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20 de outubro de 2016

Bolsa de Mérito e seleção de pesquisadores do exterior

Estão abertas às 12 horas do dia 31 de outubro do corrente ano, as inscrições para o edital de seleção 590/2016 para concessão de Bolsa de Mérito do Programa de Bolsas de Intercâmbio Internacional para alunos de Graduação da USP, sendo que as inscrições serão feitas pela CCInt/CRInt de cada Unidade da USP.

Este edital está disponível na área pública do Sistema Mundus, opção Editais > Alunos de Graduação, sob o número 590.

É responsabilidade do candidato verificar os critérios, requisitos, condições e demais prazos previstos no Edital 590/2016. Não é necessário fazer o login no sistema para consultar ou se inscrever nos editais.

As inscrições e as dúvidas devem ser enviadas para o Fale Conosco, (Assunto Bolsa Mérito Acadêmico).

Por outro lado, a Universidade de São Paulo (USP) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), lançam o Edital USP-Capes para Seleção de Pesquisadores do Exterior na USP.

O objetivo é selecionar 15 (quinze) candidatos. As bolsas CAPES poderão ter vigência de até 30 (trinta) meses, sendo que 12 (doze) meses após o início das atividades.

O processo seletivo ocorrerá em 2017 e as bolsas CAPES terão início a partir de março de 2017, de acordo com a disponibilidade orçamentária.

As inscrições encerram-se no dia 31 de janeiro de 2017.

O candidato deve ser pesquisador (brasileiro ou estrangeiro) que esteja no exterior e que seja indicado por um Departamento ou Instituto da USP. O candidato deve ter demonstrado produção acadêmica relevante e compatível com os pesquisadores orientadores dos programas de pós-graduação da USP.

Os requisitos para candidatura são:

a) Título de Doutor em Instituição de prestígio internacional com reconhecida produção científica;

b) Potencial para desenvolver linha de pesquisa independente;

c) Fluência em inglês;

d) Capacidade de ministrar aulas na graduação e pós-graduação.

Para mais informações, acesse:

Edital USP-Capes em português

Edital USP-CAPES em inglês

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de outubro de 2016

“Santos Dumont: um Grande Empreendedor e Inovador Brasileiro”

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e a Diretoria de Ensino de São Carlos e com o apoio dosd200 Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), promove ao longo de todo o dia 24 de outubro, no Campus USP – São Carlos, o evento subordinado ao tema Santos Dumont: um Grande Empreendedor e Inovador Brasileiro.

Sempre que o nome do Grande Empreendedor e Inovador Brasileiro, Alberto Santos Dumont, é lembrado, seus principais atributos, como intuição, ousadia, criatividade e genialidade, são omitidos, ou pouco destacados, principalmente em termos científicos e tecnológicos. Neste evento, procura-se apresentar a linha de raciocínio e os conhecimentos que Santos Dumont possuía para alcançar seus expressivos resultados, que alteraram original e rapidamente a forma de transportar pessoas e produtos no mundo todo.

Por trás da intuição, ousadia, criatividade e genialidade, estavam necessariamente presentes conhecimentos científicos e tecnológicos sólidos, fato que permitiu que ele sempre estivesse atualizado sobre motores e materiais adequados para o desenvolvimento dos projetos e construção de seus dirigíveis e aviões, sempre originais e arrojados em termos de design, colocando-o na vanguarda frente aos que competiam com ele, incluindo, com destaque, os Irmãos Wright, que, injustamente, detêm a honra de terem sido os primeiros a voar.

Um evento com duas partes distintas.

Este evento apresentará duas partes distintas. Uma, dedicada a alunos do ensino fundamental e médio, porém aberta a todos os interessados, procurando mostrar, de forma histórica e lúdica, com palestras e demonstrações, os princípios científicos envolvidos no voo de um objeto mais pesado que o ar. Esta parte do evento estará sob a responsabilidade dos Profs. Eduardo de Campos Valadares e Henrique Lins de Barros.

O Prof. Valadares, Professor Titular do Departamento de Física da UFMG, apresentará a palestra intitulada O voo da imaginação. O autor resume “O espírito de invenção que Santos Dumont nos legou inspirou várias ações voltadas para o fomento de uma cultura de inovação em nosso meio. Serão abordados diferentes enfoques e exemplos de projetos inovadores de baixo custo, incluindo experimentos de aerodinâmica.” O palestrante promoverá também atividades de demonstração sobre a ciência associada ao voo de objetos mais pesados que o ar, com o apoio de professores, educadores e monitores da USP de São Carlos.

Autor de diversas obras de divulgação científica e ensino de ciências, o Prof. Valadares escreveu em 2006 o livro Aerodescobertas – Explorando novas possibilidades. Em comemoração aos 100 anos do primeiro voo do 14 Bis. Nele, o autor apresenta diversas atividades lúdicas e de baixo custo, desde aviões de papel até um protótipo do 14 Bis construído com garrafa pet.

Completando essa primeira parte, segue-se a palestra do Prof. Henrique Lins de Barros, intitulada 12 de novembro de 1906: antes, durante e depois. O Prof. Lins de Barros é Pesquisador Titular do Centro Brasileiro de Pesquisas Física (CBPF), órgão do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Com três livros e vários artigos publicados sobre Santos Dumont, o Prof. Lins de Barros é um dos maiores divulgadores e defensores da obra original e inovadora deste Grande Brasileiro. Também roteirizou o documentário longa metragem Santos Dumont, o homem pode voar, de Nelson Hoineff.

A segunda parte do evento contará com duas palestras que apresentarão os conceitos científicos e de engenharia que levaram Santos Dumont ao sucesso. 14BIS350Para essa finalidade, participarão outros dois palestrantes: o Prof. Fernando Martini Catalano, professor titular do Departamento de Engenharia Aeronáutica – Escola de Engenharia de São Carlos – USP, que dissertará sobre o tema Os voos de Santos Dumont e irmãos Wright sob o ponto de vista da Engenharia Aeronáutica, e o engenheiro aeronáutico Alexandre Filgueiras, da EMBRAER, que apresentará o tema A EMBRAER em Gavião Peixoto e suas atividades de ensaios em voo de certificação. Além das palestras e atividades lúdicas, ocorrerá também uma mostra de AeroDesign, lançamento de livros e bate-papo com os palestrantes.

Com o evento, pretende-se enriquecer a história de Santos Dumont, valorizando seu empenho e criatividade, buscando despertar o mesmo espírito inovador e empreendedor nos participantes.

Este evento é organizado pelos Professores Tito José Bonagamba, professor titular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Fernando Martini Catalano, professor titular do Departamento de Engenharia Aeronáutica, Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e Herbert Alexandre João, educador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A Programação está organizada da seguinte forma:

Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP):

08h30/10h – Abertura e Palestra do Prof. Eduardo de Campos Valadares;

10h/10h30 – Exposição e Coffee-Break;

10h30/12h – Palestra do Prof. Henrique Lins de Barros;

14h/17h – Atividades com o Prof. Eduardo de Campos Valadares e monitores;

Auditório “Prof. Fernão Stella de Rodrigues Germano” (ICMC/USP):

14h/15h – Palestra do Prof. Fernando Martini Catalano;

15h/15h30 – Coffee-Break;

15h30/16h30 – Palestra do Engº Alexandre Filgueiras;

Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP):

17h30/18h – Conclusões finais.

O evento é gratuito e aberto a todos os interessados

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de outubro de 2016

A conquista do “Prêmio Melhores Universidades – 2016”

A Universidade de São Paulo acaba de conquistar o Prêmio Melhores Universidades – 2016, na área de ensino superior público, promovido pelo Guia do Estudante, USP_LOGO_MODERNOpublicação que, recentemente, também classificou os cursos de Física do IFSC/USP com cinco estrelas (nota máxima).

Já na 12ª edição do prêmio, o Guia do Estudante tem se preocupado, ao longo dos anos, em classificar e pontuar as melhores Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil – públicas e privadas – e aquelas que mais se destacaram em oito áreas do conhecimento.

Embora o déficit orçamentário vivido pela USP tenha gerado uma grave crise interna, o certo é que a Universidade de São Paulo continua figurando, com destaque, como uma das grandes universidades do mundo, mantendo-se entre as cem instituições de ensino superior com melhor reputação acadêmica do mundo no levantamento feito pela organização britânica Times Higher Education (THE).

Da mesma forma, o QS World University Ranking by Subjects, divulgado em março deste ano, classificou a USP entre as duzentas universidades mais bem avaliadas do mundo, melhor resultado da instituição desde 2010, quando a relação começou a ser publicada no formato atual, onde são analisados os níveis de pesquisa, ensino, empregabilidade e internacionalização.

A inclusão social é encarada pelos responsáveis da USP como a preocupação mais latente, sendo que a adesão ao SISU (Sistema de Seleção Unificado) para 21% das vagas dos cursos de graduação a partir do Vestibular 2017, bem como o aumento do número de vagas reservadas para alunos provenientes da rede pública de ensino, devem contribuir para isso, sendo que esses Sistema tem a vantagem de transformar a USP em uma universidade do Brasil, não restrita ao estado de São Paulo e região, segundo apreciação feita pelo Pró-Reitor de Graduação da Universidade, e docente do IFSC/USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes, no site do Guia do Estudante.

Contudo, para este responsável, outro desafio é fortalecer a inserção da universidade na comunidade global. Para isso, uma das metas é aumentar sua internacionalização, estreitando relações com universidades e instituições de pesquisa de outros países, a exemplo do que aconteceu no decurso deste ano, em que foram assinados 904 convênios com instituições estrangeiras para intercâmbio de alunos, o que significa um acréscimo de 12% em relação a 2015.

Com esse objetivo, o Conselho Universitário da USP autorizou que cada unidade de ensino possa oferecer disciplinas optativas livres em línguas estrangeiras nos seus cursos, uma decisão que, segundo Hernandes, “é uma mudança de paradigma e faz com que a USP dê um passo importante para a modernização do ensino de graduação, fortalecendo seu processo de internacionalização”.

Confira AQUI o quadro classificativo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de outubro de 2016

“Semana USP de Ciência e Tecnologia – 2016”

A Universidade de São Paulo realiza entre os dias 17 e 22 de outubro, em diversas de suas Unidades, a Semana USP de Ciência e Tecnologia – 2016, um evento que congregará diversas atividades, como palestras, mesas-redondas, debates, demonstrações, exibição de vídeos, atividades interativas, exposições e oficinas, entre muitos outros atrativos.

Não será produzido qualquer material impresso de divulgação, tal como folders, contudo, os espaços onde ocorrerão as atividades terão sinalização própria.

Para consultar ou fazer o download da programação completa do evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de outubro de 2016

Trabalho de aluno do IFSC conquista 1º lugar em conferência

Durante seu mestrado, o pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Giovanni Paro da Cunha, realizou uma pesquisa que lhe rendeu dois prêmios na 15ª edição da Brazil MRS Meeting, reunião anual da Sociedade Brasileira em Pesquisa em Materiais (SBPMat).

A pesquisa foi orientada pelo docente do Grupo de Ressonância Magnética do IFSC, Eduardo Ribeiro de Azevêdo, mas também contou com uma colaboração “a distância” do docente do Grupo de Polímeros do IFSC Gregório Faria, que realiza seu pós-doutoramento na renomada Stanford University.

O Grupo de Polímeros e de RMN do IFSC têm uma colaboração de longa data, consolidada dentro do Instituto Nacional em Eletrônica Orgânica (INEO). O foco de estudos do Grupo é em polímeros orgânicos, que são materiais formados por grandes moléculas orgânicas, geralmente isolantes, ou seja, não conduzem eletricidade. No entanto, uma classe específica desses materiais tem propriedades semicondutoras, e tem ganhado a atenção de muitas indústrias, que se aproveitam dessa característica do material para desenvolver diversos dispositivos, como células solares, transistores*, displays e, atualmente, os chamados organics light-emitting diodes (OLEDs), tecnologia já utilizada (e presente) em diversos aparelhos eletrônicos, como televisões, celulares, tablets e câmeras digitais. “Os polímeros semicondutores já encontram muitas aplicações hoje em dia e, por isso, muitos pesquisadores estudam o material. Porém, esses materiais são difíceis de serem estudados, pois suas microestruturas são bem diferentes do que é visto nos materiais inorgânicos”, explica Giovanni.

Microestruturas difíceis de serem estudadas não é só uma característica dos materiais poliméricos semicondutores, mas dos materiais poliméricos em geral. E um dos maiores desafios para os pesquisadores da área é conseguir compreender como eles conduzem eletricidade, tentando relacionar esse fato às suas microestruturas. “Essa correlação é complicada, justamente pela dificuldade em compreender a microestrutura desses materiais”, complementa Giovanni.

Mas esse fato foi visto pelo pesquisador como um desafio e, durante seu mestrado, ele utilizou a técnica de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) para tentar entender a microestrutura e dinâmica do polímero P3EHT. Paralelamente, o mesmo trabalho foi realizado pelo pesquisador da Stanford University, Duc Duong, orientado pelo professor Alberto Salleo, que utilizou técnicas de raios-X para ter mais informações a respeito da microestrutura do P3EHT, e a pesquisa de Giovanni deu respaldo aos resultados já encontrados nos Estados Unidos. “Quando eu cheguei a Stanford e tomei conhecimento dos resultados do meu colega Duc, percebi que algumas técnicas de RMN que eu havia trabalhado durante o meu doutoramento com o professor Eduardo poderiam complementar bastante o trabalho desenvolvido. Foi aí que propus a colaboração entre as Universidades, que tomou forma com a adição do estudante Giovanni”, relembra Gregório.

Giovanni-_Brazil_MRS_MeetingA relevância do trabalho de Giovanni teve reconhecimento duplo na Brazil MRS Meeting, já que, na mesma conferência, ele recebeu dois diferentes prêmios. O primeiro foi o prêmio “Bernhard Gross”, um reconhecimento da SBPMat às “melhores contribuições de cada simpósio apresentado durante a reunião”. Por ser uma conferência muito ampla, a Brazil MRS Meeting é dividida em 24 simpósios, sendo que cada um deles premia um trabalho diferente. No final da reunião, todos os trabalhos premiados nos diferentes simpósios são também avaliados pela Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês) e, novamente, premiados. E o trabalho de Giovanni foi avaliado como o “melhor entre os melhores”, o que rendeu ao pesquisador mais um prêmio de destaque na conferência. “Acho que esse foi um trabalho interessante, pois é um estudo básico. Nós decidimos estudar o P3EHT não por suas possíveis aplicações, mas por ser um material modelo para se entender microestruturas de materiais poliméricos. As conclusões que tiramos a partir desse estudo são bem gerais e, portanto, podem ser aplicadas a outros materiais diferentes e podem ajudar a compreender suas microestruturas também. Acho que essa foi a maior relevância do trabalho”, diz Giovanni.

Agora no início do doutorado, e novamente orientado por Eduardo, Giovanni afirma que os pesquisadores envolvidos no trabalho já estão satisfeitos com os resultados encontrados sobre o P3EHT. Portanto, nessa nova etapa da pesquisa, Giovanni pretende focar sua pesquisa no estudo de outros materiais, relacionando essas microestruturas com as propriedades elétricas dos materiais, e a técnica de RMN será uma das ferramentas utilizadas para isso.

Sobre o trabalho, Eduardo afirma que “obviamente o reconhecimento na SBPMat nos alegra, porém o que considero mais importante foi a sinergia que conseguimos entre os grupos envolvidos, o que certamente será levado adiante. Para citar um exemplo, após praticamente ter terminado o trabalho, nós vimos a possibilidade de utilizar um método de RMN em baixo campo recém desenvolvido em nosso grupo para tentar observar a dinâmica de cristalização do P3HT em tempo real. Resolvemos fazê-lo quase como uma ‘brincadeira’, pois para mim era óbvio que não teríamos nem de perto a sensibilidade e resolução das técnicas usualmente utilizadas para este fim, isto é, difração de raios-X e absorção UV-Vis. Porém, quando mostramos o resultado para o pessoal de Stanford, eles logo perceberam que tínhamos observado uma assinatura de cristalização unidimensional que era prevista teoricamente, mas que, por limitações técnicas, ainda não havia sido claramente observada no P3EHT”, diz Eduardo.

De acordo com o docente, isso resultou em um novo modelo de cristalização 1D que foi respaldado pelos resultados de RMN e que talvez tenha se tornado a parte mais importante do trabalho. “Certamente, nenhum dos grupos teria chegado a esse resultado se não estivessem trabalhando juntos. Neste sentido, é preciso exaltar o mérito dos principais autores do trabalho, Giovanni, Duc e Gregório, que foram quem realmente fizeram ‘a coisa acontecer’. Além disso, o reconhecimento de um trabalho feito por um estudante co-orientado por um ex orientado é uma realização pessoal, pois significa que, além de estar ficando ‘mais experiente’, tenho tido alguma contribuição na formação de pesquisadores de alto nível”, comemora Eduardo.

Em relação à colaboração que envolveu Brasil e Estados Unidos, Duc Duong também deixa clara sua satisfação com a parceria. “A colaboração com o IFSC foi, simplesmente, uma das melhores de minha carreira acadêmica. Vindo de um grupo de pesquisa orientado à difração de raio-X, eu me beneficiei profundamente dos conhecimentos do Eduardo, Gregório e Giovanni na utilização de RMN para caracterizar propriedades dinâmicas e estruturais de polímeros semicondutores, que não seriam possíveis de outra maneira”, afirma Duong. “Os resultados de nosso trabalho revelam importantes insights dentro das propriedades chaves da estrutura de polímeros semicondutores, e proveem um modelo de valor inestimável para a caracterização geral desta classe de materiais”, finaliza.

*Utilizados para amplificar ou trocais sinais elétricos com outro material

Imagem: Giovanni, durante premiação da ACS (crédito: arquivo pessoal)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

17 de outubro de 2016

Por que “exótico”?

“Se você é um topologista, tem uma coisa interessante sobre isso: o pão não tem um buraco, o bagel tem um buraco e o pretzel tem dois buracos. O número de buracos é algo que chamamos de invariável topológica”. Foi com essa analogia que um dos membros do comitê para física do prêmio Nobel, Thors Hans Hansson, justificou a milhões de pessoas que assistiam ao anúncio do Prêmio Nobel de Física de 2016 a importância da descoberta que obteve o famoso prêmio, anunciado no dia 4 de outubro, e angariado pelos três cientistas britânicos, David J. Thouless, F. Duncan M. Haldane e J. Michael Kosterlitz.

Nobel_de_Fisica_2016Mas o que bagels, pretzels e pães têm a ver com as “descobertas teóricas das transições de fases topológicas da matéria”, responsável pelo Nobel deste ano? Antes de trazer essa explicação, façamos uma viagem no tempo, mais especificamente à década de 1970.

Lembra-se daquela aula de química no ensino médio, quando o professor falava que a evaporação era a transformação da água de seu estado líquido para o estado gasoso? Isso é o que se chama de “transição de fase da matéria”. Esse fenômeno, no entanto, não ocorre somente com a água, mas com qualquer tipo de material ou elemento existente na natureza, e entender como as transições de fase ocorrem em diferentes materiais era o assunto do momento nos anos 70. “Nessa época, muitos pesquisadores da área estudavam a ‘teoria de Landau’, que explicava a transição de fases de qualquer tipo de matéria”, explica Eric de Castro e Andrade, docente do Grupo de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos (GFT-IFSC/USP).

Foi nessa época, também, que alguns pesquisadores viram a necessidade de ir além da teoria de Landau, já que a consideravam incompleta. Entre eles, estavam Kosterlitz e Thouless, que, ainda na década de 1970, descobriram uma característica bastante inusitada nos materiais magnéticos, que contrariava um dos no go theorems da física: não pode haver uma transição de fase em duas dimensões à temperatura finita sobre certas condições. Kosterlitz e Thouless descobriram que era, sim, possível haver uma transição de fase em duas dimensões, e a nomearam como “transição de fase topológica”.

Por definição, “topologia” é o ramo da matemática que estuda propriedades de figuras geométricas que não variam quando essas figuras sofrem deformação. Kosterlitz e Thouless descobriram que, nas transições de fase topológicas, os spins dos elétrons presos aos núcleos atômicos de materiais muito finos, sem profundidade (portanto, sem a terceira dimensão) e em baixas temperaturas, poderiam não só mudar de fase, como também formar vórtices. Esses vórtices, ao se ligarem, alteram a propriedade (forma) do material, como se um bagel se transformasse em um pão. “O vórtice é como uma entidade que só aparece em baixas temperaturas, e é impossível ser destruído por perturbações locais”, explica Eric.

Nobel_de_Fisica-FSPA descoberta dos dois pesquisadores trouxe um novo uso à topologia, aproximando-o a área de física, o que seria novamente evidenciado pouco tempo depois por Haldane, graças aos seus estudos que resultaram na descoberta do chamado “estado de borda”, estado topológico que existe nas bordas do material, e que é extremamente robusto. “Essa é a conexão com topologia que tem sido muito utilizada hoje em dia, e são justamente os estados de borda que determinam a estabilidade e as propriedades do sistema a baixas temperaturas”, elucida Eric.

Portanto, Kosterlitz, Thouless e Haldane conseguiram, através da identificação dessa estabilidade de sistemas topológicos, descobrir estados “exóticos” da matéria. Exóticos, porque, em baixas temperaturas, as fases de transição podem, justamente, ultrapassar os conhecidos estados sólido, líquido e gasoso.

Novas janelas para velhas pesquisas

Por se tratar de um estudo básico, fica difícil prever quais as possíveis aplicações da descoberta do trio britânico, mas algumas possibilidades já acenam como, por exemplo, a viabilização da famosa “computação quântica”. “Os computadores quânticos necessitam de sistemas estáveis para seu bom funcionamento. Os sistemas precisam de ‘coerência quântica’, ou seja, não podem ser afetados pelo ambiente. A robustez oferecida pelos estados topológicos da matéria permite que os sistemas quânticos se mantenham estáveis, sem a interferência do meio externo. Mas, claro, isso tudo são teorias, e nada pode ser garantido com 100% de certeza, pelo menos por enquanto”, ressalta o docente.

Quando um dos membros do comitê do Nobel de física afirma que a descoberta “transforma a maneira que cientistas pensam sobre os materiais”, a afirmação refere-se justamente à “criação” dos isolantes topológicos. Se novas possibilidades de estudos foram abertas na área de materiais, graças à descoberta dos “isolantes topológicos”, que destacam “propriedades exóticas da matéria”, essas possibilidades podem também ser extrapoladas para outros materiais, abrindo, portanto, novas linhas de pesquisa. “Isolantes topológicos na área de física dos materiais se tornou um tópico de intensa pesquisa, a partir de meados da década passada, após sugestões de que as descobertas feitas por esses três físicos poderiam ser observadas em mais materiais do que se pensava inicialmente. Aqueles que fazem parte da área de física dos materiais passaram a olhar para alguns isolantes de banda de maneira mais interessante”, afirma Eric.

Mesmo que tudo pareça muito promissor, Eric ressalta que isso não significa que alguma aplicação poderá ser realmente possível com base nessas novas informações sobre os materiais, especialmente quando o olhar é voltado à computação quântica. Por outro lado, essas descobertas “refinam” o olhar dos pesquisadores, e interferem em outras áreas de pesquisa da física, como a spintrônica, que parte do conceito de se fazer eletrônica através dos spins dos elétrons. “Existe uma grande área de pesquisa focada nas propriedades topológicas dos materiais, ou seja, encontrar materiais que possuam essas características topológicas. Porém, isso é algo muito trabalhoso, e ainda existem poucos exemplos na literatura que confirmem essas possibilidades”, diz Eric.

Para o docente, o grande mérito do trabalho de Thouless, Haldane e Kosterlitz foi ter encontrado a estabilidade em algo, aparentemente, quase impossível de ser estável, conforme algumas teorias pregavam. O trabalho do trio britânico, no entanto, prova que nada na ciência é duradouro, e que novas descobertas podem colocar em xeque até as teorias mais bem estabelecidas. É assim que notórias teorias são revistas e que a Ciência é realmente capaz de avançar.

Imagem 1: Vencedores do Nobel de Física 2016 (crédito: The Guardian)

Imagem 2: Vórtices (crédito: Folha de São Paulo)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

14 de outubro de 2016

O detector de raios cósmicos mais preciso do mundo

Em 14 de outubro, o Prof. Dr. Paolo Zuccon, docente do departamento de física do Massachusetts Institute of Technology – MIT (EUA), ministrou a palestra Searching for new physics in the cosmic ray fluxes with the Alpha Magnetic Spectrometer, que aconteceu no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do programa Colloquium diei.

Nesse colóquio, o docente falou sobre o PAOLO_250Alpha Magnetic Spectrometer (AMS-02), o detector de raios cósmicos mais preciso do mundo atualmente. Espera-se que o detector, que está em operação na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) desde 2011, obtenha e forneça dados do espaço até 2024.

Zuccon contribuiu na construção do detector e no desenvolvimento de um software para a medição da energia dos raios. Em sua palestra, ele apresentou também a medição mais recente do AMS-02, tendo discutido suas implicações e possíveis resultados futuros.

Nascido na Itália, Paolo desenvolveu o mestrado em física na Universidade de Padova (Itália) e o doutorado na Universidade de Perugia (Itália). Suas pesquisas estão centradas no estudo de novas físicas em raios cósmicos. No MIT, o docente formou um grupo de especialistas, com a finalidade de pesquisar assinaturas da natureza da matéria escura, a partir dos grandes dados estatísticos do AMS-02.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de outubro de 2016

Mini-course on tissue engineering

Nos dias 10 e 11 de outubro, decorreu na sala de seminários do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) o Mini-course on tissue engineering, que foi ministrado pelo Prof. Dr. Ram Sharma, professor assistente do departamento de engenharia química da Universidade de Bath (Reino Unido).

A engenharia de tecidos é um campo interdisciplinar que reúne princípios da engenharia, biologia celular e medicina, com a finalidade de desenvolver terapias baseadas em células e sistemas para uso em tecidos de pele. Nesse minicurso, o Prof. Ram discutiu técnicas atuais e conceitos utilizados no desenvolvimento de sistemas de engenharia de tecido.

O curso foi dividido em duas partes: na primeira, o docente falou a respeito de células, biomoléculas e suportes para a engenharia de tecido; na segunda, Ram abordou, por exemplo, a síntese de biomateriais, a caracterização de biointerface, o transporte e a evolução celular, bem como a migração de células.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de outubro de 2016

3ª Oficina de Instrumentação Científica e Inovação Tecnológica

Realiza- se entre os dias 19 e 21 de outubro, na cidade do Rio de Janeiro, a terceira edição da Oficina de Instrumentação e Inovação Tecnológica (o2i 2016), um evento promovido pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e que tem como objetivo principal promover a interação entre as áreas de P&D do CBPF com o setor produtivo, proporcionando cooperação do CBPF com empresas públicas e privadas e reunir físicos, engenheiros, empresários e funcionários de instituições governamentais que estão empenhados em promover o desenvolvimento de inovação tecnológica com base científica no Brasil.

Dividido em três partes distintas, o evento apresentará, nomeadamente, os desenvolvimentos tecnológicos realizados pelo CBPF em suas diversas atividades de P&D, uma abordagem lata sobre Inovação e P&D, segundo a visão das empresas, e a realização de mesas redondas, abordando temas, como, por exemplo, os desafios da inovação com base científica no país e o papel da Física e da instrumentação científica.

No capítulo dedicado aos minicursos, que ocorrerão no dia 19, irão acontecer duas apresentações em temas correlacionados a Instrumentação Científica e Inovação Tecnológica, a saber:

Minicurso 1: Computação Científica e Programação em SCILAB;

Minicurso 2: Inovação – Transformando P&D em Oportunidades de Negócios;

Tendo como principal público-alvo, profissionais, estudantes, professores e empresários com interesses em Ciência, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação promovidos nas áreas da Física, Engenharias, Química e em áreas ligadas à saúde humana e ciências afins, os objetivos específicos deste evento se congregam em quatro pontos:

• Estimular a pesquisa aplicada e o desenvolvimento tecnológico em parceria.

• Promover a relação entre centros de pesquisas e empresas.

• Divulgar a Instrumentação como geradora de inovação.

• Discutir os desafios, analisar resultados e propor metas.

No terceiro dia do evento, o destaque vai para as apresentações que irão ser feitas pelo diretor do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, que dissertará sobre o tema A Pesquisa Desenvolvida no Âmbito da Academia pode Contribuir ao Desenvolvimento da Indústria?, e a do ex-aluno de nosso Instituto, Daniel Martelozo Consalter, subordinada ao tema Soluções utilizando Ressonância Magnética Nuclear (RMN).

Para obter mais informações sobre este evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de outubro de 2016

Vem aí a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Nos dias 18, 19, 20 e 21 de outubro, integradas na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – SNCT-2016, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizará visitas guiadas* ao Espaço Interativo de Ciências (EIC), com o objetivo de apresentar questões relacionadas à biotecnologia e às plantas medicinais. Já no dia 23, das 14h às 19h, essa temática será abordada a partir de atividades interativas que decorrerão num estande que será montado na Praça XV de Novembro.

Tanto as visitas, como o estande, são iniciativas do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), coordenado pelo Prof. Dr. Glaucius Oliva (IFSC/USP), sendo um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (CEPID’s/FAPESP).

A SNCT-2016 ocorrerá entre os dias 17 e 23 de outubro, com coordenação a cargo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), tendo como objetivo divulgar a ciência à população, através de eventos gratuitos que acontecem em praças públicas, escolas, universidades, institutos de pesquisa, museus e parques de vários estados do Brasil.

A Assembléia Geral das Nações Unidas anunciou que 2016 seria o Ano Internacional das Leguminosas (AIL). Tal proclamação e o esforço da ciência, que, por sua vez, tenta garantir que todo o alimento existente no planeta possa alimentar os mais de 7 bilhões de seres humanos – na África, por exemplo, há crianças morrendo de fome -, foram as principais razões que motivaram a organização da Semana a definir o tema desta edição: Ciência Alimentando o Brasil.

A SNCT-2016 acontecerá em homenagem à agrônoma Johanna Döbereiner. Nascida na antiga Checoslováquia e naturalizada brasileira, ela possibilitou que o Brasil economizasse bilhões de reais em adubos e inseticidas nos últimos 40 anos, em razão dos estudos que a pesquisadora desenvolveu com a bactéria Rhizobium.

Apenas na edição de 2015, a SNCT promoveu 147 mil atividades, em todos os estados brasileiros. Neste ano, quase 14 mil atividades já estão programadas para acontecer em todo o país. Para consultá-las, acesse o portal da SNCT-2016, clicando AQUI.

Apenas no estado de São Paulo, por exemplo, 107 instituições, oriundas de 29 municípios, já se cadastraram para realizar 1125 eventos, durante a Semana. A programação referente ao estado pode ser conferida AQUI.

A organização da SNCT sugeriu dez assuntos que poderão nortear as atividades desenvolvidas neste ano, a saber:

– O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos. Como o nosso agronegócio funciona? Qual é o papel da ciência e da tecnologia?

– Você tem uma boa alimentação? Como conseguir isso com essa nossa correria diária? A ciência e a tecnologia podem ajudar?

– A cozinha é, antes de tudo, um laboratório. Que reações químicas e processos físicos acontecem no preparo dos alimentos?

– Fazer a própria comida pode ser um ato político. Conhecer a origem dos ingredientes e saber se são cultivados respeitando o meio ambiente, se há exploração de mão de obra, se há pessoas se envenenando com o uso abusivo de agrotóxicos, são critérios importantes na hora da compra.

– Os agrotóxicos são um mal necessário? Ou é possível alimentar 7 bilhões de pessoas sem esse tipo de recurso? Alimento geneticamente modificado faz mal à saúde e ao meio ambiente? O que dizem os especialistas a favor e contra? O que você acha sobre isso?

– Como assegurar que cada brasileiro tenha acesso à quantidade mínima diária de alimentos? Você já ouviu falar em Segurança Alimentar? Um terço do que produzimos vai para o lixo! Como combater o desperdício de alimentos no Brasil?

– Uma hora a gente ouve falar que uma pesquisa demonstrou que um certo alimento é um inimigo para a saúde. Depois, uma outra pesquisa diz que ele é bom. Afinal, por que tanto vaivém sobre o que a ciência afirma sobre alimentos e saúde?

– Para cada fase de nossa vida precisamos de uma alimentação diferenciada. As necessidades de alimentação de um bebê, uma criança, adolescente, adulto e, mais tarde, uma pessoa idosa, são diferentes. Precisamos estar atentos a essas diferenças.

– As populações que vivem no interior dispõem de um vasto conhecimento sobre ervas e plantas que tratam dos mais diversos problemas de saúde. As comunidades indígenas, comunidades de florestas, quilombolas, populações do semiárido e ribeirinhas têm muito a ensinar às populações das grandes cidades.

– O uso descontrolado de pesticidas está diminuindo o número de abelhas no Brasil e no mundo, e isso afeta todo o meio ambiente. Elas são responsáveis pela polinização de mais de 70% das áreas agrícolas que fornecem alimento ao mundo, além de contribuírem para polinização da flora em geral.

*Horário das visitas guiadas:

18/10 – das 8h às 11h30 e das 14h às 17h;

19/10 – das 13h30 às 15h30 e das 15h30 às 17h30;

20/10 – das 8h às 10h; das 10h30 às 12h; e das 14h às 15h30;

21/10 – das 10h30 às 12h e das 13h00 às 15h30.

O EIC está localizado na rua 9 de Julho, no número 1205, no Centro de São Carlos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de outubro de 2016

Oportunidade de bolsa FAPESP na modalidade TT-3

Ilana-_bolsa_TT-3-_2016A Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) está com uma vaga aberta na modalidade Treinamento Técnico (TT-3) para apoio ao projeto “Avaliação da atividade de produtos naturais contra bactérias multirresistentes e erradicação de biofilmes”, vinculado ao Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), e que será desenvolvido no Laboratório de Epidemiologia e Microbiologia Molecular do Instituto de Física de São Carlos (LEMiMo- IFSC/USP).

Os interessados em concorrer à bolsa devem ser graduados do nível superior, sem reprovações em seu histórico escolar e sem vínculo empregatício, com dedicação de 40 horas semanais às atividades de apoio ao projeto de pesquisa em questão. O valor da bolsa é de R$1.136,40, que é válida pelo período de um ano, podendo ser renovada por mais um ano, dependendo do desempenho do bolsista. O tempo de bolsa TT-3 será descontado no caso de o interessado vir a usufruir de bolsa de mestrado ou doutorado direto da FAPESP.

É preciso também que os interessados em concorrer à bolsa tenham conhecimentos em microbiologia e biossegurança. Será também exigido do bolsista organização e conhecimentos básicos em informática, necessários para redação dos relatórios de pesquisa.

Para se candidatar à bolsa, basta enviar e-mail à docente do IFSC, Ilana L. B. C. Camargo, no endereço ilanacamargo@ifsc.usp.br, anexando currículo e histórico escolar. O candidato aprovado iniciará as atividades imediatamente após a implementação da bolsa.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

12 de outubro de 2016

Termina a SIFSC-2016

Entre os dias 3 e 7 de outubro, alunos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) organizaram a 6ª edição da Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos – SIFSC-2016, que recebeu uma média de 200 participantes por período (manhã, tarde e noite).

PUBLICO_250Realizada no campus USP São Carlos, a Semana tem como finalidade incentivar os estudantes de graduação e pós-graduação do IFSC/USP a mergulhar nas diferentes áreas da física e a apresentar seus trabalhos científicos para colegas, pesquisadores e docentes, bem como destacar as oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho aos físicos. Além disso, o evento permite que os alunos adquiram experiências na organização de eventos de grande porte.

Na SIFSC-2016, houve palestras ministradas por diversos especialistas, na circunstância, Elson Longo (Universidade Federal de São Carlos – UFSCar), Fernanda Barros (HTM Eletrônica), Riccardo Sturani (Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – IFT/UNESP), Douglas Galante (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais – CNPEM), Fernando Moreira (UFSCar), Vivaldo Campo (UFSCar), Eduardo Azevedo (IFSC/USP), Amanda Muniz (IFSC/USP), Cora Castelo Branco (IFSC/USP), Thaisa Storchi Bergmann (Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS), Daniel Andrade (Bruker), Francisco Rolfsen Belda (UNESP/Bauru) e Marcos Raphael (HUE).

Em suas apresentações, os palestrantes discorreram sobre nanotecnologia, efeitos biomoleculares do LED, ondas gravitacionais, astrobiologia, carbonos magnéticos, Ressonância Magnética Nuclear (RMN), mercado financeiro, divulgação científica, além de outros temas.

Ao longo dessa semana houve também minicursos, mesa redonda, show de talentos, apresentação do Coral do ICMC* e apresentações orais de 230 trabalhos científicos, que foram avaliados por 50 pesquisadores e docentes. Durante o evento, também ocorreram três painéis, que estimularam a discussão e o debate em três áreas da física, sendo elas: física da matéria condensada, física computacional e biofísica molecular.

A programação foi elaborada de maneira a oferecer atividades intensas e diversas, sob a responsabilidade de uma pequena – mas eficiente – comissão organizadora, composta por sete alunos**, que contaram com o apoio de outros cinco estudantes***. “Mesmo com poucas pessoas na organização, o evento foi muito bom, tudo ocorreu de maneira correta… a Semana foi surpreendente!”, avaliou Vinicius Aurichio. Doutorando do IFSC, ele organizou a Semana pela segunda vez e reconheceu a importância da contribuição de alguns setores da Unidade, como a Secretaria de Pós-Graduação do Instituto, que deu suporte durante as apresentações orais, e a Diretoria do IFSC/USP, que disponibilizou o Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” para a realização de parte das atividades da Semana.

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Embora esteja satisfeito com o desempenho da comissão na organização do evento, Vinicius não pretende continuar a integrá-la, no sentido de dar espaço e poder auxiliar as demais pessoas que tiverem interesse em organizar a 7ª edição da SIFSC.

Os interessados em integrar a comissão organizadora da Semana podem contatar os estudantes do IFSC/USP através do e-mail sifsc@ifsc.usp.br.

*Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação do campus USP São Carlos;

**Anacleto Souza, Angélica Carrillo, Gabriel dos Santos, Humberto Ribeiro, Nícolas Morazotti, Vicente Mattos e Vinicius Aurichio;

***Ana Flávia Silveira, Gustavo Freitas, Karin Targas, Krissia de Zawadzki e Thereza Cury.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de outubro de 2016

Há ainda um longo caminho a percorrer

Independente dos esforços que têm sido feitos ao longo dos anos, o certo é que fazer divulgação científica no Brasil não é tarefa fácil – muito pelo contrário -, colocando-se diversas questões pertinentes relativamente a esse tema que, quer se queira, ou não, está intrinsecamente ligado à Educação e Cultura. Como é que em um país onde jornalcien300os níveis de analfabetismo ainda são extremamente altos, se consegue divulgar pelas comunidades mais carentes, a ciência que se faz em prol delas mesmas? De que forma é que no meio escolar, atualmente precário, se consegue entusiasmar as crianças, de forma abrangente, sobre a importância da ciência e o impacto que ela tem em sua vida cotidiana? De que maneira se pode informar e incentivar os professores sobre a importância da pesquisa científica na vida do cidadão comum, por forma a que estes disseminem os conceitos não só pelos jovens alunos, como pela sociedade? O que fazer para difundir entre a população os novos avanços na ciência e tecnologia que se desenvolvem no Brasil?

No decurso da 6ª Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos – SIFSC-2016, evento organizado em outubro por alunos do IFSC/USP e cujo objetivo principal foi incentivar os estudantes de graduação e pós-graduação a mergulhar nas diversas áreas da física e a apresentar seus trabalhos científicos para colegas, pesquisadores e docentes, bem como destacar as oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho aos físicos, uma série de palestras foram realizados com o intuito de debater diversos temas importantes para reflexão dos alunos da Unidade. Dentre essas palestras, uma abordou exatamente a Divulgação Científica, um tema que foi apresentado pelo Prof. Francisco Rolfsen Belda* (UNESP), com um discurso aberto e direto, que entusiasmou a plateia.

Para Francisco Belda, além do que salientamos no início desta matéria, um dos grandes gargalos para quem pretende divulgar ciência é a dificuldade de ver estabelecido um campo específico dentro do qual profissionais de áreas diversas – comunicação, design, audiovisual, programação, arte, linguagem e tecnologia – possam trabalhar de forma continuada e bem remunerada, jornalciencia300fazendo dessa atuação a sua área de expertise. “Muitas vezes, a divulgação científica no Brasil é uma atividade encarada como um apêndice da atividade de um repórter, de um professor ou de um educador, pelo que muito dificilmente se tem um profissional que se dedica exclusivamente à divulgação científica no Brasil, pela inexistência de uma carreira profissional nessa área, quer nas universidades, como também em museus da ciência, meios de comunicação e em empresas que poderiam enxergar nesse campo também um mercado de consumo para jogos educacionais e outros artefatos que pudessem ocupar e remunerar os profissionais, de uma forma valorizada”, comenta Belda.

Já no que diz respeito ao que se passa no exterior, em países mais desenvolvidos existe um mercado e também um campo público de comunicação muito mais desenvolvido em torno de museus de ciência, de centros de divulgação científica, onde existem equipes muito bem preparadas e remuneradas, em condições de se dedicarem exclusivamente à tarefa de divulgação científica. Para Belda, é muito comum nos EUA, Canadá, Japão, Suécia e em outros países europeus, encontrar não apenas profissionais, mas também um campo intelectual dedicado à divulgação científica, na forma de congressos, encontros e seminários, onde a divulgação não é um tema acessório, assumindo-se, sim, como a própria razão de ser desse campo profissional e intelectual. No Brasil é tudo muito amador, mas no bom sentido. “Temos profissionais muito competentes nas suas áreas de origem, são profissionais que enxergam e valorizam o campo da divulgação científica, da educação para a ciência, da difusão científica, com muito carinho e empenho, e aí eu incluo os professores de todos os níveis de ensino – infantil, fundamental médio e superior -, comunicadores, repórteres, fotógrafos, cinegrafistas e cineastas, que têm uma paixão e interesse pelo assunto, que enxergam no tema da divulgação científica uma atividade de ciencia300interesse estratégico para o País no sentido de formar novas gerações de cidadãos críticos e conscientes em relação à forma como lidam com o conhecimento e com a ciência no seu dia-a-dia, e esses profissionais merecem todo o mérito. Mas, muitas vezes são profissionais que estão sobrecarregados com outros trabalhos, sub-remunerados e que acabam dedicando apenas umas poucas horas para temas de divulgação científica”, acrescenta Francisco Belda. Para nosso entrevistado, o ideal seria que esses profissionais pudessem se dedicar em tempo integral, por forma a poderem investir na sua educação continuada – fazer cursos de especialização, frequentar congressos, etc.. Para Belda “No Brasil sobra entusiasmo e dedicação, mas faltam condições de trabalho e de remuneração”.

Conceitualmente, quando falamos de divulgação científica, estamos necessariamente pressupondo comunicar com público leigo, já que o trabalho de comunicação científica realizado entre pares e especialistas, chamamos de disseminação científica, embora todas elas sejam áreas de difusão científica ou de comunicação para a ciência. A divulgação se caracteriza pela comunicação, no sentido da vulgarização, como elucida Francisco Belda. “Divulgar é formar o conhecimento mais popular, menos hermético e esotérico, usando uma linguagem que seja adequada para contingentes mais amplos do público. Geralmente, não só através de veículos de comunicação de massa, mas também através de instalações, como em museus, centros de ciência, etc., que recebem majoritariamente um público heterógeno vindo de escolas e de comunidades, essa é a atividade que nós chamamos de divulgação, de vulgarização. A atividade entre pares é tida como disseminação de dados de pesquisa e de atualização científica para comunidades próprias de pesquisadores e de cientistas, com uma linguagem e formato de comunicação mais herméticos. Existem outras formas de comunicação igualmente interessantes em relação à ciência, como o jornalismo científico, que se caracteriza não apenas por um público e por veículos especialmente voltados ao jornalismo, mas também pelo compromisso de mediação crítica dos acontecimentos e saberes oriundos do mundo da ciência.

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O jornalista, nesse sentido, diferencia-se do divulgador, sendo que sua missão não é apenas tornar mais popular o conhecimento e sim contextualizá-lo, interpretá-lo e questioná-lo à luz de um interesse público mais amplo, que envolve a política científica, os impactos económicos da atividade científica e as transformações sociais e culturais que a tecnologia e a ciência provocam na sociedade”.

Belda chama a atenção que é óbvio que a comunicação científica orbita em torno de vários interesses próprios de cada nicho de público, como, por exemplo, o veículo de comunicação, patrocinador, anunciante, financiador da pesquisa, agências de fomento, governos, ONG’s, bem como das grandes indústrias, sempre interessadas na transferência de conhecimento e de tecnologias, etc., e o jornalista científico se vê muitas vezes “espremido” entre todos esses interesses que precisam ser conciliados com qualidade e eficácia, para construir uma comunicação efetiva e séria.

*Francisco Rolfsen Belda é jornalista formado pela PUC de Campinas, com mestrado em jornalismo pela ECA-USP e doutorado em engenharia de produção pela EESC-USP. Atua profissionalmente há mais de 15 anos em empresas de comunicação, principalmente na área editorial jornalística, sendo igualmente empreendedor e gestor de pequenas e médias empresas de comunicação. Atualmente, é professor do curso de jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Mídia e Tecnologia da UNESP-Baurú e professor-visitante na Brandeis University, em Massachusetts (EUA).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de outubro de 2016

Nota Pública sobre a MP do Ensino Médio

No passado dia 06 de outubro, a Sociedade Brasileira de Física (SBF) publicou, no seu site, uma Nota Pública sobre a MP do Ensino Médio (MP-746/2016) encaminhada ao Congresso Nacional, que passamos a reproduzir, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de outubro de 2016

Coral do ICMC se apresenta no IFSC/USP

Na noite de 7 de outubro, o Coral do ICMC* se apresentou no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tendo encerrado as atividades culturais da 6ª edição da Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos – SIFSC-2016.

Sob a regência do maestro Sergio Alberto de Oliveira, os cerca de 60 integrantes do Coral interpretaram as canções O Trenzinho do Caipira (Heitor Villa-Lobos), Dindi (Tom Jobim), Falando de Amor (Tom Jobim), Amazing Grace (John Newton), All of Me (John Legend) e Skyfall (Adele), numa apresentação que marcou o primeiro aniversário da atual formação do grupo.

O Coral é integrado por pessoas da comunidade uspiana e de São Carlos que, semanalmente, se reúnem para realizar reuniões e ensaios gerais e de naipes – nestes, os ensaios não são feitos com o coro completo, mas, sim, com o coral dividido entre cada subgrupo, como dos sopranos, contraltos, tenores e baixos -, que ocupam mais de 10 horas de trabalho, a cada semana.

Regente do Coral da USP em Ribeirão Preto, Sergio Alberto destacou o crescimento do Coral do ICMC, constatado tanto pelo maestro como pelos integrantes do coro, ao longo de um ano de ensaios e apresentações, que demandaram esforço e trabalho contínuos. “Eu fico muito contente, porque os integrantes do Coral do ICMC perceberam que sempre podemos evoluir, aprender e aperfeiçoar a cada música que apresentamos. Isso resulta num trabalho que fica cada vez mais sofisticado, mais complexo, mais bonito, mais emocionante”.

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Para Sergio, esse crescimento do grupo é o resultado de um trabalho árduo e importante de humanização, haja vista a habilidade que o coro – assim como as demais atividades artísticas – oferece de percepção de sutilezas e profundidades de sensações dos artistas.

Embora seja capaz de emocionar a platéia, novas propostas e o aprimoramento técnico são características continuamente repensadas pelo grupo, que se prepara para enfrentar novos desafios, como, por exemplo, a possibilidade de participar de encontros que reúnem corais do país e do exterior.

“A Universidade vive um momento bastante difícil, em termos financeiros, mas há um desafio para que possamos participar de encontros com outros corais, para nos recriarmos. Para isso, dependemos de dinheiro; dependemos de verba e apoio. Então, as instituições ligadas ao grupo precisam estar convencidas de que a nossa participação nesses eventos é importante, para que o nosso trabalho seja representativo não só dentro da USP, mas também fora dela”, concluiu o maestro, que ocasionalmente leva corais para outros estados e, inclusive, países.

Abaixo, confira algumas imagens da apresentação:

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*Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP em São Carlos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de outubro de 2016

Alunos do IFSC conquistam prêmios no Brasil e no exterior

No início do mês de setembro, o Grupo de Ressonância Magnética do Instituto de Física de São Carlos (RMN-IFSC/USP) deu mais um “empurrãozinho” para destacar o Instituto em território nacional e internacional, graças a dois trabalhos premiados recentemente, de autoria dos alunos Mariane Barsi Andreeta e Elton Tadeu Montrazi, ambos orientados pelo docente e diretor do IFSC, Tito José Bonagamba.

Mariane_e_EltonMariane criou uma nova metodologia para o tratamento de imagens resultantes da chamada “acidificação de rochas”, que consiste no despejo de um ácido sobre o mineral, que cria um caminho na rocha denominado Wormhole. Este processo é realizado com o intuito de facilitar a extração do petróleo, uma das técnicas de estimulação de poços utilizada na indústria. “Nossa ideia principal consistiu na análise da trilha formada pelo ácido nas rochas. Para isso, fazemos a tomografia de raio-X das amostras acidificadas, e meu trabalho consistiu na reconstrução da matriz tridimensional e análise da morfologia dos caminhos de corrosão do ácido”, explica a doutoranda.

O destaque do trabalho da aluna, que foi coorientada pelo professor associado do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), Francisco Aparecido Rodrigues, foi a maneira através da qual ela fez a análise das imagens resultantes do processo de acidificação das rochas: a partir da análise de grafos*, o que permitiu que diversas medidas estatísticas das trilhas formadas pelo ácido nas rochas fossem retiradas. “Os outros métodos já existentes não fornecem tantas informações, pois a análise é feita através com base na divisão do meio entre regiões definidas como poros, e outras regiões definidas como gargantas. Nosso novo método, inspirado pelas análises de meios porosos via ressonância magnética nuclear, analisa a matriz porosa, dividindo-a em regiões cuja a razão da área superficial e volume do poro sejam distintas. Meu método de análise não permite que o meio seja simplificado, de modo que informações de conexão e tortuosidade dos canais se percam, pois toda morfologia do meio é mantida e, portanto, as informações estatísticas que consigo extrair são mais detalhadas”, elucida.

Durante a análise das imagens, Mariane extrai informações relevantes para a compreensão do método de acidificação analisado. Tendo posse de mais informações, uma das consequências futuras é o desenvolvimento de ferramentas que permitam identificar melhores métodos de acidificação, facilitando a extração de petróleo, algo extremamente relevante. Tão relevante que Mariane conquistou o prêmio de melhor pôster na 13th International Bologna Conference on Magnetic Resonance in Porous Media (Itália).

Já a conquista de Elton foi em solo nacional, mais especificamente na XIV Jornada Brasileira de Ressonância Magnética, recebendo o prêmio de segundo lugar na categoria “Doutorado”. Sua pesquisa teve como foco a análise do experimento T2-T2 Exchange, que é capaz de observar a migração de momentos magnéticos nucleares entre regiões com características físico-químicas diferentes, ou seja, capaz de observar moléculas do fluído migrando entre os poros da rocha que tenham características diferentes. “É possível ter uma boa noção da conectividade do meio poroso através desse experimento”, explica Elton.

Para entender melhor a importância do trabalho, é preciso trazer uma informação básica sobre a maneira como é feita a extração do petróleo, que consiste numa perfuração que atravessa uma lâmina de água de quatro quilômetros, rochas, sal e, finalmente, o pré-sal. O equipamento que perfura o solo tem embutido em sua ponta um equipamento de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) que pode realizar vários estudos para a estratégia a ser adotada na extração do petróleo da rocha. A técnica mais utilizada atualmente é a medida do chamado “tempo de relaxação”, associada diretamente ao tamanho do poro das rochas. Quanto maior o poro, maior a possibilidade de se extrair petróleo da rocha. Outras técnicas em RMN que ajudam a compreender os meios porosos, como a T2-T2 Exchange, e medidas T1-T2, são consideradas demoradas. Desta forma, o trabalho de Elton consistiu justamente em tornar esses experimentos mais rápidos. “Normalmente, não existe uma boa técnica para fazer essas medições, e a pesquisa de Elton encontrou uma boa técnica para realizá-la”, explica Tito.

Um primeiro trabalho realizado pelo grupo tornou a T2-T2 Exchange mais rápida, e agora foi observado que desse mesmo experimento também é possível obter o resultado T1-T2 simultaneamente. “Nossa versão permite que os experimentos T1-T2 e T2-T2 sejam realizados ao mesmo tempo, e essa é a inovação do trabalho”, diz Elton.

Mariane e Elton já estão na fase final do doutorado, e ambos já pensam nos próximos passos. Mariane afirma que os resultados encontrados trazem novas possibilidades de pesquisa na área. “Nossas ferramentas permitem a captura detalhada da interconexão da matriz porosa das rochas e sua respectiva análise. O estudo estatístico das redes complexas resultantes abre a possibilidade para a criação de um modelo matemático de uma rede de conexão de poros, que é o que pretendo fazer no meu pós-doutorado”, conta.

Elton afirma que a vontade dele e de outros membros do grupo é ver essas técnicas sendo utilizadas pelas empresas de petróleo. “Nosso próximo passo será executar o experimento em rochas reais, para verificar sua real possibilidade de aplicação”, finaliza.

*Conjunto de vértices e arestas que tem como objetivo identificar relações entre objetos de um determinado grupo

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

7 de outubro de 2016

Self-Interacting Dark Matter and CDM Small Scale Potential Problems

As evidências da existência de matéria escura e os potenciais problemas que ela poderia enfrentar em pequenas escalas foram discutidos pela Profa. Dra. Ivone Freire da Mota e Albuquerque, do Instituto de Física da USP (IF/USP), durante a palestra Self-Interacting Dark Matter and CDM Small Scale Potential Problems, que ocorreu na manhã do dia 7 de outubro, no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do tradicional programa de colóquios intitulado Colloquium diei.

IVONE_250No IF/USP, a Profa. Ivone desenvolveu o bacharelado, o mestrado e o doutorado, tendo atuado como pesquisadora na Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), na Universidade de Chicago (EUA), no Fermi National Accelerator Laboratory (EUA) e na Universidade de Rutger (EUA). Atualmente, Ivone Albuquerque integra o corpo docente do IF/USP, onde trabalha principalmente nas áreas de física de partículas elementares e campos, lidando com temáticas como matéria escura, neutrinos, raios cósmicos de altíssimas energias, partículas e extensões de modelo padrão.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de outubro de 2016

Alunos demonstram suas habilidades em Show de talentos

No âmbito da Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos – SIFSC-2016, aconteceu na noite de 6 de outubro, no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Show de talentos, em que estudantes de graduação e de pós-graduação da Unidade mostraram que, além de física, sabem entreter uma platéia.

Nessa noite, dedicada às “estrelas” do Instituto, ocorreram 12 apresentações, incluindo interpretações musicais, como de canções orientais e de Billie Jean (Michael Jackson), Fluorescent Adolescent (Arctic Monkeys), Enjoy the Silence (Depeche Mode), Take On Me (A-ha), Palpite (Vanessa Rangel), Imagine (John Lennon), entre outras.

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Houve também uma apresentação de Kung fu, na qual foi feita uma breve simulação de combate e uma sequência de movimentos. Gabriel de Souza, que cursa o segundo ano da graduação do IFSC/USP, treina Kung fu há um ano, tendo participado da apresentação. “Meu único medo é cair durante as demonstrações”, disse, rindo, minutos antes do show começar.

Abaixo, confira algumas imagens do Show de talentos:

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de outubro de 2016

Conferência do “Observatório Magna Charta Universitatum”

A USP realiza nos próximos dias 20 e 21 de outubro a conferência internacional que assinala o 28º aniversário da Magna Charta Universitatum, documento que se tornou referência para os valores e princípios fundamentais das universidades.

Todos os anos, o Observatório Magna Charta Universitatum organiza um encontro para elencar desafios atuais em confirmação aos valores fundamentais das instituições de ensino superior, sendo que esta será a primeira vez que o evento é realizado fora da Europa, com a coordenação da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI).

A Universidade de Bolonha, na Itália, fundada em 1088, é considerada a universidade mais antiga do mundo ocidental e em setembro de 1988, quando comemorou 900 anos de fundação, 388 reitores assinaram a Magna Charta Universitatum, dentre eles, o então reitor da USP, José Goldemberg.

O tema da conferência que ocorrerá na USP e que deverá reunir dirigentes de universidades nacionais e estrangeiras, será subordinado ao tema Reduzindo as Desigualdades Sociais: O Papel das Universidades.

Para ministrar as palestras principais, foram convidados o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso; o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski; a embaixadora do México no Brasil, Beatriz Paredes Rangel, e o ex-primeiro-ministro da Espanha e titular da Cátedra José Bonifácio da USP, Felipe González.

Painéis sobre universidade cidadã e igualdade de gênero serão transmitidos ao vivo diretamente da Universidade de Bolonha. Também serão promovidos workshops sobre autonomia universitária, cooperação internacional e qualidade acadêmica. Uma mesa-redonda discutirá o tema A universidade em 2038: o que esperamos?”

A conferência também vai celebrar a adição da subscrição de novos reitores à Magna Charta. Atualmente, 802 líderes universitários de 85 países subscrevem o documento.

Para mais obter informações sobre a programação deste evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de outubro de 2016

USP Filarmônica regressa com mais um concerto

Inserido na série Concertos USP / Prefeitura de São Carlos – temporada 2016 -, realiza-se no próximo dia 26 de outubro, pelas 20h30, no Teatro Municipal de São Carlos, o 69º Concerto “USP – Filarmônica”, com apresentação de obras de Ludwig van Beethoven, Giacomo Puccini e Wolfgang Amadeus Mozart, contando-se com a participação do solista Carlos Vogt (piano) e de Luis Felipe Sousa (canto), sob a regência do Maestro Prof. Rubens Russomanno Ricciardi.

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Carlos Vogt é aluno do Curso de Música – Bacharelado em Instrumento (piano) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA-USP e foi 1º colocado no Concurso Nacional de Piano USP -Steinway – Caio Pagano, em 2016 2016 (turno 18 – 30).

Já no que diz respeito a Luis Felipe Sousa, ele nasceu em Batatais, iniciou seus estudos de canto com Camilo Calandreli e vem atuando como solista da Companhia Minaz.

Cursando seu primeiro ano no Departamento de Música da FFCLRP-USP, é aluno do Bacharelado em Canto na classe da Profª. Drª. Yuka de Almeida Prado e integra, como solista, a Oficina Experimental da Voz, sob regência da Profª. Drª. Silvia Maria Pires Cabrera Berg. Bolsista da 2ª Academia de Canto em Trancoso. Cantou no coro do festival regido pelo maestro Rolf Beck e participou de masterclasses com Francisco Campos e Lucia Duchonova. Vem cantando em workshops de importantes nomes do cenário operístico, como Abel Rocha, Rodolfo Giugliani, Graciela Araya e Emanuele Servidio, entre outros. Neste concerto pela USP-Filarmônica faz seu debut como solista de uma orquestra.

Este evento cultural conta com os apoios de todos os órgãos dirigentes da Universidade de São Paulo (USP) e do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de São Carlos – USP, numa organização conjunta do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prefeitura Municipal de São Carlos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) e, principalmente, do Departamento de Música da FFCLRP/USP.

As entradas para este concerto – bem para como para todos os que se inserem na série Concertos USP / Prefeitura de São Carlos, temporada 2016 -, serão livres e gratuitas, não sendo necessária a aquisição e/ou apresentação de convites ou ingressos, procedendo-se a entrada ao concerto por ordem de chegada.

Nesta nova temporada não serão distribuídos folders com a programação dos concertos, estando os mesmos disponíveis aos interessados, em breve, para download, aqui neste espaço.

(Imagem: André Estevão – FFCLRP/USP – Dep. Música)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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