Há cinco anos, quando ainda era aluna do ensino médio na ETEC “Uirapuru” (São Paulo-SP), Andressa Freires Oliveira tinha o costume de assistir a vídeos de divulgação científica sobre a vida e os feitos de notórios físicos como Albert Einstein e Isaac Newton. “Minhas aulas de física não eram muito profundas, e esse vídeos me ajudaram a entender sobre física e a gostar da matéria”, relembra Andressa, hoje aluna do curso de física computacional do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).
Apaixonada, desde criança, por neurociência, não demorou muito para que ela descobrisse no IFSC pesquisas relacionadas a esse tema e, pouco tempo depois de ingressar no Instituto, passou a trabalhar com o docente Reynaldo Daniel Pinto, coordenador do Laboratório de Neurobiofísica do IFSC.
Porém, ao acessar o site do Laboratório, a estudante notou que não havia nele qualquer material de divulgação científica, e isso foi o suficiente para que a aluna passasse a se dedicar à escrita de artigos de divulgação científica relacionados tanto à neurobiofísica como à neurociência em geral, a pedido do próprio Reynaldo. Mas as ações de divulgação científica da aluna não pararam por aí. “Tenho um colega de sala, o Caio, que já tinha produzido algumas videoaulas com conteúdo relacionado à programação. Vendo meu interesse em divulgação científica, ele me chamou e começamos a produzir vídeos sobre neurociência, também. Em um mês, já conseguimos produzir três videoaulas”, conta.
Para a produção dos vídeos, Andressa pensou em algo bastante visual, trazendo ilustrações e explicações em uma linguagem acessível a qualquer pessoa que tenha interesse no assunto. Seus artigos sobre neurociência publicados no site do Laboratório de Neurobiofísica seguem a mesma concepção: trazer explicações e curiosidades sobre neurobiofísica numa linguagem de fácil entendimento. “A quantidade de neurônios que temos no cérebro pode ser comparada à quantidade de estrelas que existem na Via Láctea, por exemplo. Sempre busco trazer essas comparações em meus textos, pois isso chama muito a atenção das pessoas”.
Andressa, que produz um artigo de divulgação por semana para ser postado no site do Laboratório, afirma que sua intenção, além de trazer esclarecimentos sobre o tema, é também tentar atrair outros estudantes para essa área de estudos. “Ao escrever os artigos e fazer as videoaulas, eu mesma estou aprendendo muito sobre o assunto. Para mim, o melhor jeito de aprender é ensinando”, conta.
Notando uma grande falta de divulgação da ciência, a aluna considera essa ação de grande importância. Ao fazer uma breve pesquisa sobre divulgação científica em neurociência, ela conta não ter encontrado praticamente nenhum material a respeito. “Essa é uma área de estudos fascinante, e eu ficaria muito contente se conseguisse atrair mais pessoas para ela, pois se tem muito pouco conhecimento a respeito do assunto”.
Ela conta que as ações de divulgação científica demandam um pouco de tempo, mas afirma que, sabendo se organizar, é perfeitamente possível conciliar a atividade aos estudos. “Temos no IFSC cursos maravilhosos, e eles precisam ser divulgados. Esses vídeos e textos chamam muito a atenção das pessoas e podem trazer importantes colaborações para a pesquisa no Instituto e no país como um todo”, conclui.
Os interessados em trabalhar com Andressa, ou ter mais informações a respeito do material de divulgação, podem escrever diretamente ao seu e-mail: andressafreiresoliveira@gmail.com
Assessoria de Comunicação- IFSC/USP
