Notícias Destaque

11 de julho de 2022

Inscrições para eleição dos representantes discentes junto aos órgãos Colegiados do IFSC/USP

Estão abertas até às 16h00 do dia 29 de agosto do corrente ano, as inscrições para a eleição dos representantes discentes junto aos órgãos Colegiados do IFSC/USP, conforme disposto na PORTARIA IFSC-26/2022.

A eleição acontecerá no próximo dia 12 de setembro, entre as 08h00 às 17h00, por meio de sistema eletrônico de votação e totalização de votos.

Consulte AQUI a Portaria.

Confira AQUI a Requisição para a Inscrição – Graduação.

Confira AQUI a Requisição para a Inscrição – Pós-Graduação.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

8 de julho de 2022

Atualização da produção científica do IFSC/USP em junho

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de junho de 2022,  clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America – PNAS” (VER AQUI).

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

7 de julho de 2022

Nanofármaco é estratégia antiviral com grande potencial para tratamento de COVID-19 – Uma nova abordagem terapêutica

Reposicionamento de fármacos e nanotecnologia

Em um artigo científico publicado neste mês de junho na revista internacional “ACS Applied Bio Materials”, pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP) e do Instituto de Ciências Biomédicas II, ICB-II/USP, São Paulo, divulgaram uma possível estratégia de combate à COVID-19, com o reposicionamento de um medicamento já comercializado, dedicado aos pacientes com esclerose múltipla – o Fingolimode.

De fato, o que os pesquisadores fizeram foi desenvolver uma nanopartícula polimérica e encapsular a substância, tranformando-a em uma nanocápsula. No contexto geral, os pesquisadores identificaram que a introdução da nanotecnologia, aliada ao conceito de “reaproveitamento” ou reposicionamento de fármacos, representa uma combinação valiosa e que a utilização do Fingolimode pode representar uma estratégia antiviral para tratamento de COVID-19.

Desenvolvimento das pesquisas com o apoio da CAPES

É óbvio que o desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19 foi – e é – uma importantíssima medida para travar a transmissão do vírus, mas o certo é que ele continua a se disseminar, agora de forma mais branda, apresentando-se distribuído em diferentes linhagens, provocando novos casos que necessitam de cuidados médicos e por isso de novas terapias, muitas delas ainda em estudo, ou em testes experimentais, sendo que poucos foram já aprovados pelo FDA, como são os casos do Remdesivir, o Baricitinib, e o coquetel de anticorpos monoclonais, RegenCov.

Verificando a literatura científica, os pesquisadores do IFSC/USP constataram que pacientes portadores de esclerose múltipla e tratados com Fingolimode manifestaram apenas leves sintomas de COVID-19, o que pressupõe que esse medicamento pode, efetivamente, ser considerado como um potencial terapêutico candidato contra o SARS-CoV-2.

Segundo as pesquisadoras Renata Miranda e Natália Ferreira, co-autoras do Trabalho, “A nanotecnologia é capaz de potencializar o efeito biológico do fingolimode sem trazer efeitos adversos nas células saudáveis”.

Prof. Valtencir Zucolotto

Na sua versão em nanocápsula, o Fingolimode demonstrou uma alta atividade contra o vírus da COVID-19, sendo sua atividade quase setenta vezes maior do que o tratamento medicamentoso convencional.

Para o prof. Valtencir Zucolotto, coordenador do GNano/USP e supervisor da pesquisa, “O trabalho ilustra o poder da nanotecnologia ao demonstrar que princípios ativos encapsulados em nanopartículas são adequadamente direcionados, aumentando assim o seu poder terapêutico”.

Adicionalmente, a tecnologia proposta garante um custo acessível uma vez que a dose necessária para o efeito biológico é bastante reduzida. Esta nanocápsula de Fingolimode proporciona ainda um tempo prolongado de ação, evitando a necessidade de administrações repetidas aos pacientes.

A pesquisadora Edmarcia Elisa do ICB-II/USP, ressalta a importância de instalações, como é o caso do Laboratório “BSL3 Cell Culture Facility for Vector and Animal Research” de Nível de Biossegurança 3 (NB3), coordenado pelo pesquisador Carsten Wrenger, do ICBII/USP, onde foram desenvolvidos os testes de carga viral que compõem o trabalho. “Apenas em ambientes de alta biosseguranca, é possível manusear organismos com alto grau de patogenicidade, como é o caso do SARS-CoV-2“, salienta.

Com base nessas descobertas através da pesquisa apoiada pela CAPES (Projeto 23038.013951/2020-79), a combinação do reaproveitamento de fármacos e da nanotecnologia representa uma nova linha de frente na luta contra o COVID-19.

Zucolotto ressalta, ainda, que efeitos semelhantes têm sido observados em vários sistemas nanoestruturados para liberação de outros princípios ativos, tanto em medicina, quanto em agricultura e veterinária, garantindo maior eficácia, segurança, e menor custo.

Para acessar o artigo científico relativo a esta pesquisa, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de julho de 2022

Volume II do Livro: “Feridas – Um desafio para a saúde pública”

Dois dos autores do livro: Dr. Antonio de Aquino Junior (IFSC/USP) e Prof. Hernane Barud (UNIARA)

No decurso do “6º Congresso de Podologia de São Carlos”, organizado pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP, sob a coordenação do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, evento ocorrido entre os dias 18 e 19 de junho último, foi lançado o II volume do livro intitulado “Feridas – Um desafio para a saúde pública: o apoio das técnicas fotônicas”.

Organizado pelos pesquisadores Antonio de Aquino Junior, Fernanda Mansano Carbinatto, Hernane Barud, Orlando Madella Jr e Vanderlei Salvador Bagnato, este segundo livro traz, de forma substancial, o uso das técnicas fotônicas em vários tipos de lesões, como, por exemplo, as traumáticas e diabéticas, entre outras, utilizando o uso do laser, trazendo, assim, uma maior compreensão sobre esta tecnologia.

O “6º Congresso de Podologia de São Carlos”, que ocorreu no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, em nosso Instituto, reuniu pesquisadores e profissionais da área da saúde que se debruçaram sobre múltiplas informações e conteúdos teóricos e práticos que irão influenciar os atendimentos aos seus pacientes.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de julho de 2022

Sequelas de COVID-19 – Pesquisadores do IFSC/USP realizam 4.118 sessões de tratamentos

No âmbito do “Centro de Desenvolvimento e Treinamento para Tecnologias e Procedimentos de Reabilitação de Pacientes Pós-Covid-19”, Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizaram nos últimos seis meses 4.118 sessões de tratamentos nas áreas de fisioterapia e odontologia, decorrentes de sequelas de COVID-19, envolvendo, até à presente data, 340 pacientes.

Com uma reabilitação que atinge os 100%, foram atendidos, na área de fisioterapia, casos de dores musculares e articulares, processos de fadiga moderada e grave, dificuldades respiratórias, formigamento (parestesia), tonturas e alterações de equilíbrio. Já na área odontológica, foram atendidos casos de ausência parcial ou total de olfato e paladar, zumbido nos ouvidos e paralisia facial, sendo que no conjunto dos procedimentos o resultado é considerado extraordinário.

Através destes tratamentos, nos últimos seis meses os pesquisadores conseguiram igualmente concretizar duas publicações científicas internacionais relativas aos processos e protocolos adotados, sendo que no próximo mês de julho, em parceria com alunos estagiários da Faculdade de Sete Lagoas (FACSETE/MG), será publicado mais um artigo científico relacionado com este projeto de sucesso, além de abordagens relativas à identificação de outras sequelas entretanto detectadas e igualmente provocadas pelo COVID-19.

Recordamos que o “Centro de Desenvolvimento e Treinamento para Tecnologias e Procedimentos de Reabilitação de Pacientes Pós-Covid-19” é o resultado de uma parceria estabelecida entre a Secretaria de Saúde de São Carlos, Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e o Instituto INOVA/CITESC – Centro de Inovação e Tecnologia em Saúde.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de julho de 2022

Malária – uma doença negligenciada

Figura 1 – O mosquito anopheles darlingi é um dos principais transmissores da malária no Brasil (Crédito: ICB.USP)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

A malária é uma doença transmitida aos seres humanos (e a outros mamíferos, aves e répteis) pela picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles (Figura 1). Mosquitos machos e fêmeas se alimentam do néctar das flores, mas, após a fecundação, as fêmeas necessitam das proteínas contidas no sangue para desenvolver seus ovos. Para sugar mais sangue, ela despeja sua saliva (que contém um anticoagulante) sobre o local da picada. Na sua saliva está presente o parasita da malária – um protozoário do gênero plasmodium.

São conhecidas cerca de 156 espécies de plasmodium das quais somente 5 afetam o ser humano. No Brasil, somente 3 estão presentes: malariae, vivax e falciparum. A malária provocada pelo plasmodium falciparum é a mais perigosa e letal. Mosquitos hematófagos, portadores de alguma forma de malária, já contaminavam vertebrados nos períodos do cretáceo e do jurássico [1]. Estariam exterminando dinossauros? Talvez, mas esses insetos, preservados em âmbar, são uma janela para o passado remoto de milhões de anos atrás e dão asas à nossa imaginação, como no filme Parque dos Dinossauros.

Os principais sintomas da malária são [2]: febre alta, calafrios, dor de cabeça, dor muscular, taquicardia e aumento do baço. No caso da malária mais grave (falciparum), ocorrem convulsões que podem levar o indivíduo ao coma e ao óbito. Essa forma grave de malária é considerada uma emergência médica, e o seu tratamento deve ser iniciado até 24 horas depois do início da febre.

Figura 2 – Poster da Segunda Guerra Mundial – não vá para a cama com o mosquito da malária … lute contra o perigo atrás das linhas (Crédito: autor desconhecido)

A malária acompanha o ser humano ao longo de toda a sua história. Descrita pelo médico grego Hipócrates, era conhecida, durante o império romano, como a febre de Roma. Foi na Itália medieval que se cunhou a palavra mala aira (mal ar), por ela ser comumente adquirida em brejos e pântanos malcheirosos. Durante as guerras, a disseminação da malária sempre aumentou e campanhas intensas foram realizadas contra o mosquito (Figura 2).

O ciclo da malária é bastante complexo, passando por várias etapas evolutivas e necessitando de dois hospedeiros. Ao picar um indivíduo, o mosquito Anopheles, através da sua saliva, inocula esporozoítos que são transportados pela corrente sanguínea e acabam se alojando no fígado. Lá, eles se reproduzem (assexuadamente) gerando merozoítos que, aos milhares, retornam à corrente sanguínea. No sangue, os merozoítos invadem as hemácias, onde se alimentam de hemoglobina. As hemácias se rompem, liberando novos merozoítos (que sequestram novas hemácias) e gametócitos masculino e feminino. Ao picar um indivíduo infectado, o mosquito digere as hemácias, mas não os gametócitos. Esses, através de reprodução sexuada e depois de muitas meioses e mitoses, geram os esporozoítos que se alojam na saliva do mosquito [3]. E assim, o ciclo se fecha.

Onde a malária é endêmica, o homo sapiens, submetido a ataques frequentes do Anopheles, desenvolveu através da mutação genética, uma ´defesa´ contra a malária. Alguns indivíduos modificaram suas hemácias para um formato de foice. Nelas, os merozoítos levam a pior. Em compensação, o indivíduo é agora portador da doença falciforme: a anemia falciforme (caso grave) ou o traço falciforme (caso leve).

A anemia falciforme pode levar a óbito caso não seja diagnosticada e tratada a tempo. No Brasil, nasce um bebê a cada 1000 nascimentos com a doença falciforme. Daí a necessidade do teste do pezinho entre o 3º. e o 5º. dia do recém-nascido. No traço falciforme, o indivíduo não tem a doença, mas carrega o gene. É, portanto, hereditário e atinge principalmente a população negra.

Figura 3 – Charles Laveran, encontrou o organismo parasitário nas hemácias de portadores da malária e Ronald Ross, descobriu ser o mosquito Anopheles o vetor da malária. Ambos receberam o Prêmio Nobel de Medicina por essas descobertas (Crédito: autores desconhecidos)

Mesmo na sua forma mais branda, o traço falciforme, pode trazer consequências indesejáveis. Foi o caso do famoso jogador da NFL, Ryan Clark [4]. Jovem (31 anos), em 2007 jogava pelo Pittsburgh Steelers e viajou para enfrentar os Broncos de Denver. Após o jogo (que os Steelers perderam), ao entrar no avião, Ryan sentiu fortes dores e foi levado às pressas para um hospital de Denver. Lá retiraram seu baço (que estava necrosado) e a vesícula. Denver está a 1600 m de altura. Pessoas portadoras do traço falciforme devem evitar lugares altos, uma vez que a concentração de oxigênio é menor.

Até o final do século XIX, acreditava-se que a malária se propagava pelos miasmas deletérios de gases venenosos oriundos de fétidos pântanos, brejos e água parada. Em 1880, Charles Laveran (médico francês) observou pela primeira vez, numa lâmina de sangue contaminado, a presença do parasita nas hemácias.  Estava descoberto o agente infeccioso responsável pela malária. Em 1894, Ronald Ross (médico escocês) provou que o mosquito Anopheles era o agente propagador – o vetor da malária. Por suas descobertas, Laveran e Ross receberam o Prêmio Nobel de Medicina (Figura 3).

Hipócrates acreditava que o melhor remédio é a prevenção, não a cura. No caso da malária, e após o trabalho pioneiro de Ross, prevenção significa investir em programas de controle do vetor da malária – o mosquito Anopheles. Assim, nas primeiras décadas do século XX, drenando pântanos ou utilizando o pesticida DDT (Diclorodifeniltricloretano), boa parte da Europa, Australia, América do Norte e uma parte da América do Sul, da América Central e da Ásia.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um país é considerado livre da malária se, por três anos consecutivos, não registrar nenhum caso autóctone (isto é, excluindo os casos importados). A Itália e os EUA obtiveram esse certificado em 1970, Paraguai em 2018, Argentina em 2019 e a China em 2021 [5].

Figura 4 – A médica chinesa Tu Youyou descobriu as propriedades terapêuticas da planta artemisinina no combate contra a malária. Foi laureada com o Prêmio Nobel de Medicina de 2015 (Crédito: Bengt Nyman)

Em 2021, o Brasil registrou um total de 139.211 casos de malária, dos quais 137.857 autóctones e 1.354 importados. A forma grave, P. falciparum, representou 17% dos casos [6]. A imensa maioria dos casos (99%) ocorreram na região amazônica, sendo que 33% dos casos se manifestaram em área indígena!

No Brasil, a forma mais branda da malária, transmitida pelo P. Vivax (que responde por 80% dos casos) tem muitas vezes o seu diagnóstico confundido com a dengue, cujo vetor é o mosquito Aedes Aegypti.  A dengue teve 542 mil casos notificados no Brasil, em 2021.

O padrão ouro no diagnóstico da malária é o exame ao microscópio de uma lâmina de sangue do paciente. Ele permite detectar e identificar a espécie presente do parasita Plasmodium. Em locais onde esse exame não é possível, pode-se utilizar os chamados RDT (Rapid Diagnostic Tests), que se baseiam em antígenos que detectam proteínas produzidas pelo parasita.

Uma vez diagnosticada a malária, deve-se, prontamente, começar a medicação da pessoa infectada. Até 1920, o quinino era o remédio predominante para o tratamento. Ele é extraído da árvore quina cujas folhas eram usadas para fazer chá (com propriedades antifebris) por indígenas no Peru. Levada para a Espanha por jesuítas no século XVII, a quina (cinchona) foi reconhecida como um medicamento antimalárico. Há mais de 20 espécies, que podem medir de 6 a 15 metros de altura. No Brasil temos diferentes espécies naturais nas regiões norte, centro-oeste, nordeste e no sul.

Após a Primeira Guerra Mundial, o governo alemão procurava uma alternativa ao quinino. Em 1934, nos laboratórios da Bayer, foi sintetizada a cloroquina. Em meados da década de 1950, o P. falciparum começou a apresentar resistência à cloroquina, de forma que, hoje em dia, a cloroquina só é indicada para a forma branda da malária (do P. Vivax, predominante no Brasil) [2].

Figura 5 – Na segunda guerra mundial, soldado norte-americano toma um banho de DDT (Crédito: Public Health Image Library – CDC)

Junto com a pandemia da COVID 19, dois boatos completamente falsos circularam pelo Brasil: os poderes profiláticos da cloroquina e da água tônica. Não, a cloroquina não é eficaz contra a COVID 19 e tem efeitos colaterais graves como cardiopatia e retinopatia [7]. Em abril de 2020, apareceu um vídeo no Facebook (viralizou, mas, já foi banido) em que uma senhora dizia que, como a água tônica contém quinino, ela tomaria bastante para se prevenir da COVID 19 [8]. Calcula-se que ela teria que tomar 14 litros de água tônica por dia, para obter a dose mínima de quinino necessária contra a malária!

Como dissemos acima, a forma grave da malária transmitida pelo P. falciparum, desenvolveu resistência contra a cloroquina. Na década de 1970, a médica chinesa Tu Youyou [9], estudando um manual de ervas medicinais escrito no século IV, descobriu que a planta artemisinina possuía dois princípios ativos contra o P. falciparum (Figura 4). Atualmente, a Organização Mundial de Saúde recomenda combinações terapêuticas a base de artemisinina (chamados de ACTs), no combate direto à forma mais grave da malária.

Na profilaxia da malária ao ar livre, temos o uso de inseticida DDT (Figura 5), responsável por uma diminuição de 50% da população do Anopheles em todo o mundo, a drenagem de pântanos e o desvio de rios. Para o interior das residências, o uso de repelentes de insetos, de mosquiteiros e roupas de mangas compridas. E, a partir de 2015, entraram em cena as primeiras vacinas antimaláricas.

Figura 6 – Criança com malária na Etiópia (Crédito: Rod Waddington)

Como o protozoário Plasmodium tem um ciclo de vários estágios, ainda não foi desenvolvida uma vacina que proteja o indivíduo em todas as etapas do parasita. O melhor alvo é quando o parasita tem a forma de esporozoítos e está alojado no fígado. Para isso foi criada a vacina RTS,S (nome comercial é Mosquirix) que induz anticorpos contra a proteína CSP expressada pelos esporozoítos. Testada no Quênia, Gana e Malawi a vacina demonstrou uma eficiência de 74% quando aplicada em crianças de 5 a 7 meses que cai, porém, para 28% após 1 ano da aplicação (pela diminuição dos anticorpos presentes). Quando testada em adultos, a performance da vacina foi ainda pior, com eficácia de apenas 34% [10]. Está em andamento estudos clínicos de outra vacina, a R21, com uma eficiência inicial de 75% e, talvez, mais duradoura [11].

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), em 2020 foram registrados 241 milhões de casos de malária em todo o mundo, com 627.000 mortes [12]. Noventa e cinco porcento dos óbitos acontecem na África, sendo que 80% são de crianças com menos de 5 anos de idade!

A malária é uma doença comumente associada à pobreza. Calcula-se que ela seja responsável por um prejuízo de 12 bilhões de dólares por ano na África. Esse alto impacto econômico é devido aos custos com a saúde pública (em alguns países, cerca de 40% das hospitalizações são causadas pela malária), dias sem trabalho ou sem escola e graves sequelas da doença como, por exemplo, perda das habilidades cognitivas por parte das crianças (Figura 6).

Mesmo na sua forma mais mortífera, a falciparum, a malária hoje tem cura, desde que diagnosticada e medicada a tempo. Por sua alta incidência em países pobres e sua quase erradicação em países desenvolvidos, a OMS classificou a malária como uma doença negligenciada.

Além da malária, outras moléstias também são consideradas negligenciadas como a dengue, a esquistossomose, a Chikungunya, a Zica e a doença de Chagas [13].

O dia 25 de abril é o Dia Mundial de Luta Contra a Malária. Este ano (2022), a OMS fez um apelo para que empresas e laboratórios aumentem seus investimentos e suas pesquisas no desenvolvimento de novas ações no diagnóstico e no tratamento da malária [14].

E, finalmente, a OMS desenvolveu o aplicativo “WHO Malaria Toolkit”, com informações regionalizadas e atualizadas sobre a doença (disponível para celulares nos sistemas IOS e Andróide).

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

[1] What Fossils Reveal About the Protozoa Progenitors, Geographic Provinces, and Early Hosts of Malarial Organisms | American Entomologist | Oxford Academic (oup.com)

[2] Agência Fiocruz de Notícias

[3] Doença – Secretaria da Saúde – Governo do Estado de São Paulo (saude.sp.gov.br)

[4] Ryan Clark (American football) – Wikipedia

[5] Global Malaria Programme (who.int)

[6] Boletim-Epidemiologico-Vol53-No17_220511_150148-4_compressed.pdf (conasems.org.br)

[7] “Tratamento precoce” e “kit covid”: a lamentável história do combate à pandemia no Brasil – Jornal da USP

[8] Quinino presente na água tônica não ajuda a tratar ou prevenir Covid-19* – Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (cremers.org.br)

[9] Malaria – Wikipedia

[10] JCI – RTS,S: the first malaria vaccine

[11] Malaria vaccine becomes first to achieve WHO- | EurekAlert!

[12] Malaria (who.int)

[13] Drugs and vaccines in the 21st century for neglected diseases – ScienceDirect

[14] No Dia Mundial da Luta Contra a Malária, OMS faz apelo por inovação contra a doença | CNN Brasil

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de junho de 2022

Aplicativo Campus USP pode ser usado para ocorrências de segurança e infraestrutura

Foto: Cecília Bastos

Lembramos que o Aplicativo Campus USP é um canal de comunicação para que alunos, professores e servidores da USP possam registrar ocorrências de segurança e infraestrutura do campus.

Disponível nos sistemas Android e IOS, o aplicativo permite ao usuário relatar ocorrências relacionadas a animais abandonados e silvestres, furtos, roubos, sequestros, violência contra mulher, incêndio, emergências médicas, vandalismo, problemas na iluminação pública e vazamentos de água.

Os registros podem ser feitos por meio de texto, fotos ou áudio e são encaminhados imediatamente para o atendimento da Guarda Universitária e da Prefeitura do Campus.

Outra função do aplicativo é que o usuário, durante um deslocamento a pé, pode ativar o sistema de alerta que, em uma situação de emergência, avisa a Guarda Universitária, bastando, para isso, um agito no aparelho celular.

Saiba como baixar o aplicativo, clicando AQUI.

 

Prefeitura do Campus (PUSP-SC)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de junho de 2022

A importância da eletrônica orgânica e da inteligência artificial – Um mundo de aplicações para o futuro próximo

INEO – IFSC/USP

Células solares, transístores, equipamentos flexíveis, e sensores que as pessoas podem colocar na pele para monitorar sua saúde. Estes são alguns (pequenos) exemplos do que a eletrônica orgânica já está fazendo; muito mais se espera para o futuro próximo com materiais moleculares para uma infinidade de aplicações.

A eletrônica orgânica

Enquanto a eletrônica tradicional é toda constituída por materiais inorgânicos – semicondutores inorgânicos, como o silício, a eletrônica orgânica emprega um sem-número de materiais orgânicos. Isso traz a vantagem de grande variabilidade de materiais para desenvolver dispositivos com baixo custo, sem necessitar de fábricas com imensas salas limpas e infraestrutura cara, como a exigida na produção de chips de semicondutores inorgânicos. Exemplos de aplicação de materiais orgânicos são de tintas para recobrir paredes e aumentar o conforto térmico ou gerar energia; um telhado coberto de células solares para captação de energia do sol, ou uma película na janela que muda a cor e absorve o calor para economizar energia…

A eletrônica orgânica provavelmente não vai substituir a eletrônica tradicional em todas as aplicações, principalmente naquelas que requeiram altas velocidades de processamento, como nos computadores tradicionais. Para tal desempenho, não se antevê a substituição dos semicondutores inorgânicos no futuro próximo. Por outro lado, com a eletrônica orgânica podem ser obtidos dispositivos flexíveis, dobráveis, aderidos ao corpo humano e até implantados. O estudo de materiais para eletrônica orgânica, mesmo nos casos em que não há um dispositivo em mente, pode também ser útil para outras áreas de aplicação.

Eletrônica Orgânica no IFSC

O IFSC/USP tem presença forte nesse campo de pesquisa e inovação, sendo a sede do Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (INEO), coordenado pelo Prof. Roberto Mendonça Faria. Para além do estudo de dispositivos, como alguns já mencionados, no INEO investigam-se também materiais de interesse biológico, com atuação multidisciplinar envolvendo pesquisadores de química, física, engenharia e ciências biológicas. Grande ênfase é dada a três temas: biossensores para diagnóstico, uso de modelos de membranas celulares para investigar a ação de fármacos, e novos materiais para a computação.

Como explica o Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, membro do INEO, um dos objetivos é desvendar mecanismos de resistência a medicamentos. “Por exemplo, para combater bactérias superresistentes, novos antibióticos e materiais naturais antimicrobianos são estudados, pois a ação de qualquer fármaco depende da interação com as membranas das células. Esse tipo de estudo fundamental permite identificar moléculas para combater bactérias multirresistentes, um dos grandes desafios, hoje. De fato, há um esforço mundial para estudar novas moléculas que possam servir de antibiótico, e as pesquisas do IFSC/USP fazem parte desse esforço global”, enfatiza o pesquisador. Ainda nesse tópico, investigam-se os processos de resistência a quimioterápicos, essenciais para interromper tratamentos que não estão sendo eficazes.

Outro tópico das pesquisas no INEO é relacionado à possibilidade de fazer computação com materiais orgânicos, como polímeros. Esta é uma área de fronteira, que pode mudar completamente a maneira de se fazer computação, que conta com um especialista no IFSC/USP, o Prof. Gregório Couto Faria. Ao invés de se ter um material inorgânico duro, que faz os processamentos nos chips atuais, poder-se-á ter o que se chama de computação neuromórfica. Em muitos aspectos, é um processamento que se assemelha ao que faz um cérebro humano para realizar funções de armazenar informação. “Há muita pesquisa nessa área, mas sem sistemas comerciais ainda”, destaca o Prof. Osvaldo.

O terceiro tópico de destaque no INEO, na perspectiva de aplicações biológicas, é o da fabricação de sensores e biossensores para diagnóstico, que hoje está crescentemente associado à inteligência artificial.

Inteligência artificial para diagnóstico

Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior

Os sensores e biossensores desenvolvidos no IFSC/USP têm potencial aplicação em saúde, para diagnóstico de diversos tipos de doenças, e para monitoramento ambiental. “Para melhorar a qualidade do diagnóstico, em colaboração com colegas de várias outras instituições, passamos a empregar algoritmos de aprendizado de máquina, ou seja, a inteligência artificial, para tratar os dados. Hoje, fazemos diagnóstico usando uma combinação de sensores, línguas eletrônicas e biossensores, cujos dados são analisados com métodos de aprendizado de máquina”, sublinha o Prof. Osvaldo.

Em artigo científico publicado no último mês de maio na Revista Talanta (VER AQUI), uma equipe de várias instituições empregou uma língua eletrônica para o diagnóstico de câncer de boca a partir de amostras de saliva de pacientes e voluntários. Apesar de ter sido usado um número relativamente pequeno de amostras de pacientes do Hospital de Amor de Barretos, o acerto do diagnóstico foi alto, inclusive para distinguir casos de câncer no assoalho ou no céu da boca. Uma alta taxa de acerto só foi possível com o emprego de algoritmos de aprendizado de máquina, e mais importante: foram combinadas medidas elétricas da língua eletrônica com informações clínicas. Segundo o Prof. Osvaldo: “Tínhamos informações desses pacientes e voluntários, como idade, sexo, se eram fumantes ou ex-fumantes, se já tiveram problemas com alcoolismo. Usando essas informações com os algoritmos de aprendizado de máquina, obteve-se uma precisão maior no diagnóstico. Além disso, foi possível determinar quais fatores dos dados clínicos são relevantes para o diagnóstico. Descobrimos que o alcoolismo tem correlação positiva com câncer de boca. Ainda não podemos afirmar que esse resultado seja conclusivo, porque o número de pacientes era pequeno. Mas parece haver maior propensão ao câncer de boca para pessoas que sofrem de alcoolismo, um tema que merece mais investigação.”

O uso de aprendizado de máquina e outros métodos de inteligência artificial vem se intensificando, não só no IFSC/USP como em outras instituições no Brasil e no exterior. Para diagnóstico médico e monitoramento ambiental, espera-se uma revolução nos próximos anos.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de junho de 2022

CePOF-IFSC/USP oferece bolsas de jornalismo científico

O Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF), sediado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), oferece bolsas de Jornalismo Científico de níveis 2, 3 e 4 (JC-II, JC-III, JC-IV) para profissionais  interessados em fazer parte da equipe de difusão científica desse CePID de excelência da FAPESP.

O CePOF é um centro internacional de pesquisa, inovação e difusão sediado na Universidade de São Paulo e financiado pela FAPESP. O centro tem como objetivo desenvolver ciência básica e aplicada de fronteira e promover avanços tecnológicos na área de óptica e fotônica.

Para mais informações sobre esse Centro, clique AQUI.

Os bolsistas integrarão uma equipe formada por profissionais de várias áreas e terão que interagir com pesquisadores, cientistas e colaboradores do CePOF espalhados ao redor do mundo.

O objetivo dessa Bolsa de Jornalismo Científico consiste no desenvolvimento de várias atividades para aperfeiçoar e expandir a divulgação científica do CePOF nas redes sociais, como Facebook, Instagram e Youtube, e na mídia em geral, com ênfase em Comunicação Visual e experiência em softwares para esse fim, com vistas à elaboração de material de divulgação, notícias e reportagens capazes de aumentar o conhecimento da população sobre ciência e ressaltar a importância das pesquisas feita pelo CePOF. Para isso, os bolsistas precisarão produzir conteúdo inédito, com o objetivo de tornar os canais mais ativos e atrair mais público.

Além disso, o bolsista deverá planejar atividades e trazer novas ideias para melhorar todas as atividades de difusão já realizadas pelo nosso Centro.

Projeto: Para obter o financiamento, o bolsista deve apresentar um projeto, necessariamente de interesse do CePOF. Para facilitar a candidatura, haverá a oportunidade de uma reunião prévia do candidato com os coordenadores de difusão do CePOF para discutir um pré-projeto. Para isso, é necessário enviar um e-mail.

Bolsa e Obrigações: A bolsa a ser concedida segue estritamente as exigências e requisitos do Programa José Reis de Incentivo ao Jornalismo Científico (Mídia Ciência), da FAPESP (VER AQUI)

As obrigações do solicitante, de acordo com o edital da FAPESP, estão descritas na seção 10.

A avaliação da solicitação será inicialmente realizada pelos coordenadores de difusão do CePOF e numa segunda etapa, pela FAPESP. Não serão consideradas solicitações que não atendam a todas as condições estipuladas formalmente no edital publicado pela FAPESP (AQUI)

Duração: A duração da bolsa é de seis meses, renováveis por mais seis meses.

Local de trabalho: sede CePOF, IFSC/USP – São Carlos, SP.

Os interessados em se candidatar à vaga devem marcar a reunião e enviar o projeto para euclydes@ifsc.usp.br  e  prata@ifsc.usp.br até 31 de julho de 2022.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de junho de 2022

Mobilidade Internacional Santander – América Latina, Espanha e Portugal – Alunos de Graduação

Encontram-se abertas entre os dias 11 e 19 do próximo mês de agosto as inscrições para o edital 1553/2022 do Programa de Mobilidade Internacional Santander – América Latina, Espanha e Portugal, para alunos de Graduação da USP, para concessão de bolsas.

Serão 60 bolsas no valor de R$ 14.000,00 (catorze mil reais), a serem distribuídas de acordo com a ordem decrescente da Média Normalizada por Turma dos inscritos no edital, sendo:
– 20 bolsas para intercâmbios, tendo a América Latina como destino;
– 20 bolsas para intercâmbios tendo a Espanha como destino;
– 20 bolsas para intercâmbios tendo Portugal como destino.

Este Edital e todas as publicações a ele referentes ficarão disponíveis na área pública do Sistema Mundus (VER AQUI) – (não é necessário login no sistema, nem filtro na busca pelo edital), sob o código 1553, até consumada a providência que lhe disser respeito.

Para esclarecimentos de eventuais dúvidas acerca de benefícios, requisitos gerais e específicos, o candidato deve consultar o escritório internacional da sua Unidade USP de origem. (VER AQUI).

Para consultar o edital, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de junho de 2022

Inscrições abertas para o “Programa Nascente”

Criado em 1990, o Programa Nascente USP é uma relevante iniciativa de fomento à cultura direcionada aos discentes regularmente matriculados em cursos de graduação e em programas de pós-graduação da Universidade de São Paulo.

Com o intuito de melhor divulgar essa importante atividade cultural e de fomentar a participação dos discentes dos campi do interior, a pedido da Pró-Reitora, Profa. Dra. Marli Quadros Leite, solicitamos seu apoio no sentido de divulgar e fazer chegar aos alunos dos campi do interior, de maneira mais próxima e personalizada, as informações do Nascente. Da mesma forma, fazer chegar e contar com o apoio dos setores de divulgação do campus para que se possa ampliar o alcance por meio das redes sociais, nos parece muito importante.

As inscrições para a edição 2022 estão abertas até as 23h59 de 4 de julho e os discentes podem se inscrever nas seguintes categorias: Artes Cênicas; Artes Visuais; Audiovisual; Design; Música Erudita; Música Popular e Texto.

O Programa se traduz como oportunidade para que todos os discentes, independentemente de sua área de especialização acadêmica, possam participar de atividades culturais da Universidade e demonstrar seu potencial artístico cultural.

O site com todos os detalhes do Programa e seu canal de inscrições está disponível AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de junho de 2022

Superposição e emaranhamento quânticos: A segunda revolução quântica e a interferência entre ondas eletromagnéticas

O IFSC/USP realizou no dia 24 de junho mais um seminário, este subordinado ao tema “Superposição e emaranhamento quânticos: A segunda revolução quântica e a interferência entre ondas eletromagnéticas”, apresentado pelo Prof. Celso J. Villas-Boas, do Departamento de Física da UFSCar.

Em sua apresentação, o palestrante começou por sublinhar que a superposição de estados e estados emaranhados são aspectos que vem intrigando cientistas ao longo de toda a história da Teoria Quântica, dando origem a questionamentos famosos como aqueles introduzidos por E. Schrodinger, em seu famoso paradoxo que leva o seu nome, e por A. Einstein, B. Podolsky e N. Rosen, que ficou conhecido como paradoxo de EPR.

Hoje, tais aspectos peculiares da Teoria Quântica voltam a chamar a atenção pois têm permitido o desenvolvimento de protocolos de comunicação intrinsecamente seguros e computadores que podem ser milhares/milhões de vezes mais rápidos que os maiores supercomputadores clássicos atuais.

Em sua apresentação, o docente comentou alguns aspectos sobre os avanços que foram feitos nessas áreas, tendo apresentado uma iniciativa, em parceria com o Centro de Pesquisas Avançadas Wernher von Braun, de Campinas (SP),  que visa o desenvolvimento tais soluções/tecnologias para o mercado nacional e global.

Na sequência, o palestrante discutiu, de forma resumida, um resultado que seu grupo obteve recentemente, onde foram empregados estados emaranhados de dois ou mais modos do campo de radiação para poder reinterpretar um fenômeno clássico bem conhecido – a interferência entre ondas eletromagnéticas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de junho de 2022

Pesquisadores do IFSC/USP e do CEPOF desenvolvem primeiro relógio de átomos frios do Brasil

Pesquisadores do IFSC/USP e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) desenvolveram o primeiro relógio de átomos frios do país, que visa maior precisão na análise dos padrões atômicos de frequência. Com átomos resfriados a cerca de um microkelvin acima do zero absoluto (0,000001 K = -273,149999 ºC), torna-se possível uma análise mais aprofundada, pois os efeitos de velocidade alta dos átomos são reduzidos. Consegue-se ter, assim, uma referência de frequência com muito mais resolução do que a existente em um relógio comercial, justamente por esses átomos estarem muito frios e em velocidade muito baixa (eles se movem cerca de um centímetro por segundo nessas temperaturas, quando comparado a velocidades da ordem de 400 m/s à temperatura ambiente), dando a possibilidade de interagir muito tempo com esse sistema atômico e quanto mais tempo se interage com ele, maior a qualidade da informação retirada.

O pesquisador Daniel Varela Magalhães, que trabalha e lidera essa linha de pesquisa, chamada metrologia científica de tempo e frequência, explica como o relógio de átomos frios se diferencia dos demais. “Se eu tiver um átomo em temperatura ambiente ele se move em uma velocidade muito alta, fazendo com que o tempo de interação com ele seja limitado e, consequentemente, haja uma informação extraída de qualidade inferior. O resfriamento do átomo o deixa mais “parado” e permite maior tempo de análise. O átomo torna-se um sistema de referência melhor. Você deixa o grupo de átomos bem quieto, a uma temperatura de um microkelvin acima do zero absoluto. Mesmo que você pare de aprisioná-lo, tornando-o livre e com menos perturbações possíveis, você tem mais tempo de interagir com ele”.

As pesquisas desenvolvidas pelo grupo, principalmente na definição de padrões atômicos de frequência, são fundamentais para o bom funcionamento de tecnologias de telecomunicação e de navegação, sendo inseridas na rotina diária de muitas pessoas. Por exemplo, nas telecomunicações exigem-se fontes de frequência estáveis para um funcionamento adequado, pois variações no tempo prejudicam estas tecnologias. Na navegação, ou nos celulares, há uma relação direta entre os relógios atômicos e o bom funcionamento do GPS, como explica o pesquisador.  “Em cada satélite GPS você tem pelo menos três relógios atômicos funcionando de forma redundante, para dar estabilidade de frequência e para que eles consigam se localizar em relação aos outros satélites do sistema GPS. Este sinal, que é sincronizado, é passado para um sistema de GPS comum, como os do nosso celular. O nosso celular recebe o tempo de cada um desses satélites e ele faz uma diferença de tempo de chegada de cada um deles, que é como funciona o receptor de GPS. Se todos os satélites estão sincronizados e eu recebo sinal de todos eles, mas em tempos ligeiramente diferentes, é porque eu estou mais distante daquele que teve o tempo de chegada um pouco mais atrasado e assim você se localiza frente ao satélite, sabendo a posição e o tempo deles”.

Com o relógio de átomos frios, espera-se que, uma vez estabelecida essa medida de alta resolução de frequência, se consiga usá-la para calibrar outros sistemas, como base para o receptor de satélite, não só para localização do receptor, como para receber, em alta qualidade, a coordenada de tempo. O sistema utilizado em laboratório para a análise desses átomos, chamado de “chafariz” (pois joga-se a amostra de átomos para cima e espera-se que ela caia pela gravidade, como um chafariz), consegue uma resolução fantástica ao interrogar os átomos, visto que como eles estão muito frios, ficam muito tempo confinados num formato que se parece com uma bolinha, e essa bolinha se expande muito devagar, permitindo maior tempo de análise.

Outro projeto do grupo é o desenvolvimento de relógios de átomos frios compactos. Estes sistemas não lançam os átomos para cima, como chafariz (inviável no sistema compacto), mas resfriam os átomos e, enquanto eles caem, interagem com eles. Mas ele está tão frio, que se consegue também interagir por tempo suficiente para uma ótima resolução. O desenvolvimento do relógio em sistema compacto permitirá aplicação em sistemas diversos e ampliação da pesquisas para outros centros de investigação.

No mundo apenas 8 países trabalham com o relógio de átomos frios. No Brasil, o relógio ainda não está operacional, mas espera-se que ainda este ano este cenário mude.

(Texto: Barbara Maia – CEPOF)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de junho de 2022

Grupo de Biotecnologia Molecular do IFSC/USP oferece oportunidade de bolsas de Doutorado Direto / Doutorado / Mestrado

O Grupo de Biotecnologia Molecular (GBM) do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) está procurando candidatos para bolsas de Doutorado Direto/Doutorado e/ou Mestrado nas áreas de Biologia Molecular, Bioquímica, Engenharia Bioquímica, Fermentação ou áreas correlatas.

O(A)s candidato(a)s irão participar do projeto que envolve colaboração com uma empresa biotecnológica, visando a descoberta, caracterização e produção heteróloga de novas enzimas ativas em carboidratos complexos com potencial aplicado.

Os candidatos qualificados devem manifestar seu interesse, enviando por e-mail com assunto “DDM Biomol” seu currículo lattes e histórico de graduação da Universidade ao Prof. Igor Polikarpov, IFSC-USP, pelo e-mail: ipolikarpov@ifsc.usp.br.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de junho de 2022

Duas vagas para estagiários no IEA-USP Polo de São Carlos – Inscrições entre 20 de junho e 30 de julho de 2022

O Instituto de Estudos Avançados da USP, Polo de São Carlos (IEA/USP) está selecionando dois estagiários para desenvolverem atividades naquele órgão.

A primeira vaga é para o desenvolvimento de atividades de apoio administrativo e de informática no IEA-USP Polo São Carlos. Participará das atividades de apoio à organização de reuniões e eventos do IEA-USP Polo São Carlos e também de atualização do portal e redes sociais do IEA.

Requisitos: estar cursando curso de Graduação em Administração ou Informática (estar matriculado nos períodos: 3º, 4º, 5º ou 6º período)

Período de inscrição: de 20 de junho a 30 de julho/2022.

Documentos necessários: certificado de matrícula e histórico escolar completo.

As inscrições poderão ser feitas através do e-mail: ieasc@sc.usp.br

Carga horária: 20 (vinte) horas semanais

Duração: 12 meses

Valor da remuneração: O estagiário selecionado será remunerado mediante bolsa de complementação educacional, cujo valor será de R$ 808,00, em jornada de atividade de 20 (vinte) horas semanais, sem vínculo empregatício com o IEA-USP Polo de São Carlos.

A segunda vaga destina-se a apoiar as atividades mantidas pelo IEA-USP Polo de São Carlos relacionadas à difusão científica e apoio ao ensino nas Escolas Públicas (EP) nas áreas de ensino de fundamentos de computação e uso pedagógico da informática.
A atividade compreende também a inserção de matérias relativas a difusão científica e de apoio às EP nas diversas sessões do Portal CiênciaWeb cujo endereço eletrônico é www.usp.br/cienciaweb.

Requisitos: estar cursando Graduação em qualquer curso da USP (estar matriculado nos períodos: 3º, 4º, 5º ou 6º período letivo)

Período de inscrição: de 20 de junho a 30 de julho/2022.

Documentos necessários: certificado de matrícula e histórico escolar completo.

As inscrições poderão ser feitas através do e-mail: ieasc@sc.usp.br

Carga horária: 20 (vinte) horas semanais

Duração: 12 meses

Valor da remuneração: O estagiário selecionado será remunerado mediante bolsa de complementação educacional, cujo valor será de R$ 808,00, em jornada de atividade de 20 (vinte) horas semanais, sem vínculo empregatício com o IEA-USP POLO SÃO CARLOS.

Para obter mais informações sobre estas duas vagas, envie email para  rosemari@sc.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de junho de 2022

Laboratório Multiusuário de Cristalografia Estrutural (LaMuCrEs): Uma infraestrutura de excelência no IFSC/USP

Profs. Javier Ellena, Eduardo Ernesto Castellano e Alzir Azevedo Batista

Sob a coordenação do Prof. Eduardo Castellano, que deu continuidade ao trabalho pioneiro iniciado pela Profª Yvonne Primerano Mascarenhas, o LaMuCrEs – Laboratório Multiusuário de Cristalografia Estrutural, alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), desde muito cedo se apresentou como uma das principais infraestruturas dedicadas à área de cristalografia, com uma destacada atuação em diversas áreas, tais como a determinação de estruturas moleculares por difração de raios X e a correlação entre conformação e propriedades fisicoquímicas e biológicas dos compostos estudados. Tudo isso graças à existência de uma série de difratômetros específicos e únicos existentes no hemisfério sul, que a partir do ano 2000 ficaram disponíveis para todos os cientistas que quisessem utilizá-lo.

Além de sua atuação em nível acadêmico, o LaMuCrEs também atuou ao nível de pesquisas aplicadas e colaborações com as indústrias, com inúmeras contribuições de transferência, principalmente nas áreas relacionadas aos estudos de materiais industriais e seu controle de qualidade, desenho e controle de sistemas de detecção, indústrias da área extrativas de minerais regionais e nacionais, indústrias farmacoquímicas e farmacêuticas, e catalizadores para indústria de petróleo, entre outras. Assim, o LaMuCrEs tornou-se uma referência na caracterização do estado sólido, tornando a cidade de São Carlos em um centro de excelência nessa área.

Com o passar dos anos, os equipamentos foram ficando obsoletos, fazendo com que a eficácia e rapidez das pesquisas começassem a ficar comprometidas devido aos inevitáveis avanços da tecnologia. Ao detectar essas dificuldades iniciais, a equipe do LaMuCrEs iniciou, desde há cinco anos a esta parte, um processo de revitalização e modernização de todo o laboratório, que atualmente – e mantendo suas características de multiusuário – volta a ocupar o seu lugar de destaque na área de cristalografia.

Uma das novas áreas dedicadas à pesquisa

Prof. Javier Ellena: “Muito trabalho, muito esforço, mas valeu a pena”

Em primeiro lugar, a equipe conseguiu ver aprovado um projeto temático – PRONEX – iniciado em 2017, para a aquisição de um equipamento de última geração para difração de raios-x de monocristal – único na América Latina -, que já está devidamente montado e em funcionamento, com os apoios da FAPESP e do CNPq, e que trará uma dinâmica muito grande a toda a atividade do laboratório. “Voltamos a estar agora em condições plenas para que qualquer pesquisador do Brasil ou do exterior possa realizar os seus trabalhos neste laboratório, inclusive enviando as suas amostras para serem analisadas. O novo equipamento vai permitir fazer experimentos com altíssima qualidade e realizar coisas que até agora não conseguíamos fazer, como, por exemplo, executar medidas em função de temperatura ou  da pressão, medidas Raman, etc.. Contudo, a principal característica é a qualidade dos dados que esse equipamento pode fornecer, de forma extremamente rápida e precisa. Por exemplo, a análise de uma amostra de um mineral demora apenas dois minutos. Tudo isso permitirá alargar o nosso conjunto de colaborações nacionais e internacionais. Foram anos de trabalho intenso, de esforço”, explica o Prof. Javier Ellena, um dos pesquisadores responsáveis pelo LaMuCrEs.

Em segundo lugar e com o apoio incondicional dos diretores do IFSC/USP, Profs. Vanderlei Bagnato e Osvaldo Novais de Oliveira Junior, o velho laboratório alocado no Instituto foi readequado e redimensionado para suas novas missões, apresentando agora espaços devidamente divididos e organizados em uma área total de 200m2. “Com este novo espaço os pesquisadores poderão, a partir de agora, ter condições adequadas para desenvolverem seus trabalhos. Foram mais de cinco milhões de reais investidos na modernização do LaMuCrEs, não apenas com a aquisição e instalação do novo equipamento, mas também com a contratação da sua manutenção por um período de sete anos”. conclui o pesquisador.

O Comité Gestor do LaMuCrEs é constituído pelos Prof. Yvonne Primerano Mascarenhas, Eduardo Ernesto Castellano, Javier Ellena e Alzir Azevedo Batista.

Equipamento de última geração para difração de raios-x de monocristal

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de junho de 2022

Webinar: “Como escolher a melhor revista para publicar seu artigo usando a “Web of Science”

Escolher a melhor revista científica para publicar seu artigo requer uma série de estratégias que podem incluir critérios como escopo, corpo editorial, periodicidade e alcance. Para além desses elementos básicos, indicadores e métricas podem ser adicionados para estabelecer o fator de impacto, meia-vida, índice de imediaticidade, etc. Tais informações podem ser obtidas em índices internacionais multidisciplinares de citações como o Journal Citation Reports.

Registre-se para participar.

Na véspera do evento, enviaremos por e-mail um lembrete e o link da transmissão do Webinar.

Data: 23 de junho de 2022
Horário: 14h-16h
Inscrições (CLIQUE AQUI)

== PROGRAMAÇÃO ==

– Contexto geral da publicação científica na atualidade
– Ranking internacional de revistas científicas: Journal Citation Report (JCR) e seus indicadores
– Fator de Impacto: o que é e para que serve
– Outras métricas de avaliação de revistas
– Como selecionar a melhor revista para seu artigo
– Exemplos e casos práticos das áreas de Biológicas, Exatas e Humanas

Transmissão online.

Instrutora:   Deborah Dias – Especialista de Treinamento a clientes – Clarivate

Organização: Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (AGUIA) em parceria com a Clarivate

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de junho de 2022

Seminário Especial aborda “Desafios na Educação e Ciência no Brasil”

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebe no próximo dia 22 de junho, às 16h00, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, o Seminário Especial subordinado ao tema “Desafios na Educação e Ciência no Brasil – Face ao negacionismo e os cortes no financiamento”.

Este seminário contará com as presenças do Prof. Dr. Ricardo Magnus Osório Galvão, pesquisador do Instituto de Física da USP, e da Drª Mariana Moura, do Instituto de Ciência e Tecnologia da UNIFESP.

Este evento ocorrerá de forma híbrida, podendo também ser assistido, ao vivo, através do Canal Youtube do IFSC/USP (VER AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de junho de 2022

TV Câmara São Carlos e CEPOF-IFSC/USP firmam parceria para a exibição de programas educacionais e científicos

Prof. Vanderlei Bagnato, Luiz Francisco Francelin, Vereador Roselei Françoso e a assessora educacional do CEPOF-IFSC/USP Mirian Barbosa

O presidente da Câmara Municipal de São Carlos, Vereador Roselei Françoso (MDB), recebeu no passado dia 10 de junho, o diretor do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), que se encontra alocado no IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, que esteve acompanhado pela assessora educacional, Mirian Barbosa.

Acompanhado do coordenador da TV Câmara São Carlos, Luiz Francisco Francelin, Roselei colocou a grade da TV à disposição da produção educacional feita pela USP e, em especial, pelo programa coordenado pelo Prof. Bagnato. “O professor Bagnato já tem uma produção de conteúdo consagrada e muito interessante. E agora, temos mais um canal aberto para exibir e levar um pouco mais de conhecimento para toda a população da cidade”, frisou Roselei.

Segundo o presidente da Câmara, o canal aberto em sinal digital da TV Câmara, no ar desde fevereiro deste ano após celebração de convênio com a Câmara dos Deputados, tem o objetivo de estreitar a relação com a população. “Nós queremos aproximar o Legislativo do cidadão são-carlense, até para que ele possa fiscalizar e cobrar os parlamentares e o Poder Público e também aproveitar esse canal para exibir o conteúdo de excelência produzido pelas nossas instituições de pesquisa e ensino”, salientou o presidente da Câmara.

Para o Prof. Vanderlei Bagnato, esta iniciativa é bastante importante porque irá possibilitar ampliar o acesso aos conteúdos já produzidos, sendo objetivo principal alcançar o maior número possível de pessoas, em especial de alunos dos ensinos fundamental e médio.

Na reunião, ficou definida uma parceria entre as instituições, que possibilitará a exibição na grade de programação da TV Câmara São Carlos dos programas produzidos pelo PROVE, parceira do CEPOF na produção de vídeos educativos e científicos. “A finalidade dessas parcerias é fomentar e qualificar a grade de programas exibidos em parcerias estabelecidas com instituições públicas da cidade, como destacou o coordenador da TV Câmara.

Segundo o Prof. Vanderlei Bagnato, o IFSC/USP gera muito material educativo que tem a finalidade de contribuir para a melhoria da educação dos jovens fora do ambiente escolar. Exposições, aulas especiais e programas que são difundidos nas mídias sociais – Youtube e canais de TV próprios -, constituem, segundo Bagnato, as bases onde se procura completar a educação que é ministrada a esses jovens em suas escolas a. “Nosso foco é produzir e divulgar programas com conceitos de matemática, história da ciência e como as descobertas científicas são importantes para a humanidade e para o meio ambiente; todos esses valores têm que ser difundidos não só aos jovens, como também ao cidadão comum, que merece e deve entender como é que a ciência está contribuindo para a sua melhoria de vida, e/ou como a ciência pode ser incorporada ao seu cotidiano para essa mesma finalidade”, sublinha o cientista, que complementa, afirmando que “Fazer uma parceria com um canal público, onde estaremos levando periodicamente programas educativos e culturais para toda a população de São Carlos e região, é uma das atividades que a Universidade faz com prazer, entendendo que é uma de suas obrigações dentro do atual panorama de necessidades para a melhoria da educação em todo o país”.

A TV Câmara pode ser sintonizada em TV aberta/digital no canal 49.3 UHF.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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