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15 de dezembro de 2021

Nanomedicina Teranóstica – diagnóstico e terapia em simultâneo

Estão sendo dados passos gigantescos para que num futuro próximo se possa atingir uma medicina quase cem por cento personalizada. Com isso, pacientes com doenças graves, como o câncer, poderão ser diagnosticados e tratados de forma muito mais rápida, sem efeitos secundários e sem a toxicidade apresentada pelos atuais procedimentos rádio e quimioterápicos. Não é ficção científica… É, sim, a conquista da Nanomedicina Teranóstica em uma nova fronteira da nanotecnologia.

Quando se fala em Nanomedicina Teranóstica, fala-se de nanomateriais que têm a particularidade de detectar e mostrar onde existe um problema grave de saúde – e aqui tomamos como exemplo típico o câncer. Ou seja, esses nanomateriais – ou nanopartículas – conseguem se alojar e fazer um diagnóstico de um tumor, combatendo em simultâneo as células cancerígenas, facultando o monitoramento de toda a ação. Várias são as formas atuais de se desenvolverem – ou desenharem – nanopartículas que produzam os efeitos acima relatados. Uma nanopartícula pode se alojar em um tumor e agir como se fosse um farol que o iluminasse e localizasse. Nesta mera e tosca comparação estamos exemplificando uma nanopartícula como agente de contraste para ser “interpretada”, por exemplo, através de imagens de ressonância magnética, ou por imageamento fotoacústico, e cujo exemplo mais recente é demonstrado por um artigo científico publicado recentemente pelo Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP), liderado pelo Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, o qual abordaremos mais adiante. Digamos que esta é a parte do diagnóstico. Depois temos a parte terapêutica, cujo exemplo é mostrado em outros artigos do mesmo grupo, que igualmente abordaremos mais à frente, através de uma terapia fototérmica, ou foto-hipertermia. A nanopartícula se aloja no tumor e recebe a radiação de uma luz laser, no infravermelho, promovendo um aquecimento muito localizado somente ao redor das nanopartículas, que se irradia, induzindo a morte celular do tumor.

Prof. Valtencir Zucolotto

Com efeito, quando se forma um tumor ele tem tendência natural a crescer de forma rápida, um crescimento que é comum às células cancerígenas. Como é esperado, os vasos sanguíneos que alimentam esse tumor também se desenvolvem de forma rápida, sendo que suas paredes podem se apresentar irregulares, com poros. E essa é uma situação que favorece a ação das nanopartículas, já que ao circularem pelo corpo humano, naturalmente acumulam-se no tecido tumoral, exercendo então sua ação e deixando, idealmente, os tecidos saudáveis liberados.

“A Nanomedicina Teranóstica representa uma das fronteiras da nanotecnologia, sendo que, atualmente, todos os grandes grupos de pesquisa estão na busca por sistemas que, através da mesma nanopartícula, possam detectar um tumor e em seguida aplicar uma terapia – um antitumoral, uma terapia por aquecimento, ou mesmo tudo isso junto, explica o Prof. Zucolotto, responsável pelo GNano, do IFSC/USP, um dos grupos que mundialmente buscam avanços nessa área.

Voltando um pouco ao início desta matéria, destacamos aqui os dois artigos do GNano que mencionamos anteriormente, resultantes de projetos desenvolvidos in vitro e que foram financiados pela FAPESP. O primeiro trabalho, intitulado Near Infrared Phoactive Theragnostic Gold Nanoflowers for Photoacoustic Imaging and Hyperthermia VER AQUI relata o desenvolvimento de uma estrutura não muito convencional, diferente de todas as outras, com o formato de uma flor. “A vantagem do formato nesse caso, é o rápido aquecimento localizado que a “nanoflor” pode fornecer pela irradiação da luz no infravermelho”, explicam os pesquisadores Olavo Amorim Santos e a Dra Juliana Cancino-Bernardi, autores principais do trabalho. Mostra-se, nesse trabalho, o imageamento feito por espectroscopia fotoacústica, para a detecção do tumor (diagnóstico), passando para a fase terapêutica com a absorção da luz pela nanopartícula, matando a célula tumoral na sequência. “A imagem fotoacústica é uma técnica que também se baseia na absorção de luz no infravermelho por alvos de interesse. Neste caso, pulsos curtos de laser, com duração da ordem de nanossegundos, são aplicados na região tecidual contendo as nanopartículas. Diante disso, o aumento de temperatura é localizado e transiente, o que induz a geração de ondas acústicas, efeito similar ao trovão causado por um raio. Para a formação das imagens que nos permite localizar as nanopartículas, essas ondas acústicas são detectadas por um equipamento de ultrassonografia. Neste caso, o equipamento de imagem é muito similar àqueles usados, por exemplo, em obstetrícia e cardiologia”, acrescenta o Prof. Theo Pavan, do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP), co-autor do trabalho.

Near Infrared Phoactive Theragnostic Gold Nanoflowers for Photoacoustic Imaging and Hyperthermia

O segundo trabalho, intitulado Doped Plasmonic Zinc Oxide Nanoparticles with Near-Infrared Absorption for Antitumor Activity (VER AQUI) mostra uma nanopartícula de óxido de zinco modificada, a qual apresenta propriedades optoeletrônicas aprimoradas, incluindo absorção na região do infravermelho próximo. “O material sintetizado representa uma importante classe de nanocarreadores, que pode ser adaptado para a entrega de medicamentos e ser utilizada como plataforma teranóstica, ou seja, capaz de combinar o tratamento e o diagnóstico de forma simultânea em doenças como o câncer. Além do tratamento do câncer, as nanopartículas de óxido de zinco também possuem atividade antibacteriana, o que as tornam excelentes estruturas capazes de combinar os tratamentos usuais contra doenças crônicas e infecciosas em uma única plataforma terapêutica. Em resumo as nanopartículas modificadas de óxido de zinco representam uma alternativa no uso de materiais convencionais com uma rota de síntese mais barata e em larga escala, que é uma particularidade importante para seu uso em aplicações biológicas”, explica Nathalia Rissi, principal autora do artigo.

Contudo, já em 2018 o GNano se aproximava rapidamente da Nanomedicina Teranóstica com a publicação de um trabalho pioneiro no grupo, onde a pesquisadora Valeria S. Marangoni foi uma das autoras, intitulado Photothermia and Activated Drug Release of Natural Cell Membrane Coated Plasmonic Gold Nanorods and β-Lapachone (VER AQUI), realizado in vivo, com modelos animais, relativo ao desenvolvimento de uma nanopartícula que, ao ser irradiada e aquecida, provocou a diminuição de tumores.

Nanomedicina Teranóstica… O futuro da medicina bate à porta.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de dezembro de 2021

Perfis acadêmicos em plataformas digitais e rede social acadêmica (ResearchGate)

No decurso da “5ª Escola de Pesquisadores da USP São Carlos”, a primeira palestra relativa ao dia 1º de dezembro foi “Perfis acadêmicos em plataformas digitais e rede social acadêmica (ResearchGate)”, uma apresentação que esteve a cargo de Brianda Sigolo (Bibliotecária o Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU/USP) e de Ana Paula Calabrez (Bibliotecária sa Prefeitura do Campus USP de São Carlos (PUSP).

Clique na imagem abaixo para rever essa palestra.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de dezembro de 2021

Atualização da produção científica do IFSC/USP em novembro de 2021

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  novembro  de 2021,  clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI). 

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico Physical Review Letters (VER AQUI)

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de dezembro de 2021

“Estratégias de Ensino – Disciplina “Práticas Pedagógicas no Ensino Superior” – IFSC/USP

Nova Playlist no Canal Youtube do IFSC/USP

A disciplina “Práticas Pedagógicas no Ensino Superior” é oferecida aos alunos da Pós-Graduação do IFSC-USP, com o objetivo de aprimorar a formação desses alunos para a docência em nível de graduação. A disciplina, ministrada pela Profa. Nelma R. S. Bossolan há 12 anos, aborda desde aspectos dos modelos de universidade que influenciaram a prática docente no Brasil, passando por aspectos formais do planejamento de uma disciplina do ensino superior, até a regência de aulas para este público utilizando as chamadas metodologias ativas de aprendizagem.

Neste momento de pandemia da COVID-19, quando a disciplina foi ministrada na modalidade remota, a professora sugeriu que grupos de alunos elaborassem vídeos explicativos sobre algumas metodologias apropriadas ao ensino superior, como atividade alternativa à regência de aulas normalmente oferecidas pelos estudantes no modo presencial da disciplina.

Como resultado, 10 vídeos foram produzidos, abordando 5 estratégias: Aprendizagem Baseada em Projetos, Aprendizagem Baseada em Problemas, Mapa Conceitual, Instrução pelos pares (Peer Instruction) e Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom). Os vídeos têm curta duração (entre 10 e 15 minutos), são dirigidos a alunos de pós-graduação e docentes do ensino superior, e têm como objetivo apresentar a estratégia, contextualizar seu uso e mostrar as etapas de sua consecução em sala de aula. Cada vídeo também disponibiliza a bibliografia utilizada para a consulta e aprofundamento pelos interessados.

Segundo a Profª Nelma, “os estudantes mostraram-se motivados e foram muito criativos no processo de elaboração dos vídeos, gerando produtos com correção conceitual e utilizando recursos variados, como o simples ‘uma câmera na mão (no caso, do celular) e uma ideia na cabeça’, até aplicativos um pouco mais sofisticados de edição de vídeos e de banco de imagens”.

Os vídeos podem ser acessados na playlist “Estratégias de ensino – Disciplina “Práticas Pedagógicas no Ensino Superior” (IFSC/USP)” do canal do IFSC no Youtube (ACESSE AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de dezembro de 2021

IFSC/USP: Programa “Universitário por Um Dia” – O regresso presencial após quase dois anos de interrupção

O programa do IFSC/USP “Universitário por Um Dia” regressou à sua primeira atividade presencial após quase dois anos de interrupção devido à pandemia do Coronavírus, recebendo, no dia 13 de dezembro, a visita de cerca de 30 alunos, devidamente acompanhados por seu professor, de uma escola do ensino médio da cidade de Timburi, interior do Estado de São Paulo.

De fato, esta visita marca o recomeço das atividades do IFSC/USP e do próprio programa, agora obedecendo a todos os protocolos de segurança sanitária em vigor, mas continuando a pensar no estímulo que se deve dar aos estudantes do ensino médio para seu acesso ao ensino superior.

O Educador do IFSC/USP, Herbert João Alexandre, reafirma os objetivos desta iniciativa: “O programa “Universitário por Um Dia” continua a ter o objetivo de proporcionar aos estudantes do ensino médio uma vivência do ambiente universitário, entusiasmando-os a ingressar na Universidade. Ao mesmo tempo, esta experiência serve para os jovens conhecerem um pouco melhor o nosso Instituto, os seus cursos e o próprio Campus da USP São Carlos, além, é claro, de promover o ensino da Física de uma forma lúdica”.

Por outro lado, este programa, que compreende a realização de diversos experimentos e de um show de Física, serve também para subsidiar as aulas dos professores de Física do ensino médio.

Confira abaixo algumas imagens relativas a esta visita.

 

A chegada dos alunos ao Prédio Administrativo do IFSC/USP

Recepção de um dos grupos dos alunos visitantes à Biblioteca do IFSC/USP

Sabrina Mastrantonio (Bliblioteca do IFSC/USP) explica funcionamento da infraestrutura

Um dos grupos reunido na Biblioteca do IFSC/USP

Alunos assistem à realização de experimentos na Sala do Conhecimento (IFSC/USP)

Experimento realizado por um dos monitores do IFSC/USP

(Fotos: Maria Zilda Lima)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de dezembro de 2021

Pinças ópticas poderão em um futuro próximo aprisionar nanopartículas minúsculas

As aplicações poderão ser enormes, inclusive no estudo da interação de biomoléculas uma a uma.

O conceito de pinças ópticas data da década de 1980, com o trabalho pioneiro de Arthur Ashkin, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 2018. Uma pinça óptica serve para prender e manipular partículas – ou nanopartículas – com a luz de um laser. No ar, pode-se levitar essas partículas quando a força da radiação do laser equilibra a força gravitacional e demais forças atuando sobre elas.

Nestes últimos cinquenta anos houve grandes avanços no desenvolvimento e uso de pinças ópticas, destacando-se, dentre as várias aplicações, as da área biologia, pois pode-se manipular células ou DNA de forma isolada. Uma adaptação do conceito foi feita por Steven Chu, Claude Cohen-Tannoudji e William D. Phillips para aprisionar átomos, tendo-lhes rendido o Prêmio Nobel de Física em 1997.

Contudo, uma das limitações das pinças ópticas atuais está na impossibilidade de manipular partículas muito pequenas (dezenas de nanômetros) sem causar aquecimento, o que se deve principalmente às altas intensidades de laser requeridas. Alternativas recentes empregam nanoestruturas metálicas para explorar a chamada ressonância plasmônica. Com essa ressonância o campo eletromagnético da luz é aumentado consideravelmente nas vizinhanças das nanoestruturas, permitindo o aprisionamento de nanopartículas pequenas usando fontes de potência relativamente baixa.

Porém, em metais, ocorre o aquecimento pelo efeito Joule. Por exemplo, o aquecimento nas estruturas plasmônicas usadas para aprisionar nanopartículas é suficiente para ferver a água, impossibilitando o estudo de nanopartículas biológicas, como pequenas biomoléculas ou células.

Essa limitação pode ser vencida dentro de pouco tempo graças ao trabalho teórico desenvolvido por pesquisadores do IFSC-USP e do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), publicado recentemente através de um artigo da revista Physical Review Letters, onde propuseram um novo design de uma nanoestrutura que permite manipular nanopartículas tão pequenas quanto 20 nm, sem aquecê-las. A nanoestrutura projetada é um nanodisco de silício com uma fenda, que pode ser embebido em água (ou solução aquosa) contendo as nanopartículas.

Segundo o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, cálculos teóricos são usados para otimizar a nanoestrutura de maneira que nanopartículas na água possam ser manipuladas e aprisionadas por um feixe de laser de baixa potência no infravermelho. “O que distingue este trabalho de outros, na literatura, é que a luz do laser não é absorvida pelo meio aquoso, ou pela nanoestrutura. Isso ocorre com a excitação pela luz num modo denominado anapolo, em que a luz fica aprisionada principalmente na região da fenda. Não havendo irradiação do campo, este fica inteiramente localizado, pelo que nanopartículas minúsculas, mesmo as de 20 nm de diâmetro, podem ser aprisionadas e manipuladas”, explica o Prof. Osvaldo.

A expectativa é a de que a partir da publicação deste trabalho, grupos experimentais possam fabricar nanoestruturas como as propostas, sendo que as aplicações poderão ser enormes, como no estudo da interação de biomoléculas uma a uma. “Um exemplo será a possível verificação de como um fármaco encapsulado numa nanopartícula ataca uma célula cancerosa”, finaliza o pesquisador.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de dezembro de 2021

Como escrever artigos de alto impacto: da ideia à publicação – “5ª Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos”

Uma das palestras que mais congregou participantes no decurso da “5ª Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos”, evento realizado remotamente entre os dias 30 de novembro e 02 de dezembro do corrente ano, foi a que ocorreu exatamente no dia 30 de novembro, com a participação do coordenador da citada escola, Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, que explanou o tema “Como escrever artigos de alto impacto: da ideia à publicação”.

Clique na imagem abaixo para rever essa extraordinária palestra.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2021

Reitoria promove Concerto de Natal no próximo dia 17 de dezembro

No próximo dia 17 de dezembro (sexta-feira), a Reitoria promove seu tradicional Concerto de Natal, a partir das 12h, no Auditório do Centro de Difusão Internacional (CDI), no campus da USP em São Paulo. Neste ano, o evento contará com a apresentação da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp). O concerto também será transmitido pelo Canal USP (AQUI).

O repertório do concerto inclui as obras  Il Concerto grosso in sol minore, op. 6, n. 8 (fatto per la notte di Natale), de Arcangelo Corelli; Burrico de Pau, de Carlos Gomes; Dança Brasileira, de Camargo Guarnieri; Gabriela, o Frevo, de Felipe Senna; Carinhoso, de Newton Carneiro (sobre original de Pixinguinha), além de músicas natalinas. A regência será do maestro Abel Rocha.

Fundada em 1975, a Osusp é um órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária e tem como objetivos principais divulgar a música sinfônica e de câmara, inovar em propostas educacionais e artísticas, estimular a formação de público e, sobretudo, promover a interação entre o saber produzido na Universidade e a sociedade. Com ampla programação, que inclui concertos sinfônicos e camerísticos, a Orquestra está presente nas salas de concerto e nas unidades de ensino e institutos especializados ligados à Universidade, nos vários campi da USP. Já realizou turnês nacionais e internacionais, lançou oito álbuns, organizou concursos de composição, participou de montagens de óperas e se apresentou com celebrados regentes e solistas do Brasil e do mundo.

O Concerto de Natal é gratuito e aberto a toda a comunidade acadêmica. O Auditório do CDI está localizado na Avenida Prof. Lúcio Martins Rodrigues s/n°, na Cidade Universitária, em São Paulo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2021

Destaques da produção científica do IFSC/USP (Jul/Ago-2021)

 

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de julho/agosto de 2021 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações sbiprod@ifsc.usp.br

 

ÁREA:   Agricultural Science

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

 

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Emergence of complexity inhierarchically organized chiral particles

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: Surface properties and gas sensing application

 

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: A comparative approach

 

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

 

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

 

ÁREA:   Physics

Analyzing and modeling real-world phenomena with complex networks: a survey of applications

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Bose-Einstein condensation: twenty years after

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

 

ÁREA:   Space Science

Design concepts for the Cherenkov Telescope Array CTA: an advanced facility for ground-based high-energy gamma-ray astronomy

Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de dezembro de 2021

Novo sensor com formato de caneta detecta bisfenol-A na água com rapidez e baixo custo

Pesquisadores dos Institutos de Física (IFSC) e de Química (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos desenvolveram um sensor com formato alongado e cilíndrico, semelhante a uma caneta, para análise de poluentes químicos eliminados na água. Fabricado com grafite, nanopartículas de prata e poliuretano, o sensor detecta bisfenol-A (BPA) – composto químico considerado um marcador molecular da presença de contaminantes emergentes, como produtos farmacêuticos, hormônios e pesticidas, entre outros. Resultados da pesquisa, financiada pela FAPESP, foram publicados na revista Materials Science and Engineering: C (VER AQUI).

Paulo Augusto Raymundo-Pereira, coordenador do trabalho, explica que entre os poluentes químicos eliminados no meio ambiente destacam-se os denominados interferentes endócrinos (também conhecidos como desreguladores ou disruptores endócrinos). O BPA, comumente utilizado na produção de policarbonato (um tipo de plástico duro) e em vernizes (como o que reveste latas de alumínio), se enquadra nessa classificação.

Mesmo em baixas concentrações, essas substâncias são capazes de interferir no sistema endócrino dos organismos, que compreende um conjunto de glândulas responsáveis pela síntese de hormônios, e causar prejuízos à saúde, como desequilíbrio hormonal, infertilidade e câncer em órgãos reprodutores.

O Brasil proibiu a importação e a fabricação de mamadeiras e outros utensílios para lactentes que contenham BPA, considerando a maior exposição e suscetibilidade dos usuários desses produtos. Pela regra vigente desde janeiro de 2012, mamadeiras em policarbonato não podem mais ser vendidas no país.

Para as demais aplicações, o bisfenol-A ainda é permitido, mas a legislação estabelece um limite máximo de migração específica da substância para o alimento, definido com base nos resultados de estudos toxicológicos.

“Acontece que o resíduo da produção pode ser descartado em córregos e atingir a estação de água, na qual o tratamento não é 100% eficiente para remover todos esses poluentes. Eles podem, portanto, migrar para a torneira das nossas casas, sendo consumidos por nós.”

Pesquisador Paulo Augusto Raymundo-Pereira

Esse cenário exige o monitoramento constante da qualidade da água. Hoje, a determinação de poluentes emergentes pode, em princípio, ser realizada com análises que envolvem coleta e condicionamento de amostras, além de longas etapas de limpeza. Já a determinação do BPA é normalmente feita por técnicas como cromatografia e espectroscopia. Esses métodos convencionais de monitoramento são caros e demorados.

“Não há uma maneira simples para a análise de poluentes emergentes e, talvez, essa seja a principal razão pela qual os testes com o bisfenol-A ou outros contaminantes ainda não estão disponíveis para as empresas de saneamento, agências de controle ambiental ou pelo menos não nos serviços públicos dos países em desenvolvimento. Esse cenário pode mudar se essas substâncias puderem ser analisadas a partir de sensores sensíveis e robustos, com um dispositivo simples e de baixo custo”, avalia Raymundo-Pereira.

“Pen sensor”

A escolha dos materiais usados no dispositivo – chamado pelos pesquisadores de pen sensor – levou em conta as vantagens obtidas pela combinação entre eles, incluindo estabilidade, facilidade de limpeza da superfície, simplicidade e baixo custo de preparação. Além disso, o poliuretano utilizado é um polímero ecologicamente correto, obtido a partir do óleo de mamona.

“Já tínhamos certa experiência com esses materiais. O grafite é bom condutor elétrico. As nanopartículas de prata, já sabíamos, melhoram a condutividade do grafite, evitam que outras substâncias ‘grudem’ no sensor, além de funcionar muito bem na detecção dos compostos fenólicos, como é o caso do bisfenol.”

A detecção é realizada pela geração de um sinal elétrico produzido por reações químicas de oxidação e/ou redução que ocorrem na superfície do sensor quando em contato com uma amostra contendo o bisfenol-A. Métodos baseados no uso de sensores podem fornecer resultados rápidos e confiáveis ainda nas estações de tratamento, dispensando a coleta da amostra, o uso de equipamentos sofisticados ou a necessidade de pessoal treinado.

Ineditismo e versatilidade

Raymundo-Pereira explica que tanto o desenho do sensor quanto a sua composição são inéditos. “Ele pode ser usado como alternativa às técnicas tradicionais, que são mais caras, consomem mais tempo, geram resíduos e exigem conhecimento técnico de alto nível. Nosso dispositivo pode ser usado por qualquer pessoa, mesmo sem treinamento. Acoplado a um analisador menor do que um celular, possível de ser conectado a um smartphone, forma um conjunto portátil, que pode ser levado a uma estação de tratamento, por exemplo. Não há necessidade de colher uma amostra de água para analisar em laboratório.”

Também é possível utilizá-lo em um rio, em um córrego, um contêiner, um poço e até na torneira. “Em menos de um minuto de contato da amostra com o sensor é possível saber o resultado da análise. Os testes convencionais demoram semanas, até meses. Além disso, a caneta pode ser usada na posição vertical, mas com o sensor virado para cima, e nesse caso apenas 25 microlitros (μl) de amostra – a metade do volume de uma gota – seriam suficientes para realizar o teste”, conta Marina Baccarin, primeira autora do artigo.

A patente do sensor foi submetida recentemente pelo grupo, por meio da Agência USP de Inovação. “A tecnologia está pronta para ser produzida e transferida. Tentamos usar material barato, nada de equipamentos supersofisticados ou importados; tudo pode ser encontrado aqui. E isso exatamente para facilitar essa transferência tecnológica”, ressalta.

A pesquisa teve apoio da FAPESP por meio de três projetos (16/01919-6, 17/04211-7 e 18/22214-6).

(Com informações de Karina Ninni/Agência FAPESP – Foto: Marina Baccarin/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de dezembro de 2021

Com parceria do IFSC/USP: INOVA/CITESC inaugura centro de reabilitação para tratamentos de pacientes com sequelas de COVID-19

Instituto INOVA / CITESC

IFSC/USP disponibiliza equipamentos e pessoal especializado para ação gratuita

Através de uma parceria estabelecida entre a Secretaria de Saúde de São Carlos, Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e o Instituto INOVA/CITESC – Centro de Inovação e Tecnologia em Saúde, será criada, na primeira quinzena de dezembro do corrente ano, o denominado “Centro de Desenvolvimento e Treinamento para Tecnologias e Procedimentos de Reabilitação de Pacientes Pós-Covid-19”, ou seja, um centro de reabilitação único no país e exclusivamente dedicado ao tratamento de pacientes (residentes em São Carlos) portadores de sequelas provocadas por  COVID-19.

Estes tratamentos – gratuitos – serão realizados nas modernas instalações do CITESC, na área do Instituto INOVA – Parque Ecotec Damha, onde ficarão instaladas doze macas bem como todos os equipamentos desenvolvidos nos últimos dois anos pelo IFSC/USP destinados a combater as consequências da COVID-19, com a presença de pesquisadores e técnicos do Instituto devidamente treinados para este efeito e onde serão capacitados novos profissionais que irão reforçar o desenvolvimento das novas tecnologias reabilitadoras.

INOVA/CITESC – Bruna Boa Sorte e Marcelo da Paz

Para a Presidente do Instituto Inova, Bruna Boa Sorte, “Desde o início, as novas tecnologias para a saúde constituíram um dos pilares escolhidos para a atuação do INOVA. Seguimos focados na construção de uma sociedade com menos desigualdades sociais e esse deve ser o papel fundamental dos ambientes de inovação no Brasil”. Para Marcelo da Paz, responsável pelo CITESC “Nossa instituição é um projeto ao qual dedicamos muito tempo e trabalho, desde sua concepção. Agora, com o lançamento e operação desta iniciativa, não tenho dúvida que deixaremos um legado na área da saúde à população são-carlense a partir das novas tecnologias desenvolvidas aqui, pelos pesquisadores de nossa cidade”.

Os destaques destes tratamentos – gratuitos – estarão voltados para as áreas de Fisioterapia e Odontologia, atendendo às principais sequelas que foram sendo detectadas ao longo do tempo, com destaques para dores musculares, dificuldades motoras, dificuldades respiratórias, paralisia facial, zumbidos no ouvido, fadiga, cansaço, perda de olfato e perda de paladar, entre outras.

IFSC/USP – Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato

Para o Diretor do IFSC/USP e Coordenador do Grupo de Óptica do mesmo Instituto, onde foram desenvolvidos os novos protocolos e equipamentos, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato “Através deste Centro teremos a oportunidade de colocar ao serviço da sociedade são-carlense todos os equipamentos e protocolos que foram desenvolvidos pelo Instituto de Física de São Carlos nos últimos dois anos, especialmente concebidos para tratar as pessoas que foram atingidas pela COVID-19 e que felizmente sobreviveram, mas onde muitas delas ficaram com sequelas. Assim, além desses equipamentos, teremos um contingente de pesquisadores e de profissionais que irão atuar nesses tratamentos, com especial destaque para as fisioterapias respiratória, vascular e muscular, bem como as fisioterapias odontológicas destinadas a recuperar o olfato, o paladar e a tratar os zumbidos no ouvido, procedimentos que serão realizados até os pacientes completarem sua recuperação. Esta magnífica parceria viabiliza assim o interesse público, através da Secretaria de Saúde de nossa cidade, o interesse dos cientistas e da academia, através do Instituto de Física de São Carlos / Universidade de São Paulo, da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos que gentilmente cedeu inúmeros insumos hospitalares, do Instituto INOVA, através do CITESC, que disponibiliza o magnífico espaço, tudo isso para que possamos ganhar o restabelecimento da saúde da população que foi acometida com o vírus, por forma a que elas voltem às suas atividades de trabalho, já que tem muitas pessoas que hoje ainda não conseguem voltar plenamente às suas atividades de rotina por causa dessas sequelas”.

Provedor da SCMSC – Dr. Antônio Valério Morillas Júnior

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, Dr. Antônio Valério Morillas Júnior recorda que a Santa Casa foi a primeira unidade de saúde da região a abrir uma ala com leitos exclusivos para atendimento COVID, tendo investido em treinamento e capacitação e, graças a isso, conseguiu manter ao longo da pandemia baixos índices de letalidade, comparáveis à média brasileira dos hospitais particulares. “O próximo desafio é lidar com as sequelas da COVID. Sabemos que a doença não afeta apenas os pulmões, mas também os rins e aumenta as chances de infarto e AVC. Por isso, o projeto de tratamento para pessoas com sequelas da COVID, no CITESC, é fundamental e nós não poderíamos deixar de dar o nosso apoio, através da doação de um número considerável de insumos hospitalares”.

Presidente da Câmara Municipal de São Carlos – Roselei Françoso

Finalmente, o Presidente da Câmara Municipal de São Carlos, Roselei Françoso, considera bastante importante para todos a implantação desse centro de reabilitação. “Eu só tenho a agradecer essa parceria que envolve governo municipal, governo estadual, governo federal, a USP, Instituto INOVA, e também o poder legislativo da cidade de São Carlos, que de alguma forma tem contribuído para instalação deste centro de reabilitação. Ele vem em um momento oportuno, uma vez que temos muitas pessoas precisando deste serviço. Temos a UFSCar que contribuiu e contribui com a reabilitação de pessoas, mas dado a elevação dos números de munícipes que apresentam essa demanda, eu vejo que é necessário e o mais rápido possível a instalação desta infraestrutura para que a população possa de fato ter a sua qualidade de vida de volta, ter direito de se tratar, de se recuperar e este centro vai possibilitar isso. O Instituto INOVA trabalhou muito para que este dia chegasse. Essa é uma conquista enorme para a cidade de São Carlos. Sabemos que muita gente colaborou para que este projeto desse certo: o Prefeito Airton Garcia, o Prof. Vanderlei Bagnato, a presidente do Instituto INOVA, Bruna Boa Sorte, entre outros que contribuíram para que este momento se tornasse realidade. Desejo que esse centro devolva às pessoas a esperança pela vida”.

O “Centro de Desenvolvimento e Treinamento para Tecnologias e Procedimentos de Reabilitação de Pacientes Pós-Covid-19” está localizado na Avenida Almir Villas Boas, 1100, Parque Tecnológico Damha I, em São Carlos, e será apresentado oficialmente no dia 09 de dezembro, através de coletiva de imprensa a ser anunciada pelo Instituto INOVA / CITESC, sendo que nesse mesmo dia se inicia a inscrição de pacientes. Os tratamentos iniciam-se no dia 13 de dezembro.

De acordo com os pesquisadores do IFSC/UP, responsáveis pelas equipes de atendimento, Profs. Drs. Antonio de Aquino Junior (Diretor Científico do CITESC) e Vitor Hugo Panhóca (Diretor Clínico do CITESC), a previsão é que se possam fazer cerca de dois mil atendimentos por mês, um trabalho que irá se prolongar pelo ano de 2022.

As inscrições para os tratamentos poderão ser feitas através do telefone (16) 99734-2922.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de dezembro de 2021

Organização de estratégias de pesquisa para o desenvolvimento sustentável

No início da “5ª Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos”, ocorrido no dia 30 de novembro do corrente ano, coube ao Prof. Dr. Carlos Henrique de Brito Cruz, Vice-Presidente Sênior de Redes de Pesquisa na Elsevier (Oxford-UK), apresentar a palestra de abertura deste evento subordinada ao tema “Organização de estratégias de pesquisa para o desenvolvimento sustentável”.

Clique na imagem abaixo para assistir a esta palestra.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de dezembro de 2021

Mais de três mil inscritos na “5ª Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos”

Abertura do evento

Ocorreu entre os dias 30 de novembro e 02 de dezembro, de forma remota, a 5ª edição da “Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos”, um evento que reuniu mais de três mil inscrições, revelando, assim, o prestígio e a qualidade que o mesmo tem conquistado ao longo dos anos.

Com a participação de palestrantes de renome, este grandioso evento organizado pelo “Portal da Escrita Científica da USP de São Carlos”, na pessoa do Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, com os apoios do Instituto de Estudos Avançados da USP e da editora “Springer”, manteve o seu foco em desenvolver, aprimorar e consolidar as habilidades necessárias à vida científica de pesquisadores em pesquisa básica e aplicada em temas ousados e de alto impacto.

Uma vez mais, este evento foi especialmente direcionado a alunos de Pós-Graduação, Pós-Doutores, técnicos de nível superior e professores pesquisadores.

Todas as palestras desta “5ª Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos” estão concentradas no Canal Youtube do evento, nercessariamente divididas pelos temas constantes em sua programação.

No Facebook e no Instagram do IFSC/USP estarão sendo publicadas todas as palestras constantes deste evento, que teve um índice de participação bastante elevado.

Vale a pena conferir a Playlist da “5ª Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos” no Canal Youtube (AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de dezembro de 2021

Prof. Ronald Cintra Shellard soube colaborar, dividir e oferecer

Prof. Tito José Bonagamba

Na Comunidade em que vivemos, são poucas as pessoas que sabem colaborar, dividir e oferecer.

O Caro Amigo Ronald Cintra Shellard foi uma dessas preciosas e raras pessoas.

Tivemos a oportunidade de nos aproximar dele no início da década de 2010, durante as importantes atividades conjuntas da SBF e do CGEE, com o apoio da FINEP, para a realização do estudo intitulado “A Física e o Desenvolvimento Nacional”, publicado em 2012.

Como fruto das estimulantes conversas que tivemos sobre o fundamental papel da Física, bem como de todas as áreas do conhecimento, para o desenvolvimento socioeconômico do País, realizamos o “I Encontro Nacional de Física na Indústria”, em 2013.

Atividades como essas estão ocorrendo até hoje, com maior intensidade e maturidade, destacando aquelas organizadas pela Comissão de Física na Empresa da SBF, que deram um novo norte para as atividades de pesquisa básica em nosso País.

Nos últimos anos, na condição de Diretor do CBPF, exerceu um expressivo papel de liderança dentro dessa perspectiva, ao lado de outra(o)s Diretora(e)s de Unidades de Pesquisa em Ciência e Tecnologia vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), procurando valorizar as atividades de PDI dessas Unidades e ressaltar a relevância das suas contribuições, dentro de suas missões, para o desenvolvimento socioeconômico da nação junto às esferas do Governo Federal.

Esperamos que esses esforços sejam reconhecidos, com o necessário apoio das Agências de Fomento.

Lamentamos a inestimável perda do Caro Amigo Ronald Cintra Shellard, não podendo mais contar com as agradáveis e construtivas conversas, mas preservaremos suas iniciativas, agradecendo todas as preciosas oportunidades que nos ofereceu, explorando-as da melhor forma possível.

(Prof. Tito José Bonagamba – IFSC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de dezembro de 2021

Morre o Prof. Ronald Cintra Shellard – Diretor do CBPF

Faleceu hoje (07/12), vítima de doença prolongada, o Prof. Ronald Cintra Shellard, Diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – CBPF.

O Prof. Shellard graduou-se em física (1970) pela Universidade de São Paulo (USP) e concluiu o mestrado na mesma área (1973) no Instituto de Física Teórica (IFT), unidade complementar da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Aperfeiçoou-se em física e astronomia (1973-1974) na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara (EUA) e concluiu o doutorado também em física e astronomia (1978) na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA). Possuía experiência na área de física experimental de altas energias e física das astropartículas. Seus interesses se concentravam no estudo das características de astropartículas (gamas e raios cósmicos) com energias muito altas.

Fazia parte da colaboração que opera o Observatório Pierre Auger, da colaboração Cherenkov Telescope Array (CTA) e foi um dos fundadores do Southern Wide Field Gamma-Ray Observatory (SWGO), que começou a vida como Large Array Telescope for Tracking Energetic Sources (LATTES).

Era sócio da SBF, SBPC, APS, IOP e AAAS e Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências.

A Comunidade do IFSC/USP curva-se perante a memória de tão ilustre cientista, endereçando a sua família, amigos e colegas, os mais sentidos pêsames.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de dezembro de 2021

Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) comemora o 60º aniversário da FAPESP

Em comemoração aos 60 anos da FAPESP, a Academia de Ciências do Estado de São Paulo – ACIESP reúne grandes pesquisadores para uma análise crítica do estado da arte da ciência do Estado de São Paulo, com um olhar especial para as próximas duas décadas.

O conjunto de temas analisado será debatido em sete seminários e sintetizados em oito capítulos do livro “O estado da arte da ciência em São Paulo em sintonia com o desenvolvimento brasileiro e mundial”, a ser lançado em maio de 2022.

Confira AQUI.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de dezembro de 2021

Regresso das atividades presenciais: IFSC/USP recebe 2ª Fase da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP)

Após cerca de dois anos sem atividades presenciais, o IFSC/USP começa agora a organizar, com todos os cuidados, os primeiros eventos com a participação de público.

Desta forma, nosso Instituto recebeu no dia 03 de dezembro último a 2ª Fase da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP), um evento que ocorreu nos Laboratórios de Ensino de Física (LEF), obedecendo a todos os protocolos sanitários.

O IFSC/USP é um dos Centros Aplicadores das provas da Olimpíada de Física das Escolas Públicas, em parceria com a Sociedade Brasileira de Física (SBF) e outras instituições nacionais.

A organização deste evento, bem como a recepção dos alunos no IFSC/USP, esteve sob a responsabilidade do Educador de nosso Instituto, Prof. Herbert Alexandre João.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de dezembro de 2021

Oito pesquisadores do IFSC/USP no grupo dos 100 mil cientistas mais influentes do mundo

Está já disponível para o público a terceira versão da lista dos 100 mil melhores cientistas do mundo, publicada no dia 19 de outubro do corrente ano pela Stanford University (EUA), em parceria com a Elsevier.

812 cientistas brasileiros de universidades públicas e privadas constam dessa lista, onde 08 são do IFSC/USP, a saber:

Adriano Defini Andricopulo;

Luciano da Fontoura Costa;

Attílio Cucchieri;

Hellmut Eckert;

Osvaldo Novais de Oliveira Junior;

Jean Claude M’Peko;

Vanderlei Salvador Bagnato;

Sergio Carlos Zilio;

Para conferir a lista dos cientistas brasileiros, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de dezembro de 2021

Ipê-branco homenageia memória do docente e pesquisador do IFSC/USP Prof. Ricardo De Marco

Falecido no início deste ano, vítima de acidente de viação, o docente e pesquisador Prof. Ricardo De Marco foi homenageado por dezenas de colegas, amigos, alunos e servidores não docentes no passado dia 03 de dezembro através do plantio de um ipê-branco na lateral esquerda do edifício do IFSC/USP, na Área-2 do Campus USP de São Carlos, numa singela cerimônia que contou igualmente com a presença da família.

A Profª Ana Paula Ullian de Araújo, colega de Ricardo De Marco no Departamento de Física e Ciência Interdisciplinar (FCI) – Grupo de Biofísica e Biologia Estrutural “Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) – foi quem iniciou a singela homenagem, tendo resumido as características profissionais do homenageado e o quanto ele era querido por seus alunos e colegas, tendo sublinhado, também, o quanto está sendo difícil substituir sua presença entre todos.

Para o atual chefe de Departamento do FCI do IFSC/USP, Prof. Dr. José Carlos Egues de Menezes, o Prof. Ricardo De Marco sempre teve como imagem principal sua serenidade e sua lucidez, quer nos diálogos que mantinha com seus colegas, quer ainda perante seus alunos, transmitindo sempre confiança e amizade. “Este ipê-branco que agora será plantado reproduz essa serenidade que Ricardo De Marco tinha e que ficará para sempre guardada na memória de sua família, colegas, alunos, amigos e servidores não docentes do IFSC/USP. Embora não demonstrasse no seu ambiente profissional, Ricardo De Marco, segundo sua esposa Cris, era extremamente bem humorado em casa, contagiando essa alegria por toda a família. Todos nós estamos sentindo muito a sua falta”, sublinhou.

Visivelmente emocionada, a viúva do Prof. Ricardo De Marco lembrou o quanto seu marido falava entusiasticamente de seus trabalhos em casa, dos resultados que diariamente obtinha no laboratório, dos diálogos com seus colegas e amigos. “Muitas vezes ele falava em casa o quanto se divertia no IFSC/USP, o quanto amava o que estava fazendo, sublinhando que não havia nada melhor do que trabalhar naquilo que se gosta”, recordou, tendo acrescentado que o ipê-branco passaria a representar a imagem de Ricardo De Marco se divertindo com aquilo que fazia, representando sua felicidade.

Abaixo reproduzimos algumas imagens da homenagem.

Profª Ana Paula Ullian de Araújo entrega à viúva do Prof. Ricardo De Marco uma réplica da mensagem constante na placa de homenagem colocada perto do ipê-branco

Viúva (Cris) e filhos do Prof. Ricardo De Marco

Chefe de Departamento do FCI do IFSC/USP, Prof. Dr. José Carlos Egues de Menezes, usa da palavra

Filhos do Prof. Ricardo De Marco plantam o ipê-branco

Viúva do Prof. Ricardo De Marco (Cris) planta o ipê-branco

Profª Ana Paula Ullian de Araújo planta o ipê-branco

Prof. Dr. José Carlos Egues de Menezes ajuda a plantar a árvore

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de dezembro de 2021

Docente do IFSC/USP avalia possível parceria para implantação de tecnologia via satélite de baixa altitude no País

Prof. Roberto Onody (IFSC/USP) fala sobre os objetivos da possível parceria entre o governo brasileiro e a Starlink e os custos relacionados à tecnologia

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou, há pouco mais de duas semanas, que pretende trazer os serviços de internet da Starlink, empresa da SpaceX, para o Brasil, após visita ao bilionário Elon Musk, em Austin, no Texas. Faria disse que a possível parceria surge como um elemento essencial para levar internet a escolas e lugares remotos no Brasil, além de proporcionar “proteção” à Amazônia com a tecnologia de satélites de baixa altitude a partir da Starlink.

Internet via satélite no Brasil não é nenhuma novidade, mas as declarações de Faria despertam algumas críticas de especialistas. Roberto Onody, professor do Instituto de Física de São Carlos da USP, destaca que o uso da tecnologia para a suposta proteção à Amazônia, por exemplo, não faz sentido. “Os satélites da rede Starlink não têm câmeras. Então, seria melhor, se eles realmente querem monitorar o desmatamento da Amazônia, aplicar dinheiro no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, e na Agência Espacial Brasileira”, sugere Onody. Pensando na conectividade da Amazônia, a possível parceria surge como uma possibilidade.

Ainda de acordo com Onody, essa possível colaboração entre a SpaceX e o governo brasileiro pode ter outro fator contraditório: o preço. A Starlink, que se aproxima da marca de 100 mil assinantes distribuídos por 12 países, tem seu serviço baseado em custo de instalação, de acordo com a cotação atual, de R$ 2.793 (US$ 499) e mensalidades R$ 554 (US$ 99), ou seja, seguindo a lógica dos valores pagos pelos assinantes atuais, um brasileiro em localidade remota deverá desembolsar mais de R$ 3 mil para usufruir da rede Starlink.

“Os preços podem cair porque a ideia do Musk é colocar 42 mil satélites em órbita, sendo que hoje tem por volta de  1,7 mil . Quanto mais satélite ele colocar, certamente o preço deve cair com o tempo”, complementa Onody

Se inserido dentro do programa Wi-Fi Brasil, que tem por objetivo levar conectividade a todas as localidades do País, principalmente para comunidades de vulnerabilidade social, através da instalação em praça pública de acesso livre e gratuito, por exemplo, a parceria com a Starlink representará uma conquista para essas populações, apesar de representar um grande custo para o governo na visão de Onody.

Ainda que não estabelecida, ele reforça que o anúncio do ministro sobre a parceria é precoce, tendo em vista que outras empresas, como a Amazon com o Project Kuiper, também estão desenvolvendo o mesmo serviço. “Eu acho que a coisa tá bem verde”, comenta.

No Brasil, a internet via satélite já é uma realidade, mas representa apenas 0,85% dos acessos à banda larga, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de julho deste ano. Com a tecnologia atual, o serviço de internet é distribuído através de um satélite geoestacionário a mais de 32 mil quilômetros de distância da superfície da Terra, que acompanha seu movimento de rotação.

Já a partir dos satélites da Starlink, que devem ficar até 60 vezes mais próximos da Terra e orbitar o planeta de forma mais rápida, a SpaceX pretende trazer internet a lugares remotos, diminuindo tempo de transferência de dados e proporcionando serviços que o atual não suporta, como videoconferências e jogos on-line. Apesar disso, de acordo com Onody, alguns incidentes já foram detectados com a tecnologia da Starlink, como foi o caso dos rastros dos satélites que puderam ser vistos em imagens de telescópios terrestres no Chile, por exemplo.

“Isso prejudica a ciência básica que é a astronomia”, destaca

O problema foi parcialmente resolvido com o desenvolvimento do DarkSat e do VisorSat, com revestimento escuro e visores capazes de impedir a luz solar refletida pelos satélites, o que foi comprovado pelo Telescópio Murikabushi do Observatório Astronômico Ishigakijima, no Japão, após os resultados dos testes publicados no The Astrophysical Journal revelarem que a refletividade dos satélites foi reduzida pela metade. “Mas eu acho que isso não vai resolver muito, porque outra coisa que vai acontecer em breve é que vamos ter outro problema: o lixo espacial”, finaliza Onody.

(Adaptado ao texto original de Walace de Jesus / Jornal da USP – 30/11/2021)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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