Notícias

25 de outubro de 2016

IFSC participa com estande na Praça XV de Novembro

No último domingo, 23 de outubro, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) participou da iniciativa alusiva à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – 2016, através de uma tenda montada na Praça XV de Novembro, que abrigou um estande com o intuito de divulgar as atividades da Unidade, tendo demonstrado alguns experimentos de física.

Recordamos que a SNCT-2016 promoveu diversos eventos em várias regiões do Brasil, entre os dias 17 e 23 de outubro, com o tema Ciência Alimentando o Brasil, sendo que a tenda montada na Praça XV de Novembro abrigou outras unidades do campus, tendo sido uma iniciativa do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão do Campus USP São Carlos e do Centro de Divulgação Científica e Cultural – CDCC/USP.

Aqueles que visitaram o estande do IFSC/USP puderam conferir dois experimentos que têm aplicações tecnológicas: um freio magnético, que é muito utilizado em carros de Fórmula 1, e um giroscópio, que é fundamental para a pilotagem – com ele, é possível definir, por exemplo, a inclinação de um avião.

Para o educador do IFSC/USP, Herbert Alexandre João, o fato de os institutos saírem do ambiente universitário e irem à Praça quebra uma barreira que há entre a universidade e a população. “Muitas vezes, os eventos realizados na universidade são gratuitos e, mesmo assim, contam com pouca participação da sociedade. Talvez isso aconteça pelo fato de muitos acreditarem que a universidade é elitista e para poucos. Então, o objetivo de trazer uma tenda para a Praça é mostrar que a universidade é feita por todos e para todos”.

herbert_500

Herbert (o primeiro à direita) ao lado de integrantes do estande do IFSC/USP

Há vinte anos em São Carlos, o professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), José Antônio (46 anos), sempre leva o filho, Vinícius Marchetti (10 anos), para visitar os eventos que a USP realiza na Praça XV de Novembro. Neste ano não foi diferente. Atento às explicações dadas pelos integrantes do estande do IFSC, o que mais atraiu a atenção de Vinícius durante o evento foi um tabuleiro de xadrez instalado no centro da tenda. O tamanho das peças, bem como da base do tabuleiro, era maior que o tradicional.

Apaixonado por computação e informática, aos dez anos ele já admira “tudo” em ciências, principalmente, química. “Eu sempre gostei de química… Você pode fazer vários experimentos… Várias coisas diferentes”, comentou Vinícius, tímido.

vinicius_e_jose_500

Vinícius e seu pai, José Antônio

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de outubro de 2016

“Highly Cited Papers” dos docentes e funcionários

highly-150O Essential Science Indicators é um dos produtos de citação pertencente à Thomson Reuters, que identifica os artigos considerados “Interessantes” e os “artigos mais citados”.

O Serviço de Biblioteca e Informação de nossa Unidade (SBI/IFSC) convida toda comunidade do IFSC/USP para conferir a exposição organizada com os Highly Cited Papers dos docentes e funcionários do Instituto indicados pela Web of Science no bimestre de maio/junho do corrente ano.

Vale a pena a visita!

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de outubro de 2016

I Encontro de Gêmeos na USP

A Rede de Pesquisa do Comportamento de Gêmeos realiza no próximo dia 11 de novembro, a partir das 13h30, no Anfiteatro Altino Antunes – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – Cidade Universitária – São Paulo, o I Encontro de Gêmeos na USP e o II Encontro do Sindicato dos Gêmeos, eventos que têm o intuito de promover debates sobre pesquisas relativas ao comportamento de gêmeos.

Participarão nesta jornada pesquisadores brasileiros da área da Saúde.

O evento é gratuito.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de outubro de 2016

Os sistemas quânticos e as grandezas físicas que lhes descrevem

No Colloquium diei que ocorreu em 21 de outubro, no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Profa. Irene D’Amico, da Universidade de York (Reino Unido), apresentou a palestra Metric Space Approach to Quantum Mechanics.

Os estados quânticos, suas propriedades e dinâmicas são aspectos fundamentais para o entendimento do mundo quântico. O tema tem recebido mais atenção com o aumento das tecnologias quânticas. Tais sistemas são importantes para descrever pequenas quantidades de matéria, como, por IRENE_250exemplo, moléculas, átomos e íons. Tanto os sistemas quânticos como a mecânica quântica – teoria que lhes descreve – estão entre os pilares da física moderna.

No citado colóquio, a Profa. Irene discorreu a respeito de estudos que tem desenvolvido no âmbito dos sistemas quânticos, tendo, inclusive, apresentado resultados inéditos de suas pesquisas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de outubro de 2016

Professores indígenas visitam o IFSC

Ao longo do dia 18 de outubro, cerca de vinte professores indígenas, oriundos das aldeias Guara PROFESSORES_1_250Pepó e Krukutu, localizadas no estado de São Paulo, visitaram o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) onde, entre outras atividades, participaram do tradicional Show da Física que decorreu na Sala do Conhecimento do IFSC.

Cansados de uma viagem de ônibus que durou aproximadamente seis horas, os visitantes não esconderam sua curiosidade em conhecer todos os recantos do Instituto de Física de São Carlos, embora a natural timidez por estarem em um ambiente diferente do seu fosse bastante visível. O silêncio foi quase sempre uma constante durante os primeiros momentos de sua visita, mas, aos poucos, os docentes foram se integrando ao ambiente, à rotina e às características próprias da Unidade.

Geralmente apresentado durante o projeto Universitário por Um Dia (1Dia), que recebe alunos do ensino médio para visitas no Instituto, o Show de Física foi certamente um dos momentos mais altos desta visita, com o educador da Unidade, Herbert Alexandre João, a demonstrar de forma interativa e descontraída, alguns experimentos relacionados à física. Sua habilidade na comunicação contribuiu muito para que os visitantes, paulatinamente, começassem a se sentir num ambiente amigo.

TITO_1_500

Após a demonstração, os visitantes assistiram a uma apresentação sobre as atividades de ensino, pesquisa e extensão do IFSC/USP e conversaram com o Diretor do Instituto, Prof. Dr. Tito José Bonagamba. “Nós observamos que as atividades do Universitário por Um Dia envolviam todas as classes sociais que pautam sua presença nas escolas públicas. Porém, notamos que ainda não tínhamos tido contato com jovens das aldeias indígenas brasileiras”, disse o Prof. Bonagamba, ao explicar o interesse em atrair ao IFSC/USP alunos e educadores das tribos indígenas existentes no estado de São Paulo, exatamente através do 1Dia. E a preocupação do diretor da Unidade, compartilhada pelo corpo docente, é que muitos professores das escolas indígenas não têm formação superior. “Por isso que, numa primeira interação com a Diretoria de Ensino de São Paulo, entendemos que o primeiro contato com as comunidades das aldeias, via Universitário por Um Dia, deveria ser com esses jovens, que são figuras importantíssimas dentro do processo de formação dos indígenas, para que pudéssemos criar um canal de contato com essas aldeias, da mesma forma como mantemos com escolas públicas. Afinal, as escolas indígenas também são públicas”, complementou.

TERESA_500

A Professora Coordenadora de Núcleo Pedagógico de Geografia da Diretoria de Ensino – Região Sul 3 (São Paulo) e responsável pela educação escolar indígena, Teresa Regina Azevedo, foi quem contatou os professores de ambas as aldeias para que viessem ao Instituto de Física de São Carlos. Para ela, todos os aspectos da visita foram positivos: “Pude perceber que, assim como nós da Diretoria de Ensino, os professores indígenas adoraram todo o conhecimento adquirido durante a visita”, disse ela, cuja expectativa é que essa vinda ao Instituto tenha contribuído para que os professores de ambas as aldeias consigam desenvolver uma formação de nível superior, já que grande parte deles concluiu apenas o ensino médio.

CLAUDIO_500

Claudio Vera tem 35 anos e há seis dá aulas de artes e educação física para 60 crianças na escola da aldeia de Krukutu. À Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, ele elogiou os experimentos demonstrados durante o Show da Física. “Isso foi importante, porque vivemos numa comunidade onde não há acesso ao conhecimento produzido pelo homem branco”. Ele explicou que as crianças que vivem na aldeia Krukutu – composta por cerca de 350 pessoas – são “livres”. Ou seja, estão acostumadas a nadar, a caminhar pela região de sua tribo, a fazer traçados, pintura corporal… Essa liberdade, segundo Claudio, demanda um esforço ainda maior dos professores, que tentam atraí-las para a sala de aula.

KEREXU_500

Kerexu Mirin, de vinte anos, também vive na Krukutu e dá aulas há dois anos. Hoje, ela é professora de aproximadamente 40 alunos de sua aldeia. Ela explicou que há escolas municipais que levam as crianças da aldeia para nadar e montar armadilhas. Por isso, quando muitas crianças indígenas ingressam numa escola estadual, elas pensam que a dinâmica é semelhante, embora não seja, já que nas escolas estaduais elas devem acompanhar as disciplinas em sala de aula. Em razão do pai Olivio Jekupe (53 anos), escritor de poesias e de contos infantis que já participou de várias palestras e inclusive viajou à Itália, ela já imaginava o ambiente urbano que encontraria em São Carlos. “Mas não imaginava que a visita seria tão divertida”, confessou ela, se referindo ao modo como Herbert demonstrou os experimentos de física. Kerexu sempre teve o desejo de fazer faculdade, mas nunca o fez por sentir dificuldades de sair de sua aldeia. “Quando tinha dez anos, estudei fora de minha aldeia… Passei um tempo estudando na 5ª série de uma escola pública. No início, achei bem legal, mas lá ninguém falava em Guarani, por isso passava a maior parte do tempo sozinha, sonhando com a minha aldeia, com os meus amigos, com as trilhas e as cachoeiras, com os animais e as plantas. E isso fez muita falta para mim”. Os passeios noturnos que fazia descalça pela região de Krukutu e a saudade do povo de sua aldeia fizeram com que ela voltasse para sua região de origem. Hoje, com uma filha de onze meses, Kerexu Mirin não vê mais a possibilidade de sair de sua tribo. Mesmo assim, com o ensino médio completo, ela tem participado do Centro de Educação e Cultura Indígena (CECI), uma iniciativa que visa ao fortalecimento e à valorização da cultura dos Guaranis. “Gosto bastante de aprender e sei que é importante frequentar uma universidade, mas nossa aldeia está longe de tudo e de todos. Sair da aldeia para estudar em uma universidade provoca um desenraizamento, faz-nos perder o nosso ‘chão’. Quem sabe um dia a universidade possa ir até nossa aldeia…”, finalizou Kerexu.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de outubro de 2016

Em busca de uma TUSCA com mais respeito à diversidade

Respeite a Diversidade. Essa é a mensagem central da ação para a TUSCA 2016, Taça Universitária São Carlos, que acontece entre os dias 20 e 23 deste mês e cujo objetivo central é conscientizar os participantes do evento sobre a importância do respeito à igualdade, equidade e diversidade.

A ação é uma iniciativa conjunta da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE-UFSCar), Ouvidoria UFSCar, Atlética UFSCar, Liga Interdisciplinar de Saúde da Mulher (LISMU), Liga de Estudos sobre Diversidade e suas Implicações para o Cuidado (LEDIS) – e da USP São Carlos – Núcleo de Direitos Humanos, Ouvidoria da USP e Prefeitura do Campus USP de São Carlos (PUSP-SC) – entre outros setores que apoiaram a ação e dialogaram diretamente com as Atléticas e o Coletivo de Mulheres do CAASO/UFSCar.

Pela parceria com a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE) da UFSCar, foi produzido o material Respeite a Diversidade, um cartão com a criação artística do aluno Gustavo Magno, do curso de Enfermagem, que representou por meio de desenhos a diversidade de gênero. O material foi distribuído nos kits da TUSCA.

Além disso, a campanha Preservativos para Todxs realizou a distribuição de preservativos, trazendo informações sobre o protagonismo de cada um sobre a sua própria proteção. Mariana Moura, aluna do quarto ano da Terapia Ocupacional da UFSCar, destacou a importância de refletir sobre o preservativo feminino como uma forma de autonomia e empoderamento para as mulheres e que iniciativas como essa precisam se repetir.

Ao destacar as experiências vivenciadas com a ação, as alunas Vanessa Pordoti, Letícia Sarpi, Juliana Souza e Mariana Rigolon, das Ligas da UFSCar, afirmaram que todas as suas expectativas foram superadas e que receberam muitas mensagens de agradecimento pela repercussão nas redes sociais da iniciativa considerada inovadora.

postal_destaque_respeite_a_diversidade_cpia

Foi produzido também o cartaz Respeite as Mulheres que está sendo colocado nos locais de partida dos veículos que fazem o transporte para a TUSCA. A iniciativa teve apoio da Rádio UFSCar, que realizou um programa sobre o tema e está divulgando uma vinheta que traz o mote “Divirta-se com responsabilidade e sem violência”.

“Essa ação conjunta é da maior importância para São Carlos ao dar início, de modo integrado entre USP e UFSCar, a trabalhos que promovem uma articulação entre valores universalmente defensáveis de reconhecimento mútuo e a construção de respostas a necessidades particularizadas da comunidade”, afirmou a professora Maria da Graça Pimentel, do Núcleo de Direitos Humanos da USP São Carlos.

Para a professora Natália Salim, do Departamento de Enfermagem da UFSCar, uma das principais articuladoras da iniciativa, “é central a necessidade de dar visibilidade e promover o diálogo sobre as violências de gênero no contexto de atividades e festas universitárias. Essa parceria possibilitou reflexões e sensibilização tanto para os participantes da TUSCA como para aqueles que estiveram envolvidos na construção dessa iniciativa. Essa ação conjunta com certeza abrirá espaço para projetos futuros compartilhados entre as duas universidades no combate das diversas formas de violência”.

Para Francine Tan, aluna de mestrado da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP e integrante do Coletivo de Mulheres do CAASO/UFSCar, “a campanha busca conscientizar sobre casos de violência em suas diversas formas e encorajar a denúncia das mesmas. Queremos que a TUSCA seja um evento seguro para que todos possam se divertir sem quaisquer prejuízos”.

Contatos:

180 – Violência contra a Mulher

100 – Direitos Humanos

E-mails: ouvidoria@sc.usp.br e ouvidoria@ufscar.br

(Com informações da Assessoria de Comunicação do PUSP/SC)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de outubro de 2016

Programação a todo vapor – e com vagas abertas

No curso de Física Computacional do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tentar entender como aplicar 2.985 horas de disciplinas ministradas durante os quatro anos do curso é o objetivo de alguns alunos, e um dos caminhos escolhidos por eles para cumprir esse objetivo é participar de atividades extracurriculares, entre elas as que têm como foco a Maratona de Programação, competição que ocorre anualmente e é dividida em três fases (regional, nacional e mundial), e que pode ser um importante degrau para destacar estudantes tanto no meio acadêmico (já que alunos que participam da atividade costumam ter mais experiência em resolver problemas), como no mercado de trabalho (grandes empresas de computação recrutam participantes dessas competições para compor seus quadros).

Grupo-_maratona_de_programacaoO grupo de treino para a Maratona de Programação originado no IFSC tem, atualmente, sete membros, a maioria deles do curso de Física Computacional, mas também contando com participantes de outros cursos. “Depois de uma semana que entrei no curo de Física Computacional, comecei a conversar com alguns colegas que eu sabia que tinham interesse em programação. A professora Tereza Mendes indicou algumas pessoas para nos orientar, entre elas o André Smaira, que já tinha participado da Maratona, e aceitou nos treinar”, relembra Caio Dallaqua, aluno do IFSC e um dos membros do grupo. “O aprendizado em si foi o que mais me motivou a criar o time. Mais tarde, junto do André e do Bruno, criamos um grupo no instituto para aqueles que querem se aprofundar em programação”, relembra.

Montado o grupo, os participantes passaram a se reunir uma vez por semana, durante duas horas, para aprender e aplicar técnicas de programação. Nos treinos, são explorados tópicos relacionados a algoritmos, estruturas de dados e paradigmas de programação, além de conceitos e aplicações de matemática e geometria. “Nesses treinos, proponho problemas básicos e avançados aos participantes do grupo, todos com base no que é ensinado nas aulas”, conta André.

Os integrantes do grupo afirmam que é muito interessante participar dos treinos para aprofundar o que é passado na graduação e ir além. “Muitas coisas que verei nesses treinos não serão vistas durante o curso de Física Computacional e, talvez, em qualquer outro curso de graduação da USP. É muito bom estar em um ambiente competitivo, pois é um grande estímulo ao aprendizado”, afirma Giovanni Vieira, membro do grupo.

Dos sete integrantes do grupo do IFSC, seis deles já participaram da Maratona de Programação, e obtiveram boas classificações: Caio e Bruno, na primeira vez que participaram da Maratona, ficaram no top 30% do Brasil da fase regional, e na segunda participação figuraram, junto com a Cynthia Herbst, membro do grupo, entre os top 15%, também na regional. “O legal de participar da Maratona é que elas são um desafio a você mesmo. Não é fácil, mas o aprendizado é grande”, conta Gisela Ortt, membro do grupo de estudos, que participou da Maratona em 2016, ficando no top 25% na fase regional.

O grupo é aberto à participação de qualquer pessoa com interesse em resolver problemas com programação. “É preciso gostar de programar. Quando entrei no grupo, eu não sabia programar exatamente nada, e logo notei minha evolução. Estou gostando bastante”, afirma Bruno Larsen, membro do grupo.

Além do bom desempenho na prática, participar dos treinos para Maratona pode ajudar em um melhor desempenho na graduação. “O mais importante, na realidade, é que participar dos treinos pode mudar o seu jeito de pensar e resolver problemas. A resolução fica muito mais rápida e eficiente, pois seu raciocínio é moldado para isso”, afirma Giovanni.

Gisela está de acordo com a opinião do colega. Ela conta que, ao entrar no curso de graduação, seus colegas de classe programavam muito melhor do que ela. “Agora, vejo que programo igual ou melhor do que meus colegas”, conta. “É possível evoluir muito e em pouco tempo, e as matérias de programação da graduação vão ficando cada vez mais fáceis”.

Se na graduação as coisas ficam mais fáceis, no mercado de trabalho, acontece o mesmo. “Empresas como Google, Microsoft e IBM escolhem seus estagiários e empregados através de entrevistas com problemas no formato da competição. Na Maratona de Programação, aprende-se a trabalhar em equipe e sob pressão, e é isso que o mercado exige”, elucida Caio. Mas não é preciso ir muito além: a Microsoft, anualmente, realiza uma competição no ICMC/USP para, através dela, recrutar pessoas para trabalhar na empresa. “E a competição da Microsoft é muito mais tranquila do que a Maratona”, afirma André.

Caso você tenha interesse em fazer parte do grupo de Maratona de Programação do IFSC, ou entrar em contato com os atuais membros para obter mais informações, acesse a página do grupo no Facebook.

Grupo-_maratona_de_programacao-1

Grupo de maratona de programação do IFSC.

Da esq.: Giovanni, Auro, Gisela, André, Caio, Bruno e Cynthia

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

20 de outubro de 2016

Estudos de espectroscopia e microscopia óptica de objetos biológicos

No início da tarde de 20 de outubro, a Dra. Ievgeniia Iermak, do Instituto de Microbiologia da Academia de Ciências da República Tcheca, ministrou a palestra Optical spectroscopy and microscopy studies of biological objects with overlapping absorption or fluorescence spectra, que decorreu na Sala EVA_250de Seminários do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A Dra. Ievgeniia é graduada em física aplicada e mestre em biofísica molecular pela Universidade Nacional V. Karazin Kharkiv (Ucrânia), sendo doutora por esta universidade e pela Universidade & Centro de Pesquisa Wageningen (Holanda). No período entre 2011 e 2015, ela desenvolveu pesquisas no Instituto de Radiofísica e Eletrônica (Ucrânia).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de outubro de 2016

Vertex Functions and Bound States in Strongly Interacting Theories

No dia 19 de outubro, pelas 16h30, o pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Dr. Milan Vujinovic, apresentou na sala F-210 do IFSC o seminário Vertex Functions and Bound States in Strongly MILAN_250Interacting Theories. O evento ocorreu através do programa High-Energy Physics Seminars.

Natural da República Sérvia, o Dr. Milan desenvolveu o bacharelado e o mestrado em física na Universidade de Novi Sad (Sérvia), tendo realizado o doutorado e o pós-doutorado em física na Universidade de Graz (Áustria). Atualmente, é pós-doutorando no IFSC, com uma bolsa “Schroedinger”, da agência austríaca FWF (Austrian Science Fund).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de outubro de 2016

Lançado o livro “Memórias do CDCC”

livrocdcc

Na noite de 19 de outubro, o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) realizou em sua sede a cerimônia de lançamento do livro Memórias do CDCC. Organizado pelas servidoras do Centro, Edna Ricardo de Oliveira Ferreira e Sílvia Aparecida Martins dos Santos, sob a coordenação do Prof. Dr. Antonio Aprigio da Silva Curvelo (ex-diretor do Centro), a obra aborda uma breve história do prédio e das atividades realizadas pelo CDCC ao longo dos anos, com base num trabalho coletivo e apoiado em pesquisas documentais e relatos entre os anos de 1980 e 2015.

A obra contém também uma dedicatória ao Prof. Dietrich Schiel (in memoriam), principal idealizador do Centro, bem como referências e agradecimentos à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, pelo apoio dado ao projeto via Programa da PRCEU – Editais 2012, e ao Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e ao Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) pelas colaborações desde a criação do CDCC.

VALTER_500

O Prof. Dr. Valter Luiz Líbero, diretor do CDCC e docente do IFSC/USP, iniciou seu discurso agradecendo à Profa. Dra. Yvonne Primerano Mascarenhas (IFSC/USP) que, para o CDCC, é uma pessoa que está à frente de movimentos de divulgação científica, sendo também uma ilustre pesquisadora. “Ela reúne duas das características mais relevantes para uma universidade”, enalteceu ele, salientando que o livro é um registro em homenagem a todos aqueles que trabalharam e trabalham no Centro.

ANTONIO_APRIGIO_500

O Prof. Antonio Aprigio, por sua vez, destacou algumas imagens do livro, complementando que a finalidade da publicação é destacar os seus autores. “Os funcionários do CDCC são autores e atores desta obra”, disse ele, acrescentando que, ao contrário de outras instituições, o CDCC não é constituído por diversas equipes, mas, sim, por apenas uma, que permite o funcionamento do Centro.

Após as falas, o grupo de música de câmara Ad Libitum interpretou as canções Gaúcho – O Corta Jaca (Chiquinha Gonzaga), Doce de Côco (Jacob do Bandolim), Carinhoso (Pixinguinha) e Por Uma Cabeça (Carlos Gardel).

AD_1_500

AD_2_500

AD_3_500

PUBLICO_1_500

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de outubro de 2016

Bolsa de Mérito e seleção de pesquisadores do exterior

Estão abertas às 12 horas do dia 31 de outubro do corrente ano, as inscrições para o edital de seleção 590/2016 para concessão de Bolsa de Mérito do Programa de Bolsas de Intercâmbio Internacional para alunos de Graduação da USP, sendo que as inscrições serão feitas pela CCInt/CRInt de cada Unidade da USP.

Este edital está disponível na área pública do Sistema Mundus, opção Editais > Alunos de Graduação, sob o número 590.

É responsabilidade do candidato verificar os critérios, requisitos, condições e demais prazos previstos no Edital 590/2016. Não é necessário fazer o login no sistema para consultar ou se inscrever nos editais.

As inscrições e as dúvidas devem ser enviadas para o Fale Conosco, (Assunto Bolsa Mérito Acadêmico).

Por outro lado, a Universidade de São Paulo (USP) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), lançam o Edital USP-Capes para Seleção de Pesquisadores do Exterior na USP.

O objetivo é selecionar 15 (quinze) candidatos. As bolsas CAPES poderão ter vigência de até 30 (trinta) meses, sendo que 12 (doze) meses após o início das atividades.

O processo seletivo ocorrerá em 2017 e as bolsas CAPES terão início a partir de março de 2017, de acordo com a disponibilidade orçamentária.

As inscrições encerram-se no dia 31 de janeiro de 2017.

O candidato deve ser pesquisador (brasileiro ou estrangeiro) que esteja no exterior e que seja indicado por um Departamento ou Instituto da USP. O candidato deve ter demonstrado produção acadêmica relevante e compatível com os pesquisadores orientadores dos programas de pós-graduação da USP.

Os requisitos para candidatura são:

a) Título de Doutor em Instituição de prestígio internacional com reconhecida produção científica;

b) Potencial para desenvolver linha de pesquisa independente;

c) Fluência em inglês;

d) Capacidade de ministrar aulas na graduação e pós-graduação.

Para mais informações, acesse:

Edital USP-Capes em português

Edital USP-CAPES em inglês

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de outubro de 2016

“Santos Dumont: um Grande Empreendedor e Inovador Brasileiro”

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e a Diretoria de Ensino de São Carlos e com o apoio dosd200 Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), promove ao longo de todo o dia 24 de outubro, no Campus USP – São Carlos, o evento subordinado ao tema Santos Dumont: um Grande Empreendedor e Inovador Brasileiro.

Sempre que o nome do Grande Empreendedor e Inovador Brasileiro, Alberto Santos Dumont, é lembrado, seus principais atributos, como intuição, ousadia, criatividade e genialidade, são omitidos, ou pouco destacados, principalmente em termos científicos e tecnológicos. Neste evento, procura-se apresentar a linha de raciocínio e os conhecimentos que Santos Dumont possuía para alcançar seus expressivos resultados, que alteraram original e rapidamente a forma de transportar pessoas e produtos no mundo todo.

Por trás da intuição, ousadia, criatividade e genialidade, estavam necessariamente presentes conhecimentos científicos e tecnológicos sólidos, fato que permitiu que ele sempre estivesse atualizado sobre motores e materiais adequados para o desenvolvimento dos projetos e construção de seus dirigíveis e aviões, sempre originais e arrojados em termos de design, colocando-o na vanguarda frente aos que competiam com ele, incluindo, com destaque, os Irmãos Wright, que, injustamente, detêm a honra de terem sido os primeiros a voar.

Um evento com duas partes distintas.

Este evento apresentará duas partes distintas. Uma, dedicada a alunos do ensino fundamental e médio, porém aberta a todos os interessados, procurando mostrar, de forma histórica e lúdica, com palestras e demonstrações, os princípios científicos envolvidos no voo de um objeto mais pesado que o ar. Esta parte do evento estará sob a responsabilidade dos Profs. Eduardo de Campos Valadares e Henrique Lins de Barros.

O Prof. Valadares, Professor Titular do Departamento de Física da UFMG, apresentará a palestra intitulada O voo da imaginação. O autor resume “O espírito de invenção que Santos Dumont nos legou inspirou várias ações voltadas para o fomento de uma cultura de inovação em nosso meio. Serão abordados diferentes enfoques e exemplos de projetos inovadores de baixo custo, incluindo experimentos de aerodinâmica.” O palestrante promoverá também atividades de demonstração sobre a ciência associada ao voo de objetos mais pesados que o ar, com o apoio de professores, educadores e monitores da USP de São Carlos.

Autor de diversas obras de divulgação científica e ensino de ciências, o Prof. Valadares escreveu em 2006 o livro Aerodescobertas – Explorando novas possibilidades. Em comemoração aos 100 anos do primeiro voo do 14 Bis. Nele, o autor apresenta diversas atividades lúdicas e de baixo custo, desde aviões de papel até um protótipo do 14 Bis construído com garrafa pet.

Completando essa primeira parte, segue-se a palestra do Prof. Henrique Lins de Barros, intitulada 12 de novembro de 1906: antes, durante e depois. O Prof. Lins de Barros é Pesquisador Titular do Centro Brasileiro de Pesquisas Física (CBPF), órgão do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Com três livros e vários artigos publicados sobre Santos Dumont, o Prof. Lins de Barros é um dos maiores divulgadores e defensores da obra original e inovadora deste Grande Brasileiro. Também roteirizou o documentário longa metragem Santos Dumont, o homem pode voar, de Nelson Hoineff.

A segunda parte do evento contará com duas palestras que apresentarão os conceitos científicos e de engenharia que levaram Santos Dumont ao sucesso. 14BIS350Para essa finalidade, participarão outros dois palestrantes: o Prof. Fernando Martini Catalano, professor titular do Departamento de Engenharia Aeronáutica – Escola de Engenharia de São Carlos – USP, que dissertará sobre o tema Os voos de Santos Dumont e irmãos Wright sob o ponto de vista da Engenharia Aeronáutica, e o engenheiro aeronáutico Alexandre Filgueiras, da EMBRAER, que apresentará o tema A EMBRAER em Gavião Peixoto e suas atividades de ensaios em voo de certificação. Além das palestras e atividades lúdicas, ocorrerá também uma mostra de AeroDesign, lançamento de livros e bate-papo com os palestrantes.

Com o evento, pretende-se enriquecer a história de Santos Dumont, valorizando seu empenho e criatividade, buscando despertar o mesmo espírito inovador e empreendedor nos participantes.

Este evento é organizado pelos Professores Tito José Bonagamba, professor titular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Fernando Martini Catalano, professor titular do Departamento de Engenharia Aeronáutica, Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e Herbert Alexandre João, educador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A Programação está organizada da seguinte forma:

Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP):

08h30/10h – Abertura e Palestra do Prof. Eduardo de Campos Valadares;

10h/10h30 – Exposição e Coffee-Break;

10h30/12h – Palestra do Prof. Henrique Lins de Barros;

14h/17h – Atividades com o Prof. Eduardo de Campos Valadares e monitores;

Auditório “Prof. Fernão Stella de Rodrigues Germano” (ICMC/USP):

14h/15h – Palestra do Prof. Fernando Martini Catalano;

15h/15h30 – Coffee-Break;

15h30/16h30 – Palestra do Engº Alexandre Filgueiras;

Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP):

17h30/18h – Conclusões finais.

O evento é gratuito e aberto a todos os interessados

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de outubro de 2016

A conquista do “Prêmio Melhores Universidades – 2016”

A Universidade de São Paulo acaba de conquistar o Prêmio Melhores Universidades – 2016, na área de ensino superior público, promovido pelo Guia do Estudante, USP_LOGO_MODERNOpublicação que, recentemente, também classificou os cursos de Física do IFSC/USP com cinco estrelas (nota máxima).

Já na 12ª edição do prêmio, o Guia do Estudante tem se preocupado, ao longo dos anos, em classificar e pontuar as melhores Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil – públicas e privadas – e aquelas que mais se destacaram em oito áreas do conhecimento.

Embora o déficit orçamentário vivido pela USP tenha gerado uma grave crise interna, o certo é que a Universidade de São Paulo continua figurando, com destaque, como uma das grandes universidades do mundo, mantendo-se entre as cem instituições de ensino superior com melhor reputação acadêmica do mundo no levantamento feito pela organização britânica Times Higher Education (THE).

Da mesma forma, o QS World University Ranking by Subjects, divulgado em março deste ano, classificou a USP entre as duzentas universidades mais bem avaliadas do mundo, melhor resultado da instituição desde 2010, quando a relação começou a ser publicada no formato atual, onde são analisados os níveis de pesquisa, ensino, empregabilidade e internacionalização.

A inclusão social é encarada pelos responsáveis da USP como a preocupação mais latente, sendo que a adesão ao SISU (Sistema de Seleção Unificado) para 21% das vagas dos cursos de graduação a partir do Vestibular 2017, bem como o aumento do número de vagas reservadas para alunos provenientes da rede pública de ensino, devem contribuir para isso, sendo que esses Sistema tem a vantagem de transformar a USP em uma universidade do Brasil, não restrita ao estado de São Paulo e região, segundo apreciação feita pelo Pró-Reitor de Graduação da Universidade, e docente do IFSC/USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes, no site do Guia do Estudante.

Contudo, para este responsável, outro desafio é fortalecer a inserção da universidade na comunidade global. Para isso, uma das metas é aumentar sua internacionalização, estreitando relações com universidades e instituições de pesquisa de outros países, a exemplo do que aconteceu no decurso deste ano, em que foram assinados 904 convênios com instituições estrangeiras para intercâmbio de alunos, o que significa um acréscimo de 12% em relação a 2015.

Com esse objetivo, o Conselho Universitário da USP autorizou que cada unidade de ensino possa oferecer disciplinas optativas livres em línguas estrangeiras nos seus cursos, uma decisão que, segundo Hernandes, “é uma mudança de paradigma e faz com que a USP dê um passo importante para a modernização do ensino de graduação, fortalecendo seu processo de internacionalização”.

Confira AQUI o quadro classificativo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de outubro de 2016

“Semana USP de Ciência e Tecnologia – 2016”

A Universidade de São Paulo realiza entre os dias 17 e 22 de outubro, em diversas de suas Unidades, a Semana USP de Ciência e Tecnologia – 2016, um evento que congregará diversas atividades, como palestras, mesas-redondas, debates, demonstrações, exibição de vídeos, atividades interativas, exposições e oficinas, entre muitos outros atrativos.

Não será produzido qualquer material impresso de divulgação, tal como folders, contudo, os espaços onde ocorrerão as atividades terão sinalização própria.

Para consultar ou fazer o download da programação completa do evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de outubro de 2016

Trabalho de aluno do IFSC conquista 1º lugar em conferência

Durante seu mestrado, o pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Giovanni Paro da Cunha, realizou uma pesquisa que lhe rendeu dois prêmios na 15ª edição da Brazil MRS Meeting, reunião anual da Sociedade Brasileira em Pesquisa em Materiais (SBPMat).

A pesquisa foi orientada pelo docente do Grupo de Ressonância Magnética do IFSC, Eduardo Ribeiro de Azevêdo, mas também contou com uma colaboração “a distância” do docente do Grupo de Polímeros do IFSC Gregório Faria, que realiza seu pós-doutoramento na renomada Stanford University.

O Grupo de Polímeros e de RMN do IFSC têm uma colaboração de longa data, consolidada dentro do Instituto Nacional em Eletrônica Orgânica (INEO). O foco de estudos do Grupo é em polímeros orgânicos, que são materiais formados por grandes moléculas orgânicas, geralmente isolantes, ou seja, não conduzem eletricidade. No entanto, uma classe específica desses materiais tem propriedades semicondutoras, e tem ganhado a atenção de muitas indústrias, que se aproveitam dessa característica do material para desenvolver diversos dispositivos, como células solares, transistores*, displays e, atualmente, os chamados organics light-emitting diodes (OLEDs), tecnologia já utilizada (e presente) em diversos aparelhos eletrônicos, como televisões, celulares, tablets e câmeras digitais. “Os polímeros semicondutores já encontram muitas aplicações hoje em dia e, por isso, muitos pesquisadores estudam o material. Porém, esses materiais são difíceis de serem estudados, pois suas microestruturas são bem diferentes do que é visto nos materiais inorgânicos”, explica Giovanni.

Microestruturas difíceis de serem estudadas não é só uma característica dos materiais poliméricos semicondutores, mas dos materiais poliméricos em geral. E um dos maiores desafios para os pesquisadores da área é conseguir compreender como eles conduzem eletricidade, tentando relacionar esse fato às suas microestruturas. “Essa correlação é complicada, justamente pela dificuldade em compreender a microestrutura desses materiais”, complementa Giovanni.

Mas esse fato foi visto pelo pesquisador como um desafio e, durante seu mestrado, ele utilizou a técnica de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) para tentar entender a microestrutura e dinâmica do polímero P3EHT. Paralelamente, o mesmo trabalho foi realizado pelo pesquisador da Stanford University, Duc Duong, orientado pelo professor Alberto Salleo, que utilizou técnicas de raios-X para ter mais informações a respeito da microestrutura do P3EHT, e a pesquisa de Giovanni deu respaldo aos resultados já encontrados nos Estados Unidos. “Quando eu cheguei a Stanford e tomei conhecimento dos resultados do meu colega Duc, percebi que algumas técnicas de RMN que eu havia trabalhado durante o meu doutoramento com o professor Eduardo poderiam complementar bastante o trabalho desenvolvido. Foi aí que propus a colaboração entre as Universidades, que tomou forma com a adição do estudante Giovanni”, relembra Gregório.

Giovanni-_Brazil_MRS_MeetingA relevância do trabalho de Giovanni teve reconhecimento duplo na Brazil MRS Meeting, já que, na mesma conferência, ele recebeu dois diferentes prêmios. O primeiro foi o prêmio “Bernhard Gross”, um reconhecimento da SBPMat às “melhores contribuições de cada simpósio apresentado durante a reunião”. Por ser uma conferência muito ampla, a Brazil MRS Meeting é dividida em 24 simpósios, sendo que cada um deles premia um trabalho diferente. No final da reunião, todos os trabalhos premiados nos diferentes simpósios são também avaliados pela Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês) e, novamente, premiados. E o trabalho de Giovanni foi avaliado como o “melhor entre os melhores”, o que rendeu ao pesquisador mais um prêmio de destaque na conferência. “Acho que esse foi um trabalho interessante, pois é um estudo básico. Nós decidimos estudar o P3EHT não por suas possíveis aplicações, mas por ser um material modelo para se entender microestruturas de materiais poliméricos. As conclusões que tiramos a partir desse estudo são bem gerais e, portanto, podem ser aplicadas a outros materiais diferentes e podem ajudar a compreender suas microestruturas também. Acho que essa foi a maior relevância do trabalho”, diz Giovanni.

Agora no início do doutorado, e novamente orientado por Eduardo, Giovanni afirma que os pesquisadores envolvidos no trabalho já estão satisfeitos com os resultados encontrados sobre o P3EHT. Portanto, nessa nova etapa da pesquisa, Giovanni pretende focar sua pesquisa no estudo de outros materiais, relacionando essas microestruturas com as propriedades elétricas dos materiais, e a técnica de RMN será uma das ferramentas utilizadas para isso.

Sobre o trabalho, Eduardo afirma que “obviamente o reconhecimento na SBPMat nos alegra, porém o que considero mais importante foi a sinergia que conseguimos entre os grupos envolvidos, o que certamente será levado adiante. Para citar um exemplo, após praticamente ter terminado o trabalho, nós vimos a possibilidade de utilizar um método de RMN em baixo campo recém desenvolvido em nosso grupo para tentar observar a dinâmica de cristalização do P3HT em tempo real. Resolvemos fazê-lo quase como uma ‘brincadeira’, pois para mim era óbvio que não teríamos nem de perto a sensibilidade e resolução das técnicas usualmente utilizadas para este fim, isto é, difração de raios-X e absorção UV-Vis. Porém, quando mostramos o resultado para o pessoal de Stanford, eles logo perceberam que tínhamos observado uma assinatura de cristalização unidimensional que era prevista teoricamente, mas que, por limitações técnicas, ainda não havia sido claramente observada no P3EHT”, diz Eduardo.

De acordo com o docente, isso resultou em um novo modelo de cristalização 1D que foi respaldado pelos resultados de RMN e que talvez tenha se tornado a parte mais importante do trabalho. “Certamente, nenhum dos grupos teria chegado a esse resultado se não estivessem trabalhando juntos. Neste sentido, é preciso exaltar o mérito dos principais autores do trabalho, Giovanni, Duc e Gregório, que foram quem realmente fizeram ‘a coisa acontecer’. Além disso, o reconhecimento de um trabalho feito por um estudante co-orientado por um ex orientado é uma realização pessoal, pois significa que, além de estar ficando ‘mais experiente’, tenho tido alguma contribuição na formação de pesquisadores de alto nível”, comemora Eduardo.

Em relação à colaboração que envolveu Brasil e Estados Unidos, Duc Duong também deixa clara sua satisfação com a parceria. “A colaboração com o IFSC foi, simplesmente, uma das melhores de minha carreira acadêmica. Vindo de um grupo de pesquisa orientado à difração de raio-X, eu me beneficiei profundamente dos conhecimentos do Eduardo, Gregório e Giovanni na utilização de RMN para caracterizar propriedades dinâmicas e estruturais de polímeros semicondutores, que não seriam possíveis de outra maneira”, afirma Duong. “Os resultados de nosso trabalho revelam importantes insights dentro das propriedades chaves da estrutura de polímeros semicondutores, e proveem um modelo de valor inestimável para a caracterização geral desta classe de materiais”, finaliza.

*Utilizados para amplificar ou trocais sinais elétricos com outro material

Imagem: Giovanni, durante premiação da ACS (crédito: arquivo pessoal)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

17 de outubro de 2016

Por que “exótico”?

“Se você é um topologista, tem uma coisa interessante sobre isso: o pão não tem um buraco, o bagel tem um buraco e o pretzel tem dois buracos. O número de buracos é algo que chamamos de invariável topológica”. Foi com essa analogia que um dos membros do comitê para física do prêmio Nobel, Thors Hans Hansson, justificou a milhões de pessoas que assistiam ao anúncio do Prêmio Nobel de Física de 2016 a importância da descoberta que obteve o famoso prêmio, anunciado no dia 4 de outubro, e angariado pelos três cientistas britânicos, David J. Thouless, F. Duncan M. Haldane e J. Michael Kosterlitz.

Nobel_de_Fisica_2016Mas o que bagels, pretzels e pães têm a ver com as “descobertas teóricas das transições de fases topológicas da matéria”, responsável pelo Nobel deste ano? Antes de trazer essa explicação, façamos uma viagem no tempo, mais especificamente à década de 1970.

Lembra-se daquela aula de química no ensino médio, quando o professor falava que a evaporação era a transformação da água de seu estado líquido para o estado gasoso? Isso é o que se chama de “transição de fase da matéria”. Esse fenômeno, no entanto, não ocorre somente com a água, mas com qualquer tipo de material ou elemento existente na natureza, e entender como as transições de fase ocorrem em diferentes materiais era o assunto do momento nos anos 70. “Nessa época, muitos pesquisadores da área estudavam a ‘teoria de Landau’, que explicava a transição de fases de qualquer tipo de matéria”, explica Eric de Castro e Andrade, docente do Grupo de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos (GFT-IFSC/USP).

Foi nessa época, também, que alguns pesquisadores viram a necessidade de ir além da teoria de Landau, já que a consideravam incompleta. Entre eles, estavam Kosterlitz e Thouless, que, ainda na década de 1970, descobriram uma característica bastante inusitada nos materiais magnéticos, que contrariava um dos no go theorems da física: não pode haver uma transição de fase em duas dimensões à temperatura finita sobre certas condições. Kosterlitz e Thouless descobriram que era, sim, possível haver uma transição de fase em duas dimensões, e a nomearam como “transição de fase topológica”.

Por definição, “topologia” é o ramo da matemática que estuda propriedades de figuras geométricas que não variam quando essas figuras sofrem deformação. Kosterlitz e Thouless descobriram que, nas transições de fase topológicas, os spins dos elétrons presos aos núcleos atômicos de materiais muito finos, sem profundidade (portanto, sem a terceira dimensão) e em baixas temperaturas, poderiam não só mudar de fase, como também formar vórtices. Esses vórtices, ao se ligarem, alteram a propriedade (forma) do material, como se um bagel se transformasse em um pão. “O vórtice é como uma entidade que só aparece em baixas temperaturas, e é impossível ser destruído por perturbações locais”, explica Eric.

Nobel_de_Fisica-FSPA descoberta dos dois pesquisadores trouxe um novo uso à topologia, aproximando-o a área de física, o que seria novamente evidenciado pouco tempo depois por Haldane, graças aos seus estudos que resultaram na descoberta do chamado “estado de borda”, estado topológico que existe nas bordas do material, e que é extremamente robusto. “Essa é a conexão com topologia que tem sido muito utilizada hoje em dia, e são justamente os estados de borda que determinam a estabilidade e as propriedades do sistema a baixas temperaturas”, elucida Eric.

Portanto, Kosterlitz, Thouless e Haldane conseguiram, através da identificação dessa estabilidade de sistemas topológicos, descobrir estados “exóticos” da matéria. Exóticos, porque, em baixas temperaturas, as fases de transição podem, justamente, ultrapassar os conhecidos estados sólido, líquido e gasoso.

Novas janelas para velhas pesquisas

Por se tratar de um estudo básico, fica difícil prever quais as possíveis aplicações da descoberta do trio britânico, mas algumas possibilidades já acenam como, por exemplo, a viabilização da famosa “computação quântica”. “Os computadores quânticos necessitam de sistemas estáveis para seu bom funcionamento. Os sistemas precisam de ‘coerência quântica’, ou seja, não podem ser afetados pelo ambiente. A robustez oferecida pelos estados topológicos da matéria permite que os sistemas quânticos se mantenham estáveis, sem a interferência do meio externo. Mas, claro, isso tudo são teorias, e nada pode ser garantido com 100% de certeza, pelo menos por enquanto”, ressalta o docente.

Quando um dos membros do comitê do Nobel de física afirma que a descoberta “transforma a maneira que cientistas pensam sobre os materiais”, a afirmação refere-se justamente à “criação” dos isolantes topológicos. Se novas possibilidades de estudos foram abertas na área de materiais, graças à descoberta dos “isolantes topológicos”, que destacam “propriedades exóticas da matéria”, essas possibilidades podem também ser extrapoladas para outros materiais, abrindo, portanto, novas linhas de pesquisa. “Isolantes topológicos na área de física dos materiais se tornou um tópico de intensa pesquisa, a partir de meados da década passada, após sugestões de que as descobertas feitas por esses três físicos poderiam ser observadas em mais materiais do que se pensava inicialmente. Aqueles que fazem parte da área de física dos materiais passaram a olhar para alguns isolantes de banda de maneira mais interessante”, afirma Eric.

Mesmo que tudo pareça muito promissor, Eric ressalta que isso não significa que alguma aplicação poderá ser realmente possível com base nessas novas informações sobre os materiais, especialmente quando o olhar é voltado à computação quântica. Por outro lado, essas descobertas “refinam” o olhar dos pesquisadores, e interferem em outras áreas de pesquisa da física, como a spintrônica, que parte do conceito de se fazer eletrônica através dos spins dos elétrons. “Existe uma grande área de pesquisa focada nas propriedades topológicas dos materiais, ou seja, encontrar materiais que possuam essas características topológicas. Porém, isso é algo muito trabalhoso, e ainda existem poucos exemplos na literatura que confirmem essas possibilidades”, diz Eric.

Para o docente, o grande mérito do trabalho de Thouless, Haldane e Kosterlitz foi ter encontrado a estabilidade em algo, aparentemente, quase impossível de ser estável, conforme algumas teorias pregavam. O trabalho do trio britânico, no entanto, prova que nada na ciência é duradouro, e que novas descobertas podem colocar em xeque até as teorias mais bem estabelecidas. É assim que notórias teorias são revistas e que a Ciência é realmente capaz de avançar.

Imagem 1: Vencedores do Nobel de Física 2016 (crédito: The Guardian)

Imagem 2: Vórtices (crédito: Folha de São Paulo)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

14 de outubro de 2016

O detector de raios cósmicos mais preciso do mundo

Em 14 de outubro, o Prof. Dr. Paolo Zuccon, docente do departamento de física do Massachusetts Institute of Technology – MIT (EUA), ministrou a palestra Searching for new physics in the cosmic ray fluxes with the Alpha Magnetic Spectrometer, que aconteceu no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do programa Colloquium diei.

Nesse colóquio, o docente falou sobre o PAOLO_250Alpha Magnetic Spectrometer (AMS-02), o detector de raios cósmicos mais preciso do mundo atualmente. Espera-se que o detector, que está em operação na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) desde 2011, obtenha e forneça dados do espaço até 2024.

Zuccon contribuiu na construção do detector e no desenvolvimento de um software para a medição da energia dos raios. Em sua palestra, ele apresentou também a medição mais recente do AMS-02, tendo discutido suas implicações e possíveis resultados futuros.

Nascido na Itália, Paolo desenvolveu o mestrado em física na Universidade de Padova (Itália) e o doutorado na Universidade de Perugia (Itália). Suas pesquisas estão centradas no estudo de novas físicas em raios cósmicos. No MIT, o docente formou um grupo de especialistas, com a finalidade de pesquisar assinaturas da natureza da matéria escura, a partir dos grandes dados estatísticos do AMS-02.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de outubro de 2016

Mini-course on tissue engineering

Nos dias 10 e 11 de outubro, decorreu na sala de seminários do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) o Mini-course on tissue engineering, que foi ministrado pelo Prof. Dr. Ram Sharma, professor assistente do departamento de engenharia química da Universidade de Bath (Reino Unido).

A engenharia de tecidos é um campo interdisciplinar que reúne princípios da engenharia, biologia celular e medicina, com a finalidade de desenvolver terapias baseadas em células e sistemas para uso em tecidos de pele. Nesse minicurso, o Prof. Ram discutiu técnicas atuais e conceitos utilizados no desenvolvimento de sistemas de engenharia de tecido.

O curso foi dividido em duas partes: na primeira, o docente falou a respeito de células, biomoléculas e suportes para a engenharia de tecido; na segunda, Ram abordou, por exemplo, a síntese de biomateriais, a caracterização de biointerface, o transporte e a evolução celular, bem como a migração de células.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de outubro de 2016

3ª Oficina de Instrumentação Científica e Inovação Tecnológica

Realiza- se entre os dias 19 e 21 de outubro, na cidade do Rio de Janeiro, a terceira edição da Oficina de Instrumentação e Inovação Tecnológica (o2i 2016), um evento promovido pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e que tem como objetivo principal promover a interação entre as áreas de P&D do CBPF com o setor produtivo, proporcionando cooperação do CBPF com empresas públicas e privadas e reunir físicos, engenheiros, empresários e funcionários de instituições governamentais que estão empenhados em promover o desenvolvimento de inovação tecnológica com base científica no Brasil.

Dividido em três partes distintas, o evento apresentará, nomeadamente, os desenvolvimentos tecnológicos realizados pelo CBPF em suas diversas atividades de P&D, uma abordagem lata sobre Inovação e P&D, segundo a visão das empresas, e a realização de mesas redondas, abordando temas, como, por exemplo, os desafios da inovação com base científica no país e o papel da Física e da instrumentação científica.

No capítulo dedicado aos minicursos, que ocorrerão no dia 19, irão acontecer duas apresentações em temas correlacionados a Instrumentação Científica e Inovação Tecnológica, a saber:

Minicurso 1: Computação Científica e Programação em SCILAB;

Minicurso 2: Inovação – Transformando P&D em Oportunidades de Negócios;

Tendo como principal público-alvo, profissionais, estudantes, professores e empresários com interesses em Ciência, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação promovidos nas áreas da Física, Engenharias, Química e em áreas ligadas à saúde humana e ciências afins, os objetivos específicos deste evento se congregam em quatro pontos:

• Estimular a pesquisa aplicada e o desenvolvimento tecnológico em parceria.

• Promover a relação entre centros de pesquisas e empresas.

• Divulgar a Instrumentação como geradora de inovação.

• Discutir os desafios, analisar resultados e propor metas.

No terceiro dia do evento, o destaque vai para as apresentações que irão ser feitas pelo diretor do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, que dissertará sobre o tema A Pesquisa Desenvolvida no Âmbito da Academia pode Contribuir ao Desenvolvimento da Indústria?, e a do ex-aluno de nosso Instituto, Daniel Martelozo Consalter, subordinada ao tema Soluções utilizando Ressonância Magnética Nuclear (RMN).

Para obter mais informações sobre este evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de outubro de 2016

Vem aí a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Nos dias 18, 19, 20 e 21 de outubro, integradas na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – SNCT-2016, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizará visitas guiadas* ao Espaço Interativo de Ciências (EIC), com o objetivo de apresentar questões relacionadas à biotecnologia e às plantas medicinais. Já no dia 23, das 14h às 19h, essa temática será abordada a partir de atividades interativas que decorrerão num estande que será montado na Praça XV de Novembro.

Tanto as visitas, como o estande, são iniciativas do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), coordenado pelo Prof. Dr. Glaucius Oliva (IFSC/USP), sendo um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (CEPID’s/FAPESP).

A SNCT-2016 ocorrerá entre os dias 17 e 23 de outubro, com coordenação a cargo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), tendo como objetivo divulgar a ciência à população, através de eventos gratuitos que acontecem em praças públicas, escolas, universidades, institutos de pesquisa, museus e parques de vários estados do Brasil.

A Assembléia Geral das Nações Unidas anunciou que 2016 seria o Ano Internacional das Leguminosas (AIL). Tal proclamação e o esforço da ciência, que, por sua vez, tenta garantir que todo o alimento existente no planeta possa alimentar os mais de 7 bilhões de seres humanos – na África, por exemplo, há crianças morrendo de fome -, foram as principais razões que motivaram a organização da Semana a definir o tema desta edição: Ciência Alimentando o Brasil.

A SNCT-2016 acontecerá em homenagem à agrônoma Johanna Döbereiner. Nascida na antiga Checoslováquia e naturalizada brasileira, ela possibilitou que o Brasil economizasse bilhões de reais em adubos e inseticidas nos últimos 40 anos, em razão dos estudos que a pesquisadora desenvolveu com a bactéria Rhizobium.

Apenas na edição de 2015, a SNCT promoveu 147 mil atividades, em todos os estados brasileiros. Neste ano, quase 14 mil atividades já estão programadas para acontecer em todo o país. Para consultá-las, acesse o portal da SNCT-2016, clicando AQUI.

Apenas no estado de São Paulo, por exemplo, 107 instituições, oriundas de 29 municípios, já se cadastraram para realizar 1125 eventos, durante a Semana. A programação referente ao estado pode ser conferida AQUI.

A organização da SNCT sugeriu dez assuntos que poderão nortear as atividades desenvolvidas neste ano, a saber:

– O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos. Como o nosso agronegócio funciona? Qual é o papel da ciência e da tecnologia?

– Você tem uma boa alimentação? Como conseguir isso com essa nossa correria diária? A ciência e a tecnologia podem ajudar?

– A cozinha é, antes de tudo, um laboratório. Que reações químicas e processos físicos acontecem no preparo dos alimentos?

– Fazer a própria comida pode ser um ato político. Conhecer a origem dos ingredientes e saber se são cultivados respeitando o meio ambiente, se há exploração de mão de obra, se há pessoas se envenenando com o uso abusivo de agrotóxicos, são critérios importantes na hora da compra.

– Os agrotóxicos são um mal necessário? Ou é possível alimentar 7 bilhões de pessoas sem esse tipo de recurso? Alimento geneticamente modificado faz mal à saúde e ao meio ambiente? O que dizem os especialistas a favor e contra? O que você acha sobre isso?

– Como assegurar que cada brasileiro tenha acesso à quantidade mínima diária de alimentos? Você já ouviu falar em Segurança Alimentar? Um terço do que produzimos vai para o lixo! Como combater o desperdício de alimentos no Brasil?

– Uma hora a gente ouve falar que uma pesquisa demonstrou que um certo alimento é um inimigo para a saúde. Depois, uma outra pesquisa diz que ele é bom. Afinal, por que tanto vaivém sobre o que a ciência afirma sobre alimentos e saúde?

– Para cada fase de nossa vida precisamos de uma alimentação diferenciada. As necessidades de alimentação de um bebê, uma criança, adolescente, adulto e, mais tarde, uma pessoa idosa, são diferentes. Precisamos estar atentos a essas diferenças.

– As populações que vivem no interior dispõem de um vasto conhecimento sobre ervas e plantas que tratam dos mais diversos problemas de saúde. As comunidades indígenas, comunidades de florestas, quilombolas, populações do semiárido e ribeirinhas têm muito a ensinar às populações das grandes cidades.

– O uso descontrolado de pesticidas está diminuindo o número de abelhas no Brasil e no mundo, e isso afeta todo o meio ambiente. Elas são responsáveis pela polinização de mais de 70% das áreas agrícolas que fornecem alimento ao mundo, além de contribuírem para polinização da flora em geral.

*Horário das visitas guiadas:

18/10 – das 8h às 11h30 e das 14h às 17h;

19/10 – das 13h30 às 15h30 e das 15h30 às 17h30;

20/10 – das 8h às 10h; das 10h30 às 12h; e das 14h às 15h30;

21/10 – das 10h30 às 12h e das 13h00 às 15h30.

O EIC está localizado na rua 9 de Julho, no número 1205, no Centro de São Carlos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP