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14 de março de 2017

14 de março: Comemoração do nascimento de Albert Einstein

Comemora-se hoje, dia 14 de março, o nascimento de Albert Einstein, ocorrido no ano de 1879, na cidade de Ulm – atual Baden Württemberg, na Alemanha.

Esta breve nota não verterá sobre seus trabalhos, tendo como objetivo, tão só, recordar a data. Seus pais, judeus, foram Hermann Einstein – um vendedor e engenheiro – e Pauline Einstein. Em 1880 a família mudou-se para Munique, onde seu pai e tio cienciafundaram a Elektrotechnische Fabrik J. Einstein & Cie, empresa que fabricava equipamentos elétricos acionados por corrente contínua. Um ano mais tarde, nasceria sua irmã, Maria “Maja” Einstein.

Com cinco anos de idade, Einstein estudou em uma escola primária católica durante três anos, tendo sido transferido, após esse período, para o Ginásio Luitpold, hoje conhecido como Ginásio Albert Einstein, onde recebeu educação escolar primária e secundária, até deixar a Alemanha sete anos depois. Segundo se sabe, terá sido seu tio Jacob – engenheiro – e Max Talmey – um jovem estudante pobre de medicina – os responsáveis pela grande curiosidade de Einstein por tudo o que o rodeava.

Em 1894, a empresa de seu pai faliu. Em busca de negócios, a família de Einstein mudou-se para Itália, primeiro para Milão e, alguns meses mais tarde, para Pavia. Quando a família se mudou para a cidade italiana, Einstein ficou em Munique para terminar seus estudos no Ginásio Luitpold. No final do ano de 1894, Einstein viajou para Itália para se juntar à família, na cidade de Pavia, e foi durante seu tempo nesse país que escreveu um pequeno ensaio com o título Sobre a Investigação do Estado do Éter num Campo Magnético. A partir desse momento, a história de Albert Einstein é aquela que todos conhecemos.

No verão de 1950, os médicos descobriram um aneurisma na aorta abdominal de Einstein, tendo o físico declinado que fosse feito qualquer procedimento cirúrgico. Encarando com serenidade a gravidade de sua doença, Einstein teve tempo para redigir seu testamento, deixando todos os seus manuscritos para a Universidade Hebraica de Jerusalém, a escola que ajudou a fundar em Israel. Einstein também organizou seus assuntos funerários, já que insistia em que se fizesse uma cerimônia simples e sem lápide, já que escolheu não ser enterrado, tendo optado pela cremação.

Albert Einstein morreu no dia 18 de abril de 1955, no Hospital de Princeton (EUA), com 76 anos de idade.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de março de 2017

IFSC/USP encerra comemorações com concerto

O IFSC/USP encerrou com um concerto as comemorações do Dia Internacional da Mulher, efeméride que congregou diversas atividades promovidas e organizadas pela Unidade no último dia 08 de março. Desta forma, pelas 20 horas desse dia, o Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” recebeu Fátima Graça Monteiro Corvisier (piano) e Maria Yuka de Almeida Prado (soprano), sob a direção musical de Silvia Berg, todas elas docentes do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP.

O programa deste concerto foi constituído por obras de Eunice Katunda, Silvia Berg, Clara Schumann, Sofia de oliveira, Sofia Helena, Chiquinha Gonzaga e Babi de Oliveira.

A história do Dia Internacional das Mulheres atravessa o movimento das mulheres operárias norte-americanas, que comemoravam em diversos estado o Woman’s Day desde 1908, tanto pelo esforço do movimento de mulheres socialistas para internacionalizar a data, em 1910, como por diversos acontecimentos que marcaram a história da luta das mulheres em diferentes partes do mundo.

O incêndio da Triangle Company marcou de forma indelével o mês de março como um momento de se interrogar o passado para retomar o presente de forma crítica. Interrogar não apenas a história das mulheres operárias do início do Século XX, mas de todas as mulheres mesmo antes desse período. No incêndio morreram 146 trabalhadores, dos quais 17 eram homens e 129 eram mulheres e meninas – 90 delas se jogaram pelas janelas do prédio. A maioria das jovens era imigrante e tinha entre 16 e 24 anos, trabalhando em condições desumanas. Seus salários equivaliam a um terço do que era recebido pelos homens, enfrentavam jornadas de trabalho extenuantes e não tinham condições mínimas de segurança.

Entre 1911 e 1914, o Dia Internacional das Mulheres foi comemorado em datas diferentes do mês de março. Apenas em 8 de março de 1917, com a deflagração da greve das tecelãs de São Petersburgo, que impulsionou a Revolução Russa, esta data foi consagrada como o Dia Internacional das Mulheres (Daniela Lima).

Para acessar o concerto, clique na figura abaixo

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(captação de imagens – Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de março de 2017

“Aqui Não”

Produzido e realizado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI/USP), o vídeo Aqui Não é um instrumento fundamental para que cessem, de uma vez, todo o ambiente e práticas que, de forma encoberta, disfarçada, continuam a ameaçar e vitimar as mulheres dentro e fora da USP, nomeadamente, descriminando-as, ofendendo-as, assediando-as e mesmo estuprando-as, numa sociedade que mantem incólume seu poder patriarcal e machista, principalmente dentro da Academia, que deveria ser um espaço exemplar nesse sentido.

Este vídeo apresenta diversos depoimentos de alunas da USP, bem como importantes declarações do Diretor e da Vice-Diretora da POLI, – Profs. Drs. José Roberto C. Piqueira e Liedi Bernucci – e ainda da Coordenadora USPMULHERS/ONU, Profª Drª Eva Alterman Blay.

Para assistir ao vídeo, clique na imagem abaixo.

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de março de 2017

Lançamento da Rede Paulista de Astronomia

Astrônomos de diferentes instituições de ensino e pesquisa de São Paulo estarão reunidos no próximo dia 16 de março, na sede da FAPESP, para o lançamento da São Paulo Astronomy Network (SPAnet) (Rede Paulista de Astronomia), voltada a promover o intercâmbio de informações entre diferentes pesquisadores, instituições e projetos de pesquisa.

Primeira do gênero no Brasil, a SPAnet será apresentada à comunidade científica com o objetivo de discutir, entre os pesquisadores, a criação de uma estrutura de gestão para a rede que possibilite a integração da pesquisa e da infraestrutura existentes, visando ao fortalecimento da astronomia feita no Estado de São Paulo.

O workshop também servirá para identificar ações imediatas que contribuam para aumentar a visibilidade nacional e internacional da pesquisa paulista em astronomia, além de discutir maneiras de promover a educação científica na área e trazer contribuições científico-tecnológicas e econômicas para a sociedade.

Na abertura do evento, Laerte Sodré, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP), fará um balanço da pesquisa astronômica paulista e apresentará os objetivos da SPAnet.

A rede terá como diferencial o acesso a uma infraestrutura em astronomia que poucos países têm, uma ideia que surgiu da necessidade de se organizar esforços isolados para a construção de uma infraestrutura para pesquisas na área. São Paulo mantém parcerias com  telescópios de grande porte no Chile e Hawaii, com participação de pesquisadores no Giant Magellan Telescope (GMT), no projeto de radioastronomia Large Latin-America Millimeter Array (LLAMA), em colaboração com a Argentina, e no projeto de altas energias ASTRI Mini-Array.

Laerte Sodré ressalta as colaborações internacionais nesses projetos, cujos objetivos envolvem temas na fronteira da ciência contemporânea. Segundo ele, dada a complexidade dos projetos, nenhuma iniciativa isolada teria mais sucesso do que a junção das expertises de diferentes instituições. “De fato, se aproveitarmos as oportunidades em projetos de ponta, teremos chance de fazer uma verdadeira revolução na nossa astronomia”, afirma, explicando que a maximização do uso de recursos ajudará a conseguir resultados de impacto, de alta visibilidade nacional e internacional. Uma parte importante desses projetos é o desenvolvimento de instrumentação científica. Assim vai-se procurar promover atividades que impulsionem também a instrumentação astronômica. Para a formação da SPAnet, foram contatadas cerca de 10 instituições, com mais de 130 pessoas.

Rede em discussão

Durante o workshop, quatro mesas-redondas vão promover a discussão sobre diferentes aspectos da pesquisa astronômica em São Paulo, duas na parte da manhã e outras duas à tarde.

Na primeira delas serão debatidas estratégias para aumentar a visibilidade da ciência, com Lucimara Pires Martins, do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Oli Dors Jr., do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), Odylio Aguiar, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), João Steiner e Beatriz Barbuy, ambos do IAG/USP.

Na segunda, voltada à promoção da instrumentação e da participação industrial, o grupo será composto por Vitor de Souza, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Bruno Castilho, do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), Claudia Vilega Rodrigues, do Inpe, Danilo Zanella e Elisabete Dal Pino, ambos do IAG/USP, e José Octávio Armani Paschoal, do GMT Brazil.

Na parte da tarde, serão debatidas ações para melhorar a educação e a difusão científica, em mesa composta por Augusto Damineli, do IAG/USP, André Milone, do Inpe, Rodolfo Langhi, da Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp/Bauru), e Gustavo Rojas, do Núcleo de Formação de Professores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Na última mesa-redonda, Othon Winter, da Unesp de Guaratinguetá, João Braga, do Inpe, Gustavo Lanfranchi, do Núcleo de Astrofísica Teórica da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Roberto Costa, do IAG/USP, e Adriana Valio, do Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, vão discutir as formas de gestão propostas para a SPAnet.

No encerramento do workshop, Laerte Sodré vai apresentar a estrutura de um documento e coordenar a escolha dos relatores para a elaboração do Plano para a Astronomia de São Paulo, com discussões sobre estratégias e ações que ajudem a ampliar e dar sustentação à SPAnet.

A Rede Paulista de Astronomia foi inspirada em iniciativas similares bem-sucedidas, como o South American Institute for Fundamental Research (SAIFR), sediado no Instituto de Física Teórica (IFT) da Unesp, e na Netherlands Research School for Astronomy (NOVA), que congrega as principais instituições de pesquisa em astronomia da Holanda, considerada uma das mais sofisticadas do mundo, sendo uma oportunidade estratégica para o desenvolvimento da astronomia em São Paulo em termos científicos, tecnológicos e educacionais.

Para conferir a programação completa do evento, clique AQUI.

Para se inscrever gratuitamente, clique AQUI.

(Com informações da FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de março de 2017

O Dia Internacional da Mulher

Na última quarta-feira, foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, e a data não passou em branco no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Pelo contrário! O dia foi comemorado trazendo importantes pesquisadoras, de áreas distintas do conhecimento, ocupando diferentes funções, porém fortemente engajadas em assuntos relacionados à mulher e, sobretudo, à participação, muitas vezes ínfima, desse gênero na ciência e nas artes.

O auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” foi a sede para a comemoração dessa especial data onde, já no período matutino, precisamente às 9h30, três docentes e uma doutoranda do IFSC compuseram a mesa redonda “Mulheres na Ciência: conquistas, desafios e perspectivas”.

Organizada pela docente do IFSC, Manuela Vecchi, o evento contou com a participação do diretor do IFSC/USP, Tito José Bonagamba, que em seu discurso de abertura reforçou a importância das mulheres e sua atuação em diversas vertentes, inclusive na científica, mas também mencionando a importância de todas as mulheres que fazem parte do quadro do Instituto, inclusive funcionárias e alunas, e até mesmo a esposa de alguns docentes que, de acordo com o diretor, também desempenharam importante papel para o crescimento e evolução do IFSC.

A primeira a se apresentar na mesa redonda foi a docente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e presidente do Comitê de Gênero da Sociedade Brasileira de Física (SBF), Débora Peres Menezes, que trouxe números importantes, e preocupantes, a respeito da participação feminina na ciência. Alguns dos exemplos foram relacionados à baixa premiação de mulheres em Olimpíadas Brasileiras de Física, à baixa porcentagem de mulheres que recebem bolsas de produtividade de pesquisa e o número inexpressivo de mulheres ocupando cadeiras na Academia Brasileira de Ciências (10,5%) e na própria SBF (27%). Para mudar o quadro, a docente aconselhou que é necessário admitir o fato de que essa triste realidade existe, e defende destacar as referências profissionais femininas, ao mesmo tempo estimulando os casos de sucesso.

Logo depois de Débora, foi a vez de Vivian França, docente do Instituto de Química da Unesp, apresentar algumas ações que podem trazer uma evolução ao quadro de participação das mulheres na ciência, citando vários iniciativas que contemplam exclusivamente o sexo feminino, como a “Meninas na Ciência”, promovida pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a “Tem menina no circuito”, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o “Mulheres na Ciência”, promovido pela Unesp e o site “Ciência e Mulher”, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), além de mencionar diversos prêmios e bolsas de estudos voltadas às mulheres.

Yvonne Primeirano Mascarenhas, docente aposentada do IFSC, trouxe sua contribuição com discussões a respeito do papel cultural “incorporado” à mulher de gestora do lar, impedindo o desenvolvimento de lideranças femininas, inclusive na ciência. Mostrando alguns exemplos bem-sucedidos de mulheres na ciência, Yvonne comprovou o que já é sabido por muitos: que as mulheres são capazes, tanto quanto os homens, de liderar e se destacar no mundo científico.

Encerrando as apresentações, a doutoranda do IFSC, Krissia Zawadzky falou sobre o crescimento e empoderamento das mulheres na ciência, sobre os preconceitos de gênero na área de exatas e citou alguns exemplos femininos na academia. A pesquisadora destacou o preconceito inconsciente de muitas pessoas em relação a mulheres que optam por carreiras de física e engenharia, e afirmou que para combatê-lo é preciso entendê-lo e reconhecê-lo, posteriormente trabalhando para exterminá-lo. Krissia também citou alguns dos coletivos femininos existentes no campus da USP, como o “Coletivo de Mulheres Cláudia Elizabeth Munte” e o coletivo de mulheres “CAASO/UFSCar”, além de outros existentes no Brasil e o no mundo.

Logo após a apresentação, foi aberta a discussão que teve a participação ativa dos presentes (professores e alunos, inclusive do sexo masculino), durante a qual o diretor destacou a campanha de conscientização “Isso tem que parar”, promovida pelo Escritório USP Mulheres, que tem entre seus objetivos estimular denúncias de abusos contra as mulheres na Universidade.

A mesa redonda foi finalizada com uma homenagem à professora Yvonne Mascarenhas, que na mesma semana recebeu o prêmio “Distinguished Women in Chemistry or Chemical Engineering Awards” da International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC), um dos mais relevantes prêmios mundiais científicos.

Ainda no dia 8 de março, no período noturno, foi realizado um concerto que, novamente, teve as mulheres como destaque, mas dessa vez na música. Sílvia Berg, docente da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP), dirigiu o concerto no qual foram executadas peças de diversas compositoras, como Eunice Catunda, Clara Schumann, Sofia de Oliveira e Sofia Helena, Chiquinha Gonzaga, Babi de Oliveira e da própria Sílvia Berg. O concerto mesclou a apresentação e contextualização histórica de cada uma das compositoras, seguido pela execução de algumas de suas obras, dando um tom interativo ao evento, que contou com a presença do público interno e externo à USP. Além da direção musical de Sílvia Berg, o concerto contou com a participação das docentes da FFCLRP, Maria Yuka de Almeida Prado (soprano) e Fátima Corvisier (teclado), finalizando com graça e beleza a comemoração do dia internacional das mulheres no IFSC.

Confira abaixo algumas imagens do Dia Internacional da Mulher no IFSC/USP:

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Imagens:

1- Manuela Vecchi

2- Tito Bonagamba

3-Vivian França e Yvonne Mascarenhas

4- Krissia Zawadzky e Debora Peres Menezes

5- Debora Peres Menezes

6- Vivian França

7- Yvonne Mascarenhas

8- Krissia Zawadzky

9- Homenagem à Yvonne Mascarenhas

10- Fátima Corvisier (teclado) e Maria Yuka de Almeida

11- Silvia Berg

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

10 de março de 2017

Alunos ingressantes assistem ao Show da Física

Os calouros do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) assistiram ao Show da Física, que se realizou na Sala do Conhecimento (IFSC/USP), em 10 de março, no âmbito da XIX Semana de Recepção aos Calouros da USP – 2017.

Geralmente apresentado através do programa Universitário Por Um Dia (1Dia), que traz alunos do ensino médio para conhecerem a Unidade e o campus USP São Carlos, o tradicional Show da Física consiste em apresentar – de modo descontraído – experimentos que permitem entender conceitos de mecânica, ondas, termodinâmica, eletromagnetismo e óptica.

Abaixo, confira algumas imagens do evento:

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de março de 2017

The molecular architecture of plant cell walls

Decorreu em 10 de março, no Anfiteatro “Professor Horácio C. Panepucci” (Anfiteatro Azul) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o seminário especial intitulado The molecular PAUL_DUPREE_250architecture of plant cell walls, que foi apresentado pelo docente e pesquisador do Departamento de Bioquímica da Universidade de Cambridge (Inglaterra), Paul Dupree.

Seus estudos envolvendo modificação genética em plantas têm sido importantes para as áreas de bioenergia, fabricação de papel e uso de madeira em construção civil. Em 2015, a Thomson Reuters o destacou como um dos pesquisadores mais citados nas áreas de ciências vegetal e animal.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de março de 2017

Uma astrofísica italiana no Brasil

Quando decidiu lecionar no Brasil, a italiana Manuela Vecchi tinha um propósito: realizar o seu sonho de ser pesquisadora, já que na Itália há poucas oportunidades de trabalho na pesquisa. Depois de estudar incansavelmente para conquistar a vaga de docente no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Manuela veio para o país tropical e já se sente em casa.

Semana_Internacional_da_Mulher_2017-_Manuela_VecchiA escolha pela pesquisa na área de cosmologia e astrofísica veio no final da graduação. “Foi nesse momento que eu precisava escolher um orientador para a pós-graduação. Mas foi desde meu segundo ano de graduação que comecei a me interessar pelas coisas ‘infinitamente pequenas’, e foi quando optei pela física de partículas, em particular na área de detecção de neutrinos astrofísicos”, relembra.

Assim como no Brasil, na Itália, a pesquisa na área de física atrai mais o público masculino. “Na Itália, nunca tive a impressão de ser um ‘peixe fora d´água’ na sala de aula, mas aqui no IFSC vejo que o número de alunas é baixo. Já cheguei a dar aulas para turmas de 30 pessoas, com somente duas meninas”.

No que diz respeito à valorização da mulher na ciência, a visão de Manuela é positiva, e ela cita alguns exemplos para comprovar esse fato, como a nomeação da italiana Fabiola Gianotti para liderar o Conselho Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), a escolha de Olga Botner como porta-voz da colaboração internacional IceCube, e a escolha de Gabriela González como porta voz da colaboração internacional VIRGO-LIGO, que fez a primeira detecção direta de ondas gravitacionais, com grandes chances de angariar o Nobel de Física este ano.

Mesmo tendo uma visão positiva a respeito da valorização e reconhecimento das mulheres na ciência, Manuela faz algumas ressalvas. A docente diz que ainda é preciso mais estímulo para que as mulheres “se aventurem” nessas áreas de estudos e, inclusive, na própria área acadêmica. Para Manuela, é imprescindível que as mulheres tenham em mente que a ciência é para todos os gêneros, e que tanto homens quanto mulheres têm capacidade para isso. “É muito importante, também, a inclusão das mulheres no mundo acadêmico, pois há ainda uma resistência velada nesse sentido. A evasão de mulheres nesse tipo de carreira é muito alta, e isso precisa ser analisado mais atentamente, não somente no IFSC ou no Brasil, mas em nível mundial”, diz.

Mas ela destaca que os avanços já são visíveis e substanciais, felizmente. “As coisas estão mudando, e temos muitos exemplos, inclusive em minha área, de que as mulheres estão se destacando”, diz a docente, que é a prova viva de que as mulheres podem, de fato, se destacar na ciência.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

9 de março de 2017

Novos alunos participam de encontros no IFSC

No dia 07 de março, os calouros do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estiveram no Anfiteatro Verde da Unidade, onde conversaram com o presidente da Comissão de Graduação do IFSC, Prof. Dr. Luis Gustavo Marcassa, o coordenador da Comissão de Acompanhamento do Desenvolvimento Acadêmico dos Alunos de Graduação (CAD), Prof. Dr. Leonardo Paulo Maia (IFSC/USP), e as Profas. Dras. Cibelle Celestino Silva (IFSC/USP) e Ana Paula Ulian de Araujo (IFSC/USP). Inserida na programação da XIX Semana de Recepção aos Calouros da USP – 2017, a conversa teve como finalidade esclarecer dúvidas dos ingressantes e enfatizar os desafios que a graduação apresentará, ao exigir demasiada dedicação dos jovens.

Embora alguns ingressantes sejam oriundos de São Carlos, muitos vêm de outras regiões para se graduar, tendo que aprender a lidar com a saudade da família e dos amigos. Foi nesse sentido que os docentes recordaram suas experiências como graduandos e falaram sobre a necessidade de estabelecer amizade com outros calouros e veteranos, e de receber apoio dos professores – esta iniciativa tem sido estimulada através da CAD, uma comissão que tem como intuito aproximar o corpo docente do discente, de modo que os estudantes se sintam encorajados a conversarem com os professores sobre o desenvolvimento acadêmico; e a importância de conhecer os próprios limites e manter – ou criar – alguns hábitos, como a prática de atividades físicas ou hobbies.

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Prof. Luis Marcassa

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Prof. Leonardo Maia

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Profa. Cibelle Celestino

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Profa. Ana Paula

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Os desafios da graduação, enfatizados pelos docentes do IFSC/USP, foram destaques importantes para os calouros Caio Capetti (17 anos), de Ribeirão Preto (SP), Késsia Barçal (18 anos), de Limeira (SP), e Nicole Humphreys (17 anos), de Santa Isabel (SP). “Eles nos mostraram que essa nova etapa é completamente diferente de todas as outras que já enfrentamos”, disse Caio, que ingressou no curso de Ciências Físicas e Biomoleculares, em razão de seu interesse pelas ciências da natureza.

Durante o encontro, Késsia se surpreendeu com o contato bastante próximo que houve entre os alunos e os docentes. Isso porque, nos ensinos fundamental e médio, seus professores não interagiam desse modo com os alunos. A conversa também foi uma surpresa para Nicole, mas por outro motivo: como estudou em uma escola onde o número de alunos não era tão grande, a jovem interagia bastante com seus educadores, e acreditava que na universidade a realidade seria diferente. “Acho que os professores do Instituto são atenciosos. Essa conversa serviu para que possamos ter mais foco ao longo do curso”, comentou ela, que se matriculou no curso de Física.

No dia anterior, eles participaram de uma outra conversa que aconteceu no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), com o Diretor da Unidade, Prof. Dr. Tito José Bonagamba, que discorreu sobre o Instituto, seus egressos, o mercado de trabalho, e a Universidade de São Paulo.

Ao ouvirem que ex-alunos do IFSC ocupam cargos não só na academia, mas também no setor produtivo, os três estudantes ficaram ainda mais animados para iniciarem seus cursos. Késsia, por exemplo, não tinha noção das diversas possibilidades profissionais que existem para os físicos. “Esse fato fez eu gostar ainda mais de física!”, afirmou a jovem que, assim como Caio, ingressou no curso de Ciências Físicas e Biomoleculares.

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Caio, Késsia e Nicole

Já no dia 08, os novos alunos dos cursos de Física, Física Computacional e Ciências Físicas e Biomoleculares se reuniram com os coordenadores de seus bacharelados. Os eventos ocorreram simultaneamente – e respectivamente – na Sala 210, Sala de Defesas e Sala Celeste, tendo oferecido aos calouros uma oportunidade para que conhecessem os pormenores dos cursos que escolheram.

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Prof. José Schneider

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Física Computacional

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Profa. Tereza Mendes

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Ciências Físicas e Biomoleculares

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Profa. Ana Paula e alunos

Aliás, no dia 09, realizou-se no Anfiteatro Verde um encontro entre os  ingressantes e a representante do Programa USP Recicla do campus USP São Carlos, Maria Cecília Tavares Cavalheiro, que por sua vez dissertou sobre o projeto em questão.

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Maria Cecília

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de março de 2017

Seminário especial: “The molecular architecture of plant cell walls”

Seminarios-_logo_genericoPaul Dupree is Professor of Plant Biochemistry in the Department of Biochemistry, University of Cambridge, UK. He studies how plants synthesise polysaccharides, and has developed genetic modification of plants to understand polysaccharide functions and interactions. The research has impact in the fields of bioenergy, paper manufacture and the use of timber in building construction. He has productive collaborations in the University of São Paulo/Sao Carlos and Campinas. He was named in 2015 as one of the world’s most highly cited researchers in Plant and Animal science by Thomson Reuters.

9 de março de 2017

As jovens mulheres na ciência

Começar uma carreira científica nem sempre é uma tarefa fácil- tanto para homens, quanto para mulheres. Mas uma boa dose de garra e disposição é determinante para que uma carreira científica seja bem-sucedida, e essa dobradinha precisa estar presente desde o princípio na vida de jovens pesquisadoras- especialmente àquelas que se dedicam a área de exatas. E uma boa inspiração nesse sentido são as doutorandas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Mariane Andreeta e Ilaiáli Souza Leite.

Mariane, filha e irmã de físicos, desde sempre se encantou com a área, e afirma ter sido fortemente influenciada pela família na escolha de sua carreira científica. Com Ilaiáli não foi muito diferente, mas a influência pela escolha da área de pesquisa não foi responsabilidade somente de sua mãe, que é química. “Tive excelentes professores de física no colegial, o que acabou me influenciando a estudar nessa área. Minha escola era muito boa, pois eu tinha aulas pela manhã e, no período da tarde, tópicos avançados, e podíamos escolher as disciplinas que queríamos nos aperfeiçoar”, relembra a pesquisadora.

Semana_da_Mulher_2017-_Ila_e_MariEmbora tenham optado por uma área de pesquisa dominada pelo mundo masculino, felizmente nenhuma das estudantes ouviu aquela desconfortável frase “isso é coisa pra homem!”. Muito pelo contrário! Ambas tiveram grande incentivo da família para seguirem as carreiras que tivessem maior afinidade e paixão, sejam elas quais fossem. “Mas, realmente, durante meu colegial, sempre foram os meninos que escolheram cursos nas áreas de exatas, enquanto as meninas caminhavam mais para as humanas. As meninas de minha turma nunca se interessaram pelas aulas de física”, recorda Mariane. “Mas acho que o que determina a escolha de nossa carreira é a facilidade que temos nas disciplinas, e minha facilidade e gosto pela área de exatas desde sempre é a prova disso”.

Mas Mariane ainda continua sendo exceção em sua área de pesquisa. Porém, isso não lhe é um problema, nem para sua amiga Ilaiáli. “Aliás, considero-me uma pessoa de sorte, pois não sofro qualquer tipo de discriminação em meu laboratório, mesmo sendo a única mulher lá”, conta Mariane.

E qual seria a “fórmula” para que físicas se destaquem em sua área de pesquisa? Ilaiáli afirma que muito estudo e esforço são necessários, e que é preciso focar no que se pode fazer a respeito, e não se deixar levar por diferenças de gênero. “Dentro ou fora da ciência, ainda vivemos em uma sociedade regida por homens. E eu e minhas colegas de pesquisa sempre buscamos melhorar nosso conhecimento para defender um posicionamento quando questionadas. É preciso deixar claro que estamos ali, porque merecemos, porque estudamos muito e sabemos do que estamos falando”, afirma.

Essa atitude e garra de Ilaiáli fez com que ela se tornasse um ídolo da própria amiga Mariane. “Na física, é a Ilaiáli quem me inspira muito, pois eu vejo que ela ama o que faz e quer realmente fazer a diferença no mundo. Isso me estimulou muito para que eu me esforçasse mais em meu doutorado. Gosto muito do jeito que ela encara a pesquisa, pois ela realmente tem paixão pelo que faz e o desejo verdadeiro de fazer a diferença”, diz. “Fora do universo feminino, meu pai é alguém que me inspira muito também, pois ele tem uma jornada de vida incrível! Embora a família dele não tenha sido muito afortunada financeiramente, ele sempre batalhou para estudar e entender como o universo funciona. E ele viu na física o caminho para obter essa resposta. E foi graças a ele que optei por estudar física”.

Ilaiáli caminha no mesmo sentido, ao afirmar que suas colegas pesquisadoras do IFSC são fonte contínua de inspiração. “O grupo de pesquisa no qual estou inserida [Grupo de Óptica] tem várias mulheres com pesquisas muito interessantes e bem feitas. Admiro cada uma delas, e posso dizer que estou cercada de vários modelos sólidos e impressionantes”, diz.

Embora ainda estejam no começo da vida acadêmica, as duas pesquisadoras sentem-se extremamente motivadas. Ilaiáli diz que sua filosofia de vida (e de pesquisa) é a frase de Winston Churchill, “Sucesso é a habilidade de passar de um fracasso para outro sem a perda do entusiasmo”. Mariane afirma que a base do sucesso, na vida e na ciência, é acreditar em si, mesmo quando os outros não acreditam. Que essa filosofia de vida e pensamento sirvam de estímulo às futuras gerações de pesquisadoras.

Imagem: Ilaiáli (à esq.) e Mariane

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

8 de março de 2017

Atualização da Produção Científica do IFSC/USP

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em fevereiro de 2017, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico PNAS.

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Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

8 de março de 2017

SPSAS-HighAstro

A São Paulo School of Advanced Science on High Energy and Plasma Astrophysics in the CTA Era (SPSAS-HighAstro) será realizada no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), de 21 a 31 de maio de 2017.

O principal objetivo da escola é treinar novos pesquisadores nas áreas de Astrofísica de Altas Energias e Plasmas Astrofísicos, com ênfase em Astronomia de Raios Gama.

A Escola também irá preparar os participantes para utilizar o Cherenkov Telescope Array (CTA), que será o maior observatório astronômico de raios gama do mundo.

Pesquisadores renomados de diversos países participarão de palestras, aulas e atividades práticas. Julie McEnery (Nasa Goddard Space Flight Center), Razmik Mirzoyan (Max Planck Institute for Physics), Giovanni Pareschi (Osservatorio Astronomico di Brera) e Vladimir Ptuskin (Moscow Institute of Physics and Engineering) são alguns dos cientistas confirmados.

O evento tem apoio da FAPESP por meio do programa Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), que oferece recursos para a organização de cursos de curta duração em pesquisa avançada nas diferentes áreas do conhecimento no Estado de São Paulo.

Para manutenção dos estudantes selecionados que venham de outras cidades, estados e países, os benefícios oferecidos são passagens aéreas, despesas de transporte terrestre local (aeroporto-hotel) e diárias na cidade que sediará a escola.

Serão oferecidas 100 vagas para estudantes participantes brasileiros e estrangeiros. Estudantes interessados em participar podem se inscrever para o processo de seleção até 30 de março.

Para obter mais informações sobre este evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de março de 2017

Novo espaço para estudos está disponível 24h

No último dia 06 de março, a Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) inaugurou a Sala 24 Horas, um espaço localizado ao lado da entrada da Biblioteca e que pode ser utilizado pela Comunidade USP em qualquer horário. Além disso, dois ambientes do interior da Biblioteca foram readaptados para serem utilizados como salas de estudo.

Essas iniciativas foram sugeridas por usuários através do Programa de Avaliação dos Serviços e Produtos oferecidos pela Biblioteca (PAQ), aplicado durante alguns anos, sendo parte do projeto Criação de Espaços Interativos, cuja finalidade é ampliar algumas salas de estudos e criar espaços voltados a atividades que exigem o uso de recursos multimídia na Biblioteca do Instituto.

SALA_24H_1_500

Sala 24 Horas

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Espaço interno da Sala

SALAS_DE_ESTUDO_500

As duas novas salas de estudo

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de março de 2017

A experiência na pesquisa

Quando chegou a São Carlos em 1956, Yvonne Primerano Mascarenhas sabia que tinha a sua frente uma bela, mas desafiadora, missão: “desbravar” a ainda incipiente pesquisa na área de física realizada no Departamento de Física da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP). Passadas mais de seis décadas, ao olharmos para trajetória científica de Yvonne, hoje docente aposentada do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), é ler muitas páginas de um livro que serve continuamente de inspiração para outras pesquisadoras que, assim como Yvonne, ainda batalham para ver as mulheres avançarem e, sobretudo, serem reconhecidas em um mundo majoritariamente dominado por homens.

Semana_da_Mulher_2017-_Yvonne_Mascarenhas-1Pioneira nas pesquisas relacionadas à difração de raios-X, Yvonne atua fortemente na área de cristalografia e modelagem molecular. E quando se recorda de sua vida científica como um todo, a docente tem algumas histórias divertidas dos “bastidores” da ciência. “Na década de 1980, quando ministrei um curso no México sobre cristalografia, um dos presentes veio falar comigo no final, pois ele estava muito surpreso com o fato de eu, sendo mulher, estar falando sobre um assunto daquela natureza”, relembra.

Sendo um dos grandes destaques científicos no Brasil e também no mundo, Yvonne já inspirou diversas jovens cientistas, e ela própria tem um ídolo: Dorothy Hodgkin, bioquímica britânica que desenvolveu a cristalografia de proteínas, e ganhou o Nobel de Química em 1964. “Felizmente, tive o prazer de conhecer a Dorothy, que chegou a vir ao Brasil e à Unicamp como presidente do Grupo Pugwash que se opunha ao uso da energia atômica para fins bélicos. Além de ter desenvolvido um belo trabalho na área de cristalografia, fazendo a determinação da estrutura cristalográfica da insulina e da penicilina, ela também ocupou cargos de destaque no mundo científico e recebeu muitos prêmios importantes”, conta Yvonne.

Em relação às mulheres na ciência, ela afirma que, durante todos esses anos, houve uma evolução substancial e a participação das mulheres tem, de fato, crescido, embora ainda esteja distante do ideal. Para que essa evolução ocorra de forma mais acelerada e, sobretudo, efetiva, ela cita um pensamento de Sócrates: conhece-te a ti mesmo. “É preciso que as mulheres tenham noção de onde estão e porque estão fazendo o que fazem. Acredito que as mulheres foram condicionadas culturalmente para servirem à família e à comunidade, o que elas devem fazer com perfeição, sem correr grandes riscos de fracasso. Isso as impede de assumir o risco de disputar posições de liderança. O primeiro passo, então, é que ela conheça a si própria, avalie suas escolhas e procure alcançar os objetivos que traçou para si, perseguindo-os com coragem e persistência. Acredito que somente dessa forma será possível que a mulher assuma atitudes de competição e liderança na ciência e na tecnologia”, finaliza.

Imagem: Yvonne (à esq.) com Dorothy Hodgkin na década de 1970 (créditos: arquivo pessoal)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

7 de março de 2017

Profª Yvonne Primerano Mascarenhas recebe prêmio internacional

A docente e pesquisadora do IFSC/USP, Profª Yvonne Primerano Mascarenhas, é uma das doze pesquisadoras que irão receber o IUPAC-2017 Distinguished Women in Chemistry or Chemical Engineering Awards, um prêmio considerado de alto prestígio e relevância científica na área da química, que pelo quarto ano consecutivo é atribuído pela International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC).

yvonne

Única representante da América Latina, a Profª Yvonne receberá o prêmio no decurso do 46º Congresso Mundial de Química da IUPAC, que ocorrerá no próximo mês em julho em São Paulo, sendo que o anúncio oficial da premiação será feito no dia 08 de março pela IUPAC, como parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher.

A IUPAC manifestou já sua intenção em transformar este prêmio numa tradição do evento anual, como forma de homenagear condignamente todas as mulheres que dedicam seu trabalho á química e à engenharia-química mundial.

A Comunidade do IFSC/USP sente-se extraordinariamente orgulhosa por a Profª Yvonne Primerano Mascarenhas ter conquistado tão importante prêmio.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de março de 2017

“Qual o Norte (sentido) de sua vida (pessoal e profissional)?”

O Prof. Carlos Goldenberg, docente da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), apresentará no próximo dia 09 de março, no Anfiteatro “Toshio Natsume” (Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação), entre as 08h10 e as 10 horas, a palestra intitulada Qual o Norte (sentido) da sua vida (pessoal e profissional)?, um tema que abordará a relevância da ética e da etiqueta profissional na formação do jovem estudante, e que deverá integrar a estrutura curricular das mais renomadas instituições de ensino e pesquisa.

As referências bibliográficas trazidas pelo Prof. Goldenberg, originárias de países desenvolvidos, ilustram essa relevância.

Esta palestra será transmitida ao vivo pela IPTV.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de março de 2017

Pesquisa e família: como conciliar?

Quando completou 32 anos, Andrea Simone Stucchi de Camargo “ouviu o alarme biológico” e de repente desejou fervorosamente se tornar mãe. Nessa época, a docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) já estava com sua carreira acadêmica a todo vapor: havia ganhado o Prêmio L’OREAL Para Mulheres na Ciência, e concorria a uma bolsa de pós-doutorado na Alemanha através da Fundação Alexander von Humboldt. “Descobri que estava grávida de meu primeiro filho no mesmo mês em que saiu o resultado positivo da bolsa. Fiquei muito apreensiva no início, mas fui totalmente incentivada e amparada pela Humboldt. Além de uma extensão da bolsa por três meses, período adicional ao qual me dediquei à amamentação, recebi ainda um adicional financeiro devido ao novo membro da família”, relembra.

Semana_Internacional_da_Mulher-_Andrea_StucchiSeis meses depois, ela partiu para Alemanha com uma grande mala e uma barriga igualmente avantajada, e fez daquele país a terra natal de Pedro, seu primeiro filho, hoje com oito anos. Pouco tempo depois, e ainda na Alemanha, chegaria Lukas, o segundo filho, hoje com seis anos. Mas como conciliar a pesquisa e a vida familiar?

Essa é uma resposta que vem de pronto: “Eu tenho ajuda, pois sozinha, de fato, seria inviável”, responde Andrea, que se considera uma pessoa de sorte, pois conta com a participação da mãe, de uma babá e de seu marido, o também docente do IFSC, Hellmut Eckert. “Tenho um marido excepcional, e sem a colaboração dele não seria possível conciliar essa ‘vida dupla'”, afirma.

Tendo sido influenciada durante sua infância por sua prima Elizabeth Berwerth Stucchi, docente do Instituto de Química da UNESP, e que, de acordo com a própria Andrea, foi seu role model inicial no que diz respeito à ciência e à pesquisa, Andrea concorda que os pais têm um papel crucial para despertar a vocação científica nos filhos.

Por essa razão, sempre que possível, ela incentiva o interesse pelas ciências na vida de seus pequenos. “Confesso que eu gostaria de ter mais tempo para isso, mas, sempre que possível, nas férias ou aos finais de semana, e principalmente quando estamos na Alemanha, levo-os a museus, parques de ciência, ou algo similar”, conta. “Quem desempenha muito bem esse papel com os meninos é o Hellmut. Temos vários kits de física e química em casa e, frequentemente, ele realiza experimentos com os meninos”.

Andrea conta que enquanto Pedro já demonstra mais afinidade com a área de exatas, Lukas parece estar mais inclinado às biológicas. “Pedro é mais amigo dos livros e da matemática, é mais analítico. Já o Lukas tem grande empatia com as pessoas, preocupação com o meio ambiente e os animais. Ele me diz que quer ser médico, e acredito mesmo que seria excelente neste ramo, mas, naturalmente, ainda é muito cedo pra saber se seguirá essa profissão”, conta a docente.

Semana_Internacional_da_Mulher-_Andrea_Stucchi-_estudanteDe fato, ainda é prematuro prever quais serão as profissões de Pedro e Lukas. Mas uma coisa é certa: eles já têm dois grandes exemplos para ajudá-los a tomar essa decisão no futuro. “Embora eu passe menos tempo com meus filhos do que gostaria, em função da minha outra paixão – a atuação científica, eu espero que eles cresçam tendo em mim e no pai exemplos de responsabilidade e comprometimento profissional. Espero ainda que futuramente eles se lembrem da qualidade do tempo que passamos juntos, muito mais do que dos momentos em que não pude estar com eles, devido a viagens e dias e noites de trabalho e horas extras”.

Para homenagear as mulheres na ciência, já que o dia internacional das mesmas se aproxima, a docente deixa a seguinte mensagem. “As mulheres podem concretizar tudo o que desejarem e se propuserem. Elas têm uma energia imensa para o trabalho, para fazer do mundo um lugar mais justo, próspero e seguro para seus filhos, para administrar, aconselhar, liderar, para endurecer quando necessário e acalentar quando merecido. Nenhuma mulher deveria ter que abrir mão do sonho de ter uma família em função de seu desempenho profissional e muito menos se ‘masculinizar’ para conseguir espaço e reconhecimento profissional. As mulheres devem ser apoiadas e apreciadas, não tolhidas. Deem a elas oportunidades, e se surpreenderão com as infinitas possibilidades do universo feminino”, finaliza.

Imagens: 1- Andrea com seu marido, Hellmut, e os filhos, Pedro e Lukas; 2- Andrea, em 1998, na época de mestrado (créditos: arquivo pessoal)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

7 de março de 2017

Cerimônia de abertura conjunta

A manhã do dia 06 de março último ficou marcada pela cerimônia de abertura conjunta da XIX Semana de Recepção aos Calouros 2017, que se realizou no Salão de Eventos do campus USP São Carlos. Com o tema Vamos comemorar juntos, a Semana ocorrerá até 10 de março em todos os campi da Universidade, tendo como intuito estimular uma interação saudável entre os 11 mil novos alunos uspianos, através de gincanas, encontros com autoridades da USP, visitas pelos campi, entre outras atividades.

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A mesa de honra da cerimônia foi composta pelas seguintes autoridades do campus: Profs. Drs. Antonio Carlos Hernandes (Pró-Reitor de Graduação da USP), Germano Tremiliosi Filho (Diretor do Instituto de Química de São Carlos – IQSC/USP), Éder Tadeu Gomes Cavalheiro (Vice-Diretor do IQSC/USP), Paulo Sérgio Varoto (Diretor da Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP), Joubert José Lancha (Vice-Diretor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo – IAU/USP), Alexandre Nolasco de Carvalho (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação – ICMC/USP), Tito José Bonagamba (Diretor do Instituto de Física de São Carlos – IFSC/USP) e Fábio Müller Guerrini (Vice-Prefeito do Campus).

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Ao discursar, Antonio Carlos Hernandes enfatizou a satisfação da Universidade em recepcionar os novos estudantes, atendendo a que a USP tem como finalidade à formação de grandes líderes. “Vocês não estão aqui apenas para aprenderem aquilo que escolheram como profissão. Vocês estão aqui para serem transformados em cidadãos que farão a diferença no Brasil”, disse ele, relembrando que a Universidade formou – e transformou – grandes líderes do país. O Pró-Reitor de Graduação também dissertou sobre a fundamental importância de acolher os calouros de forma saudável, proporcionando-lhes momentos de alegria, especialmente nesta fase que compreende o primeiro passo a ser dado para a construção de uma carreira profissional.

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Tito José Bonagamba, por sua vez, ressaltou que essa cerimônia decorre em um momento de alegria tanto para os calouros – e também para seus familiares e colegas – como para a Universidade, que desde 2016 passou a receber uma seleta parcela de estudantes oriundos do ensino médio, com a adesão do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) como nova alternativa de ingresso aos seus cursos de graduação – até então a seleção de alunos era feita apenas através da Fundação Universitária Para o Vestibular (FUVEST). “Esperamos que vocês alcancem as metas almejadas, sendo excelentes profissionais, não apenas com carreiras de sucesso individual, mas também repletas de cidadania, ajudando não somente suas próprias famílias, que são importantes, mas também colaborando para o tão necessário e esperado crescimento moral, educacional, cultural, social, científico, tecnológico e econômico do nosso país”, declarou ele, destacando que a USP se orgulha dos profissionais que forma.

Durante sua fala, Tito saudou todos os estudantes do campus em nome do Presidente do Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira (CAASO), Matheus Martinez Crepaldi, tendo agradecido aos calouros, seus pais e familiares por suas importantes presenças e apoios. O Diretor do IFSC também falou brevemente acerca do Instituto de Física de São Carlos, relembrando que a Unidade é composta por cerca de 170 funcionários, bem como por 85 docentes, recebendo neste ano uma média de 550 alunos de graduação, nos cursos de Física, Física Computacional, Ciências Físicas e Biomoleculares e Licenciatura em Ciências Exatas (interunidades), e 250 de pós-graduação.

Diretor do IFSC conversa com calouros

Foi em um ambiente descontraído que o Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) recebeu, no período da tarde, um contingente de calouros que fez questão de participar de uma conversa com o Diretor do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba. Alguns alunos que participaram da Escola de Física Contemporânea (EFC), um evento anual promovido e organizado pela Unidade, também estiveram presentes na ocasião.

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Em sua palestra, o docente enfatizou o papel dos familiares dos jovens alunos nesta nova etapa de suas vidas, tendo apresentado seguidamente a história e a estrutura organizacional do IFSC, bem como as entidades parceiras e a forma como estão organizados os órgãos estaduais e nacionais de fomento à pesquisa, e aproveitado para assinalar que, acima de tudo, os novos egressos deverão centralizar todas as suas energias não só nas formações acadêmica e científica, mas principalmente na formação como cidadão, sendo que os nomes dos ex-diretores da Unidade foram, portanto, motivo de exemplo e fonte de inspiração.

Um resumo da história da Universidade de São Paulo, que na perspectiva histórica do Diretor do IFSC remonta à criação da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (SP) – setembro de 1827 -, e sua estrutura organizativa foram outros destaques da intervenção do docente, que também recordou as grandes individualidades formadas na USP e que tiveram enormes destaques nas mais variadas áreas da sociedade brasileira (artes, política, ciência, etc.), bem como aqueles que, pertencendo ao IFSC, ocuparam lugares de relevo nos panoramas científico, acadêmico e empresarial, em termos regionais, nacionais e internacionais.

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As startups que se originaram a partir do IFSC, a produção científica da Unidade no contexto da USP e a maneira como a Unidade interage com a sociedade, nomeadamente nas áreas de cultura e extensão, foram os últimos assuntos abordados com os calouros, na expectativa de que os mesmos se tornem repetidores dessas ações comunitárias.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de março de 2017

I Escola Brasileira de Síncrotron: Fundamentos e Aplicações (EBS)

Estão abertas até ao próximo dia 03 de abril as inscrições para a primeira edição da Escola Brasileira de Luz Síncrotron: Fundamentos e Aplicações (EBS), um evento promovido pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e que ocorrerá entre os dias 10 e 21 de julho do corrente ano no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas.

Dedicada a alunos de graduação, mestrado e doutorado, pós-doutores, pesquisadores, docentes e profissionais de qualquer área de formação e atuação, a Escola abordará conceitos básicos da produção e das propriedades da luz sincrotron, apresentando aos participantes técnicas e tecnologias específicas possíveis com o uso das fontes de luz, em um conjunto de atividades que incluirá aulas teóricas e práticas ministradas por pesquisadores do LNLS.

Para obter mais informações sobre este evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP