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6 de novembro de 2019

Biblioteca do IFSC/USP comemora um ano do “Projeto Bem Estar”

A Biblioteca do IFSC/USP comemorou neste mês de outubro o primeiro ano do Projeto Bem Estar, um programa semanal onde a meditação já ocupa um lugar de destaque em muitas pessoas dentro e fora do Campus USP de São Carlos.

A educadora da EESC/USP, Patrícia Leme, carinhosamente conhecida como “Pazu”, é a responsável pela realização deste programa de sucesso no IFSC/USP, salientando que o balanço deste ano foi uma enorme surpresa, principalmente porque foi uma novidade no campus, para o nosso Instituto e para as bibliotecas sediadas do campus. “É um projeto que nasceu na biblioteca da EESC/USP com uma vontade de trazer um momento de bem estar e, desse bem estar, um momento de meditação para acalmar a mente, entrando em contato com seus próprios pensamentos. Senti que podíamos fazer isso aqui, com algum sucesso. A Lena, servidora ao serviço da Biblioteca do IFSC/USP, e a diretora, Ana Mara, fizeram este convite em 2018 e, um ano depois, considero o balanço extremamente positivo, já que vemos um número crescente de participantes e a frequência deles é permanente, cativo ao longo de todas as quartas-feiras, com pequenas variações, pois sempre aparece gente nova, entre alunos, funcionários e pessoas fora da Universidade”, sublinha Pazu.

Até o presente momento, se inscreveram no Projeto Bem Estar 171 pessoas, sendo que, em 2018, a Biblioteca do IFSC/USP realizou uma avaliação no sentido de apurar se o projeto estava avançando conforme o que tinha sido planejado. Foi entregue um formulário com questões abertas a todos os participantes, indagando como as pessoas se sentiam, qual o principal objetivo que as trazia a essas sessões e como se sentiam após participar. As respostas não podiam ter sido mais animadoras, com os participantes relatando que sentiam mais tranquilidade para o enfrentamento de situações que são estressantes em seu cotidiano – em casa, no trabalho, etc., – manifestando que começaram a se sentir mais tranquilos ao aprenderem a olhar melhor suas próprias emoções, a conhecer e lidar com elas. Muitos relataram que passaram a dormir melhor, com uma diminuição acentuada dos níveis de ansiedade.

“Todos esses relatos são totalmente complementares, já que eles se unem totalmente ao que as pesquisas científicas já vêm dizendo de quais são os benefícios das práticas de meditação. Muita gente tem uma ideia errada sobre a meditação, classificando-a como um método para se livrar dos pensamentos. Totalmente errado, pois é exatamente o contrário: meditar é trazer tudo o que está acontecendo com você para aquele momento específico, é trazer sua consciência. Usualmente, nossa mente está perdida no futuro – preocupações relacionadas com o que que é que eu vou fazer para resolver isto, ou aquilo, já que não vivemos a intensidade do presente. Então, o momento de meditação é onde a mente e o corpo funcionam juntos, em simultâneo. A meditação nada mais é do que um treino para que a mente e o corpo conversem, estejam juntos. Assim, você se afasta do turbilhão. Eu sempre pergunto para os participantes, principalmente alunos e funcionários da USP, do que eles mais gostam nesse momento, e as vão em um único sentido: ‘eu gosto de me sentir importante na universidade, porque muitas vezes o que sinto é que a universidade e os professores não se importam comigo’. Por isso, eu própria me sinto no IFSC/USP como alguém que se importa em oferecer aos outros um momento de paz e tranquilidade”, enfatiza Pazu.

Para 2020, a intenção é ter mais espaços para a realização desses momentos, como, por exemplo, na Área-2, além da realização de cursos de introdução à meditação, com 6 horas de duração, gratuitos e abertos a toda a comunidade interna e externa da USP. Já se realizaram três cursos, com um total de 300 participantes. É um curso básico onde o participante sai sabendo fazer meditação em casa e no trabalho.

Quem é “Pazu”?

Patrícia Silva Leme (46), é educadora da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/)USP, tendo trabalhado em várias unidades da Universidade, inclusive na Reitoria, sempre com programas ligados à sustentabilidade e meio ambiente. Quando completou 18 anos ao serviço da USP, decidiu fazer uma pausa, principalmente devido ao intenso estresse acumulado ao longo dos anos com viagens e múltiplos compromissos com a USP. Pediu transferência para a EESC/USP e posteriormente solicitou dois anos de afastamento. A intenção era passar um ano e meio viajando com o intuito de aprender técnicas e métodos relacionados com sustentabilidade e meio ambiente, mas, acima de tudo, havia a necessidade de … Parar!

“Eu e meu marido iniciamos uma viagem para a África do Sul, em fevereiro de 2016, em serviço de voluntariado em fazendas orgânicas, algo que nos apaixonou muito. Após esse período fomos para a Europa e seguimos para a Ásia. Um ano depois de termos saído do Brasil chagamos à India e foi aí, quase sem dinheiro, que houve uma grande transformação completa em nossas vidas”, conta Pazu.

O casal fez um retiro de yoga e de meditação silenciosa em um Ashram (monastério hindu) tendo solicitado a prorrogação de seu tempo de estada em regime de voluntariado. “Foi aí que ficamos mais seis meses, tendo-me formado como professora de yoga e de meditação. Seguidamente, rumamos ao Nepal, onde fizemos mais cursos, sendo que  ficamos especialistas em meditação”, recorda nossa entrevistada.

Quando chegou no Brasil, em janeiro de 2018, Pazu vinha completamente diferente e decidida a dar sua contribuição para a USP na área em que tinha se especializado. Iniciou na EESC/USP o programa “Bem Estar” e a adesão foi enorme, tendo recebido, em um só dia, cerca de 350 inscrições.

Em outubro de 2018 o Projeto Bem Estar começou a funcionar na Biblioteca do IFSC/USP e o sucesso da iniciativa está patente, cada vez com mais participantes.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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