Notícias

28 de novembro de 2016

Os 110 anos do voo do “Oiseau de Proie III”

Uma sensacional experiência de aviação no Bosque de Bolonha – Santos-Dumont a bordo de seu avião

Este foi o título – com foto – estampado na capa da edição Nº 836 da publicação francesa Le Petit Journal (Paris) no dia 25 de novembro 2016 – um domingo – faz hoje precisamente 110 anos.

A notícia do jornal desse dia foi o principal motivo das conversas na capital francesa, relativa ao acontecimento que ocorreu no dia 19 de novembro de 1906, quando Santos Dumont, diante de uma multidão de testemunhas reunida no Campo de Bagatell – Bosque de Bolonha -, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros no seu Oiseau de Proie III, constituindo um dos primeiros voos homologados pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar. Foi, possivelmente, a primeira demonstração pública de um veículo levantando voo por seus próprios meios, sem a necessidade de uma rampa para lançamento.

A esse respeito, o Le Petit Journal escreveu a seguinte notícia nessa edição:

LE_PETIT_JOURNAL_-_CAPA_-_500

Aquilo que é “mais pesado que o ar” acabou de dar um passo de gigante, um passo com 220 metros de extensão, e é a este senhor chamado Santos – Dumont, personalidade já famosa devido às suas experiências com balões dirigíveis, que a aviação deve este sucesso. Nos últimos anos, tem sido aqui, em Paris, que os sonhos e as pesquisas avançam para todos quantos acreditam no futuro da navegação aérea.

O protagonista desta ciência foi o alemão Lilienthal, morto depois de ter feito mais de dois mil experimentos. Enquanto isso, o capitão Ferber foi o primeiro francês que se elevou acima do solo, por meio de um avião. Os Estados Unidos tiveram, entretanto, o inventor Chanutte, cujo trabalho incidiu particularmente sobre as formas físicas que melhor garantissem a estabilidade de um avião; e, finalmente, os irmãos Wright, cujas experiências tiveram um impacto considerável. Em junho do ano passado foram testados, no nosso país, nomeadamente em Billancourt, o avião do Sr. Archdeacon, e em Mônaco o helicóptero de Maurice Léger. Finalmente, desde o início deste ano, o Sr. Santos-Dumont dedicou-se à máquina voadora desenvolvida e testada por ele com sucesso, no gramado de Bagatelle – Bosque de Bolonha.

Nossa gravura dá a fisionomia exata deste momento sensacional.

LE_PETIT_JOURNAL_-_NOTICIA_3_-_500

Eram quatro horas da tarde. Na frente de uma grande multidão que se aglomerou depois de ter sido anunciada a data e hora da realização da experiência, o inventor iria finalmente lançar o seu pássaro gigante através do espaço. Os marcadores e os juízes cronometristas estavam já nos seus postos: atrás do pássaro, um carro estava igualmente preparado para arrancar, levando a bordo o juiz cronometrista E. Surcouf e Jacques Faure, este último com a missão de anotar a extensão e duração do voo. Santos – Dumont dá a partida ao motor e eis o que relatou, naquele momento, o Sr. Jacques Faure:

“Estou acomodado no carro, à disposição dos cronometristas. Concordamos nos posicionar a cerca de vinte metros do lado direito da aeronave, com Santos – Dumont já preparado para largar. Eu tenho uma pilha de pratos nas mãos, já que minha missão será jogar os pratos na grama a partir do momento em que a aeronave decolar até ela pousar. Assim, conseguirei, em terra, medir a distância que a aeronave percorrerá voando. Surcouf tem os olhos pregados em seu cronômetro. O motor de nosso carro ronrona suave, lentamente.

Subitamente, Santos faz um sinal e a aeronave começa a se mover; nós seguimos a poucos metros, na traseira do avião, por forma a não prejudicar as manobras. Santos percorre cerca de 40 metros e então começa a manobrar o leme e o aparelho, obedientemente, sai do chão. Deixo cair um primeiro prato, enquanto Surcouf aciona cronômetro. Estabilidade admirável, equilíbrio perfeito, sem alterações no rumo, sem oscilações. Santos faz subir a aeronave a uma altura que varia entre 4 e 6 metros. Fica 21 segundos no ar, desce e para no meio de uma multidão que grita de excitação“.

Santos-Dumont é envolvido pela multidão, que quase o arrasta para fora do carro que o transporta de regresso ao gramado, abraçando-o, cumprimentando-o. O Sr. Jacques Faure, que exulta o feito, iça Santos – Dumont em seus ombros, transportando-o em triunfo no meio das aclamações vibrantes, dizendo: “Viemos apenas medir o voo de um brasileiro heroico e destemido: FORAM 220 METROS”!

(Tradução: Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de novembro de 2016

Eleição dos representantes discentes do IFSC

No próximo dia 6 de dezembro, terça-feira, ocorrerá a eleição para representantes discentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). A eleição, que ocorrerá por sistema eletrônico de votação, será realizada entre 8 e 17 horas.

Confira abaixo a relação dos candidatos inscritos:

Graduação

Eleicao_discente_2016-_graduacao

Pós-graduação

Eleicao_discente_2016-_pos-graduacao

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

25 de novembro de 2016

De anatomia à função, de diagnose a terapias

Em 25 de novembro, o Colloquium diei decorreu no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com a palestra intitulada De anatomia à função, de diagnose a terapias: imagens (moleculares) em farmacologia, que foi ministrada pelo ex-aluno desta Unidade e pesquisador da nicolau300Novartis (Suíça), Nicolau Beckmann.

O desenvolvimento de um novo fármaco é um processo longo e repleto de desafios. Quanto mais informações se dispõem sobre o(s) mecanismo(s) de uma doença, maior é a probabilidade de encontrar uma terapia apropriada. Por outro lado, quanto melhor e mais cedo uma enfermidade puder ser diagnosticada, maiores são as chances de poder interferir no processo patológico com uma entidade química ou biológica. Esta premissa estabelece a base para o uso de técnicas de imagens no campo da farmacologia.

Neste colóquio, Beckmann discutiu e ilustrou a relevância dessas técnicas para a obtenção e quantificação de informação anatômica, funcional, metabólica ou molecular, no contexto da pesquisa farmacológica in vivo.

Entre 1979 e 1986, Beckmann desenvolveu a graduação e o mestrado, no IFSC/USP, tendo posteriormente realizado o doutorado e o pós-doutorado na Universidade de Basel, na Suíça.

Atualmente, desenvolve pesquisas na empresa Novartis, onde utiliza técnicas de imagens para analisar o desenvolvimento de doenças e o efeito de fármacos experimentais.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de novembro de 2016

Bolsas de Mobilidade Internacional para Alunos de Graduação

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) abriu o edital do Programa de Bolsas Santander deAUCANI_LOGO Mobilidade Internacional para Alunos de Graduação USP, que oferece 23 bolsas para intercâmbio no 1º semestre de 2017.

As inscrições deverão ser realizadas pela CRInt da Unidade até às 12h do dia 12 de dezembro de 2016, pelo Sistema Mundus (CLIQUE AQUI) – Edital nº 597.

O estudante interessado deverá consultar a CRInt/CCInt de sua unidade sobre os critérios e procedimentos para candidatura.

Todas as dúvidas devem ser enviadas exclusivamente pelo Fale Conosco, do Sistema Mundus (Assunto Editais – Intercâmbio).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de novembro de 2016

Hydrodynamics with polarization

A derivação do limite hidrodinâmico ideal de um fluído com polarização líquida de graus de liberdade microscópicos foi discutida pelo Prof. Dr. Giorgio Torrieri, da Universidade GIORGIO_300Estadual de Campinas (UNICAMP), em sua palestra intitulada Hydrodynamics with polarization, que ocorreu no âmbito do High-Energy Physics Seminars , na tarde do dia 24 de novembro, na sala 3 do prédio da administração do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Especializado em fenomenologia de colisões ultra-relativísticas de íons pesados, hidrodinâmica e mecânica estatística relativista, cromodinâmica quântica e em sistemas fortemente correlacionados, o Prof. Torrieri é graduado em física pela Universidade de Oxford (Reino Unido), mestre pela Universidade de Birmingham (Reino Unido) e doutor pela Universidade do Arizona (EUA), tendo desenvolvido pós-doutorados na Universidade de McGill (Canadá), Universidade JW Goethe (Alemanha) e na Universidade Columbia de Nova Iorque (EUA). Hoje, o docente atua no Instituto de Física Gleb Wataghin da UNICAMP.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de novembro de 2016

“Das margens para o centro – A história da segunda revolução quântica

Dia 29 de novembro será a última edição do programa Ciência às 19 horas do ano 2016, evento que ocorrerá às 19 horas, no quantumAuditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) e que terá como palestrante o Prof. Dr. Olival Freire Jr., docente e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Na circunstância, o convidado abordará o tema Das margens para o centro – A história da segunda revolução quântica.

O docente apresentará um histórico sobre os aspectos intelectuais e contextuais associados à renovação da pesquisa sobre os fundamentos da física quântica, aspectos a que o físico francês Alain Aspect chamou de A segunda revolução quântica.

A entrada para este evento é livre e aberta a todos os interessados.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de novembro de 2016

Probing superfluidity to normal phase transition

Pelas 10h45 do dia 23 de novembro, a docente do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (campus de Araraquara), Profa. Dra. Vivian França Henn, participou do Journal Club que ocorreu na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tendo apresentado o seminário Probing superfluidity to normal phase transition through metric spaces in spin-imbalance systems.

A docente é graduada em física pela VIVIAN_250Universidade Estadual de Londrina (UEL), mestre pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e doutora na mesma área pela USP. Ela desenvolveu pós-doutorado tanto no IFSC/USP, como na Universidade de Freiburg, na Alemanha, tendo estagiado na Universidade de York, na Inglaterra. Hoje, ela é docente do Departamento de Físico-Química do Instituto de Química da UNESP.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de novembro de 2016

Orientação técnica educacional norteou encontro no IFSC

Na tarde de 21 de novembro, alunos de licenciatura em ciências exatas e professores da educação básica se acomodaram no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde participaram do encontro denominado Orientação Técnica Educacional.

Promovido pelo educador do IFSC, Herbert Alexandre João, o evento trouxe palestras ministradas pelos Profs. Drs. Márlon Pessanha, do Departamento de Metodologia de Ensino da Universidade Federal de São Carlos (DME/UFSCar), e Maurício Pietrocola, da Faculdade de Educação da USP (FE/USP).

Pessanha_500

Na apresentação intitulada Princípios no planejamento didático reflexivo e exemplos de atividades envolvendo tópicos previstos no currículo do estado de SP, o Prof. Márlon falou sobre a “Prática baseada no design”, um modelo de planejamento didático, elaborado para promover a aproximação entre conteúdos teóricos e práticos.

Pietrocola_500

Pelas 16h, Maurício Pietrocola, que participou do desenvolvimento dos Cadernos do Aluno do estado de São Paulo, dissertou sobre Cultura Científica e Cultura Didática: Os desafios do Ensino de Física em Sala de Aula, tendo abordado principalmente a interação entre aluno e professor, numa perspectiva sociocultural, haja vista que, segundo ele, ambos partilham significados e símbolos do ambiente onde se inserem.

herbert_500

Herbert explicou que o encontro foi uma das iniciativas que o IFSC tem desenvolvido para manter uma relação bastante próxima entre os profissionais da educação básica e os pesquisadores da Universidade, para que esses professores possam eventualmente vislumbrar novas formas de ensino de ciências nos ensinos fundamental e médio e, inclusive, uma formação continuada ou em nível de pós-graduação.

É através de iniciativas, como este encontro, que o IFSC também tem divulgado outras atividades de interesse aos educadores, como a 22ª edição do evento bianual intitulado Simpósio Nacional de Ensino de Física – XXII SNEF, que ocorrerá entre os dias 23 e 27 de janeiro de 2017, no IFSC/USP. “É importante que os professores se motivem a ter contato com colegas de todo o Brasil, discutindo em torno do ensino de física e do que se pode melhorar nesse sentido”, enfatizou Herbert.

Muitos alunos em uma única sala de aula e pouco tempo para ministrar todo o conteúdo exigido pelo estado são, para parte dos professores que participou do encontro, alguns dos principais desafios que os educadores enfrentam ao ensinar física ou ciências gerais.

james_500

James Colemam Alves foi aluno do IFSC, através do curso interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, e participou do encontro. Hoje, ele ensina física na Escola Estadual Joaquim de Toledo Camargo, em Itirapina (SP). Em quatro oportunidades, trouxe seus alunos para participarem do programa do IFSC intitulado Universitário Por Um Dia (1Dia), em que visitantes vivenciam a rotina acadêmica dos estudantes uspianos.

Embora acredite viver numa região privilegiada do Brasil, James confessou que o tempo é o seu grande inimigo, quando tenta ensinar física. “É sempre bom buscar novos truques com quem ajudou a elaborar os Cadernos do Aluno do estado [referindo-se ao Prof. Maurício Pietrocola], porque as perspectivas metodológicas desses materiais demandam mais horas de aula do que já tenho disponível semanalmente, para poder passar o conteúdo completo aos alunos”.

eduardo_500

Eduardo Kakuda é professor de ciências na Escola Estadual Sebastião de Oliveira Rocha, em São Carlos. O docente, que também foi aluno do IFSC, mantém uma parceria com a Unidade, através do Cientista do Amanhã, um programa de Iniciação Científica Júnior idealizado pelo Instituto de Física de São Carlos.

Há vinte anos ministrando aulas, o maior desafio de Eduardo – em sala de aula – é o grande número de alunos que há em cada turma, cuja maioria não tem uma base matemática fortificada, dificultando a transformação de fenômenos científicos em linguagens matemáticas. “É importante para nós, professores, somarmos novas metodologias de ensino em nosso dia a dia, porque precisamos inovar sempre”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de novembro de 2016

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em outubro de 2016, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico CrystEngComm.

PC-10-16

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

22 de novembro de 2016

Análise de Documentação em Janeiro de 2017

O Presidente da Comissão de Pós-Graduação do IFSC/USP/CPG, Prof. Dr. Valmor Mastelaro, informa que não haverá análise de nenhuma documentação pela CPG no período de 06 a 23/01/2017, por motivo de férias do Presidente e Vice-presidente da citada Comissão.

Destacamos, em especial, que toda e qualquer documentação relativa a defesa de Tese ou Dissertação previstas para ocorrerem no mês de fevereiro de 2017, seja entregue na Secretaria de Pós-Graduação até 04 de janeiro de 2017.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de novembro de 2016

Resultados de pesquisas e o papel das universidades

“As universidades precisam se preocupar em fazer pesquisa de qualidade e, também, que essa pesquisa aponte para a melhoria de aspectos negativos ou deficitários das sociedades em que estão inseridas”, disse Judith Sutz, coordenadora da Comissão Setorial de Pesquisa Científica da Universidad de la República (UDELAR), no Uruguai.

Segundo Sutz, são diferentes os desafios, as dificuldades e os estímulos para fazer ciência de forma a avançar a fronteira do conhecimento e fazer ciência buscando endereçar diretamente demandas da sociedade, como, por exemplo, a diminuição da desigualdade.

Nesse cenário, a transformação do sistema de avaliação acadêmica é “uma necessidade para a saúde da ciência e para sua robustez social”, ela destacou na FAPESP Week Montevideo, realizada dias 17 e 18 de novembro de 2016 na capital uruguaia. O evento foi organizado pela FAPESP em colaboração com a UDELAR e a Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM).

“Sendo a pesquisa uma atividade nacional e, cada vez mais, internacional, somente concebível por meio do trabalho cooperativo de pesquisadores de todo o mundo, o sistema de estímulos e as modalidades de avaliação da atividade acadêmica exigem o estabelecimento de pelo menos alguns critérios em comum”, disse.

Sutz sugere que as universidades trabalhem na construção de um sistema de avaliação à altura dos desafios atuais. “A partir de nossas casas, que são as universidades de nossos países, passaríamos a trabalhar com pesquisadores de instituições de todas as partes”, disse.

Outro participante do painel “Pesquisa na Universidade” foi Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, que destacou que no mundo todo há uma crescente pressão para que as universidades produzam, em pesquisa, resultados orientados cada vez mais pelo curto prazo. “Esquece-se que o efeito de universidades na sociedade é, em geral, mediado pelas pessoas bem educadas que forma, e que vão trabalhar em empresas, governos, institutos de pesquisa orientados a objetivos específicos;”

“Essa pressão acaba se tornando um fator desafiador para a atividade de pesquisa e educação nas universidades e pode acabar prejudicando aquele que deveria ser o foco de toda boa universidade: educar bem seus alunos. É por meio de seus estudantes, educados num ambiente exposto à pesquisa avançada e estimulador do conhecimento e da curiosidade que universidades mudam o mundo”, disse.

“Se as universidades não estimularem a curiosidade intelectual, não formarem novas gerações de estudantes educados nos mais elevados referenciais acadêmicos e que por isso vão transformar seus países, para que elas servirão?”, disse.

Segundo Daniel López, vice-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Universidad de Playa Ancha, no Chile, é importante lembrar os valores culturais, formativos e de apoio ao desenvolvimento das universidades. Mas, ele ressaltou, elas não devem atuar sozinhas.

“Diante da urgência das demandas da sociedade, as universidades precisam cada vez mais utilizar a cooperação, seja para priorizar pesquisa de qualidade, pela articulação de cientistas, seja para promover a cultura científica”, disse.

Outros pontos lembrados por López são “efetuar alianças público-privadas para o desenvolvimento mediante a inovação tecnológica e social” e gerenciar o conhecimento em busca de sua valorização – como na formação de empresas incubadas.

(Com informações da FAPESP)

Saiba mais sobre a FAPESP Week Montevideo, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de novembro de 2016

Plataforma online otimiza trabalho de vigilância

Petrus_1_destaque_250Neste segundo semestre de 2016, os vigilantes que coordenam as quatro portarias dos prédios do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), nas Áreas – 1 e 2 do campus USP São Carlos, passam a utilizar um sistema computacional para gerenciar a entrega de chaves, o acesso a documentos – como manuais de normas -, procedimentos gerais e de segurança e listas telefônica e residencial de docentes e funcionários, podendo inclusive registrar ocorrências. A plataforma recebeu o nome de Sistema Petrus. Petrus significa Pedro e, no caso da plataforma, foi inspirado em São Pedro, que, segundo a Bíblia, é o guardião das chaves do reino dos céus.

O sistema está sendo utilizado pelos vigilantes desde o dia 16 de novembro. Apenas o procedimento de empréstimo de chaves é que passará a ser operado a partir de 12 de dezembro, isso porque o quadro de chaves do IFSC é composto por quase mil chaves que estão sendo organizadas no sistema com a colaboração das secretarias da Unidade.

Paulo Blandino, chefe da Seção de Infra-estrutura de Apoio da Unidade e principal idealizador do sistema, explica que o quadro de chaves foi a maior motivação para desenvolver a plataforma. Atualmente, para fazer o empréstimo de uma chave, é necessário se identificar na portaria.

Petrus_2_500

Módulo de gerenciamento de chaves do Sistema Petrus

Com o uso do sistema, o vigilante poderá conferir na plataforma online o nome de cada pessoa que está autorizada a fazer o empréstimo de cada chave. “Nunca tivemos nenhum problema sério em relação a esse empréstimo de chaves, mas, com a dinâmica do dia-a-dia, esse processo de identificação de indivíduos autorizados fica vulnerável, porque uma determinada pessoa pode dizer que tem autorização para usar uma das chaves do quadro, quando na verdade não tem”, explica Paulo.

Com o controle de chaves pelo Sistema Petrus, também será possível saber rapidamente quem foi o último funcionário ou docente que teve acesso a alguma sala, na qual houve um possível furto. Mais do que isso, será possível checar o horário do empréstimo e se a chave foi ou não devolvida ao vigilante. Atualmente, esse processo é feito de modo manual, através da consulta do livro de registros das portarias.

Além da praticidade e rapidez para analisar os manuais, gerenciar o uso de chaves e registrar ocorrências, os usuários do sistema poderão se comunicar através de um chat que será incluído na plataforma.

Imagem_3_-_500_-_parte_da_equipe_da_Seo_de_Infra-estrutura_de_Apoio_do_IFSC

Da esquerda à direita: Adriano Castellem, Thaís Correia (estagiária), Maria Cristina Fontana Vieira e Paulo Blandino (parte da equipe da Seção de Infra-estrutura de Apoio do IFSC)

Como os membros da Seção de Informática do IFSC e da empresa IFSC-Júnior estavam demasiado atarefados, Paulo contatou os alunos da empresa ICMC-Júnior para tentar desenvolver o sistema. Após rápidas negociações, os alunos da empresa júnior deram início ao desenvolvimento da plataforma exclusivamente para o IFSC/USP.

“Notamos que todos os processos da portaria eram manuais e que fazer um histórico e cruzar dados da portaria eram tarefas extremamente trabalhosas”, comenta Rogério Vilela, graduando do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP) e Diretor de Projetos do ICMC-Júnior.

O processo de desenvolvimento da plataforma durou aproximadamente três meses. Ao desenvolvê-la, uma das principais dificuldades foi entender quais características eram utilizadas pelo IFSC para identificar as chaves (como número da sala e o bloco ao qual ela pertence), para que elas pudessem ser facilmente encontradas no Sistema Petrus. Mesmo assim, para Rogério, a funcionalidade do sistema para o gerenciamento das chaves é o grande destaque da plataforma.

A criação do Sistema Petrus foi um dos primeiros projetos de 2016 a serem concluídos pelo ICMC-Júnior, após uma reestruturação em seu organograma. A experiência adquirida ao longo do desenvolvimento do sistema rendeu imagem_4_-_logo_icmc_250aos alunos envolvidos a possibilidade de aprimorar ainda mais seus trabalhos. “Esta foi uma experiência muito importante para nós, tendo sido, inclusive, o primeiro projeto assumido pela nova gerência da empresa”, comenta ele.

Há mais de vinte anos no mercado de web, o ICMC-Júnior é composto por 21 alunos da graduação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, permitindo-lhes adquirir experiências na área de administração empresarial. A marca, que foi considerada uma das melhores empresas juniores do Brasil, recebeu dois prêmios no XVI Prêmio da Qualidade, que aconteceu em São Paulo, em 2012.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de novembro de 2016

Edital de Mobilidade Internacional de Curta Duração para Docentes USP

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) anuncia a abertura do edital Mobilidade Internacional de Curta Duração para Docentes USP na Vilnius Gediminas Technical University, na Lituânia, com início até 1º de fevereiro de 2017.

Este programa é voltado a professores da USP, das áreas de Economia, Administração, Gestão Pública, Engenharia, Tecnologia da Informação e Arquitetura, para a realização de atividades de docência, como aulas, cursos, seminários e tutoria de estudantes.

O intercâmbio ocorrerá no âmbito do Programa Erasmus +, da União Europeia, cujo intuito é impulsionar qualificações e empregabilidade por meio da educação, formação, juventude e desporto.

As inscrições encerram-se no dia 05 de dezembro de 2016.

Para consultar o edital – na área pública do Sistema Mundus, Edital nº 596 – clique AQUI.

Não é necessário login (consultas e inscrições devem ser feitas exclusivamente na área pública).

As dúvidas devem ser enviadas pelo Fale Conosco do Sistema Mundus, (Assunto Editais – Intercâmbio).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de novembro de 2016

Apoio à realização de eventos e escolas de ciência avançada

A Pró-Reitoria de Pesquisa está selecionando propostas de docentes USP_LOGO_MODERNOdas Unidades, Museus e Institutos Especializados para a realização de Eventos Científicos e Escolas de Ciência Avançada, conforme termos dos Editais publicados na Portaria PRP Nº 532.

Os recursos para essas iniciativas são provenientes de convênio firmado entre o Banco Santander e a USP, sendo que as despesas deverão seguir as regras dos processos de compras com recursos orçamentários.

O Edital de Apoio à Realização de Eventos Científicos objetiva oferecer recursos para a organização de eventos científicos com nomes relevantes da ciência mundial, em qualquer área do conhecimento, com temática de pesquisa avançada, sendo que o formato poderá ser seminário, palestra, debate ou similar. O valor total disponível é de R$ 360.000,00, sendo que o valor é limitado a R$ 50.000,00 por proposta.

Já o Edital de Apoio à Realização de Escolas de Ciência Avançada objetiva oferecer recursos para a organização de cursos de curta duração em pesquisa avançada, em qualquer área do conhecimento. Os professores que desenvolverão as atividades nas Escolas de Ciência Avançada devem ser pesquisadores especialistas no tema avançado proposto, podendo ser da USP ou de outras instituições.

Os estudantes participantes podem ser alunos de graduação ou pós-graduação, da USP ou de outras instituições, ou ainda doutores e pós-doutorandos. O valor total disponível é de R$ 360.000,00, sendo que o valor é limitado a R$ 120.000,00 por proposta.

As propostas devem ser encaminhadas por processo físico até 20/12/2016, atendendo a que os Eventos Científicos e as Escolas de Ciência Avançada devem ocorrer durante o ano de 2017.

Para conferir a Portaria PRP No 532, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de novembro de 2016

Testes com a “pílula do câncer”

O Prof. Dr. Luiz Carlos Dias, do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (IQ/UNICAMP), participou do Colloquium diei que ocorreu em 18 de novembro, no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), no qual apresentou a palestra Caracterização e síntese química dos componentes das cápsulas de fosfoetanolamina sintética para o MCTI.

Em novembro de 2015, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) convocou o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (INCT-INOFAR), para participar das etapas de caracterização e síntese química da fosfoetanolamina sintética, substância que ficou popularmente conhecida como “pílula do câncer”.

Os testes, que compreenderam a caracterização dos componentes das cápsulas e a síntese química de cada componente isolado, foram desenvolvidos no Laboratório de Química Orgânica Sintética (LQOS/IQ/UNICAMP), que é coordenado pelo Prof. Dias, que, no Colloquium diei em questão, apresentou os resultados obtidos pelo seu laboratório.

Em 1988, Dias graduou-se em Química pela LUIZ_CARLOS_DIAS_250Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tendo, em 1993, concluído o doutorado em Química e, em 1995, o pós-doutorado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Atualmente ele é Professor Titular do Instituto de Química da UNICAMP, onde atua desde 1992, com ênfase nas áreas de síntese total de compostos bioativos, controle da estereoquímica relativa em sistemas acíclicos e química teórica.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de novembro de 2016

Aumento da segurança no interior e no entorno

Com a ascensão de São Carlos a importante polo científico e tecnológico, quer em termos nacionais, ifsc250quer na perspectiva internacional, rapidamente a cidade passou a ser visitada e habitada por um elevado número de estudantes, professores e pesquisadores que desenvolvem atualmente atividades intensas nas diversas estruturas de ensino superior e de pesquisa, como são os casos concretos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Universidade de São Paulo (USP) e Centro Universitário Central Paulista (UNICEP), acrescentando-se as empresas de base tecnológica sediadas em São Carlos.

Com esse crescimento, a cidade também passou a ser um alvo preferencial e relativamente fácil para atividades relacionadas com os mais diversos crimes, entre os quais se contam assaltos a transeuntes, roubos a residências, furto de carros e tentativas de estupro, entre outras ações, algo que desde muito cedo começou a preocupar não só a Polícia Militar, como a própria comunidade acadêmica, principalmente porque não existia uma integração de esforços no sentido de prevenir e combater essas tipologias de crimes que, paulatinamente, começaram a contaminar outros segmentos da sociedade.

tb500

Com o intuito de unir esforços e estratégias para diminuir e mesmo anular essa situação, bem como aumentar os níveis de segurança no entorno da Área – 1 do Campus USP de São Carlos, realizou-se em abril deste ano, no IFSC/USP, uma audiência pública sobre a temática “Segurança”, que reuniu a comunidade da USP, comando e oficiais do 38º Batalhão da Polícia Militar, um encontro promovido pelo Conselho Gestor do Campus, órgão presidido pelo Diretor do IFSC/USP, Prof. Dr. Tito José Bonagamba, evento esse que teve uma sequência, nomeadamente com a realização de outra audiência pública, dessa vez realizada na Câmara Municipal de São Carlos e que reuniu a comunidade são-carlense e os órgãos públicos e políticos da cidade.

Na citada audiência, realizada no IFSC/USP, os oficiais mostraram as estatísticas referentes a ações cometidas através de roubos, homicídios, assaltos e tentativas de estupro que ocorreram entre janeiro e março de 2016, tendo evidenciado que poucos foram os incidentes denunciados e registrados nas imediações do Campus USP São Carlos, principalmente devido ao fato das vítimas não apresentarem queixa, não preencherem Boletim de Ocorrência, algo que é imprescindível para que a polícia possa fazer seu trabalho e cumprir sua missão. “É inadmissível que pessoas de bem, que frequentam uma universidade, tenham medo de se deslocar de e para o estabelecimento de ensino”, disse o Tenente-Coronel do 38º Batalhão, Alexandre Wellington de Souza, comandante do 38º Batalhão de Polícia Militar do Interior (São Carlos. )naquela ocasião. Com a apresentação dos índices e com o debate que se seguiu, a constatação foi que a PM e as entidades acadêmicas necessitariam fazer um trabalho conjunto, uma ação integrada visando aumentar os níveis de segurança, principalmente no entorno da Área – 1 do Campus USP de São Carlos, local onde se verificou haver um maior relato de índices de insegurança.

Iniciativas do Conselho Gestor do Campus USP – São Carlos

Com a finalidade de executar as estratégias conjuntas relativas a um aumento de segurança da comunidade acadêmica, dentro e no entorno da Área – 1 do Campus USP São Carlos, a Universidade, através do Conselho Gestor do Campus, colocou em prática, quase de imediato, diversas ações que envolveram todas as unidades e órgãos de sua comunidade.

Assim, foi criado o Núcleo de Direitos Humanos, que tem como objetivo assessorar o Conselho Gestor, com base nas diretrizes da Comissão de Direitos Humanos da USP. O Núcleo é presidido pela Profa. Dra. Maria da Graça Campos Pimentel (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação – ICMC/USP).

Por outro lado, estabeleceu-se também o Setor de Acolhimento de Vítimas de Violência Sexual e de Gênero, que é composto por três assistentes sociais do campus, que passaram por treinamento no denominado Escritório USP Mulheres, órgão da Universidade de São Paulo localizado na Cidade Universitária, em São Paulo, com o objetivo de atender vítimas de violências sexuais e de gênero ocorridas nas dependências do Campus USP São Carlos, onde também houve a instauração da Ouvidoria, que avalia a procedência de sugestões, reclamações e denúncias de natureza administrativa.

Além da criação desses três setores, outras cinco iniciativas também ocorrem na USP de São Carlos, incluindo a Caminhada pela Segurança (com a participação de autoridades do campus, visando à melhoria da iluminação da Área – 1, com a instalação de postes de iluminação, reparo dos dispositivos de iluminação e poda de árvores para facilitar a abrangência da iluminação – estando, igualmente agendadas caminhadas pela Área – 2); instalação de câmeras de monitoramento digital nos principais pontos de risco do Campus (esses locais foram determinados com base em um mapa de risco desenvolvido pela Comissão de Prevenção e Proteção Universitária, com o apoio da Guarda Universitária); maior presença da Guarda Universitária (a Guarda passou a patrulhar o Campus com viaturas equipadas com giroflex, motos e novo uniforme, bem como através de um aplicativo para smartphone que permite informar, em tempo real, atividades ilícitas decorridas no Campus); e colaboração estreita com a Polícia Militar (parceria que visa ao aumento da segurança no entorno do Campus).

Iniciativas do IFSC/USP

Além do Campus USP São Carlos, o próprio Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de sua Diretoria, tem buscado medidas para aumentar o nível de segurança nas proximidades de seus edifícios, colaborando nos entornos da Áreas – 1 e 2, bem como à segurança de suas dependências e de seus usuários.

Uma das ações refere-se à instalação de iluminação em regiões próximas aos edifícios da Unidade. As lâmpadas do Espaço de Convivência “Professor Horácio C. Panepucci” foram substituídas por outras de LED; instalaram-se lâmpadas de LED no poste situado na entrada da portaria da Rua Miguel Petroni, de modo a iluminar tanto o prédio da administração do Instituto, como o prédio dos laboratórios da Unidade; houve também a instalação de refletores de iluminação em uma área “verde” localizada ao lado esquerdo da entrada principal da portaria do Instituto[TS1] , bem como próximo ao bicicletário da Unidade.

Também houve a instalação de iluminação na parte inferior do Grupo de Biofísica do IFSC, tendo sido colocadas duas lâmpadas de LED próximo ao Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”.

Algumas árvores localizadas na região externa do prédio dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF/IFSC) foram podadas, permitindo mais iluminação no local. Além disso, checou-se o funcionamento das câmeras de segurança instaladas próximo ao Auditório e à Gráfica do IFSC/USP.

O IFSC/USP instalou um SPDA – Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas, que servirá para proteger tanto a continuidade da distribuição energética na Unidade quanto para proteger as pessoas e equipamento que se encontram em seu interior, em caso de descargas elétricas provocadas por tempestades. Finalmente, deu atenção especial ao seu edifício localizado na Área – 2, com melhoria da iluminação externa, com o apoio da Prefeitura do Campus, reparos nos alambrados e grades de proteção, instalação de câmeras de observação e um sistema de catraca.

PM: Segurança efetiva no entorno do Campus USP – São Carlos

Há no campus um serviço de segurança 24h que é realizado pela Seção de Fiscalização da Prefeitura do Campus e por empresas especializadas. Contudo, em entrevista concedida à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, em outubro último, o Tenente-Coronel Alexandre Wellington de Souza destacou a importância da interação entre a Polícia Militar e a comunidade acadêmica, para que a PM possa estabelecer vínculos – inclusive tecnológicos – com a USP e, assim, atuar proativamente e positivamente em favor de alunos, funcionários, docentes e visitantes da Universidade, garantindo a segurança da comunidade. Promover a cultura de segurança* e fortalecer a prevenção primária é o mote, já que é através dela que se conseguem identificar fatores de riscos sociais, ambientais e locais, dando à PM capacidade de agir a tempo para evitar que ocorram situações criminosas. “É através de um contato mais próximo com a USP, que a PM de São Carlos pretende captar as críticas, os anseios e as sugestões da comunidade acadêmica, haja vista que a Polícia deve realizar um trabalho que se adapte às necessidades dessa comunidade”.

WELLINGTON-500

Desta forma, também a PM poderá mapear e conhecer os “pontos sensíveis” próximos ao Campus, já que existem locais em que há ocorrências de alguns crimes, embora esses pontos não sejam os que mais provocam receio nos estudantes que por eles transitam. A saída localizada próximo ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), por exemplo, é a mais temida pelos alunos da USP, sendo que ela não é um ponto de incidência criminal, de acordo com o Comandante do 38º Batalhão. “Precisamos mapear os pontos sensíveis para que possamos atuar preventivamente naqueles locais em que a comunidade se sente insegura”.

Subordinada ao Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança Pública e do Comando Geral da Corporação, a Polícia Militar de São Paulo é composta por um efetivo de 85 mil agentes que têm a missão de preservar a ordem pública, executando um policiamento ostensivo e atividades de defesa civil. Apenas em São Carlos, a PM integra um efetivo fixado – 242 agentes – e existente – 160 agentes -, dispondo de 86 viaturas (de duas e quatro rodas).

Dados estatísticos no entorno do campus

A já mencionada audiência pública ocorrida no IFSC/USP resultou em uma diminuição significativa de ocorrências de determinados crimes relatados e registrados no entorno do Campus USP – São Carlos.

Nas imediações das duas áreas do Campus não houve incidência de homicídios, nem roubos de veículos no período de 1º de março a 15 de abril deste ano. A mesma situação quase se manteve estável entre 1º de maio e 30 de junho último, tendo em vista que ocorreu apenas um roubo de carro próximo à Área – 2 do Campus, neste último período analisado. Na base de dados da PM não consta, também, a ocorrência de crimes de estupro próximo ao Campus. Apenas uma tentativa de estupro foi registrada pelos policiais entre os meses de março e abril, porém, o caso decorreu no Jardim Paraíso, longe do entorno acadêmico. Roubos a transeuntes e a residências também não foram registrados pelos policiais militares nas redondezas da universidade, este ano.

Dados estatísticos referentes ao município

No âmbito geral, no primeiro trimestre houve o registro de 7 homicídios, enquanto que no segundo o número caiu para 5, em São Carlos; nos meses de janeiro, fevereiro e março, a PM registrou 1 caso de latrocínio, enquanto que no segundo trimestre não houve ocorrências desta natureza na cidade. Oito crimes de estupro ocorreram no município, no primeiro trimestre de 2016. No segundo, foram registrados três crimes do gênero. Já no que se refere a roubos de veículos, houve 17 crimes no primeiro trimestre, contra 11 registrados no segundo deste ano. Os dados com maiores índices de crimes correspondem a outros tipos de roubos: foram registrados 216 roubos no primeiro trimestre e 199 no segundo.

Abaixo, é possível conferir os dados relativos à produtividade da Polícia Militar em São Carlos, durante o primeiro e o segundo trimestre de 2016:

TABELA_1_

TABELA_2

TABELA_3

TABELA_4

TABELA_5

A partir do momento em que a Polícia Militar estabeleceu um contato mais direto com a comunidade acadêmica, houve a percepção de problemas que as autoridades policiais não cogitavam que decorressem anteriormente, na região da Universidade, em razão do baixo número de boletins de ocorrência que geralmente recebem.

Segundo o Alexandre Wellington de Souza, há pessoas que afirmam ser uma perda de tempo registrar ocorrências, já que desacreditam na justiça. Segundo nosso entrevistado, o período de descrédito generalizado pelo qual o Brasil passa atualmente também contribui para que haja uma distância maior entre as vítimas e os oficiais da Polícia Militar. Obviamente, quando um cidadão deixa de registrar uma ocorrência, o banco de dados da Polícia se torna impreciso, de modo que a corporação leva um tempo muito maior para perceber que existe alguém ou um grupo atuando de forma criminosa em determinados trechos da cidade, dificultando, assim, uma ação preventiva e quiçá um processo de prevenção imediata – que permite prender o infrator imediatamente após o ato criminoso, ou durante o mesmo – em flagrante delito. “É importante que as comunidades geral e acadêmica tenham essa cultura de chamar a Polícia Militar e registrar ocorrências, porque necessitamos dessas informações para organizarmos um policiamento ostensivo e podermos atuar e distribuí-lo na cidade”, pontua ele.

PM e comunidade são-carlense unidas via What’s App

Após a audiência pública de abril, houve uma nítida mudança positiva no comportamento dos estudantes, de acordo com o Capitão Paulo Roberto Nucci Junior, Comandante da 1ª Companhia de São Carlos, responsável máximo pelo policiamento da cidade e que também integra o 38º Batalhão. No sentido de manter um contato próximo com a comunidade são-carlense, ele tem coordenado o projeto Vizinhança Solidária, em que moradores de bairros criaram um grupo no What’s App , para manter um contato direto com a Polícia Militar, alertando-a a respeito de atividades ou movimentações suspeitas que ocorrem em suas regiões. Oito bairros de São Carlos já participam da iniciativa. “Não adianta você ter sistemas de segurança com câmeras pelo bairro, se não há um contato direto com a Polícia Militar”, enfatiza o Capitão, cujo Batalhão mantém também um perfil no Facebook.

 

NUCCI-500

Embora os oficiais do 38º Batalhão tenham se esforçado para interagir com a comunidade através das redes sociais, a orientação principal que a PM dá àqueles que se deparam com alguma situação suspeita é sempre a mesma: ligar de imediato para o 190. Uma simples ligação pode salvar não apenas uma vida, mas várias!

*Refere-se ao indivíduo ou à comunidade que se comporta de forma segura, com o intuito de minimizar a possibilidade da ocorrência de eventos de risco. Entre os comportamentos adotados, destaca-se o uso cauteloso de smartphones em vias públicas, a escolha de rotas alternativas, para evitar trafegar por ruas onde não há boa iluminação, e o hábito de estacionar veículos em locais onde há maior movimentação de carros e/ou pedestres.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de novembro de 2016

“XXXVII Oficina de Física César Lattes”

O Instituto de Física “Gleb Wataghin”, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) realiza no próximo dia 19 de novembro (sábado), a partir das 08 horas, no seu auditório, a XXXVII Oficina de Física César Lattes, este ano subordinada ao tema Resolução de problemas de Física complexo usando matemática elementar.

Nesta oficina serão tratados vários problemas de Física complexos, cuja solução pode ser obtida usando matemática elementar, sem usar cálculo diferencial e integra, incluindo alguns problemas relacionados com pesquisa avançada. Para isso, deverá se aprofundar na compreensão da Física por trás desses problemas.

Estão convidados a participar neste evento os professores de ensino médio, alunos de graduação e pós-graduação e público em geral.

Para obter mais informações sobre este evento e/ou se inscrever no mesmo, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de novembro de 2016

Um “show” com William Phillips – Prêmio Nobel de Física de 1997

Sem qualquer tipo de intervenção humana, um pequeno pião pairava sobre uma base colocada em uma mesa de madeira. Quem entrasse no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) na tarde de 11 de novembro último, poderia cogitar que um mágico ensaiava para uma apresentação. Para provar que não havia nenhum objeto entre o pião e a base, o Prêmio Nobel de Física (1997), William Phillips, passava a mão entre ambos e até “capturava” o pião com uma taça. Mesmo assim, o pião se mantinha no ar.

WILLIAM_1_250Minutos depois, o cientista destruiu alguns volumosos baldes de plástico após inserir pequena garrafas com nitrogênio líquido sob eles. Foi preciso adquirir um novo balde, ainda mais resistente, para utilizá-lo posteriormente, de modo que este último não se quebrasse durante os testes. É que o cientista se preparava para a aula-show intitulada As maravilhas da Física nas Proximidades do Zero Absoluto de Temperatura. Organizada pelo Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pelo IFSC/USP, a palestra foi assistida por cerca de 350 pessoas que lotaram o Auditório, a partir 17h daquela tarde – sendo que uma média de 200 telespectadores acompanharam o evento através do site IPTV/USP.

Caixas de isopor, garrafas de café contendo nitrogênio líquido, bexigas, vaso de rosas, entre outros objetos também foram sido colocados no palco do Auditório. E, como um maestro que faz os últimos ajustes sonoros antes de um concerto, Phillips se concentrava seriamente em organizar e “afinar” seus instrumentos, refazendo e preparando os experimentos, garantindo que tudo ocorresse como o planejado naquela tarde.

Simpático e acostumado a falar para grandes plateias, o cientista não demonstrou nenhum sinal de dificuldade ao realizar os experimentos, realizados após explicações dadas com o apoio de slides. Com o novo balde no centro do palco, ele encheu ligeiramente uma nova garrafa de plástico com nitrogênio líquido e inseriu sob o objeto, utilizando óculos de proteção. Em seguida, deu continuidade à sua apresentação, tendo citado Albert Einstein e falou sobre o Zero Absoluto – a temperatura mais fria que, na escala Celsius, é definida como -273,15ºC. Embora não seja possível alcançá-la, há registros de testes que resultaram na obtenção de temperaturas próximo ao Zero Absoluto. Ao enfrentarem temperaturas muito baixas, átomos e moléculas podem apresentar características ou fenômenos incomuns – daí o interesse em resfriá-los.

Enquanto Phillips falava sobre formas de se resfriar esses elementos, o nitrogênio inserido na garrafa de plástico que havia sido colocada sob o balde, resultou numa explosão, revelando a artimanha do físico. O barulho ocasionou sustos e aplausos no Auditório. Na aula, o físico também jogou bexigas com nitrogênio para o público e até quebrou uma rosa que ele próprio havia congelado.

WILLIAM_2_500

Esta não foi a primeira vez que William Phillips esteve no IFSC. Em 2013, por exemplo, o cientista ministrou uma aula pública que inaugurou o curso de Licenciatura em Ciências Exatas do Campus USP São Carlos. Nessa ocasião, também estiveram no Instituto outros cientistas laureados com o Prêmio Nobel, como Eric Cornell (Prêmio Nobel de Física – 2001), Dudley Herschbach (Prêmio Nobel de Química – 1986), Serge Haroche e David Wineland (Prêmio Nobel de Física – 2012).

Phillips nasceu no outono de 1948, em Wilkes-Barre, uma cidade do estado norte-americano da Pensilvânia. Seus pais, William (Bill) Cornelius Phillips e Mary Catherine Savino (depois, Savine), foram os primeiros de suas respectivas famílias a cursar uma universidade – o Juniata College. Em sua biografia, publicada em uma série de livros que traz o perfil de laureados com o Prêmio Nobel, William registrou que cresceu cercado por familiares, amigos, igreja, escola, e por atividades físicas e intelectuais – seus pais davam muito valor à educação e ao hábito de leitura.

Desde a infância, William sempre gostou de ciências e, quando aprendeu a ler, ia frequentemente à biblioteca local. A curiosidade pelo mundo que o cercava era tão grande, que Phillips havia montado uma coleção particular de garrafas com produtos domésticos, criando o seu primeiro laboratório científico. Quase tudo o que encontrava analisava com um microscópio que havia ganhado de familiares. Entre as paixões de sua infância – como pesca, basquete, andar de bicicleta e subir em árvores -, a ciência foi a única que nunca o abandonou completamente.

Em 1956, William mudou-se com seus pais para o município de Butler, próximo à cidade de Pittsburg. Foi nessa época que ele começou a apreciar a simplicidade e beleza da física, o que fez com que o físico decidisse passar a vida trabalhando com ciência. Durante o colégio, William mantinha um laboratório no porão de sua casa, onde, sem saber dos perigos aos quais se sujeitava, desenvolvia experimentos com fogo, explosivos, foguetes, eletricidade, luz ultravioleta e inclusive amianto. Mas, a ciência não ocupava todo o seu tempo. William também corria e jogava tênis na escola. Foi nessa época também que ele trabalhou na Universidade de Delaware (EUA), desenvolvendo experimentos de pulverização.

No início da década de 1970, ele se formou em física pelo Juniata College, tendo, em 1976, realizado o doutorado na mesma área no Instituto de Tecnologia de Massachusetts – MIT, em Cambridge (EUA). Em 1997, conquistou o Prêmio Nobel de Física, graças a um método que desenvolveu para esfriar e fixar átomos através de luz e laser.

Philips não sabe ao certo quantas aulas interativas, como esta dada no IFSC/USP, já ministrou, embora mensure que já tenha apresentado centenas delas. Para ele, uma das características mais importantes da sociedade moderna é o fato dela estar conectada com as novas tecnologias, demandando o desenvolvimento de equipamentos cada vez mais modernos.

WILLIAM_3-500

À Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, Phillips explicou que, através dos experimentos que demonstra em suas aulas, pretende transmitir não apenas o quanto que a ciência é importante no cotidiano das pessoas, mas, também, como ela pode ser tão divertida, de modo que possa atrair o maior número de pessoas para o universo científico. “É importante conquistar os jovens que têm grande interesse por ciência e prestar atenção naquilo que ela nos ensina”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de novembro de 2016

“High Energy Physics” recebe pesquisador Sami Caroff

Em mais um seminário da série High Energy Physics, promovido pelo IFSC/USP, ocorrido no dia 16 de novembro, o pesquisador Sami Caroff, do LAPP – Laboratoire d’Annecy – le – Vieux de Physique des Particules (França), e do CNRS/IN2P3 Université Savoie – Paris, foi o responsável pela apresentação do tema Measurement of leptonic cosmic ray with MAS-02 – interpretation in terms of dark matter and pulsar.

Este seminário decorreu na perspectiva de que nas últimas duas décadas tem SAMI350havido um forte interesse na fração de pósitrons de raios cósmicos que exibem um excesso de pósitrons de alta energia, cuja origem é ainda altamente incerta.

O Alpha Magnetic Spectrometer (AMS-02) é um detector de física de partículas de alta energia, de uso geral, que se encontra operacional na Estação Espacial Internacional desde maio de 2011.

Durante sua inovadora missão de longa duração, o AMS-02 tem coletado grande quantidade de dados para estudar o comportamento de elétrons e pósitrons com uma precisão sem precedentes.

Nesta palestra, Sami Caroff apresentou as medidas mais recentes de fração de pósitrons, fluxo de pósitrons e fluxo de elétrons adquiridos pelo AMS-02, bem como uma interpretação do excesso de pósitrons, em termos de pulsares e matéria escura.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de novembro de 2016

“Escritório USP Mulheres” promove atividade de autodefesa feminina

O Escritório USP Mulheres promove, no próximo dia 18 de novembro (sexta-feira), às 14h, no Auditório do Centro de Práticas Esportivas (Cepe) da USP, na Cidade Universitária, em São Paulo (Praça Prof. Rubião Meira, 61), a atividade Autodefesa da Mulher: Estratégias Físicas e Psicológicas.

O evento será dividido em duas partes. Na primeira, o Escritório apresentará o projeto, que tem como objetivo capacitar as mulheres do ponto de vista físico e empoderá-las psicologicamente para que saibam de suas capacidades de reação a violência e suas limitações.

Na segunda parte da atividade, o preparador físico e professor faixa preta de jiu-jítsu, Andrei Delgado, ministrará uma aula prática de autodefesa.

A atividade está aberta a todas as mulheres da Universidade.

As interessadas em participar da atividade devem enviar e-mail para uspmulheres@usp.br

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..