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31 de março de 2017

Micro e nano cristalografia na nova fonte de luz Síncrotron brasileira

Linha MANACA – micro e nano cristalografia no Sirius, a nova fonte de luz Síncrotron brasileira foi o tema da palestra apresentada pela Dra. Ana Carolina de Mattos Zeri, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron – LNLS* (Campinas – SP), no Colloquium diei que se realizou nesta sexta-feira (31), no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Nessa palestra, a pesquisadora falou ANA_CAROLINA_250sobre sua trajetória científica, tendo apresentado os planos para a construção da MANACA, uma das primeiras linhas de luz planejadas para o Sirius, o novo acelerador de elétrons e fonte de luz Síncrotron em construção no LNLS.

A Dra. Ana Carolina é graduada e mestre em física pelo então Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC/USP), mestre em química pela Universidade da Pensilvânia (EUA), doutora em química e bioquímica pela Universidade da Califórnia (EUA), tendo desenvolvido pós-doutorado na Universidade da Califórnia – Berkeley (EUA) e na Universidade Estadual de Nova Iorque em Búfalo (EUA).

*O LNLS integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais – CNPEM.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de março de 2017

Informativo CODAGE Nº 5

Já se encontra disponível o Informativo CODAGE Nº 5, que tem como objetivo manter a comunidade universitária informada sobre o comportamento da arrecadação de ICMS e a evolução dos gastos com pessoal e seus reflexos.

A porcentagem do comprometimento dos recursos advindos do Tesouro Estadual com despesas de pessoal e reflexos acumulados no período de janeiro a março de 2017 é de 104,86%.

Para acessar o Informativo, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de março de 2017

O computador que faz sinapses

Uma classe de materiais poliméricos apresenta uma característica especial: eles são condutores mistos, ou seja, são capazes de conduzir cargas eletrônica e iônica com igual eficiência, o que os torna bons transdutores (ou conversores) de um tipo de corrente em outra. Essa especificidade dos polímeros foi explorada por pesquisadores brasileiros e estadunidenses, com o objetivo de mimetizar a máquina mais complexa sobre a qual se tem conhecimento: o cérebro humano.

Gregorio_Faria-_dispositivo_neuromorfico-1As sinapses neuronais, impulsos nervosos dos neurônios que são transformados em impulsos químicos, e responsáveis por todas as ações que realizamos (comer, pensar, sentir dor etc.), ocorrem da seguinte forma: os neurônios abrem canais de íons e os enviam ao meio celular, polarizando-o, ou seja, enviando cargas iônicas que, posteriormente, serão reconhecidas pelos neurônios vizinhos, permitindo que as sinapses ocorram. “O nosso corpo se comunica basicamente via fluxos iônicos. Os polímeros, portanto, tornam-se conversores ideais para fazer a interface entre tais fluxos iônicos e cargas eletrônicas, que nós, pesquisadores, conseguimos medir de maneira bastante precisa”, explica Gregório Faria, docente do Grupo de Polímeros do Instituto de Física de São Carlos (GP- IFSC/USP).

Durante os três anos em que estagiou na renomada Stanford University (EUA), Gregório trabalhou intensamente nos fundamentos e aplicações dos condutores orgânicos mistos. Supervisionado pelo pesquisador do Departamento de Engenharia dos Materiais de Stanford, Alberto Salleo, Gregório auxiliou no desenvolvimento de um dispositivo neuromórfico, que exibe propriedades de sinapses artificiais.

Algumas aplicações dos sistemas orgânicos de condução mista já são vislumbradas pelos pesquisadores. Uma das possibilidades é a implantação desses materiais no cérebro de epiléticos, por exemplo, substituindo placas de eletrodos utilizadas em casos mais extremos. “Esses condutores, por serem poliméricos e, portanto, flexíveis, podem ser implantados no cérebro de maneira muito menos invasiva. Esse material, por sua flexibilidade, pode permear o cérebro sem danificá-lo, e pode não somente estimular os neurônios, como também monitorar o fluxo iônico dos mesmos”, elucida Gregório. “Além de sensoriar atividades cerebrais não usuais do paciente, como o ataque epilético, esse dispositivo poderá também aplicar uma tensão para, localmente, exterminar o processo que gera a epilepsia, sem danificar os neurônios vizinhos”.

A grande vantagem reside na duplicidade de condução iônica-eletrônica desses materiais poliméricos, o que permite que interfaceiem a biologia de uma maneira fantástica. E por já terem visualizado as possibilidades “biológicas” desses materiais, os pesquisadores já enxergam outra possibilidade de aplicação dos mesmos. “Por serem considerados ‘bombas iônicas’ [do inglês, ion pump] e, portanto, terem uma forte interface com sistemas biológicos, nós nos questionamos sobre a possibilidade de criar um dispositivo que, justamente, imitasse os sistemas biológicos. Foi quando pensamos em criar um neurônio artificial, pois tínhamos todo o know-how para isso”, explica o docente.

Essa ideia não somente foi possível, como também já foi concretizada, gerando, inclusive, a publicação de um artigo em uma das revistas científicas mais renomadas do mundo, Nature Materials (clique aqui para acessá-lo). O sistema neuromórfico criado por Gregório e seus colaboradores de pesquisa imita, de fato, o funcionamento das sinapses neurais, e poderá, inclusive, revolucionar a própria computação. “Estamos chegando no limite da lei computacional de Moore, que é o modelo que descreve o desenvolvimento do poder de processamento dos chips atuais. Muitas empresas, como IBM, Google, Microsoft etc. já estão investindo em algoritmos de deep learning, e em sistemas de computação baseados no cérebro humano”, conta Gregório. “A computação baseada no funcionamento do cérebro, conhecida como ‘computação neuromórfica’, permitirá que os computadores façam algo que, até o momento, somente os humanos e determinados seres vivos são capazes: aprender”, conta Gregório.

Gregorio_Faria-_dispositivo_neuromorficoUma vez que o desenvolvimento desse sistema neuromórfico seja concluído em suas diversas etapas, a possibilidade de aplicações que se abre, tanto para área biológica, quanto para área computacional, é imensa. “Já temos em mãos um dispositivo capaz de fazer sinapses artificiais, e que apresenta características similares ao funcionamento de neurônios. Em nosso artigo, mostramos que o dispositivo contém todas as fases de potenciação de um neurônio, ou seja, a memória sensorial, a memória de curto prazo e a memória de longo prazo, permitindo que esse sistema seja, de fato, capaz de aprender”.

A parceria entre IFSC/USP e Stanford continua a todo vapor, assim como a continuação do projeto. Gregório já tem dois alunos do IFSC trabalhando com outras aplicações do sistema neuromórfico. Um deles,o aluno de doutoramento Renan Colucci, já explora o uso da tecnologia para criação de um olho artificial. “Visamos funcionalizar moléculas sensíveis à radiação em nossos dispositivos, e fazer os sistemas neuromórficos enxergarem”, conta Renan. Outra aluna de Gregório, a mestranda Priscila Cavassin, explora novas interfaces com a biologia e a utilização de novas plataformas baseados em condutores mistos orgânicos para aplicação de interesse biológico. “O próximo passo é trabalhar com redes neurais, que englobem todos os nossos sentidos. Criar, realmente, um cérebro artificial com capacidade de aprendizado. Esse ambicioso passo seguinte, obviamente, envolve pesquisadores de diversas áreas, como computação e engenharia elétrica”, adianta Gregório.

As descobertas dos pesquisadores brasileiros e estadunidenses, de fato, abrem um universo infinito de possibilidades. Embora possa parecer um pouco assustador a princípio, se os pesquisadores continuarem sendo bem sucedidos em suas pesquisas com sistemas neuromórficos, como tudo indica, a criatividade humana será o limite. E, quem sabe, poderá até mesmo contar com o auxílio de computadores para explorar esse infinito universo de aplicações.

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatos deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. As informações contidas na reportagem são de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

Imagens: 1- Dispositivo neuromórfico; 2- Da esq.: Renan, Gregório e Priscila

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

30 de março de 2017

Acceleration of petaelectronvolt protons in the Galactic Centre

Na mais recente edição do programa de DANIELLE_250seminários intitulado Astro-Cosmo-Particle Journal Club, que ocorreu em 30 de março no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a mestranda da Unidade, Danielle Kaori Nakashima, discutiu o artigo Acceleration of petaelectronvolt protons in the Galactic Centre (confira-o AQUI).

Bacharel em física e mestranda pelo IFSC, Danielle tem trabalhado na busca indireta da matéria escura, através do observatório Cherenkov Telescope Array (CTA), sob a orientação da Profa. Dra. Manuela Vecchi (IFSC/USP).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de março de 2017

Vídeos das palestras realizadas para alunos

Está disponível no portal da IPTV-USP o vídeo das palestra realizada no Centro de Inclusão Social da USP – Campus de São Carlos (CIS-USP SC) apresentada aos alunos matriculados no curso de inglês (proficiência em leitura). A palestra, apresentada pelo Eng. Rodrigo Ciciliano (For All English School – São Carlos /SP), e intitulada “Importância da Língua Inglesa na Vida Pessoal e Profissional”, poderá ser acessada clicando AQUI.

Outra palestra disponível no portal da IPTV-USP foi apresentada na disciplina de graduação SEL313 – Circuitos Eletrônicos I (EESC/USP), sendo ministrada pelo Prof. Carlos Goldenberg (EESC – USP / SEL), e intitula-se “Qual o Norte (sentido) da sua Vida (pessoal e profissional ?)”, podendo ser visualizada clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de março de 2017

Pesquisa fornece modelo estrutural detalhado da Crotoxina

Uma pesquisa publicada no início deste mês na revista Scientific Reports, da Nature, por um grupo de pesquisadores brasileiros, forneceu um modelo estrutural detalhado da Crotoxina (CTX), uma neurotoxina encontrada em venenos de cobras cascavéis, favorecendo potenciais aplicações terapêuticas desta proteína, como: imunomoduladores, anti-inflamatórias, analgésicas, antitumorais, entre outras.

A crotoxina (CTX) é uma neurotoxina encontrada em venenos de cobras cascavéis (Crotalus durissus terrificus). Este complexo proteico é um heterodímero composto de uma proteína não-tóxica e não enzimática (CA) e outra proteína fosfolipase com características tóxicas (CB). Essa neurotoxina tem diversas potenciais aplicações devido a sua ação paralisante semelhante a toxina butolínica (popular BotoxTM), sendo proposta como medicamento para tratamento do estrabismo devido a seus efeitos serem mais duradouros do que a toxina butolínica. Além disso, aplicações como potencial agente terapêutico, anti-inflamatório e anti-tumoral também são propostas.

No citado artigo, pesquisadores da UNESP, USP, UFMG e FUNED obtiveram informações sobre o mecanismo de ação da CTX, indicando quais regiões desta proteína estão envolvidas com a toxicidade. Neste trabalho a combinação de técnicas de calorimetria de titulação isotérmica (ITC), espectroscopia de fluorescência (FE), dicroísmo circular (CD), espalhamento de luz dinâmico (DLS) e espalhamento de raios X a baixos ângulos (SAXS) permitiram a obtenção de um modelo estrutural para a CTX indicando que os triptofanos da proteína estão localizados na interface entre os domínios CA/CB enquanto a região N-terminal do domínio CB é exposta ao solvente.

Este estudo contou com participação do Prof. Cristiano Luis Pinto de Oliveira e de sua ex-aluna de mestrado, Ranata Naporano Bicev, do Departamento de Física Experimental, do Instituto de Física da USP. O Prof. Oliveira foi o responsável pelo planejamento dos experimentos de SAXS que foram realizados no equipamento de Laboratório, NANOSTARTM, presente no IFUSP; analise e modelagem avançada dos dados de espalhamento. Através desta modelagem, combinando o ajuste dos dados de SAXS, estruturas atômicas de alta resolução disponíveis para as proteínas CA e CB e informações provenientes de fluorescência, foi possível obter um modelo estrutural para a estrutura do complexo em solução. Com base nesta estrutura, importantes conclusões sobre o mecanismo de ação da proteína puderam ser obtidas.

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As informações detalhadas das estruturas terciárias e quaternárias da CTX são essenciais para a compreensão dos efeitos imuno-modulatório, anti-inflamatório e analgésicos da CTX. Além disso, esse complexo proteico possui ações anti-tumorais bem como pode inibir o crescimento de tumores, toxicidade contra células tumorais e indução de apoptose e informações estruturais que são muito importantes para o design de novos agentes terapêuticos.

Para acessar o artigo, clique AQUI.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP – IFUSP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de março de 2017

“A USP mudou. E isso causa desconforto”, afirma reitor

O novo sistema de avaliação, o reequilíbrio das contas da Universidade e as mudanças nop Vestibular foram alguns dos temas abordados pelo Reitor da USP, Prof. Marco Antonio Zago, num balanço resumido de sua atuação desde 2014, explanado em uma entrevista concedida à Revista “Veja”, publicada no último dia 23 de março.

“Precisamos ousar mais para que o dinheiro investido na USP não se perca com pesquisadores ou funcionários que não querem sair da zona de conforto.”

Para ler esta entrevista na íntegra, clique AQUI.


(Pela Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de março de 2017

Estrutura de proteína crucial à replicação do vírus Zika é elucidada

A estrutura tridimensional de uma proteína, cuja ação é crucial para a replicação do vírus Zika, aedes_250_-_crditos_-_gizmodofoi desvendada por pesquisadores do Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Intitulada NS5 RNA-Polimerase RNA-dependente (NS5 RdRp), a proteína é a principal responsável por copiar o RNA viral (que guarda a informação genética do vírus) e reproduzi-lo centenas de vezes até que a célula onde o vírus Zika esteja alojado seja destruída, espalhando as cópias virais pelo organismo hospedeiro.

O vírus Zika é transmitido principalmente através da picada do mosquito Aedes Aegypti, podendo causar febre, dores no corpo, erupções cutâneas e conjuntivite. O vírus possui uma casca ou envelope que, além de conter o RNA viral, lhe permite reconhecer as suas células-alvo no hospedeiro, para invadi-las e ali se utilizar do maquinário celular para se replicar. A NS5 RdRp é uma das 10 proteínas codificadas pelo genoma viral, essenciais para que o vírus possa completar o seu ciclo de vida.

ns5-250Sabendo que a NS5 RNA-Polimerase cumpre um papel fundamental na cópia e na reprodução do vírus, os pesquisadores obtiveram a proteína na forma recombinante utilizando bactérias que foram transformadas para produzir uma grande quantidade de NS5. Esta etapa, dita de clonagem, foi realizada em parceria com a empresa startup Cellco Biotech, criada por três doutores egressos do IFSC/USP com o apoio de um projeto PIPE da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Essas proteínas foram purificadas e separadas das outras oriundas das próprias bactérias. Uma etapa crucial desse trabalho foi obter os cristais da proteína, que permitiram a utilização da técnica de Difração de Raios-X para então determinar a posição tridimensional dos átomos que formam a estrutura da NS5 (imagem ao lado).

Montando o quebra-cabeças

A elucidação da estrutura tridimensional da proteína permite que, agora, os pesquisadores planejem e desenvolvam moléculas cujas estruturas se encaixem à estrutura da NS5 RdRp, bloqueando a replicação do vírus, o que permitiria elaborar fármacos que teriam ação eficaz no tratamento de pacientes acometidos pelo vírus Zika.

Embora essa fase inicial seja auspiciosa, o Prof. Dr. Glaucius Oliva, do Grupo de Cristalografia, enfatiza que ainda existem diversos testes a serem desenvolvidos, tanto em fase in vitro (com células cultivadas em laboratório) como in vivo (em modelos animais), para que talvez se possa encontrar uma molécula que, além de se encaixar e inibir a ação da NS5, não interfira na ação de outras proteínas que existem no organismo humano, de forma que não seja tóxica e tampouco se degrade facilmente. “Após fazermos uma simulação computacional para encontrarmos o tipo de estrutura mais adequado, poderemos, com o auxílio de métodos matemáticos e computacionais, olhar para o universo de centenas de milhões de moléculas que já existem e que foram sintetizadas ao longo da história da humanidade, e que estão disponíveis na literatura internacional e em bancos de dados, e avaliar se cada uma delas se encaixa não só na forma, mas também na complementaridade química do sítio ativo da NS5 [local da proteína em que a sua atividade catalítica natural ocorre]”, explica Oliva.

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Da esquerda à direita: os pesquisadores Ketllyn Oliveira, Glaucius Oliva e André Godoy

Esse trabalho, cujos resultados foram publicados nessa segunda-feira (27) na revista Nature Communications, foi desenvolvido utilizando a linha de luz de Cristalografia de Proteínas do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, no âmbito do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), sediado no IFSC/USP, sendo um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID’s) apoiados pela FAPESP.

Os autores dessa pesquisa são dois pós-doutorandos (André Godoy e Fernando Maluf) e três doutorandos (Gustavo Lima, Ketllyn Oliveira e Naiara Torres), orientados pelos docentes do IFSC/USP, Profs. Drs. Rafael Guido e Glaucius Oliva.

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatas deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. A responsabilidade pelas informações contidas na reportagem é de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

(Créditos da 1ª imagem: Gizmodo)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de março de 2017

Vivaldi e as “Quatro Estações” no Teatro Municipal

A série Concertos USP – Prefeitura Municipal de São Carlos regressa para a edição de 2017, tendo novamente como ponto de encontro o Teatro Municipal de São Carlos “Dr. Alderico Vieira Perdigão, que recebe o 74º Concerto da “USP – Filarmônica” (sem intervalo),

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evento que ocorrerá no dia 29 de março, a partir das 20h30.

Sob a regência do Maestro Rubens Russomanno Ricciardi e com a especial participação dos solistas Claudio Rogério Giovanini Micheletti (violino), André Luis Giovanini Micheletti (violoncelo), Giovana Ceranto (cravo) e Vinicius Eduardo Simião da Silva (tenor), o programa trará As Quatro Estações – da obra O confronto da harmonia e da invenção – Op. 8 (Amsterdã, 1725), de Antonio Vivaldi (Veneza, 1678 – Viena, 1741), com a seguinte sequência:

Concerto Nº 1 em Mi maior, RV 269, La primavera

(Primavera)

I) Allegro

II) Largo

III) Allegro Pastorale

Concerto Nº 2 em Sol menor, RV 315, L’estate

(Verão)

I) Allegro non molto

II) Adagio e piano – Presto e Forte

III) Presto

Concerto Nº 3 em Fá Maior, RV 293, L’autunno

(Outono)

I) Allegro

II) Adagio molto

III) Allegro

Concerto Nº 4 em Fá menor, RV 297, L’inverno

(Inverno)

I) Allegro non molto

II) Largo

III) Allegro

 

No que concerne aos solistas que se irão apresentar neste concerto, eis algumas notas sobre eles:

Claudio Rogério Giovanini Micheletti (violino)

CLAUDIO_ROGRIO150Formou-se em 2004 na Academia de Música Liszt Ferenc de Budapeste (Hungria), sob orientação de Eszter Perenyi. É vencedor dos concursos para jovens solistas da OSESP e da Orquestra Experimental de Repertório (OER) por três anos consecutivos. É detentor do II Prêmio do X Concurso Eldorado em 1999. Foi membro fundador do Quarteto Camargo Guarnieri. Atuou como solista frente a orquestras sinfônicas como OSESP, Camerata Fukuda, Municipal de São Paulo (OSM), OER, USP-Filarmônica, Municipal de Campinas e do Estado de Minas Gerais, entre outras. Em 2011 foi solista no Avery Fisher Hall Lincoln Center de Nova Iorque (EUA). Sua discografia inclui três CDs com a Camerata Fukuda e a gravação das obras de Osvaldo Lacerda, a convite do próprio compositor (Selo ABM Digital, 2011). Desde 2009 ministra aulas no Instituto Bacharelli. Spalla da OSUSP e da OER, é também professor na Faculdade Cantareira em São Paulo. Desde 2016 atua como spalla do recém-fundado USP-Quarteto, atrelado à FFCLRP-USP, com gravações de obras brasileiras, por conta das pesquisas realizadas pelo NAP-CIPEM pela Coleção USP de Música.

André Luis Giovanini Micheletti (violoncelo)

Doutor pela Universidade de Indiana em Bloomington e mestre pela ANDRE_LUIS200Universidade Northwestern em Chicago, ambos nos EUA. Bacharel em violoncelo pelo IA-UNICAMP, já atuou como concertino da Columbus Indiana Philharmonic Orchestra, Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e primeiro violoncelo da Camerata Fukuda e Orquestra de Câmara da UNESP. Como solista, fez a primeira audição do Concerto para violoncelo e orquestra de Edmundo Villani-Côrtes e se apresentou frente a orquestras, tais como Sinfônica de Heliópolis, Municipal de Campinas, Sinfônica de Belém, OER, Camerata Fukuda, Câmara da UNESP, Jovem do Estado de São Paulo, North Shore Chamber Orchestra (EUA), Bach Gamut Ensemble (EUA) e USP-Filarmônica, entre outras. Como recitalista e camerista, tem atuado no Brasil, Argentina, Alemanha, Estados Unidos e Canadá. Foi professor de violoncelo do Instituto Baccarelli, Faculdade Cantareira, Escola Municipal de Música de São Paulo e Conservatório de Tatuí. É presidente da Associação Amigos Mahle em Piracicaba e professor de violoncelo e música de câmara no Departamento de Música da FFCLRP-USP, também GIOVANA_CERANTO200membro do NAP-CIPEM.

Giovana Ceranto (cravo)

Formada em piano e cravo no Conservatório de Tatuí, onde também estudou fortepiano, é, desde 2016, graduanda em piano na classe de Fernando Crespo Corvisier pelo Departamento de Música da FFCLRP-USP e bolsista da USP-Filarmônica. Foi também aluna de cravo de Pedro Persone (pós-doc pela FFCLRP-USP).

Vinícius Eduardo Simião da Silva (tenor)

É aluno de graduação em canto na classe de Yuka de Almeida Prado pelo Departamento de Música da FFCLRP-USP e bolsista da USP-Filarmônica.

Este evento cultural conta com os apoios de todos os órgãos dirigentes da Universidade de São Paulo (USP) e do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de VINICIUS_EDUARDO150São Carlos – USP, numa organização conjunta do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prefeitura Municipal de São Carlos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) e, principalmente, do Departamento de Música da FFCLRP/USP.

Tal como aconteceu no ano passado, as entradas para este concerto – bem para como para todos os outros inseridos na Série Concertos USP / Prefeitura de São Carlos, temporada 2017, serão livres e gratuitas, não sendo necessária a aquisição e/ou apresentação de convites ou ingressos, procedendo-se a entrada ao concerto por ordem de chegada.

O folder deste concerto poderá ser baixado, cicando AQUI.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de março de 2017

Pesquisador do IFSC/USP é nomeado membro da ACAL

O Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, docente e pesquisador do IFSC/USP, foi nomeado, neste mês de março, membro da Academia de Ciências da América latina (ACAL).

A decisão do conselho acadêmico da ACAL baseou sua decisão e posterior convite, na produtividade científica de alto nível do Prof. Bagnato, bem como nas valiosas contribuições feitas pelo pesquisador para o desenvolvimento da ciência e integração da mesma na América latina e Caribe, nomeadamente através de uma vasta e eficaz cooperação científica.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de março de 2017

Oportunidades para Mestrado e Doutorado em Física

O IFSC/USP, através de seu Grupo de Óptica, está oferecendo oportunidades para Mestrado e Doutorado na área de Física Atômica Experimental, envolvendo Condensado de Bose-Einstein e outros.

Confira abaixo:

bose

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2017

Reitor lamenta ação de manifestantes no dia 07 de março

Na abertura da reunião do Conselho Universitário, no dia 7 de março, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, fez um discurso veemente em que lamentou a ação de manifestantes que tentaram impedir, de forma truculenta, a realização da sessão, e que culminou em confronto com a Polícia Militar.

Para assistir ao vídeo do pronunciamento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2017

Proposta de Acordo Coletivo

Prezado(a) servidor(a)

A Administração vem realizando reuniões com o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), no âmbito da Comissão Permanente de Relações do Trabalho (Copert), para a instituição de um acordo coletivo de trabalho.

Neste momento, dada a evolução das discussões, gostaríamos de apresentar os principais pontos da proposta de acordo:

1) Banco de horas

O banco de horas permitirá uma maior flexibilização no cumprimento da jornada de trabalho, possibilitando que o(a) servidor(a) e chefias possam organizar, com mais facilidade, as compensações de pontes de feriado, recesso de final de ano e variações diárias nos horários de entrada e saída.

As horas trabalhadas nos dias de feriado e de descanso semanal remunerado serão computadas em dobro no banco de horas.

É importante salientar que esta proposta de banco de horas não modifica as normas e procedimentos vigentes na USP para pagamento de horas extras.

2) Divisão de férias para servidores(as) com mais de 50 anos

Atendendo ao interesse de muitos(as) servidores(as) com mais de 50 anos, a proposta do acordo coletivo prevê que ele(a) poderá optar por gozar suas férias em dois períodos – um de 20 dias e outro de 10 dias. Fica mantida, também, a possibilidade de gozo de 20 dias e “venda” de 10 dias.

3) Abono de comparecimento em consulta médica própria ou de familiares, como filhos, cônjuge e pais

A proposta do acordo coletivo prevê a possibilidade de:

a) 6 ausências ao ano, não excedendo 1 ao mês;

b) atrasos ou saídas antecipadas até o limite de 3 horas diárias.

Nesses casos, e respeitando-se os limites referidos acima, o(a) servidor(a) ficará dispensado(a) de compensar as horas respectivas, bem como ficará isento(a) de eventual desconto.

Lembramos que essas 6 ausências ao ano para comparecimento em consulta médica não eliminam os 6 abonos de faltas já previstos em norma da Universidade.

4) Licença-paternidade

No mesmo espírito das políticas públicas para a primeira infância, o acordo coletivo prevê que a licença-paternidade poderá chegar ao total de 20 dias para os pais que participem de programa ou atividade de orientação sobre paternidade responsável.

5) Licença-nojo

O acordo coletivo também inclui a possibilidade de aumento da licença em caso de falecimento de cônjuge, filhos(as), pais e irmãos(ãs) de 2 para 8 dias.

Já para o caso de falecimento de sogro(a), padrasto ou madrasta, cria-se uma nova licença de 2 dias.

6) Questões próprias dos(as) profissionais das atividades assistenciais de saúde

A proposta do acordo coletivo inclui, também, um capítulo específico para os(as) profissionais das atividades assistenciais de saúde. Essas disposições, além de atender interesses dos(as) profissionais que atuam nessas atividades, permitirão uma melhor organização da prestação de serviços à comunidade.

A Copert vem se reunindo semanalmente com representantes do Sintusp, com o intuito de concluir o Acordo Coletivo de Trabalho até o final do mês de março de 2017, para atender expectativas de parcela significativa dos(as) servidores(as) da USP. A assinatura do acordo coletivo depende, entretanto, de aprovação da categoria reunida em assembleia.

Atenciosamente,

Prof. Dr. Marcelo Dottori

Presidente da Comissão Permanente de Relações do Trabalho (Copert)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2017

Cor, sabor e liberdade: o caso dos quarks

No Colloquium diei que aconteceu no dia 24 de março, no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Profa. Dra. Tereza Cristina da Rocha Mendes, do Grupo de Física Teórica do IFSC, apresentou a palestra Cor, sabor e liberdade: o caso dos quarks.

Apesar de o termo “próton” significar “primitivo”, “primordial”, os prótons não são partículas elementares, mas sim estados ligados por partículas menores – quarks -, que interagem pelo efeito da chamada carga de cor. Essas são as interações fortes, responsáveis pela coesão do núcleo atômico e pelos principais processos envolvendo hádrons (como prótons, nêutrons e píons).

Sua descrição é dada pela Cromodinâmica Quântica (QCD), uma teoria quântica de campos com propriedades bastante peculiares. A principal característica da QCD é a não-linearidade, que dificulta o tratamento teórico das interações fortes e possivelmente determina um comportamento absolutamente bizarro para os quarks: seu confinamento permanente em estados ligados, sem cor.

O entendimento do confinamento de quarks ainda é um problema não solucionado. Nesse colóquio, a Profa. Tereza discutiu a TEREZA_300QCD e os métodos para estudá-la, tendo apresentado alguns resultados de sua área de pesquisa.

A docente é graduada e mestre em física pela USP, sendo doutora na mesma área pela Universidade de Nova Iorque (EUA). Entre 1996 e 2000, desenvolveu pós-doutorado na Universidade de Estudo de Roma Tor Vergata (Itália) e na Universidade de Bielefeld (Alemanha), tendo obtido o título de livre-docência pelo IFSC/USP em 2013.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2017

Eleição dos representantes discentes do IFSC/USP

No próximo dia 31 de março, das 8 às 17 horas, será realizada a eleição (por meio do sistema eletrônico de votação) para os representantes do quadro discente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Confira abaixo a lista dos inscritos:

Eleicao-_Quadro_discente-03-17

Com informações da Assistência Acadêmica do IFSC/USP

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

24 de março de 2017

“Luz, cores, ação!”: projeto insere crianças no mundo científico

Em 1945, na cidade italiana Reggio Emilia, teve origem uma prática educacional que, em pouco tempo, ganharia diversos adeptos. Reconhecida mundialmente como uma das melhores propostas educativas para a primeira infância, a proposta, criada pelo educador italiano Loris Malaguzzi, tem como princípio básico colocar as crianças como protagonistas de sua educação, e as enxerga como fortes, ricas, capazes e interessadas em estabelecer relações, colocando o docente no papel de colaborador e guia para seu aprendizado, e o espaço físico como um “terceiro professor”, responsável por promover relacionamentos, comunicação e encontros.

Irata_Lisboa-1A filosofia Reggio Emilia embasa muitas das ações desenvolvidas na Creche e Pré-Escola do campus da USP São Carlos. Além de atender crianças filhas de docentes, funcionários e alunos do campus, a Creche é um espaço de pesquisa e extensão. Alunos de graduação e pós-graduação de diferentes instituições desenvolvem pesquisas e estágios na Creche, entre eles, o aluno do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, Iratã Lisboa, orientado pela docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Cibelle Celestino Silva.

No 2º semestre de 2016, Irarã desenvolveu atividades com as crianças da Creche do campus, com o o projeto “Luz, cores, ação! Ciência e arte na educação infantil”. Financiado pelo CNPq, com quatro turmas de crianças entre três e seis anos, o projeto envolveu luzes e sombras, dando liberdade às crianças para interagir com esses dois elementos, explorando seus aspectos científicos e artísticos como desenho, dança e teatro. “Antes de iniciar o projeto, eu e a professora Cibelle visitamos a Creche, conversamos com os professores de lá, para conhecer o ‘know-how’ desses agentes pedagógicos, que é muito grande, e aprender um pouco mais sobre o que já havia sido feito na creche”, relembra Iratã.

As atividades foram realizadas durante quatro meses, uma vez por semana, com duração de 40 minutos, e Iratã conta que, com base na filosofia emiliana, as atividades foram adaptadas ao universo dos participantes. “Sempre respeitamos as crianças e adaptamos as atividades ao universo delas. O importante era estar com elas, e permitir que as atividades tomassem caminhos diferentes, conforme as crianças interagiam com as tarefas que eram dadas a elas”, conta o aluno.

As atividades foram gravadas e fotografadas, e, no momento, Iratã e Cibelle estão trabalhando na análise dos resultados, para a qual as reflexões e ideias do sociólogo da infância, Manuel Sarmento, servirão como pano de fundo.

Irata_Lisboa-2Embora ainda esteja no início da análise, Iratã adianta que ele próprio aprendeu bastante com a experiência. “Essas atividades são muito diferentes de qualquer atividade educacional que participei até o momento. Estar ali, ter que improvisar e deixar as crianças como protagonistas é, de fato, muito diferente e, ao mesmo tempo, muito enriquecedor. E tudo isso pode ser aplicado não somente com crianças da educação infantil, mas também com alunos do ensino fundamental e médio”, afirma. “É algo que tem muito a ver com a formação dos próprios professores. Atividades desse tipo permitem um relacionamento muito mais próximo com prática educacional, e ensina ao professor a se adaptar a diferentes realidades”.

Várias das atividades desenvolvidas podem ser facilmente transpostas para o ensino fundamental e médio, como, por exemplo, a câmara escura, sombras coloridas, e atividades que envolvem as noções de perspectiva e proporcionalidade dos tamanhos das sombras.

Sendo assim, no futuro próximo, Iratã pretende expandir a experiência. Além de já ter o desejo de aplicar atividades similares com crianças de outras idades, ele diz que pretende realizar mais atividades desse tipo com crianças da mesma faixa etária com as quais trabalhou recentemente. “Minha expectativa é, de fato, continuar com pesquisas na área de educação, mas com outros temas. Comecei com o tema da luz, mas com o que vivenciei na Creche qualquer tema pode ser trabalhado considerando o aluno como protagonista. É só uma questão de pensar bem nas atividades, e nos próximos temas que serão trabalhados”, diz. “Nossa ideia foi colocar as crianças em contato com a cultura científica, e pensar em maneiras de introduzi-las nesse universo. Fiquei muito encantado com a educação infantil, e, sinceramente, eu não esperava. É muito gostoso trabalhar com crianças, e será um enorme prazer continuar seguindo dessa forma”, conclui o educador.

Imagens: Crianças durante as atividades ministradas por Iratã (crédito: arquivo pessoal)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

23 de março de 2017

Uma parceria na excelência acadêmica

A reunião de esforços e a estreita colaboração entre a Escola de Engenharia de Lorena (EEL/USP) e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com o imprescindível apoio e envolvimento da Pró-Reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo, fez com que se concretizasse neste mês de março a completa remodelação dos laboratórios de física da EEL/USP, um projeto que teve início em maio de 2015 e que compreendeu a concepção e construção de kits didáticos, beneficiando da longa experiência do IFSC no ensino de física experimental.

Este resultado, que irá beneficiar em larga escala alunos e professores da Escola de Engenharia de Lorena, partiu de uma conversa informal entre o Pró-Reitor de Graduação, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes e o docente da EEL Prof. Dr. Carlos José Todero Peixoto na I Semana de Engenharia Física da EEL em outubro de 2014.

Já no início de 2015 aconteceram diversos diálogos entre o Diretor do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, o Pró-Reitor de Graduação da USP, o Diretor da EEL, Prof. Dr. Antonio Marcos de Aguirra Massola e os docentes da EEL/USP, Prof. Dr. Carlos Todero e o Prof. Dr. Carlos Renato Menegatti, tendo-se transformado o projeto e sua execução em um profícuo modelo de cooperação que poderá ser reproduzido por outras unidades da USP, sendo, inclusive, um exemplo para futuras ações e projetos em outras instâncias de ensino da Universidade.

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A Escola de Engenharia de Lorena (EEL) foi incorporada à Universidade de São Paulo em 2006 e, desde esse ano, um conjunto de reestruturações tem sido implementado em diversos níveis, inclusive nos seus quadros de docentes e funcionários técnico-administrativos, bem como em sua infraestrutura, que, ao longo do tempo vem sendo renovada. Os laboratórios de Ensino de Física da EEL possuíam infraestruturas e equipamentos muito antigos, construídas ainda no tempo da antiga Faculdade de Engenharia Química de Lorena (FAENQUIL/USP) e que nunca sofreram manutenção, tendo-se deteriorado com o passar do tempo devido à falta de investimentos.

Necessitando de renovação emergencial e através dos diálogos acima citados, o lef1-300IFSC, de forma solidária e ativa, e com uma experiência no ensino experimental de física de mais de 30 anos, auxiliou na recuperação dos laboratórios da Unidade de Lorena, começando pela concepção e construção de diversos kits didáticos, apoio esse que foi dado através dos técnicos de laboratório dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF) e das Oficinas de nossa Unidade, que ofereceram a reprodução e atualização de vários experimentos e as respectivas apostilas para a realização das práticas que serão agora extremamente úteis para todos os cursos oferecidos pela EEL/USP. A profunda experiência do IFSC e as contribuições dos técnicos dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF/IFSC) na construção dos novos kits contribuirão para que cerca de 350 alunos passem a se beneficiar dos renovados laboratórios.

Os Profs. Carlos José Todero Peixoto e Carlos Renato Menegatti, ambos egressos do IFSC e agora parte do corpo docente da EEL, que se envolveram profundamente neste projeto desde o seu início, enaltecem os esforços intensos que o IFSC desenvolveu para que sua unidade conseguisse reproduzir os kits, além, claro, do consecutivo e imediato apoio do Pró-Reitor de Graduação, Prof. Antonio Carlos Hernandes, para que fossem disponibilizadas rapidamente as verbas necessárias e não houvesse atrasos nas obras.

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Ao longo dos últimos dois anos, enquanto os responsáveis pela EEL cuidaram de toda a infraestrutura física dos laboratórios, os técnicos do IFSC se empenharam ao máximo na construção dos kits didáticos, conforme explica o Prof. Carlos Todero: “O Diretor do IFSC, Prof. Tito José Bonagamba, passou para nós a coordenação dos técnicos, ou seja, deu-nos total controle dos recursos técnicos do IFSC, algo que foi extremamente importante para poupar tempo e integrar as múltiplas tarefas já programadas. Assim, conseguimos iniciar as obras em simultâneo, colocando cada técnico responsável por um laboratório: Jae Antonio de Castro Filho ficou com o Laboratório de Física-1, Cláudio Boense Bretas ficou responsável pelo Laboratório de Física-2, Antenor Fabbri Petrilli Filho ficou com o laboratório de Física-3 e Ercio Santoni ficou com o Laboratório de Física-4. Foi um trabalho integrado na construção dos kits didáticos no IFSC, porém, com pequenas adaptações e inovações com relação aos componentes eletrônicos de alguns experimentos, o que demonstrou que os técnicos do IFSC têm uma grande experiência em como fazer equipamentos robustos e práticos”.

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“Isso foi também um dos grandes motivos em se ter conseguido reduzir os custos, ao longo do tempo. Os experimentos foram cotados em empresas nacionais e internacionais com estimativas iniciais entre 1,4 e 1,8 milhão de reais. Estes mesmos experimentos foram construídos com o que há de melhor em materiais utilizados a um custo de aproximadamente R$ 300.000,00 reais. ‘Agora sim, estou me sentindo em uma universidade’, foi o comentário que mais ouvimos entre os alunos e podemos perceber que os jovens ficaram também mais interessados, algo que não acontecia anteriormente. Ao receber um material prático e didático as equipes ficam mais estimuladas a participar da aula. Por enquanto, as apostilas serão as do IFSC, mas com o tempo iremos adaptá-las para Lorena. Preciso ressaltar algo importante … você perguntou sobre a melhoria que houve. Uma coisa que nós notamos, de imediato, foi a presença do aluno.

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Antes, tínhamos uma quantidade enorme de faltas, mas agora isso se inverteu, ou seja, o número de faltas diminuiu drasticamente. Você percebia, anteriormente, que um curso experimental com aulas teóricas era bem desanimador para o aluno… Entrar em uma universidade chamada USP, lef_3-250ir a uma aula experimental e ficar apenas ouvindo conceitos e imaginando os experimentos. O professor não tinha o que fazer porque não tinha experimentos e o aluno acabava sendo prejudicado. Agora, toda aula que ele chega ele vai ter um experimento. Ele sabe o que vai aprender e isso estimula bastante o jovem”, comenta o Prof. Carlos Renato Menegatti.

Já no que diz respeito aos docentes, as reações foram interessantes. No começo houve um pouco de receio, mas conforme se foi demonstrando que as aulas ficavam muito mais didáticas, os docentes acabaram interagindo com a ideia, porque tudo se transformou em algo mais prático, dinâmico e interativo. Com esta parceria, a EEL passa agora a dispor dos novos laboratórios, com capacidade para cerca de 30 alunos cada um e dedicados às seguintes áreas, beneficiando de 23 kits para 60 experimentos distintos entre si:

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Laboratório de Física-2: Mecânica dos fluídos e ondas mecânicas;

Laboratório de Física-3: Eletromagnetismo;

Laboratório de Física-4: Óptica linear, geométrica e física.

Além do benefício à EEL, o projeto gerou uma extensa documentação de todo o processo de construção dos kits didáticos. Esta documentação foi reunida num “Manual de Construção de Laboratórios de Ensino de Física” de forma a tornar a construção kit_1-500de qualquer kit do IFSC o mais eficiente possível. O intuito deste manual é devolver esta documentação ao IFSC como uma contrapartida de todo o esforço dedicado a EEL e o de facilitar futuras novas construções de kits para outros institutos de ensino que por ventura possam requerer tal colaboração novamente.

Em todo este complexo trabalho, que envolveu esforços do IFSC e da EEL, saliente-se o fato de que técnicos e docentes que se integraram no projeto trabalharam de forma voluntária e gratuita, conforme salienta o Prof. Carlos Todero: “Ninguém recebeu nenhum tipo de apoio pecuniário e o nosso trabalho cotidiano também não foi economizado. Então, nós não demos menos aulas ou menos trabalho administrativo e os técnicos também não tiveram redução de jornada. Os técnicos do IFSC abraçaram o projeto como se fosse deles, levaram isso como se fosse algo pessoal. Eles trabalharam de madrugada, fim de semana, em casa, não se pouparam… Por outro llorena_transporte-350ado, acho de extrema justiça enaltecer aqui também o trabalho extraordinário desenvolvido por tantos outros profissionais do IFSC, como, por exemplo, Sueli Sanchez (LEF/IFSC), Cláudia Tofaneli (Secretária da Diretoria IFSC), Maurício Schiabel (Financeiro/IFSC), os profissionais da Oficina Mecânica, Ademir Morais, Carlos Aparecido Pereira, Gerson Martins Pereira, Carlos Alberto Arruda Camargo, Leandro de Oliveira, Ricardo Henrique Rodrigues e Araldo Luiz Isaías de Moraes, e também o nosso técnico da EEL, Marcelo Matos, que sozinho supervisiona os quatro laboratórios, só para citar alguns. Enfim, um grande trabalho coletivo concluído graças a uma grande parceria”, conclui o docente, que ainda recorda com bastante saudade o dia em que fez sua primeira viagem para São Carlos, na companhia de seu colega Carlos Renato Menagatti.

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Os técnicos dos Laboratórios e Oficina Mecânica do IFSC/USP

A competência dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF’s) do IFSC/USP

Os Laboratórios de Ensino de Física (LEF’s) do Instituto de Física de São Carlos surgiram na década de 1960, tendo sido propostos por um dos pioneiros na criação do IFSC, o Prof. Dr. Sérgio Mascarenhas, quando a Unidade era um departamento da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP).

O Prof. Dr. Luiz Nunes de Oliveira, do Grupo de Física Teórica do IFSC, graduou-se em física em 1973, na primeira turma de alunos do então Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC) – em 1971, o Departamento de Física da EESC se tornara uma unidade uspiana, juntamente com o Instituto de Química de São Carlos. Luiz Nunes recorda que, inicialmente, algumas atividades práticas ocorriam onde hoje se localiza o Auditório “Professor Jorge Caron” (EESC/USP) e era nesse local que, semana após semana, ele e seus colegas aprendiam sobre um tema e uma prática diferentes, mas sempre relacionados com as disciplinas dos dois primeiros anos da graduação. No terceiro ano, com a ampliação do curso de física, criou-se o Laboratório de Estrutura da Matéria (atual Laboratório Avançado), cujas práticas eram demonstradas a partir de antigos materiais que haviam sido usados em pesquisas, ou que existiam em maior quantidade nos laboratórios do IFQSC. “As antigas atividades práticas marcaram o estilo do Laboratório Avançado. Hoje, ele tem práticas mais modernas e uma infraestrutura superior. Mas sua filosofia é a mesma”, comenta o docente do IFSC/USP.

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O Laboratório localizava-se onde hoje estão instalados os Anfiteatros Azul e Verde do IFSC. Tanto esse Laboratório, como os outros oito que compõem os LEF’s/IFSC (Física Geral, Eletricidade, Eletrônica, Óptica, Biologia Geral, Computacional, a Sala do Conhecimento e o Laboratório de Apoio ao Ensino de Física) receberam uma infraestrutura própria na Área I do campus durante a gestão do falecido Prof. Dr. Horácio C. Panepucci, que administrou o IFQSC entre 1986 e 1990 – atualmente, a Área II do campus também está equipada com materiais dos LEF’s.

Durante um curto período, Luiz Nunes coordenou os Laboratórios de Ensino de Física do Instituto. Segundo ele, graças à contínua reformulação dos materiais didáticos dos Laboratórios e à atuação de seus técnicos, hoje os LEF’s são referências diante dos demais laboratórios de ensino de física que Nunes já conheceu, resultando agora, inevitavelmente, na demanda por mais espaços físicos para o desenvolvimento de novas atividades práticas.

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Entrada principal dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF) do IFSC/USP

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de março de 2017

IAG celebra incorporação à USP e inaugura laboratórios

Além de celebrar os 70 anos de sua incorporação à Universidade de São Paulo, o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP) inaugurará na próxima sexta-feira (24), no Auditório IAG do Campus USP São Paulo, o Sistema de Laboratórios Integrados de Instrumentação Científica: Eletrônica, Mecânica e Óptica.

Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), ambas as atividades acontecerão durante todo o período da manhã e incluirão a participação de dois docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), nomeadamente os Profs. Drs. Antonio Carlos Hernandes (Pró-Reitor de Graduação da USP) e Tito José Bonagamba (Diretor do IFSC/USP).

Abaixo, confira a programação:

PARTE I

09h00 – Abertura – Prof. Dr. Laerte Sodré Júnior – Diretor do IAG/USP

09h10 – Prof. Dr. Humberto Ribeiro da Rocha – Presidente da CCEx-IAG

09h20 – Prof. Dr. Marcelo A. Roméro – Pró-Reitor de Cultura e Extensão Universitária da USP

09h30 – Prof. Dr. Vahan Agopyan – Vice-Reitor da USP (representará o Reitor da USP, Prof. Dr. Marco Antonio Zago)

09h40 – Apresentação do vídeo “Memórias Vivas”, com os Profs. Drs. Igor Ivory Gil Pacca, Sylvio Ferraz Mello e Paulo Marques dos Santos

10h – Intervalo

PARTE II

10h20 – Prof. Dr. Laerte Sodré Júnior – Diretor do IAG/USP

10h30 – Profa. Dra. Cláudia Mendes de Oliveira – Presidente da CPq-IAG

10h40 – Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes – Pró-Reitor de Graduação da USP

10h50 – Prof. Dr. José Eduardo Krieger – Pró-Reitor de Pesquisa da USP

11h00 – Prof. Dr. Carlos Henrique de Brito Cruz – Diretor Científico da FAPESP

11h10 – Palestra “A Experiência de São Carlos com o Desenvolvimento de Instrumentação” – Prof. Dr. Tito Bonagamba (IFSC/USP)

11h55 – Apresentação “Laboratórios Integrados de Instrumentação” – Denis Andrade (Departamento de Astronomia do IAG/USP)

12h15 – Hino à USP

12h20 – Descerramento de Placa

12h25 – Visita aos laboratórios

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de março de 2017

Estágio de verão atrai alunos da América Latina

Quando esteve no norte do Peru há mais de cinco anos, para participar de um congresso na área de biologia, o Prof. Dr. Richard Garratt conheceu muitos alunos entusiasmados com a carreira científica. Por outro lado, visitou uma instituição de ensino superior que oferecia uma infraestrutura tão limitada, que talvez pudesse prejudicar o interesse de estudantes pela ciência.

AL-1Durante a viagem, ao conversar com um aluno que viria a ser seu doutorando, Richard soube de um programa organizado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas (SP), que oferecia bolsas a alunos interessados em estagiar no local durante dois meses. Nessa época, Richard estava à frente da Comissão de Relações Internacionais (CRInt) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde hoje ocupa o cargo de Vice-Diretor, e o programa de estágio do LNLS, somado à realidade divergente que observara no Peru, o estimulou a propor à direção do Instituto que parte do orçamento da Unidade fosse investida em um programa de estágio semelhante, que oferecesse bolsas a estudantes estrangeiros, principalmente a jovens oriundos de países geograficamente próximos do Brasil, buscando aumentar a popularidade do IFSC entre as instituições de ensino superior e de pesquisa da América Latina e incentivar a participação de alunos latino-americanos na pós-graduação da Unidade.

A proposta de Richard fora aprovada. Os programas de Estágio de Verão do IFSC/USP recebiam uma média de cem inscritos, dos quais cerca de doze eram selecionados para estagiarem na Unidade durante dois meses. Mas, o projeto durou apenas três anos, porque, “durante um período, a USP foi mal gerenciada. Então, hoje, por exemplo, não há mais todo aquele dinheiro”, diz Richard.

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Disposto a dar continuidade ao programa do IFSC, o docente procurou outras fontes de investimento. Lembrou-se de Harren Jhoti, um amigo que, em 1999, juntamente com colegas ingleses, fundou uma empresa de biotecnologia que se dedicava ao desenvolvimento de fármacos e que, cerca de três anos atrás, foi comprada por uma companhia japonesa. Em 2015, quando Jhoti veio ao Brasil para ministrar uma palestra, Richard perguntou-lhe se estaria interessado em investir algum dinheiro no programa, e o amigo disse prontamente que sim, principalmente porque queria estimular a participação de mulheres na ciência.

Curiosamente, algum tempo depois, um norte-americano chamado Daniel Salazar, que atuava na companhia japonesa, mudou-se para o Brasil, para trabalhar em uma empresa da qual o Prof. Dr. Glaucius Oliva (IFSC/USP) é consultor. Durante uma confraternização, Glaucius comentou a respeito do programa com Salazar, que por sua vez sentiu o desejo de colaborar com a iniciativa, doando um valor em dinheiro.

A quantia de ambas as doações era suficiente para custear gastos com hospedagens e transportes aéreos de alguns bolsistas. Pensando nisso, Richard decidiu organizar uma nova edição do programa e, em 2016, anunciou a abertura das inscrições do Estágio de Verão do IFSC/USP – 2017, que recebeu aproximadamente quarenta inscrições, sendo que sete candidatos foram selecionados e já estão realizando seus estágios na Unidade.

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Eduardo Luciano Gutierrez, aluno de licenciatura em Química da Universidade Nacional de São Luis (Argentina), foi um dos inscritos que receberam bolsas para esta edição do programa. No Grupo de Cristalografia do IFSC/USP, o Prof. Dr. Javier Ellena tem orientado o estudante de 27 anos, na análise de formas cristalinas de materiais farmacêuticos, com o objetivo de melhorar as propriedades de alguns fármacos.

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Anai Dias Morales, de 23 anos, é aluna de graduação em Engenharia de Biotecnologia Molecular da Universidade do Chile. Seu orientador de Iniciação Científica foi quem a avisou a respeito do estágio. Atualmente, ela está no laboratório do Prof. Dr. Igor Polikarpov, com quem tem tentado descobrir celulases que tenham utilidade industrial. Essas enzimas, retiradas de plantas, são utilizadas no processo de fabricação de materiais, como papel e plástico.

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Aos 23 anos, Anthony Jhoao Fasabi Flores estuda Biologia na Universidade Nacional da Amazônia Peruana. Em duas ocasiões, tentara ingressar no programa de estágio do LNLS, mas não fora selecionado. Ele conheceu Richard há alguns anos em um encontro científico, e, quando solicitou ao docente uma carta de recomendação, para que pudesse se inscrever novamente no citado programa, soube que haveria uma iniciativa semelhante no Instituto. Em 2016, Anthony se inscreveu no estágio, foi aceito, e tem recebido orientação de Garratt, para investigar as cistatinas, proteínas que inibem ações de enzimas que desempenham papéis importantes no desenvolvimento de câncer.

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Pablo Antonio Cea Medina também tem 23 anos e é mestrando em Engenharia de Biotecnologia Molecular, na Universidade do Chile. Sob a orientação do Prof. Glaucius Oliva, tem estudado o ciclo de replicação do vírus Zika. Antes de iniciar o estágio, já conhecia o IFSC, em razão de seus colegas pós-doutorandos que estudaram no Instituto. “Agora estou finalizando o mestrado, mas quero fazer um doutorado. Ainda não sei onde irei desenvolvê-lo, mas o IFSC é uma das minhas opções”.

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Diana Carolina Castaño é graduanda do curso de Biologia da Universidade de Antioquia, na Colômbia. Através do programa do IFSC, a jovem de 24 anos tem estudado mecanismos de defesa de microrganismos que causam infecções hospitalares. “Atualmente, há uma preocupação mundial acerca dessas bactérias, porque elas estão se tornando cada vez mais resistentes aos antibióticos que deveriam combatê-las”, explica ela, que tem estagiado no laboratório da Profa. Dra. Ilana Lopes e demonstrado interesse em desenvolver a pós-graduação no IFSC/USP.

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Com 26 anos, Catherine Mirley Ortega Gomez, da Universidade de Cauca (Colômbia), também tem desenvolvido o estágio no Instituto. “Me inscrevi no programa para complementar meu trabalho de graduação, que envolve estudos com parasitas; e para aprender mais sobre biologia estrutural”, comenta a aluna que, no laboratório do Prof. Otavio Thiemann, tem feito clonagem e mutação de genes relacionados ao trypanossoma brucei, o parasita que causa a doença do sono, uma patologia que pode provocar mudanças de humor ou de comportamento, confusão mental, febre, distúrbios sensoriais e de coordenação, convulsões, bem como alterações no ciclo do sono. Nos animais, o parasita também pode causar uma doença chamada nagana, que ocasiona febre, anemia e inchaço. Uma vez infectados, os animais podem hospedar protozoários capazes de contaminar os seres humanos.

Embora a maioria destes alunos esteja na graduação, todos certamente darão continuidade à carreira acadêmica. E, se depender deles, esta edição do programa já cumpriu algumas de suas principais metas, haja vista que Eduardo, Anai, Anthony, Pablo, Diana e Catherine pretendem desenvolver a pós-graduação na Unidade, ou estimular parcerias entre suas instituições de origem e o IFSC/USP.

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O Prof. Richard e os alunos que receberam bolsas financiadas por Harren Jhoti e Daniel Salazar

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de março de 2017

Análise computacional do proteoma humano

Nesta terça-feira (21), a Profa. Dra. Agnieszka Bronowska, da Escola de Química da Universidade Newcastle (Reino Unido), ministrou a palestra Computational identification of novel binding sites to expand druggable human proteome, que aconteceu na Sala 3 do Bloco D do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sob a organização do Grupo de Biotecnologia Molecular da Unidade.

A docente discorreu a respeito do proteoma* AGNIESZKA_1_250humano e comentou acerca de trabalhos que têm sido desenvolvidos em seu grupo de pesquisa, que realiza, por exemplo, simulações de moléculas e cálculos de química quântica, oferecendo apoio tanto a projetos da citada Escola como do Instituto do Norte para a Pesquisa do Câncer (NICR, na sigla em inglês).

A Dra. Agnieszka é mestre (1994-1998) e doutora (1998-2001) em Química Computacional pela Universidade de Varsóvia (Polônia), sendo atualmente docente de Química Medicinal Computacional da Universidade Newcastle.

*Grupo de substâncias que podem ser encontradas em uma célula submetida a algum tipo de estímulo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP