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Sobre Tatiana Gladcheff Zanon Spina

10 de agosto de 2017

PAPFE/USP: inscrições estão abertas até dia 15 de agosto

A USP disponibiliza este ano cinco mil bolsas, com duração de 12 meses, para os alunos de graduação que se inscreveram no Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE). Voltado a estudantes com necessidades socioeconômicas, o objetivo do programa é engajar os alunos em atividades de ensino, pesquisa ou extensão, de modo a contribuir para a formação acadêmica e profissional dos bolsistas. Os estudantes receberão, a partir do dia 1º de setembro, uma bolsa com valor mensal de R$ 400.
Para concorrer a essa bolsa, os alunos devem acessar o sistema JupiterWeb até a próxima terça-feira, 15 de agosto, e escolher, no máximo, dois projetos em que gostariam de atuar. Em toda a USP, foram aprovados 2,4 mil projetos. Desse total, 31 projetos foram aprovados no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), e 59 bolsas foram disponibilizadas.
No campus da USP, em São Carlos, 530 estudantes de graduação se inscreveram no PAPFE, que conta com recursos da ordem de R$ 24 milhões. Esses alunos podem escolher atuar em projetos de qualquer uma das unidades de ensino e pesquisa da Universidade. Vale lembrar que todos esses projetos foram selecionados no último edital do Programa Unificado de Bolsas de Estudo para Estudantes de Graduação (PUB) pela Pró-Reitoria de Graduação da USP.
Texto: assessoria de comunicação- ICMC/USP
10 de agosto de 2017

Atualização da produção científica do Instituto de Física de São Carlos

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em julho de 2017, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC/USP, no periódico Physical Review X.

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

 

3 de agosto de 2017

Alunos do IFSC recebem prêmios em conferência internacional

No início do mês de julho, Recife foi sede da 10ª International Conference on Nanophotonics (ICNP). Essa foi a primeira vez que a Conferência foi realizada em solo brasileiro, trazendo pesquisadores nacionais e estrangeiros para falar sobre os últimos avanços em Óptica e Fotônica nas escalas nano e micro, abrangendo tópicos tais como novos materiais para a confecção de nanodispositivos fotônicos, avanços em nanomedicina e óptica quântica e não linear.

Durante a Conferência, 60 trabalhos foram apresentados na sessão de pôsteres, entre eles o de Nathália Tomázio, doutoranda do Grupo de Fotônica do Instituto de Física de São Carlos (GFT- IFSC/USP), que trouxe um recorte de seu projeto de doutorado, e recebeu o prêmio de melhor pôster apresentado na Conferência.

Nathália (de blusa azul) durante o recebimento do prêmio de melhor pôster (Crédito da imagem: Davson Bernard)

A pesquisa de Nathália, orientada pelo docente Cleber Renato Mendonça, consiste na exploração do potencial de aplicações de micro-ressonadores poliméricos, microestruturas dielétricas que aprisionam a luz, e por essa razão podem ter várias aplicações, inclusive como filtros de frequências ópticas. Como a luz fica aprisionada nestes filtros, eles acabam servindo também como uma cavidade para confecção de lasers. “O laser precisa de dois elementos para funcionar: um meio ativo, que emite luz, e uma cavidade, que permitirá que a luz emitida pelo laser circule neste ambiente por mais tempo e, dessa forma, induza mais emissão de luz. Durante meu mestrado, consegui fabricar ressonadores ópticos de alto fator de qualidade, e isso trouxe uma variabilidade de aplicações muito grande para essas microestruturas”, explica Nathália.

A primeira aplicação explorada por ela durante seu doutorado foi a construção de uma cavidade para lasers, incorporando a essas estruturas um material que funcionasse com meio ativo. “Decidimos investir na confecção de um laser, incorporando nessa estrutura um corante orgânico emissor, que tem uma eficiência de florescência muito grande. Pude medir as frequências características desse laser, e foi este trabalho que apresentei na ICNP”, relembra a pesquisadora.

Na fronteira do conhecimento

Um dos principais objetivos das pesquisas em fotônica é a construção de sistemas que se comportem como os dispositivos que tem seu funcionamento baseado em correntes elétricas (como a maioria dos dispositivos que conhecemos). “No circuito fotônico, entretanto, esse funcionamento é baseado em luz e, nesse contexto, a guia de onda é análoga aos fios dos aparelhos por onde a corrente elétrica passa”, explica Gustavo Foresto Brito de Almeida, doutorando do GFT, também orientado por Cleber. “Hoje já existem muitos dispositivos elétricos que controlam corrente elétrica, e nosso maior objetivo é construir dispositivos de luz que controlem a luz”.

Gustavo (blusa listrada) durante o recebimento do prêmio de menção honrosa. (Crédito da imagem: Davson Bernard)

As guias de onda podem conduzir a luz de um sistema para outro bem como traçar novas rotas para dividir ou unificar os fótons [partículas de luz]. Algumas guias de onda, no entanto, apresentam comportamentos interessantes na presença de campos ópticos intensos, e são conhecidas como “guias de onda não lineares”, que são os objetos de estudo de Gustavo em seu doutorado. O principal diferencial de sua pesquisa, no entanto, foi a utilização de um material orgânico para o desenvolvimento da guia. “O vidro é o material mais comumente utilizado. Os materiais orgânicos, em geral, são mais fáceis de serem processados a laser, e apresentam propriedades ópticas desejáveis para confecção de dispositivos”, explica Gustavo.

Para fabricar as guias de onda, Gustavo utiliza L- treonina, cristais de aminoácidos que são as bases das proteínas de nosso organismo. Esse diferencial permitiu que Gustavo produzisse um guia de onda com propriedade não linear, o que possibilitou que a frequência da guia pudesse ser dobrada durante seu guiamento e também permitiu maior controle sobre o laser transmitido. Essa inovação, também apresentada na sessão de pôsteres por Gustavo, rendeu ao aluno uma menção honrosa, destacando mais uma vez o IFSC na Conferência.

Reconhecimento internacional em solo brasileiro

Em relação à participação na INCP, Nathália afirma que a experiência foi enriquecedora, pois ela teve a oportunidade de mostrar seu trabalho a outros pesquisadores da área. Para ela, o maior destaque de seu trabalho foi o caráter inovador. “Em minha pesquisa, vislumbramos um material orgânico para criação de um dispositivo, enquanto a maioria desses dispositivos tem como base o Silício, uma ‘herança’ da microeletrônica”, explica. “O desenvolvimento de um microdispositivo que não tenha como base o Silício é um dos maiores desafios na área de fotônica, e alguns grupos já o fazem, mas o diferencial de nosso trabalho é que utilizamos uma única etapa de processamento de material para fabricar o ressonador”, complementa.

O trabalho de Gustavo caminha na mesma direção, já que propõe uma metodologia que tem como base uma matriz orgânica. Além dessa vantagem, a guia desenvolvida por Gustavo permite que a luz seja guiada numa região não afetada pelo laser, possibilitando usufruir das propriedades ópticas associadas à estrutura cristalina do material. “A fabricação, manufatura e custo desse material são mais baixos, além de ele ter não linearidades ópticas, muito importantes na fabricação de dispositivos fotônicos”, afirma. “Enquanto a grande maioria dos guias de onda é fabricada com vidro, os nossos são fabricados em cristal”.

De acordo com os dois pesquisadores, esses resultados abrem diversas possibilidades de estudos, que ambos pretendem explorar ao máximo até o final de seus doutoramentos. Os prêmios recebidos na INCP certamente servirão como incentivo para que a conclusão dos trabalhos seja bem-sucedida.

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatos deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. As informações contidas na reportagem são de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de julho de 2017

Matrículas abertas para disciplina “Oficina de Inovação”

Entre os dias 27 de julho e 4 de agosto, alunos de graduação da USP poderão se matricular na disciplina “Oficina de Inovação”, aberta a todos os alunos de graduação de todas as Unidades  do campus USP São Carlos.

A disciplina, oferecida pelo Centro Avançado EESC de Apoio e Inovação em conjunto com a Agência USP de Inovação, tem como objetivo incentivar a capacidade empreendedora dos alunos, tendo em vista a criação de start-ups e spin-offs.

A matrícula na disciplina deverá ser feita através do sistema Janus durante o período anteriormente mencionado (27/7 a 4/8).

Para mais informações sobre a disciplina, acesse http://inovacao.usp.br/educacao/disciplina-oficina-de-inovacao/

Com informações da EESCin/USP

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

25 de julho de 2017

PRP/USP promove encontro “Gestão de Projetos de Pesquisa”

No próximo dia 26 de julho, às 8h30, na USP São Paulo, será realizado o encontro “Gestão de Projetos de Pesquisa”, uma iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP/USP) e do Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP).

O encontro terá como objetivo discutir a importância da gestão de projetos de pesquisa na USP, e trará também discussões a respeito da replicação de modelos de pesquisa já consagrados na USP e em outras instituições estrangeiras nas escolas e institutos de pesquisa da universidade.

Com término previsto para 17h30, o encontro contará com a participação de renomados docentes e pesquisadores, como José Eduardo Krieger (PRP/USP), Carlos Henrique de Brito Cruz (FAPESP), Carlos Graeff (Unesp), entre outros.

Além da importância da gestão dos projetos de pesquisa, outros dois temas serão discutidos no evento: gestão profissional de projetos de pesquisa e cenário atual e estratégias de disseminação de boas práticas.

Para participar, é necessária inscrição prévia (clique aqui para se inscrever). O encontro será também transmitido ao vivo pela IPTV USP.

Para mais informações, acesse http://www.iea.usp.br/eventos/gestao-de-projetos-de-pesquisa-SW

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

7 de julho de 2017

Trabalho de ex-aluna do IFSC/USP é publicado na revista PNAS

Há pouco mais de cinco anos, Valéria Spolon Marangoni, ex-doutoranda do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNaNo-IFSC/USP), passou uma curta temporada na Rice University (EUA), logo no início de seu doutoramento no IFSC. Durante esse período, o expressivo aprendizado obtido em solo estadunidense serviu como estímulo para que alguns anos depois, em 2015, Valéria regressasse à Rice University para realizar o doutorado sanduiche.

O objetivo era aprender mais sobre o desenvolvimento de sistemas multifuncionais para aplicação em medicina, sob a supervisão da pesquisadora Naomi Halas, coordenadora do Laboratório de Nanofotônica da Rice University. “Estes sistemas estavam totalmente relacionados à grande área de minha pesquisa de doutorado, e são sistemas baseados em nanomateriais, conhecidos como teranósticos, que podem ser aplicados simultaneamente no tratamento e diagnóstico de doenças”, explica.

O sistema teranóstico desenvolvido nos EUA por Valéria consiste em uma nanoparticula multicamada formada por um núcleo de Ouro, coberto por uma camada de Sílica, onde íons de Gadolínio (Gd) foram encapsulados e, novamente, recobertos por uma camada de Ouro. “Esse sistema apresenta uma elevada absorção na região do infravermelho próximo, o que é importante para aplicações em fototerapia, pois, nessa região, o laser consegue penetrar mais profundamente na pele”, elucida a pesquisadora. “Quando essas nanopartículas são irradiadas com o laser, elas absorvem essa energia, que é posteriormente dissipada na forma de calor, o que pode ser utilizado para eliminar seletivamente células tumorais”.

No IFSC, orientada pelo docente Valtencir Zucolotto, Valéria trabalhou na parte terapêutica do método, mas a grande surpresa deste estudo, nos EUA, esteve relacionada ao diagnóstico. “Uma das técnicas mais utilizadas no diagnóstico é a imagem por ressonância magnética. Quelantes de Gd são muito utilizados clinicamente para melhorar o contraste das imagens e, consequentemente, a precisão do diagnóstico. Porém, hoje já se sabe que o Gd pode ser tóxico ao organismo humano, e foi justamente por isso que tentamos encapsula-lo na camada de Sílica”, relembra.

Entretanto, o Gd só oferece um alto contraste ao entrar em contato com as moléculas de água presentes do organismo, o que não aconteceria de maneira eficiente no experimento de Valéria, uma vez que o elemento havia sido encapsulado entre camadas de Ouro. E foi aí que veio a surpresa do estudo, que rendeu a publicação de um artigo na notória revista Procedings of the National Academy of Sciences (PNAS): uma vez encapsulado, o Gd ofereceu um contraste muito maior do que o esperado. “O artigo do PNAS focou no entendimento sobre como o encapsulamento entre as camadas de Ouro pode ter influenciado nesse aumento de contraste do Gd. Foram realizados estudos experimentais e teóricos, variando inclusive a espessura das camadas, para tentar entender esse fato inesperado”, diz Valéria.

O estudo realizado por Valéria, bem como os resultados encontrados por ela e publicados na PNAS, abrem também novas possibilidades de estudos, no geral relacionadas ao entendimento sobre os nanomateriais multifuncionais e, mais especificamente, sobre o aumento de contraste em sistemas multicamadas. “Nossos alunos no GNaNo são motivados diariamente a buscarem avanços na Fronteira do Conhecimento, ou no estado-da-arte. O estágio de doutoramento no exterior da Valéria foi ótimo para consolidar esse conceito, além de consolidar sua formação como cientista. O sucesso de sua experiência no exterior contribui bastante para motivar outros alunos do grupo”, finaliza Zucolotto.

Figura: Representação esquemática da nanopartícula multicamada (Créditos: Valéria Marangoni)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de julho de 2017

Atualização da Produção Científica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC)

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em junho de 2017, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Accounts of Chemical Research.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

6 de julho de 2017

Pesquisadoras do IFSC/USP recebem prêmio internacional de excelência

No dia 12 de junho, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estiveram reunidos em Coimbra (Portugal) na Associação Internacional de Fotodinâmica (International Photodynamic Association, IPA). A razão do encontro em terras lusas foi para prestigiar as pesquisadoras Natália Mayumi Inada e Mariana Carreira Geralde, que, nesta data, receberiam dois dos dez prêmios de excelência entregues no IPA Awards.

Mariana, que é doutoranda no IFSC, realizou um estudo com o objetivo de desenvolver uma técnica de tratamento eficaz e acessível para pneumonia. “Como sabemos, por conta do uso indiscriminado de antibióticos e do aparecimento de micro-organismos resistentes, surgiu a necessidade de terapias alternativas, e a terapia fotodinâmica vem sendo muito utilizada para o tratamento de infecções gerais”, conta.

A pesquisadora propôs, então, um tratamento de infecções pulmonares através de terapia fotodinâmica, utilizando um composto fotossensibilizador, chamado “indocianina verde”, cuja ativação foi feita em conjunto com um equipamento de iluminação extracorpóreo no comprimento de 780 nm (infravermelho próximo). “Até o momento, foram realizados testes com camundongos para a validação da técnica e, nestes experimentos, tivemos resultados promissores, nos quais 80% dos animais tiveram eliminação total da bactéria dos pulmões”, comemora.

A pesquisa de Mariana é um dos exemplos que podem “justificar” o prêmio recebido por Natália, que consiste numa soma dos excelentes resultados atingidos por diversas pesquisas realizadas no Grupo de Óptica (GO-IFSC) na última década. “A evolução das pesquisas realizadas no Grupo desde 2008 envolvendo projetos clínicos, ou seja, o tratamento de pacientes, foi avaliada pelo comitê do IPA Awards, e envolve desde as pesquisas de tratamento ginecológico, como as de tratamento de lesões no colo do útero causadas pelo vírus HPV, que evoluíram para o tratamento de lesões pré-malignas no colo do útero, câncer de pele, onicomicose, até uma nova área de pesquisa no grupo, que é a melhoria dos protocolos clínicos através de nanoformulações”, explica. “Posso afirmar que temos aqui laboratórios de ponta para produzir tudo o que é necessário para as pesquisas, além de um forte financiamento, que nos permite avançar nesses resultados e estudos”.

Olhos internacionais no IFSC

Quem acompanha as pesquisas realizadas no IFSC e, mais especificamente, no Grupo de Óptica, rapidamente compreende- e endossa- o recebimento dos dois prêmios acima. Natália faz questão de destacar que todo material produzido para as pesquisas do GO é feito no Brasil, sendo que os equipamentos utilizados são produzidos no próprio IFSC. “Na premiação, muitos pesquisadores internacionais se surpreenderam com o fato de tudo ser feito no Brasil, e em um instituto de física. O IFSC hoje é visto como um Instituto no qual as pesquisas clínicas se destacam mundialmente! Esse prêmio é um reconhecimento para um trabalho de décadas de dedicação e que agora é reconhecido em um evento de grande importância na área”, afirma Natália.

Para ela, o prêmio serve como um incentivo ainda maior para que as pesquisas cheguem, de fato, até a sociedade. Natália conta que já houve participação de inúmeros pacientes nos testes clínicos, atendidos no sistema público e privado, inclusive em regiões remotas do Brasil e do mundo. “Temos um parceiro clínico no Equador, por exemplo, que atende pacientes carentes, na área do câncer de pele e de doenças causadas pelo HPV”, diz Natália.

E a pesquisa de Mariana caminha justamente nessa direção, somando a isso o caráter inovador. “A terapia fotodinâmica já é bastante utilizada para tratamento de câncer e de algumas infecções, porém ainda não havia sido descrito na literatura o uso da técnica para infecções pulmonares. Acredito que o prêmio foi dado justamente por esse aspecto inovador e inédito da pesquisa”, afirma a doutoranda, que já adianta que os testes clínicos devem começar em breve. “Já foi desenvolvido um equipamento com iluminação extracorpórea para humanos, e nos próximos meses faremos os testes de eficiência de luz”.

Mesmo com sucesso já garantido, Natália afirma que todos esses processos e produtos são revistos continuamente, e os trabalhos são agora voltados à melhora dos protocolos clínicos. Ela ainda enfatiza que a parceria de médicos e de outros agentes de saúde é essencial para os bons resultados. “Nosso maior desafio é que haja a promoção da saúde, principalmente no setor público. Esses parceiros clínicos acreditarem que somos capazes de avançar nas pesquisas e levar nossas técnicas para quem realmente precisa é essencial. Sem essa confiança em nós, nada disso seria possível. Temos hoje quatro grandes parceiros clínicos no Brasil, e um no México para o tratamento de neoplasias no colo do útero. Já para o tratamento do câncer de pele, contamos com aproximadamente 70 parceiros no País e cerca de 20 distribuídos na América Latina, Estados Unidos e Europa”.

Ela diz que os próximos passos caminham em direção à expansão do número de parceiros clínicos, especialmente na área da ginecologia, que hoje só conta com quatro parceiros (em São Carlos, Araraquara, São Paulo e Passo Fundo/RS). “Os números de infecções causadas pelo HPV são muito altos no país, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Esse prêmio é mais um incentivo para que levemos o tratamento até essas regiões”, diz.

De acordo com Natália, o tratamento das lesões do útero causadas pelo vírus HPV desenvolvido pelos pesquisadores do GO é rápido, indolor e preventivo. Ampliando o tratamento para outras regiões do país, ela ambiciona reduzir o número de casos da doença no Brasil. Em Araraquara, 75% das pacientes tratadas com apenas uma sessão de Terapia Fotodinâmica estão há 2 anos sem nenhuma  lesão no colo do útero . Com um número tão elevado de casos de sucesso não é de se espantar que tenha aumentado o número de troféus para os pesquisadores do IFSC.

A pesquisa descrita nesta matéria de divulgação pode se encontrar em fase inicial de desenvolvimento. A eventualidade de sua aplicação para uso humano, animal, agrícola ou correlatos deverá ser previamente avaliada e receber aprovação oficial dos órgãos federais e estaduais competentes. As informações contidas na reportagem são de inteira responsabilidade do pesquisador responsável pelo estudo, que foram devidamente conferidas pelo mesmo, após editadas por jornalista responsável devidamente identificado, não implicando, por isso, em responsabilidade da instituição.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

5 de julho de 2017

Reitor da USP defende recursos federais para as universidades estaduais

Em entrevista concedida ao portal de notícias G1, o reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, afirmou ser a favor da contemplação das universidades estaduais com recursos federais.

Na reportagem, além de falar sobre as recém aprovadas cotas raciais na USP, o reitor também falou sobre o aumento da inclusão social na universidade e sobre o crescente problema relacionado a esse fato. “Neste ano, por exemplo, nós já tivemos que fazer uma manobra, que foi transferir algumas bolsas que nós tínhamos, que eram bolsas de natureza acadêmica, para cobrir a necessidade de auxílio-moradia”, relatou o reitor.

Para ler a reportagem na íntegra, clique aqui.

 

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

5 de julho de 2017

Conselho Universitário da USP aprova curso de Medicina em Bauru

Nesta terça-feira, 4 de julho, o Conselho Universitário (Co) da USP aprovou a criação de um novo curso de Medicina. Ele será vinculado à Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP e oferecerá 60 vagas no vestibular 2018, sendo 42 vagas via Fuvest e 18 pelo Sisu.

Durante a reunião, o reitor Marco Antonio Zago assumiu o compromisso com os conselheiros de que o curso será implantado concomitante à formalização de convênio com Secretaria de Estado da Saúde, que assumiria o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC), mais conhecido como Centrinho, a partir de 2018. A USP ficaria apenas com a gestão acadêmica do hospital. A cessão deverá ser formalizada por meio de um convênio.

Vinculado à FOB, o Centrinho é especializado na reabilitação de pessoas com fissuras labiopalatinas, anomalias congênitas do crânio e da face, síndromes associadas a essas malformações e distúrbios da audição. Ele atende exclusivamente a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e é referência mundial na área.

De acordo com diretora da FOB e do Centrinho, Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado, o hospital será utilizado para o ensino e pesquisa dos estudantes do novo curso de Medicina, assim como ocorre, atualmente, com alunos dos cursos de Fonoaudiologia e Odontologia da USP em Bauru.

O Centrinho é formado por duas unidades. A primeira concentra os 91 leitos e 200 consultórios. A unidade II é um prédio de 11 andares, com uma área total de aproximadamente 22 mil metros quadrados e está sendo utilizado apenas parcialmente – apenas o térreo e mais três andares estão ocupados.

Com a parceria, a Universidade deixaria de gastar mais de R$ 2 milhões com a manutenção do hospital, segundo dado apresentado por Maria Aparecida. Caso a secretaria responda pelo espaço, Bauru ganharia 220 novos leitos que poderiam ser instalados na unidade II. Hoje, o Centrinho tem 69 mil pacientes ativos.

Novo curso de Medicina

De acordo com o pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes, o curso é para atender a uma grande demanda pelos cursos de Medicina da Universidade. Atualmente, os cursos de São Paulo e Ribeirão Preto somam 350 vagas e são as duas carreiras mais concorridas da Fuvest.

A proposta é aumentar gradativamente o número de vagas no curso oferecido em Bauru, com 80 vagas em 2020 e 100 vagas a partir de 2021.

“Esse curso será apoiado em metodologias ativas, ou seja, um projeto pedagógico centrado no estudante e com o professor como facilitador e mediador do processo de aprendizagem”, disse Hernandes.

Texto: Jornal da USP

5 de julho de 2017

USP terá reserva de vagas para alunos de escolas públicas e PPIs

Este ano, todas as 42 Unidades de Ensino e Pesquisa da USP disponibilizaram vagas para o Sisu, das quais três aderiram ao sistema pela primeira vez: a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), a Faculdade de Medicina (FM) e o Instituto de Física (IF). Nos links a seguir estão publicadas as tabelas com a distribuição das vagas por área – Humanas, Exatas e Biológicas.

Os bônus do Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp) continuarão a ser oferecidos a alunos oriundos de escolas públicas que se inscreverem na Fuvest. Os bônus do Inclusp podem chegar a 25%, conforme o grupo no qual o candidato se inserir, que incidem sobre a nota da primeira fase e a nota final do Vestibular.

Novo curso de Medicina

Outra deliberação do Conselho foi a criação do curso de Medicina no campus da USP em Bauru. O curso, que será oferecido pela Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) já a partir do próximo Vestibular, terá duração de seis anos e oferecerá 60 vagas em período integral. Dessas, 42 vagas serão reservadas para a Fuvest e 12 para a seleção via Sisu, na modalidade destinada a estudantes que tenham cursado o ensino médio integralmente em escolas públicas.

Este será o terceiro curso de Medicina da USP, que já é ministrado nos campi de São Paulo e de Ribeirão Preto e, tradicionalmente, se configura como uma das carreiras mais concorridas no vestibular.

Com a criação do novo curso, a USP deverá ceder o prédio do Hospital de Anomalias Craniofaciais (HRAC), conhecido como Centrinho, à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, cabendo à Universidade a gestão acadêmica do Hospital. A cessão deverá ser formalizada por meio de um convênio. O prédio, cuja construção foi concluída em 2012, tem 11 andares e área total de 22 mil metros quadrados. Atualmente, as atividades do HRAC ocupam três pavimentos, com custeio anual à Universidade de mais de R$ 19 milhões.

“Vamos manter as características reconhecidamente de excelência do Centrinho e, ao mesmo tempo, expandir o escopo de atuação do Hospital e de formação de novos profissionais. Hoje, a USP não dispõe de recursos para manter ou ampliar a infraestrutura e o quadro de pessoal do Hospital”, considerou o reitor.

Número de vagas ampliado

O órgão máximo da Universidade aprovou a ampliação do número de vagas em dois cursos já existentes: o Bacharelado em Sistemas de Informação, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), que passou de 40 para 50 vagas; e o Bacharelado em Biblioteconomia, oferecido pela Escola de Comunicações e Artes (ECA), que passou de 15 para 20 vagas.

Com o novo curso e a ampliação de vagas, a USP oferecerá, em 2018, o total de 11.147 vagas – 75 a mais do que o ano passado.

Também foi aprovada a criação do curso de Bacharelado em Biotecnologia, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), que substituirá o curso de Licenciatura de Ciências da Natureza, que era ministrado no período matutino. O novo curso abarcará as 60 vagas oferecidas pela Licenciatura e será oferecido no período diurno.

A partir do próximo vestibular, o Bacharelado em Música com habilitação em Instrumento de Sopro, oferecido pela ECA, passará a oferecer a ênfase em Clarone, em soma às outras oito ênfases já oferecidas (Clarinete, Fagote, Flauta, Oboé, Trombone, Trompa, Trompete e Tuba).

Texto: Assessoria de Comunicação da Reitoria da USP

3 de julho de 2017

Programa Pró-Aluno da EESC seleciona alunos para monitoria

O Programa Pró-Aluno da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) recebe, até o dia 7 de julho, inscrições para o processo seletivo de bolsas de monitoria. Podem se candidatar estudantes de graduação de todos os cursos da USP, regularmente matriculados e que tenham completado o primeiro semestre do curso.

O Programa Pró-Aluno tem por objetivo fornecer recursos básicos de informática aos alunos de graduação para uso exclusivo em suas atividades acadêmicas, e os monitores devem dar apoio ao encarregado local pelo funcionamento e operação da sala.

A monitoria terá a duração de 12 meses, de 1º de agosto de 2017 a 31 de julho de 2018, com bolsa mensal no valor de R$ 400,00 e dedicação de 10 horas semanais, em turnos a serem combinados.

Os interessados em se candidatar devem preencher a ficha disponível clicando aqui e entregá-la pessoalmente, das 8 às 22 horas, na sala Pró-Aluno EESC, localizada no prédio Anexo da Seção Técnica de Informática (SCINFOR), situado na área 1 do campus da USP em São Carlos.

É vedado ao monitor desenvolver as atividades de monitoria em mais de uma unidade. Além disso, o aluno não poderá acumular outra bolsa ou estágio da USP, exceção feita a apoios da Superintendência de Assistência Social (SAS).

O edital e outros detalhes podem ser consultados neste link.

[+] informação

Pró-Aluno EESC
Tel.: (16) 3373-9268
E-mail: proaluno@eesc.usp.br

Texto: assessoria de comunicação- EESC/USP

30 de junho de 2017

A ciência que ELAS fazem

Não é novidade dizer que mulheres não recebem os mesmos holofotes que homens por suas conquistas científicas- mesmo que a história não seja pródiga em trazer inúmeros exemplos de pesquisadoras que desenvolveram estudos que são, hoje, referência no mundo acadêmico (e fora dele).

Felizmente, iniciativas que exaltem as conquistas científicas feitas por mulheres têm, cada dia mais, ganho espaço, e uma delas foi lançada recentemente pelas alunas, Jacqueline Garutti Lopes (IFSC/USP) e Juliana Gimenez (ICMC/USP), coordenadas por Thaís Jordão, docente do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), com o ciclo mensal de seminários “Ciência que elas fazem”.

A ideia começou a ganhar corpo após a exposição “Elas: expressões de matemáticas brasileiras”, realizada no ICMC em março deste ano, em comemoração ao dia das mulheres. “Foi a partir dessa exposição que começamos a refletir sobre o fato de que o trabalho de mulheres na ciência é pouco divulgado, não só nos dias de hoje, mas historicamente. Nossa ideia inicial era fazer esse tipo de divulgação nas escolas, trazendo informações sobre as mulheres na ciência, e estimulando alunas do ensino médio a seguir essas carreiras”, relembra Juliana.

A partir de então, Juliana e Jaqueline conversaram com Thaís, e a ideia ganhou um novo formato, resultando no “Ciência que elas fazem”, no qual alunas, docentes e pesquisadoras da USP São Carlos e de outras universidades e instituições de pesquisa têm a oportunidade de mostrar seus trabalhos ou, simplesmente, falar sobre as pesquisas de outras mulheres, de maneira simples e descomplicada, permitindo que todos compreendam e tenham conhecimento destes trabalhos, mesmo que não estejam relacionados às suas áreas de pesquisa. “Gostaríamos que, de alguma forma, esse seminário auxilie na permanência de mulheres nos cursos oferecidos na USP São Carlos, mas queremos também que isso estimule as mulheres, em geral, a ingressar em carreiras científicas”, afirma Jacqueline.

O “Ciência que elas fazem” ocorre na última ou penúltima quarta-feira de cada mês, às 13 horas, no auditório do ICMC “Fernão Stela”. O seminário é aberto ao público e todos estão convidados a participar- como espectadores e palestrantes.

Para mais informações sobre a programação ou sobre o “Ciência que elas fazem”, acesse https://thsjordao.wixsite.com/elascientistas