A participação das mulheres na construção do pensamento científico é tão antiga quanto o princípio da ciência. Eis aqui alguns exemplos:
Merite Ptá – a primeira médica registrada no mundo (2700 A. c) antigo Egito;
Aglaonice – a primeira mulher astrônoma – Grécia;
Tapputi-Belatekallim – a primeira química (1200 A.c) Babilônia;
Hildegarda de Bingen – monja beneditina naturalista (1098-1179) Alemanha;
Maria Gaetana Agnesi – a primeira a escrever um manual de matemática (1748) Milão – Itália;
Émile du Châtelet – amiga de Voltaire – física e matemática – (1730) Paris – França;
Historiadores interessados em estudos sobre gênero e ciência trouxeram à tona as contribuições e realizações científicas femininas, as barreiras por elas enfrentadas e as estratégias implementadas para que seus trabalhos fossem revisados e publicados em grandes periódicos científicos. Durante a idade média, os conventos foram um importante lugar de educação para as mulheres e algumas dessas instituições forneceram oportunidades para que as mulheres, mais tarde, contribuíssem para a pesquisa acadêmica.
Enquanto o Século XI viu o surgimento das primeiras universidades, as mulheres foram, contudo, e na maior parte das vezes, excluídas da educação universitária. Por outro lado e apesar da imposição de papéis de gênero no Século XVIII, as mulheres protagonizaram grandes avanços na ciência. No final do Século XIX, a ascensão das mulheres às faculdades proporcionou empregos para mulheres cientistas e oportunidades de educação. Enfim, ao longo da história, o papel da mulher na ciência foi expressivo e as suas contribuições científicas se manifestaram nas mais diversas áreas do conhecimento.
Andrea Simone Stucchi de Camargo, possui bacharelado em química e mestrado com ênfase em química inorgânica pela UNESP e doutorado em ciências – física aplicada pela Universidade de São Paulo.
Atualmente é professora associada no IFSC/USP, assessora do CNPq, FAPESP, FUNDECT e CAPES e revisora de vários periódicos indexados.
No programa “Feminino de A a Z”, transmitido pela TV-USP/CEPOF (Canal 10 da Net de São Carlos) a pesquisadora não só falou de ciência, em termos gerais, como abriu um pouco a janela de sua vida pessoal.
Assista à entrevista, clicando na figura abaixo.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP