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10 de agosto de 2022

Produção científica do IFSC/USP em julho de 2022

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de julho de 2022,  clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Chaos, Solitons & Fractals” (VER AQUI).

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de agosto de 2022

Hidrogênio verde: Brasil pode assumir lugar de destaque na produção de novo combustível

Numa reportagem publicada recentemente pelo G1, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Renato Vitalino Gonçalves, explanou a importância que se reveste o designado “hidrogênio verde” como a alternativa mais viável para a redução do uso de fontes não renováveis com carbono, consideradas como as mais prejudiciais para o efeito efeito estufa e do aquecimento global do planeta.

Para o Prof. Renato Vitalino Gonçalves, que coordena os projetos do Centro de Pesquisa para a Inovação em Gases de Efeito Estufa (RGCI) a designação “verde” implica dizer que o hidrogênio é produzido a partir de fontes renováveis com baixíssima emissão de carbono – ou praticamente nenhuma emissão. Embora a ideia ainda esteja em embrião no Brasil, o certo é que o nosso país poderá assumir a linha da frente na produção daquele que é considerado o combustível do futuro, um tema que será destaque na na maior feira de bioenergia do mundo – a FENASUCRO -, que ocorrerá na cidade de Sertãozinho (SP) entre os dias 16 e 19 deste mês de agosto. O “hidrogêneao verde” é sustentável, podendo ser obtido a partir da água residual da indústria da cana-de-açúcar e da quebra das moléculas de etanol,

O hidrogênio é o elemento químico mais abundante do planeta e só existe em combinação com outros, como a água, junto ao oxigênio, além de se combinar com o carbono para formar hidrocarbonetos como gás, carvão e petróleo. Por isso, para que possa ser usado como combustível, precisa ser separado de outras moléculas. O hidrogênio verde é obtido a partir da quebra de moléculas que contenham H2 na composição, mas difere do chamado hidrogênio cinza, já muito usado na indústria petroquímica e na produção de fertilizantes à base de amônia, que utiliza fontes fósseis, principalmente o gás natural.

Contextualização

Na modalidade sustentável, o produto tem matérias-primas renováveis como por exemplo o etanol, o biogás e a vinhaça – um dos resíduos das usinas canavieiras. O maior benefício, no entanto, seria a possibilidade de extração a partir da água, de acordo com Juliano Bonacin, professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Nesse sentido, o setor sucroenergético poderia aproveitar a água residual de suas atividades, como a usada na lavagem da cana.

Prof. Renato Vitalino Gonçalves

“A gente tem percebido que a questão ambiental não é um modismo. Veio para ficar. Todo mundo está precisando repensar os processos, buscar alternativas mais sustentáveis, que vão gerar certificações e impactos no faturamento das empresas no futuro”, diz. A expansão do hidrogênio verde permitiria novos direcionamentos na indústria e na vida cotidiana, como a produção de um aço sustentável, o chamado aço verde, a substituição de parte do gás de cozinha e o abastecimento de carros, caminhões e outros veículos. Bonacin afirma que, apesar de um cenário ainda futurista, já existem pesquisas em andamento para viabilizar o produto até em ambientes domésticos, com o uso de eletrolisadores pequenos, obtidos por meio de impressão 3D. Nesse caso, a água seria convertida durante o dia, a partir de placas solares, em hidrogênio – que, por meio de células de combustível, poderia ser usado como fonte de energia à noite.

Estima-se que de 2% a 5% do hidrogênio produzido no mundo seja verde, mas no Brasil essa tecnologia é muito nova. O que existem, por ora, são plantas-piloto, geralmente conduzidas de forma experimental em parcerias público-privadas. A maioria está no Nordeste por causa da existência de parques de energia eólica e solar, em que são ligados eletrolisadores. Em setembro de 2021, o Governo do Ceará anunciou um investimento de R$ 42 milhões pela companhia EDP do Brasil, em uma usina de hidrogênio verde que deve começar a operar em dezembro deste ano.

Outro empreendimento é da Unigel, que fabrica produtos químicos usados em diversos segmentos industriais e fertilizantes. Em Camaçari (BA), a empresa está construindo uma fábrica de hidrogênio verde e outra para conversão em um derivado, a amônia verde – que é bastante utilizada por vários tipos de indústria, inclusive na própria Unigel. A expectativa é terminar as obras até o final de 2023 e começar as operações, em larga escala, no início de 2024. A primeira fase prevê um investimento de US$ 120 milhões (R$ 620 milhões), para uma produção de dez mil toneladas de hidrogênio, que serão convertidas em 60 mil toneladas de amônia. Mas a empresa já busca parceiros pensando em quadruplicar esse volume até 2025. Segundo o diretor executivo Luiz Felipe Fustaino, a principal aposta é no mercado doméstico. “Se o mercado interno, por algum motivo, demorar para vingar, o que não acreditamos que vá acontecer, vamos apostar nos canais de exportação.” Para Fustaino, as mudanças climáticas são uma emergência e precisam de atenção. Por isso, as matérias-primas com carbono zero são uma necessidade. “É uma transição que o mundo está fazendo. E estamos apostando no Brasil, que pode virar um polo global de hidrogênio e amônia verde. O país tem potencial para ser uma liderança.”

Com extensas plantações de cana-de-açúcar e usinas sucroenergéticas, regiões como a de Ribeirão Preto (SP) também têm potencial de se tornar grandes polos de produção de hidrogênio (H2) verde nos próximos anos, segundo especialistas. “Nossa região tem a tecnologia que o planeta vem buscar. Não tem como você falar em uma usina de cana-de-açúcar ou de quem planta cana-de-açúcar sem falar de Sertãozinho, sem falar da região de Ribeirão Preto”, afirma Paulo Montabone, diretor da Fenasucro, que anualmente reúne tecnologias bioenergéticas no interior de São Paulo. Segundo ele, o hidrogênio verde, além de ser uma solução sustentável, se apresenta como uma alternativa de emprego e renda para as usinas. “Cada vez que se espreme a cana, ela traz uma solução nova. Lá atrás, era o engenho de pinga. Depois, veio o açúcar, o etanol, a cogeração de energia elétrica, além de outros subprodutos, como o etanol de segunda geração, o biogás, o diesel de etanol e o hidrogênio verde.” Para ele, a região de Ribeirão Preto pode ser protagonista na distribuição de hidrogênio verde para outras partes do país e também para o exterior, sobretudo países da Europa. “Na região de Ribeirão, encontram-se polos industriais, entre eles usinas de produção de açúcar e álcool. A implementação de tecnologias em larga escala para utilização de etanol na produção de H2 verde faria da região um grande centro de produção.”

Especialistas acreditam que, em cerca de dez anos, o Brasil terá uma posição de destaque nesse mercado. Para Juliano Bonacin, da Unicamp, porém, em um período entre dois e quatro anos, o país já será capaz de gerar uma produção significativa de hidrogênio verde. Na região de Campinas (SP), por exemplo, empresas que já trabalham com hidrogênio começam a mudar procedimentos para a versão sustentável do combustível. Um dos desafios é a redução de custos, já que sua obtenção é quatro vezes mais cara que a do hidrogênio convencional. “Segundo a Agência Internacional de Energia, nos próximos 30 anos, temos que atingir uma meta: igualar os preços. E aí está o grande desafio tecnológico e dos grandes investimentos, que devem passar dos trilhões de dólares no mundo inteiro”, afirma.

Um caminho interessante para a produção no Brasil, segundo Tamar Roitman, gerente executiva da Associação Brasileira de Biogás (Abiogás), é a partir do biometano, proveniente do biogás, mistura de gases resultante de decomposição de materiais orgânicos, como lixo, fezes animais, palhas e restos de vegetais, como o bagaço. Isso permitiria aproveitar o potencial das usinas sucroenergéticas, que têm plantas em várias regiões do país, para a produção de biogás a partir de materiais como a vinhaça e do tratamento de esgoto. “Como a maior forma de produção de hidrogênio hoje é o gás natural, quando você substituir esse gás pelo renovável, que é o biometano, poderia produzir esse hidrogênio de forma totalmente renovável usando a mesma rota tecnológica, já que os processos e a infraestrutura são os mesmos. Então, essa é uma possibilidade bastante real e que já está bastante estabelecida.”

(Com informações do G1 e Flávia Andrade/Impacto)

Brevemente, o IFSC/USP publicará uma entrevista exclusiva sobre este tema com o Prof. Renato Vitalino Gonçalves.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de agosto de 2022

Oportunidade de bolsa PUB no Grupo de Óptica do IFSC/USP

O Grupo de Biofotônica do Grupo de Óptica do IFSC/USP oferece uma vaga de bolsa PUB disponível  na área de “Auto-Interações das Nanopartículas de Poluição em Diferentes Ambientes: Um Estudo das Características Ópticas e suas Consequências.”

A proposta desta pesquisa se dá como continuação do projeto “Caracterização de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e seus agregados em particulados de poluição da cidade de São Paulo e seus efeitos fotossensibilizadores e na fotoinativação viral”.

Neste, o material particulado (PM) gerado pela combustão em veículos automotores é coletado, a fim de determinar sua morfologia e comportamento, e como as interações são governadas pelas condições físico-químicas do meio.

A compreensão sobre como as micropartículas de poluição se comportam e como podem afetar diferentes meios é uma importante área para se estudar e, assim, procurar formas para reduzir estes impactos.

Por isso, o projeto atual busca compreender o comportamento das nanopartículas em diferentes regiões de coleta na natureza.

Este projeto será desenvolvido no âmbito do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF, Project Nr. 2017 / 10910-5) do IFSC/USP, em colaboração com pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e com a Universidade de Toulon – Laboratório MIO (França).

As inscrições deverão ser feitas diretamente no sistema Juno, da USP, pelo link – https://uspdigital.usp.br/juno

Para mais informações, contatar o Prof. Francisco Eduardo Gontijo Guimarães pelo email guimaraes@ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de agosto de 2022

IFSC/USP lança Projeto “Vem Saber” e inaugura nova “Sala do Conhecimento”

Alunos da cidade de Bauru na nova “Sala do Conhecimento”

São quatro os projetos de pesquisa e extensão universitária que estarão disponíveis para alunos do ensino médio das escolas sediadas no Estado de São Paulo, integrados no projeto “Vem Saber”, um programa criado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes, ex-vice-reitor da USP, e que foi lançado oficialmente no passado dia 03 de agosto. Localizado na Sala-10 do Centro de Apoio Didático (CAD), na Área-2 do Campus USP de São Carlos, um desses projetos diz respeito a um novo espaço físico que foi inaugurado nesse mesmo dia – “Sala do Conhecimento” -, onde os alunos interagem com os professores entre experimentos dos mais variados tipos. Somente em agosto esse espaço irá acolher 600 estudantes, estando inscritos para o segundo semestre 1.600 alunos de 32 escolas oriundas de dezoito cidades do Estado de São Paulo, atividades que sempre estarão sendo coordenadas pelo Prof. Herbert Alexandre João (IFSC/USP), que desde há largos anos tem trabalhado em projetos similares com alunos do ensino médio.

Prof. Antonio Carlos Hernandes

O objetivo central deste projeto é receber, em cada semestre, um contingente de aproximadamente cinco mil alunos do ensino médio oriundos das escolas de todo o Estado de São Paulo.“Este é o momento de podermos iniciar um movimento que leve as atividades que são desenvolvidas no Campus USP de São Carlos para além da região administrativa de nossa cidade, atraindo, dessa forma, os jovens alunos do ensino médio de todo o Estado”, sublinhou o Prof. Antonio Carlos Hernandes durante a sessão que marcou o início do projeto. Além desses alunos poderem ter a oportunidade de viverem um dia inteiro no ambiente universitário, eles poderão colher informações importantes sobre como entrar na USP, quais os cursos disponíveis no Campus USP de São Carlos e quais são os mais concorridos, tendo em vistas alcançar uma carreira de sucesso. “Integrada a este projeto “Vem Saber” tem também a criação da “Sala do Conhecimento”, um espaço bem descontraído e jovem onde os alunos poderão interagir com os professores na realização dos mais variados experimentos científicos, de forma descontraída, não só com o objetivo de reforçar tudo aquilo que aprendem na sala de aula, como também de os motivar para o estudo”, enfatiza o docente.

Já com as atividades a ocorrerem na “Sala do Conhecimento” com alunos do ensino médio de Bauru, a sessão de apresentação do projeto “Vem Saber” contou com a presença de vários docentes e pesquisadores convidados: Osvaldo Novais de Oliveira Junior, diretor do IFSC/USP; Elson Longo, diretor do CEPID Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF); Glaucius Oliva, docente e pesquisador do IFSC/USP, ex-presidente do CNPq e coordenador do CEPID Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), alocado no IFSC/USP; Luis Fernando Costa Alberto, Prefeito do Campus USP de São Carlos; Débora Gonzalez Costa Blanco, Diretora de Ensino da Região de São Carlos; José Roberto Garbin, Diretor da FATEC de São Carlos, pertencente ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, Arcádio Tato, representante do Santander Tecnologia e Inovação, Guilherme Sipahi, do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos; e Nelma Bossolan, diretora do Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP (CDCC), entre outros.

A união entre USP, UFSCar e Embrapas em prol de um futuro para os jovens estudantes

Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior

Para o diretor do (IFSC/USP), Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, todas as infraestruturas e recursos humanos estarão disponíveis para este projeto que é voltado para o bem estar da sociedade. “Todos nós temos uma fábrica de sonhos, sendo que todos eles estão voltados para a melhoria das condições de vida da nossa população, através da educação de nossos jovens. É muito significativo o surgimento deste projeto, já que ele significa uma missão altruísta e cuja única recompensa é a satisfação de se poder contribuir para o bem estar da sociedade. Esta é uma iniciativa que une todos os institutos da USP e departamentos da UFSCar e das várias unidades da EMBRAPA, em prol da educação pública da cidade, da região e do Estado, uma iniciativa transformadora e de abertura de portas para os jovens estudantes. Obrigado, Prof. Hernandes, pelo seu sacrifício em defesa da educação ao longo de mais de duas décadas na difusão da educação e do conhecimento para os jovens, um trabalho a que se tem dedicado incansavelmente”, pontua o docente.

O projeto “Vem Saber” é, na opinião do Prof. Luis Fernando Costa Alberto, a abertura de portas para as comunidades externas, sendo papel da USP levar o conhecimento aos jovens alunos do ensino médio, incentivando-os a avançar na vida através de cursos superiores. “São atividades que devem ser valorizadas e difundidas pela Universidade”, sublinha o Prefeito do Campus USP de São Carlos.

Finalmente, para o Prof. Elson Longo “Este é um projeto que dá continuidade às sementes lançadas pelos Profs. Sérgio Mascarenhas e Yvonne Primerano Mascarenhas, que está dando oportunidades para melhorar a vida das pessoas, além de prover a difusão do conhecimento para os jovens. “Essas sementes foram e continuam sendo regadas pelos Profs. Glaucius Oliva,  Antonio Carlos Hernandes e Osvaldo Novais de Oliveira Junior, entre muitos outros, enaltece o diretor do CDMF.

Como participar do “Vem Saber”

A inscrição para o projeto “Vem Saber” é feito pela escola, cabendo a ela escolher um professor para viabilizar o contato. Aí, o docente escolhido acessa o site do IFSC/USP para navegar pelo ícone “Sala do Conhecimento”, que fica na aba Divulgação Científica e Cultural (VER AQUI).

Dentro do site é feito o agendamento para o programa “Universitário por um dia”, onde são escolhidas data e horário para a visitação. Os grupos deverão ser de, no máximo, 42 pessoas, incluindo professores que ficarão responsáveis pelo monitoramento dos alunos.

Ao receber a confirmação da inscrição, o professor deve enviar uma lista com os nomes completos dos alunos e CPF dos visitantes ao e-mail saladoconhecimento@ifsc.usp.br. Todos devem apresentar o comprovante de vacinação completa contra a Covid-19.

Guilherme Sipahi, Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus USP de São Carlos – Débora Gonzalez Costa Blanco, Diretora de Ensino da Região de São Carlos – Luis Fernando Costa Alberto, Prefeito do Campus USP de São Carlos – Osvaldo Novais de Oliveira Junior, diretor do IFSC/USP – Antonio Carlos Hernandes, idealizador do projeto – Elson Longo, diretor do CDMF – Glaucius Oliva, coordenador do CIBFar – Nelma Bossolan, diretora do CDCC

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de agosto de 2022

Da descontaminação de alimentos ao desenvolvimento do paladar do café – Inovação marca trajetória de ex-aluno do IFSC/USP

Instalações do Grupo de Óptica do IFSC/USP, onde houve a oportunidade de trabalhar e desenvolver a carreira científica do ex-aluno, com o Prof. Vanderlei Bagnato

A irradiação ultravioleta (UV), como técnica de processamento não térmico para descontaminação microbiana de alimentos (MDF), foi um dos grandes destaques após a inclusão da luz UV como alternativa, com sua utilização não só em alimentos, como também em água e produtos farmacêuticos.

Em dezembro de 2019, meses antes da declaração de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o pesquisador do IFSC/USP, Bruno Pereira de Oliveira*, e seus colegas Shirlei Lara, Daniel Chianfrone, Kate Cristina Blanco e o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, criaram um novo tipo de reator, onde os emissores de UV foram parametricamente distribuídos para descontaminar produtos vegetais para consumo humano, no caso concreto, brócolis frescos, sendo que o equipamento demonstrou sua capacidade de inativar os microrganismos presentes, principalmente na água destinada a lavar esses alimentos. Com essa pesquisa, que foi tema de sua defesa de doutorado, o agora ex-aluno do IFSC/USP viu a possibilidade, junto com o Prof. Vanderlei Bagnato, do Grupo de Óptica do mesmo Instituto, de desenvolver novas técnicas, novos métodos e equipamentos que pudessem agregar um maior valor à Engenharia de Alimentos, aumentando exponencialmente a eficiência e eficácia na área, e diminuindo, por sua vez, a utilização de químicos e, consequentemente, oferecendo uma maior segurança alimentar, algo que impacta na qualidade da saúde pública.

Apresentação de parte dos resultados do doutorado no IUFost – um dos mais importantes congressos de alimentos do mundo -, único brasileiro na seção de novas tecnologias. Congresso realizado na Índia e destinado a discussão da capacidade produtiva das fábricas no mundo e a problemática da fome

Já fora da Academia e com o doutorado concluído, mas mantendo contatos constantes com os diversos grupos de pesquisa, a sequência de estudos realizados por Bruno Pereira de Oliveira e seus pares, já em plena pandemia (2020), abriram portas para novos desenvolvimentos científicos, como, por exemplo, equipamentos para descontaminação de ar em ambientes fechados e descontaminação de objetos e superfícies, entre outros. Ou seja, embora de forma indireta, seu doutorado na área de alimentos foi uma das bases para auxiliar os profissionais de saúde no combate à COVID-19. Embora com plena noção de que as consequências da pandemia poderiam deitar tudo por terra, Bruno arriscou o caminho do empreendedorismo e lançou-se no desenvolvimento de um modelo de negócio relacionado com o desenvolvimento de paladar de uma nova marca de café na região de Fernandópolis (SP).

“Tudo começou nas minhas participações em congressos e workshops internacionais sobre engenharia de alimentos, onde tive a oportunidade de dialogar com altos dirigentes de grandes empresas de produção e transformação de café. Foi a partir daí que analisei toda a conjuntura e com base na ciência de dados simulei de que forma o mercado se iria comportar com a introdução de tecnologias e procedimentos inovadores para incrementar o sabor do café, sabendo que existem dois mercados de café: o primeiro, consubstanciado em commodities e o segundo marcado, por um lado, pelo café tradicional de baixo preço, e do outro lado um café super-especial. E eu entrei no meio dessas duas realidades, num nicho novo, trabalhando para conseguir um produto de excelente qualidade e com uma garantia de segurança, como os processos de descontaminação utilizando a minha formação no IFSC/USP”, pontua o pesquisador.

Segundo o ex-aluno, a maior dificuldade que sentiu assim que entrou no mercado foi o seu total desconhecimento da área empresarial, tendo, por isso, utilizado todas as ferramentas da área de inovação que adquiriu ao longo do tempo: ciências de dados, matemática, estatística, etc., aplicando-as de forma a traçar estratégias e pensando no que o consumidor queria e como ele olhava o diferencial desse produto – café -, através de um aroma e sabor mais intensos e agradáveis, para a promoção de uma diferenciação no mercado. Prestes a concluir sua segunda Graduação, desta vez no Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), seu TCC foi dedicado ao desenvolvimento de um software que avalia a análise sensorial qualitativa do café intitulado “Aplicação de conceitos de ciências de dados na análise sensorial da bebida de cafés e suas correlações”.

Startup do processo industrial do projeto cápsula de café

Com a nova marca de café criada em Fernandópolis já presente em 27 estados brasileiros, graças a uma inovação na perspectiva do sabor padronizado e com muito menos contaminantes, o ex-aluno do IFSC/USP afirma que só se tem consciência da importância de um doutorado, em qualquer área do conhecimento, quando se mergulha no mercado. “Fui treinado na Universidade, saí, desenvolvi algo inovador e agora estou contribuindo para que a empresa reinvista em novas tecnologias para poder aprimorar essas conquistas. Este doutorado, feito no Grupo de Óptica do IFSC/USP e numa área específica de descontaminação de produtos alimentares, torna-se num reforço muito grande para a área da saúde. “Imagine um triângulo com os três lados iguais, sendo que o lateral esquerdo compreende a engenharia, o outro a física e o terceiro a química. No centro você encontra a inovação, ou no meu caso concreto, tudo aquilo que está relacionado com os produtos que garantam uma segurança alimentar. Desenvolver uma metodologia que pode contribuir para a segurança alimentar, padronização, ética na produção, transparência e confiança para o consumidor, principalmente para sua saúde e qualidade de vida. Foi esse o meu foco e trabalho”, conclui Bruno Pereira de Oliveira.

*Graduado no curso de Engenharia de Alimentos (FEF), durante sua graduação realizou 4 iniciações científicas (UNESP, FEF, ITA, USP). Mestre em física aplicada na IFSC/USP, solicitou 5 patentes, possui 7 artigos, 1 livro, 4 anais de congresso, 3 resumos em anais, 1 apresentação oral internacional e 1 Banca de TCC e revisor científico de revistas internacionais. Atualmente Membro da Sociedade Internacional de Engenharia de Alimentos, tendo como ápice a participação na publicação de um capitulo de livro da Academia de Ciências do Vaticano. Atualmente perfaz, simultaneamente, o Doutorado em Física (Concluído) em conjunto com a graduação em química, ambos pela USP São Carlos. Teve passagem como engenheiro de projetos na” NSF” e engenheiro de processos na área de polímeros e cerâmicos na empresa “Faber-Castell Brasil”. Participou da fundação do “Espressiata Café” e participou no startup de 2 empresas no setor de alimentos Na atualidade trabalha em 3 grandes frentes ligando vale da morte ao setor produtivo, sendo elas: Ciências de Dados, Indústria de Alimentos e Pesquisa e Desenvolvimento. Sua base é fundamentada em um triângulo de conhecimento em que cada vértice tem Física, Química e Engenharia.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de agosto de 2022

IFSC/USP oferece vagas de estágio na área de Administração ou Ciências Contábeis

Estão abertas até o dia 26 de agosto do corrente ano as inscrições para duas vagas de estágio no Departamento de Física e Ciência Interdisciplinar do IFSC/USP.

Para se candidatarem, o(a)s candidato(a)s precisam estar matriculado(a)s nos cursos de Administração de Empresas ou Ciências Contábeis e que tenham completado o 2º semestre dos seus cursos.

As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente pelo e-mail chefiafci@ifsc.usp.br.

O(a)s selecionado(a)s receberão uma bolsa no valor de R$ 1.212,00, com dedicação de 30 horas semanais, e o estágio terá duração inicial de 12 meses.

Para obter todas as informações sobre estas oportunidades, clique AQUI.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de agosto de 2022

A implementação de ações sociais em prol da sociedade: O exemplo do IEA – USP São Carlos

Conforme já divulgamos anteriormente, o Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP) – Polo São Carlos, reativou em abril último as suas atividades com a realização da primeira reunião entre os coordenadores dos grupos de trabalho que irão desenvolver seus projetos.

O IEA – USP Polo São Carlos – coordenado pelo Prof. Valtencir Zucolotto (IFSC/USP) e pelo vice-coordenador, Prof. Frank Crespílho (IQSC/USP), conta atualmente com cinco grupos de trabalho que irão se debruçar sobre as seguintes temáticas: “Educação nas Escolas”, “Inclusão Social”, “Cidades Globais”, “Observatório da COVID-19 e “Estudos sobre os Aspectos Regulatórios e os Impactos Econômicos e Sociais da Nanotecnologia”, sendo que “Inclusão Social” será o tema em destaque nesta reportagem, um projeto cujo coordenador é o Prof. José Marcos Alves, docente do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC – USP).

O objetivo principal deste grupo de trabalho, denominado “Grupo de Estudos de Ações Sociais do Campus USP São Carlos” (GEAS), é não só divulgar junto à sociedade as ações sociais que são realizadas por todas as Unidades do Campus USP de São Carlos, bem como atrair e trazer para o seu seio parceiros do mundo corporativo que possam subscrever projetos no sentido da Universidade apoiar de forma mais consistente as comunidades mais carentes de nossa cidade, indo ao encontro daquilo que é uma das prioridades da USP – se aproximar e apoiar o mais possível a sociedade.

Contextualizando o projeto

Prof. José Marcos Alves

Neste contexto, vale a pena recordar as ações e o comprometimento da Universidade de São Paulo em termos de ações sociais. Em julho de 2019 ocorreu, no exterior, a terceira edição do denominado “Conselho Global de Líderes de Universidades”, um evento onde esteve presente o ex-reitor da USP, Prof. Vahan Agopyan, um encontro que esteve relacionado com um estudo feito pela Universidade de Oslo (Noruega), apontando que as universidades têm se afastado das necessidades e dos problemas da sociedade, criando assim um vácuo. Foram 45 as universidades presentes nesse evento, representando 25 países, tendo sido elaborada no final dos trabalhos a declaração “Reconstruindo a Universidade e as Relações com a Sociedade” (VER AQUI).

Nesse mesmo ano, os três reitores das universidades paulistas – USP, UNICAMP e UNESP – reuniram-se no evento “USP Talks – Conectando a Universidade e a Sociedade”, igualmente relacionado com o problema relatado pela Universidade de Oslo, onde o Prof. Vahan Agopyan salientou que se fala muito do número de artigos científicos publicados e de sua importância para a ciência como dois indicativos da importância que as universidades têm. No entanto, o dirigente sublinhou que o que a sociedade espera é que as universidades tenham mais ações em prol de um benefício direto e imediato junto a ela, resolvendo inúmeros problemas que vão surgindo. Um outro evento, promovido e realizado pela USP, marcou o ano de 2020, reforçando a temática discutida anteriormente: tratou-se do encontro subordinado ao tema “Conselho Consultivo da USP discute o social e a valorização da educação básica”, o que demonstra, de fato, a preocupação dos gestores da USP em interagir cada vez mais com a sociedade, algo que tem sido quase que uma constante através da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), tendo como exemplos os programas “USP e a Comunidade”, desdobrado nos programas “USP Aproximação-Ação”, criado em 1998, e mais recentemente o programa “USP Aproxima Escola”.

As ações sociais no IEA – USP Polo São Carlos

Sobre as ações sociais inseridas no Campus USP de São Carlos, o Prof. Alves salienta, em primeiro lugar, o“Projeto Pequeno Cidadão” (VER AQUI), criado em 1996 e com resultados surpreendentes, coordenado pela Prefeitura do Campus. “É um projeto com vinte e seis anos de atuação com resultados sociais extremamente importantes e com uma parceria muito sólida com a empresa internacional KPMG”, salientando que, em sua opinião, esse projeto foi o primeiro passo dado pelo Campus USP de São Carlos para se aproximar das populações com baixa renda. Os alunos que participam desse programa são selecionados e permanecem no Campus de São Carlos ao longo de quatro anos, quatro horas por dia nos períodos da manhã ou tarde, executando atividades educacionais, esportivas e recreativas, com direito a transporte e alimentação e utilizando a infraestrutura do CEFER – Centro de Educação Física, Esportes e Recreação do Campus USP de São Carlos. Tem sido um projeto de grande sucesso e alguns desses alunos saem daqui com um desejo enorme de ingressar em um curso superior. É um projeto muito importante, voltado para a sociedade, idealizado e implementado pelo Prof. Dagoberto Dario Mori, docente aposentado da EESC”, sublinha nosso entrevistado.

Feira de Ciências Cultura e Artes – Projeto Pequeno Cidadão 2019 (Créditos: USP São Carlos)

É fato que as cinco Unidades do Campus de São Carlos – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Instituto de Química, Instituto de Física, Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, e Escola de Engenharia, a que se lhes junta a Prefeitura do Campus e o Centro de Divulgação Científica e Cultural, já têm um histórico muito grande no que diz respeito à realização de ações sociais, o que incentivou a criação no final de 2020 do Polo de Ações Sociais USP São Carlos (PAS) no sentido de se congregar, fortalecer e divulgar todos os projetos, iniciativas e ações que sejam relevantes para a sociedade e que se transformem em um legado permanente.

Os principais objetivos do GEAS, no Instituto de Estudos Avançados – USP – Polo São Carlos, estão divididos em três frentes, a saber:

1- Interagir com as comunidades bastante carentes e com problemas sociais graves que residem no entorno norte da Área 2 do Campus USP de São Carlos;

2 – Reforçar o relacionamento da USP com as escolas públicas de São Carlos e região, beneficiando os projetos e ações já realizadas anteriormente e em conjunto com a Diretoria Regional de Ensino, com resultados muito positivos;

3 – Trazer empresas da cidade para conhecerem as atividades da USP em termos de ações sociais e estabelecer parcerias para a criação de novos programas;

Área-2 – Campus USP de São Carlos

Sobre estes objetivos, o Prof. Alves comenta: “O Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP Campus de São Carlos (IAU – USP) desenvolve projetos para as populações carentes que vivem no entorno da Área 2 do Campus USP de São Carlos, mas é necessário expandir estes projetos. É importante construir infraestrutura desportivas, incentivo ao uso de espaços verdes, e a criação de programas para jovens e adultos residentes naquela área, valorizando a população local. A criação de um projeto na Área 2 com perfil semelhante ao “Projeto Pequeno Cidadão” da Área 1 seria um enorme benefício a esta população.   Quanto ao objetivo de estabelecer parcerias com empresas da cidade, com foco em ações sociais, saliento o projeto “Formação de Profissionais em Tecnologia da Informação” (VER AQUI) inaugurado há cerca de três meses com o objetivo de iniciar a formação de alunos do ensino médio profissionalizante na área de TI, com o envolvimento da UFSCar e patrocínio da empresa “Tapetes São Carlos”. É um projeto extremamente importante, que conta com alunos da Escola Técnica Estadual Paulino Botelho, uma ETEC do Centro Paula Souza, e profissionais da Tapetes São Carlos. A proposta é capacitar jovens alunos e profissionais para trabalharem em uma área de alta demanda e cujo futuro se mantém muito promissor”, destaca o Prof. Alves.

A Universidade em total interação com a sociedade ! … Esta é a motivação das ações do “Grupo de Estudos de Ações Sociais” do Campus USP de São Carlos (GEAS), cujo trabalho é desenvolvido no IEA – USP Polo São Carlos.

Rui Sintra – Jornalista/Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de julho de 2022

Artigos do IFSC/USP mais citados no Essential Science Indicators – Bimestre março e abril de 2022

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de mar/abr de 2022 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

 

ÁREA:   Agricultural Sciences

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

 

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Emergence of complexity inhierarchically organized chiral particles

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: Surface properties and gas sensing application

 

ÁREA:   Clinical Medicine

Features of third generation photosensitizers used in anticancer photodynamic therapy: Review

 

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: A comparative approach

 

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

 

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

 

ÁREA: Pharmacology & Toxicology  

 

ADMET modeling approaches in drug discovery

 

ÁREA:   Physics

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Bose-Einstein condensation: twenty years after

Generalized Geometric Quantum Speed Limits   

Observation of the Identical Rigidity Dependence of He, C, and O Cosmic Rays at High Rigidities by the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Revisiting the optical bandgap of semiconductors and the proposal of a unified methodology to its determination

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

 

ÁREA:   Space Science

Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de julho de 2022

Potencial terapêutico na luta contra a Doença de Alzheimer – Pesquisadores analisam ação do ácido ascórbico

Uma das características da Doença de Alzheimer (DA), que atinge principalmente pessoas idosas, é o fato dela comprometer a memória do paciente, diminuindo de forma lenta a capacidade cognitiva. Com a expectativa de vida significativamente aumentada devido ao avanço da ciência, a Doença de Alzheimer se tornou mais incidente ao longo das últimas décadas, acometendo um número elevado de pessoas, quase se assemelhando a uma endemia. Até o presente momento incurável, os medicamentos existentes apenas atenuam os sintomas, enquanto diversas terapias alternativas fracassaram ao longo dos anos.

Em face a este cenário, pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia e do Grupo de Biotecnologia Molecular do IFSC/USP realizaram um trabalho teórico-experimental com o intuito de investigar mais profundamente como o ácido ascórbico (Vitamina C) afeta a formação de placas da beta-amilóide, uma pequena proteína existente no sistema nervoso central. A acumulação dessas placas ao redor dos neurônios é indicada como a principal causa da Doença de Alzheimer. Os pesquisadores descobriram que, em escala laboratorial, o ácido ascórbico é capaz de impedir a agregação dessas proteínas e formação das placas, se mostrando promissor para ser usado no tratamento da Doença.

Como explica o Prof. Valtencir Zucolotto, Coordenador do Grupo de Nanomedicina da USP (GNano), “o trabalho combina estudos experimentais e teóricos, além de utilizar técnicas avançadas de microscopia, como a microscopia de força atômica (AFM), mostrando o efeito do ácido ascórbico sobre o processo de agregação da beta-amilóide”.

Para a Dra. Isabella Sampaio, autora do trabalho, “os resultados são muito interessantes porque mostram que o ácido ascórbico, uma molécula comum na dieta humana e de baixo custo, atua como um possível inibidor do processo de agregação da beta-amilóide”, o que pode ter impacto não só na prevenção da doença como impedir o avanço dela e as perdas cognitivas do paciente.

Segundo o Prof. Alessandro Nascimento, co-autor do trabalho, “estes achados avançam no conhecimento de fatores que podem estar diretamente ligados ao desenvolvimento da doença”. Estudos passados já indicavam que a vitamina E, que também é um antioxidante, tem um papel interessante reduzindo a velocidade de progressão da doença.

Para uma maior compreensão, o ácido ascórbico é uma molécula antioxidante extremamente importante no nosso organismo. Ele promove uma série de respostas de âmbito imunológico, além de manter a integridade endotelial, ou seja, a preservação do endotélio, que é a camada fina de tecido epitelial que reveste a parede interna de todos os vasos sanguíneos, sendo reconhecido por desempenhar múltiplas funções, entre as quais a regulação da pressão arterial e protegendo, inclusive, as células neuronais de danos oxidativos, como os provocados pelas placas na beta-amilóide.

Graças a este estudo, os pesquisadores abrem uma porta para investigar o potencial terapêutico do ácido ascórbico no combate à Doença de Alzheimer.

Assinam este artigo, publicado na revista “Biochimie”, os pesquisadores Isabella Sampaio, Felipe Domingues Quatroni, Paula Maria Pincela Lins, Alessandro Nascimento e Valtencir Zucolotto.

Para ter acesso ao artigo científico, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de julho de 2022

197 clubes de ciência inscritos na “Feira de Ciência e Tecnologia da USP”

Evento estará integrado na “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia” – 22 de outubro de 2022

O Salão de Eventos da USP (Área-1) irá receber no dia 22 de outubro, entre as 10h00/17h00, a  “Feira de Ciência e Tecnologia da USP – 2022”, um evento organizado pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF – IFSC/USP) e pela Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, e integrado na “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2022”.

Esta edição da “Feira de Ciência e Tecnologia da USP” já confirmou a presença de 197 Clubes de Ciência, que durante este ano desenvolveram inúmeros experimentos subordinados ao tema “Educação, Ciência e Tecnologia na geração de um planeta sustentável”, que serão apresentados neste certame.

Além dos Clubes de Ciências, as demais ações educacionais do CEPOF junto às escolas públicas da região incluíram minicursos com kits educacionais, disciplinas eletivas sobre o ambiente computacional Arduino, Exposição e Oficina de ciências no Museu de Ciências “Prof. Mario Tolentino”, e excursão para o Museu de Ciências da ESALQ-USP. Tais ações foram ministradas pela Profa. Dra. Wilma Barrionuevo, do CEPOF, em parceria com os professores e coordenadores das escolas.

A difusão e popularização da ciência nas escolas públicas constitui-se em iniciativa de valor social relevante, visto que permite que os alunos de comunidades mais vulneráveis tenham acesso igualitário a conteúdos científicos e tecnológicos, em linguagem compreensível a todos.

O CEPOF desenvolve atividades de difusão de ciências há mais de duas décadas, em importante parceria com a Diretoria de Ensino da Região de São Carlos. Fruto dessa parceria, foram criados e acompanhados, desde 2016, 660 Clubes de Ciências, envolvendo milhares de estudantes e professores de Escolas públicas estaduais de sete municípios abrangidos pela Diretoria de Ensino da Região de São Carlos.

(Colaboração: Wilma Barrionuevo – CEPOF)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de julho de 2022

Docente do IFSC/USP apresenta conferência – “Descobertas e trabalhos de Física que diretamente criaram desenvolvimento”

No próximo dia 25 de julho, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, participará na 74ª Reunião Anual da SBPC, onde proferirá a conferência “Descobertas e trabalhos de Física que diretamente criaram desenvolvimento”.

Nessa oportunidade, o conferencista abordará o Ecossistema de Pesquisa Multidisciplinar, Desenvolvimento e Inovação que começou a ser solidamente construído no interior do Estado de São Paulo a partir de 25 de julho de 1947 (75 anos), quando foi apresentada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo a proposta de criação da Universidade de São Carlos pelo Deputado Estadual Miguel Petrilli.

Em sua apresentação, o pesquisador dará um destaque especial à expressiva evolução do processo de desenvolvimento que ocorreu e está ocorrendo em São Carlos, ressaltando a participação decisiva de importantes personagens dessa história.

Esta conferência surge recordando o fato de que no dia  25 de julho de 1947, o deputado estadual de São Carlos Miguel Petrilli, submeteu à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) o Projeto de Lei número 10 (VER AQUI), propondo a criação da Universidade de São Carlos.

Sobre esse assunto, o Prof. Tito José Bonagamba teve a oportunidade de escrever um artigo que foi publicado no Jornal da USP (edição de 19 de julho do corrente ano) e subordinado ao tema “Data esquecida na celebração dos 70 anos da USP no interior”, com o seguinte conteúdo:

“Embora tenha gerado intensos debates na Alesp a partir de 25/07/1947, sido avaliado com uma manifestação de desaprovação por unanimidade do Conselho Universitário da USP em 12/05/1948 e recebido o veto do governador do Estado de São Paulo em 10/09/1948, a proposta apresentada pelo deputado estadual Miguel Petrilli (Projeto de Lei número 10) evoluiu e alcançou êxito em 24/09/1948, com a publicação da Lei número 161 (VER AQUI) criando, entre outros estabelecimentos de ensino superior, a Escola de Engenharia de São Carlos e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Essa data deve ser sempre lembrada e reconhecida pela USP, com o cuidado de prestigiar todos os nomes que contribuíram para esse importante momento da nossa Universidade, que transformou o interior do Estado de São Paulo e aperfeiçoou a USP como um todo.

Embora estejamos celebrando o jubileu de diamante desta preciosa data que agigantou a USP com sua expressiva presença no interior do Estado de São Paulo, ainda é comum e frequente membros da nossa Universidade se referirem erroneamente à USP como sendo localizada “apenas” na Grande Metrópole, um erro de expressão estrutural que ainda temos que corrigir corriqueiramente após 75 anos dessa data.

Para acompanhar a conferência do Prof. Tito José Bonagamba, que será transmitida pelo Canal Youtube, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de julho de 2022

Sirius ganha nova linha de luz – Ex-aluno do IFSC/USP é um dos pesquisadores responsáveis por nova estação experimental

Sirius (Crédito: CNPEM)

O Sirius, acelerador de partículas do tipo síncrotron localizado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Campinas (SP), inaugurou recentemente sua linha de luz de infravermelho, denominada “IMBUIA”, com capacidade para realizar pesquisas de caráter multidisciplinar. A nova linha de luz está sendo aberta para a comunidade acadêmica e científica em geral, tendo como principal missão a realização de experimentos usando luz síncrotron na região do infravermelho. A estação experimental é coordenada pelo pesquisador Raul de Oliveira Freitas, que também atuou como responsável pela linha de infravermelho IR1 do síncrotron UVX, primeiro acelerador de partículas do Brasil, operado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) que faz parte do CNPEM. O UVX foi desativado em meados de 2019 e agora o LNLS concentra seus esforços na conclusão do projeto Sirius.

A linha “IMBUIA” é constituída por duas subestações experimentais autônomas e distintas entre si – ” IMBUIA Micro” e “IMBUIA Nano” -, onde o ex-aluno do IFSC/USP, Francisco Carlos Barbosa Maia* (40), é pesquisador sênior, exercendo atividades institucionais de apoio a usuários e conduzindo sua pesquisa em materiais bidimensionais.

Estação experimental “IMBUIA Micro”

Francisco Maia em seu ambiente de trabalho (Foto: Divulgação CNPEM)

Enquanto na estação experimental “IMBUIA Micro” são utilizadas técnicas de infravermelho para o estudo de fenômenos que ocorrem em escala micrométrica, na estação experimental “IMBUIA Nano” o foco é alcançar medidas em escala nanométrica. Dotada de um espectrômetro e um microscópio de infravermelho, a IMBUIA Micro consegue fazer espectroscopia de infravermelho convencional, para estudar, por exemplo, as vibrações moleculares que podem levar à identificação química de sistemas compostos por diferentes moléculas, e é também, com uma particularidade muito especial, capaz de fazer microscopia de infravermelho. “Na verdade, consegue-se associar, com esse microscópio, uma foto de uma amostra ao espectro de uma região específica de uma amostra. Outro diferencial é que esse microscópio consegue fazer também imagens de infravermelho, conhecidas como imagens químicas ou imagens hiperespectrais. Nós usamos uma CCD de infravermelho com 128 pixels por 128 pixels. Em cada pixel conseguimos capturar um espectro de infravermelho e após a leitura da amostra conseguimos localizar a ressonância vibracional que se pretende apurar e construir uma imagem exatamente dessa ressonância. Com isso, conseguimos distinguir diferentes domínios micrométricos de composição química específica dentro de uma área total investigada de 700 por 700 micrômetros quadrados da amostra. Podem ser analisadas amostras no estado sólido, como filmes finos e na forma de pó, e líquidas. A aplicação dessas técnicas de infravermelho abrange casos científicos das mais diversas áreas, como, biologia, farmácia, agricultura, física, química etc.”, relata Francisco Maia.

Estação experimental “IMBUIA Nano”

Francisco Maia junto a uma das subestações “IMBUIA” (Foto: Divulgação CNPEM)

É na estação experimental “IMBUIA Nano” que o pesquisador Francisco Maia desenvolve sua área de estudos em materiais bidimensionais por meio de técnicas de infravermelho que alcançam a nano-escala. Para isso, a “IMBUIA Nano” usa um microscópio óptico de varredura de campo próximo (scattering-type scanning near-field optical microscope, S-SNOM). Com o s-SNOM, é possível realizar espectroscopia e microscopia de infravermelho, com resolução espacial de 25 nanômetros, empregando lasers e o feixe do Sirius como fontes de luz infravermelha. Vale destacar que, por ter alto brilho e banda ultra larga, a luz infravermelha do síncrotron acoplada ao s-SNOM dá origem à técnica Synchrotron Infrared Nano Spectroscopy (SINS). Essas técnicas delicadas e complexas são utilizadas para o trabalho de Francisco Maia cujo foco de pesquisa é estudar a nano-óptica de materiais bidimensionais. “O que fazemos nessa estação experimental é iluminar, com radiação (luz) infravermelha, uma ponta metalizada de AFM, com ápice (ou cume) de poucos nanômetros, que está localizada no microscópio s-SNOM. A luz fica confinada exatamente no ápice da ponta, transformando-a assim em uma nano-sonda de infravermelho que é utilizada para se estudarem materiais de escala nanométrica compatível com o tamanho do ápice da nano-sonda. Note que a resolução espacial passa a ser dada pela ponta do equipamento e não mais pelo limite da difração”, esclarece o pesquisador. Neste sentido, como é uma nano-sonda com uma alta intensidade de campo eletromagnético, Francisco Maia consegue usar essa capacidade para estudar a nano-fotônica de materiais bidimensionais, como, por exemplo, grafeno, nano-cristais, entre outros.

Embora seja uma pesquisa básica, os experimentos realizados por Francisco Maia vão no sentido de conhecer as propriedades ópticas dos materiais na nano-escala, bem como novos fenômenos que permitam, em um futuro próximo, construir dispositivos óptico-eletrônicos com dimensões bastante reduzidas, como nano-transistores, nano-lasers e nano-diodos com emissão de luz, entre outros, bem como a propagação da luz nesses materiais bidimensionais, antevendo já as novas tecnologias que revolucionarão, por exemplo, a área de comunicações.

Um pormenor interessante é que, além de usarem a radiação síncrotron, ambas as estações experimentais da “IMBUIA” têm fontes próprias de infravermelho, fazendo com que operem offline, ou seja, enquanto uma estação usa a luz síncrotron, a outra pode trabalhar independentemente.

*Francisco Carlos Barbosa Maia é Bacharel em Física pela UNESP de Rio Claro (2003), fez mestrado (2006) e doutorado (2011) no IFSC/USP, no Grupo de Polímeros “Bernhard Gross”. Trabalhou um curto período na iniciativa privada, no desenvolvimento e comercialização de lasers e fez seu Pós-Doutorado no sincrotron UVX, no Grupo de Condições Extremas (2015). Entre 2015 e 2019, trabalhou na linha de infravermelho do UVX. Desde 2020, Francisco é cientista da linha “IMBUIA” do Sirius.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de julho de 2022

IFSC/USP colabora com consórcio de cidades paulistas: criando novos centros de tratamento de sequelas Pós-Covid

A ciência e a tecnologia trabalham para melhorar o homem como um todo, bem como seu entendimento de tudo ao seu redor. Este processo constante de investimento e acumulo de conhecimento tem permitido que a humanidade supere crises severas que já ocorreram em sua existência e que continuam ocorrendo. Mais recentemente, viveu-se uma crise (que ainda persiste) com um novo vírus que nos atingiu. Novamente aqui a ciência se mostrou soberana, preparando vacinas com uma rapidez nunca vista, desenvolvendo testes de diagnóstico e, principalmente, tecnologias que permitem evitar que o mal se torne ainda maior.

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), inseridos no Centro Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF) e em conjunção com empresas parceiras dentro do programa EMBRAPII, desenvolveram diversas tecnologias para ajudar neste período. Ocorre que a Covid não é apenas uma gripe que vem e vai; ela deixa sequelas de diversas naturezas. Há quem entenda que a denominada “Covid-Longa” se refere aos diversos efeitos colaterais que acabam ficando. Dores musculares, dores articulares, fadiga, dificuldades respiratórias, formigamento ou parestesia, tonturas e diversas alterações, como de equilíbrio, olfato, paladar e zumbido no ouvido, além de problemas circulatórios e perda de memória,  dentre outros, são sequelas da doença.

Preocupados com estas situações Pós-Covid, os pesquisadores que trabalham com o desenvolvimento de novas tecnologias para reabilitação, utilizando laser como elemento principal, desenvolveram equipamentos e protocolos para reabilitação destas sequelas. As técnicas e procedimentos já foram aprovados pela ANVISA e estão sendo disponibilizados aos profissionais da saúde.

Dr. Antonio Aquino, Prof. Vanderlei Bagnato e Dr. Vitor Hugo Panhóca

Através de uma parceria CEPOF-INOVA (Parque Tecnológico Damha)  dentro do programa CITESC (Centro de Inovação e Tecnologia em Saúde de São Carlos), os pesquisadores estão agora expandindo a iniciativa nascida em São Carlos, do recém criado Centro de Reabilitação Pós-Covid para outros municípios do Estado de São Paulo. Este é o caso da parceria criada com o Consórcio  CISMETRO, que envolve mais de vinte e cinco municípios da região de Campinas.

Criação de novos centros para tratamento de sequelas Pós-Covid no Estado de São Paulo

Convidada por esse Consórcio, a equipe de pesquisadores do IFSC/USP apresentou no dia 08 de julho, na cidade de Holambra (SP), para mais de vinte prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais na área de saúde, as novas tecnologias e as possibilidades de avançarem com a criação de centros em seus respectivos municípios.

A equipe, liderada pelo Prof. Vanderlei Salvador Bagnato e constituída pelos pesquisadores Drs. Antonio Aquino e Vitor Panhoca, acompanhados pela Dra. Bruna Boasorte (INOVA), mostraram as novas tecnologias e deram início ao processo de treinamento de profissionais daquela região para que o Consórcio possa, também, disponibilizar os protocolos de reabilitação Pós-Covid em toda a região.

Segundo o Prof. Vanderlei Bagnato, esta é uma das oportunidades de aproveitar a experiência do IFSC/USP para a expansão dos avanços científicos e tecnológicos desenvolvidos no Instituto para outros municípios e regiões do Estado de São Paulo. ”Quando a ciência transborda e oferece soluções para a sociedade, é como se fizéssemos uma verificação de que todo investimento e esforço feitos em ciência valeram a pena”, diz Bagnato.

Para o pesquisador, o CITESC é um esforço iniciado há já algum tempo e que agora começa a dar seus resultados e com atividades concretas e decisivas para beneficiar a saúde da população. “Esforços conjuntos público-privados estão cada vez mais permitindo avanços consideráveis na solução de problemas de nossa sociedade. Quando fazemos ciência de alta qualidade, sempre encontramos uma forma de colocá-la ao serviço da sociedade. Às vezes, realizamos pesquisas e geramos conhecimentos que se tornarão fundamentais para a solução de problemas muitos anos depois. O importante é que a detenção do conhecimento é que garante ir adiante, e isto nosso Instituto tem feito muito bem. Aos poucos, São Carlos, com seus desenvolvimentos, torna-se uma peça importante no cenário nacional no tratamento da Pós-Covid e isso nos deixa muito orgulhosos”, enfatizou Bagnato.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de julho de 2022

Nota de falecimento: Ex-aluno do IFSC/USP Daniel Carlos Leite de Andrade

É com extremo pesar que informamos o falecimento, no dia 13 de julho do corrente ano, do ex-aluno do IFSC/USP Daniel Carlos Leite de Andrade, formado no nosso Instituto – Bacharelado em Física Teórica e Experimental.

Com trato fácil e bem humorado, motivo pelo qual angariou muitos amigos, entre colegas e professores no IFSC/USP, sua passagem precoce deixa um vazio muito grande na comunidade de nosso Instituto.

Em seu Currículo Lattes, Daniel Carlos Leite de Andrade, que desempenhava funções de gerente da América Latina na Bruker Nano Analytics, fez questão de mencionar todos quantos, de alguma forma, contribuíram para a sua formação cívica e acadêmica.

À família enlutada, aos amigos e colegas de Daniel Carlos Leite de Andrade, o IFSC/USP endereça as mais sentidas condolências.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de julho de 2022

Teatro em destaque – “Férias com o TUSP”

O projeto FÉRIAS COM O TUSP te convida a participar da nossa programação especial, em período de recesso, dedicada ao teatro. Trata-se de uma realização em rede do TUSP, em uma parceria entre os polos de São Carlos e Butantã.

A programação é gratuita e acontecerá entre os dias 19 de julho e 4 de agosto. As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de julho, 23h59min.

O projeto é resultado de uma forma de atuação do TUSP São Carlos, onde os bolsistas PUB – Programa Unificado de Bolsas têm a oportunidade de criar e coordenar atividades em suas áreas de formação, dirigindo-as aos públicos universitário e externo, sempre com supervisão pedagógica qualificada.

OFICINA CRUSP E BOAL:  uma experiência com o  Teatro do Oprimido

Em 6 encontros, serão abordadas as 5 Categorias presentes na Metodologia do Teatro do Oprimido, criada pelo teatrólogo Augusto Boal:  I. Sentir tudo o que se toca; II. Escutar tudo o que se ouve; III. Ativar os vários sentidos; IV. Ver tudo o que se olha e V. Memorizar os sentidos.

O objetivo é apresentar, de forma introdutória, alguns conceitos e jogos elaborados por Boal, de modo a sensibilizar os participantes para pensarem o mundo coletivamente (e afetivamente), usando a força simbólica presente no teatro.

A oficina será destinada exclusivamente aos moradores do CRUSP – Conjunto Residencial da USP (SP) e será coordenada por Isabela Soares, estudante de Artes Cênicas ECA-USP) e bolsista PUB da área de teatro em São Carlos.

Coordenação: Isabela Soares – TUSP São Carlos

Período de realização: de 19/07/2022 até 04/08/2022

Data/Hora: Terças e Quintas, das 10h às 12h

Local: Anfiteatro Camargo Guarnieri – TUSP Butantã – Cidade Universitária (SP)

Público-alvo: moradores do CRUSP

Vagas: 30

inscrições pelo formulário (AQUI).

LEITURAS PÚBLICAS ONLINE: Peças de Um Ato de Tchekhov – Ciclo II (2009-2022)

O Programa TUSP de Leituras Públicas teve início no ano de 2009, propondo,  a cada ciclo semestral, a leitura de peças teatrais selecionadas, a partir da obra de autores ou temas específicos. As leituras sempre foram realizadas pelos espectadores presentes, a partir de encontros presenciais abertos e gratuitos, com a mediação da equipe artístico-pedagógica do TUSP.

Em 2022, o  TUSP está retomando o Programa no polo São Carlos,  em formato online. A mediação será realizada por Bárbara Freitas, bolsista PUB da área de teatro, que explorará novas possibilidades de leitura de obras que já foram lidas em edições anteriores. Desta vez,  a partir do uso de um anteparo bidimensional, o computador.

Serão lidas 4 obras de Anton Tchekhov: O Urso, O Pedido de Casamento, Os Malefícios do Tabaco e O Canto do Cisne, que integraram o Ciclo II em 2009. O objetivo é investigar, a partir da leitura coletiva, as estruturas simbólicas e formais dos textos, propiciando um espaço de experiência singular para o espectador.

Coordenação: Bárbara Freitas – TUSP São Carlos

Período de realização: de 20/07/2022 até 10/08/2022

Data/Hora: Quartas, das 14h às 16h

Local: Online via Zoom

Público-alvo: Todas e todos de qualquer lugar do Brasil

Vagas: 15

Inscrições pelo formulário (AQUI).

Acesse as nossas redes sociais!

mail: tuspdesaocarlos@usp.br
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Instagram: @tuspdesanca e  @tusp.teatrodausp
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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de julho de 2022

IFSC/USP faz chamada para tratamento de pacientes com úlceras venosas

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) iniciou uma chamada de pacientes portadores de úlceras venosas para a continuação de um projeto de pesquisa que visa o tratamento dessas enfermidades nos membros inferiores, inclusive em pacientes diabéticos, com excepção daqueles que apresentem úlceras arteriais (comprometimento das artérias).

Esta pesquisa, que se iniciou em 2015, evoluiu bastante, com o desenvolvimento, no IFSC/USP, de novos equipamentos e protocolos, promovendo, assim, um período de cicatrização mais rápido, com grandes benefícios para os pacientes.

As avaliações e os tratamentos (gratuitos) serão feitos na Unidade de Terapia Fotodinâmica, localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, sob a responsabilidade da enfermeira Carolayne Carboni Bernardo e sob supervisão do pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Aquino. Sobre este tratamento, Carolayne Bernardo afirma que “É uma oportunidade para quem realmente sofre com este problema, principalmente os diabéticos. A avaliação que iremos fazer aqui definirá o início do tratamento, tendo em vistas que podem existir casos que necessitem de uma prévia avaliação médica”.

Os interessados em realizar este tratamento deverão se inscrever através do telefone (16) 3509-1351 – Santa Casa da Misericórdia de São Carlos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de julho de 2022

Circuitos Fotônicos: um passo rumo ao futuro – Um salto enorme no entendimento da mecânica quântica

Pesquisadores do IFSC/USP, juntamente com colegas das Universidade Federal do Piauí, Universidade Federal de São Carlos, Universidade de Laval (Canadá) e Universidad Nacional Mayor de São Marcos – Perú, publicaram recentemente, na revista “Scientific Reports” (do grupo editorial Nature), o artigo intitulado “Demonstration of multiple quantum interference and Fano resonance realization in far-field from plasmonic nanoestructure in ER3+ doped tellurite glass”, que, sucintamente, descreve um efeito devido a uma interação entre dois sistemas quânticos.

Para o Prof. Euclydes Marega Junior (IFSC/USP), principal autor do artigo e coordenador do grupo de pesquisa em Nanofotônica do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), do programa CEPID financiado pela FAPESP, a descrição desse efeito é importante porque, em primeiro lugar, ele mostra que íons, emissores quânticos, conseguem interagir com a luz (campo eletromagnético) através de uma estrutura metálica em escala nanométrica. Do ponto de vista tecnológico, a importância também é bastante significativa, já que se cria a possibilidade da luz interagir com pequenas estruturas localizadas em regiões muito específicas. Já do ponto de vista da Física, isso é algo novo que ainda não tinha sido observado nesse sistema.

O artigo descreve como a radiação eletromagnética interage com íons de Érbio, sendo que eles estão nas proximidades de uma estrutura metálica muito pequena, composta por fendas, como explica o Prof. Euclydes. “Isso acontece porque existe um princípio da Física que diz que ondas eletromagnéticas só conseguem transpor objetos cujas dimensões são maiores, ou da ordem de seu comprimento de onda. Neste caso, as estruturas são bem menores do que o comprimento de onda da luz, significando que, sozinha, ela não consegue atravessar essas estruturas. Para que isto ocorra, a radiação eletromagnética interage com os elétrons livres do metal, criando o que se denomina plásmon-poláritons de superfície. Essa forma confinada é o que faz com que a radiação eletromagnética consiga interagir com objetos nesta escala de tamanho, interagindo com os íons que estão nas proximidades dessa estrutura”, pontua o pesquisador.

A Nanofotônica

O que nós estudamos é como a radiação eletromagnética interage com a matéria em escala nanométrica. Quando elas são muito pequenas, na ordem das dezenas de nanômetros, em paralelo com essas interações – além das usuais, como transmissão, reflexão etc. – acontecem outras que são governadas puramente pelo entendimento da mecânica quântica.

O artigo mostra a forma como se consegue fazer com que a radiação (na forma de plasmons-polaritons de superfície) se acople a pequenos íons nas proximidades das estruturas metálicas. Mas, a luz não consegue se acoplar com esses íons sem estar perto dessa estrutura? “Sim, consegue. Mas longe dessa estrutura o efeito é um acoplamento fraco entre o campo de readiação e o emissor quântico; já nas proximidades, as interações revelavam um acoplamento muito mais intenso e novos fenômenos são possíveis de se observar. Um deles é a ressonância de Fano que acontece quando existe uma interação entre dois sistemas quânticos, no caso o íon e o campo de radiação”, explica o pesquisador.

Do ponto de vista de avanço científico, o Prof. Euclydes Marega Junior realça que o artigo reflete o entendimento de como estes fenômenos acontecem nesta escala de tamanho, que não é em nível atômico, nem fotônico, mas num nível intermediário – o que se denomina de nanofotônica, que é um conceito que está começando a ganhar cada vez mais importância. “O campo de radiação, por si só, não consegue romper barreiras menores do que micrômetros. Por exemplo, repare: a internet foi uma grande revolução e a internet de banda larga potencializou ainda mais esta forma de transmissão de informação. Como levar a internet de banda larga para um país inteiro? Só com a utilização de fios metálicos condutores não se consegue fazer transmissão de dados de forma rápida e intensa. Os cabos de cobre transmitem informação através da corrente elétrica, ou seja, através de elétrons que se movimentam, mas com esse movimento geram grandes perdas fazendo com que a frequência que você consegue obter para que essa transmissão aconteça não seja muito grande”, relata o pesquisador, sublinhando que isso se traduz em que para aumentar a taxa de transmissão de dados, tem que se aumentar a frequência. “Nesse contexto, esbarramos nos limites que o movimento dos elétrons em cabos condutores nos impõem. Assim, ao invés de se utilizar cabos elétricos, a solução foram os cabos ópticos, denominados fibras ópticas, onde as perdas são muito menores e a frequência de transmissão muito maior. Por a luz ser uma frequência muito mais alta, isso significa que numa fibra óptica se consegue transmitir muito mais informações do que num cabo elétrico convencional. Isso foi o que proporcionou você ter atualmente internet de banda larga na sua casa. O ponto agora é como substituir os circuitos de processamento baseado em elétrons por circuitos ópticos, com o objetivo de se aumentar a velocidade de processamento de dados”.

Circuitos fotônicos

Prof. Euclydes Marega Junior

Do ponto de vista fundamental, este artigo científico, com uma componente experimental toda desenvolvida no IFSC/USP, oferece respostas para esses questionamentos, abrindo portas para o futuro desenvolvimento de processadores essencialmente ópticos – ou híbridos – com um extraordinário ganho nunca antes visto. O fenômeno que os pesquisadores observaram e que são relatados no artigo científico, onde todos os efeitos são puramente quânticos, remete, assim, para um futuro relativamente próximo, onde fazer computação quântica, usando circuitos fotônicos, pode se tornar realidade. De acordo com o Prof. Euclydes Marega Junior, ao invés de se usarem circuitos supercondutores que integram hoje os principais computadores quânticos em operação e que necessitam de temperaturas quase próximas ao zero absoluto, poderá se utilizar radiação eletromagnética como plataforma dessa revolução, utilizando-a em sistemas que funcionem à temperatura ambiente e em escala nanométrica.

Resumidamente, para o desenvolvimento de circuitos fotônicos, este artigo vem adicionar caminhos para fazer com que a radiação interaja em escala nanométrica e assim revolucionar a área de processamento e de miniaturização.

Para acessar o artigo científico, clique AQUI.

 

 

(Imagens: IFSC/USP – DELMIC)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de julho de 2022

IFSC/USP: Oportunidade de bolsa de Pós-Doutorado (PD Biomol)

O Grupo de Biotecnologia Molecular (GBM) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) está procurando candidato(a)s para bolsa de Pós-doutorado nas áreas de Biologia Molecular, Bioquímica e áreas correlatas.

O(A) candidato(a) irá participar do projeto que envolve colaboração com uma empresa biotecnológica que visa produção heteróloga de proteínas com potencial de aplicação da agricultura e desenvolvimentos na área de Biotecnologia Molecular.

Uma experiência prévia com Biologia Molecular e expressão heteróloga de proteínas recombinantes será necessária.

O(A)s candidato(a)s qualificado(a)s devem manifestar seu interesse, enviando por e-mail com assunto “PD Biomol” seu currículo lattes e histórico de graduação da Universidade ao Prof. Igor Polikarpov, IFSC-USP, e-mail: ipolikarpov@ifsc.usp.br

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de julho de 2022

“Tardes de Férias” do CDCC têm a sua programação diária divulgada

As inscrições deverão ser feitas presencialmente pouco antes do início da cada atividade

Com duração de uma semana, de 18 a 22 de julho, as Tardes de Férias organizadas pelo Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP São Carlos (CDCC-USP) pretendem levar atividades interessantes e divertidas ligadas à ciência a crianças, jovens e adultos.

Confira abaixo a programação de cada um dos dias das Tardes de Férias. As vagas são limitadas, e é possível conferir em cada atividade quantas vagas são disponibilizadas, assim como a faixa etária a que se destina.

É preciso fazer a inscrição presencialmente para cada atividade que se pretende participar. As inscrições serão abertas a partir de meia hora antes do seu início, da seguinte forma:

– Às 14 horas para as atividades que se iniciam às 14h30;

– Às 15h30 para as atividades que se iniciam às 16h00;

Importante: para participar é imprescindível o uso de máscara e apresentação de comprovante de vacinação do ciclo vacinal contra a COVID-19. Crianças e adolescentes de até 16 anos devem estar acompanhados de responsável.

Observação: durante a semana em que ocorre as Tardes de Férias, o CDCC terá um horário de funcionamento especial de atendimento ao público: das 14h às 17h30.

Para acompanhar as novidades, sigam o CDCC nas redes sociais!

Facebook: www.facebook.com/cdcc.usp

Instagram: www.instagram.com/cdcc.usp

(Com informações do CDCC e Portal USP São Carlos)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de julho de 2022

No IFSC/USP – Novo equipamento combate lesões por esforços repetitivos

Aplicação congrega laser e liberação miofascial

Um novo equipamento portátil desenvolvido no IFSC/USP apresenta a particularidade de combater as lesões causadas por esforços repetitivos, a maioria deles adquiridos na vida profissional das pessoas.

Em um artigo científico publicado na revista internacional “Journal of Novel Physiotherapies”, os pesquisadores do IFSC/USP conseguiram relatar os resultados obtidos com a utilização desse equipamento em cinco pacientes com patologias diferentes e resultantes de lesões causadas por esforços repetitivos.

O equipamento, já aprovado pela ANVISA e que será lançado ainda este ano, consegue fazer a aplicação conjugada e simultânea de laser com liberação miofascial, como explica a pesquisadora Ana Carolina Negraes Canelada, co-autora do artigo científico: “Este equipamento é composto por duas esferas e um laser, que têm ações complementares quando aplicadas nas áreas lesionadas. Os músculos são encapados por  membranas chamadas fáscias musculares e as lesões ocorrem quando elas se grudam nos músculos, impedindo que estes executem os movimentos, provocando uma incapacidade de movimentação. A ação das esferas, que é deslizante, provoca a liberação dessas fáscias, enquanto o laser tem uma ação analgésica e anti-inflamatória”, explica a pesquisadora.

Ana Carolina Negraes Canelada

Dentre as principais lesões causadas por esforços repetitivos contam-se a cervicalgia (dor cervical), tendinite do ombro, epicondilite lateral e medial (antebraço), túnel do carpo e nervo mediano (mãos) e os designados pontos de gatilho, caracterizados por pequenos nódulos que surgem nos músculos.

As ações realizadas nos cinco pacientes mencionados no artigo científico compreenderam quinze minutos de aplicação, duas vezes por semana, ao longo de dez sessões, tendo os pesquisadores verificado uma diminuição de cerca de 70% nos índices de dor e na recuperação dos movimentos.

Segundo a literatura científica, as designadas lesões causadas por esforços repetitivos costumam aparecer em pessoas com idades entre os 40 e 50 anos, sendo mais comuns no sexo feminino e em profissões onde a variedade de movimentos físicos é menos frequente. Por outro lado, este equipamento apresenta-se como uma ferramenta bastante útil para os profissionais de fisioterapia, pois ele substitui a tradicional, demorada e cansativa ação manual  utilizada para tratar estas lesões, com um claro benefício para os pacientes.

O artigo científico foi escrito pelos pesquisadores Ana Carolina Negraes Canelada, Antonio Eduardo de Aquino Junior, Fernanda Mansano Carbinatto, Vitor Hugo Panhóca, Gabriel Simão, Letícia Zangotti e Vanderlei Salvador Bagnato.

Para acessar o artigo científico, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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