requisitos, condições e demais prazos de cada edital. (Não é necessário fazer o login no sistema para consultar e se inscrever nos editais).

As dúvidas serão esclarecidas exclusivamente pelo canal Fale Conosco do Sistema Mundus – https://uspdigital.usp.br/mundus/faleConosco (Assunto Editais – Intercâmbio).

1. Aliança Acadêmica UBA-UNAM-USP (Edital nº 539/2016)

– inscrições de 1º de setembro até às 12h00 do dia 12 de setembro de 2016

– mobilidade no 1º semestre de 2017 na Universidad de Buenos Aires (Argentina) ou Universidad Nacional Autónoma de México (México), com bolsa Mérito do Programa de Bolsas de Intercâmbio Internacional para os Alunos de Graduação USP

2. Fórmula Santander (Edital nº 542/2016)

– inscrições até o dia 20 de setembro de 2016

– mobilidade no 1º semestre de 2017 em Universität Heidelberg (Alemanha), Fudan University (China) ou University of Leeds (Reino Unido), com bolsa Santander

3. Universidad Autónoma de Madrid (Edital nº 544/2016)

– inscrições de 29 de agosto até às 12h00 do dia 8 de setembro de 2016

– mobilidade no 1º semestre de 2017 na Universidad Autónoma de Madrid (Espanha), com auxílio oferecido pela UAM-Santander Espanha.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de agosto de 2016

Prof. Ricardo Galvão assume a direção do INPE

Até recentemente no comando da Sociedade Brasileira de Física inpe_edit(SBF) ao longo de duas gestões, o docente e pesquisador do Instituto de Física da USP (IF/USP), Prof. Ricardo Galvão, assumiu no início deste mês de agosto a direção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Durante suas gestões, o Prof. Galvão liderou a sociedade com o perfil equilibrado e meticuloso, tendo sido muitas as atividades lançadas e consolidadas durante esse período, enquanto no âmbito internacional, por exemplo, contribuiu para a consolidação de diversos projetos com a American Physical Society e Institute of Physics.

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Prof. Ricardo Galvão

A SBF esteve presente e deu voz aos apelos da comunidade em questões ligadas ao financiamento à pesquisa, ao ensino de física e a questões de direitos humanos.

Substituindo o Prof. Ricardo Galvão no comando da SBF, estará agora a credenciada Profa. Belita Koiller.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de agosto de 2016

UFGD: torneio de vídeos para alunos do ensino médio

A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) irá realizar a 1ª edição da Olimpíada Física em 1 minuto: Desafio em vídeos, uma ação será voltada a alunos do ensino médio, cujo desafio é eles elaborarem vídeos de no máximo 1 minuto sobre conceitos de Física. Os vídeos serão avaliados por uma comissão formada por docentes do Ensino Superior e da Educação Básica. O projeto tem por objetivo contribuir para a melhoria do ensino de ciências em escolas públicas e despertar o interesse de alunos para as carreiras científicas.

Poderão participar deste evento estudantes que estiverem regularmente matriculados em qualquer série do Ensino Médio de escolas públicas da cidade de Dourados e região. O vídeo deverá ser gravado individualmente, ou em dupla de estudantes da mesma escola e série, e não poderá ter apoio de nenhuma empresa ou profissional da área de comunicação. Os vídeos deverão abordar um ou mais conceitos de física e estar relacionados aos temas “Física na agricultura” ou “A luz e suas aplicações”.

Como participar

Para participar, um professor da escola deverá enviar um e-mail para fisica1minuto@gmail.com informando nome completo, nome dos integrantes do grupo, escola em que leciona e telefone para contato. Os vídeos deverão ser entregues à comissão organizadora até o dia 31 de agosto de 2016. Serão avaliados dois aspectos dos vídeos: conceitos físicos relacionados ao tema e material produzido. Todos os alunos deverão entregar uma autorização assinada pelo seu representante legal autorizando a participação. A autorização seguirá um modelo que será entregue pela comissão organizadora.

Os três melhores trabalhos de cada uma das séries do Ensino Médio serão premiados, além do melhor trabalho de cada escola participante, independente da série. A cerimônia de premiação será realizada no dia 17 de outubro de 2016, durante a abertura do “IV Encontro de Física do Centro-Oeste” http://www.efco.esy.es/

O evento é um projeto de extensão da área da Física da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia da UFGD, em parceria com o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sendo que a ideia deste projeto é decorrente da experiência da coordenadora do projeto, Ariane Baffa Lourenço, atualmente docente da UFGD e do Prof. Antonio Carlos Hernandes, atualmente pró-reitor de Graduação da Universidade de São Paulo e coordenador de difusão do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais, que no ano de 2005 criaram a Olimpíada de Matemática, Química e Física (OMQF). Os professores da UFGD, Andre Luis de Jesus Pereira e André Luiz Martinez, também fazem parte da comissão organizadora.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de agosto de 2016

Prioridades para o IFSC/USP

acessibilidade_250Ao longo dos últimos anos e principalmente na atual gestão, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) tem buscado sanar os problemas relacionados com as acessibilidades às suas infraestruturas, prevendo-se que até meados de 2018 os prédios da Unidade, localizados na Área – I do campus USP São Carlos, estejam devidamente enquadrados nesse processo. Recordamos, a propósito, que as obras de remodelação se fazem necessárias, já que os prédios da Área – I começaram a ser construídos há aproximadamente três ou quatro décadas, quando ainda não havia uma preocupação social e urbanística relativamente ao quesito das acessibilidades para todos os cidadãos.

Por seu turno, os prédios da Unidade construídos na Área – II do campus, não estão passando por reformas dessa natureza, já que foram elaborados e construídos ao abrigo de normas que priorizam a acessibilidade.

Pisos táteis, corrimãos sólidos e devidamente sinalizados, bem como conjuntos de elevadores e rampas, já fazem parte das infraestruturas pertencentes ao Instituto, indo, inclusivamente, ao encontro do que é exigido pela Promotoria Pública do Estado de São Paulo para que os prédios da Unidade sejam 100% acessíveis. Além das obras já executadas ao longo tempo, encontram-se em execução, neste momento, obras de construção de três novas rampas e um novo elevador.

Rampas para cadeirantes

No que diz respeito a rampas de acesso, atualmente estão sendo construídas duas: uma no Bloco G, em frente à Gráfica e ao Almoxarifado do IFSC/USP, e outra no Bloco E, que une o Grupo de Polímeros “Bernhard Gross” à área de vivência “Professor Horacio C. Panepucci”, no prédio dos Laboratórios de Ensino de Física – LEF/IFSC. Assim que a conclusão desta última for concluída, uma terceira rampa será feita próxima ao espaço dedicado aos funcionários terceirizados. “Nossa meta é que até o mês de outubro deste ano as três rampas fiquem prontas”, diz Mauricio Schiabel, chefe do Departamento Financeiro do Instituto de Física de São Carlos.

As obras correspondentes às três rampas custarão cerca de cinquenta mil reais, montante que será extraído do orçamento do próprio IFSC.

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Elevador e plataformas

Além das rampas, o IFSC/USP elaborou a planta para a construção de uma torre no Bloco F2, que abrigará o último elevador que fará parte da infraestrutura da Unidade, igualmente na Área – I do campus.

A licitação referente à construção da torre do elevador já está em andamento e Mauricio Schiabel explica que a primeira etapa desta obra corresponde apenas à construção da torre, já que cada elevador é adquirido sob medida – primeiro se constrói a torre, para, depois, comprar e instalar o elevador.

Mauricio prevê que o elevador fique instalado e operacional já em meados de 2018. “Com a conclusão das obras das rampas e do elevador, atenderemos todas as exigências legais e o Instituto se tornará cem por cento acessível”, pontua ele.

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O orçamento para a construção da torre e para a compra e instalação do elevador corresponde a aproximadamente duzentos e setenta mil reais, valor esse que será integralmente suportado pela Superintendência de Espaço Físico da Universidade de São Paulo (SEF/USP).

Além disso, também serão adquiridas duas plataformas elevatórias: uma será instalada no já citado espaço de vivência, enquanto a outra dará acesso ao auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”.

Cada uma das plataformas está orçada em R$ 25 mil, totalizando R$ 50 mil, que, em princípio, serão adquiridos com recursos da SEF/USP. Segundo Mauricio Schiabel, a expectativa é que ambas as plataformas também estejam instaladas em meados do ano de 2018.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de agosto de 2016

Evolução no tratamento de câncer com uso de luz

Em Curitiba (PR), um paciente diagnosticado com câncer de pele não melanoma (carcinoma basocelular) e trombocitopenia idiopática foi tratado – com sucesso – após receber a aplicação de Terapia Fotodinâmica (TFD), uma técnica utilizada para combater micro-organismos, através do uso de luz, associado ao oxigênio e a uma substância fotossensibilizadora (que se excita ao receber iluminação, em determinada intensidade).

cancer_de_pele_250O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele não melanoma mais frequente em nosso país, sendo o menos agressivo. Esse carcinoma geralmente acomete pessoas que têm mais de quarenta anos e que se expuseram bastante ao sol, sem a proteção adequada. Na maior parte dos casos, o carcinoma surge no nariz, na orelha e em outras partes da face, que geralmente são as áreas corpóreas mais expostas à luz solar.

Já a trombocitopenia idiopática é uma doença que provoca a diminuição de plaquetas no sangue. Essas plaquetas – ou trombócitos – são fundamentais para a regulação da coagulação sanguínea. O paciente citado acima tinha uma quantidade menor de trombócitos, o que causava excesso de sangue no carcinoma que havia surgido no lado direito de seu nariz. Pelo fato do organismo desse paciente não conseguir estancar o sangue corretamente, a cirurgia necessária para tratar seu câncer se tornou inviável, já que, durante o procedimento cirúrgico, uma má coagulação sanguínea poderia causar uma hemorragia, ou seja, a perda excessiva de sangue.

Diante dessa situação, a Dra. Margarete Furusho, da Fundação Pró-Hansen (Curitiba), testou a Terapia Fotodinâmica no paciente, tendo obtido resultado positivo no tratamento. Para isso, a Dra. Margarete aplicou um pró-fármaco, no carcinoma do indivíduo. Durante três horas, o medicamento penetrou nas células cancerígenas, estimulando o organismo a produzir uma substância chamada Protoporfirina IX que, ao ter sido estimulada por um LED, oxidou as células doentes do paciente, tratando-lhe.

O equipamento que contém o LED foi adquirido através da empresa MMOptics. O pró-fármaco, cujo processo de aprovação pela ANVISA está em andamento, foi desenvolvido pela PDTPharma, em parceria com pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que também elaboraram e desenvolveram o equipamento com LED. Tanto o desenvolvimento do aparelho como do pró-fármaco receberam investimentos do Banco Nacional do Desenvolvimento – BNDES e da Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP.

Os pesquisadores do Grupo de Óptica, Ana Paula Silva, Kate Blanco e Natalia Inada, juntamente com o Prof. Dr. Vanderlei Bagnato (IFSC/USP), já treinaram dermatologistas em cerca de cem centros – incluindo doze países da América Latina, como, por exemplo, Equador, Chile e Colômbia -, com o intuito de tornar a aplicação da TFD com o pró-fármaco um procedimento regular em hospitais. “A equipe da USP ia até as clínicas e treinava os médicos que, depois, testavam o equipamento e o medicamento. Em seguida, os médicos nos enviavam relatórios, descrevendo as aplicações”, explica Kate Blanco.

Mais de 1500 pacientes receberam esse tratamento. Os centros hospitalares que passaram pelo treinamento fazem parte do Programa TFD Brasil, criado a partir do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (CEPID’s/FAPESP).

Segundo a pesquisadora Ana Paula da Silva, o protocolo do treinamento do Programa compreendia apenas indivíduos que tinham esse tipo de câncer. Portanto, o caso do paciente relatado acima, que tinha trombocitopenia idiopática, não fazia parte do protocolo de testes, embora tenha rendido resultados animadores aos pesquisadores. “Através desse caso, observamos que é possível tratar o câncer de pele não melanoma em pacientes que têm trombocitopenia. Agora, cabe ao médico decidir em quais casos ele pode aplicar o tratamento”, diz Ana Paula, acrescentando que os pesquisadores do IFSC/USP têm feito melhorias no equipamento de LED, de modo a testar a eficácia do tratamento em outras lesões e em carcinomas de diferentes tamanhos.

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Ana Paula e Kate

Um artigo sobre o caso descrito nesta reportagem foi publicado em abril último na revista científica Dermatology. Para acessá-lo na íntegra, clique AQUI.

*Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatas deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de agosto de 2016

Maravilhas e mitos dos vidros

O Prof. Edgar Dutra Zanotto, docente e pesquisador do Departamento de vidros300Engenharia de Materiais – DEMa – Centro de Ensino, Pesquisa e Tecnologia de Materiais Vítreos (CeRTEV, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), será o palestrante convidado de mais uma edição do programa Ciência às 19 Horas, que ocorrerá no próximo dia 23 de agosto, pelas 19 horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP).

Subordinada ao tema Vidro: 6000 anos de maravilhas e mitos, a apresentação de Zanotto explicará, por exemplo, se os vidros de catedrais medievais escorrem, ou se é possível quebrar um vidro “no grito”.

O palestrante descreverá, ainda, como o vidro foi descoberto há cerca de 6.000 anos, ilustrando como eles são produzidos e as suas principais propriedades físico-químicas, mostrando, na sequência, algumas aplicações conhecidas, como o Gorilla glass dos telefones celulares, e outras não convencionais, como vidros para uso em medicina e odontologia, vidros que absorvem calor, vidros para visão noturna e vidros para tacos de golfe!

No final, o palestrante desvendará as causas das imagens sacras que apareceram misteriosamente numa janela de vidro em Ferraz de Vasconcelos, SP, e vídeos (em Inglês) sobre o famoso tenor italiano Enrico Caruso e a cantora norte-americana Ella Fitzgerald, que quebravam vidros de janelas e taças de vinho com a própria voz!

O programa Ciência às 19 horas é organizado pelo IFSC/USP, tem entrada livre e gratuita e é aberto à sociedade.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de julho de 2016

IFSCquinho traz crianças ao Instituto

O doutorando do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Celso Ricardo Caldeira Rego, decidiu incluir em sua vida acadêmica uma importante prática: a divulgação científica.

Contando com o apoio de seu orientador, o docente Luiz Nunes de Oliveira, Celso criou o projeto “IFSCquinho”, no qual crianças na faixa etária de 5 a 6 anos de idade são convidadas a vir até o Instituto para ser plateia e, ao mesmo tempo, participar ativamente de experimentos de física. “A ideia do projeto foi dar um upgrade no Universitário por Um dia [1Dia], no qual alunos do ensino médio se cadastram para vir até a universidade. O IFSCquinho mira outra faixa etária”, explica Celso.

Em sua primeira edição, realizada na manha do último dia 27, dezenas de crianças da CEMEI “Aracy Leite Pereira Lopes” estiveram no IFSC acompanhadas por seus professores, e puderam ver de perto experimentos relacionados a fenômenos mecânicos, ondulatórios e termodinâmicos. E tiveram momentos de aprendizado de uma maneira bem divertida.

A escolha de Celso por essa faixa etária é simples: explorar o interesse que crianças dessa idade possuem, inclusive pela ciência. “Alunos do ensino médio já vêm até aqui com um interesse: conhecer os cursos e suas perspectivas no mercado de trabalho. As crianças vêm despidas desse interesse, guiadas unicamente por sua curiosidade natural”, explica Celso. “Fazer as pessoas gostarem de algo quando ainda são crianças é muito mais viável futuramente do que desenvolver esse gosto depois que ela já tem mais idade”.

Mesmo que o IFSCquinho não tenha conexão com sua pesquisa de doutorado, Celso afirma que sempre quis de ter essa experiência de divulgação científica ainda durante a pós-graduação. “Não temos esse tipo de formação na graduação, voltada para divulgação científica. Fiquei muito feliz com essa oportunidade, e tive o apoio de muitas pessoas para isso*”, conta.

Ele ficou extremamente satisfeito com o primeiro encontro do IFSCquinho, destacando como foi evidente notar o conhecimento intuitivo das crianças. “Eles me falaram sobre a ‘Conservação de Momento Linear’ de uma maneira espontânea, sem ter qualquer conhecimento prévio sobre isso, o que me impressionou muito! É claro que eles não falaram em uma linguagem mais científica, mas, dentro do repertório que eles têm, conseguiram externar a ideia essencial desse conceito”, conta Celso.

Com o sucesso da primeira edição, Celso diz que planeja realizar pelo menos mais dois ou três encontros. “As crianças do primeiro encontro eram muito comunicativas e quiseram participar de todos os experimentos. Com base nessa primeira experiência, que foi muito positiva, eu mesmo pude aprender algumas coisas e, se tiver apoio, quero fazer mais encontros”, finaliza.

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*Para a realização do IFSCquinho, Celso contou com a colaboração dos doutorandos do IFSC, Krissia Zawadzki, Simone Marrochi e Luiz Henrique Guessi, e com a monitora da Sala do Conhecimento, Letícia Pradela.

Imagem: alunos da CEMEI durante experimento na Sala do Conhecimento

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

29 de julho de 2016

Descobrindo novos fármacos

Quando tomamos um medicamento em forma de comprimido ou cápsula, devidamente receitado por um médico, em princípio confiamos na eficácia do mesmo. Ou seja, esperamos que esse remédio faça um efeito rápido. Contudo, nem sempre é assim, já que, dependendo da doença, os efeitos benéficos do remédio receitado podem demorar a aparecer.

farmacos_250Mas, o que explica essa demora? Será que, eventualmente, o médico se engana na indicação de determinado medicamento ou em sua dosagem? Com certeza, essa é uma hipótese remota, pois, certamente, um médico sabe o que faz e o que receita a um paciente. Mas, então, por que alguns medicamentos não oferecem efeitos imediatos, enquanto outros oferecem uma quantidade enorme de efeitos colaterais?

Nos laboratórios do Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Prof. Dr. Javier Ellena dedica-se ao estudo e desenvolvimento de novos fármacos. Ele explica que geralmente os medicamentos são ingeridos em forma sólida, sendo que parte desses fármacos não é de fácil absorção e dissolução pelo organismo. Além disso, nem todas as formulações do mesmo medicamento, que são comercializadas por diferentes empresas, têm o mesmo comportamento no organismo.

Portanto, um remédio que é muito bom para um indivíduo, pode não ser tão eficaz para outra pessoa. E é por isso que muitos médicos alteram a receita de alguns fármacos, substituindo, por vezes, remédios genéricos por medicamentos de referência, que têm preços mais altos e que provocam efeitos benéficos com mais rapidez. Embora essa alteração possa ter um resultado positivo, Javier ressalta que é importante lembrar que uma constante mudança na indicação de fármacos pode ser prejudicial à saúde de um paciente.

Controle de qualidade de fármacos no Brasil

O controle de qualidade dos fármacos no nosso país, segundo Javier, tem melhorado, principalmente, no que se refere à análise dos insumos farmacêuticos que chegam ao território nacional em forma de pós e que, posteriormente, são trabalhados pelas indústrias farmacêuticas. Grande parte dessas substâncias é produzida em países como China e Índia.

De acordo com o docente, hoje o Brasil não tem capacidade de produzir e exportar os seus próprios insumos, tal como a Índia faz, só para mencionar um exemplo. Isso porque ela exporta os citados pós a um custo muito baixo. Mas, embora o preço seja atrativo, a qualidade dos insumos é baixa, e, além disso, muitos insumos que não passam pelo controle de qualidade são disponibilizados às farmácias de manipulação.

Para Javier, se o Brasil tivesse uma política mais agressiva referente à produção de fármacos, seria possível substituir insumos e medicamentos importados por produtos nacionais, o que baratearia o custo da medicina brasileira e poderia, inclusive, destacar o país no mercado externo. Para o docente, estabelecer esse tipo de política é de extrema importância, tendo em vista que a área de exportação de insumos é extremamente estratégica, porque, se países como China ou Índia pararem de produzi-los ou fecharem o mercado de exportação por alguma razão – como, por exemplo, devido a uma guerra -, o Brasil poderá ficar sem medicamentos.

Afinal, como se cria um fármaco?

Para criar um remédio que possa tratar uma doença, como, por exemplo, Alzheimer ou o câncer, é necessário identificar uma enzima ou proteína que esteja relacionada ao surgimento da patologia. Uma vez identificada a substância que provoca a doença, inicia-se a busca por um inibidor, ou seja, alguma molécula que iniba a ação da enzima ou proteína, interrompendo a expansão da enfermidade. Contudo, não basta descobrir a molécula correta, já que para que ela funcione é necessário liberá-la no fluxo sanguíneo, de modo que ela interaja com o alvo da doença (enzima ou proteína).

Mas, obviamente, todo esse trabalho não é fácil. Javier Ellena destaca que há obstáculos para produzir fármacos que tenham ação estável, efetiva, e moléculas de fácil dissolução, bem como para combinar medicamentos. Isso traz novas expectativas para a área de engenharia de cristais. Criada há cerca de dez anos, essa área compreende a modificação de materiais a nível molecular, de modo a desenhar, desenvolver e funcionalizar substâncias para que ajam de maneira específica – ela inclui tanto o desenvolvimento de fármacos como o armazenamento de energia e contaminação ambiental, por exemplo.

Novos fármacos

O pesquisador do IFSC/USP também explica que a engenharia de cristais representa uma oportunidade para desenvolver medicamentos de forma mais sustentável – hoje ainda se utilizam substâncias químicas que agridem o meio ambiente – e torná-los acessíveis a todas as camadas sociais. Nesse sentido, Javier e seu grupo de pesquisa têm estudado medicamentos para a solução de doenças de grande impacto no país, incluindo AIDS, tuberculose, depressão e câncer.

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Prof. Javier Ellena

O grupo de pesquisa de Javier Ellena, por exemplo, já conseguiu desenhar novas formas sólidas de antirretrovirais para o HIV (AIDS), com o objetivo de torná-los medicamentos mais seguros e de baixo custo. Mais do que isso, seu grupo têm desenvolvido um medicamento, integrado por dois fármacos utilizados no tratamento de infecções causadas por fungos e de alguns tipos de câncer – cólon, esôfago, estômago, reto, seio, cabeça, pescoço, pâncreas, dentre outros. O objetivo dessa pesquisa é juntar esses dois medicamentos que já existem, de modo a melhorar suas formulações, facilitar a ação de ambos os remédios no organismo humano, diminuir os efeitos colaterais e, inclusive, diminuir ou substituir o processo de quimioterapia por tratamentos baseados em fármacos.

Uma série de estudos ainda deverá ser realizada até que essa pesquisa seja concluída, sendo que a expectativa do Prof. Javier é que esse fármaco designado “2 em 1” chegue ao mercado daqui a aproximadamente dez anos.

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatas deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de julho de 2016

Alunos do IFSC/USP colam grau

tj300O IFSC/USP organizou no dia 27 de julho a colação de grau de 09 alunos pertencentes aos cursos de Física, Física Computacional, Ciências Físicas e Biomoleculares e Licenciatura em Ciências Exatas, em cerimônia presidida pelo diretor da Unidade, Prof. Dr. Tito José Bonagamba, e com a participação de amigos e familiares dos formandos.

Em sua intervenção, o diretor do IFSC/USP traçou um histórico resumido da Unidade e salientou a importância dos alunos do IFSC/USP terem concluído com êxito sua formação, tendo em vista não só o eventual prosseguimento de seus estudos, na Unidade, rumo aos respectivos mestrados e doutorados, como também, a eventual opção de alguns deles pelo setor produtivo nacional e internacional, já que a formação do físico abrange um leque vasto de possibilidades em um mercado de trabalho com mão de obra altamente especializada, com grande procura em inúmeros setores.

Colaram grau os seguintes alunos:

Iago Israel (Curso de Física – Habilitação Teórico-Experimental);

José Guilherme Lício (Curso de Física – Habilitação Teórico-Experimental);

Lídia Tomoko Aparecida Sawakuchi (Curso de Física – Habilitação Teórico-Experimental);

Murilo do Nascimento Luiz (Curso de Física – Habilitação Teórico-Experimental);

Alfredo Antonio A. Exposito de Queiroz (Curso de Física Computacional);

Felipe Curtolo (Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares);

Felipe Rodolfo Camargo dos Santos (Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares);

Fernanda Lenita Ribeiro (Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares);

Rafael Campêlo (Curso de Licenciatura em Ciências Exatas – Habilitação em Física);

Clique AQUI para acessar o álbum de fotos do evento.

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de julho de 2016

16 profissões em que os paulistas ganham (bem) mais

A remuneração praticada para algumas profissões em São Paulo é consideravelmente maior do que em outros estados brasileiros.

Os físicos paulistas, por exemplo, embolsam quase 3 mil reais a mais do que seus pares no resto do país, enquanto que no caso de médicos e agrônomos, a diferença chega a cerca de 2 mil reais mensais.

Os dados foram extraídos do Salariômetro, ferramenta desenvolvida pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que traz a média dos salários iniciais no Brasil com base na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), elaborada pelo Ministério do Trabalho.

Segundo Hélio Zylberstajn, coordenador do Salariômetro e professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), os salários mais altos em São Paulo se explicam em parte pelo grau de desenvolvimento econômico do estado, o mais rico da União.

Por outro lado, a remuneração também reflete o custo de vida em cada localidade, já que, como é mais caro viver em São Paulo, os salários precisam acompanhar isso; contudo, embora os valores sejam mais altos, isso não se traduz necessariamente em poder aquisitivo.

Um estudo realizado por Zylberstajn e sua equipe mostra que, de 2004 para cá, a disparidade salarial aumentou, diminuiu ou se manteve estável dependendo da profissão, sem tendências muito definidas.

Para arquitetos e estatísticos, por exemplo, a diferença cresceu, ao passo que os valores se aproximaram no caso dos físicos e engenheiros ambientais. Embora se esperasse que a distância entre São Paulo e o resto do país se reduziria graças à descentralização crescente da economia brasileira, os dados mostram que essa tendência não é sempre verificável, provavelmente graças a dinâmicas particulares de cada mercado de trabalho.

(Fonte: Exame)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de julho de 2016

A saúde financeira da USP

USP_LOGO_MODERNOA Coordenadoria de Administração Geral da Universidade de São Paulo (CODAGE/USP) publicou no decurso deste mês de julho o seu informativo nº 8, que apresenta os índices de arrecadação do ICMS, em 2016.

Na citada publicação, é mostrado, ainda, o comprometimento dos repasses financeiros relativos com a folha de pagamentos da Universidade referente ao corrente ano.

Para acessar o boletim da CODAGE, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de julho de 2016

FAPESP investe R$ 2 milhões em projeto do IFSC/USP

Um projeto temático sobre Astrofísica de Partículas, liderado por docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), foi aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), recebendo um aporte de aproximadamente R$ 2 milhões. O auxílio tem como objetivo apoiar propostas de pesquisas com ideias “suficientemente ousadas”, que podem ter a duração de até cinco anos.

crdito_-_CTA-Observatory_250O projeto em questão, que compreende parte da construção do observatório Cherenkov Telescope Array (CTA) e um trabalho de divulgação científica em São Carlos, é liderado pelos docentes do IFSC/USP, Profs. Drs. Luiz Vitor de Souza Filho, Manuela Vecchi e Cibelle Celestino Silva, sendo integrado também por outros sete docentes, oriundos de diferentes instituições de ensino e pesquisa do país, incluindo o Instituto de Física da USP (IF/USP), a Escola de Engenharia de Lorena da USP (EEL/USP), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (IFT/UNESP).

Buscando entender o Universo

Este projeto, válido durante cinco anos, tem como um de seus objetivos a construção de parte dos telescópios do CTA no Brasil, bem como a exploração dos dados coletados no observatório por pesquisadores brasileiros. Integrado por mais de mil cientistas, oriundos de vinte e sete países, o CTA será constituído por telescópios instalados em dois sítios, sediados no Chile e nas Ilhas Canárias (Espanha), tendo como intuito medir raios gamas vindos do espaço, para o estudo de diversos mistérios de nosso Universo (matéria escura, quebra de invariância de Lorentz, radiações de fundo, aceleração e propagação de raios cósmicos, galáxias ativas, entre muitas outras), podendo, talvez, fornecer respostas capazes de alterar muito do que se tem como verdade na área de Astrofísica. O Observatório, que deverá atuar durante cerca de vinte anos, será construído por uma centena de telescópios de três tipos: quatro grandes (24 metros), vinte e cinco médios (12 metros) e outras dezenas de telescópios pequenos (6 metros).

Este é o terceiro projeto com participação de docentes do IFSC aprovado pela FAPESP, no âmbito do CTA. Desde 2010, pesquisadores do IFSC/USP têm trabalhado em conjunto com a empresa brasileira Orbital Engenharia, que construiu o “braço” de aço que sustenta a câmera do telescópio de porte médio. Pesando cerca de setenta toneladas, esse telescópio é formado por uma torre de sustentação, espelhos refletores e pelo “braço”. “Fizemos o ‘braço’ de um protótipo [confira o vídeo AQUI], que foi enviado para Berlim, na Alemanha, onde passou por testes, tendo sido aprovado. Agora, com este novo projeto aprovado pela FAPESP, solicitamos a elaboração de uma versão modificada e finalizada do “braço” e a produção de outras duas estruturas”, explica o Prof. Luiz Vitor.

A construção do sítio nas Ilhas Canárias já teve início. A expectativa é que, no início de 2018, o sítio no Chile comece a ser construído. Embora a conclusão das obras esteja prevista para meados de 2021, as pesquisas terão início a partir do momento em que o primeiro telescópio estiver montado em um dos sítios – espera-se que, no final de 2017, já haja um telescópio em operação nas Ilhas Canárias. “Apesar da crise e dos cortes financeiros sofridos por vários países, o CTA tem recebido apoio das instituições, estando muito bem colocado no cenário internacional de financiamento e de interesse da comunidade científica”, pontua Luiz Vitor, destacando que os cientistas envolvidos no CTA já estão em ação, pesquisando as melhores maneiras de extrair as futuras informações.

Divulgação de Astrofísica de Partículas em São Carlos

Além da participação dos pesquisadores brasileiros na construção dos “braços” dos telescópios e na análise dos dados obtidos através dos telescópios do CTA, o projeto compreende o estabelecimento de um trabalho de divulgação científica em Astrofísica de Partículas, no Observatório “Dietrich Schiel”, do Centro de Divulgação Científica e Cultural (ODS/CDCC), em São Carlos. Sob a coordenação da Profa. Cibelle, o projeto de divulgação deverá ser lançado em 2017, envolvendo ferramentas modernas audiovisuais, que farão parte de um roteiro focado na interatividade com os visitantes.

Com o citado aporte, os pesquisadores pretendem adquirir um detector de raios cósmicos (câmera de faíscas) que deverá ser o grande destaque da divulgação: o equipamento compacto, que mede pouco mais de meio metro de largura e altura, detecta partículas que vêm do espaço e as revela a partir do disparo de faíscas. “Não dá para fazer ciência com o equipamento, porque é um material de divulgação. Mas é bem interessante, porque ele permite ver algo que não se enxerga a olho nu”, diz Luiz Vitor.

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O docente explica que a Astrofísica de Partículas, que antigamente era chamada de raios cósmicos, é uma área muito interessante de se explorar no âmbito da divulgação científica. Isso porque, segundo ele, essa vertente teve um papel fundamental na construção da física no Brasil, tendo sido estudada por grandes nomes da ciência brasileira, inclusive, pelo falecido Prof. Bernhard Gross, docente alemão que se radicou no Brasil, tendo trabalhado no IFSC e “emprestado” seu nome ao Grupo de Polímeros do Instituto de Física de São Carlos.

Luiz Vitor desenvolveu Iniciação Científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado na área de Astrofísica de Partículas. Com vinte anos de experiência nesse campo, ele admira a evolução – ou a transição de fase, como prefere chamar – das técnicas de pesquisa em Astrofísica, que antigamente era baseada em especulações, em razão da dificuldade que havia em medir fenômenos e analisar informações espaciais. “Em vinte anos, passamos de uma fase de especulação para uma fase de ciência de precisão. Então, hoje, já não existem grandes discrepâncias entre os observatórios”.

No IFSC/USP, os estudos na área de Astrofísica de Partículas se iniciaram com a contratação do Prof. Luiz Vitor, em 2008, e, mais recentemente, se fortaleceram com a vinda da Profa. Manuela, que atua no Instituto há dois anos. Embora ambos tenham desenvolvido projetos individuais com sucesso, este projeto temático é a primeira iniciativa de grande porte, liderada por docentes do Instituto, que envolve pesquisadores de outras instituições de ensino e pesquisa nacionais.

Para o docente, a aprovação deste projeto representa não só mais um passo para a consolidação de um grupo de Astrofísica de Partículas na Unidade, mas também o reconhecimento dos esforços que têm sido feitos nela. Isso porque, segundo Luiz Vitor, a cooperação do Instituto com o desenvolvimento de estudos nessa área já se tornou uma história de apoio institucional de sucesso, tendo sido coroada com os já citados recursos.

(Ilustração 1: representação de um dos sítios do Observatório / Créditos: CTA)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de julho de 2016

Brasil no cenário internacional

Subordinada ao título Medição do Impacto Interdisciplinar: o Brasil no CHRISTIANE_BARRANGUET-300cenário internacional, decorreu no dia 26 de julho, pelas 14 horas, na Sala F-210 (IFSC/USP), uma palestra com a presença de Christiane Barranguet, Diretora de Publicações para a Ciência dos Materiais, um grupo da renomada empresa Elsevier, composto por seis editoras que gerenciam mais de cinquenta revistas internacionais desta área do conhecimento.

Christiane Barranguet completou PHD em oceanografia em Marselha (França) e ocupou diversos cargos relevantes, nomeadamente, no Instituto de Ecologia da Holanda, no Royal Netherlands Institute for Sea Investigation, e na Universidade de Amsterdam.

Em 2004, ela ingressou na Elsevier para reposicionar a política de publicação e gerenciar as principais revistas científicas internacionais de pesquisas sobre a água na citada empresa.

Barranguet desenvolveu soluções de informação em torno da investigação da água e de tecnologias relacionadas, tendo apresentado inúmeras conferências científicas e novos produtos, tendo desenvolvido, em simultâneo, trabalhos de cooperação com diversas ONG’s internacionais.

Antes de ingressar na ciência dos materiais, Christiane Barranguet foi diretora de publicação do grupo Ciências da Computação, igualmente na Elsevier.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de julho de 2016

A derrocada pós-Brexit: buscando uma luz no fundo do túnel

Os pesquisadores britânicos estão bastante apreensivos quanto aos rumos da ciência, após o plebiscito favorável à saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Com a saída do Reino Unido do bloco europeu, a primeira consequência será a ruptura faseada das inúmeras parcerias e colaborações científicas mantidas com inúmeros países do bloco, bem como a suspensão definitiva de programas de apoio à pesquisa e inovação, que têm carreado para o Reino Unido bilhões de euros ao longo dos anos, já para não falar nas dificuldades que se avizinham no que diz respeito à livre circulação de cientistas e de alunos, principalmente de pós-graduação, um ponto importante em ambas as políticas – UE e UK.

Já no capítulo dedicado à academia, o Reino Unido também se prepara para uma verdadeira tormenta, atendendo a que cerca de 20% dos recursos disponíveis nas suas principais universidades vêm do bloco europeu.

Embora a saída do Reino Unido do bloco europeu seja considerado um duro golpe para este último, o certo é que tudo indica que as principais dificuldades se abatam sobre a ilha, cujos responsáveis pelas áreas de educação e ciência começam já a repensar como serão os cenários daqui em diante e quais as interligações que poderão ser feitas entre a área produtiva e as universidades, para que o choque não seja tão forte.

Sobre este tema, disponibilizamos dois links que merecem especial atenção: o primeiro, diz respeito a uma recente publicação na REVISTA FAPESP, e o segundo enfatiza um artigo da TIMES HIGHER EDUCATION – THE WORLD UNIVERSITY RANKINGS.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP