Faleceu no passado dia 05 do corrente mês, na cidade de Piracicaba (SP), aos 88 anos de idade, o Prof. Enéas Salati, que desempenhou as funções de diretor do antigo Instituto de Física e Química de São Carlos – IFQSC/USP entre os anos de 1976 e 1979, tendo ao longo de sua vida ajudado a fortalecer a consciência ambiental. Entre seus principais trabalhos de pesquisa, o Prof. Enéas Salati mostrou, por exemplo, como a água da chuva se recicla em plena Amazônia graças aos designados “rios voadores”, que são massas de ar saturadas de umidade vindas da região amazônica em direção ao Sudeste de nosso País.
Formado em 1955, em Engenharia Agronômica, pela USP, o Prof. Salati foi docente e dirigente da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (ESALQ/USP), tendo desempenhado por duas vezes o cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Devido aos seus profundos conhecimentos, o Prof. Salati foi diretor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP e diretor técnico da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, além de ter sido membro do Fórum de Mudanças Climáticas.
Para a cientista e pioneira do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Profª Yvonne Primerano Mascarenhas, que conheceu o Prof. Salati quando dos primórdios da criação do IFQSC/USP, não terá sido por mero acaso que ele foi convidado a assumir a 2ª diretoria daquele departamento (1976/1979), sucedendo ao também pesquisador da ESALQ, Prof. Eurípedes Malavolta (1972-1976). “O Prof. Salati era uma pessoa extremamente amável, prestativo e cordial, com um extraordinário trânsito no meio científico, o que muito terá contribuído para um intercâmbio de ideias e de discussões relacionadas com a ciência na agricultura, motivo pelo qual o IFQSC/USP manteve uma relação muito próxima com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz. Podemos dizer que com as contribuições do Prof. Malavolta e do Prof. Salati, a ESALQ ajudou – e muito – na ascensão do recém criado Instituto de Física e Química de São Carlos – IFQSC/USP”.
O Prof. Enéas Salati sofria do Mal de Alzheimer e, nos últimos anos, vinha ficando debilitado devido à doença. A cerimônia de cremação do corpo realizou-se nesta terça-feira (08/02), em Piracicaba, e cumprindo seu desejo, a família levará as cinzas para serem espalhadas na reserva florestal “Adolpho Ducke”, em Manaus.
Toda a Comunidade do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) curva-se respeitosamente em memória do Prof. Enéas Salati, endereçando à família enlutada as mais profundas condolências.
(Imagem principal: BNC Amazonas)
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP