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10 de agosto de 2016

O IFSC no Projeto Rondon 2016

No último dia 15 de julho, docentes e alunos da USP São Carlos partiram de São Carlos para o interior do Espírito Santo, mais especificamente para a cidade de Ibatiba, pequeno município capixaba de quase 25 mil habitantes. O motivo da inusitada viagem foi participar do Projeto Rondon, uma aventura que durou 17 dias e abrangeu, este ano, dois estados brasileiros (Espírito Santo e Rio Grande do Norte) e, como de costume, contou com a colaboração de docentes e estudantes universitários de todo Brasil.

Fontanari-_Rondon_2Assumindo o papel de coordenador da equipe que foi enviada à Ibatiba, o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), José Fernando Fontanari, acompanhado da docente do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), Márcia Federson, coordenou uma equipe composta por sete alunos da USP São Carlos* e uma série de atividades que atenderam a um público diversificado (crianças, jovens e adultos) e visaram capacitar os participantes em atividades já bem conhecidas pelos universitários são-carlenses. “Modificamos um pouco as atividades tradicionais ministradas no Rondon e bolamos oficinas com um viés mais tecnológico, que é a marca do IFSC.  Na primeira semana, ministramos as oficinas ‘Programação Web’ e ‘Robótica/arduino’ para as quais contamos com a colaboração do Instituto Federal do Espírito Santo [IFES], campus Ibatiba, que no cedeu salas e laboratórios com infraestrutura que permitiu que essas oficinas fossem realizadas”, relembra Fontanari.

Durante a segunda semana, já tendo sido iniciado o período letivo, os rondonistas foram até as salas de aula de cinco escolas municipais, sendo três delas na zona rural, e levaram kits da Experimentoteca do CDCC que possibilitaram que três novas oficinas fossem ministradas: Tangram, Microscopia e Física Básica. “O aspecto ‘mão na massa’ foi aplicado em todas as oficinas, o que permitiu a participação ativa de todos”, conta o docente.

Embora as atividades tenham ocupado todo período matutino e vespertino, elas não pararam por aí. Durante as noites, Fontanari e sua equipe levaram uma luneta até a praça central da cidade para realizar o “Astronomia na praça”. “Embora o tempo não tenha colaborado muito, pois estava nublado e frio, muitas pessoas fizeram fila para observar a Lua em nossa luneta, gentilmente emprestada pelo Observatório ‘Dietrich Schiel'”, conta.

Durante a estadia da equipe em Ibatiba, ele acredita que cerca de mil alunos foram atendidos, isso sem contar os participantes do “Astronomia na praça”.

Algumas impressões

Fontanari-_Rondon_1Para Fontanari, o mais interessante da experiência foi poder divulgar em Ibatiba  parte das atividades de extensão que já são comumente realizadas pelo IFSC há muitos anos.

Mas o que mais chamou a atenção do docente foi o nível de conhecimento e interesse de alguns participantes. “Impressionou-me muito algumas crianças que participaram das atividades. Foi possível ver crianças  muito inteligentes, com um vocabulário incrível, fazendo questionamentos que eu, realmente, não esperava. A internet, agora, possibilita que mesmo crianças que moram em locais muito afastados dos centros tecnológicos tenham acesso a uma fonte ilimitada e gratuita de conhecimento. Encontramos alunos do ensino fundamental com uma capacidade de argumentação e conhecimentos surpreendentes, e isso me fez refletir se não é o momento de repensarmos os projetos de extensão presenciais”, conta Fontanari.lgar em Ibatiba  parte das atividades de extensão que já são comumente realizadas pelo IFSC há muitos anos.

Essa foi a terceira vez que o IFSC participou do projeto. Assim como das outras vezes, a participação de alunos e professores contou com apoio integral da diretoria do Instituto que, este ano, desembolsou cerca de R$6 mil para custear os gastos da equipe.

Além do apoio do diretor do IFSC, Tito José Bonagamba, a equipe coordenada por Fontanari contou com a ajuda do diretor do CDCC/USP, Valter Luiz Líbero, que doou 100 kits de Tangram e fez o empréstimo dos kits da Experimentoteca, e do diretor do IFES campus Ibatiba, Flávio Eymard da Rocha Pena, que cedeu o espaço para as oficinas.

* Fizeram parte da equipe de Fontanari os seguintes alunos: Kevin Okamura (EESC), Larissa Justo (EESC), Michelle Kanashiro (EESC), Tito Augusto Longhini (IAU), Victor Abranches (IFSC), Vitória Andreo (EESC) e Gustavo Consentini (ICMC)

Imagens (arquivo Fontanari): 1- Aluno durante observação em microscópio; 2- Alunos durante oficina de Tangram

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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